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2021 1 Atividade Unidade I

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS
GRADUAÇÃO EM DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO I
PROFESSORA: DRA. OONA DE OLIVEIRA CAJU
PERÍODO: 2020.1
ATIVIDADE EM SALA 
ESTUDANTES: FÁBIO WALKEI DO MONTE REBOUÇAS 
1. (FCC – 2020 – AL-AP - Adaptado) Observe as considerações abaixo, acerca dos princípios que regem a Administração Pública, e classifique-as como VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F). No caso das falsas, vocês devem apontar o erro:
I. Indisponibilidade do interesse público: os interesses públicos não se encontram à livre disposição do administrador público.
Verdadeira
II. Supremacia do interesse público: a Administração Pública está sempre acima dos direitos e garantias individuais.
Falsa. O princípio da supremacia do interesse público justifica o exercício dos poderes administrativos na estrita medida em que sejam necessários ao atingimento dos fins públicos.
III. Segurança jurídica: deve ser prestada a assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovem insuficiência de recursos.
Falsa. O princípio da segurança jurídica cuida-se de evitar alterações surpreendentes que instabilizem a situação dos administrados e de minorar os efeitos traumáticos que resultem de novas disposições jurídicas que alcançariam situações em curso. A prescrição, o direito adquirido, são exemplos de institutos prestigiadores da segurança jurídica.
IV. Publicidade: a democracia exige que os atos da Administração sejam abertos ao conhecimento dos cidadãos e cidadãs, não comportando nenhum tipo de exceção.
Falsa. A publicidade é a regra, mas não é um dever absoluto. São exceções os dados pessoais, que dizem respeito à intimidade, honra e imagem das pessoas e das informações classificadas por autoridades como sigilosas, informações imprescindíveis para a segurança da sociedade e do Estado.
2. (FCC – 2019 – Analista Previdenciário - Adaptado) O Direito Administrativo disciplina a função administrativa dos entes federados, órgãos, agentes e atividades desenvolvidas pela Administração Pública. Entre seus princípios está a legalidade, ou seja, a Administração Pública deve:
a) Pautar seu comportamento de acordo com o que determinam unicamente as regras legais.
b) Ter credibilidade voltada para transparência na defesa de direitos e para a oferta de informações nos órgãos públicos.
c) Atuar de acordo com a lei e finalidades expressas ou implícitas previstas no Direito.
d) Realizar, a bem do interesse público, qualquer comportamento que não seja proibido pelo ordenamento jurídico.
e) Submeter-se apenas a atos normativos provenientes do Poder Legislativo.
3. (CESPE – 2020 – MPECE - Adaptado) A Constituição Federal de 1988 assegura o direito de petição aos poderes públicos, o que impõe à Administração o dever de apresentar tempestiva resposta. A demora excessiva e injustificada para cumprir esse dever configura uma falha na prestação de obrigação fundamental do Poder Público. De igual modo, coloca em xeque “a legítima confiança que o cidadão comum deposita na atuação da administração pública”.
Com base nessas considerações, vocês apontariam que a falta da Administração em responder, no tempo devido, a uma petição de um cidadão ou cidadã, ofenderia que princípios jurídicos que regem a Administração Pública?
Resp. A demora exagerada e injustificada da administração para executar essa obrigação é omissão violadora do princípio da eficiência. Além disso, tal demora atenta também contra o princípio da moralidade que impõe que o administrador público não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em sua conduta. Princípio da publicidade, “art. 5º (...) XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
4. (FCC – 2019 – Câmara de Fortaleza-CE - Adaptado) Considere os exemplos abaixo e aponte que princípio(s) da Administração Pública está(ão) sendo desrespeitado(s) em cada um deles:
I. Em uma licitação do Governo Municipal para compra de material de escritório, foram feitas exigências tão específicas, que apenas um fornecedor possuía os produtos descritos no edital do certame. 
Resp.
Princípio da legalidade, a Administração não pode atuar contra a lei (contra legem) nem além da lei (praeter legem), podendo atuar somente segundo a lei (secundum legem).
Princípio da finalidade, toda atuação administrativa deverá ter como finalidade, em sentido amplo, o interesse público e, em sentido estrito, a função específica desenvolvida pela norma.
Ainda fere o princípio da competitividade, um dos princípios da licitação, que diz que o edital não pode conter exigências descabidas, cláusulas ou condições que restrinjam indevidamente o possível universo de licitantes para aquele certame.
II. Um agente de um órgão ambiental estadual fiscalizou quatro empresas e identificou a prática da mesma irregularidade por todas. A três delas, aplicou uma multa de mesmo valor, mas à quarta empresa, apenas advertência, estipulando prazo a todas para correção das irregularidades. Constatou-se, posteriormente, que a empresa que fora apenas advertida costumava oferecer patrocínios a diversos sujeitos ligados à gestão ambiental do estado, tinha influência na indicação de nomes para cargos no órgão e exercia lobby junto à Assembleia Legislativa.
Resp.
Princípio da legalidade, a Administração não pode atuar contra a lei (contra legem) nem além da lei (praeter legem), podendo atuar somente segundo a lei (secundum legem).
Princípio da impessoalidade, todo ato da Administração deve ser praticado visando à satisfação do interesse público (sentido amplo) e da finalidade para ele especificamente prevista em lei (sentido estrito).
Princípio da moralidade, segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro “sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento da Administração ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em consonância com lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de justiça e de equidade, a ideia de honestidade, estará havendo ofensa ao princípio da moralidade administrativa
III. “Governo deixa de divulgar total de mortos e casos de COVID-19” – manchete do jornal DW Brasil, publicada em 06/06/2020 (fonte: https://www.dw.com/pt-br/governo-deixa-de-divulgar-total-de-mortos-e-casos-de-covid-19/a-53709956). 
Princípio da publicidade, segundo a CF/88: “art. 5º (...) XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
IV. “Ao que parece, faltaram parâmetros aptos a guiar os agentes públicos na difícil tarefa decisória diante da enorme demanda e da escassez de imunizantes, os quais estarão diante de escolhas trágicas a respeito de quais subgrupos de prioritários serão vacinados antes dos outros. Os noticiários têm dado conta de que não há uma racionalidade nessa primeira distribuição, insuficiente para todos os milhões de brasileiros com perfil de prioridade” (trecho do voto do Min. Ricardo Lewandowski, relator da ADPF 754, que trata, entre outros elementos, do Plano Nacional de Imunização). 
Princípio da eficiência, esse princípio surge do descontentamento da sociedade com a qualidade dos serviços e os inúmeros prejuízos causados em decorrência da morosidade administrativa. Assim, a atuação da Administração não deverá ser apenas legal, mas também eficiente.
V. Num edital de concurso para provimento de cargo efetivo de professor/a de ensino infantil do município, foram feitas várias exigências, entre elas, que os/as candidatos/as não tivessem tatuagens. 
Princípio da impessoalidade, é sinônimo de interesse público, uma vez que todo e qualquer atoda administração deve ser praticado visando à satisfação do interesse público.
Princípio da motivação, o administrador deve indicar os fundamentos de fato e de direito que o levam a adotar qualquer decisão no âmbito da administração pública, demonstrando a correlação lógica entre a situação ocorrida e as providências adotadas.
Princípio da Razoabilidade, o agente público deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas.
Princípio da Isonomia, não se admite o estabelecimento de critérios genéricos de discriminação, sob pena de ofender o princípio da isonomia.
VI. O município de Macondo criou, por decreto do Poder Executivo, o Instituto de Previdência Municipal, prevendo idade mínima de cem anos para aposentadoria.
Princípio da motivação, o administrador deve indicar os fundamentos de fato e de direito que o levam a adotar qualquer decisão no âmbito da administração pública, demonstrando a correlação lógica entre a situação ocorrida e as providências adotadas.
Princípio da razoabilidade, exige da administração pública a aplicação de limites e sanções dentro dos limites estritamente necessários para satisfazer o interesse público, sem aplicação de sanções ou restrições exageradas.
Nas questões de 6 a 11, avalie as assertivas, julgando-as, de modo fundamentado, como VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F).
5. A razoabilidade é um princípio jurídico que incrementa as tarefas de interpretação e aplicação da norma, apontando que certas balizas devem ser observadas para seu adequado manejo. A noção do que é razoável, por sua vez, precisa estar alinhada aos preceitos democráticos fundamentais e às finalidades a que o Direito deve servir. Assim, podemos dizer que o princípio orienta para o sentido em que leis e demais comandos normativos podem ser tomados, prestando-se, portanto, como parâmetro do controle judicial dos atos da Administração, que pode substituir os juízos de discricionariedade desta, pelos seus próprios, sempre que a razoabilidade assim exigir. 
FALSA. O princípio da razoabilidade exige da administração pública a aplicação de limites e sanções dentro dos limites estritamente necessários para satisfazer o interesse público, sem aplicação de sanções ou restrições exageradas. Ele se aplica a limitação do poder discricionário. A discricionariedade ocorre quando a lei deixa uma margem de decisão para o agente público aplicá-la ao caso concreto.
6. A Administração Pública, em sentido subjetivo, é todo o aparato estatal e os sujeitos a seu serviço, que realizam as atividades administrativas. Ela atua sob o regime jurídico administrativo, caracterizado pela supremacia e indisponibilidade do interesse público, ao tempo em que também representa esse interesse e deve agir em nome dele. Por essa razão, o interesse da Administração coincide com o interesse público.
Falsa. No Estado Democrático de Direito, a função administrativa é a atividade desempenhada pelas pessoas estatais, sujeitas a controle jurisdicional, no fiel cumprimento do dever de alcançar o interesse público. Essa função é marcada pela conjugação de dois princípios caracterizadores do regime jurídico administrativo, quais sejam: o princípio da supremacia do interesse público e o princípio da indisponibilidade do interesse público.
7. O princípio da eficiência exige, por parte da Administração Pública, uma conduta que promova bons resultados na gestão da coisa pública, a serem usufruídos pelas pessoas em campos como serviços e políticas públicas, atendimento, entre outros, aperfeiçoando seus métodos de atuação. A eficiência incorpora modernidade administrativa e permite o não cumprimento de normas infraconstitucionais, caso fique demonstrado, através de juízo de ponderação, que o atendimento à norma impediria que a Administração viesse a atingir um resultado ótimo de sua ação.
FALSA. A busca da eficiência deve ocorrer em harmonia com os demais princípios da Administração Pública. Assim, não se pode deixar de obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade somente para alcançar melhores resultados.
8. Desde o início da disciplina, vimos que a função administrativa é exercida pelos três Poderes da República. No entanto, os atos administrativos praticados pelo Poder Judiciário e pelo Poder Legislativo, para que tenham eficácia, precisam da confirmação do Poder Executivo, por ser ele a sede típica da função administrativa.
FALSA. o Legislativo e o Judiciário, quando exercem a função administrativa, também praticam atos administrativos. Isso ocorrerá sempre que o Judiciário e o Legislativo praticarem atos de gestão do seu patrimônio (ex.: licitações), ou de gestão de seus recursos humanos (ex.: nomeação de um servidor). Não necessitando assim, da confirmação o Poder Executivo, pois estes órgãos estariam no exercício de sua função atípica administrativa.
9. A lei 14.113/20 (nova lei do Fundeb), em seu artigo 26, estabelece que, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos recursos anuais dos fundos criados pela norma (com a exceção da complementação da União na modalidade VAAR – vide art. 5º, III, da lei) devem ser aplicados na remuneração de profissionais da educação básica em efetivo exercício. Com base nessa afirmação, imaginem a seguinte hipótese: um município financiou a reforma de suas escolas e a compra de materiais para a rede de educação básica e ensino médio com 45% (quarenta e cinco por cento) dos recursos anuais do Fundeb. As reformas eram necessárias e foram bem realizadas. Ainda assim, podemos afirmar que houve desvio de finalidade nessa atuação administrativa.
VERDADEIRO. Segundo a Lei 4.717/1965, o desvio de finalidade “se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência”. Por “regra de competência” devemos entender a lei que atribuiu a competência ao agente. Sendo assim, o ato foi praticado com finalidade distinta daquela prevista em lei, ocorrendo assim o chamado desvio de finalidade.
10. O princípio da segurança jurídica na Administração visa a atribuir estabilidade às relações administrativas, tanto internas como externas à estrutura estatal. Sendo assim, um dos desdobramentos desse princípio é que atos normativos da Administração ou a mudança de interpretação de uma norma, pelos órgãos administrativos, só podem ser aplicados seis meses após a sua adoção.
FALSA. Segundo Di Pietro, a segurança se relaciona com a ideia de boa-fé. Caso a Administração adote determinado entendimento como correto, aplicando-o ao caso concreto, não pode depois vir a anular atos anteriores, sob o pretexto de que eles foram praticados com base em errônea interpretação. Busca-se, assim, que os direitos dos administrados não fiquem flutuando conforme a variação de entendimentos da Administração ao longo do tempo.
11. Quando falamos de Administração Pública, necessariamente precisamos compreender a noção de regime jurídico administrativo, expressão da forma pela qual a Administração deve atuar concretamente. Descreva, em linhas gerais, esse regime, destacando os pilares sobre os quais ele se sustenta.
O regime jurídico administrativo é um conjunto de normas jurídicas que disciplinam as relações jurídicas firmadas pelos sujeitos de uma sociedade. Parte da doutrina costuma dividir o regime jurídico em regime de direito público e regime de direito privado.
O regime de direito público “consiste num conjunto de normas jurídicas que disciplinam poderes, deveres e direitos vinculados diretamente à supremacia e à indisponibilidade dos direitos fundamentais”. Quer dizer, é aquele aplicável no exercício da função pública, buscando satisfazer os interesses indisponíveis da sociedade. Os interesses da sociedade são indisponíveis. Isso significa que o agente público, que atua em nome da sociedade, não é proprietário da coisa pública, ele apenas atua em nome da sociedade. Os agentes públicos sujeitam-se ao princípio da legalidade, de tal forma que só podem fazer aquilo que a lei autoriza oudetermina.
O regime de direito privado, é direcionado para os particulares, trata das relações individuais da população. Neste regime, não há aplicação das prerrogativas do poder público, colocando os indivíduos em igualdade de condições em suas relações jurídicas (horizontalidade).

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