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oceano, formando ilhas e constituindo terra firme, embora cada de- positante individual (depositary) seja ínfimo, frágil e desprezível. Os trabalhadores não agrícolas de uma monarquia asiática têm muito pouco a contribuir para as obras além de seus esforços físicos individuais, mas seu número é a sua força e o poder de direção sobre essa massa deu origem àquelas obras gigantescas. Foi a con- centração das rendas, das quais vivem os trabalhadores, em uma ou poucas mãos, que tornou possíveis tais empreendimentos.”614 Esse poder dos reis asiáticos e egípcios ou teocratas etruscos etc. foi conferido, na sociedade moderna, ao capitalista, quer ele se apresente como capitalista individual, quer como nas sociedades por ações, como capitalista combinado. A cooperação no processo de trabalho, como a encontramos nas origens culturais da humanidade, predominantemente nos povos ca- çadores615 ou eventualmente na agricultura da comunidade indiana, fundamenta-se, por um lado, na propriedade comum das condições de produção e, por outro, na circunstância de que o indivíduo isolado desligou-se tão pouco do cordão umbilical da tribo ou da comunidade como a abelha individual da colmeia. Ambos diferenciam-na da coope- ração capitalista. A utilização da cooperação em grande escala no mun- do antigo, na Idade Média e nas colônias modernas baseia-se em re- lações diretas de domínio e servidão, na maioria das vezes na escra- vidão. A forma capitalista pressupõe, ao contrário, desde o princípio o trabalhador assalariado livre, que vende sua força de trabalho ao ca- pital. Historicamente, no entanto, ela se desenvolve em oposição à economia camponesa e ao exercício independente dos ofícios, possuindo este forma corporativa616 ou não. Nesse confronto, a cooperação capi- talista aparece não como forma histórica específica da cooperação, mas a cooperação mesma aparece como uma forma histórica peculiar do processo de produção capitalista que o distingue especificamente. Do mesmo modo que a força produtiva social do trabalho desen- volvida pela cooperação aparece como força produtiva do capital, a própria cooperação aparece como forma específica do processo de pro- dução capitalista, em contraposição ao processo de produção de traba- lhadores isolados independentes ou mesmo dos pequenos mestres. É OS ECONOMISTAS 450 614 JAMES, R. Text-book of Lectures etc. p. 77-78. As coleções dos antigos assírios, egípcios etc., em Londres e em outras capitais européias, fazem-nos testemunhas oculares daqueles processos cooperativos de trabalho. 615 Linguet em sua Théorie des Lois Civiles não está talvez sem razão quando declara a caça como a primeira forma de cooperação e a caça ao homem (guerra) como uma das primeiras formas de caça. 616 A pequena economia camponesa e o exercício independente dos ofícios, que constituem em parte a base do modo de produção feudal; em parte após a dissolução deste aparecem ao lado da empresa capitalista, formam ao mesmo tempo a base econômica das comunidades clássicas em sua melhor época, depois de ter-se dissolvido a propriedade comum de origem oriental e antes de a escravatura ter-se apossado efetivamente da produção.
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