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Artigo: Pedagogo nos museus

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20
REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v.1, n.2, ago./dez. 2016
A AÇÃO EDUCATIVA EM MUSEUS E O ESPAÇO 
DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM AMBIENTES 
NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO 
THE EDUCATIONAL ACTIVITY IN MUSEUMS AND AREA OF EXPERTISE IN ENVIRONMENTS 
PEDAGOGUE NO FORMAL EDUCATION
Regina Magna Bonifacio Araújo1
Nilzilene Imaculada Lucindo2
Resumo: O artigo aborda os resultados de pesquisa realizada com licenciandos 
do 1º período do curso de Pedagogia ao Museu de História Natural e Jardim 
Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais. Fundamentadas em Libâ-
neo(2010), Gohn(2006), Falcão(2009), Marandino(2008) e Almeida(1997), 
buscamos identificar se, na visão dos licenciandos, o museu constitui ou pode se 
constituir um espaço de atuação do Pedagogo e quais seriam as atribuições desse 
profissional em espaço de educação não formal. Os resultados apontaram que os 
alunos participantes da visita técnica possuem uma visão clara dos museus como 
um espaço educativo, sendo essa instituição considerada um espaço de atuação 
para o Pedagogo; destacaram como ações do Pedagogo no Museu coordenar as 
atividades educativas; desenvolver atividades lúdicas, jogos, brincadeiras e dinâ-
micas; atuar na área pedagógica, elaborando projetos, práticas e pesquisas, dentre 
outras. Identificamos ainda, na visão dos participantes, a ampliação do conceito 
de museu.
Palavras-chave: Formação de Pedagogos. Espaços não escolares. Museus.
Abstract: The article discusses the results of research conducted with students of 
the 1st degree of the course of formation the pedagogue visiting the Museum of 
Natural History and Botanical Garden of the Federal University of Minas Gerais. 
Based on Libâneo (2010), Gohn(2006), Falcão (2009), Marandino (2008) and 
Almeida (1997), we seek to establish whether, at the undergraduate vision, the 
museum constitutes or may constitute a pedagogue performance space and what 
the duties would be that professional in non-formal education space. The results 
showed that the participating students of technical visits have a clear view of 
museums as an educational space, and this institution considered a performan-
ce space for the educator; out as pedagogue actions in the Museum coordinate 
educational activities; develop leisure, games and dynamic activities; work in 
the educational area, developing projects, practices and research, among others. 
Identified yet, in the view of participants, the expansion of the museum concept.
Keywords: Training of Educators. Non-school spaces. Museums.
1. Pedagoga, Mestre e Doutora em Educação, Pós-doutorado em Ciência da Educação pela Universidade de Lisboa; Docente e pesquisadora do PPGE/Universidade 
Federal de Ouro Preto (UFOP). e-mail: regina.magna@hotmail.com
2. Mestre em Educação; Licenciada em Pedagogia; Pedagoga do Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 
e-mail: nilzilenelucindo@yahoo.com.br
21
REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v.1, n.2, ago./dez. 2016
1 INTRODUÇÃO
O curso de Pedagogia, no Brasil, foi criado pelo Decreto Lei n.º 1190 de 04 de abril de 
1939 e desde então vem passando por transformações ao longo de sua existência. Quando surgiu, 
uma de suas finalidades consistia em formar os professores para atuarem no ensino secundário na 
formação dos professores que atuariam no ensino primário. Além disso, também se incumbia de 
formar o Especialista de Educação. 
Na contemporaneidade, principalmente, a partir da promulgação da Resolução CNE/CP 
n.º 01 de 2006, que instituiu as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia-
-Licenciatura, a formação do Pedagogo está centrada na docência. Nas atuais diretrizes, a base da 
formação do pedagogo é a docência para a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental 
e o conceito de docência passou a ter uma visão alargada, compreendendo ações de organização e 
gestão de sistemas e instituições de ensino, abarcando atividades em contextos escolares e não esco-
lares. Tal fator impõe um desafio para a formação do Pedagogo e, ao mesmo tempo, uma demanda 
necessária, tendo em vista que a sociedade na qual estamos inseridos se apresenta repleta de ativida-
des educativas e práticas pedagógicas que são desenvolvidas em múltiplos espaços. 
O curso de Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP tem por origem três 
fontes que podem ser assim apresentadas: a necessidade de institucionalizar o espaço acadêmico de 
que a universidade brasileira dispõe para os estudos sistemáticos e avançados da área da Educação; 
as necessidades da comunidade local e a ampliação da oferta de educação superior pública. Desta 
forma, o profissional que se deseja formar com este curso é o profissional de educação para atuar no 
ensino, para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fun-
damental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área 
de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos, 
mas também capaz de atuar na organização e gestão de sistemas, unidades e projetos educacionais e 
na produção e difusão do conhecimento, em diversas áreas da educação.
Sua proposta pedagógica apoia-se na concepção de que as diferentes ênfases do trabalho pe-
dagógico – educação infantil e ensino fundamental, jovens e adultos, etc. -, assim como as práticas 
de organização e gestão dos espaços escolares e não escolares, de formulação de políticas públicas, de 
planejamento, etc., constroem-se sobre a base comum da docência. É a partir dessa base, de sua na-
tureza e funções, que se materializa o trabalho pedagógico, em suas múltiplas faces, espaços e atores.
Mas esta concepção de curso, proposta pela UFOP, não retrata a realidade da formação do 
pedagogo desde a criação dos primeiros movimentos formativos. Para se chegar ao entendimento 
de que a base da formação ofertada pelo curso de Pedagogia seria a docência, um longo processo foi 
percorrido e sobre ele falaremos brevemente.
22
REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v.1, n.2, ago./dez. 2016
 O curso de Pedagogia, e igualmente o profissional formado por ele, vem ao longo de mui-
tos anos, ampliando uma discussão acerca da identidade e do campo de atuação do pedagogo. Este 
curso, que desde a sua criação já sofreu 4 alterações em sua constituição, sempre esteve envolto em 
polêmicas que nos remetem às suas funções e a uma busca da definição de quem é o pedagogo e 
qual o seu campo de atuação.
Um dos conteúdos que compõe a ementa da Disciplina de Introdução à Educação, do curso 
de Pedagogia da UFOP trata da formação e do campo de atuação dos Pedagogos. Dentre as diversas 
atividades que visam proporcionar aos alunos a compreensão do campo de atuação do Pedagogo, 
propusemos uma visita técnica a um museu com a finalidade de explorar os contextos não escolares. 
Buscávamos identificar, dentre outros aspectos, se, na visão dos licenciandos, o museu constitui ou 
pode se constituir um espaço de atuação de Pedagogo e quais seriam as atribuições desse profissional 
neste espaço de educação não formal.
Neste sentido, o objetivo do texto que ora se apresenta é socializar os resultados dessa pes-
quisa que foi realizada a partir da visita dos alunos do 1º período de Pedagogia da UFOP ao Museu 
de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais - MHNJB/UFMG.
O MHNJB é um órgão suplementar da UFMG que desenvolve atividades de ensino, pes-
quisa e extensão em áreas das ciências naturais. Foi uma vasta fazenda com 600.000 m2 pertencente 
à família Guimarães, que desapropriada no início do século XX foi adquirida pelo Governo do Esta-
do de Minas Gerais como Horto Florestal. Mais tarde, transformou-se em Estação Experimental de 
Agricultura e em 1953, em Instituto Agronômico. Em 1969, parte da área do Instituto Agronômico 
foi cedida a UFMG para a instalação do MHNJB.
Na década de 70, o museu passou a atrair vários visitantespor abrigar o Presépio do Pipi-
ripau, obra tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. Em 
2010 foi reconhecido como Jardim Botânico pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONA-
MA. Suas coleções estão organizadas de acordo com as seguintes áreas: Arqueologia Pré-Histórica, 
Arqueologia Histórica, Paleontologia, Geologia, Zoologia, Botânica, Etnologia Indígena, Arte Po-
pular e Iconografia. O MHNJB é uma das maiores áreas de mata preservada em Belo Horizonte / 
Minas Gerais, abriga projetos de pesquisas em várias áreas e desenvolve estudos sobre a fauna e flora, 
projetos artísticos, ações de educação, preservação ambiental e cultural. 
Como metodologia, adotamos uma pesquisa de abordagem qualitativa, bibliográfica e de 
campo. A pesquisa bibliográfica foi embasada nos estudos de Libâneo (2001; 2010), Gohn (2006), 
Marandino (2008), Falcão (2009) e Paro (2011). A pesquisa de campo fez uso de um questionário 
com questões abertas; algumas questões foram respondidas antes da visita e outras após a realização 
da atividade. Essa metodologia será descrita mais a frente em um item próprio. Após a realização 
da visita e a aplicação do questionário pós-visita, trabalhamos na análise dos dados. Contudo, neste 
texto, optamos por realizar um recorte dos dados e trabalhar com todas as questões do primeiro 
23
REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v.1, n.2, ago./dez. 2016
questionário e com algumas questões do segundo. O artigo está estruturado em seis itens, a saber: 
introdução; marco teórico; metodologia; concepções dos licenciandos sobre a temática em estudo; 
considerações finais e referências bibliográficas.
2 O MARCO TEÓRICO
Ao ser criado pelo Decreto 1190 de 4 de abril de 1939, o curso de Pedagogia originou-se ar-
ticulado à formação do professor, ficando responsável por formar os formadores dos professores que 
atuariam no ensino primário. O Parecer CFE nº 251/62 regulamentou o curso, fixou o currículo 
mínimo e sua duração e o Parecer CFE nº 252/69 instituiu a proposta de formação de especialis-
tas em administração escolar, inspeção escolar, supervisão pedagógica e orientação educacional ao 
lado da habilitação para a docência nas matérias pedagógicas do curso Normal. A norma em vigor, 
a Resolução CNE/CP nº 01/2006, última modificação introduzida, instituiu as novas diretrizes 
curriculares para o curso, indicando que a formação preconizada para o Licenciado em Pedagogia é 
bem abrangente, o que pode ser observado no excerto abaixo:
O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exer-
cer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Funda-
mental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profis-
sional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos 
conhecimentos pedagógicos. As atividades docentes também compreendem partici-
pação na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, englobando: - pla-
nejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias 
do setor da Educação; - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e 
avaliação de projetos e experiências educativas não escolares; - produção e difusão do 
conhecimento científico tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e 
não escolares (BRASIL, 2006, p.2).
A institucionalização dessas diretrizes colocou em evidência esses outros possíveis espaços 
de atuação do Pedagogo, fazendo com que o trabalho desse profissional não se restrinja apenas ao 
ambiente escolar e novos espaços sejam explorados pelos Pedagogos, ampliando também as suas 
possibilidades de atuação.
Não obstante, outro fator contribui para a abertura desse campo de atuação em espaços não 
escolares. Libâneo (2001, p.3) destaca que “um dos fenômenos mais significativos dos processos 
sociais contemporâneos é a ampliação do conceito de educação e a diversificação das atividades 
educativas”. As práticas educativas extrapolam o ambiente formal de educação e se fazem presentes 
em múltiplos espaços, sinalizando que estamos vivendo, segundo Libâneo, em uma sociedade pe-
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REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v.1, n.2, ago./dez. 2016
dagógica. É pois, neste contexto, que se situam os museus, concebidos como espaços de educação 
não formal de acordo com Marandino (2009), e definidos pelo Conselho Internacional de Museus 
(ICOM) como: 
instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvol-
vimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os tes-
temunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade 
(ICOM, 2001).
Como se pode constatar as práticas pedagógicas estão inseridas nos diversos espaços so-
ciais, tanto no âmbito da educação formal quanto no da educação não formal. Neste sentido, para 
explicitar as características de cada contexto, faremos menção à definição da educação formal e da 
educação não formal, enfatizando, entretanto, o espaço da educação não formal. 
Para Libâneo (2010, p.88), a “Educação formal seria, pois, aquela estruturada, organizada, 
planejada intencionalmente, sistemática”. Já educação não formal é definida pelo autor como:
aquelas atividades com caráter de intencionalidade, porém com baixo grau de es-
truturação e sistematização, implicando certamente relações pedagógicas, mas não 
formalizadas. Tal é o caso dos movimentos sociais organizados na cidade e no campo, 
os trabalhos comunitários, atividades de animação cultural, os meios de comunicação 
social, os equipamentos urbanos culturais e de lazer (museus, cinemas, praças, áreas 
de recreação) etc. (LIBÂNEO, 2010, p. 89).
A educação não formal na concepção de Gohn (2006, p.2), 
designa um processo com várias dimensões tais como: a aprendizagem política dos 
direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a capacitação dos indivíduos para o traba-
lho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ou desenvolvimento de potenciali-
dades; a aprendizagem e exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se orga-
nizarem com objetivos comunitários, voltadas para a solução de problemas coletivos 
cotidianos; a aprendizagem de conteúdos que possibilitem aos indivíduos fazerem 
uma leitura do mundo do ponto de vista de compreensão do que se passa ao seu redor; 
a educação desenvolvida na mídia e pela mídia, em especial a eletrônica, etc.
Ao contrário do que muitos pensam os museus não devem ser entendidos como um es-
paço reservado para a guarda de coisas velhas. Na verdade, seu conceito extrapola essa concep-
ção. Eles preservam a memória e a cultura da humanidade, abrigam coleções de valor inestimável 
que são importantes não só para a pesquisa, mas também para a educação. Trata-se de um es-
paço de contemplação, encantamento, pesquisa, lazer, questionamentos, aprendizado, vivências, 
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REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v.1, n.2, ago./dez. 2016
que se constitui um importante meio para propiciar a ampliação cultural e científica dos cidadãos 
e interpretar a realidade. 
Segundo Falcão (2009, p.14), “os museus possuem o caráter educacional vinculado à sua 
própria origem, uma vez que, desde o início, se configuravam como espaços de pesquisa e ensino”. 
A afirmação de Falcão nos remete ao entendimento de que os museus sempre tiveram uma estreita 
relação com a educação. Contudo, é necessário promover a interação e o contato do público com 
os objetos, pois conforme afirma Marandino (2008, p.20), além de elementos centrais, “por meio 
dos objetos o visitante pode se sensibilizar e se apropriar dos conhecimentos expostos, assim como 
compreender os aspectos sociais, históricos, técnicos, artísticos e científicos envolvidos”. A 
ação educativa que ocorre nesses espaços, tem por objetivo, segundo Almeida (1997, p.50) “ampliar 
as possibilidades de aproveitamento pedagógico dos acervos, para que o visitante acentue seu espí-
rito crítico em relação à suarealidade e daqueles que estão à sua volta“.
Esta autora ainda registra que no Brasil, a ação educativa em museus recebeu influência da 
Escola Nova, passando a instituição a ser vista como um complemento do ensino escolar, ideia que 
permanece até os dias de hoje. Contudo, para Almeida os museus têm potencial de ultrapassar a 
complementaridade da escola, uma vez que a experiência proporcionada com os objetos pode gerar 
motivação, curiosidade e questionamento, além da aprendizagem de elementos tanto cognitivos 
como afetivos. Enfim,
[...] uma visita a um museu pode ser mais do que divertimento,não só por estimu-
lar o aprendizado e a observação, mas por promover o exercício da cidadania in-
distintamente, tanto através de suas atividades educativas, como por estimular a 
participação dos mais diversos grupos de pessoas dos vários níveis socioeconômicos 
(MARANDINO, 2008, p.21).
3 O CAMINHO METODOLÓGICO
Ao se considerar a metodologia escolhida na presente investigação, queremos destacar nossa 
crença de que uma pesquisa exige um confronto entre teoria, dados, evidências e informações sobre 
determinado objeto, o que é realizado a partir do estudo de um problema, contudo, o caminho 
metodológico adotado é decisivo para alcançar os objetivos propostos (LUDKE; ANDRÉ, 2013). 
Nesse caminho, o olhar dos licenciandos guarda a compreensão que, de acordo com Nóvoa (1999, 
p.10) explicita que “[...] é verdade que os professores estão presentes em todos os discursos sobre a 
educação. Por uma ou por outra razão, fala-se sempre deles. Mas muitas vezes está-lhes reservado 
o ‘lugar de morto’ ”. Para esse autor, os saberes e conhecimentos já construídos por aqueles que 
se preparam para a profissão ou mesmo que já a exercem ainda recebem pouca atenção, o que foi 
26
REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v.1, n.2, ago./dez. 2016
destacado reiterada vezes por Goodson (1992, p.69) ao afirmar que “particularmente no mundo de 
desenvolvimento dos professores, o ingrediente principal que vem faltando é a voz do professor” 
(grifo do autor).
Este estudo, de abordagem qualitativa (BOGDAN; BIKLEN, 1994), privilegiou a pesquisa 
bibliográfica e de campo. A primeira recorreu aos estudos da área (livros e artigos científicos) que 
discorreram acerca do curso de Pedagogia no Brasil, da formação do pedagogo e do trabalho em 
museus. A pesquisa de campo fez uso de um questionário que buscou identificar a compreensão 
que os estudantes que iniciam o curso de pedagogia têm da atuação do pedagogo em espaços não 
formais como o museu, dentre outros aspectos. 
A experiência vivenciada pelos alunos e alunas do 1º período de Pedagogia da Universidade 
Federal de Ouro Preto com a visita técnica ao Museu de História Natural e Jardim Botânico da 
Universidade Federal de Minas Gerais, doravante designado MHNJB/UFMG, integra uma inves-
tigação acerca do olhar desses ingressantes no curso sobre o espaço enquanto locus pedagógico e 
sobre a atuação do pedagogo em museus. Algumas questões foram propostas antes da visita com 
o objetivo de saber o conceito atribuído por eles ao museu, as atividades desenvolvidas, o tipo de 
público e se é um espaço de trabalho para o pedagogo. Também foi realizada uma apresentação 
sobre o museu em questão, sua localização, histórico, espaços que seriam visitados e sua estrutura, 
além de informações gerais sobre a organização da atividade, cuidados com vestuário, alimentação, 
horários, dentre outros.
No retorno da atividade os/as participantes escreveram sobre as contribuições que uma visi-
ta ao museu pode trazer para aos alunos da Educação Básica, o que os professores buscam com este 
tipo da visita, que conteúdos podem ser trabalhados especificamente com esta visita, como planejar 
e avaliar este tipo de atividade e se sua concepção de museu mudou após a atividade. Todas as ques-
tões foram formuladas no sentido de deixar os participantes livres para responderem e as respostas 
foram analisadas e categorizadas buscando compreender o que elas revelam acerca do olhar desses 
discentes para o museu enquanto espaço de trabalho do pedagogo. Passaremos agora a uma apresen-
tação dessa análise com base nos dados dos 24 alunos que participaram da visita.
4 O QUE DIZEM OS GRADUANDOS EM PEDAGOGIA
A compreensão do museu enquanto espaço de guarda de objetos antigos e preciosos foi 
apresentada pela maioria dos/as alunos/as do curso de Pedagogia que participaram da atividade. 
Para alguns o museu “é o lugar onde ficam as preciosidades que contam e guardam um pouco da 
nossa história” (S08), ou mesmo onde “encontramos guardados várias relíquias, que ao visitá-los 
podemos apreciar e aumentar nosso conhecimento” (S09) e também “um lugar para visitar, ver e 
conhecer objetos, pinturas, textos antigos ou de difícil acesso” (S10). Um lugar onde encontramos 
27
REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v.1, n.2, ago./dez. 2016
objetos, algo concreto que retrata um fato histórico, uma época, uma cultura pareceu ser o enten-
dimento geral. Entretanto, encontramos algumas respostas que trazem uma percepção mais ampla 
do conceito de museu, como podemos ler abaixo:
“Museu é um espaço onde se busca manter o passado vivo, onde podemos recriar a 
história, costumes e tradições” (S04).
“Museu é um espaço educativo, no qual o seu maior foco é a cultura, vivenciar a his-
tória dos antepassados e aprender diversas culturas de diferentes regiões” (S12).
“Para mim museu é um lugar cheio de salas, silencioso, onde é possível viajar sem sair 
do lugar e obter conhecimentos” (S15).
Para todos os participantes da visita técnica o museu é considerado um espaço educativo, 
justificando que nele “aprendemos sobre arte, historia, culturas diversas e a conhecer a origem 
de algumas coisas” (S04); “é um espaço que complementa o ensino escolar” (S05) e, também, 
“acredito que em qualquer museu conseguimos aprender, pois cada um deles tem uma histó-
ria para contar” (S15).
A questão que procura revelar a compreensão de quais atividades podem ser desenvolvidas 
num museu obteve respostas bem próximas do que eles encontraram. Muito além de visitas técni-
cas, os alunos identificaram atividades interativas, com uso de recursos audiovisuais e da tecnologia, 
brincadeiras e dinâmicas, além de palestras, exposições e oficinas. Creditamos este conhecimento ao 
fato de que grande parte desses alunos e alunas reside em cidades históricas, em especial Ouro Preto 
e Mariana, cidades onde está localizada a universidade e que possuem vários museus.
Especificamente em relação ao MHNJB, os discentes indicaram como público os alunos da 
Educação Básica e do Ensino Superior. Por se tratar de um museu que pertence a uma universidade, 
a compreensão da grande maioria dos participantes é de que este espaço se destina ao público es-
colar e universitário. Alguns poucos acrescentaram que “o museu não tem um público-alvo, já que 
qualquer pessoa de qualquer idade pode visita-lo”(S04) ou 
“O público do museu é amplo. Normalmente frequentam esse espaço turmas de 
crianças e jovens levados pela escola que estudam, famílias em viagem, normalmente 
de férias, [pessoas] fazem esses passeios cultural com seus parentes e amigos”(S12).
Dentre as questões propostas aos alunos do curso de Pedagogia antes da visita técnica ao 
museu perguntamos se havia espaço para o trabalho do pedagogo em um museu e que contribui-
ções ele poderia dar a este espaço. Dos participantes, apenas 4,2% responderam que não e 12,5% 
que desconheciam esta possibilidade.
Dos alunos que responderam que o pedagogo poderia atuar num museu, o que corresponde 
a 83,3%, observamos uma ampliação da concepção do campo de atuação deste profissional, o que 
28
REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v.1, n.2, ago./dez. 2016
nas palavras de Libâneo (2001) representa uma redescoberta da Pedagogia nos meios sociais, políti-
cos, sindicais, empresariais e nos meios de comunicação.
Nas falas de alguns alunos, o papel do pedagogo pode ser o de coordenador pedagógicoou 
mesmo o coordenador da área administrativa do museu. Entretanto, a maioria compreende que 
este profissional poderia propor atividades educativas, lúdicas, jogos e dinâmicas para aqueles que 
visitam o museu, complementado este espaço de aprendizagem. Outros sugerem um trabalho de 
planejamento e elaboração de projetos, acompanhado de cursos e orientações especializadas aos 
monitores que atuam no museu. 
“Sim, desempenhando o papel de um coordenador dos guias no museu, mostrando a 
eles como mostrar e explicar ao público como as obras e documentos são importantes” 
(S21).
“Há espaço [para o pedagogo no museu]. O pedagogo pode desenvolver métodos 
de interação entre os visitantes e o museu, de modo a melhorar a relação de ensino e 
aprendizagem entre eles” (S20).
“Sim, ele poderia trabalhar desenvolvendo ideias para atrair a atenção das pessoas 
como brincadeiras, dinâmicas, além da coordenação” (S11).
As ações sugeridas pelos participantes deste estudo podem ser mais bem visualizadas no 
gráfico que se segue, fazendo emergir a compreensão de que há outros espaços de atuação para o 
pedagogo, não se limitando apenas às escolas, muito embora este seja o campo prioritário para a 
formação e atuação deste profissional.
Gráfico 1 – Atividades do Pedagogo no Museu
0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0%12,0%14,0%16,0%18,0%20,0%
Coordenar as atividades educativas 
Contação de histórias
Desenvolver atividades lúdicas, jogos, brincadeiras e 
dinâmicas
Desenvolver atividades auxiliando o público visitante
Organizar aulas expositivas e palestras
Atuar como Monitor
Organizar eventos para crianças
Atuar na área pedagógica, elaborando projetos, práticas 
e pesquisas
Desenvolver práticas pedagógicas para complementar 
esses espaços
16,1%
3,2%
19,4%
16,1%
6,5%
16,1%
6,5%
6,5%
9,7%
Fonte: Questionários aplicados pelas autoras
29
REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v.1, n.2, ago./dez. 2016
De acordo com Pereira,
Os educadores (as) devem buscar práticas curriculares mais abertas... e que estejam em 
consonância com a realidade e necessidades dos diferentes contextos, e que a constru-
ção dos saberes seja resultante de entrelaçamentos das diversas redes de conhecimento 
(2006, p.21).
Nesta pesquisa nos propomos a investigar, também, como os alunos do curso de Pedagogia 
percebiam a atuação do pedagogo em espaços não escolares após a visita ao museu. Considerando 
que o trabalho do Pedagogo está relacionado à compreensão de suas ações tanto no âmbito da do-
cência quanto no da gestão, foram formuladas perguntas mais gerais no sentido de apreender como 
os participantes analisam as contribuições deste tipo de ação para com o processo de aprendizagem 
dos alunos da Educação Básica.
Diante da questão formulada acerca das contribuições da visita para os alunos deste nível de 
ensino, todas as respostas apontam para alguma contribuição, sejam elas relacionadas aos aspectos cul-
turais e, também, cognitivos. Para alguns graduandos, prevalecem os aspectos culturais e históricos, 
A visita em um museu pode contribuir em diversos fatores para o aluno de ensino 
básico, como: ampliação cultural, podendo despertar interesse em conhecer a histó-
ria de um determinado tempo e espaço, também pode despertar interesse em outras 
profissões (S03).
A visita ao museu pode proporcionar diversas contribuições como: despertar o interes-
se em outras culturas, matérias, profissões; proporcionar contato com parte da história 
pouco explorada na escola (S02).
Para outros, a grande contribuição que uma atividade de visita aos museus pode dar à edu-
cação de crianças e jovens se relaciona à aquisição de conhecimentos e atitudes que podem auxiliar 
no melhor desempenho escolar.
As contribuições que o museu pode trazer para os alunos da educação básica é que 
estando em contato com aquilo que eles estão aprendendo, a memorização e o apren-
dizado é mais eficaz (S05).
A visita a um Museu proporciona aos alunos da educação básica um amplo conhe-
cimento, com a oportunidade de “conhecer de perto” um pouquinho da história de 
nossos antepassados quando nos referimos a História Natural, a biodiversidade da 
natureza, as riquezas minerais, enfim, como disse anteriormente o conhecimento é 
amplo (S12).
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E, ao olhar para a realidade de muitas escolas de Educação Básica, alguns discentes indicam 
que atividades com visitas orientadas a espaços como os museus podem complementar ou mesmo 
suprir carências de um ensino público de baixa qualidade.
Os museus estimulam a curiosidade dos visitantes, esses espaços oferecem a oportu-
nidade de suprir, ao menos em parte, algumas das carências da escola como a falta de 
laboratórios, recursos audiovisuais entre outros. Conhecidos por estimular o aprendi-
zado e para melhorar o aproveitamento escolar (S10).
No contato com os responsáveis pela orientação pedagógica do museu, nossos alunos re-
ceberam a informação de que o público escolar é um dos mais significativos e participantes das 
atividades e ações proporcionadas. Ao serem questionados sobre o que os professores buscam com 
este tipo de atividade, as respostas evidenciaram o entendimento de que esses contatos auxiliam na 
ampliação de conhecimentos, na diversificação dos meios de aprendizagem fazendo uso dos senti-
dos e das atividades lúdicas e prazerosas, e com isto proporcionando uma maior aproximação com 
o objeto de estudo, como podemos observar nas falas abaixo.
Ampliar o conhecimento dos alunos, mostrando a prática, relacionando com a teoria 
(S01).
Buscam o aprendizado de seus alunos através de seus sentidos, ou seja, do tato, visão, 
olfato, audição, do contato com o que está sendo ensinado (S05).
Ensinar através do contato, da distração, dos momentos mais tranquilos, na diversão, 
transformando em um gostar de aprender sobre determinada coisa (S13).
Os professores buscam com a visita ao Museu trabalhar de forma lúdica, proporcionar 
ao aluno o contato com objetos, parte de uma história (S02).
O conhecimento por meio de ações concretas e na prática, também, é buscado por alguns 
docentes ao realizarem atividades como as visitas aos museus, pois com elas os professores “buscam 
um complemento de suas aulas através de exposição de exemplos físicos” (S06), além de “aguçar a 
curiosidade dos seus alunos e mostrar de forma prática o que eles aprendem de forma teórica em 
sala de aula” (S21). Acredita-se, igualmente, que um ambiente como o proporcionado por espaços 
não escolares possam aumentar o interesse, a curiosidade do aluno pelo que esta sendo ensinado, 
indo além do apresentado pelo livro didático e desta forma facilitando o processo de aprendizagem, 
como afirma S08, “o professor busca uma aproximação do aluno com a história tendo em vista que 
no museu o aluno tem mais interesse em aprender por ser um ambiente não formal” e, que nas 
palavras de outro graduando,
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Mostrar aos alunos como era na antiguidade com uma experiência fora dos livros. 
Indo ao museu os alunos veem e observam objetos da pré-história, da arqueologia, da 
mata, entre outros. Enfim, ir ao um museu aguça a curiosidade e aprende muito além 
das histórias ouvidas e lidas através do livro didático (S23).
Das respostas apresentadas pelos alunos envolvidos nesta pesquisa acerca das possibilidades 
de atuação do pedagogo em espaços não escolares, apenas uma se distancia dos aspectos educativos 
escolares na discussão de como esses espaços e os pedagogos que nele atuam contribuem para com 
a educação de crianças e jovens. Um dos participantes enfoca a aproximação dos alunos com sua 
história e a sua cultura, ao afirmar que com esta visita os professores “buscam aproximar seus alunos 
de sua própria história, mostrar o valor da preservação da cultura e tradição e também demonstrar 
que o conhecimento pode estar além dos muros da escola” (S04).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Queremosfinalizar este texto indagando se a experiência vivenciada foi capaz de alterar 
o conceito que os ingressantes do curso de Pedagogia tinham acerca do espaço museológico e da 
atuação do pedagogo nessas instituições. Acreditamos que a experiência ampliou a percepção dos 
alunos em diferentes aspectos. 
Um primeiro aspecto que queremos destacar refere-se ao entendimento acerca da atuação 
profissional do pedagogo. Diante das reflexões apresentadas, não apenas por meio do registro escri-
to, mas oral e informalmente às professoras que acompanharam a visita, observamos que o olhar 
para o museu enquanto espaço de atuação do pedagogo trouxe para esses graduandos, em início de 
curso, perspectivas novas sobre o campo de trabalho deste profissional, ou seja, existem demandas 
para o trabalho do educador, formado no curso de Pedagogia, em outros espaços além da Escola. 
O museu se transformou aos olhos de alguns participantes como um “espaço educativo, que não só 
guarda coisas antigas, [mas] um espaço de pesquisa, conhecimento, lugar também de lazer e contato 
com diversas culturas”(S21) e, também, no registro de outro aluno ao afirmar que “após a visita ao 
museu, na minha concepção é um espaço bastante proveitoso para educar ludicamente e de manei-
ra real e concreta”(S03), portanto um espaço educativo e que necessita ser acompanhado por um 
profissional da área, que não apenas ofereça oportunidades de aprendizagem, mas que, igualmente, 
promova o desenvolvimento de crianças e jovens, aproximando-os da sua cultura e dos valores do 
seu país. E aqui chegamos ao segundo aspecto que pretendemos focalizar com esta discussão: o 
aspecto cultural.
Destacamos nas falas a seguir a concepção que nos apresenta Paro (2011, p.28) para quem 
“A educação é, pois, a apropriação da cultura produzida historicamente” e que deve seguir em duas 
direções: educar para a preservação do acervo cultural dando continuidade à nossa história e edu-
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car para a constituição de cada indivíduo enquanto um ser “humano-histórico”, nas palavras deste 
mesmo autor. E é para esta dimensão educativa, da formação humana e cidadã de cada sujeito que 
a atuação do pedagogo em espaços não escolares se faz necessária e urgente, como agente de uma 
educação que propiciará acesso à cultura produzida historicamente por homens e mulheres de di-
ferentes localidades. “Museu é muito além de coleção. Museu é um espaço cultural, na qual passa 
conhecimento as diversas idades e áreas, ou seja, desde a criança a um adulto [...]” (S12); ainda, 
“hoje o museu é para mim cultura, vivência da antiguidade e conhecimento que vai além da sala de 
aula” (S23).
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