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Duração do Trabalho

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1 
 
• Duração do Trabalho 
• Parte 1 
Três justificativas: 
 
a) Biológica – recomposição física e mental do trabalhador 
b) Social – convivência familiar, lazer, distração 
c) Econômica – justa divisão do trabalho 
DURAÇÃO DO TRABALHO: 
compreende todo o período decorrente do contrato de trabalho, inclusive 
 
➢ JORNADA DE TRABALHO – tempo que o empregado permanece à disposição do empregador 
durante um dia, semana ou mês. 
➢ HORÁRIO DE TRABALHO – duração do trabalho com seus limites fixados, inclusive intervalos. 
Compreende o espaço temporal entre o termo inicial e o termo final de uma jornada diária. 
• 
Lei 13.467/2017 
A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, 
por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 
• Critérios para fixação da Jornada na atual CLT 
• Horas de serviço efetivo real 
e 
Horas de serviço efetivo ficto: horas in itinere 
Serviço efetivo real: período em que o empregado se encontra à disposição do empregador, dentro do 
horário de trabalho, aguardando ou executando ordens, art. 4º da CLT. 
Serviço efetivo ficto: tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação 
do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o 
fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à 
disposição do empregador.(art. 58, §2º CLT) 
• Lei 13.467/17 
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do 
empregador, aguardando ou executando ordens, alvo disposição especial expressamente consignada. 
... 
§ 2° Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período 
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto 
no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção 
 
2 
 
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou 
permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: 
I – práticas religiosas; 
II – descanso; 
III – lazer; 
IV – estudo; 
V – alimentação; 
VI – atividades de relacionamento social; 
VII – higiene pessoal; 
VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. 
• Lei 13.467/2017 
Art. 58. .................................................. 
§ 2º O tempo despendido pelo empregado até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para 
o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo 
empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do 
empregador. 
§ 3º (Revogado) 
Portanto, a jornada de trabalho se inicia no momento em que o trabalhador está à disposição do 
empregador dentro da empresa, terminando, do mesmo modo quando sai do ambiente de trabalho. 
Extinguiram-se as horas in itinere (Súmulas 90, 320 TST) 
SÚMULA Nº 429 TST 
TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART 4º DA CLT. PERÍODO DE DESLOCAMENTO 
ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO. 
Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao 
deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite 
de 10 minutos diários. 
• HORAS DE SERVIÇO REAL 
E 
HORAS DE MERA EXPECTATIVA 
Serviço real => aguardando ou executando ordens dentro do horário de trabalho. 
Mera expectativa de convocação => aguardando eventual chamado para a realização de um 
serviço. 
a)PRONTIDÃO – ou reserva: o empregado permanece fora de seu horário habitual de trabalho, nas 
dependências do empregador ou em local por ele determinado, aguardando ordens de serviço. 
 
3 
 
O empregador remunera as horas de prontidão à razão de 2/3 do salário hora, independentemente de 
chamar o empregado para o serviço efetivo. (§3º, art. 244, CLT) 
Ferroviário: 12 horas é o limite de horas de prontidão. 
Art. 244 - As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso e de prontidão, 
para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala 
organizada. 
§ 3º - Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando 
ordens. A escala e prontidão será, no máximo, de 12 horas. As horas de prontidão serão, para todos os 
efeitos, contadas à razão de 2/3 do salário-hora normal. 
§ 4º - Quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o empregado, houver facilidade de 
alimentação, as 12 horas de prontidão, a que se refere o § anterior, poderão ser contínuas. Quando não 
existir essa facilidade, depois de 6 horas de prontidão, haverá sempre um intervalo de 1 hora para cada 
refeição, que não será, nesse caso, computada como de serviço. 
b) SOBREAVISO – o empregado permanece fora de seu horário habitual de trabalho, em sua 
própria casa ou onde entenda por bem estar, aguardando um chamado para o serviço. Este chamado 
pode ser por telefone fixo, celular, bip, mensagem eletrônica etc.) 
Art. 244: ... 
§ 2º - Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, 
aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobreaviso" será, no 
máximo, de 24 horas. As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 do 
salário normal. 
• Lei 13.103/2015 
Art. 235- C § 8º CLT 
São consideradas tempo de espera as horas que excederem a jornada normal de trabalho do motorista 
de transporte rodoviário de cargas que ficar aguardando carga ou descarga do veículo no embarcador 
ou destinatário ou para fiscalização da mercadoria transportada. 
As horas do tempo de espera são indenizadas com base no salário hora normal acrescido de 30%, 
não tendo natureza salarial. 
Caso o tempo de espera, § 8º do art. 235-C da CLT, seja superior a 2 (duas) horas ininterruptas e for 
exigida a permanência do motorista empregado junto ao veículo, se o local oferecer condições 
adequadas, tal tempo será considerado como de repouso para os fins do intervalo conforme os §§ 2º e 
3º, sem prejuízo do disposto no § 9º. 
• 
Súmula nº 428 do TST 
SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT 
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si 
só, não caracteriza o regime de sobreaviso. 
 
4 
 
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por 
instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, 
aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso. 
• 1.1.2 JORNADA DE TRABALHO 
• A jornada de trabalho diz respeito ao número de horas diárias de trabalho que o trabalhador 
presta à empresa. 
• O horário de trabalho é o espaço de tempo em que o empregado presta serviços ao empregador, 
contado do momento em que se inicia até seu término, não se computando porém o tempo de 
intervalo. 
• 1.1.2.1 Jornada Legal – CF, art. 7º XIII 
Atividade realizada dentro dos limites legais ou contratuais exigíveis. 
Prevê a Constituição Federal: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de 
sua condição social: 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho 
• Art. 74 CLT 
a) o horário de trabalho será anotado em registro de empregados; 
b) para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da 
hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico;c) se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará do 
registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo da anotação do horário de 
trabalho em registro de empregados; 
d) Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho, 
mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 
CLASSIFICAÇÃO 
A jornada de trabalho pode ser dividida quanto à duração, ao período, à profissão e à flexibilidade. 
Quanto à duração, a jornada de trabalho pode ser: 
 
1. normal, que é a comum, a ordinária, de oito horas. Presume-se no contrato de trabalho que o 
trabalhador se obriga a prestar oito horas diárias de trabalho e 44 semanais (art. 7°, XIII, da CF), 
2. extraordinária ou suplementar, que são as horas que excedem os limites legais, como as 
que suplantarem as oito horas diárias e 44 semanais; 
3. limitada, quando há um balizamento na lei, como a dos médicos, em que há um limite máximo 
de quatro horas diárias (art. 89, a, da Lei n° 3.999/61); 
 
5 
 
4. ilimitada, quando a lei não determina um limite para sua prestação. 
Quanto ao período, a jornada pode ser: 
1. diurna, no interregno compreendido entre as 5 e as 22h; 
2. noturna, no lapso de tempo entre as 22 e as 5 h (art. 73, § 1º e 2°, da CLT); 
3. mista, como, por exemplo, das 16 às 24h, que compreende parte do período 
considerado pela lei como diurno e parte do período noturno (art. 73, § 4°, da CLT). 
O trabalhador rural tem critério diferente quanto ao período da jornada: considera-se trabalho 
noturno o executado entre as 21 h de um dia e as 5h do outro, na lavoura, e entre as 20h de um 
dia e as 4h do dia seguinte, na pecuária (art. 72 da Lei n2 5.889/73). 
A lei também poderá reduzir a jornada de trabalho do empregado, pois o máximo é previsto na 
Constituição como oito horas, mas não o mínimo. 
Normalmente o trabalho se dá de 8:00 às 12:00 e de 14:00 às 18:00 e aos sábados de 8:00 às 12:00h. 
Definição do salário por hora normal trabalhada: 
Mensalista: Salário / 220 horas – art. 64 CLT 
 
(44 horas de trabalho / 6 dias da semana = 7,33 ( média de horas nos dias trabalhados) x 30 ( média 
dias mês) = (220 média horas mês) 
• Súmula 124 TST 
Súmula nº 124 do TST 
BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR ( 14.07.2017) 
I - o divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário será: 
a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no caput do art. 224 da CLT; 
b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da CLT. 
II – Ressalvam-se da aplicação do item anterior as decisões de mérito sobre o tema, qualquer que seja 
o seu teor, emanadas de Turma do TST ou da SBDI-I, no período de 27/09/2012 até 21/11/2016, 
conforme a modulação aprovada no precedente obrigatório firmado no Incidente de Recursos de Revista 
Repetitivos nº TST-IRR-849-83.2013.5.03.0138, DEJT 19.12.2016. 
Súmula 431 TST: 
SALÁRIO-HORA. EMPREGADO SUJEITO AO REGIME GERAL DE TRABALHO (ART. 58, CAPUT, DA 
CLT). 40 HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO DIVISOR 200 
Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas semanais de 
trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do salário-hora. 
40h:6 dias x 30 = 200 horas 
• Jornadas especiais 
 
6 
 
Bancários: 
É de seis horas (art. 224 e 226 da CLT), no máximo de 30 horas semanais, que pode ser compreendida 
entre 7 h e 22h, com intervalo intrajornada de 15 minutos para alimentação/descanso. 
Os exercentes de gerência, chefia ou equivalentes ou outros cargos de confiança, desde que o valor da 
gratificação não seja inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo, terão duração do trabalho normal, ou seja, 
oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, art. 224, § 2º , 62 da CLT e Súmula 287 TST. 
Súmula nº 124 do TST 
BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR (14.07.2017) 
I - o divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário será: 
a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no caput do art. 224 da CLT; 
b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da CLT. 
II – Ressalvam-se da aplicação do item anterior as decisões de mérito sobre o tema, qualquer que seja 
o seu teor, emanadas de Turma do TST ou da SBDI-I, no período de 27/09/2012 até 21/11/2016, 
conforme a modulação aprovada no precedente obrigatório firmado no Incidente de Recursos de Revista 
Repetitivos nº TST-IRR-849-83.2013.5.03.0138, DEJT 19.12.2016. 
• Empregados em serviços de telefonia, telegrafia submarina e subfluvial, de radiotelegrafia 
e radiotelefonia é de seis horas diárias ou 36 horas semanais (art. 227 a 231 da CLT); 
• Operadores cinematográficos é de seis horas (art. 234 da CLT), sendo cinco horas 
consecutivas no trabalho em cabina, durante o funcionamento cinematográfico e um período 
suplementar até o máximo de uma hora, para limpeza, lubrificação dos aparelhos de projeção 
ou revisão de filmes; 
• Empregados em minas de subsolo é de seis horas diárias ou 36 semanais (art. 293 da CLT). 
A jornada poderá ser de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, mediante acordo entre 
empregado e empregador ou convenção coletiva de trabalho; 
• Jornalistas profissionais é de cinco horas (art. 3O3 da CLT). Na forma do art. 304 poderá ser 
elevada a jornada até sete horas, mediante acordo escrito. 
• Professores: em um mesmo estabelecimento de ensino, não poderá ser de mais de quatro 
aulas consecutivas, nem mais de seis intercaladas (art. 318 da CLT). 
• Médicos: será de duas horas, no mínimo, e de quatro horas, no máximo. 
• SÚMULA 370 DO TST 
Médico e Engenheiro - Jornada de Trabalho 
Tendo em vista que as Leis nº 3999/1961 e 4950/1966 não estipulam a jornada reduzida, mas apenas 
estabelecem o salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para os médicos e de 6 horas 
para os engenheiros, não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja 
respeitado o salário mínimo/horário das categorias 
Cabineiros de elevador: art. 19 da Lei n° 3.27O, de 3O-9-57, fixa em seis horas diárias de trabalho a 
jornada dos cabineiros de elevador. 
 
7 
 
 
O advogado tem jornada de trabalho de quatro horas contínuas e de 2O horas semanais, salvo 
acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva. 
 O adicional de horas extras para o advogado é de 1OO% (§ 2° do art. 2O da Lei n° 8.9O6). O § 1° do 
art. 2O da Lei n° 8.9O6 considera como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à 
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, em seu escritório ou em atividades 
externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. 
Trabalhador externo: executa as tarefas fora do estabelecimento do empregador: 
a) Controle de tarefas e de horários é impossível ou difícil – art. 62, I CLT 
Ex.: vendedores pracistas sem controle de vendas, trabalhadores em domicílio, teletrabalhadores 
b) Obrigados a comparecer à empresa durante a jornada, com ou sem fiscalização. 
c) Trabalho compatível com a fixação de horário. 
Ex.: motoboy, contínuo, boy, motorista de ônibus 
❖ É necessária a anotação da condição de externo na CTPS – art. 62, I CLT 
Teletrabalho: 
Art. 75-B CLT: “prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com 
a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam 
como trabalho externo”. 
Art. 62, III CLT: exclui da proteção da jornada os teletrabalhadores que não tem nenhuma forma de 
controle do tempo de trabalho. 
Ou seja, o trabalhador não tem direito a horas extras, intervalos e adicional noturno. 
Neste caso o trabalhador inicia e termina suas tarefas no horário por ele mesmo estabelecido, devendo 
entretanto alcançar metase resultados. 
Caso haja algum tipo de controle como login e logout, localização, ligações telefônicas durante a 
realização do trabalho, o trabalhador estará protegido pelo art. 7º CF e art. 6º, § único CLT. 
• EXCLUSÃO DO REGIME DE PERCEPÇÃO DE HORAS EXTRAORDINÁRIAS E RECEPÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
A) Exercício de atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho – art. 62 I e 
cargos de gestão ( art. 62,II) 
B) Lei 13.467/17 – art. 62 III – os empregados em regime de teletrabalho. 
C) Prestação de serviço de natureza intermitente (múltiplas interrupções ou intervalos) ou de pouca 
intensidade – ferroviários de estações do interior (art. 243 CLT) e mãe social – lei 7644/87 
Súmula 61 TST - Aos ferroviários que trabalham em estação do interior, assim classificada por 
autoridade competente, não são devidas horas extras (art. 243 da CLT). 
• REGIME DE TEMPO PARCIAL 
 
8 
 
Admite duas formas: 
1. Duração que não exceda a 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas extras semanais. 
2. Duração que não exceda a 26 horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até 6 horas 
extras semanais, que podem ser compensadas na semana seguinte. Caso não haja 
compensação deverão ser quitadas na folha de pagamento. 
Domésticos: 
A LC 150/2015 prevê no artigo 3º: 
✓ duração semanal: máximo 25 horas, sendo possível a prestação de até 06 horas extras, desde 
que não excedente a uma hora diária, mediante acordo escrito entre empregado e empregador, 
e desde que não ultrapasse 06 horas diárias; 
✓ sendo possível a realização de horas extras pode-se adotar o sistema de compensação de 
jornada. 
Lei 13.467/17: 
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta 
horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração 
não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas 
suplementares semanais. 
§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, 
em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. 
§ 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção 
manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. 
§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 
50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. 
§ 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número 
inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas 
horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3º, estando também limitadas a seis horas 
suplementares semanais. 
§ 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até 
a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de 
pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas. 
• TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO 
O inciso XIV do art. 7° da Constituição está assim redigido: 
"jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva". 
Trabalhadores que laboram, por exemplo, um dia pela manhã, noutro à tarde e no seguinte à noite, como 
das 6 às 12h, das 12 às 18h ou das 18 às 00:00 horas. 
 
9 
 
A exceção se dá por meio da negociação coletiva, em que poderia ser estabelecida jornada superior a 
seis horas diárias. 
• Conceito 
O trabalho por turno é aquele em que grupos de trabalhadores se sucedem nas mesmas máquinas do 
empregador, cumprindo horários que permitam o funcionamento ininterrupto da empresa. 
• Turno vem a ser a divisão dos horários de trabalho, como se observa do art. 245, que se refere 
ao ferroviário, e do art. 412, que trata do trabalho do menor. 
• O turno não se confunde, porém, com a jornada, porque esta corresponde à duração normal do 
trabalho diário, e turno se refere à divisão da jornada 
Revezamento trata dos trabalhadores escalados para prestar serviços em diferentes períodos de 
trabalho (manhã, tarde, noite ou madrugada), em forma de rodízio. 
É a troca de posição dos trabalhadores, a substituição de um empregado por outro no posto de trabalho. 
Os trabalhadores têm diferentes horários de trabalho e trabalham em diferentes dias da semana, 
quinzena ou no mês. 
Caraterísticas: 
a) funcionamento da empresa continuadamente, de forma ininterrupta por 24 horas. 
b) existência de regime de trabalho com horários em turnos ininterruptos de trabalho alternados. 
c) trabalho efetivo dos empregados em horários de revezamento, alternados em turnos 
ininterruptos. 
A CLT, em alguns artigos, trata de revezamento, como: 
a) § único do art. 67, que se refere à escala de revezamento mensalmente organizada, para os serviços 
que exijam trabalho aos domingos; 
b) art. 73, que versa sobre trabalho noturno, especificando o trabalho noturno em revezamento semanal 
ou quinzenal; 
c) art. 386, quando trata do trabalho da mulher aos domingos, em que deve ser organizada uma escala 
de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. 
• Geralmente, o revezamento é feito por turmas ou por equipes, mas nada impede que seja 
feito por um ou alguns trabalhadores, como ocorre com os vigias. 
 
• Por turno ininterrupto de revezamento deve-se entender o trabalho realizado pelos 
empregados que se sucedem no posto de serviço, na utilização dos equipamentos, de 
maneira escalonada, para períodos distintos de trabalho. 
• Aplicação 
Os turnos ininterruptos de revezamento aplicam-se a qualquer tipo de atividade ou profissão, como 
nas siderúrgicas, empresas que exploram atividades petrolíferas, vigias ou vigilantes, porteiros, 
hospitais. 
 
10 
 
O direito à jornada de seis horas pertence ao trabalhador urbano e rural, além do avulso, que tem 
igualdade de direitos com os demais trabalhadores (art. 7°, XXXIV, da C.F.). 
Concessão de intervalo 
 
Não se pode dizer que, havendo intervalo para refeição, não se aplica o turno de seis horas. O intervalo 
para refeição não vai descaracterizar o turno assim como o repouso semanal também não o desqualifica 
(art. 7°, XV, da CF). 
Súmula 675 STF 
 
STF Súmula nº 675 
Intervalos Fixados para Descanso e Alimentação - Caracterização do Sistema de Turnos 
Ininterruptos de Revezamento 
Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas não descaracterizam 
o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7º, XIV, da Constituição. 
Súmula 360 TST 
Repouso e Alimentação Dentro de Cada Turno - Repouso Semanal - Turno de Revezamento 
A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para 
repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no 
art. 7º, XIV, da CF/1988. 
 
Caso o empregador entenda de manter o turno ininterrupto de revezamento, terá que conceder jornada 
de seis horas, sendo devidas como extras as horas trabalhadas além do referido horário. 
Há, ainda, uma exceção, que é a negociação coletiva, permitindo-se, nesta, que seja estabelecida 
jornada superior a seis horas; porém, haverá a necessária participação do sindicato dos empregados 
(art. 8°, VI, da CF) nas negociações. 
SÚMULA 423 TST 
 
• Turno Ininterrupto de Revezamento - Fixação de Jornada de Trabalho - Negociação 
Coletiva. Validade. 
 
• Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular 
negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não 
tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. 
• PRORROGAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO 
 
11 
 
❖ Em circunstâncias excepcionais pode haver prorrogação mediante contrato individualescrito ou contrato coletivo de trabalho – acordo ou convenção coletiva NÃO PODENDO 
ULTRAPASSAR DUAS HORAS DIÁRIAS – art. 59, caput, CLT 
A HORA NORMAL É ACRESCIDA DO ADICIONAL DE 50% 
❖ CIRCUNSTÂNCIA EXCEPCIONAL => motivo de força maior e para atender à realização 
ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, art. 
61, caput, § 2º CLT. 
• Controle da Jornada 
Tratando-se de trabalho interno em estabelecimento com mais de 20 empregados, estabelece a CLT o 
controle de jornada, com o objetivo de facilitar a evidência de respeito à jornada legal padrão ou a 
evidência do trabalho extraordinário efetivamente realizado. 
Dispõe o art. 74, §2º, CLT, ser "obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, 
mecânico ou eletrônico" 
• Variações do registro de ponto 
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá 
de 8 horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. 
§ 1º - Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no 
registro de ponto não excedentes de 5 minutos, observado o limite máximo de 10 minutos diários. 
• 
 
PROIBIÇÃO DE PRORROGAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO 
a) Aprendizes – art. 432 CLT 
b) Atividades Insalubres somente mediante acordo com a autoridade em matéria de medicina e 
segurança do trabalho – art. 60 CLT 
c) Lei 13.467/17 foi acrescido o § único: 
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por 
trinta e seis horas ininterruptas de descanso. 
✓ Tal alteração amplia os riscos de doenças ocupacionais e colide com o disposto no art. 7º XXII 
da CF : redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança. 
• INTEGRAÇÃO E REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS 
COMO PARCELA SALARIAL AS HORAS EXTRAS, QUANDO PRESTADAS INTEGRAM A 
REMUNERAÇÃO DO EMPREGADO PARA QUALQUER FIM, SENDO BASE DE INCIDÊNCIA DE 
FGTS, CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E IR. 
SE HABITUAIS INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO DO 13º SALÁRIO, FÉRIAS, GRATIFICAÇÕES 
PERÍODICAS AJUSTADAS E AVISO PRÉVIO INDENIZADO, VERBAS RESILITÓRIAS, DEPÓSITO DO 
FGTS E MULTA DE 40% E NO RSR. 
 
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• SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS 
Súmula 291 TST - Supressão do Serviço Suplementar - Indenização 
A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo 
menos um ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de um mês 
das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a 6 (seis) meses de prestação de serviço 
acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares efetivamente 
trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão 
• COMPENSAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO 
A CF ART. 7º XIII faculta a compensação de horários de trabalho, bem assim o § 2º, art. 59 CLT. 
Pode ser firmado mediante negociação coletiva ou acordo bilateral. 
Antes da lei 13.467/17 a compensação de jornada se dividia em duas espécies: 
a) Compensação tradicional 
b) Banco de horas 
Compensação Tradicional: basta o acordo individual 
✓ Respeito ao módulo semanal ou mensal (§ 6º art. 59 CLT) 
✓ Fixação prévia de horário 
Ex.: empregados na construção civil – trabalho de segunda a quinta de 8:00 às 18:00 h com 1 hora de 
intervalo e sexta-feira de 8:00 às 17:00 h, com intervalo de uma hora. Total de horas semanais = 44 
horas, não havendo trabalho aos sábados. 
Admite-se também a semana espanhola: 
48 h /semana e 40 h na outra ( OJ 323 SDI-I TST) 
Súmula nº 444 do TST 
Jornada de trabalho. NORMA COLETIVA. LEI. Escala de 12 por 36. Validade. – 
É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, 
prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva 
de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem 
direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima 
segunda horas. 
Petroleiros – lei 5811/72 – Súmula 391 TST: 
Súmula nº 391 - TST Petroleiros - Turno Ininterrupto de Revezamento - Horas Extras e Alteração da 
Jornada para Horário Fixo 
I - A Lei nº 5.811/72 foi recepcionada pela CF/88 no que se refere à duração da jornada de trabalho em 
regime de revezamento dos petroleiros. 
II - A previsão contida no art. 10 da Lei nº 5.811/72, possibilitando a mudança do regime de revezamento 
para horário fixo, constitui alteração lícita, não violando os arts. 468 da CLT e 7º, VI, da CF/1988. 
 
13 
 
 
Proibição de Compensação de Horas Extras => aprendizes – art. 432 CLT 
• Exceções ao limite de 10 horas/dia art. 59 CLT 
▪ Bombeiro civil – lei 11.901/2009 
▪ Motorista Profissional – lei 13.103/2015 
▪ Domésticos – LC 150/2015 
Nessas hipóteses a lei autoriza turnos de 12 x 36, com limite máximo semanal de 36 horas, respeitando 
o limite de 220 horas mensais. 
BANCO DE HORAS 
Permite a exigibilidade de horas complementares sem prévio aviso e sem qualquer pagamento e 
a imprevisibilidade da concessão de folgas compensatórias. 
ART. 59 CLT ... 
§ 2º – Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva 
de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em 
outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas 
semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
§ 3º – Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação 
integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ parágrafos 2º e 5º o trabalhador terá direito ao 
pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data 
da rescisão. 
• Lei 13.467/17 
A lei inseriu o parágrafo 5º, no art. 59, da CLT, o qual dispõe que o banco de horas poderá ser pactuado, 
por acordo individual escrito, desde que compensado em seis meses. 
Permite também, no art. 59-A, o ajuste de “quaisquer formas de compensação”, por acordo individual, 
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, desde que respeitado o limite diário de dez horas e 
compensado no mesmo mês. 
O novo art. 59-C, dispõe que “A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo 
de compensação de jornada, nem o banco de horas”, o que contraria a Súmula 85 do TST. 
• Lei 13.467/17 – Jornada 12 x 36 
 O art. 59-B, da CLT, prevê a possibilidade de realização de jornada 12×36, com o intervalo intrajornada, 
gozado ou indenizado. 
O parágrafo único, do mesmo artigo, prevê que a remuneração do trabalhador já inclui o Descanso 
Semanal Remunerado (DSR), inclusive em feriado, e as prorrogações do período noturno. 
✓ Tal previsão fere o disposto no art. 7º, caput e inciso IX, da CF, já que retira do trabalhador 
que cumpre a jornada 12X36, no período noturno, o direito de remuneração superior a do 
período diurno. 
 
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• TURNO DE TRABALHO 
➢ TRABALHO NOTURNO URBANO: 22 H ÀS 5 H do dia seguinte – art. 73 CLT § 2º - com redução 
da hora noturna – 52’30’’ 
 Adicional – art. 7º IX CF : acréscimo de 20% sobre o valor da hora diurna 
➢ TRABALHO NOTURNO RURAL: 
 Lavoura: 21h às 5 h do dia seguinte 
 Pecuária:20h às 4 h do dia seguinte 
 Sem redução da hora – 60’ 
 Adicional – 25% de acréscimo à hora diurna 
INTERVALO INTRAJORNADA NO TURNO NOTURNO => Art. 71 da CLT – sem alteração em relação 
ao turno diurno. 
PERÍODOS DE DESCANSO – INTERVALO INTRAJORNADA 
➢ Urbano: art. 71 : 
Excedendo de 4 até 6 horas = 15 minutos. Excedendo 6 horas = no mínimo 1 hora 
➢ Rurais: até seis horas não há previsão legal. A partir de 6 horas – a dimensão acompanha os 
usos e costumes da região. 
Súmula nº 437 do TST – fica prejudicada pela Lei13.467/17 
• Redução de intervalo intrajornada 
Art. 71 § 3º: O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do 
Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência 
Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à 
organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho 
prorrogado a horas suplementares. 
Art. 71... 
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e 
alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas 
do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da 
hora normal de trabalho. 
✓ Flexibilização do tempo mínimo de intervalo intrajornada: inciso III do art. 611-A da CLT => 
o intervalo mínimo para jornada acima de 6 horas pode ser reduzido por meio de acordo ou 
convenção, desde que respeitado o limite mínimo de 30 minutos. 
Art. 71 § 5º - O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido 
no § 1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o 
início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante 
a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos 
estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de 
 
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veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração 
e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. (Redação dada pela Lei nº 
13.103, de 2015) 
 
Intervalos para proteção contra doenças ocupacionais: art. 72 da CLT 
➢ art. 229 – mecanografia – 10 m a cada 90 minutos de trabalho 
➢ art. 253 – câmaras frigoríficas - 20 m a cada 1 h 40 m de trabalho 
➢ art. 298 – minas do subsolo – 15 m a cada 3 h consecutivas de trabalho 
Súmula 346 TST: Digitador - Serviço de Mecanografia - Analogia - Intervalos Intrajornada 
Os digitadores, por aplicação analógica do Art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços 
de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de 
descanso de dez (10) minutos a cada noventa (90) de trabalho consecutivo. 
➢ Operador de telemarketing => NR 17 MTE = 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados. 
Súmula nº 118 do TST 
JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS 
Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam 
tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da 
jornada. 
Intervalo para amamentação 
Lei 13.467/17: 
Art. 396 CLT - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher 
terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. 
§ 1º Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da 
autoridade competente. 
O parágrafo 2º prevê que os horários dos descansos deverão ser definidos em acordo individual entre a 
mulher e o empregador. 
INTERVALO INTERJORNADAS 
Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas- art. 66 CLT 
INTERVALOS INTERSEMANAIS ou HEBDOMADÁRIOS (DSR ou RSR) - lei 605/49 
Art. 7º XV e § único CF e art. 67 CLT – preferencialmente aos domingos, pelo menos uma vez por mês 
– lei 10.101/2001 
Deve ser concedido a cada seis dias de trabalho na base de 24 horas consecutivas. 
Pelo menos uma vez a cada sete semanas o RSR deve recair obrigatoriamente no domingo. 
(Portaria 417/66 MTE) 
 
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FERIADOS – lei 605/49 e lei 9.093/95 
 
São feriados civis: os declarados em lei federal, data magna do Estado da Federação, dias de início e 
término do ano de centenário do município fixados em lei municipal. 
Feriados religiosos – não superior a quatro, incluída a sexta-feira da paixão 
Remuneração: 100%, ou seja, o dobro ( lei 605/49). 
Empregado e empregador podem estabelecer acordo individual de compensação de horas prevendo que 
o trabalho executado em feriado seja compensado com uma folga em outro dia. 
Convenção ou acordo coletivo de trabalho podem estabelecer a troca do dia de feriado por outro.

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