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Resumo: Matriciamento no Apoio à Atenção Básica

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Artigos: 
TESSER, C. D. Núcleos de Apoio à Saúde da Família, seus potenciais e entraves: uma interpretação 
a partir da atenção primária à saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 21, p. 
565–578, 3 nov. 2016. Disponível em: 
<https://www.scielo.br/j/icse/a/zBhWdfDtYq67F3874K6KY8F/?format=pdf&lang=pt>
Webpalestra - Matriciamento em Saúde Mental na Atenção Básica
Matriciamento: 
Modo de produzir saúde em duas ou mais equipes
Processo de construção compartilhada + proposta de intervenção pedagógico-terapêutica
Criada por Gastão Wagner Campos (1999)
Estruturação do cuidado colaborativo entre saúde mental e atenção primária
Objetivo:
Superar lógica de encaminhamentos indiscriminados
Corresponsabilização entre as equipes de saúde da família (ESF) e saúde mental (SM)
Construção compartilhada
Equipe de referência (AB) + Equipe de apoio matricial
Verticalidade X Horizontalidade
Verticalidade: Encaminhamentos, referência e contra-referência
Problemas: Transferir responsabilidade
Falhas de comunicação (incompreensíveis, incompletas ou não-resolutivas)
Longas filas de espera no especializado
Perda do vínculo com a UBS
Horizontalidade: MATRICIAMENTO
Proporcionar retaguarda especializada da assistência○
Suporte técnico-pedagógico (ensinam e capacitam saúde básica)○
Vínculo interpessoal e apoio institucional no processo de construção coletiva○
Integrar saúde mental e atenção primária○
Matriciamento não é
Encaminhamento ao especialista
Atendimento individual pelo profissional de saúde mental
Resumo: Matriciamento no Apoio à Atenção Básica
 Página 1 de Medicina 
https://www.scielo.br/j/icse/a/zBhWdfDtYq67F3874K6KY8F/?format=pdf&lang=pt
https://www.youtube.com/watch?v=O3nwtDhrjOg&pp=sAQA
Atendimento individual pelo profissional de saúde mental
Intervenção psicossocial coletiva realizado apenas pelo profissional de saúde mental
Profissionais matriciadores
Psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais, 
enfermeiros de saúde mental
Interdisciplinariedade, intecâmbio de conhecimento, elaboração de planos 
terapêuticos conjuntos
Interdisciplinariedade respeita o CAMPO comum e o NÚCLEO 
específico de cada especialidade
Núcleo demarca área de saber e prática profissional
Campo é um espaço de limites imprecisos onde cada disciplina ou profissão buscaria em 
outras o apoio para cumprir suas tarefas teóricas e práticas
Quando deve ser solicitado:
Auxílio para esclarecimento diagnóstico, estruturação de um projeto terapêutico e 
abordagem da família
Suporte para realizar intervenções psicossociais específicas da atenção primária, como 
grupos de pacientes com transtornos mentais
Integração no nível especializado com a atenção primária (ex. apoiar adesão ao projeto 
terapêutico de pacientes com transtornos mentais graves e persistentes em atendimento 
especializado em um Centro de Atenção Psicossocial CAPS
Apoio em dificuldades nas relações pessoais ou especialmente difíceis encontradas na 
realidade do trabalho diário
Pontos importantes na discussão conjunta:
Motivo do matriciamento1.
Informações sobre o indivíduo, a família e o ambiente2.
Dificuldades no manejo e na comunicação3.
História do problema atual, cronologia, intervenções já realizadas e resultados4.
Configuração familias (genograma)5.
Configuração social: convívio em grupos, instituições, apoio social, situação econômica6.
Reflexos do caso na equipe7.
Formulação de diagnóstico multiaxial
Sintomas e transtornos mentaisa.
Estilo e transtornos de personalidadeb.
Problemas de saúde em geralc.
Avaliação de incapacidaded.
Problemas sociaise.
8.
Formulação do Projeto Terapêutico Singular PTS
Abordagens biológica e farmacológica•
Abordagnes psicossocial e familiar•
Apoio do sistema de saúde•
Apoio da rede comunitária•
Trabalho em equipe: quem faz o quê•
Evitar excesso de autossuficiênica/maternagem e terceirização
Vai além do indivíduo: contexto, território, convívio: familiar, profissional, escolar...
Ter em vista limitações e pontos positivos daquele núcleo
Interconsulta
Principal instrumento do apoio matricial na atenção primária sendo uma prática 
interdisciplinar para construção do modelo integral do cuidado
Discussão dos casos em equipe interdisciplinar: visão ampla, multidisciplinar, integralidade 
 Página 2 de Medicina 
Discussão dos casos em equipe interdisciplinar: visão ampla, multidisciplinar, integralidade 
no cuidado
Consulta conjunta
Reúne profissionais de saúde de diferentes categorias, o paciente e se necessário sua 
família
Visa desenvolvimento de matriciadores e matriciandos por meio da troca de 
questionamentos, dúvidas, informações e apoio entre as partes
Personagens participantes:
Da AP: médico de família, enfermeiro, dentista, agente comunitário
Da equipe: psiquiatra, psicólogo, enfermeiro, terapeuta ocupacional, assistente social 
ou outro profissional de saúde com experiência em saúde mental
Também pode estar presentes: pacientes e familiares e estagiários e estudantes
Sempre perguntar se o paciente está a vontade! Preservar o sigilo!
O bom matriciador:
Dialoga
Solicita informações da equipe de referência do caso
Pergunta a opinião de condutas, instiga o raciocínio na equipe
Ensina e aprende, além de colocar matriciandos em posição ativa
Visita domiciliar 
CAPS: Transtornos graves e persistentes
ESF: Idosos, acamados, necessidades especiais e maior complexidade psicossocial
ESF + EM: Mlehores vínculos devem estar presentes (ACS, enfermeira, MFC)
Genograma
Vantagens:
Formato gráfico: imagem imediata da situação clínica e familiar sem árdua procura 
em pilhas de notas
Informação médica importante em destaque
Problema médico atual visto em seu amplo contexto familiar e histórico
Grupos: Recurso fundamental nas práticas de saúde na AP
Organiza os processos de trabalho
Amplia capacidade assistencial, sem perda de qualidade
Evita o modelo clássico de transmissão de informações (é um compartilhamento de 
informações e acessos terapêuticos)
Mecanismos terapêuticos:
Estabelece identificações, comportamentos imitativos positivos: "se deu certo para 
outro, pode dar para mim"
Reprodução de conflitos → elaboração mais rápida e direta de conflitos + novas 
formas de relacionamento e socialização
Possibilidade de transferência de um modo lateralizado (entre todos): reedita de 
forma coletiva o grupo primário (com mudanças de posições enrijecidas)
Catarse e realização de experiências emocionais corretivas
Espaços importantes de apoio social, troca de info, part. e discussão de dificuldades 
de todos → aprendizagem interpessoal em um ambiente coeso
Estabelecimento de um verdadeira mente grupal que reforça fatores existenciais 
humanistas e altruístas
Papeis comuns assumidos pelos participantes
Líder: Positivo ou negativo (liderança para benefício do grupo ou individual?)○
Monopolizador: Traz tudo para si e não abre espaço○
Silencioso: Pode até se beneficiar, mas não compartilha seus ganhos (pode estar em 
conluio patológico ou monopolizador)
○
Queixoso: Rejeita ajuda e pode levar grupos + coordenadores à sensação de 
 Página 3 de Medicina 
Queixoso: Rejeita ajuda e pode levar grupos + coordenadores à sensação de 
impotência
○
Prevalências dos transtornos
De humor: Depressivo e bipolar1.
Ansiedade: TAG, pânico, TOC2.
SPAs: álcool, tabaco, cannabis, cocaína3.
Psicóticos: esquizofrenia4.
Situações de risco e prioridades
Cárcere privado1.
Abuso ou negligência familiar2.
Maus-tratos e abuso sexual + violência domiciliar3.
Extremo isolamento social4.
Exclusão social5.
HIstórico de internações psiquiátricas6.
Uso de medicação psiquiátrica por longo tempo sem avaliação médica frequente7.
Problemas com abuso de álcool8.
Crises psicóticas9.
Tentativas de suicídio10.
Situação emocional materna pós-parto11.
Estratégias ESM + ESF
Construção de projetos de detecção precoce de situações de sofrimento mental•
Desenvolvimento de ações de prevenção e promoção de saúde mental: escolas, profissões 
de risco, áreas de vulnerabilidade/violênica, tráfico de drogsa
•
Difusãode uma cultura solidária e inclusiva, diminuindo preconceito/estigma•
Incentivar e apoiar iniciativas de inclusão social pelo trabalho•
Estimular mobilização de recursos comunitários, buscando construir espaços de 
reabilitação psicossocial na comunidade, como grupos comunitários e de promoção de 
saúde, oficinas de geração de renda e outras
•
 Página 4 de Medicina

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