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MARX, Karl. Formações econômicas pré-capitalistas. 4.ed. Introd. Eric Hobsbawm. Trad. João Maia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
No livro formações econômicas pré-capitalistas de Marx e Introdução de Hobsbawm objeto de análise são voltadas para o desenvolvimento das diversas formações econômicas ao longo de diferentes períodos históricos na sociedade e a relação do homem com esse processo. O desenvolvimento textual é construído com base em uma narrativa que alinha a evolução do homem com a modificação dos mecanismos e as relações produtivas, na qual o indivíduo perde a ligação existente com a natureza e torna-se um ser estranho em relação à comunidade, já que a condição importante de individualização, valorizada no mecanismo natural, é desvalorizada em razão do desenvolvimento do capitalismo.
Ainda na introdução é exposto que Marx segue um esquema cronológico, mas de maneira ampla e preocupada com o processo de formação econômica e social como um todo, de maneira despretensiosa em relação à alteração de uma etapa para outra, essa despreocupação acaba gerando uma das posteriores problemáticas, em relação a reconhecer a existência de modos de produção diferentes em um mesmo momento histórico. Diante da temática escolhida pelo autor é possível reconhecer uma espacialidade abrangente e não muito específica em relação ao aparecimento dos diferentes modos de produção.
No livro é elaborada uma problemática historiográfica no processo de formulação da teoria de evolução econômica, relacionados com a existência dos modos de produção e seu contexto histórico. A questão apresentada deixa claro que a preocupação e o estudo de Marx voltaram se principalmente para um amplo campo de estudo, apesar do foco direcionado para o capitalismo. Outra problemática histórica é apresentada, como a existência de diferentes modos de produção em um mesmo momento, essa questão surge em meio ao debate de tentar organizar o surgimento de cada sociedade através de uma categoria delimitada.
Em virtude do vasto campo bibliográfico apresentado no texto, para acrescentar mais informações ao problema proposto, fica evidente que se trata de um assunto muito estudado, mesmo que através de outras perspectivas mais particulares. A revisão bibliográfica mostrada no livro, deixa claro a vinculação das literaturas escolhidas e as questões apresentadas. Traz o questionamento de como a teoria desenvolvida por Marx geram diferentes situações perante outros autores, algumas das interpretações elaboradas discordam de Marx e outros a respeitam, mas muitos ainda tratam sua teoria econômico-social de maneira preconceituosa.
Ainda hoje é difícil elaborar um pensamento construtivo acerca do que foi dito e elaborado por Marx, o estudo de suas ideias não é feito de maneira completa e muitas vezes são construídos fragmentos sobre seu pensamento. São muitos os debates a respeito dos pensamentos de Marx, com suas teorias surgiram diferentes ponto de vistas em relação a tendências até em aceitas, e com isso gera-se um novo plano de fundo acerca dos ideais questionados nesse momento, área essa muitas vezes explorada superficialmente por muitos estudiosos, que fixam sua atenção em um aspecto, deixando outros importantes de lado. 
Em Formações econômicas pré-capitalista é feita uma argumentação lógica em relação à temática desenvolvida ao longo do texto, são separadas cada direção que o texto vai seguir. A primeira parte, a Introdução de E. J. Hobsbawn é construída para apresentação do que virá posteriormente em relação aos textos de Marx sobre o desenvolvimento de como se deu o processo de diferentes formações econômicas e os conceitos elaborados por Marx. Hobsbawm vai trazer neste tópico questões pertinentes sobre as teorias de Marx, além de apresentar como o pensamento marxista vem sendo debatido ao longo dos anos e como isso pode influenciar muitos dos estudos desenvolvidos em um contexto mais atual.
No ponto seguinte, Formações Econômicas Pré-capitalistas são colocadas os textos de Marx, a ideia principal dessa parte é a relação do homem com o trabalho e a forma que vai ser escolhida por ele para se relacionar com outros indivíduos. Além de contribuir para o entendimento do modelo de produção, propriedade escolhida em determinadas circunstâncias; vai ressaltar ainda a importância da terra como fonte e instrumento de trabalho, como base para sua relação com a comunidade e meio de se estabelecer em uma localidade.
São exibidos os modelos de propriedade e como foi sua caracterização no contexto histórico, inicia-se com a terra em relação ao processo nômade das diferentes tribos unificadas, que supriam suas necessidades com os que encontravam e seguiam adiante, sem necessidade de permanência fixa. Em outra configuração, na forma asiática é mostrada a figura dos déspotas como indivíduo que vai ser responsável por se apropriar do que sobra em meio às comunidades, vai ser uma figura responsável para contribuição de uma nova estruturação, as cidades. A comunidade vai voltar-se para proprietários de terra, sendo agora atribuídas para os centros de população rural, as cidades que serão responsáveis por um pedaço da região cultivada. 
Diante da situação mencionada, acaba surgindo o desejo de separação entre as propriedades, surgindo a propriedade privada. Além de realizar uma comparação em cada forma até então apresentada por ele. Marx indica também dois objetos que devem ser observados nas propriedades que têm a terra e agricultura como modelo econômico, esses objetos são: a terra como ferramenta original para o desenvolvimento do trabalho e a posição que se terá em função da terra. Ele aponta ainda para as diferenças existentes dessas formas no âmbito germânico e oriental no processo histórico. Também expõem a relação do capital com a não propriedade de terra, e como seu estudo o fez perceber que o termo “capital” é relacionado com mais termos do que deveria ser relacionado. 
É abordado um número extenso de modelos e conceitos, como por exemplo: a teoria da evolução social e econômica; o conceito de propriedade, ressaltando que não deve ser relacionada com a propriedade privada; a teoria da divisão social do trabalho, onde o homem é dividido segundo as funções que desempenha. É também apresentado o modelo de ideal humanista do livre desenvolvimento; a propriedade comunal; a era das sociedades de classes e a era do comunismo. E também, a teoria geral do materialismo histórico e a ideologia alemã. Essas abordagens são construídas de maneira esclarecedora para o leitor, na maioria das vezes. O processo argumentativo colabora bastante para a compreensão exata do que deseja ser exposto com a escolha de cada termo, e a presença de outros documentos como fonte também ajuda nesse entendimento. 
No período de desenvolvimento das teorias ainda era escasso o número de fontes arqueológicas para auxiliar na construção do pensamento, mas tinha-se a deposição de algumas fontes literárias, e perante o conhecimento de outras linhas foi possível estudar e trazer informações desses documentos para compor o estudo. De certa maneira essa composição não foi contemplada com vastos conhecimentos, porém isso não impediu o reconhecer os problemas existentes. Alguns dados sobre outros pesquisadores expostos no artigo buscam transformar as ideias de Marx em questões mais objetivas, o que em alguns casos pode ser válido para o leitor, como as apresentadas por Hobsbawm na introdução fazendo referência a outros livros de Marx.
Muitas das fontes utilizadas por Marx foram o ponto inicial do seu conhecimento sobre determinado assunto, e em alguns casos seus interesses pelas temáticas só seu deu posteriormente. Em outras situações, como no caso de certa Maurer, Marx voltou para questões mais particulares do objeto de pesquisa trabalho pelos pesquisadores. Os dados utilizados por Marx deixam quase evidente o caminho que ele tinha interesse em desenvolver, as fontes utilizadas são importantes para fazer o leitor reconhecer o caminho que se desejava seguir, pois segundo os instrumentos de informaçãomostrados é perceptível as fontes que mais influenciaram Marx no desenvolvimento das suas teorias. 
Na introdução de Hobsbawm ele informa como ainda eram poucas as informações sobre as sociedades anteriores à ascensão do capitalismo, mas também é apresentado que o interesse principal de Marx era voltado para a história, mesmo que em alguns casos determinadas temáticas fossem mais relevantes para ele. É exposto também como as fontes contribuíram para que ele formulasse etapas desde sociedades pré-classicistas, aos estágios iniciais do desenvolvimento do capitalismo, até o capitalismo em si.
Salienta a importância de ter contado direto com as teorias através dos indivíduos que a formularam. Reconhecendo a vontade inicial de mostrar a sucessão de modos específicos sem buscar estabelecer uma ordem nesse mecanismo, ressaltando que deve ser levado em consideração ao menos os instrumentos tecnológicos de cada período. Através do reconhecimento da linha de estudo se Marx fica evidente que ele talvez tenha utilizado de outros detalhes para compor seu estudo acerca do capitalismo.
Os debates gerados pela posição em relação a um único modelo em uma época, em um de seus esboços, Marx afirma que as sociedades não foram todas inseridas em um padrão único. As alegações feitas através de suas teorias, modelos e conceitos evidenciam para um caminho de tentativa de solucionar as problemáticas apresentadas por ele, e também através de suas informações é possível reconhecer os dados perdidos por outros autores, que discordam de sua obra e lançam novos posicionamentos sem levar em consideração todos os instrumentos históricos apresentados por Marx.

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