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DIREITO À DIVERSIDADE- RESUMO

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LIVRO DIREITO Á DIVERSIDADE 
 
DIREITOS HUMANOS: INCLUSÃO OU RECONHECIMENTO? (MARCELO 
NEVES) 3-14 
 
 
 - 
 
reconhecimento. 
 
 - 
correto, a dos 
sistemas, o 
Unidos da 
 - 
 
 
 
 
 
ou - 
 
 
 percebidos 
 primeiro seria menos 
integrado e o segundo superintegrado. 
 
 
sistemas 
 
 dos procedimentos do Estado constitucional. 
 
 
ponto 
a rtador dos direitos humanos. 
 
Enquanto os modelos jus naturalistas que remontam ao pensamento europeu 
 
 e os 
 
 
 
 
 
 - 
 pessoas aos 
 sociedade como sistema social 
 
 
 
 
 
 
 
 e ego conta com a 
 
 
 
(para o 
seguinte 
como pessoa, mas apenas enquanto corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
grave. 
 
 
 
1. 
 
 
entre pessoas. 
 
2. 
 
 
 
3. Entretanto, caso o problema da falta reconhecimento (desprezo moral) 
 - 
 - - 
 
4. 
fundamental para os direitos humanos, mas, nesse caso, o reconhecimento 
 
 
5. 
modelo dominante de direitos hum 
ocupa um 
funcionais da 
 
 (LUIZ ALBERTO 
DAVID ARAUJO) 18-26 
 
 
 
 ventilado, afastando 
os comandos anteriores que conduziram ao estabelecimento de um 
 
 
 - 
 
 
 
 
 
 
 
 - 
 
 
 
 O 
processo 
de 
 brasileiro 
 
 
 
Tudo isso sem ainda falar da dignidade da pessoa humana, que deve ser 
entendida como um ponto fulcral para o entendimento do problema. O sistema 
coloca como um dos fundamentos do Estado brasileiro a dignidade da pessoa 
 
 tantas. 
 assim, todo o 
sistema deve se acomodar para o entendimento de todos, com o 
 
 
 
fundamental, 
outrosde poder 
 
 
 
 
 
 DIVERSIDADE CULTURAL E A EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
 AS DUAS FACES DE UMA MESMA MEDALHA: A DIVERSIDADE CULTURAL 
E A EFETIVIDADE DOS DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
direitos tem de ter em conta que as relações sociais estão atravessadas por um jogo 
de forças que notadamente aparece nos fenômenos de inclusão e exclusão social, 
quer nos planos nacional e internacional. Com efeito, o Direito, diante dessa 
realidade, tem um papel primordial na harmonização, dirigida e/ou preferencialmente 
dialogada da sociedade consigo mesma e da sociedade com o Estado. 
Entende-se também com Bobbio que os direitos humanos emergem de um 
processo histórico, e que nascem não quando querem, mas quando 
 
 
 no âmbito dessas 
gerações ou dimensões que encontramos o tema da diversidade cultural e a 
necessidade de sua proteção e, ao final das contas, da necessidade de tornar 
efetivos os direitos humanos como um todo. Com efeito, as gerações de direitos têm 
exprim 
 
 
 temos impregnados valores, por vezes comuns, por 
vezes não, por vezes consensuais, por vezes não, determinando posições mais 
individualistas e/ou mais coletivistas ou com os grupos sociais situados, além de 
preocupações difusas com a humanidade como um todo. 
 
como uma preocupação substantiva com os valores vitais de uma sociedade, mas 
concomitantemente como um conjunto de normas procedimentais ou instrumentais 
que visam tornar possível, para essa mesma sociedade, a busca de sua proteção 
contra toda e qualquer violência. 
 
 COMPREENDENDO O DEBATE SOBRE DIVERSIDADE CULTURAL E 
MULTICULTURALISMO 
 
As expressões diversidade cultural ou multiculturalismo são controversas, 
para a sociologia, correspondem a discursos descritivos de certos tipos de 
sociedades integradas por grupos culturais diferentes, enquanto que, numa 
perspectiva filosófica ou normativa, podem ser entendidas como correspondentes a 
discussões em torno de ideais de justiça a se - 
 - -se que o 
multiculturalismo, enquanto um conjunto de discursos pelo reconhecimento dos 
diferentes, demonstra que no fundo existem ainda fortes cisões culturais. 
 
 
 
interpretações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 formação da identidade do indivíduo, cabe indagar o 
que ocorre quando a cultura que fornece essa base ocupa uma posição marginal. 
 
 A EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E DA 
DIVERSIDADE CULTURAL, UMA PROBLEMÁTICA DE VÁRIAS FACETAS 
 
Bobbio tem destacado e 
 
 
passagem de uma visão abstrata dos sujeitos para u 
 
muitas vezes conflitiva desde um ponto de vista normativo, a tutela dos seus direitos, 
tal como se pode observar na proteção dos idosos, das mulheres, das crianças e 
dos portadores de deficiência, numa tortuosa dialética que se vai estabelecendo pari 
passu desde as iniciativas e (também) inércia do legislativo, aos remédios de um 
judiciário pressionado. 
Com efeito, e respeitando outros pontos de vista, com a multiplicação das 
situações e dos sujeitos cada vez se tornam mais distantes não só a implementação 
legislativa, como as políticas públicas necessárias para a sua execução, restando 
como recurso o Poder Judiciário, que, por seu turno, também e 
dificuldades que lhe são próprias. 
Assim, para uma ativa proteção dos direitos humanos via poder judiciário, 
gostaríamos de comentar dois aspectos que nos parecem importantes: (1) a falta de 
um esclarecimento ainda maior acerca da importância das ações afirmativas, de 
ações positivas do Estado em seus diferentes níveis de poder; (2) a necessidade de 
um enfrentamento mais direito ao discurso que sustenta a inadequação estrutural 
dos direitos sociais e culturais e que tem conduzido a uma suspeita sobre a 
 
conduzido a pertinentes discussões de teoria constitucional (ABRAMOVICH; 
COURTIS, 2011, p. 143-284). 
Diante disso, uma reflexão complementar que não pode deixar de ser feita 
sobre a problemática da efetivação dos direitos fundamentais, por tudo que temos 
estudado e observado, indiscutivelmente passa pela superação de certas confusões 
e reducionismos dos direitos culturais a problemáticas sociais clássicas e vice-ve 
 
mas, como dissemos, de implicações ideológicas que nem sempre restam bem 
explicitadas por discursos supostamente de base legal. 
 
 OBSTÁCULOS POLÍTICOS E CULTURAIS PARA A CONCRETIZAÇÃO 
DOS DIREITOS HUMANOS CONSTITUCIONAIS E A DIVERSIDADE CULTURAL 
 
 
povo (SARMENTO et al., 2008, p. 475-495), nos mostra que o Brasil, tal como tantos 
outros países oci 
 - 
modernas, entronizando valores importantes como liberdade, igualdade, propriedade 
etc., gerando uma filosofia individualista e um racionalismo fundado no contrato 
social que, muito embora seus aspectos de superação do antigo regime europeu, 
engendrou um Estado brasileiro que em muitos aspectos não soube lidar com sua 
peculiar realidade, permeada por comunidades autóctones (índios) e não autóctones 
(negros escravos e trazidos da África), que pouco ou quase nada tinham a ver com 
essa filosofia. 
 
bem compreendida, porque se trata de uma situação 
 
 
invisíveis.E tal invisibilidade só poderia ser evitada em duas 
hipóteses: quando reconhecidos como inimigos, então se lhes 
declarava guerra e era legitimada a matança, ou quando o 
 
(SARMENTO et al., 2008, p. 481). 
 
Ora, os indígenas não só se cristianizaram (no sentido pejorativo dessa palavra) 
como e 
 
 
selvagem. 
 
 AVANÇOS E RECUOS: OBSERVAÇÕES SOBRE A LEGISLAÇÃO, 
POLÍTICAS PÚBLICAS E DECISÕES JUDICIAIS NO ÂMBITO DA DIVERSIDADE 
CULTURAL 
 
O Estatuto da Igualdade Racial, Lei no 12.288/2010, representa sem dúvida 
alguma um marco definitivo contra a discriminação. Na impossibilidade de comentar 
todo o texto legal, cabe reproduzir o seu art. 1o pelo caráter pedagógico de que se 
reveste: 
 
 
 
 
igualdade de oportunidades, a defe 
 
 
A Lei de Cotas nas Universidades, Lei no 12.711/2012, regulamentada pelo 
Decreto no 7.824 de 2012, vem na esteira do Estatuto confirmar as intenções do 
Estado brasileiro no combate efetivo da discriminação. Para nós que 
acompanhamos muito proximamente esse debate na UFRGS, podemos afirmar que 
se tratou de uma discussão muito difícil e tensa no âmbito dos conselhos superiores 
da 
raciais considerados excluídos e marginalizados, de vez que a UFRGS assumiu o 
compromisso de, no período previsto pela Lei no 12.711, implementar todos os 
direitos nela contidos. 
De maneira sintética, a Lei no 12.711/2012, regulamentada pelo Decreto no 
7.824/ 2012, previu a reserva de 50% das vagas ofertadas pelas instituições para as 
cotas, sendo em parte para estudantes que tenham cursado o ensino médio em 
escolas públicas, considerando-se uma distribuição proporcional entre negros, 
pardos e indígenas autodeclarados. 
Diante dessas crenças que integram de maneira multicultural a realidade 
brasileira, objetivamente a pergunta que se coloca, para quem deseja discutir o 
assunto 
culturalmente para dar conta de situações que não se enquadrem dentro do padrão 
legal-racional que, como sabemos todos, as regem desde a modernidade até a 
contemporaneidade? 
 próprio texto do prof. Ari Pedro Oro (2000, p. 135) que 
responde categoricamente: 
 
 - - 
 -
lá na esfera jurídica. Procurou enquadrar o 
 -
 
 
 
IGUALDADE MATERIAL E PROTEÇÃO DE GRUPOS VULNERÁVEIS PELO 
RECONHECIMENTO DA DIFERENÇA 
 
 
 IGUALDADE: EDIFICAÇÃO DE UM PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL 
 L. “ ” P L À 
IGUALDADE MATERIAL 
 
A concreta aspiração a uma igualdade entre as pessoas não visa em princípio 
estipular qualquer homogeneidade social e cultural, mas evitar as discriminações 
arbitrárias e/ou calcadas em diferenciações construídas a partir de critérios 
culturalmente considerados injustos, tais como a cor da pele, a raça, o sexo, a 
religião, a ascendência, a situação econômica e ou 
 
não são os mesmos em todo tempo e lugar. 
 
princípio da igualdade. Arist 
 
 
igualitário fático, mas um justo igualitário proporcional, estabelecido como 
consagração da ideia de justa medida (o 
(igual) + momos (norma), origem da expressão isonomia. E o isonômico se 
estabelece não como igualdade absoluta, mas como igualdade baseada na 
manutenção de um equilíbrio social, não podendo a polis tratar os iguais 
desigualmente ou os desiguais igualmente. Tratar-se-ia, portanto, de ser justo 
tratando igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de suas 
desigualdades. A dificu 
isonomia, quais seriam então os padrões e critérios que determinam a igualdade e a 
diferença? Eis uma questão que atormenta, desde os gregos antigos até os filósofos 
pós-modernos, sem que se tenha uma solução definitiva. 
A caracterização do princípio da igualdade como reivindicação moral conduz, 
portanto, a perspectivas contraditórias. Mesmo após formalmente extinta a 
escravidão nos EUA, a jurisprudência da Suprema Corte deste país oscilou na 
interpretação das leis de segregação racial impostas pelos Estados-membros da 
federação norte-americana. 
Também no Brasil, o princípio da igualdade passa por assimilação 
problemática. Ainda na questão racial, e aludindo a uma questão bastante atual, 
vem sendo ad 
 
 - - 
grupos vulneráveis em virtude de 
 
 
 
 
 - 
 -fixada 
 
 
 
 
STF já ter decidido pela constitucionalidade das referidas políticas de ação 
afirmativa, considerando-as compatíveis com a igualdade material, também 
preconizada pelas novas perspectivas desse princípio (ADPF 186, j. 26-4-2012). 
Para além do aspecto principiológico, autores relevantes defendem que a 
igualda- de pode ser normativamente apreendida não somente como princípio, mas 
também como regra e postulado. Ou seja, talvez a diferença como elemento 
calibrador do princípio da igualdade nem seja algo tão novo assim, a considerar o 
exposto. Contudo, os novos olhares sobre fenômenos que impliquem notadamente 
 
 
 - 
 
socioculturalmente vulneráveis, apesar da definição de quais são estes não ser 
decisivamente uma tarefa simples. 
 
 L 
 L PL 
 
A vulnerabilidade diz respeito precisamente a situações em que, em razão 
dessa condição, os ditos vulneráveis sofram discriminação, preconceito ou tenham 
seus direitos negados ou violados por particulares ou peloEstado. 
Pela diversidade de possibilidades, um mesmo indivíduo pode estar em mais 
de uma delas, ensejando aquilo que várias declarações e normas internacionais e 
supra- 
fundamentalmente na ideia de que o mesmo cidadão pode ser excluído ou ter 
diminuídas suas prerrogativas de cidadania por mais de um fator discriminatório. 
 
 e pode ser conceituado como 
um conjunto de medidas jurídicas em âmbito constitucional e infraconstitucional que 
almeja reduzir a situação de vulnerabilidade de cidadãos e grupos sociais 
específicos através da proibição de condutas discriminatórias pejorati 
 
teorias da justiça, e, por outro lado, da implementação, quando necessário, de 
políticas públicas de discriminação reversa ou positiva, sempre no sentido de 
pro 
 
redução significativa ou mesmo extinção da vulnerabilidade em questão 
 Considerando tais aspectos, 
propiciado o enfrentamento das vulnerabilidades existentes a partir das 
diferenciações culturais e sociais. 
 
 DIFERENCIAÇÃO CULTURAL E VULNERABILIDADE: CONTEXTOS 
DE INCORPORAÇÃO E DE INCLUSÃO 
 
O discurso const 
reconhecimento das identidades culturais, começa a se tornar lugar comum nas 
constituições do Estado democrático de direito, seja no âmbito europeu, seja em 
outras regiões, como a América Latina. Esse fato, contudo, não impede dificuldades 
de compreensão discursiva de como a integração dessa diversidade cultural deve 
ocorrer em uma mesma sociedade, bem como as ferramentas de solução dos 
inúmeros casos concretos pertinentes, algo sempre mais delicado do que a 
formulação teórica e abstrata do reconhecimento jurídico e social de tal pluralidade 
multicultural. 
Utilizando a base conceitual referida, pode-se afirmar que a opção pela 
incorporação ao Estado constitucional implica em um esvaziamento ou m 
 
 
assimilacionista, com diminuto espaço para o reconhecimento dos direitos 
intercul 
 
 
 
 . 
 
reconhecimento das culturas não hegemônicas como dignas de proteção e respeito, 
em especial pela sua caracterização enquanto agrupamentos socialmente 
vulneráveis. Na Bolívia, trata-se de uma vulnerabilidade das majoritárias culturas 
ancestrais indígenas, historicamente marginalizadas ante o eurocentrismo das 
instituições esta- tais bolivianas e sua desconsideração igualmente histórica aos 
relevantes aspectos da cosmovisão indígena de sociedade, de natureza e de vida. 
 
contingente populacional 
de 1988 foi bastante enfática em estabelecer o reconhecimento das identidades 
culturais indígenas nos arts. 231 e 232, afirmando o caráter pluriétnico, multicultural 
e não homogêneo do Estado brasi 
 
6.001/1973) que padece do mal do anacronismo, principalmente pela ideia geral de 
 - 
 
 
termos práticos, dentre outras coisas, a admissão de práticas médicas indígenas 
 
 
 
 
 
 
 L “ L ” L L 
 “ ” 
 
 
condição tem passado por práticas de programas de redistribuição de renda, a 
exemplo do Bolsa Família no Brasil, que aplicam parte relevante dos recursos 
arrecadados com tributos na tentativa de retirar pessoas e famílias das situações de 
indigência. A universalização dos serviços de educação e saúde estabelecida na 
Constituição de 1988 também pode ser vista nesse contexto de que a condição de 
pobreza não seja um impeditivo para o exercício desses direitos, não obstante a 
ainda precária condição concreta desses serviços em um país como o Brasil. 
E ainda um importante grupo de vulneráveis, o das pessoas com deficiência. 
Os cidadãos com deficiências físicas, sensoriais e/ou mentais po 
 
 -sociais, bem como desfrutarem de efetiva igualdade de oportunidades 
com estes. Desde a Carta de 1988, tem sido progressivamente fortalecida no Brasil 
tendência a reconhecer e contemplar tais prerrogativas como efetivamente 
necessárias ao exercício. 
 
orientação/opção sexual ou da deficiência/necessidades especiais, essas pessoas 
podem estar em situação de vulnerabilidade, o que enfatiza a necessidade de 
políticas públicas e ações sociais no sentido de compensar eventuais diferenças 
discriminatórias em desfavor desses grupos vulneráveis, viabilizando variadas 
formas de ações afirmativas. Estas, contudo, não são necessariamente políticas 
permanentes e devem ser gradativamente reduzidas e/ou suprimidas na medida em 
que diminua sua necessidade enquanto mecanismos de justiça corretiva. 
 
 
 À 
 
P P L 
 L S LIBERDADES SEXUAL E RELIGIOSA (60 - 63) 
O direito privado contemporâneo trás ênfase a vulnerabilidade de novos 
grupos, operando assim em duas fases: O reconhecimento de uma desigualdade 
fática para em seguida, construírem-se os instrumentos de tutela especifica da 
situação de fraqueza estrutural. 
Todavia, outra dimensão que ganha destaque e a Proteção Per se, como 
expressão da própria personalidade humana. 
Os direitos humanos estão intimamente ligados a diversidade, instituídos pela 
própria constituição, principalmente no tocante ao reconhecimento e proteção das 
minorias étnicas e raciais. apenas ao 
quantitativo, mas ao não adequamento aos padrões pre-definidos dentro de uma 
concepção moral social, costumes ou nas relações culturais. 
Historicamente, o direito privado constitui-se sob a função de conservação de 
certa visão social sobre as relações que disciplina. O impacto causado pelo 
reconhecimento e proteção da diversidade – sob o signo da dignidade da pessoa 
humana – implica na revisão de institutos jurídicos tradicionais e, mesmo, a 
constr veis de realizar concretamente esta finalidade, ao 
mesmo tempo protetiva e promocional. 
O estudo tem o objetivo de situar a questão da proteção da diversidade no 
direito privado em duas fases. Primeiro, a noua proteção 
jurídica e outros conceitos relacionados de maior desenvolvimento no direito privado, 
como a 
 
 
 - 
 
Tais 
 
 
 
 À P P 
BRASILEIRO (63 - 65) 
O pluralismos é um dos principais norteadores da diversidade. C 
 
 - 
 impõe escolhas 
 
Em contrapartida, no atual cenário as pessoas reclamam o individuo pelo 
reconhecimento da diferença. Assim, a manifestação do pluralismo se dá por meio 
da noção de tolerância e no reconhecimento moral e jurídico do direito a diferença. 
 
DIVERSIDADE, IGUALDADE E AUTONOMIA: CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO 
NOVO DIREITO PRIVADO BRASILEIRO (65 - 67) 
 
 
 
 
 nhecer que, ainda que 
sejam todos os seres humanos substancialmente iguais, 
desi 
(vontade) ser diferentes, reclamando por isso o resp 
Surge então o direito de igualdade material de Aritoteles como o direito ao 
reconhecimento de diferenças, e quando haja justificativa racional para tanto, o 
tratamento desigual para desiguais. 
 
 do sistema de direito privado, - 
 
 
 
 a um setor como o direito das obrigações, 
 -se sentir na disciplina de 
diferentes ramos do direito. S 
 
 
 
 - 
 
ou 
promover a efetividade de direitos fundamentais. 
 
 mas que tenham o mesmo 
valor, 
 
 e sua 
conformidade com a Constituição - 
 
 – 
 
DIVERSIDADE E VULNERABILIDADE: PONTOS DE CONTATO (67 - 70) 
 A proteção a diversidade e a vulnerabilidade não se confundem. 
A vulnerabilidade fundamenta-se na dimensão aristotélica, que da um 
sentido substancial de proteger os iguais igualmente e os desiguais desigualmente 
da medida da sua desigualdade. A desigualdade nesse caso é de forças, trazendo a 
ideia de proteger os mais fracos (seja por circunstancia social ou histórica - 
mulheres, negros,24 homossexuais25 e transexuais,) para assegurar a liberdade 
individual. 
Já a proteção a diversidade tem como premissa no principio da liberdade, é 
afirmação da liberdade individual como fundamento do direito de ser diferente. 
Reclama o efeito do principio da igualdade, repudiando a discriminação antijurídica. 
 
 
 
 - 
 – 
– . 
 
 
 – 
 – 
 
 
 . P 
PRIVADO (70) 
 - 
 - 
 
relativa e seu reconhecimento pelo direito privado – em 
especial diversidade religiosa 
 
 
 
A PROTEÇÃO DA DIVERSIDADE SEXUAL 
 qual: 
a) a ori 
 
 
 - 
 
 - 
indiv 
 
 
ofensivas a bons costume 
 
 
 
 
 
 
 -se o reconhe 
 
 
registro civil 
 
 P P P 
DIVERSIDADE(73-79) 
A proteção ao corpo trata-se de um direito a personalidade. 
 -interesses igualmente reconhecidos pela ordem jurídica. 
 
 
 
 
 
co - - 
 
 - 
 - 
 
 
 
 
 
 
 - 
 - 
 - 
 
 
 
 transexualidade 
 
 -se psicologicamente com o sexo oposto. 
 
 
 
 - 
 
 - 
 
 
 
 - 
 
de 21 
 
 
 - go Civil permite que se identifique a cirurgia de red 
 
 
 
 ciente para a 
Neste sentido, 
 
da pessoa humana 
 P SOAS DO MESMO SEXO COMO ENTIDADE FAMILIAR(79-
81) 
 
 
 t 
possibilidade adoção de crianças a casais homoafetivos. 
 - - do 
e incorporando ao Direito novos arranjos familiares em acordo com a 
 
constitucionalmente assegurada. 
 
PROTEÇÃO A DIVERSIDADE RELIGIOSA (81-83) 
 
 
 
 
Observe-se que a laicidade do Estado brasileiro é um fato relativamente 
recente, po - 
 
 
Estado de Direito que assegura a liberdade religiosa como direito f 
 
 - 
 stritivas 
ou costumes sociais que, a rigor, restringem a diversidade religiosa. 
 
 L P 
PRIVADO (83 – 84) 
 de 
direito privado. 
Todavia, apesar do Catolicismo, do Protestantismo e da Estrutura facilmente 
se adquequar aos padrões legais, se assemelhando em sua estrutura aos requisitos 
legais, ainda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 
 o. 
Note-se, contudo, que o tratam 
 
 - 
 a, para fins religiosos, de modo que, 
o devio de finalidade implica na perda do tratamento especial. 
 L 
RELIGIOSAS(85- 90) 
 
 
 
 
 - 
 
 
 -se 
 
 familiaridade com os 
registros, acostumou-se a considerar e referir como casamento religioso para 
 
Todavia, cumpridos os requisitos da lei, ou mesmo sem estes, requerendo o casal o 
respectivo registro nos termos do art. 1.516, é irrelevante questionar-se sobre a 
re- 
pluralismo de valores que emerge 
 
 
REFERENCIA: VALENÇA, F.C.; (COORD.), L.G.S. Direito à Diversidade. [Digite o Local 
da Editora]: Grupo GEN, 2015.

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