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DII (RCU e CROHN) Mais comuns: retocolite ulcerativa e doença de Crohn. RETOCOLITE ULCERATIVA: Epidemiologia e causa: Ocorre mais em países desenvolvidos Mais frequente em agosto e janeiro Prevalência: 40 a 100 casos/100 mil Afeta mais pacientes com menos de 30 anos. Pico secundário menor de incidência aos 60 anos Sexos igualmente afetados Mais comum em judeus e brancos Causa desconhecida Influencia ambiental? Fatores dietéticos: ingesta inadequada de fibras, aditivos químicos aos alimentos, açúcar refinado, leite de vaca. C.difficile e Campylobacter jejuni: patogênese. Não é confirmado! Tabagismo: efeito protetor. Nicotina induz a remissão em alguns casos. Na doença de Crohn: é agravante. Mais comum em mulheres que usam contraceptivos orais Paciente que tiveram uma apendicectomia parecem ter um menor risco de desenvolvimento de RCU História familiar: fator de risco. Alto grau em gêmeos monozigóticos Anormalidades genéticas em associação: variações nos genes de reparo do DNA e genes do compleco de histocompatibilidade principal da classe II. Os pacientes com RCU exibem alelos específicos do grupo HLA e DR2 (HLA-DRB1), com uma associação entre determinados alelos e a expressão da doença. Alelo DR1501→ curso mais benigno. Alelo DR1502 → forma mais grave Outra etiologia: resposta imunológica alterada a antígenos externos e do hospedeiro. Características patológicas: - Aparência microscópica: Envolve mucosa e submucosa do cólon (não há comprometimento da camada muscular) Mucosa hiperêmica Comum em casos mais graves: mucosa friável e granular. Ulceração não é facilmente evidente. Reto: invariavelmente envolvido Psudopólipos ou pólipos inflamatórios: representam a regeneração da mucosa inflamada RCU é inflamação ininterrupta da mucosa colônica que começa no reto distal e se estende proximalmente Na doença de Crohn: segmentos normais do cólon podem intercalar entre segmentos de inflamação colônica Na RCU: todo o cólon (+ceco e apêndice) pode estar envolvido Não compromete o íleo terminal. Exceção: casos de ileíte por contracorrente Estenose: 5 a 10% dos pacientes de longa evolução Estenose: maioria benigna, causada por hipertrofia muscular. Obs: ainda assim deve excluir câncer como causa Estenose maligna: aparecimento tardio no curso da doença, localização proximal à flexura esplênica, obstrução do intestino grosso em consequência da estenose - Aparência histológica: Inflamação da mucosa e submucosa Lesão mais característica: abcesso da cripta (coleções de neutrófilos preenchem e expandem o lúmen das criptas de Lieberkuhn) → também podem ser vistos na doença de Crohn Hematoquezia → resulta da congestão vascular Característica importante: ramificações das criptas O número de células caliciformes nas criptas e a produção de muco estão reduzidos Megacólon tóxico na RCU: todas as camadas podem estar envolvidas. É atípico Anticorpos citoplasmáticos antineutrófilos (ANCAs) com um padrão de coloração perinuclear (pANCA): vistos em até 80% dos pacientes com RCU mucosa pANCA: usada como teste diagnóstico para diferenciar de Crohn - Quadro clínico: Semelhante com a doença de Crohn Diarreia e eliminação de muco Tendência a maior urgência de tratamento que pacientes com Crohn Sangramento retal é comum Início agudo: desconforto abdominal, dor menos forte que na doença de Crohn Massa abdominal sensível: sugestiva de fleimão ou abcesso (mais comumente associado à doença de Crohn) Envolvimento retal: quase 100% dos pacientes Envolvimento anal: raro Doença anal (fissuras, fístulas e abcessos): comum em Crohn - Manifestações extraintestinais: Artrite, espondilite anquilosante, eritema nodoso, pioderma gangrenoso e colangite esclerosante primária Artrite (joelho, tornozelo, quadril e ombro): 20% dos pacientes Espondilite anquilosante: 3 a 5%. Mais prevalente em pacientes positivos para HLA-B27 ou que tem histórico familiar Eritema nodoso: 10 a 15%. Associado à artropatia periférica Artrite, espondilite anquilosante, eritema nodoso e pioderma gangrenoso: melhoram ou tem resolução completa após colectomia Colangite esclerosante primaria (CEP): 5 a 8% Pacientes com RCU que tem haplótico HLA-B8 ou HLA-DR3 tem 10x maior probabilidade de desenvolver CEP RCU+CEP: 5x mais risco de câncer de cólon CEP pode ser assintomática - Diagnóstico: Exame endoscópico do cólon e reto Fase aguda: proctossigmoidoscopia Colonoscopia: pouca informação adicional no quadro agudo e aumenta o risco de perfuração do cólon Presença de doença difusa, confluente, simétrica começando na linha denteada proximalmente → compatível com RCU Crohn: reto poupado em 40% dos pacientes Rx gastrointestinal alta incluindo todo o intestino delgado: exclui a possibilidade do envolvimento do ID (poderia sugerir Crohn) Colite colangenosa (diarreia aquosa profusa + espessamento acentuado da membrana basal subepitelial colônica): ocorre, em geral, em mulheres com 50+. Diagnóstico: biópsia endoscópica. Tratamento clínico Obs: amostras de fezes devem ser enviadas para laboratório à procura de bactéria e ovos de parasitas Diagnóstico diferencial de RCU: colite causada por C. difficile, E. histolytica, C. jejuni e Salmonella enteritidis - Risco de carcinoma: Carcinoma colorretal: uma das sequelas mais graves Fatores de risco: duração prolongada da doença, doença pancolônica, doença continuamente ativa e intensidade da inflamação Pacientes com doença restrita ao lado esquerdo do cólon têm menor risco de desenvolver São pouco diferenciados e altamente agressivos Toda estenose colônica no paciente com RCU é um carcinoma até prova em contrário Recomendação: colonoscopia de vigilância a cada 1 a 2 anos (iniciando 8 anos pós detecção da pancolite), e 12 a 15 anos após o início de colite à esquerda Recomenda-se a retirada de 10 amostras de biópsia (ultimamente tem sido pelo menos 30) O risco de câncer varia com o grau da displasia O carcinoma tem sido encontrado em 10% dos cólons que tem displasia de baixo grau, 30% com displasia de alto grau e mais de 50% com displasia associada com uma lesão ou uma massa (DALM) Displasia de alto grau → proctolectomia Pacientes com DALM → proctolectomia Displasia de alto grau → considerar proctolectomia Citometria de fluxo de biópsias colonoscópicas: útil também na detecção de displasia - Tratamento: Terapia clínica: Aminossalicilatos, corticosteroides e drogas imunomodeladoras Aminossalicilatos: terapia mais comum para RCU branda e/ou moderada; sulfasalazina (5-ASA bloqueia as vias ciclo-oxigenase e lipo-oxigenase do metabolismo do ácido araquidônico); novos medicamentos → mesalamina (não contem sulfapiridina, o que minimiza os efeitos colaterais) Esteroides: altamente eficazes em RCU ativa; bloqueiam a fosfolipase A2, reduzindo as prostaglandinas e os leucotrienos; efeitos colaterais → HAS, DM, osteoporose e maior suscetibilidade a infecção, o que inviabiliza seu uso a longo prazo; hidrocortisona (para a doença limitada ao reto e ao lado esquerdo); budesonida → análogo hidrossolúvel da hidrocortisona (efetivo, com menos efeitos colaterais) Medicamentos imunomoduladores: usados no tratamento de longa duração; 6-MP e seu precursor azatioprina causam rupturas cromossômicas e inibem a proliferação de células que se dividem rapidamente como os linfócitos; 6-MP e azatioprina são úteis na indução da remissão em pacientes refratários a 5-ASA; efeitos colaterais: supressão reversível da medula óssea e pancreatite; ciclosporina é especificamente reservada para RCU aguda grave e Crohn refratária (efeitos colaterais: nefrotoxicidade, hepatotoxicidade,convulsões e distúrbios linfoproliferativos); infliximabe é um anticorpo orientado contra o TNF-alfa e seu receptor, pode induzir a remissão da RCU, reduz o risco de intervenção cirúrgica e seus principais efeitos colaterais são aumento da suscetibilidade à infecção e desenvolvimento de linfoma. Indicações para operação: Colite fulminante e megacólon tóxico: febre alta, dor abdominal intensa, sensibilidade exacerbada, taquicardia e leucocitose; exigem hospitalização com hidratação intravenosa, descompressão nasogástrica, esteroides intravenosos com doses elevadas e antibióticos de amplo espectro; monitoração do paciente; deterioração ou ausência de melhora em 48 a 72 horas do início do tratamento clínico → intervenção urgente; megacólon tóxico é uma condição grave pois há infiltração bacteriana das paredes do cólon que cria uma dilatação do mesmo e evolui ao ponto de perfuração iminente; necessário estabilização pré-operatória agressiva, usando reposição de volume com cristaloides para impedir desidratação secundária a perdas de líquido para o terceiro espaço, além de doses altas de esteroides para pacientes previamente em corticoideterapia + antibióticos de amplo espectro; operação preferida → colectomia abdominal total com ileostomia e preservação do reto; a preservação do reto deixa a opção de se confeccionar uma anastomose ileorretal no futuro → importante para os pacientes nos quais o diagnóstico não está claro pois bolsa ileoanal subsequente pode ser contraindicada. Blow-hole: para megacólon tóxico grave. É realizada uma colostomia rtanscersa na pele → confecção de ileostomia em alça é essencial. A cirurgia tem uma resposta altamente positiva com ótima melhora da condição do paciente. Após a recuperação da doença aguda → proctocolectomia. Sangramento copioso: evento raro, pacientes exigem reposição e estabilização antes da intervenção cirúrgica. Intratabilidade: pacientes com doença intratável têm sintomas persistentes como dor abdominal em cólica, evacuações frequentes, tenesmo retal e anemia (podem causar deterioração das relações sociais e profissionais); complicações da corticoterapia a longo prazo são indicação para ressecção cirúrgica. A operação eletiva também deve ser considerada em pacientes com manifestações extracolônicas significativas e refratárias às medidas não operatórias. Displasia ou carcinoma: achado de alterações displásicas no cólon e/ou carcinoma é indicação para intervenção cirúrgica. Procedimentos cirúrgicos: Opções cirúrgicas eletivas: proctocolectomia total com ileostomia, proctocolectomia restauradora com IPAA e proctocolectomia total com um reservatório ileal continente. Colectomia segmentar: procedimento inadequado. Anastomose do íleo ao reto inflamado: resulta em diarreia intratável. Proctocolectomia Total com Anastomose Ileal de Bolsa Anal (fig 35 a 40). Resumo das operações eletivas: Paciente idosos e/ou aqueles com incontinência fecal: proctocolectomia total com ileostomia terminal. Pacientes mais jovens sem evidência de displasia retal: proctocolectomia e IPAA com uma anastomose por grampeamento duplo e ileostomia em alça. Pacientes portadores de displasia retal confirmada: mucosectomia e uma IPAA realizada manualmente. Pacientes com risco elevado: colectomia total com um fechamento de Hartmann e ileostomia terminal. - Cuidados pós-operatórios: A sonda nasogástrica em geral é removida quando se completa o procedimento. Oferece-se dieta líquida no período inicial de recuperação. Caso se utilize dreno pélvico, ele é removido após 48 a 72 horas. Cateteres da bexiga são mantidos por três a quatro dias. Um clister opaco é realizado aproximadamente dez semanas no pós-operatório para assegurar uma IPAA intacta. Se a radiografia não mostrar extravasamento, a ileostomia de divisão é fechada. DOENÇA DE CROHN: Pode afetar qualquer segmento do trato gastrointestinal. Dos pacientes com doença de Crohn, 15% têm doença limitada ao cólon. O processo inflamatório pode afetar todo o cólon e imitar colite ulcerativa, ou pode afetar apenas segmentos do cólon. - Epidemiologia e causa: Incidência: 1 a 10% por 100 mil habitantes. Alta incidência ocorrendo nos países escandinavos e na Escócia, seguidos pela Inglaterra e América do Norte. Picos entre as idades de 15 e 30 anos e um segundo pico, menor, entre 55 e 80 anos de idade. É mais comum entre os pacientes de ascendência judaica e ocorre mais frequentemente em residentes urbanos. 3 teorias sobre etiologia: resposta a um agente infeccioso específico, uma barreira mucosa deficiente que permite maior exposição aos antígenos, e uma resposta anormal do hospedeiro aos antígenos dietéticos. Agente infeccioso de interesse: Mycobacterium paratuberculosis. Tabagismo: fator de risco, e após ressecção intestinal, o risco de recidiva está bastante aumentado em tabagistas. Maior risco em pacientes que tomam contraceptivos orais. O gene NOD2/CARD15, localizado no cromossomo 16, está envolvido na ativação do fator nuclear κ-B (NF- κB), um fator de transcrição que tem participação significativa na doença de Crohn. - Características patológicas: Aparência macroscópica: Inflamação predominantemente submucosa caracterizada por uma parede colônica espessada. Mucosa com aparência de pedra de paralelepípedo. Na doença grave, a parede do intestino pode ser totalmente coberta por envolvimento da gordura do mesentério, e estenoses podem se desenvolver no intestino delgado e grosso. Amucosa pode apresentar úlceras lineares profundas longas que lembram trilho ou garras de urso. A mucosa normal pode interpor-se entre áreas de inflamação → “áreas salteadas”. Aparência histológica: Comprometimento transmural, edema submucoso, agregação linfoide e fibrose. Característica histológica patognomônica: granuloma não caseoso (agregado bem formado e localizado de histiócitos epitelioides circundados por linfócitos e céls gigantes) Granuloma são encontrados em 50% dos espécimes ressecados - Quadro clínico: Tríade: dor abdominal, diarreia e perda de peso Outros sintomas: anorexia, febre e úlceras aftosas orais redicivantes Paciente com histórico na família tendem a apresentar-se com doença mais extensa 60% dos pacientes tem doença retal 2/3 tem envolvimento de todo o cólon A doença anal, incluindo fístulas, fissuras e estenoses anais, pólipos cutâneos edematosos e erosão do anoderma, ocorre em até 30% dos pacientes com doença de Crohn do íleo terminal e em mais de 50% dos pacientes com doença colônica Doença anal em paciente com colite → sugere diagnóstico de Crohn. - Diagnóstico: Diagnóstico diferencial: RCU e agente infecciosos As fezes podem ser enviadas para cultura para pesquisa de ovos e parasitas Clínico, endoscópico e radiológico Colonoscopia: método diagnóstico mais sensível A doença tem distribuição desigual, porém alguns pacientes podem apresentar mucosa granular e friável em um padrão contínuo Fase inicial: edema de mucosa e úlceras aftosas Fase mais grave: úlceras lineares profundas Doença crônica: estenose Amostras de biópsia devem ser obtidas Enema com contraste de ar proporciona informação útil para diagnóstico e determina a extensão da doença Achados radiológicos: lesões salteadas, defeitos de contorno, úlceras longitudinais e transversais, um padrão mucoso do tipo pedra de paralelepípedo, estenose, espessamento da borda haustral e defeitos nodulares irregulares Seriografia ou enteróclise deve ser realizada em todos os pacientes com suspeita de doença de Crohn O comprometimento do intestino delgado favorece o diagnóstico TC: espessamento do cólon adenopatia ou abcesso intra- abdominal - Tratamento:Terapia clínica: Aminossalicilatos, esteroides e medicamentos imunomoduladores Droga imunomoduladora: infliximabe (anticorpo que bloqueia o TNF-α receptor em uma tentativa para diminuir a inflamação) O infliximabe é administrado IV em pacientes dependentes de esteroides ou intratáveis Dois terços dos pacientes com doença de Crohn com fístulas que foram tratados com infliximabe mostraram uma redução significativa no número de fístulas O metotrexato também é benéfico em pacientes com doença colônica de Crohn Indicações para operação: Intratatibilidade: mais comum Obstrução intestinal: pode ser causada por inflamação ativa, estenose fibrótica ou abcesso ou fleimão; tratamento inicial é repouso do intestino, descompressão nasogástrica, líquidos intravenosos e esteroides. Abcesso intra-abdominal: resultado de perfuração intestinal causada por inflamação transmural; pode, em geral, ser tratado sem operação Fístulas: até 35% dos pacientes desenvolvem, maioria envolve o intestino delgado; fistula comum → ileossigmoide que é tratada com ressecção do íleo terminal Colite fulminante e megacólon tóxico: a CF geralmente se apresenta com febre alta, dor abdominal intensa, hipersensibilidade, taquicardia e leucocitose, pacientes devem ser monitorados em UTI, se houver piora → colectomia subtotal com ileostomia terminal; tratamento é cirúrgico para pacientes com megacólon tóxico Sangramento volumoso: menos comum que na RCU; até 13% apresentam; íleo terminal é o local mais comum Câncer: o risco de desenvolvimento de carcinoma do cólon não é tão alto como o risco na RCU crônica de longa evolução, mas existe; entretanto, os pacientes com doença ativa crônica exigem acompanhamento colonoscópico periódico e biópsia - Manifestações extracolônicas: Semelhantes às da RCU Com exceção de colangite esclerosante primária, cirrose e espondilite anquilosante, a maioria das manifestações extracolônicas da doença de Crohn melhora após ressecção do intestino doente - Retardo do crescimento: Pacientes jovens com RCU e Crohn talvez tenham desenvolvimento mental e de crescimento comprometidos → causado por ingesta calórica inadequada - Procedimentos cirúrgicos: Como a intervenção cirúrgica não é curativa, a terapia clínica é a base do tratamento Taxas de recidiva após operação são altas, e o risco continua com o passar do tempo O intestino deve ser ressecado para obter margens livres da doença por inspeção macroscópica A ressecção de intestino de aparência macroscopicamente normal pode acabar levando à síndrome do intestino curto, com uma superfície absortiva insuficiente para manter a nutrição Ressecção ileocecal: Indicada para pacientes com doença grave do íleo terminal resultando em obstrução e/ou perfuração (ressecção de cerca de 15 a 30 cm do íleo terminal e ceco, com uma anastomose entre o íleo e o cólon ascendente) Estricturoplastia não está indicada para doença do íleo terminal Algumas vezes, os pacientes que apresentam doença aguda ileal distal (febre, dor abdominal no quadrante inferior direito, leucocitose) são diagnosticados incorretamente como apendicite Proctocolectomia Total com Ileostomia Terminal: Envolve a remoção de todo o cólon, reto e ânus Está indicada nos pacientes com doença de Crohn envolvendo o cólon inteiro e o reto, ou quando a incontinência fecal é muito grave Desvantagens: cicatrização retardada, ferida perineal e problemas com má absorção Aprotectomia interesfincteriana reduz a incidência de complicações da ferida perineal. Colectomia Total com Anastomose Ileorretal ou Ileostomia Terminal: Indicada nos pacientes com colite de Crohn que poupa o reto e o ânus (vantagem de manter a continuidade intestinal) Após esse procedimento, os pacientes podem ter entre quatro e seis evacuações por dia Desvantagem: alta probabilidade de recidiva demandando protectomia e ileostomia complementares Os pacientes de alto risco evoluem melhor após colectomia total e protectomia proximal com fechamento a Hartmann e ileostomia terminal Ressecção Segmentar do Cólon: Opção em pacientes com doença colônica limitada, associada a estenose ou obstrução Contraindicada em pacientes com doença retal ou anal grave Alta taxa de recidiva demandando operações subsequentes - Recidiva pós-operatória: Vários fatores de risco têm sido identificados para recidiva da doença de Crohn após ressecção, inclusive duração e gravidade da doença antes da ressecção inicial, tabagismo e a presença de granulomas no espécime ressecado. Taxa de reoperação: 4% a 5% ao ano. Nos pacientes com doença de Crohn limitada ao cólon, a proctocolectomia total tem a mais baixa recidiva (10 a 25%) Manutenção da remissão: tratamento com 5-ASA, antibióticos e as tiopurinas azotioprina e 6-MP Redução de 18% na recidiva pós-operatória após tratamento com 5-ASA Metronidazol: mostrou diminuir a recorrência (não pode ser utilizado a longo prazo) Em comparação com 5-ASA, a azotioprina propicia uma redução igual da recidiva pós-operatória Aprofilaxia deve ser iniciada em duas semanas após a intervenção cirúrgica
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