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FAMÍLIA TRICHOSTONGYLIDAE: · Produção animal: manejo e nutrição, melhoramento genético e sanidade (verminoses) · Nessa família há parasitas de abomaso e de intestino delgado 1) Gênero Trichostrongylus: · O gênero Trichostrongylus é de um parasita pequeno. Os machos possuem bolsa copuladora simétrica com espículos e gubernáculo distinto; já as fêmeas possuem duplo ovejector, alças uterinas e vulva abrindo-se nas proximidades do corpo · T. axei tem como hospedeiro definitivo os ruminantes e equinos e fica no abomaso e estômago · T. colubriformis tem como parasita definitivo os ruminantes e fica no intestino delgado · T. retortaeformis tem como parasita definitivo o coelho e fica no intestino delgado 2) Gênero Cooperia: · Os machos possuem bolsa copuladora simétrica, com expansão rugosa em forma de asa e ausência de gubernáculo. As fêmeas tem duplo ovejector, alças uterinas com menos de 12 ovos e vulva abre no meio do corpo · Espécies e seu determinados hospedeiros: C. punctata – Bovinos e ovinos C. pectinata – Bovinos C. curticei – Bovinos, ovinos, caprinos e bubalinos C. oncophora – Bovinos e ovinos 3) Gênero Ostertagia: · Parasita com cutícula estriada transversalmente · Macho com bolsa copuladora simétrica, espículos robustos e curtos que terminam em 3 ramificações distintas, com gubernáculo fusiforme ou em forma de raquete. As fêmeas possuem vulva que abre no meio do corpo, protegida por um processo vulvar, duplo ovejector · Espécies e seus determinados hospedeiros: O. circuncincta – Bovinos e ovinos O. ostertagi – Bovinos e ovinos O. trifurcata – Ruminantes O. lyrata – Ovinos O. marshalli – Ovinos 4) Gênero Nematodirus: · Delgado, com vestíbulo com um dente dorsal mais ou menos desenvolvido · Macho com bolsa copuladora simétrica, espículos soldados na extremidade distal e ausência de gubérnaculo. As fêmeas possuem cauda curta truncada, terminando em um apêndice delgado em forma de espinho; os ovos são grandes em relação aos outros gêneros de tricostrongilídeos que parasitam ruminantes. · Espécies e seus respectivos hospedeiros: N. spatigher – Bovinos e ovinos N. filicolis – Ovinos N. abnormalis – Ovinos 5) Gênero Haemonchus: · Delgado, com vestíbulo na extremidade anterior armado de lanceta dorsal e papilas cervicais proeminentes · Macho com bolsa copuladora formada de um lobo dorsal assimétrico, espículos robustos e gubernáculo · Fêmea com vulva que se abre na metade posterior do corpo, protegida por um processor vulvar, duplo ovejector e cauda cônica · Espécies e seus respectivos hospedeiros: H. contortus – Ovinos, caprinos e bovinos H. similis – Bovinos e ovinos H. placei – Bovinos Ciclo biológico dos tricostrongilídeos: · Vermes adultos põem ovos, que são eliminados com as fezes – esses ovos estão na fase de mórula · Os ovos eclodem e liberam larvas L1 · Essas larvas se alimentam de microorganismos que estão nas fezes e evoluem para L2 · L2 evolue para L3, que é a forma infectante. A L3 retém a cutícula nesse estágio · L3 não se alimenta e migra pela vegetação das pastagens. Algumas se aproveitam das películas de água e outras permanecem na superfície úmida do solo. São animais sensíveis a dessecação · Libertadas da cutícula, a L3 entra no ciclo tecidual, se alimentando de tecidos do hospedeiro. Essa fase é de curta duração em animais que adquirem resistência em função de infecções repetidas · No tubo digestivo, L3 evoluem para L4 e posteriormente para L5 e então para forma adulta · As larvas não migram pelo corpo dos hospedeiros. O período pré-patente depende da espécie do parasita, da idade e de outros fatores intrínsecos do hospedeiro · Em geral, o período pré-patente dura de 20 a 30 dias Mecanismos de infecção: · Via oral: ingestão da L3 de Trichostrongylus sp, Haemonchus sp, Ostertagia sp, Cooperia sp, Nematodirus sp Ciclo biológico modificado: · L4 iniciais são inibidas na mucosa · Fim da inibição: fenômeno da primavera, diminuição da resistência, fenômeno periparto, introdução em pastagens livres de larvas e tratamento anti-helmíntico · L4 finais na luz do intestino Patogenia: · Trichostrongylus axei: irritação da mucosa gástrica, hiperplasia epitelial, edema da mucosa e erosões superficiais · Haemonchus sp: hematofagismo (larvas L4, L5 e adultos), perda de ferro, hipoproteinemia e morte · O hematofagismo pode levar a anemias severas. Exemplo: ovino com 2900 Haemonchus perdendo diariamente 145 ml de sangue · Ostertagia sp: formação de nódulos na mucosa gástrica (L3, L4 e adultos), diminuição das células parietais, aumento do pH do estômago, aumento da permeabilidade da mucosa com perda de plasma, hipoproteinemia e diarreias graves · Cooperia sp: irritação/ inflamação catarral da mucosa duodenal, espessamento da parede intestinal, contribui para ação secundária de outros helmintos · Nematodirus sp: irritação/ inflamação catarral da mucosa duodenal, erosão superficial da mucosa Fatores que alteram os efeitos dos helmintos sobre os animais: · Idade dos animais · Resistência do hospedeiro · Intensidade da carga parasitária · Espécie de helminto envolvida · Estado nutricional do hospedeiro · Estado fisiológico do hospedeiro
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