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Legislação Urbana e Ambiental 2020.2 Data: Fevereiro de 2021 Pesquisa sobre Operações Urbanas Consorciadas (OUC) 1- Em que situação o instrumento pode ser utilizado? 2- Quais as características? 3- Qual a importância? Conclusão do trabalho: Apresentar uma opinião sobre o instrumento para a realidade local, por escrito e oral. A Operação Urbana Consorciada (OUC) é um instrumento do Direito Urbanístico instituído pelos artigos 32, 33 e 34 do Estatuto da cidade (Lei 10.257) com o intuito de possibilitar intervenções urbanas pontuais sob a coordenação do poder público em cooperação com a iniciativa privada, envolvendo também empresas prestadoras de serviços públicos e moradores e tendo como objetivo o desenvolvimento urbanístico, valorização ambiental e melhorias sociais em áreas pré-determinadas. Sua aplicação deve ser delimitada por lei municipal específica, baseada no plano diretor. Neste instrumento, iniciativa parte do interesse da municipalidade ou mediante proposta apresentada pela iniciativa privada. Proprietários de lotes ou glebas na área de intervenção podem também apresentar propostas para uma operação urbana, demonstrando o interesse público por meio de anuência expressa de um número considerável de proprietários (80% ou 2/3, conforme estabelecer o Plano Diretor da cidade), desde que eles financiem a infraestrutura necessária à viabilização do empreendimento. O Poder Público deve delimitar uma área e elaborar um plano de ocupação, no qual estejam previstos aspectos tais como a implementação de infraestrutura, nova distribuição de usos, densidades permitidas e padrões de acessibilidade envolvendo e simultânea ou alternativamente: I – a combinação de capital de investimento público e privado; II – o redesenho da estrutura fundiária; III – a apropriação e manejo (transação) dos direitos de uso e edificabilidade do solo e das obrigações privadas de urbanização e IV – a apropriação e manejo das externalidades positivas e negativas da intervenção. Além disso, as OUC possuem elementos para que essas parcerias sejam efetuadas. Os principais elementos são os incentivos urbanísticos atrelados aos pagamentos das partes, que tanto servem de atrativo para investimentos privados quanto induzem os empreendimentos a se adequarem às transformações ensejadas na política urbana. Esses incentivos, definidos no Estatuto da Cidade, são a modificação de índices de características de parcelamento, o uso e a ocupação do solo e a alteração de normas de edificação. A Operação Urbana Consorciada (OUC), portanto, possibilita a parceria público-privada para a realização de projetos urbanos. Assim como outras operações urbanas, principalmente na cidade de São Paulo, antecedeu a regulamentação nacional em outros modelos, assim como ensina Karlin Olbertz: “[...]a operação urbana consorciada é um empreendimento urbano, capitaneado pelo poder público municipal e desenvolvido em parceria com a sociedade civil, financiado no todo ou em parte pelas contrapartidas decorrentes da execução de um plano urbanístico flexível, e traduzido num procedimento urbanístico orientado cumulativamente à transformação urbanística estrutural, à valorização ambiental e à promoção de melhorias sociais numa determinada área do espaço habitável[...] Hoje, refere-se à um plano urbanístico em escala quase local, em que devem ser considerados os contextos da própria cidade, e que, através dessa atuação, podem ser trabalhados elementos de difícil tratamento nos planos mais genéricos, através de uma união entre o poder público e o investimento privado, em que ambos ganham. Além disso, já que esse tipo de operação, conforme já citado anteriormente, envolve o poder público e o investimento privado, é de suma importância que haja a participação dos proprietários, moradores, investidores privados e demais envolvidos nos processos de formulação e de implementação. Ademais, apesar de que haja uma controvérsia sobre essa lei, é crucial salientar que a mesma não funciona como uma flexibilização de norma, mas sim como uma intenção de transformação em um território, viabilizada por uma lei específica e com regras específicas. Sendo as transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental premissas para a aplicação desse instrumento. Portanto, é essencial que haja pesquisa antes do pré-julgamento desta lei, que, por muitos, é vista como um rasgo na constituição para favorecer apenas interesses privados. As OUC não geram uma concentração de demanda, mas sim um direcionamento da mesma, garantindo, assim, benefícios tanto para o município como para instituições privadas.
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