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I- Introdução a avaliação de Impactos Ambientais

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Avaliação de 
Impactos Ambientais
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Edson Victor de Souza
Revisão Textual:
Maria Cecília Andreo
Introdução à Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Introdução à Avaliação de 
Impactos Ambientais (AIA)
 
 
• Apresentar conceitos importantes sobre Avaliação de Impacto Ambiental;
• Discorrer sobre estudos ambientais dentro da Avaliação de Impacto Ambiental; 
• Preparar o profissional de meio ambiente para coordenar a elaboração de uma Avaliação de 
Impacto Ambiental e conhecer todos os estudos envolvidos no processo.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Histórico;
• Estudos Ambientais;
• Atividades que Necessitam de Avaliação de Impacto Ambiental;
• Avaliação de Impacto Ambiental – Configuração Genérica.
UNIDADE Introdução à Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Contextualização
Trataremos nesta Unidade especificamente dos conceitos de Avaliação de Impacto 
Ambiental (AIA) e dos principais tipos de estudos ambientais. A unidade tem como obje-
tivo apresentar conceitos importantes para o profissional de meio ambiente coordenar a 
elaboração de um estudo de impacto ambiental e conhecer todos os estudos envolvidos. 
Para tanto, é importante fazer um breve histórico de como foi introduzida a AIA mun-
dialmente e no Brasil e quais os tipos de estudos ambientais existentes hoje, como e 
quando devem ser aplicados.
O mais importante é deixar claro que a Avaliação de Impacto Ambiental é um ins-
trumento que representou grande avanço em termos de política ambiental, obrigando a 
todos pensar nos aspectos ambientais nos estágios mais preliminares da concepção de 
um projeto. É também um importante instrumento de gestão, que aumenta a viabilidade 
em longo prazo de empreendimentos, ajudando a evitar erros que trariam custos am-
bientais e econômicos significativos, podendo gerar contenção substancial de recursos 
econômicos ao empreendedor e de recursos ambientais à sociedade.
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Introdução
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) facilita a gestão ambiental de um futuro em-
preendimento, assegurando compromissos assumidos pelo empreendedor, que são pre-
vistos no Estudo de Impacto Ambiental. Durante o processo de AIA são estabelecidas as 
medidas mitigadoras e compensatórias, seu cronograma de execução e os indicadores 
necessários para o monitoramento durante todo o ciclo de vida do empreendimento.
O termo impacto ambiental, frequentemente, está associado a algum dano à natureza, 
como a mortalidade da fauna silvestre, o vazamento de produtos químicos ou tóxicos, 
que atinge, por exemplo, rios e lençóis freáticos, entre outras situações adversas que 
possam causar o desequilíbrio e a degradação do meio ambiente.
De maneira conceitual, um impacto ambiental caracteriza-se como qualquer alteração, 
por intermédio da ação humana, do meio ambiente em um ou mais de seus elementos.
Figura 1 – Exemplo de degradação do meio ambiente 
causada por um Lixão em Alagoinhas, estado da Bahia
Fonte: institutoclaro.org.br
Por isso, destaca-se a importância da Avaliação de Impacto de Ambiental, de modo 
que a implantação e o ciclo de vida de um empreendimento sejam adequados, causando 
o menor impacto possível ao meio ambiente.
Resumidamente, podem ser destacados os seguintes objetivos da Avaliação de Im-
pacto Ambiental:
• Garantir que as especificidades e os aspectos ambientais sejam adequadamente 
tratados e incorporados ao processo decisório do empreendimento;
• Prever, impedir, mitigar ou compensar os efeitos negativos do ponto de vista biofí-
sico, social e/ou outros;
• Preservar a produtividade e a capacidade de sistemas naturais;
• Proporcionar o desenvolvimento sustentável, de forma a otimizar o uso e a gestão 
dos recursos naturais.
9
UNIDADE Introdução à Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
A Avaliação de Impacto Ambiental é elaborada para subsidiar as autorizações ou o 
licenciamento de um empreendimento, apresentando informações sobre as prováveis 
consequências de sua implantação e ciclo de vida, auxiliando na tomada de decisão. 
O processo de avaliação de impactos ambientais pode organizar o debate com os in-
teressados, e a consulta pública é parte do processo, tendo o estudo de impactos am 
bientais como fonte de informação e base para as negociações visando à viabilização de 
um empreendimento.
Histórico
Na sequência, vejamos um breve histórico a respeito de Avaliação de Impacto Am-
biental, de modo a fortalecer o entendimento do tema. 
Em 1972, ocorreu a primeira conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente , 
em Estocolmo (Suécia). Nesse evento, foi emitida a Declaração de Estocolmo, na qual 
foram definidos os princípios de comportamento e responsabilidade que deveriam 
gover nar as decisões a respeito das questões ambientais com o objetivo de conciliar o 
desenvolvimento e a proteção ambiental e o uso consciente dos recursos naturais para 
benefícios atuais e futuros. Criou-se também um mecanismo institucional para tratar das 
questões ambientais no âmbito das Nações Unidas, o chamado Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
A Avaliação de Impacto Ambiental foi criada na forma de uma Declaração de Im-
pacto Ambiental, instituída para atender às demandas sociais da época no sentido de 
minimizar os impactos ambientais de grandes projetos. A AIA foi proposta pelos paí-
ses desenvolvidos como um mecanismo de gestão ambiental para prevenir e subsidiar 
a tomada de decisão dos setores públicos.
O modelo adotado nos diversos países se baseou no regulamentação Norte-Americana 
de 1969 (NEPA – National Environmental Policy Act), que instituiu a Avaliação de Im-
pacto Ambiental (AIA). Essa regulamentação sugeriu que as agências federais:
• Devem usar uma abordagem sistemática e interdisciplinar a fim de garantir que as 
matérias naturais, ambientais e sociais sejam usadas no planejamento e na tomada 
de decisão;
• Precisam desenvolver e identificar métodos e procedimentos, para que as questões 
ambientais sejam consideradas nas tomadas de decisões juntamente com as ques-
tões técnicas e econômicas;
• Necessitam incluir em relatórios e proposições de legislação, e qualquer ação 
federal que afete a qualidade do ambiente humano, uma declaração sobre: 
impactos ambientais sobre a ação proposta; efeitos adversos que não podem ser 
evitados caso a proposta prossiga; alternativas para a ação proposta; correlações 
entre os usos do ambiente e a manutenção da produtividade ao longo do tempo; os 
comprometimentos de recursos irrecuperáveis envolvidos na ação proposta.
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Após a criação da NEPA, os sistemas de AIA foram estabelecidos de várias formas e 
em diferentes partes do mundo. Esses sistemas variam muito entre os países: alguns são 
leis, normas ou estatutos, exigidos pelas autoridades antes da permissão para a implan-
tação de um projeto; em alguns casos, apenas diretrizes sobre AIA foram estabelecidas, 
impondo algumas obrigações para os órgãos governamentais.
Histórico da AIA no Brasil
No Brasil, a partir da década de 1970, projetos de grande porte, que eram finan-
ciados, foram submetidos à Avaliação de Impacto Ambiental, impulsionando, dessa ma-
neira, a inclusão da AIA como um instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, 
Lei Federal 6.938/81. 
Nessa mesma Lei Federal foi criado o Conselho Nacional do Meio Ambiente ( Conama), 
órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). O 
Conama é um colegiado de cinco setores (órgãos federais, estaduais e municipais, setor 
empresarial e entidades ambientalistas) e tem como competência assessorar, estudar 
e propor o direcionamento para as políticas governamentais voltadas à exploração e 
preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Além disso, o Conama pode 
criar normas e determinar padrões que objetivam a preservação do meio ambiente e o 
desenvolvi mento sustentável.
Em 1986, foi editada a Resolução Conama 01/86, na qual foram estabelecidas as 
definições, responsabilidades, os critériosbásicos e as diretrizes para a Avaliação de 
Impacto Ambiental aplicada ao licenciamento ambiental de atividades que alteram o 
meio ambiente. A resolução apresenta alguns aspectos relevantes: 
• O Estudo de Impacto Ambiental prevê alternativas tecnológicas e de localização 
do projeto;
• É definido o conteúdo do Estudo de Impacto Ambiental, incluindo: diagnós-
tico ambiental; análise dos impactos ambientais; definição das medidas mitigado-
ras; e proposição de programas de monitoramento e acompanhamento;
• Põe a execução de audiência pública para a divulgação do projeto e seus impactos 
e discussão do RIMA.
Seguindo a linha do tempo, na Constituição Federal de 1988, no artigo 225, dedicado 
ao meio ambiente, foi inserida a obrigação do poder público de exigir a elaboração do 
AIA para obras ou atividades com potencial de degradação do meio ambiente.
Já em 1997, a resolução Conama 237 regulamentou as competências para o licen-
ciamento nas esferas federal, estadual e distrital e as etapas de licenciamento, conferindo 
ao órgão ambiental a competência para a definição de outros estudos ambientais para 
o processo de licenciamento, caso o empreendimento não seja considerado causador de 
degradação ambiental.
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UNIDADE Introdução à Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Estudos Ambientais
Como exemplos de estudos ambientais, destacam-se, além do Estudo de Impacto Am-
biental e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), o Relatório Ambiental 
Prévio (RAP), o Estudo Ambiental Simplificado (EAS), o Estudo de Impacto de Vizinhança 
(EIV) e o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). Todos esses estudos são 
variações de estudo ambiental. De acordo com a obra, o seu grau de impacto e o porte 
do empreendimento, o órgão competente para o licenciamento ambiental definirá, por 
meio do seu corpo técnico, qual estudo melhor se enquadra à situação. A sua impor-
tância reside no fato de que, a partir dele, é possível obter um diagnóstico ambiental 
completo da área objeto da obra ou empreendimento, a fim de que possam ser adotadas 
as medidas ambientais cabíveis para a manutenção do meio ambiente ecologicamente 
equilibrado. Além desses estudos ambientais, a Política Nacional do Meio Ambiente ins-
tituiu eficazes instrumentos de gestão ambiental, como: o zoneamento ambiental; o es-
tabelecimento de padrões de qualidade ambiental; a avaliação de impactos ambientais; a 
educação ambiental; a criação de Unidades de Conservação; o licenciamento ambiental 
propriamente dito, prévio, à construção, instalação, ampliação e funcionamento de es-
tabelecimentos e atividades que fazem uso de recursos ambientais, considerados efetiva 
ou potencialmente poluidores, ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação 
ambiental (FERRAZ et al., 2012).
Como vimos, existem diferentes estudos ambientais para necessidades especificas de 
projetos. A seguir, vamos apresentar definições de diversos estudos ambientais.
Estudo Ambiental Simplificado (EAS)
O Estudo Ambiental Simplificado (EAS) é o estudo ambiental apresentado em forma 
de relatório técnico que contém o conjunto de informações decorrentes da avaliação das 
consequências ambientais de atividades e empreendimentos considerados geradores de 
impactos ambientais pequenos, de abrangência local e não significativa. É um estudo 
técnico elaborado por equipe multidisciplinar e que oferece uma análise da viabilidade 
ambiental de um empreendimento considerado com potencial para causar danos am-
bientais. Ele é utilizado para obter a licença ambiental prévia (LAP).
O EAS deve conter o estudo da interação entre os elementos dos meios físico, bio-
lógico e socioeconômico, elaborando um diagnóstico integrado da área de influência 
do empreendimento. O estudo deve apresentar a avaliação dos impactos resultantes da 
implantação do empreendimento e, se necessário, as medidas mitigadoras de controle 
ambiental e compensatórias.
É importante ressaltar que, de acordo com o porte do empreendimento, da área envol-
vida e da capacidade de suporte do meio, outros estudos poderão ser solicitados. Caso o 
EAS não seja suficiente para avaliar de forma segura o potencial de degradação ambien-
tal, será solicitado o Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto 
Ambiental (EIA e RIMA).
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Relatório Ambiental Preliminar (RAP)
O Relatório Ambiental Preliminar (RAP), como o EAS, é um estudo técnico elabo-
rado por equipe multidisciplinar e que oferece uma análise da viabilidade ambiental de 
um empreendimento considerado com potencial para causar danos ambientais. Ele é 
utilizado para obter a licença ambiental prévia (LAP).
Também como o EAS, o estudo deve conter a interação entre os elementos dos meios 
físico, biológico e socioeconômico, elaborando um diagnóstico integrado da área de influ-
ência do empreendimento. O estudo deve apresentar a avaliação dos impactos resultantes 
da implantação do empreendimento e, se necessário, as medidas mitigadoras de controle 
ambiental e compensatórias.
Caso o RAP não seja suficiente para avaliar os aspectos ambientais e sua viabilidade, 
será solicitada a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto 
Ambiental (EIA/RIMA).
Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
Os estudos de impacto ambiental denominados EIA são estudos técnicos e científicos 
elaborados por equipe multidisciplinar que, além de oferecer instrumentos para a aná-
lise da viabilidade ambiental do empreendimento ou da atividade, destinam-se a avaliar 
sistematicamente as consequências consideradas efetiva ou potencialmente causado-
ras de significativa degradação do meio ambiente, propondo medidas mitigadoras e/ou 
compensatórias com vistas à sua implantação. No EIA, os impactos são avaliados por 
meio de técnicas de medição mais detalhadas, capazes de medir qualitativa ou quantitati-
vamente a magnitude e a importância dos impactos. É um estudo destinado a atividades 
de maior porte e com maior potencialidade de apresentar impactos significativos ao 
meio ambiente.
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é um documento que apresenta os resulta-
dos dos estudos técnicos e científicos de Avaliação de Impacto Ambiental, que sintetiza 
os resultados do Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Esse relatório deve ser escrito em 
linguagem objetiva e acessível à comunidade em geral, para a qual será dada publicidade.
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) surgiu como instrumento para identificar, 
avaliar e analisar os impactos ocorridos no meio urbano decorrentes da implantação de 
empreendimentos industriais, comerciais ou residenciais de maior porte. O EIV é seme-
lhante ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) quanto à avaliação dos impactos, mas é 
bem diferente em relação aos objetivos. De forma geral, o Estudo de Impacto de Vizi-
nhança é realizado para empreendimentos habitacionais, institucionais ou comerciais, 
públicos ou privados, que não estão sujeitos à apresentação de EIA, mas que causam 
impactos no meio urbano. O objetivo do EIA é apresentar ao poder público a análise 
do empreendimento.
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UNIDADE Introdução à Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Na elaboração desse estudo é avaliada a repercussão do empreendimento sobre vários 
aspectos urbanos, como: a paisagem urbana; as atividades instaladas; a movimentação 
de pessoas e mercadorias; recursos naturais; recursos sociais (tudo isso da vizinhança 
do empreendimento, no intuito de verificar a viabilidade urbana e ambiental do projeto).
O Estudo de Impacto de Vizinhança engloba a identificação, a valoração e a análise 
dos impactos previstos e as respectivas medidas de mitigação para haver a implantação 
de um empreendimento em área urbana. Os resultados do estudo são apresentados em 
relatórios de impacto de vizinhança (RIVI) e vão subsidiar a decisão para a aprovação do 
empreendimento ou impedir sua implementação.
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) é solicitado pelos órgãos 
ambientais como parte do processo de licenciamento de atividades que degradam ou 
modificam o meio ambiente, e também após o empreendimento ter sido punido pela 
degradação ambiental. Resumidamente, o PRAD é o conjunto de medidas que propicia 
à área degradada condições de restabelecer o equilíbrio dinâmico, com solo apto para 
uso e paisagem reestabelecida.
O PRAD objetiva o retorno do sítio degradado para uma forma de utilização, de 
acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo. É um instrumento de gestão 
ambiental para atividades como: desmatamentos; exploração de jazidas; recuperação de 
área de preservação permanente; reversa legal; terraplenagem etc.
O PRAD é normalmente utilizado para solos e vegetação, podendo também benefi-
ciar direta e indiretamente a reabilitação ambiental da área.
Como já mencionamos, a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) tem o objetivo de 
analisar as consequências ambientais prováveis de uma atividade humana no momento 
da proposição. Tais informações devem ser levadas em consideração na decisão, junta-
mente com as partes financeira, técnica, legal e política. O objetivo principal é que as 
iniciativas respeitem o meio ambiente e todas as ações ambientais negativas determina-
das desde o início do projeto e consideradas já na sua concepção. A ideia é melhorar 
o rendimento dos recursos naturais e diminuir ou compensar os efeitos desfavoráveis.
De acordo com o referencial teórico e metodológico, a avaliação de impacto ambien-
tal determina, prevê, interpreta, atenua e monitora os efeitos ambientais de uma ativi-
dade proposta.
No entanto, é possível encontrar algumas controvérsias sobre o termo e a aplicação. 
Alguns teóricos mencionam que a avaliação de impacto ambiental é um processo amplo 
que inclui instrumentos como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA); para outros, é uma 
das etapas de um processo mais amplo, que consiste no Estudo de Impacto Ambiental 
(PHILIPPI JR., 2004).
Na nossa unidade, adotamos a concepção de AIA como um processo mais amplo, 
que inclui, entre outros instrumentos, o estudo de Impacto Ambiental (EIA), o Relatório 
Ambiental Preliminar (RAP) e o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), entre outros.
14
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Outro ponto em discussão é que, para alguns, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) 
deve ser utilizado para projetos, e a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), para polí-
ticas e planos. É importante ressaltar que as principais diferenças são que a Avaliação 
Ambiental Estratégica se ocupa dos impactos indiretos cumulativos de políticas, planos 
e programas, fornecendo subsídios para o desenvolvimento sustentável de uma região, 
com uma perspectiva mais ampla e baixo nível de detalhe; em contrapartida, o Estudo 
de Impacto Ambiental trataria de um projeto específico, avaliando, portanto, os efeitos 
característicos, com alto nível de detalhe e foco nas medidas mitigadoras. A AAE e o 
EIA são instrumentos complementares, no entanto, poucos países têm regulamento para 
AAE. No Brasil, a Avaliação Ambiental Estratégica vem sendo discutida de forma muito 
incipiente e ainda não foi regulamentada nem incorporada ao licenciamento ambiental.
Termo de Referência (TR)
Todos esses estudos ambientais e outros não mencionados aqui são aplicáveis a vários 
tipos de atividades e empreendimentos, e o órgão ambiental elabora para cada um o 
Termo de Referência (TR), que orienta a elaboração do estudo específico de cada empre-
endimento, de acordo com as suas particularidades e o local proposto para a implantação.
O Termo de Referência é o instrumento orientador da elaboração de qualquer tipo de 
estudo ambiental (EIA/RIMA; EIV; RAP, PRAD etc.). O TR deve ser elaborado minu-
ciosamente, utilizando-se de todas as informações disponíveis sobre o empreendimento 
e sobre a área em que será implantado o projeto, incluindo toda a legislação pertinente.
Em alguns casos, o órgão ambiental solicita que o empreendedor elabore o Termo de 
Referência, ficando com a função de julgar e aprovar.
Licenciamento ambiental
De acordo com o inciso I do art. 1º da Resolução Conama 237/1997, o licenciamento 
ambiental é um : 
procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, 
licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendi-
mentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efe-
tiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, 
possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais 
e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
Ainda de acordo com essa resolução do Conama, o poder público expedirá as se-
guintes licenças:
• L icença Prévia (LP): concedida na fase de planejamento do empreendimento ou ati-
vidade, em que se atesta a viabilidade ambiental da concepção e localização, determi-
nando condicionantes que deverão ser atendidas na próxima fase de licenciamento;
• Licença de Instalação (LI): concedida de modo a garantir o direito de construir ou 
instalar o empreendimento ou atividade conforme as especificações constantes dos 
15
UNIDADE Introdução à Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
planos, programas e projetos aprovados, particularmente as medidas de controle 
ambiental definidas para a fase de obras ou implantação;
• Licença de Operação (LO): possibilita a operação do empreendimento ou da ati-
vidade, considerando as medidas expressas nas licenças anteriores, assim como as 
disposições previstas para a operação de todo o ciclo de vida do empreendimento.
O Conama poderá definir, quando necessário, licenças específicas, de acordo com 
a natureza, as características e as peculiaridades do empreendimento ou da atividade. 
Na sequência, é apresentado um fluxograma que mostra os passos de um licencia-
mento ambiental associado aos estudos ambientais descritos anteriormente.
Empreendimento
Empreendimento
Empreendimento
Empreendimento
Consulta
Termo de
referência
EIA/ RIMA
Audiência pública
Parecer técnico
ConsemaLicença prévia
Licença de
instalações
Licença de
operações
Relatório ambiental
preliminar
Relatório ambiental
simpli�cado
Figura 2 – Etapas do Licenciamento 
Fonte: BRASIL, 2014
Atividades que Necessitam de 
Avaliação de Impacto Ambiental
Conforme descrito anteriormente, a avaliação de impacto ambiental é uma obrigação 
legal que antecede a instalação de qualquer empreendimento ou atividade com potencial 
de causar poluição ou degradação ambiental. Resumidamente, as principais diretrizes 
para a execução do licenciamento ambiental estão expressas nas seguintes legislações:
• Lei Federal 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus 
fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências;
• Resolução Conama 001/86, que dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais 
para a Avaliação de Impacto Ambiental, tendo sido publicada em 23/01/1986 e alte-
rada posteriormente pelas Resoluções 11/1986, 05/1987, 237/1997 e 494/2020.
16
17
Empreendimentos sujeitos a licenciamento com 
necessidade de Avaliação de Impacto Ambiental
Apresenta-se a seguir um quadro com os empreendimentos sujeitos a licenciamento 
com necessidade de Avaliação de Impacto Ambiental.
Quadro 1
Atividades/
Empreendimentos 
sujeitos ao 
licenciamento com
Avaliação de Impacto 
Ambiental
• Sistema de captação, adução e tratamento de água, Estação de Tratamento 
de Água – ETA, transposição de bacias, adutora, sistema produtor de água;
• Aeródromo, heliporto;
• Usina de açúcar e álcool, áreas de plantios agroindustriais;
• Aterro sanitário, aterro de resíduos industriais, aterro de codisposição, trans-
bordo de resíduo sólido;
• Barragem de controle de cheias, hidrovia, hidrelétrica (CGH, PCH, UHE), 
barragem para irrigação, barragem de aproveitamento múltiplo, barragem 
para abastecimento;
• Sistema de drenagem urbana, canalização, retificação, dragagem (inclusive 
para hidrovia ou marinas) e desassoreamento,abertura de barras e emboca-
duras, sistema de controle de cheias (p. ex., piscinão);
• Gasoduto, oleoduto, adutora;
• Unidade de recuperação energética, usina termelétrica, incinerador, sistema 
térmico de tratamento de resíduos sólidos;
• Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, emissário;
• Linhas, estações, pátios e outras instalações associadas a trens de passageiros 
ou cargas;
• Instalações e plantas industriais em geral;
• Parque temático, campus universitário, complexo turístico, estruturas de lazer;
• Linha de transmissão, recabeamento, repotenciação, ramal, sistema elétrico, 
usina fotovoltaica, usina solar, usina eólica;
• Linhas, estações, pátios e outras instalações de Metrô convencional, Veículo Leve 
sobre Trilhos e monotrilho;
• Atividades e instalações de extração mineral;
• Loteamento residencial, loteamento misto, distrito industrial, conjunto 
habitacional;
• Rodovia, corredor de ônibus, dispositivo/obra de arte rodoviária (alça de acesso, 
ponte, viaduto, retorno);
• Instalações logísticas, terminal portuário, porto, terminal de carga, terminal 
intermodal, estrutura de apoio a embarcações;
• Presídio, penitenciária.
Fonte: cetesb.sp.gov.br 
Avaliação de Impacto Ambiental – 
Configuração Genérica
Cada empreendimento descrito anteriormente apresenta suas particularidades durante 
o processo de licenciamento ambiental. No entanto, para esses empreendimentos sujeitos 
a licenciamento com Avaliação de Impacto Ambiental, pode-se considerar que há simila-
ridade na montagem e na estruturação de um Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.
17
UNIDADE Introdução à Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Destaca-se que a descrição da Avaliação dos Impactos Ambientais integra o RIMA, 
que deve ser elaborado para cada empreendimento com o objetivo de obtenção das 
licenças ambientais (licença prévia, licença de instalação e licença de operação).
Nesse sentido, de maneira genérica, tem-se a seguinte itemização para a estruturação 
e apresentação de um Relatório de Impacto Ambiental – RIMA:
• Informações gerais do empreendedor;
• Caracterização do empreendimento;
• Apresentação de alternativas locacionais;
• Análise de planos, programas e projetos existentes, relacionados com o empre-
endimento;
• Delimitação das áreas de influência do empreendimento (área de influência indireta, 
área de influência direta e área diretamente afetada), considerando os meios físico, 
biótico e socioeconômico;
• Apresentação do diagnóstico ambiental, considerando, entre outros aspectos: meio 
físico (clima, qualidade do ar, ruído, geologia, relevo, solos, suscetibilidade a proces-
sos de dinâmica superficial, águas superficiais, águas subterrâneas, restrições am-
bientais), meio biótico (flora, fauna, unidades de conservação) e meio socioeconômico 
(histórico da região, uso e ocupação do solo, zoneamento urbano, infraestrutura, 
estrutura produtiva e serviços públicos, patrimônio histórico cultural);
• Avaliação de impactos e programas ambientais;
• Definição dos critérios para a avaliação dos impactos, tendo como exemplo: 
 » Caráter: positivo ou negativo;
 » Probabilidade de ocorrência: certa, alta, média ou baixa;
 » Incidência: direta ou indireta;
 » Duração: temporária ou permanente;
 » Alcance: pontual, local ou regional;
 » Tempo de manifestação: curto, médio ou longo prazo;
 » Reversibilidade: reversível ou irreversível;
 » Cumulatividade: se pode ser intensificado com o tempo ou no espaço;
 » Sinergia: se pode ser intensificado ou alterado com a presença de outros impactos;
 » Magnitude: baixa, média ou alta.
• Definição das medidas mitigadoras para cada impacto detectado;
• Definição e estruturação de planos e programas ambientais, tendo como exemplos:
 » Programa de Controle de Processos Erosivos, Escorregamentos e Assoreamentos 
dos Corpos d’água;
 » Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais;
 » Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas e Nível d’água;
 » Programa de Monitoramento Geotécnico;
 » Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
18
19
» Programa de Controle e Redução de Emissões Atmosféricas;
» Programa de Monitoramento de Ruído;
» Programa de Monitoramento e Conservação da Fauna;
» Programa de Compensação Ambiental (em razão da supressão de vegetação);
» Programa de Controle e Monitoramento da Fauna Sinantrópica
» Programa de Supressão de Vegetação;
» Programa de Reflorestamento e Enriquecimento Florestal;
» Plano de Recuperação de Áreas Degradadas;
» Programa de Educação Ambiental;
» Programa de Comunicação Social;
» Planos e programas específicos para cada tipo de atividade do empreendimento 
estudado.
• Prognóstico e conclusão.
Em Síntese
Nesta unidade, procuramos sintetizar informações sobre um processo que é muito rico 
e complexo: a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). Muitos conceitos foram bastante 
simplificados para não se perder uma visão de conjunto. Podemos aprofundá-los na 
bibliografia citada e nos demais recursos disponíveis na unidade.
Outro aspecto importante é que a Avaliação de Impacto Ambiental torna transparente o pro-
cesso de licenciamento, fazendo com que diferentes agentes sociais tomem conhecimento 
e se envolvam com os processos de desenvolvimento e gestão de um empreendimento.
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UNIDADE Introdução à Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Portal do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)
https://bit.ly/3iGg6gg
 Vídeos
Licenciamento ambiental: o que é e por que é importante?
https://youtu.be/sWEQw6smo5w
Avaliação de Impacto Ambiental – Fernanda Verones – BL 1
https://youtu.be/ewPQhm_BQuU
 Leitura
Minuta de Manual para Elaboração de Estudos para Licenciamento com Avaliação de Impacto Ambiental
https://bit.ly/3ohfgYz
Painel de Informações de Colegiados (PIC) 
https://bit.ly/3psYG9e
Estudo de Impacto Ambiental
https://bit.ly/3iH2BwS
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Referências
BRAGA, B.; HESPANHOL, I.; CONEJO, J. G. L., et al. Introdução à engenharia 
ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caderno de Licenciamento Ambiental. Brasília: 
2009.
CETESB. Manual Para Elaboração de Estudos Para o Licenciamento com Avalia-
ção de Diagnóstico Ambiental, 2014. Disponível em: <https://licenciamento.cetesb.
sp.gov.br/cetesb/documentos/Manual-DD-217-14.pdf>. Acesso em: 13/01/2021.
CONAMA. Resolução 237, de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre a revisão e 
complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. 
Disponível em: <http://www2.mma.gov.br/port/conama>. Acesso em: 13/01/2021.
FERRAZ, F. B.; FELIPE, T. J. S. Análise comparativa entre avaliação e estudo de im-
pacto ambiental. Nomos – Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da 
UFC, Fortaleza, v. 32., n. 2, 2012.
PHILIPPI JR., A.; ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C. Curso de gestão ambiental. 
Barueri: Manole, 2004.
RODRIGUES, J. R. Roteiro básico para a elaboração de estudo de impacto am-
biental. Manual de Orientação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo . 
Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental.
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