Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MEDICINA | RESUMO DE CIRURGIA TATIANE CELEIRO NASCIMENTO 1 Anestesia # CLASSIFICAÇÃO ASA MANEJO DAS VIAS AÉREAS Manejo inadequado - complicações Ventilação difícil Falha em reconhecer ventilação esofágica Impossibilidade de intubação Fazer avaliação minuciosa: alteração de dentição, próteses, anormalidade bucais, mobilidade cervical # Classificação de Mallampati VIA AÉREA DIFÍCIL Dificuldade na ventilação manual com máscara, na intubação traqueal ou em ambos Mallampati III e IV Distância esterno-mento < 12,5 cm Laringoscopia difícil - impossibilidade de visualizar as cordas vocais Intubação difícil - mais de 3 tentativas ou mais de 10 minutos para introdução do tubo Tolerância a ventilação inadequada é variável: depende da idade, peso e estado físico SINAIS DE INTUBAÇÃO DIFÍCIL Complacência reduzida do espaço submandibular Incisivos centrais superiores longos Retrognatismo passivo Pescoço curto Pescoço largo Limitação de protrusão mandibular Palato ogival SINAIS DE VENTILAÇÃO DIFÍCIL IMC > 30 Presença de barba Mallampati > ou = 3 Protrusão mandibular reduzida Distância tireoide-mento < 6 cm História de ronco PERMEABILIZAÇÃO DA VIA AÉREA Jejum e o risco de aspiração A necessidade de intubação orotraqueal INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL - INTUBAÇÃO Procedimento: • Ventilar - máscara e Ambu • Checar material • Laringoscópio com lâmpada funcionando • Testar o cuff do tubo • Ventilar e aspirar • Regra SALT REGRA SALT MEDICINA | RESUMO DE CIRURGIA TATIANE CELEIRO NASCIMENTO 2 # COMPRESSÃO LARÍNGEA EXTERNA - MANOBRA DE SELLICK Usado pp em casos de urgência onde é considerado estômago cheio Ao se fazer a laringoscopia, abaixar as cartilagens laríngeas contra a coluna protegendo contra o provável conteúdo regurgitado, na hora que passa o tubo desfazer a manobra INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL Vantagens: Mais bem tolerada em intubações prolongadas Cuidados de enfermagem mais facilitados Sem risco de o paciente morder o tubo Menor necessidade de manipulação cervical Indicações: Cirurgia endo-oral ou oromandibular Incapacidade de abrir a boca Intubação prolongada Contra-indicações: Fratura de base crânio/nariz Coagulopatia/epistaxe Desvio de septo nasal/ polipose nasal INTUBAÇÃO COM PACIENTE ACORDADO Intubação difícil já prevista/avaliada Dificuldade de ventilação sob máscara facial Necessidade de manutenção da consciência para avaliação neurológica Risco de aspiração de conteúdo gástrico Risco de regurgitação - anestesia tópica, evitando anestesia da laringe ou traqueia Sucesso - anestesia tópica com anestésicos locais, sedação leve e colaboração do paciente DISPOSITIVOS SUPRAGLÓTICOS MÁSCARA LARÍNGEA: não protege a via aérea de vômitos e regurgitação, mas é ótima opção quando não consigo intubar Indicações: Permeabilidade em casos: ventilável, mas não intubável Situação de emergência: não intuba, não ventila Via aérea definitiva para prosseguimento de um caso não emergencial: paciente anestesiado, que não pode ser entubado, mas facilmente ventilável com máscara facial Contraindicações: Paciente sem jejum/hérnia hiatal Obesidade extrema/gravidez Politrauma (estômago cheio) Baixa complacência pulmonar Patologia faríngeas (tumores, abscessos) Limitação para extensão ou abertura bucal Neuropatias com dificuldade de esvaziamento gástrico TUBO ESOFAGOTRAQUEAL DE DUPLA VIA (COMBITUBE) Vantagens: Ventilação satisfatória Efetividade em via aérea difícil Sem exigência de laringoscópio Prevenção de aspiração Contraindicações: Paciente com altura inferior a 1,40 m Reflexo nauseoso presente Doença esofágica ou ingestão de soda cáustica Desvantagens: Possibilidade de lesões (laceração/perfuração) Impossibilidade de acesso a via aérea (aspiração) Impossibilidade de tamanho pediátrico Recurso que detecta mais precocemente intubação esofágica e hipoventilação em pacientes anestesiados: Capnografia ANESTESIA GERAL Objetivos: inconsciência, analgesia, bloqueio de reflexos, relaxamento muscular # FASES DA ANESTESIA GERAL Indução Manutenção Recuperação anestésica INDUÇÃO ANESTÉSICA Induz ao estado de inconsciência Hipnose / analgesia / relaxamento muscular Manutenção de via aérea / ventilação Intubação traqueal MANUTENÇÃO ANESTÉSICA Como os fármacos, em geral, têm duração menor que o procedimento a ser realizado, é necessário que continuem a ser administrados durante a sua execução. Pode ser feito por via inalatória ou endovenosa MEDICINA | RESUMO DE CIRURGIA TATIANE CELEIRO NASCIMENTO 3 RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA Retirada dos anestésicos no fim dos procedimentos Antídoto dos relaxantes musculares Eliminação dos anestésicos Retorno da consciência Retorno da respiração espontânea Extubação Sala de recuperação pós-anestésica DROGAS ANESTÉSICAS Hipnóticos Promovem a inconsciência e a manutenção do sono: • Propofol • Midazolam • Diazepam • Etomidato • Tiopental Dentre os hipnóticos, o propofol é o mais usado, porém não é recomendado em pacientes coronariopatas. Para estes e os que possuem instabilidade cardiovascular usar etomidato (dose: 0,3 mg/kg) DROGAS ANALGÉSICAS Opióides: • Meperidina • Morfina • Fentanila • Sufentanila • Alfentanila • Remifentanila • Ketamina DROGAS RELAXANTES MUSCULARES Conferem imobilidade e paralisam a musculatura, facilitando a intubação traqueal, a ventilação mecânica e o ato cirúrgico Adespolarizantes: • Atracúrio • Cisatracúrio • Pancurônio • Rocônio Despolarizantes: • Succinilcolina ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Óxido nitroso, clorofórmio e éter - primeiros Atuais: • Óxido nitroso • Halotano • Metoxiflurano • Enflurano • Isoflurano • Desflurano • Sevoflurano Maior risco de depressão cardíaca: Halotano RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA Sala de recuperação pós-anestésica (RPA) Monitorização Oferta de oxigênio Cuidados diante de: • Rebaixamento da consciência • Instabilidade hemodinâmica • Insuficiência respiratória • Náuseas e vômitos • Efeitos residuais de anestésicos ESCALA DE ALDRETE E KROULIK (9 OU 10 PONTOS OK) MEDICINA | RESUMO DE CIRURGIA TATIANE CELEIRO NASCIMENTO 4 COMPLICAÇÕES Hipotermia Cardiovasculares: hipotensão, hipertensão, arritmias, isquemias Renais: oligúria, poliúria Alterações neurológicas Endócrinas: hipo ou hiperglicemia Disfunção hepática Alterações hidroeletrolíticas e ácido básicas Náuseas e vômitos Hipertermia maligna Hipertermia maligna? É uma doença causada e desencadeada pelo anestésico Doença muscular hereditária, potencialmente grave, de herança autossômica dominante, caracterizada por resposta hipermetabólica após exposição a anestésico inalatório Tais como: halotano, enflurano, isoflurano ou exposição ao agente relaxante muscular, succinilcolina Gene RyR1 - liberação maciça de cálcio do músculo esquelético - contratura muscular exacerbada - hipertermia - hipermetabolismo Quadro clínico: • Momento da anestesia • Raro - pós-anestesia • Aumento co2 • Acidose lática • Taquicardia • Taquipneia • Hipertermia • Contratura muscular • Rabdomiólise • Mioglobinúria Diagnóstico: clínico - dosagem de CPK. Definitivo: biópsia muscular Tratamento: • Suspensão dos agentes anestésicos • Hiperventilação com o2 • Dantroleno sódico iv 2,5 mg/kg (= neutrolene) • Controle de arritmias • Controle de hipercalemia e acidose • Resfriamento ativo • Manutenção da diurese > 2 ml/kg/h • Controle de mioglobinúria (manitol) • Controle de cpk 24 horas
Compartilhar