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Anestesio

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A N E S T E S I O L O G I A 
AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 
- Coletar história médica, anestésica e farmacológica 
- Exame físico apropriado e avaliação da via aérea 
- Revisão exames 
- Atribuição escore ASA 
- Tranquilizar e orientar o paciente 
- Termo de consentimento informado 
- Condições médicas do paciente 
- Medicamentos utilizados 
- Alergias 
- Operações anteriores e complicações 
- Fumo, álcool e uso de drogas ilícitas 
- Jejum 
 
HISTÓRIA E EXAME FÍSICO 
- Aptidão cardiorrespiratória ou 
capacidade funcional  Preditor 
de resultado e complicações 
perioperatórias. 
- Exame físico das vias aéreas, 
coração e pulmões 
- Sinais vitais, peso e altura 
 
 
 
Obrigatório em procedimentos não emergênciais  
Assinado pelo paciente ou responsável 
- Contém a indicação para o tratamento e os riscos 
envolvidos e confirma que o paciente está cientes dos 
mesmos. 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE AFETA A ANESTESIA? 
- Doenças cardíacas: Hipertensão, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana 
- Doenças pulmonares: Asma, DPOC, hipertensão pulmonar, apnéia do sono 
- Outras: DM2, DRGE, Doenças ortopédicas e reumatológicas 
- Específicas: HM (hipertermia maligna) 
Anti-hipertensivos 
- Considera-se a suspensão de IECA e diuréticos 12-24 horas antes do procedimento. 
  Pacientes com risco de hipotensão 
  Procedimentos demorados 
  Anestesia geral 
  Uso de múltiplas medicações antihipertensivas 
 AAS e anticoagulantes 
- AAS: Geralmente suspensos 5-7 dias antes da cirurgia exceto se o risco de trombose > 
risco de sangramento 
  Pacientes com IAM recente e uso de Stent 
  Demais anticoagulantes geralmente suspensos: Risco de sangramento e 
contraindicação à anestesia regional. 
Insulina e hipoglicemiantes 
- Insulina deve ter sua dose reduzida em geral em 50% no dia do procedimento 
  Jejum 
- Hipoglicemiantes orais: Suspensos 
MEDICAMENTOS 
 
JEJUM 
Jejum prolongado é deletério 
Jejum incorreto risco de aspiração 
 
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 
- Reduzir ansiedade 
Crianças e adolescentes: Amnésia e ansiólise 
- Benzodiazepínicos: Midazolam principal agente 
 
3 
Com Anestesia Geral 
Ocorrência Frequente; Impacto Mínimo 
- Danos orais ou dentais 
- Dor de garganta 
- Rouquidão 
- Náusea/vômito pós-operatórios 
- Sonolência/confusão 
- Retenção urinária 
 
Ocorrência Pouco Frequente; Grave 
- Consciência 
- Perda de visão 
- Aspiração 
- Insuficiência orgânica 
- Hipertermia maligna 
- Reações farmacológicas 
- Incapacidade de despertar/recuperar-se 
- Morte 
 
Com Anestesia Regional 
Ocorrência Frequente; Impacto Mínimo 
- Entorpecimento/enfraquecimento 
prolongado 
- Dor de cabeça pós punção dural 
- Falha técnica 
 
Ocorrência Pouco Frequente; Grave 
- Sangramento 
- Infecção 
- Dano a nervo/paralisia 
- Entorpecimento/enfraquecimento 
persistente 
- Convulsão 
- Coma 
- Morte 
 
RISCOS ASSOCIADOS À ANESTESIA COMUMENTE REVELADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um anestesiologista deverá ser responsável pela determinação do status médico do paciente e pelo desenvolvimento de um plano 
de cuidados anestésicos. Antes de fornecer assistência anestésica, é responsável pelas seguintes ações: 1. Revisar o registro médico 
disponível. 2. Entrevistar e examinar o paciente de modo focado para: a. Discutir a história médica, incluindo experiências anteriores 
de anestesia e terapia médica. b. Avaliar os aspectos da condição física do paciente que possam afetar as decisões relacionadas a 
conduta e ao risco perioperatório. 3. Solicitar e revisar testes e consultas pertinentes. 4. Prescrever medicações pré-operatórias 
adequadas. 5. Garantir obtenção do consentimento para a prestação de assistência anestésica. 6. Documentar no prontuário que as 
ações anteriores foram realizadas. 
 
4 
ANESTESIA GERAL E SEDAÇÃO 
 Estado de inconsciência reversível, obtido pela administração de fármacos específicos e acompanhado de imobilidade, 
analgesia e bloqueio dos reflexos autonômicos. 
 Efeitos: Sem reação à estímulos 
 As funções CV e respiratórias ficam comprometidas 
 
 
 
 
 
FASES DA ANESTESIA GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 qualidades necessárias para anestesia: 
 Hipnose (ausência de consciência e não é necessariamente acompanhada 
de analgesia) 
 Analgesia (alivio ou ausência da dor) 
 Relaxamento muscular (facilita procedimento como a IOT e cirurgias 
abdominais ou torácicas. Aumenta a segurança de outros procedimentos que o 
paciente não pode se mexer – neuro.) 
 Bloqueio neurovegetativo (é secundário a analgesia e hipnose 
adequadas – atenuação do sistema nervoso autônomo ao estímulo cirúrgico – 
elevação da FC, PA, midríase, sudorese. Pode prevenir complicações pós-op.) 
 
3. INDUÇÃO 
 Perda da consciência + Pré-oxigenação 100% + 
relaxamento neuromuscular p/ IOT (intubação 
orotraqueal) 
 Preocupações: ↓ PA e perdas dos reflexos 
permitindo regurgitação 
 
2. MANUTENÇÃO 
 Assegurar inconsciência e fornecer O2 adequado pela ventilação 
mecânica 
 Flutuação da PA: depressão anestésica X estimulação cirúrgica 
 
1. RECUPERAÇÃO 
 Tempo de despertar varia: conforme solubilidade do anestésico, ventilação 
pulmonar e fluxo sanguíneo 
 Extubação 
 Preocupações: ↑ PA e FC, isquemia miocárdica, agitação, laringoespasmo. 
 
POR ISSO TUDO QUE É NECESSÁRIA assistência 
ventilatória, pois os opioides deprimem o centro 
respiratório e o bloqueio muscular paralisam os 
músculos respiratórios. 
É A TÉCNICA MAIS SEGURA QUANDO HÁ 
CONTRAINDICAÇÃO AOS BLOQUEIOS REGIONAIS – 
permite realizar qualquer cirurgia. 
 
5 
TIPOS DE ANESTESIA GERAL 
 Inalatória pura: 
– Indução e manutenção com mistura de gases com um agente inalatório 
– Bastante utilizada na anestesia pediátrica 
 Venosa total: 
– Infusão contínua, em BI (bomba de infusão) 
 Balanceada: 
– Mais comum 
– Indução IV em bolus + manutenção inalatória 
• Indutor: propofol + opióide 
• Manutenção: Sevo/Isoflurano 
• BNM (bloqueador neuromuscular): Atracurio 
 
 
 
 
 
 
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS 
 Administrados e eliminados por via pulmonar 
– Maior controle e modificação rápida da profundidade anestésica 
 Ação principal no SNC: 
– Ativação dos sistemas inibitórios (GABA) + inibição dos excitatórios (NMDA: L-apartato e L-glutamato) 
– Inibição da percepção da sensibilidade 
 Podem ser: 
– Gasosos: N2O 
– Líquidos voláteis: Halogenados 
Bolus: É a administração intravenosa realizada em 
tempo menor ou igual a 1 minuto.Geralmente através 
de seringa. 
 
6 
 Indicações: 
– Manutenção de anestesia 
– Economia de outros anestésicos 
– Indução anestésica em crianças 
 
 Absorção: 
– Determinada pela relação entre FI/FA (fração inspirada/fração alveolar) 
 Efeito: Ocorre pela tensão exercida no sangue 
– Equilíbrio entre as pressões do alvéolo e sangue arterial. 
– Distúrbios pulmonares, com alteração V/Q afetam o tempo indução e recuperação 
– Quanto ↑ a ventilação, ↑ velocidade de [ ] alveolar e ↓ tempo para indução 
– Ação farmacológica: Captação do alvéolo pelo sangue e  SNC 
– Captação indica a velocidade de indução e recuperação do anestésico 
– A retira do anestésico dos alvéolos pelo sangue que os perfunde (captação), retarda o equilíbrio entre a FA e FI 
– Depende de: 
1. Solubilidade do agente no sangue (coeficiente partição sangue/gás): 
– Qto ↑ solubilidade, ↑ o coef., ↑ captação, mais lento equilíbrio  ↓ velocidade de [ ] alveolar e ↑ tempo para indução 
– Um agente muito solúvel no sangue leva mais tempo para atingir a saturação alveolar! 
2. Débito cardíaco: 
– Quanto ↑ DC, ↓ velocidade de [ ] alveolar e ↑ tempo para indução. 
– Fluxo ↑ tende a eliminação do anestésico 
 Eliminação depende também de: 
– Coeficiente gordura/gás: 
– Quanto ↑, ↑ acúmulona gordura  ↑ potente e ↓ CAM (concentração alveolar mínima) 
 Dose eficaz (DE95): 
– Concentração alveolar em que 95% dos indivíduos permanecem irresponsivos à incisão cirúrgica 
– Aproximadamente 1,3 a 1,5 da CAM. 
CAM: Concentração alveolar em que 50% dos 
indivíduos expostos permanecem imóveis/insensíveis, 
quando estimulados cirurgicamente. 
- Expressa a potência dos anestésicos inalatórios. 
- Diretamente proporcional a solubilidade lipídica. 
7 
 
 Afetada por: 
– Idade (extremos) 
– Temperatura 
– Ritmo circadiano 
– Função tireoideana 
– Uso de opióides 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Óxido nitroso (N2O): 
– Gás inodoro 
– Ação rápida 
– Analgésico 
– Não é muito potente e não produz anestesia cirúrgica 
• Não faz relaxamento muscular 
– Utilizado como coadjuvante – acelera indução e reduz dose 
– EC: anemia megaloblástica; hipóxia transitória (difusional)  efeito “ressaca” 
– CI: pneumotórax, distensão intestinal, cirurgia de ouvido médio 
 
 Halotano: 
– Indução e recuperação lentas 
– Mais potente (CAM 0,76) 
– EC: Hepatotóxico, depressão miocárdica e arritmogênico 
– Mais usado em crianças 
Anestésico Sangue/gás Gordura/gás CAM 
Halotano 2,4 22,4 0,7 
Enflurano 1,9 98,5 1,7 
Isoflurano 1,4 99 1,17 
Desflurano 0,42 20 6 
Sevoflurano 0,6 53 1,9 
Óxido Nitroso 0,47 1,4 104 
Lento 
Rápido 
 1,5 | 0,9 
 2,3 | 1,4 
 crianças | idosos 
IDADE: Extremos – idosos precisam de concentrações anestésicas menores, crianças precisam de concentrações maiores – maior metabolismo 
Outros indiretos: sexo, tempo de administração da anestesia, [] O2, alterações pH, PaCO2 e PA 
OBS: halotano despertar lento e sevo rápido 
 
8 
 
 Isoflurano: 
– Procedimentos cirúrgicos de longa duração. 
– Indução e recuperação rápidas. 
– Baixo custo 
– Produz relaxamento muscular. 
– Seguro em hepatopatas e nefropatas 
– Efeito broncodilator e é um potente vasodilatador coronariano!!! 
• Mas pode causar isquemia miocárdica devido sequestro coronariano 
– Depressão respiratória, taquicardia e hipotensão (p/ ↓ RVP). 
– Discreto ↑ FSC e da PIC 
– EC: odor forte – irritante da VA: tosse a durante a indução anestésica e tendência ao laringoespamo. 
 
 Sevoflurano: 
– Perda da consciência e recuperação rápidas e suaves 
• Vantajoso em cirurgias de emergência 
– Bom para indução anestésica 
• Não é irritante para VA: menor incidência de tosse (asmáticos, DPOC) 
– Possui baixa toxicidade 
• Metabólito parece ser nefrotóxico 
– Boa estabilidade hemodinâmica 
• Não altera a FC, porém ↓ RVP 
– Não promove analgesia pós-operatória 
– ↓ incidência de sonolência e náusea na SRPA quando comparado com o iso 
 
 Desflurano: 
– Indução e recuperação mais rápida 
• Menor solubilidade no sangue e na gordura (obesos) 
– Cirurgias ambulatoriais e pequenos procedimentos 
– Grande irritabilidade de VA 
– EC: ↑ FR 
– Maior incidência de vômitos 
– ↑ do FSC e da PIC em concentrações < 1 CAM 
– Necessita vaporizador especial 
9 
 
 Todos os inalatórios halogenados causam: 
 ↓ PAM 
 Depressão miocárdica 
 Depressão respiratória 
 Risco de hipertermia maligna 
 Broncodilatação 
 Sedação residual 
 Risco ↑ de N/V 
 
 Indução anestésica: Tempos de indução e recuperação: 
Desflurano < Sevoflurano < Isofluorano < Enflurano < Halotano 
 
Manutenção da anestesia: 
- São os agentes mais utilizados em associação - Preservar DC 
- Facilidade de administração - Cuidar com N/V e ausência de ação analgésica no PO 
- Segurança na manutenção do plano anestésico *Anestésicos Venosos: Inconsciência em torno de 20 segundos* 
 
 
 
HIPNÓTICOS 
 Tiopental: 
– Barbitúrico 
– Alta lipossolubilidade 
• Alta redistribuição  Não utilizado na manutenção 
– Metabolização hepática 
– Dose: 3 a 5mg/kg 
 
 Efeitos farmacodinâmicos: 
– ↓ PIC: induzindo vasoconstrição, ↓ FSC e metabolismo cerebral 
• Era muito utilizado em neurocirurgia  neuroprotetor 
10 
– ↓ PAM, ↑ FC 
– Depressão respiratória 
– ↓ FSR e TFG (discretamente) 
– EC: broncoconstrição, transferência placentária 
– Contraindicação: asma brônquica 
 
 Etomidato: 
– Rápido início de ação (60s) 
– Depuração + rápida: ↓ a probabilidade de causar despertar prolongado. 
– Maior margem de segurança entre a dose anestésica e a dose necessária para produzir a depressão respiratória e 
cardiovascular. 
– Uso clínico: Paciente com risco de choque (hipotensão): cardiopatia, idosos, politraumas e sépticos; e hipertensão 
intracraniana. 
– Dose: Indução - 0,3mg/kg 
 
Efeitos farmacodinâmicos: 
– Sem instabilidade hemodinâmica: PAM estável 
– ↑ fluxo coronariano sem ↑ consumo de O2 (efeito nitroglicerina) 
– ↓ FSC, ↓ PIC, ↓ metabolismo cerebral 
– Depressão respiratória leve 
– Seguro em asmáticos: não libera histamina 
– EC: N/V pós-operatórios; dor no local da injeção; mioclonia; ativa focos epilépticos; supressão adrenocortical 
– CI: pacientes com insuficiência adrenal 
 Cetamina: 
– Analgesia e inconsciência dose-dependentes 
– Anestesia dissociativa 
• Intensa analgesia, mas com olhos abertos e alguns reflexos preservados (corneano, tosse e deglutição). 
– Efeito rápido: 30 a 60 segundos IV 
– Metabolização hepática 
– Doses: 
• Indução: 1-2 mg/kg IV ou 4-6mg/kg IM 
• Analgesia ou sedação: 0,2-0,5 mg/kg IV 
• 
Efeitos farmacodinâmicos: 
11 
– ↑ PAM, ↑ FC 
– Broncodilatação 
– ↑ FSC, ↑ PIC 
– EC: 
• N/V e salivação no PO 
• ↑ da PIC: Evitar se HIC ou lesão expansiva 
• ↑ trabalho miocárdico: evitar se doença coronariana, HAS e ICC 
• Nistagmo 
• Pós-efeitos: alucinações, agitação e delírio no despertar 
Indicação: 
• Crise asmática  Potente broncodilatador 
• Crianças 
• Pacientes com alto risco de depressão cardiorespiratória  Único que induz estimulação CV (simpático): ↑ 
PA, FC, DC. 
• Analgesia PO 
• Pacientes queimados 
 
 Propofol: 
– Início de ação rápido 
• < 60 segundos 
– Recuperação rápida (despertar em 4 a 8 minutos): rápida redistribuição 
– Depuração hepática e provavelmente pulmonar 
– Broncodilatador e ↓ resistência das VA em fumantes: DPOC/ asmáticos 
– Efeitos amnésicos, antiémeticos, anti-pruriginosos e ansiolíticos 
Doses: 
– Indução: 1,5 - 2,5mg/kg IV 
– Manutenção: 80 - 150µg/kg/min IV 
– Sedação: 10 - 50µg/kg/min IV 
– ↓ a dose em idosos (redistribuição ↓) e ↑ em crianças (↑) 
 
Efeitos farmacodinâmicos: 
– Depressão miocárdica: ↓ - PA, FC, DC, RVP 
– Depressão respiratória central (↓ FR e volume, apneia frequente) 
– ↓ PIC, FSC e metabolismo cerebral 
12 
– ↓ PIO 
– EC: Dor à injeção, nistagmo, hipertrigliceridemia, síndrome da infusão (prolongada) 
 
 Benzodiazepínicos: 
– Duração: 
• Curta: Midazolam 
• Média: Lorazepam 
• Longa: Diazepam 
– Causam amnesia anterógrada 
– ↓ metabolismo cerebral e consumo de O2 
– Depressão respiratória dose-dependente (Midazolam é >, intensificada quando utilizado opíóides) 
– ↓ levemente a PA. Não alteram FC e DC. 
 
 Diazepam: 
• Dose: 0,2mg/kg 
• Metabolizado no fígado formando o desmetildiazepam 
• Metabólito mais potente. Mantêm a sonolência 6-8h após a administração 
• Potente vasodilatador coronariano: aumenta fluxo coronariano e diminui consumo de O2 
 
 Midazolam: 
• 3x mais potente que o diazepam 
• Efeitos sobre o SNC são mais curtos que o diazepam 
• Metabolização hepática e excreção renal 
• Dose: 0,15 a 0,3 mg/kg 
• Indicação: 
– Manutenção da anestesia (potencializa a ação dos opióides e inalatórios) 
– Sedação pré-cirúrgica 
– Procedimentos diagnósticos curtos 
• EC: Discreta hipotensão e taquicardia 
 
 
 
 
13 
ANESTÉSICOS VENOSOS 
Anestésico Dose de indução 
(mg/kg) 
Início ação 
(s) 
Duração 
(min) 
Tiopental 3 - 5 <30 5-10 
Propofol 1,5 - 2,5 15-45 5-10 
Midazolam 0,15 - 0,3 30-90 10-30 
Diazepam 0,2 45-90 15-30 
Etomidato 0,3 15-45 3-12 
Cetamina 1-2 45-60 10-20 
 
OPIÓIDES Induzem analgesia 
 Estimulam receptores opióides: 
o μ1  analgesia, hipotermia 
o μ2  ↓ FR, ↓ FC, ↓ peristalse, prurido, N/V 
o σ  disforia, alucinações, ↑ FC, ↑ PAM 
o κ  analgesia, sedação, miose 
 
 Morfina: 
o Parâmetro de comparação; 
o Analgesia no PO por via sistêmica e espinal 
o Dose: 0,01 a 0,2mg/kg IV 
o EC: N/V, prurido, alterações pupilares, íleo paralítico 
 
 
 Fentanil 
o 100 a 150x mais potente que a morfina 
 Vantagens: 
o Redução da dose dos anestésicos inalatórios 
o Não possuem efeito depressor miocárdico 
o Atenuam resposta adrenérgica (hipertensão e 
taquicardia) 
 Desvantagens: 
o Depressão respiratória 
 
14 
o Início de ação: <30 segundos 
o Pico de ação 5-6 minutos 
o Metabolização hepática e excreção renal 
o Discreto efeito hipnótico 
o Dose: 1 a 10 mcg/kg IV 
o EC: Bradicardia, hipotensão e rigidez da musculatura torácica 
 
 Sufentanil 
o Análogo do fentanil, 5 a 10x mais potente 
o Menor efeitos colaterais hemodinâmicos 
o Maior associação com prurido e sonolência pós operatório 
o Dose: 0,1 a 0,4 mcg/kg IV 
 
 Alfentanil 
o 5 a 10x mais potente que o fentanil 
o Pico de ação: 1-2 minutos 
o Curto período de ação 
o EC: Apneia, hipóxia, bradicardia, N/V, prurido, confusão mental 
o Dose: 8 a 100 mcg/kg IV 
 
 Remifentanil: 
o Ação ultracurta  infusão contínua 
o Atenua a resposta hemodinâmica a IOT 
o Sem analgesia residual 
o Em associação ao propofol, permite acesso a traqueia sem o relaxamento muscular 
o Dose: 0,1-0,5 μg/kg/min 
o EC: rigidez muscular, tremores ao despertar e bradicardia, N/V. 
 
 Tramadol: 
o 1/3 da potência da morfina. 
o VO, IM e IV. 
o Tratamento da dor pós operatória 
 Meperidina (dolantina, petidina): 
o 1/10 da potência da morfina 
15 
o VO, IM e IV 
o Uso para tremores 
o EC: Dependência, agitação 
o Dose: 0,1-1 mg/kg 
 
 Antagonistas: 
o Nalbufina (agonista kappa e antagonista mu) 
• Ação agonista  potência analgésica semelhante ao fentanil 
• Ação antagonista  evita a depressão respiratória 
o Naloxona: (antagonista completo) 
• Reversão rápida dos efeitos opiáceos 
• Usada para reverter depressão respiratória 
• Desvantagem: reversão do efeito analgésico 
• Dose total: 0,12 mg 
• Ampola com 1 ml à 0,4 mg 
• EC: ↑ FC, ↑ PAM, agitação, EAP 
 
 
 
ANTIPSICÓTICOS E NEUROLÉPTICOS 
 Fenotiazídicos: 
16 
• Atuam nas sinapses dopaminérgicas 
• Clorpromazina 
 Butifenonas: 
• Suprime movimentações e padrões complexos de comportamento 
• Haloperidol e droperidol 
 
PRÁTICA CLÍNICA 
1. Indução anestésica: 
 Levar em consideração: 
• Idade avançada, 
• Condições preexistentes (hipovolemia, hipotireoidismo), 
• Pré-medicação (BZD), 
• Administração de fármacos adjuvantes. 
 Nestes casos diminuir as doses na indução. 
 
2. Manutenção da anestesia: 
 O uso exclusivo de anestésicos venosos em bolus tem se mostrado melhor do que os inalatórios, pois: 
• Diminuem a dor PO, 
• Melhor recuperação, 
• Estabilidade hemodinâmica, 
• Diminuição dos EC. 
 
RELAXANTES MUSCULARES 
 Coadjuvantes na anestesia: 
• Facilitam IOT. 
• Fornecem relaxamento muscular necessário para a cirurgia. 
 Bloqueiam a transmissão neuromuscular, agindo na junção neuromuscular: 
17 
• Inibindo a síntese ou a liberação de Ach na região pré sináptica ou na região pós sináptica, nos receptores de ACh. 
 ↓ contração  75% dos receptores colinérgicos ocupados 
 Tipos (de acordo com o mecanismo de ação): 
• Despolarizantes 
• Adespolarizantes 
1. Bloqueadores despolarizantes: 
• Se ligam a receptores pós-sinápticos da ACh na placa motora funcionando como antagonistas, causando 
despolarização sustentada 
• Provocam estimulação inicial (miofasciculações) e após bloqueio da transmissão com relaxamento 
 Succinilcolina: 
 Indicação: IOT em sequência rápida 
 Início da ação: 30 a 60 seg após injeção IV 
 Duração da ação: 4-6 min (rápida hidrólise pela colinesterase plasmática) 
 EC: bradicardia (crianças), ↑ K sérico, mialgia, mioglobinúria e ↑ da PIC e da PIO 
 CI: hiperK grave (queimado, politrauma) e HF de hipertermia maligna 
 Dose: 1mg/kg 
 
2. Bloqueadores adespolarizantes (curares) 
• Atuam como antagonista competitivo dos receptores de ACh 
• Ação mais lenta, embora duração superior 
• Primeiros músculos a serem afetados: extrínsecos do olho, pequenos músculos da face, dos membros e da faringe. 
• Músculos da respiração são os últimos a serem afetados e os primeiros a se recuperar. 
• Reversível com anticolinesterásicos (neostigmina, piridostigmina) 
 Atropina  bloqueador muscarínico: evitar bradicardia, miose, salivação e aumento da motilidade TGI. 
 
 Atracúrio: 
 Mais comum 
 Início de ação: 3-5 minutos 
18 
 Duração de ação: 20-30 min 
 Dose: 0,5 mg/kg 
 Eliminação plasmática  seguro em hepatopata e nefropata 
 ↑ FC, ↓ PAM 
 Liberação histamina (broncoespasmo em doses altas  asmáticos e alérgicos) 
 
 Cisatracúrio: 
 Início de ação: 5-7 minutos 
 Duração de ação: 20-30 min 
 Dose: 0,1-0,15 mg/kg 
 Eliminação plasmática 
 Maior potência que atracurio 
 Não libera histamina 
 Rocurônio: 
 Início de ação: 2-3 minutos 
 Duração de ação: 20-30 min 
 Dose: 0,6 mg/kg 
 1,2mg/kg  Início de ação mais curto (<1 min)  SEQUÊNCIA RÁPIDA 
 Dependente da função renal e hepática. 
 EC: ↑ da FC 
 Não libera histamina 
 Pancurônio: 
 Início de ação: 3-5 minutos 
 Duração de ação: 60-90 min 
 Dose: 0,1 mg/kg 
 EC: ↑ FC, PA e DC 
 Não libera histamina 
 
19 
USO DE ANTAGONISTAS 
 Usar em casos de overdose de anestésicos. 
o Suspeitar quando despertar prolongado 
o Flumazenil: antagonista específico dos benzodiazepínicos. 
 Naloxona: antagonista específico dos opióides. 
 Neostigmina: anticolinestarásico - para reverter o bloqueio neuromuscular por antagonismo competitivo 
o Quando se emprega um relaxante muscular adespolarizante 
 Sugammadex: reversão específica do rocurônio. 
 
SEDAÇÃO 
 Necessária em diversas especialidades 
 Objetivos: 
 Ansiedade e Stress 
 Conforto e Cooperação 
 Facilitar Procedimentos Terapêuticos 
 Indicações: 
 Procedimentos diagnósticos e terapêuticos 
 Associação com anestesia local 
 Terapia intensiva 
 Cuidados paliativos 
 Fármacos 
 Hipnóticos: Benzodiazepínicos, propofol, fenotiazinas, clonidina, cetamina, neurolépticos, anestésicos voláteis 
 Opióides: morfina, fentanil, remifentanil 
 
 
 
 
 
20 
 
BLOQUEIO DE NEUROEIXO 
Bloqueio nervoso das vias aferentes ao nível da coluna vertebral; 
Tipos: 
 Raquianestesia  espaço subaracnóideo (líquor); 
 Peridural  espaço peridural; 
 
 
 
 
 
 
Referência anatômica 
C7: proeminente na base cervical posterior 
T3: espinha da escápula; 
T7: borda inferior da escápula; 
L4 (Tuffier): borda superior da crista ilíaca; 
S2: espinha ilíaca póstero-superior 
 
Meninges: 
- Dura-máter 
- Aracnóide 
- Pia-máter 
 
 
 
 
Benefícios: 
- Atenuação da resposta neuro-endócrino metabólica 
- ↓ do sangramento cirúrgico 
- ↓ da incidência de TVP/ TEP no pós-op. 
- ↓ interferência na função pulmonar 
- Promove analgesia pós-operatória 
ANATOMIA: 
33 vértebras: 31 pares de nervos 
7 cervicais: 8 nervos 
12 dorsais: 12 nervos 
5 lombares fundidas: 5 nervos 
4 coccígeas fundidas: 1 nervo 
Inclinação das apófises: 
T1 e T2: quase horizontais; 
T3 e T4: oblíquas; 
T5 a T8: quase verticais; 
T9 a T10: oblíquas; 
T11 a L5: quase horizontais 
Espaços raquidianos: 
Peridural: entre o ligamento 
amarelo e a dura-máter 
Subdural: espaço “virtual” 
entre a dura e a aracnóide 
Subaracnoideo: entre a 
aracnóide e a pia-máter 
21 
Medula 
- Adulto: termina em L1-L2 
- RN: termina em L3 
OBS: flexão da coluna  movimento cefálico 
Calda equina 
- Abaixo de L2 
Dermatomos 
 
 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS 
BLOQUEIO SIMPÁTICO 
 Cardiovascular: 
- Determinadas pela extensão cefálica do bloqueio- Bloqueio de fibras de T1 a T4  cardioaceleradoras 
↓ PA, RVP, PVC,VS, DC 
↓ FC: 
↓ do retorno venoso 
Alteração do balanço autonômico 
 
 Respiratório: 
- Alterações geralmente de pequena consequência; 
22 
- vT permanece constante, CV ↓ pouco (↓ VRE por ↓ da contração dos músculos abdominais); 
- Apneia: hipoperfusão de centros respiratórios no tronco encefálico pela hipotensão arterial 
OBS: bloqueio de frênico é raro (C4-C5). 
 
 Digestório: 
- Inervação dos órgão abdominais: T6-L2 
↑ secreções; 
- Relaxamento dos esfíncteres; 
- Maior peristalse (↓ tempo de esvaziamento gástrico); 
- Melhor perfusão intestinal (em comparação à anestesia geral). 
 
 Genitourinário: 
- Inervação simpática renal: T10-L1 
- TFG: alterada com PAM < 60mmHg 
- Retenção urinária: atonia vesical e ↑ tônus esfincteriano 
 
 Endócrino: 
↓ resposta endócrino metabólica ao estresse 
↓ catecolaminas 
↓ cortisol 
↓ insulina 
↓ T3 e T4 
↓ GH 
↓ renina e angiotensina 
 
 
 
 
 
23 
BLOQUEIO SUBARACNOIDEO 
INDICAÇÕES: 
- Cirurgias abdominais baixas 
- Cirurgias dos membros inferiores 
 
ESCOLHA DA DROGA ANESTÉSICA: 
ANESTÉSICO LOCAL: 
- Ação anestésica  bloqueio de condução (ao nível das raízes 
espinhais) 
 
TIPOS 
 Bupivacaína: preferência 
- Menor neurotoxicidade que a lidocaína 
- Ampola de 0,5% (5mg/ml) 
- Início de ação rápido 
- Duração: 1 a 4 horas 
- Dose máxima: 20mg 
 
Nível de bloqueio  sensibilidade ao anestésico 
- Fibras autonômicas (↑↑↑↑) 
- Fibras responsivas à dor e tato (↑↑) 
- Fibras motoras (↑) 
OBS: bloqueio simpático é 2 níveis acima que o doloroso e estes, 
 2 níveis acima do bloqueio. 
 
 Dispersão no LCR 
- Densidade: relação entre massa e volume (g/ml) 
- Baricidade: relação entre a densidade da solução/líquor 
 
24 
 Dispersão do AL no LCR: 
Depende: 
- Baricidade do anestésico 
- Posição do paciente após bloqueio: 
- Hiperbárico: cefalo-aclive (inferior) e cefalo-declive (superior) 
- [ ] e volume injetados 
- Nível da injeção 
- Volume e densidade do LCR 
- Menor volume (como na distensão venosa do plexo peridural), maior dispersão 
 
 Adjuvantes: 
Opióides: 
- Analgesia  Ativação dos receptores opióides 
- Efeitos adversos: depressão respiratória, prurido e NVPO 
Vasoconstritores: 
- Epinefrina (0,2 a 0,3mg) 
- ↑ a duração de ação do bloqueio por ↓ absorção sistêmica 
Clonidina: (75 a 150mcg) 
- Mimetiza NA liberada pelo sistema modulador da dor 
- Sem risco de depressão respiratória e prurido 
- ↑ do tempo de bloqueio motor 
- EC: hipotensão, bradicardia e sedação 
 
TÉCNICAS DE PUNÇÃO 
Material: agulhas 
Diâmetro: escala Gauge  qtdade de agulhas em 1 polegada  25 e 27G, normalmente 
Tipos: 
- Ponta romba ou cônica 
- Quincke, Whitacre, Sprotte 
 
25 
Posicionamento: 
- Decúbito lateral  maior sedação 
- Sentada  quando dificuldade de identificação da linha média 
Vias de abordagem: 
- L2-L3 a L4-L5 
- Botão anestésico 
- Mediana ou paramediana 
 
Contraindicações: 
Absolutas: 
- Recusa do paciente 
- Choque 
- Hipovolemia: risco de hipotensão grave 
- HIC: herniação cerebral 
- Sepse: risco de meningite 
- Infecção no sítio de punções 
Relativas: 
- Hipovolemia compensada 
- Sequela de doença neurológica 
- Deformidades na coluna vertebral 
- Coagulopatias ou uso de anticoagulantes 
- Estenose aórtica 
Falhas no bloqueio: 
- Analgesia inadequada ou ausente, dor à tração peritoneal e tempo insuficiente para ato cirúrgico 
- Técnicas: adaptação à seringa, espaço escolhido 
- Paciente: alterações anatômicas 
- Solução anestésica: data de fabricação e armazenagem 
 
 
26 
BLOQUEIO PERIDURAL 
Indicações: 
- Mesmas da raqui + tórax e todo abdome; 
- Analgesia de parto; 
- Analgesia pós-operatória e controle de dor  cateter 
Técnicas de punção: 
- Mecanismo de ação: 
- Ação direta nas raízes localizadas lateralmente ao espaço peridural absorção até alcançar espaço subaracnoideo 
- Bloqueio com início lento 
- Intensidade motora e sensitiva menor 
- Bloqueio segmentar  seletivo 
Locais: 
- Cervical 
- Torácica 
- Lombar 
- Sacral 
Extensão do bloqueio: 
Fatores que influenciam a anestesia peridural: 
- Massa total de AL 
- Idade e altura 
- Local e volume de injeção: 
- Bloqueio lombar pode-se alcançar a região torácica com administração de grandes volumes como 30 ml. (20ml lombar podem chegar em 
T4-T6). 
- Bloqueios torácicos altos  reduzir de 30 a 50% a dose para prevenir extensão cefálica. 
- Velocidade de injeção 
OBS: posição não tem interferência 
 
 
 
27 
ANESTÉSICO LOCAL 
Tipos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnicas de punção: 
- Identificação do espaço peridural: Preferencialmente na linha média 
- Método de Dogliotti  perda da resistência 
- Identificação do espaço peridural: 
Método de Gutierrez  “gota pendente” 
 
28 
 
Material: agulhas 
Tipos: 
- Tuohy: cateter 
- Crawford: punção única 
 
Dose teste: 
- Segurança da localização da agulha/cateter: 
- 3ml de AL com 5mcg/ml de adrenalina (1:200.000) 
- IV: rápido aumento de +/- 30bpm/min após 20-40 seg 
- Se paciente B-bloqueado: > PA 20mmHg 
 
Peridural contínua  Cateter 
Funções: 
- Aumentar extensão do bloqueio 
- Analgesia no pós-op. 
 
Contraindicações: 
- Semelhantes a raquianestesia 
- Especialmente coagulopatias 
 
29 
COMPLICAÇÕES 
- Depende do nível: bloqueio alto 
- Doses altas e pacientes de risco (extremos etários, gestantes, baixa estatura); 
- Sinais: hipotensão, bradicardia, náusea, dispneia, diminuição do nível de consciência e PCR (raro); 
Tratamento: 
- Tranquilizar o paciente; 
- Fluidoterapia; 
- Vasopressores e/ou atropina; 
- O2; 
- Intubação raramente é necessária. 
 
Complicações da peridural 
Raquianestesia total: 
- Injeção de anestésico no líquor (espaço subaracnoide) durante 
a peridural; 
- Quantidade de anestésico é muito ↑  bloqueio super alto; 
- Início dos sintomas é rápido; 
- IOT, ventilação mecânica e suporte hemodinâmico; 
 
 Injeção intravascular de anestésico: 
- Toxicidade pelo anestésico; 
- Prevenção: injetar anestésico lentamente e dose teste; 
- Sinais: 
1°: zumbido, sensação metálica na boca 
2º: tremores, convulsão, depressão do SNC 
3º: parada cardíaca 
 Tratamento: 
 - Suporte respiratório e hemodinâmico; 
 - Solução lipídica IV (Intralipid); 
Complicações neurológicas: 
- Parestesia (dormência e formigamento), paresia (paralisia); 
- Maioria retorna ao normal em poucos dias; 
- AVALIAR SEMPRE retorno do movimento e se tem formigamento; 
 
Síndrome da cauda equina: Lesão neurológica grave; 
- Sintomas: analgesia perineal, parestesia e dores em MMII, 
disfunção retal e vesical, incluindo incontinência; 
 
Sintomas neurológicos transitórios: 
 - Dor em ardência nos MMII; 
- Após resolução da anestesia com duração de 2 a 7 dias (OBS: 
até 6 meses); 
- Fatores de risco: obesidade, posição em litotomia; 
- Tto: anti-inflamatório e calor local. 
 
Hematoma subdural: 
- Hematoma após a punção  comprime raízes nervosas 
30 
 
 
Hematoma subdural: 
- Hematoma após a punção  comprime raízes nervosas 
- Pacientes com coagulopatias ou usando anticoagulantes; 
- Sintomas: dor/parestesia lombar e em MMII, evoluindo para fraqueza motora e disfunção esfincteriana; dor intensa e súbita no local da 
punção; 
- URGÊNCIA  cirurgia em 8-12h 
 
Abscesso peridural: 
- Sintomas: febre + sintomas semelhantes ao hematoma; 
- Sinais flogísticos; 
- Mais associado com cateter peridural (>96h); 
- Tratamento: antibiótico e drenagem; 
 
Meningite: 
- Alteração neurológica + febre; 
 
Quebra do cateter: 
- Tratamento cirúrgico; 
 
Cefaleia pós-punção dural: 
- Vazamento de líquor no local de punção ↓ volume e pressão do LCR distensão das raízes nervosas 
- Fatores de risco: jovem, mulher, HP de cefaleia e gestante; 
Causas: 
- Acidental: peridural 
- Raquianestesia 
Característicasclínicas: 
- Início: 6 a 72 horas após o procedimento; 
31 
- Cefaleia frontal ou occipital, latejante; 
- Componente postural: aumenta com elevação da cabeça e melhora deitado; 
- Outros sintomas: N/V, tonturas, zumbido e alterações visuais; 
- Duração: 2 a 15 dias; 
- Se for progressiva, refratária e sem componente postural  pensar em diagnósticos mais graves e URGENTES 
Tratamento clínico  se leve 
- Analgésicos, AINEs, hidratação e repouso; 
- Outros: cafeína, gabapentina, hidrocortisona; 
 Tampão sanguíneo peridural  Se moderada a grave 
- Sangue do paciente é injetado (15-20ml) por via peridural perto do local da punção lombar anterior; 
- Vedação do vazamento de LCR. 
 RAQUIANESTESIA PERIDURAL 
Nível de punção Abaixo da medula Qualquer um 
Local Espaço subaracnoideo (líquor) Espaço peridural 
Dose de anestésico Menor Maior 
Início Rápido Lento 
Intensidade Maior Menor 
Bloqueio “tudo abaixo” Segmentar 
 
 
QUAL A DIFERENÇA DA RAQUIANESTESIA E DA PERIDURAL? 
QUANDO UTILIZAR CADA UMA? 
QUE MEDICAMENTOS SÃO ADMINISTRADOS? 
QUAL AS SUAS COMPLICAÇÕES? 
 
32 
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA 
A Recuperação pós-anestésica (RPA) é o período compreendido entre a interrupção da administração de anestésicos e o retorno das 
condições basais do paciente avaliado pela monitorização das funções vitais, incluindo, naturalmente, o diagnóstico e tratamento de 
complicações. 
 Na SRPA, desde a admissão até o momento da alta, os pacientes permanecerão monitorados quanto: 
a) à circulação, incluindo aferição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos e determinação contínua do ritmo cardíaco, por meio da 
cardioscopia; 
b) à respiração, incluindo determinação contínua da oxigenação do sangue arterial e oximetria de pulso; 
c) ao estado de consciência; 
d) à intensidade da dor. 
Todos pacientes devem permanecer na SRPA por no mínimo 1,5 h 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando dispensar? 
1. Grandes cirurgias com PO na UTI 
2. Cirurgias com anestesia local sem sedação 
3. Cirurgias contaminadas (onde não há leito de isolamento na SRPA) 
 
 
FICHA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA 
Identificação do(s) anestesiologista(s) responsável(is) e, se for ocaso, registro do 
momento de transferência de responsabilidade durante o internamento na sala de 
recuperação pós-anestésica. 
- Identificação do paciente 
- Momentos da admissão e da alta 
- Recursos de monitoração adotados 
- Registro da consciência, pressão arterial, frequência cardíaca, oxigenação, atividade 
motora e intensidade da dor a intervalos não superiores a quinze minutos. 
- Soluções e fármacos administrados (momento de administração, via e dose) 
- Intercorrências e eventos adversos associados ou não à anestesia 
SALA DE RECUPERAÇÃO 
1) Localização mais próxima possível do BC 
2) 2 leitos para cada sala cirúrgica 
3) Até 3 leitos em centros de crg ambulatorial 
4) 1 profissional da saúde  2,3 leitos 
5) Em situações críticas 11 
6) Treinamento pessoal 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EM CADA LEITO: 
- Oxigênio 
- Vácuo 
- Tomadas elétricas 
- Suporte para infusão intravenosa 
 
DISPONIBILIDADE IMEDIATA: 
- Termômetro 
- Fluidos 
- Seringas e agulhas 
- Cateteres e látex 
- Medicações 
- Bombas de infusão 
ADMISSÃO : 
1. Monitorização com oxímetro 
2. Administrar oxigênio via catéter / óculos 
nasal 
3. Avaliação do nível de consciência e dor 
4. Sinais vitais e monitorização 
5 . Observação dos curativos, drenos, sondas, 
acessos venosos, diurese 
6. Aquecimento do paciente 
7. Preenchimento de ficha do paciente 
MONITORIZAÇÃO MÍNIMA : 
- Observação clínica 
- Aparelho de pressão arterial 
- Oxímetro de pulso 
- ECG (casos selecionados) 
Derivação DII 
Derivação V1 
EQUIPAMENTO COMPLETO DE 
REANIMAÇÃO: 
- Desfibrilador (gel) 
- Drogas para reanimação 
- Material de assistência respiratória: 
 Cânulas de guedel 
 Tubos orotraqueais 
 Laringoscópios 
 Ambus, máscaras faciais e de venturi 
PERMANÊNCIA : 
1. Avaliação dos sinais vitais regular 
(15/15 min) 
2. Controle da dor 
3. Controle da diurese 
4. Controle do sangramento 
5. Controle de complicações 
ALTA: 
- Atividade 
- Respiração 
- Circulação 
- Consciência 
- Saturação de Oxigênio 
+ de 7 pontos 
Critérios: 
- 8 pontos na escala de Aldrete-Kroulik 
- FO seca e drenos e sondas funcionando 
- 30 min após última medicação 
Paciente ambulatorial: 
- Deambulação sozinho 
- Ingestão de dieta líquida 
- Ausência total de dor 
34 
TREMOR 
TREMOR: É o esforço do corpo para aumentar a produção térmica e elevar a temperatura corporal 
- Pode ocorrer em consequência da hipotermia intraoperatória ou dos efeitos dos agentes anestésicos. 
- Comum no período pós-parto imediato. 
- Temperatura fria da sala, exposição prolongada de uma grande incisão, uso de grandes quantidades de líquidos intravenosos não 
aquecidos ou de fluxos elevados de gases não-umidificados = podem resultar em perda calórica significativa. 
- Aumenta em 5x o consumo de O2, mas raramente determina hipoxia arterial. 
- Aumenta a produção de CO2 e o débito cardíaco. 
 Tratamento: 
– Meperidina 10-20mg pode reduzir tremor 
 
NÁUSES E VÔMITOS 
- Maior causa de prolongamento da estadia de pacientes na SRPA 
- Evento mais indesejado pelo paciente no período perioperatório 
 
 Apesar dos avanços das técnicas cirúrgicas e do uso de técnicas anestésicas utilizando fármacos com menor potencial emetogênico, 
náusea e vômitos pós-operatórios (NVPO) ainda são causas importantes de retardo na alta hospitalar e motivo de insatisfação do paciente. 
 Somam-se a isso: aumento de tensão nas linhas de sutura durante o esforço do vômito; Risco de deiscência; Aumento da PIC; Aspiração 
pulmonar de conteúdo gástrico; Desidratação; Distúrbio hidroeletrolítico. 
Fatores de risco: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
BLOQUEIO NEUROMUSCULAR RESIDUAL 
- O BNM residual pode não ser evidente logo na chegada a SRPA, porque o diafragma se recupera do bloqueio antes que os músculos 
faríngeos. 
- O uso do TOF é recomendado ao término da cirurgia, e a função faríngea só retorna ao basal com um TOF de 0.9. 
- Entre os testes clínicos, o melhor parece ser pedir para o paciente levantar a cabeça. Realizar esse teste se correlaciona com um valor de 
TOF de 0.85. 
 
PACIENTES DE UTI NA SRPA: 
1. Monitorização dos sinais vitais ! contínua 
2. Controle estrito da diurese 
3. Mudança de decúbitos 
4. Drogas vasoativas 
 - Acesso central 
 - PAM invasiva ou PAM não-invasiva 
 - Cuidado para não realizar bolus 
5. No paciente intubado: 
 - Capnografia  Maior tempo possível 
Principalmente pacientes neurológicos 
Sedação: 
- Midazolam 
- Fentanil 
BNM 
Aspiração TOT (tubo orotraqueal)

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