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ANA CAROLINA SBEGHEN MATHEUS – MEDICINA FASM ANESTESIA – procedimento para suprimir 3 funções orgânicas: consciência, dor e movimento. Mas, também pode ser utilizado apenas o bloqueio de nervos periféricos e neuroeixo com o indivíduo consciente. DROGAS ANESTÉSICAS – FARMACOLOGIA 1. Drogas na anestesia geral Indução e manutenção da inconsciência, analgesia e relaxamento muscular. Hipnose e amnésia: inconsciência total do ato operatório Analgesia: bloqueio total da percepção de dor Relaxamento muscular: movimentos corporais inibidos Anestésicos Inalatórios (voláteis) Maior potência: halotano, enflurano, isoflurano, desflurano e sevoflurano. Menor potência: óxido nitroso. Mecanismo de ação (maioria): ativação da neurotransmissão gabaérgica (receptores GABA-A). Com exceção óxido nitroso, esse grupo de drogas é capaz de produzir os 3 componentes da anestesia geral. Óxido nitroso: anestesia parcial, não é relaxante muscular. É adm combinado a anestésico voláteis potentes, diminuindo a dose desses últimos. Contraindicado: pneumotórax, obstrução intestinal de delgado, cirurgia do ouvido médio e da retina Halotano: anestésico volátil de maior potência, possui alguns efeitos colaterais como depressão miocárdica e sensibilização do miocárdio as catecolaminas. Está em desuso. Enflurano: menos efeitos colaterais que o halotano, pode levar a disfunção renal e predisposto a alterações no EEG. Contraindicada em pacientes com sd. convulsiva. Desuso. Isoflurano: um dos mais usados. Vantagem: metabolismo mínimo (difusão pelos alvéolos), < redução do DC e menor sensibilização miocárdica as catecolaminas. Desvantagem: discreto aumento do FS cerebral (elevando a PIC), dilatação coronariana (sd roubo coronariano), odor insuportável, necessário uso de anestésico EV antes. Sevoflurano: induz rapidamente anestesia, menor duração e menor incidência de sonolência e náusea. Usado na manutenção da anestesia em pacientes asmáticos ou com DPOC e em cirurgias de emergência. Odor agradável. Desflurano: ação rápida, bem como duração. Em [] maiores pode causar taquicardia e hipertensão. Odor desagradável. Anestésicos Venosos Tiopental, midazolam, opioides, propofol, etomidato, quetamina. Menor desconforto durante indução. Quando combinados aos anestésicos voláteis, oferecem anestesia geral de risco mais baixo. Nenhum deles é considerado um anestésico isoladamente. Hipnóticos apenas: tiopental, midazolam, propofol, etomidato Analgésicos potentes: opioides Midazolam: BZD. Tanto pré-anestésico como indutora da anestesia. Rápida ação. Potente ansiolítico e causa amnésia. Opioides: fentanil, sufentanil, alfentanil, morfina e meperidina. Mecanismo de ação: estimulo receptores m (mi), na medula, tronco encefálico, diencéfalo e cérebro. Excelentes analgésicos, mas não são bons hipnótico-sedativo. Vantagens: permite redução da dose de anestésicos voláteis potentes durante indução combinada; não possuem efeito depressor miocárdico e atenuam a resposta adrenérgica à intubação endotraqueal e incisão cirúrgica. Desvantagem: depressão respiratória. OBS: fentanil (opioide sintético) mais potente que a morfina, ação rápida. Sufentanil e alfentanil: opioides sintéticos de ação rápida. Podem ser usados em procedimentos sem ser anestesia geral (anestesia local/bloqueio regionais). Propofol: potente efeito hipnótico e sedativo. Utilizado muito na indução anestésica de cirurgia geral. Início e término de ação rápidos, usado tbm na manutenção. Bom para pacientes com asma e DPOC, pois induz broncodilatação. Pode induzir a apneia, se uso de opioide como pré-medicação, > risco de apneia prolongada (>30s). Causa redução PA, DC, indicie de volume sistólico e RVP. Pode ser utilizado como antiemético no pós-op (dose sub- hipnótica). Etomidato: hipnótico de ação rápida. Altera pouco a hemodinâmica, não provoca depressão respiratória. Efeitos colaterais: sensação local de queimação na infusão, mioclonia e insuficiência adrenais em pacientes com infusão continua. Mecanismo de ação: receptores GABA-A. Quetamina: único anestésico EV com potente efeito hipnótico e analgésico. Única droga indutora que aumenta a PA e FC. Deve ser evitada na doença coronariana. ANA CAROLINA SBEGHEN MATHEUS – MEDICINA FASM Propriedades broncodilatadoras. Pode ocorrer delium na recuperação. Bloqueadores Neuromusculares (curares) Os BNM levam ao relaxamento muscular profundo (flacidez e imobilidade). Relaxamento da musculatura da laringe intubação. Mecanismo de ação: todos atuam na junção neuromuscular. 2 tipos: (1) agentes despolarizantes (succinilcolina) (2) agentes não despolarizantes Os curares despolarizantes atuam em receptores pós- sinapticos de acetilcolina na placa motora (agonistas) – provocam a estimulação inicial seguida de relaxamento muscular. Já os BNM não despolarizantes, atuam inibindo ao competir com os receptores de acth na placa motora. Succinilcolina: único agente despolarizante usado até hoje. Usada antes da intubação. Início e término de ação muito rápido. Duração de 5min. Efeitos colaterais: hipercalemia grave, bradicardia, hipertemia maligna, dores musculares. Agentes não despolarizantes: pancurônio, d-tubocurarina, vecurônio, rocurônio, atracúrio e mivacúrio. Usados para manutenção da anestesia (maior duração). Pancurônio pode elevar PA e FC. Vecurônio e rocurônio são mais tolerados em DCV. Mivacúrio induz liberação de histamina (broncoconstrição). Para reverter o efeito dos BNM não despolarizantes: anticolinesterásicos (neostigmine) + atropina (bloqueador muscarínico). Anestésicos Locais Mecanismo de ação e indicações: induz a perda das funções sensorial, motora e autonômica em um ou mais segmentos corporais. Mecanismo de ação: inativação dos canais de sódio da membrana neural (diminui veloc. despolarização, inibindo o potencial de ação). Alvos: nervos periféricos e raízes nervosas. Classes: Aminoamidas (lidocaína, prilocaína, mepivacaína, bupivacaína, ropivacaína) e os aminoestéres (closprocaína, procaína e tetracaína). Uso: infiltrações locais para sutura de ferida, bloqueios de nervos periféricos e plexos nervosos e em peridural e raquianestesia. Adição de Adrenalina. É comum para diminuir o ritmo de absorção; prolongar o bloqueio neural aumentando o tempo de anestesia e analgesia; reduzir a irrigação sanguínea na região; diminuir a perda sanguínea. Contraindicação: anestesia de extremidades e de região interdigital, anestesia da raiz do pênis, anestesia da orelha e da ponta do nariz. Toxicidade e Doses: efeitos colaterais: neurológicos (parestesia língua, cefaleia, escotomas, distúrbios visuais, sonolência), cardiovasculares (hipotensão, taquicardia, bloqueio AV) e respiratórios (apneia). Tratamento: O2 e acesso da via aérea. TÉCNICAS ANESTÉSICAS Anestesia Geral Tem perda de consciência, sendo necessário ventilar mecanicamente com ventiladores anestésicos durante toda cirurgia. 3 fases: Indução; Manutenção e Recuperação. (1)Indução: medicação pré-anestésica, como BZD de ação rápida (ex.: midazolam) e pré-oxigenação 100% com máscara facial. Paciente fica semiconsciente. Pode ser usado: agentes inalatórios e intravenosos. De forma isolada ou combinada. Próximo passo: bloqueadores neuromusculares. Indução de sequência rápida: procedimento para acessar de forma rápida a VA (intubação orotraqueal) de pacientes críticos ou pacientes com grande risco de broncoaspiração. Esquema: anestésico EV de ação rápida (propofol/ tiopental), seguido de BNM de curta duração com indução da anestesia em 30s (succinilcolina ou rocuronium) e por fim intubação. (2)Manutenção: manter o plano anestésico-cirúrgico. Adm anestésico inalatórios e BNM EV. (3)Recuperação: a anestesia geral causa depressão do SN simpático. Isquemia coronária, taquiarritmias eelevação da PA são algumas complicações quando paciente é extubado, devido transição abrupta de um estado hipoadrenérgico para adrenérgico. Broncoaspiração e laringoespasmo outras complicações. Necessário observação do paciente nessa fase. Anestesia Regional Bloqueio do neuroeixo: adm de anestésicos locais, com ou sem oipioides em espaços anatômicos da coluna vertebral: subaracnóide (raquianestesia) e epidural (peridural). O nível da consciência não é alterado, mas usa-se drogas sedativas para diminuir o estresse. Raquianestesia: uso em cirurgias de andar inferior de abdome, cirurgias urológicas, cirurgias ortopédicas de MMII ANA CAROLINA SBEGHEN MATHEUS – MEDICINA FASM e cirurgias perineais. Droga infundida a nível de L2 (mesma técnica de punção lombar). Variáveis que influenciam: Tipo de anestésico local: potencia e inicio de ação diferentes Volume e dose: quando > dose, > tempo de bloqueio e > o risco de extensão cefálica (bloqueio indesejado de níveis mais altos) Uso de vasoconstritores: adrenalina associado a AL de curta ação aumenta a duração de ação da droga Adição de opioide: prolonga o tempo de analgesia (fentanil, morfina) Fatores fisiológicos e anatômicos: redução espaço subaracnoide (gravidez, obesidade, curvatura anormal da coluna) – risco de extensão cefálica Adm: em bolus (única injeção). Se cirurgias longas, não se faz injeção continua na subaracnoide, opta-se pela peridural. Complicação:cefaleia pós-raquianestesia (cefaleia pós- punção da dura-máter) – ocorre nos primeiros 7 dias após punção. Cefaleia occipital ou frontal, bilateral, não pulsátil. Pode agravar na posição sentada ou ortostática. Manejo: hidratação + analgésicos (dipirona, tramadol, codeína) Vantagens da Raquianestesia - evita manipulação da VA - mantem a consciência - < incidência de delirium e confusão mental no PO cx ortopédicas de quadril em idosos Principais Complicações da Raquianestesia - hipotensão - bradicardia - cefaleia pós-punção - dor lombar - retenção urinária - PCR por extensão Contraindicações Absolutas a Raquianestesia - coagulopatias - elevação da PIC - infecção no sítio de punção - hipovolemia grave - sepse/bacteremia - anticoagulação terapêutica Anestesia Peridural (epidural): injeção de AL com ou sem opioides no espaço epidural na coluna lombar ou torácica. Após punção, insere cateter que pode ser adm repetidas doses, permitindo um bloqueio prolongado. A peridural permite deambulação precoce e tem < freq.. de íleo paralítico no PO. Contraindicações e complicações igual da raquianestesia. Analgesia PO através do cateter que permanece após o procedimento. Uso de heparina: HBPM na prevenção de TVP, mas pode ocorrer hematomas durante bloqueios neuroaxiais. Ocorre com > freq. na isenção e na retirada do cateter, respeitar intervalo de 12h após última dose de HBPM para puncionar a epidural. Bloqueio de nervos periféricos: mais comum em extremidades SS e II, endarterectomia carotídea, artroscopia de ombro, cirurgia de cotovelo, mão e punho, prótese de joelho, correção de fraturas do fêmur e prótese de quadril. Injeção dos plexos nervosos e nervos periféricos com individuo consciente. No PO, analgesia por cateter próximo ao plexo. Pode ser uma técnica isolada ou combinada com anestesia geral. Anestesia Local Tópica, infiltrativa ou por bloqueio de campo. Lidocaína nas bordas de um ferida traumática antes de fazer sutura. Bloqueio de campo: adm anestesia ao redor do local a ser operado (exérese de tumores e lesões circulares de pele e tecido subcutâneo, drenagem e remoção de corpos estranhos). Sedação Consciente Paciente com rebaixamento do nível de consciência devido o uso de sedativos (opioides), ainda responde a estímulos verbais e tátil, via aérea patente e ventilação espontânea e estabilidade cardiovascular. Ex.: propofol baixas doses para sedar pacientes submetidos a cx plástica com anestesia local. AVALIAÇÃO ANESTÉSICA 1. Visita pré-anestésica 1º contato do anestesista com paciente, obrigatória. Faz-se: anamnese detalhada, solicita exames laboratoriais, esclarece duvidas, pesquisa de comorbidades e o porquê da cirurgia e pergunta por anestesias prévias e possíveis complicações. 2. Exames pré-operatórios Idade, sexo e o tipo de cirurgia influenciam do pedido de exames. Exames solicitados no último ano são válidos desde que o paciente não tenha sofrido alterações na sua condição clínica nesse período. - Indivíduos saudáveis, sexo masculino, <40 anos= não necessitam de exames laboratoriais ANA CAROLINA SBEGHEN MATHEUS – MEDICINA FASM 3. Exame da VA Pelo anestesista, objetivo de identificar qualquer dificuldade para ventilação sob máscara e a intubação. Abertura da boca de 3 polpas digitais – ideal Distância esternomento > 12cm – ideal Mobilidade pescoço – capacidade de extensão Tamanho da língua em relação a boca (classificação de Mallampati) 4. Avaliação do estado físico Utilizar o ASA – avalia o risco do paciente vir a falecer ou desenvolver alguma morbidade como consequência da anestesia/cirurgia. Avaliação do risco cardíaco em cirurgias não cardíacas. 5. Jejum antes da cirurgia Principal medo: broncoaspiração durante indução anestésica. jejum 2h após ingestão de líquidos claros jejum 6h após ingestão de alimentos sólidos e de líquidos não claros (leite não humano, por exemplo) jejum para leite materno é de 4h e para fórmulas pediátricas para lactentes é de 6h líquidos claros são aqueles que não possuem material particulado e que conseguimos enxergar através Uso de procinéticos (metoclopramida) apenas se esvaziamento gástrico lentificado + inibidor secreção gástrica (ranitidina) + indução anestésica. Se uso de cateter nasogástrico, não remover, apenas aspirar. MONITORIZAÇÃO DURANTE A CIRURGIA Parâmetros analisados: ventilação, oxigênio, circulação e temperatura. Durante o ato anestésico, analisar: 1. PA Geralmente medida não invasiva da PA, com o esfigmo ou analisador oscilométrico automático, mas as vezes é necessário monitorização invasiva da PA (punção percutânea de uma artéria (femoral, radial, axilar). Quando medir invasivamente: presença de lesão importante de órgão alvo que não tolera variação da PA; cirurgia com grandes variações volêmicas no período perioperatório (ressecção de AAA); necessidade de provocar hipotensão induzida (grandes sangramentos); obesidade mórbida; cirurgias cardíacas com circulação extracorpórea 2. ECG continuo Análise sempre. Atentar-se a isquemia miocárdica e arritmias intraoperatórias. 3. Ventilação Na cx geral, inibe a ventilação espontânea, necessitando de intubação durante a indução anestésica. Chegar expansibilidade torácica e realizar ausculta respiratória. Principal parâmetro: nível de CO2 ao término da expiração – capnografia – valor normal 35 a 37mmHg ou 5%. Se CO2 ausente ao término da expiração: 1.intubação do esôfago 2.tubo mal posicionado ou 3. paciente em PCR. 4. Oxigenação Inclui a FiO2 (fração de oxigênio inspirada durante ventilação) e a SpO2 (saturação da hemoglobina). Mas devemos fazer também gasometria arterial pois fornece a pressão parcial de oxigênio e gás carbônico no sangue (PaO2 e PaCO2), além de ph, bicarbonato e bases. 5. Temperatura O local de aferição depende do local cirúrgico. Os dispositivos podem ferir no esôfago, membrana timpânica, bexiga e reto. Se cateter Swan-Ganz, o dispositivo se encontra no próprio cateter. (I)É possível visualizar: palato duro e mole úvula fauces pilares (II)É possível visualizar: palato duro e mole úvula fauces (III)É possível visualizar: palato duro e mole base da úvula (IV)É possível visualizar: palato duro ANA CAROLINA SBEGHEN MATHEUS – MEDICINA FASM 6. BNM É monitoradopara checar sua eficácia e as próximas doses a serem dadas. Uso Estimulador de Nervo Periférico (ENP) que gera um impulso elétrico ou eletromiografia. 7. SNC EEG fornece a atividade elétrica do cérebro e quantifica a profundidade da anestesia ou IBE (índice biespectral) – um baixo IBE indica hipnose. COMPLICAÇÕES 1. Hipertermia Maligna (até 42ºC) HM é uma sd farmacogenética, autossômica dominante que ocorre durante a anestesia. A exposição a algumas drogas como BNM despolarizantes (succinilcolina) e agentes inalatórios halogenados (halotano, enflurano) iniciam a crise. Fisiopatogenia: os íons cálcio ficam dentro dos miócitos no reticulo sarcoplasmático. Para que ocorra a contração esse íon sai e invade o sarcoplasma e se liga a proteinas contráteis. Na presença dessas drogas, os íons cálcio saem brutalmente da organela para o citoplasma. Causa uma contração muscular incessante que leva ao aumento do metabolismo muscular, gerando calor e hipertermia, rigidez muscular mantida e distúrbios metabólicos. As necessidades de O2 aumentam, a oferta permanece a mesma, inicia o metabolismo anaeróbico muscular (produção de ácido láctico e acidose metabólica) seguida de morte célula muscular esquelética. Isso gera hipercalemia (K), randomiólise, mioglobinúria e hipercalcemia. Alterações ECG e elevação de creatinoquinase. Início de 30min até 24h da indução anestésica. Sinal patognomômico: espasmo do masseter, incapacidade de abrir a boca. Na suspeita, suspender cirurgia, caso não seja possível, trocas as drogas anestésicas, substituindo o anestésico inalatório por EV e o BNM despolarizante por não despolarizante. Iniciar imediatamente dantrolene (dose ataque EV 2,5mg/kg potente relaxante muscular) 1. Interromper o agente 2. Hiperventilar com O2 100% 3. Adm anestesia alternativa 4. Interromper cirurgia se possível 5. Adm dantrole em bolus, seguida de nova dose a cada 5min até desaparecimento dos sintomas 6. Uso cobertores térmico, compressas com gelo e líquidos parenterais frios 7. Tratar acidose com HCO3 8. Controlar arritmias com betabloq 9. Promover débito urinário elevado cerca de 2ml/kg/h com furosemida ou manitol na prevenção de necrose tubular aguda por mioglobinúria 10. Infusão de insulina e glicose para controle da hipercalemia 11. Monitorar cálcio e eletrólitos 12. Monitorar gases 2. BNM Residual 3 formas possíveis: - retorno lento da consciência - desconforto respiratório com hipoventilação e hipercapnia - fraqueza muscular acompanhada de taquicardia e midríase A clínica e exames complementares podem dizer a profundidade do bloqueio. Importante aplicar exames que tem como base o estimulo elétrico de um nervo periférico para saber se os curares estão fazendo efeito ou não – estimulo elétrico do nervo ulnar, seguida avaliação da contração do m. adutor do polegar. Tratamento depende da droga usada. o BNMR por succionilcolina tem como causa a deficiência de pseudocolinesterase (degrada a droga), dessa maneira ou esperamos o efeito passar (mantendo a ventilação mecânica) ou então dar plasma fresco congelado que possui essa enzima. Se for BNMR não despolariszante, usar drogas inibidoras de acetilcolinesterase (neostigmine). Como efeito colateral: bradicardia intensa, usamos atropina junto com os inibidores da acetilcolinesterase.
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