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LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1a DIRETRIZ Em Português, os substantivos podem ser do gênero masculino ou feminino: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta. Podem ser classificados em: a) substantivos biformes: são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino. Feminino menino / menina carneiro / ovelha Masculino aluno / aluna homem /mulher Fique ligado! Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo, pai / mãe padrinho / madrinha, bode / cabra, cavaleiro / amazonas. b) substantivos uniformes: são os que apresentam uma única forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se em: L substantivo epicenos: são substantivos uniformes que designam animais. Ex.: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca . Fique ligado! Caso se queira fazer a distinção entre o mas- culino e o feminino, deve-se acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fêmea. 2. substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo artigo, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista; o estudante, a estudante; este dentista, aquela dentista; jornalista recém-formado, jornalista recém-formada. 3. substantivo sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por artigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o cônjuge, a pessoa, a criatura Fique ligado! Caso se queira especificar o gênero, procede- se assim: uma criança do sexo masculino, o cônjuge do sexo feminino. Alguns substantivos que apresentam problema quanto ao gênero São masculinos: o anátema o eclipse o telefonema o lança-perfume o teorema o fibroma o trema o estratagema o edema o proclama São femininos: a omelete a cataplasma a aluvião a dinamite a análise a comichão açaí a aguardente o grama (unid. de peso) o alvará o dó (pena, compaixão) o formicida o ágape o guaraná o caudal o plasma o champanha o clã a aguardente aderme a bacanal a omoplata a libido a ênfase a sentinela a alface 31 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ a derme a bacanal a ênfase a sentinela a hélice a hélice a omoplata a libido a alface açaí Mudança de gênero com mudança de sentido Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. Veja alguns exemplos: • o cabeça (o chefe, o líder) / a cabeça (parte do corpo) • o capital (dinheiro, os bens) / a capital (cidade principal) • o rádio (aparelho receptor) / a rádio (estação transmissora) • o moral (ânimo) / a moral (parte da filosofia; conclusão) . o lotação (veículo) / a lotação (capacidade) . o lente (professor) / a lente (vidro de aumento) NUMERO 1. Os substantivos admitem flexão de número (singular ou plural). A indicação do plural geralmente é feita pelo acréscimo da desinência S à forma do singular. Ex.: o aluno - os alunos / o mestre - os mestres 2. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL fazem o plural da seguinte forma: o jornal - os jornais / o pastel - os pastéis o anzol - os anzóis / o paul - os pauis* * paul significa pântano 3. Os substantivos terminados em IL fazem plural da seguinte forma: a) se forem oxítonos: o funil - os funis b) se forem paroxítonos: o fóssil - os fósseis 4. Os substantivos terminados em R e Z fazem o plural com o acréscimo de es: o pastor - os pastores / a cruz - as cruzes 5. Os substantivos terminados em N fazem o plural com o acréscimo de es ou s (a última forma é mais usada): o hífen - os hífenes ou hifens 6. Os substantivos terminados em AO fazem o plural: a) com o acréscimo do s: o órfão - os órfãos b) com a transformação do AO em ÃES: o alemão os alemães c) com a transformação de AO em ÕES: o leão - os leões Fique ligado! Os aumentativos fazem o plural em ões: casarões, homenzarrões. 7. Os substantivos oxítonos terminados em S fazem o plural pelo acréscimo de es: francês - franceses país - os países Fique ligado! Quando não são oxítonos, os substantivos terminados em S permanecem invariáveis no plural. Ex.: o lápis - os lápis / o tênis - os tênis 8. Os substantivos terminados em X não se alteram no plural. Ex.: o tórax - os tórax 9. Alguns substantivos, além da desinência s, trazem como marca de plural a passagem de o fechado (ô) para o aberto (ó) na pronúncia. Esse 32 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ caso é chamado de plural metafônico, palavra derivada de metafonia (meta = mudança; fonia = som). Ex.: o posto, os postos / o osso - os ossos 10. Há substantivos que só se usam no singular ou no plural. Ex.: a fé, a caridade, os pêsames 11. Há substantivos que mudam de sentido caso sejam empregados no singular ou no plural. Ex.: Hoje a féria foi pequena. (= lucro, ganho). Hoje começam as férias escolares. (= descanso) Plural dos substantivos compostos 1. Quando o substantivo composto não é separado por hífen, o plural se faz normalmente por meio da desinência s. Ex.:o vaivém - os vaivéns / o passatempo - os passatempos 2. Quando o substantivo composto é separado por hífen, temos os seguintes casos: a) Variam todos os elementos se eles forem substantivos, adjetivos ou numerais. Ex.: o cartão postal/os cartões postais a carta-bilhete / as cartas-bilhetes o boa-vida / os boas-vidas Fique ligado! Quando o 2° elemento indica característica ou qualidade do 1°, geralmente só este vai para o plural. Ex.: o salário-família / os salários- família b) Apenas o 2° elemento vai para o plural quando: - o 1° elemento é um verbo ou palavra invariável. Ex.: o abaixo-assinado - os abaixo-assinados / o arranha-céu - os arranha-céus - o substantivo é composto de palavras repetidas ou onomatopaicas. Ex.: o reco-reco - os reco-recos / o tico-tico - os tico-ticos - o 1° elemento é grão, grã ou bel seguido de substantivo: Ex.: o grão-mestre - os grão-mestres c) Apenas o 1° elemento vai para o plural quando eles forem ligados por preposição. Ex.: o pé de moleque - os pés de moleque d) Os dois elementos ficam invariáveis quando o substantivo é composto de verbos de sentidos opostos ou de palavras que não admitem llexão. Ex.: o leva-e-traz - os leva-e-traz / o bota-fora - os bota-fora GRAU O grau dos substantivos é a propriedade que essas palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres. São dois os graus dos substantivos: o aumentativo e o diminutivo. Grau aumentativo O grau aumentativo exprime um aumento do ser relativamente ao seu tamanho normal. Pode ser formado sintética ou analiticamente. 1°) Aumentativo sintético: forma-se com sufixos aumentativos, sendo os mais comuns: aça: barcaça, barbaca, populaça, caraça aço: balaço, calhamaço, volumaço alha: muralha, gentalha, fornalha ao: (com variantes -alhão, -arão, -zarrão, - eirão, -zão): cavalão, garraíao, vagalhão, casarão, homenzarrão, tarrão, vozeirão, pezão. 33 LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1a DIRETRIZ arra: bocarra, naviarra ázio: copázio, balázio ona: mulherona, vacona, pernona, vozona orra: cabeçorra, beiçorra, patorras, manzorra uça: dentuça aréu: povaréu, fogaréu, folharéu 2°) Aumentativo analítico: forma-se com o auxílio do adjetivo grande, ou outros de mesmo sentido: letra grande, pedra enorme, estátua colossal, obra gigantesca, planície imensa. Grau diminutivo O grau diminutivo exprime um ser com seu tamanho normal diminuído. Pode ser formado sintética ou analiticamente. 1°) Diminutivo sintético: forma-se com sufixos diminutivos. Eis os mais comuns: acho: riacho ebre: casebre eco: livreco, jornaleco, boieco ejo: lugarejo, animalejo, vilarejo elho: rapazelho, artiguelho eto, eta: poemeto, saleta, maleta ete: filete, diabrete ico: burrico, namorico im: espadim, flautim, selim inho: livrinho, dedinho inha: casinha, janelinha zinho, zinha: irmaozinho, irmãzinha isco: chuvisco, pedrisco ito, ita: mosquito, cabrito, senhorita oca: sitioca, engenhoca olá: sacola,bandeiroJa,rapazola, casinhola, arteríola ote: velhote, serrote, caixote, morrote ucho: papelucho (c)ulo,radícula (c)ulaiglóbulo, homúculo, 2°) Diminutivo analítico: forma-se com o adjetivo pequeno, ou outro de igual sentido. Exemplos: chave pequena, casa pequenina, sempre minúscula. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1 - (Cesgranrio) Assinale a palavra que só pode ser empregada em um gênero: a) eletricista b) colega c) chefe d) testemunha e) servente 2 - (UNI-RIO) Nas palavras abaixo, há um erro de flexão. Assinale-a: a) irmãozinhos b) exportaçoezinhas c) lençoizinhos d) papelzinhos e) heroizinhos 3 - (FESP) Assinale a alternativa que contenha substantivos, respectivamente, abstrato, concreto e concreto. a) fada, fé, menino b) fé, fada, beijo c) beijo, fada, menino d) amor, pulo, menino e) menino, amor, pulo 4 - (Carlos Chagas) Assinale a alternativa em que as formas do plural de todos os substantivos se apresentam de maneira correta: a) alto-falantes, coracãozinhos. afazeres, viveres; b) espadas, frutas-pão, pé-de-moleques, peixe-bois; c) vaivéns, animaizinhos, beija-flores, águas-de-colônia; d) animaizinhos, vaivéns, salários-família, paste l zinho s; 34 LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO T DIRETRIZ e) guardas-chuvas. guarda-costas, guardas- civis, couves-flores. 5 - (TRE-SP) As crianças colhiam jardim. no tu 11. a) amor-perfeitos - sempres-vivas b) amor-perfeitos - sempre-vi vás c) amores-perfeito s - sempre-vivas d) amores-perfeitos - sempres-vivas e) amor-perfeitos — sempres-v""1-viva 6 - (TRE-SP) Os aumento dos a) requereram escrivães - salários-família b) escrivães - salários-famílias c) escrivães - salário-famílias d) escrivães - salários-família e) escrivães — salários-famílias 7 - (NCE) No termo o bem ocorre uma: a) adverbialização b) adjetivação c) pronominalização d) substantivação e) qualificação 8 - (TRE-MT) O termo que faz o plural como "cidadão" é: a) limão b) órgão c) guardião d) espertalhão e) balão 9 - (Técnico Judiciário - TRT) O plural de "café-concerto" é "cafés-concerto". A palavra a seguir que faz o plural do mesmo modo é: a) segunda-feira b) tenente-coronel c) quebra-cabeça d) caneta-tinteiro e) sempre-viva 10 - (INPI - NVE) gatos, aves, e cães no diminutivo plural teriam como formas corretas: a) gatinhos, avesinhas, cãesinhos b) gatinhos, avezinhas, cãezinhos c) gatosinhos, avesinhas, cãeszinhos d) gatitos, avesitas, cãozitos e) gatinhos, avezinhas. cãeszinhos 1 1 - (INPI - NCE) "Matérias-primas" faz plural da mesma forma que: a) porta-voz b) guarda-comida c) bem-te-vi d) aluno-mestre e) pisca-pisca 12 - (Técnico Judiciário Juramentado - TJ - NCE) "Eclipse" é palavra masculina; o vocábulo feminino entre os que estão abaixo é: a) mármore alface telefonema b) c) d) e) prisma cataclisma 35 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ ARTIGO Do ponto de vista semântico, o artigo é uma palavra que serve para determinar ou indeterminar o substantivo a que se refere. Daí a subdivisão em: Artigo definido: o, a, os, as. Serve para particularizar (definir) um elemento entre tantos da mesma espécie. Ex.: O jornal publicou a notícia. Artigo indef in ido : um, uma, uns, umas. Serve para designar qualquer elemento de uma espécie. Ex.: Um jornal publicou uma notícia. • O artigo se flexiona em: gênero: o - a / um - uma número: o - os / um - uns Fique ligado! Para conferir se uma determinada palavra é realmente artigo, basta trocar o substantivo que vem depois dela por outro de gênero oposto. Se a palavra em estudo mudar de gênero (concordando com o novo substantivo), então ela será realmente artigo. Ex.: A menina voltou cedo Se trocarmos menina por menino, teremos: O menino voltou cedo. Portanto, o A do exemplo é realmente artigo, que está concordando com o substantivo menina. Fique ligado! A anteposição do artigo pode substantivar qualquer palavra. O "a" é uma vogai Artigo substantivo Triste palavra é um "não" artigo substantivo Fique ligado! Sobre o emprego do artigo 1. Ambas as mãos Usa-se o artigo entre o numerai ambos e o substantivo. Ex.: Ambas as mãos são perfeitas. 2. Estou em Paris / Estou na famosa Paris Não se usa artigo antes de nomes de cidade, a menos que venham determinados por palavras adjetivas ou expressões equivalentes. 3. Em um / num Os artigos definidos e indefinidos podem combinar-se com preposições: de + o > do, de + a > da, etc. As formas de + um e em + um podem-se usar combinadas (dum e num) ou separadas (de um, em um). Ex.: Estava em uma cidade grande. / Estava numa cidade grande. 4. É hora de a notícia chegar Frases desse tipo são corretas. A preposição de não se combina com o artigo a, pois, de fato, essa preposição está relacionando a palavra hora a chegar e não a notícia, como se pode notar pelo esquema que segue: É hora de chegar / e não É hora da notícia. É hora de a notícia chegar. 5. Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido de lar, moradia) e 36 LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1a DIRETRIZ :erra (no sentido de chão firme), a menos que venha especificadas. Eles estavam em casa, mas Eles estavam na casa dos amigos. Os marinheiros permaneceram em terra, mas Os marinheiros permaneceram na terra dos anões. 6. Depois do pronome indefinido "todo" emprega-se artigo quando se quer dar idéia de inteiro, totalidade. Quando sequer dar idéia de qualquer, omite-se o artigo. Ele leu todo o livro, (o livro inteiro) Todo homem é mortal, (qualquer homem) Todo o país comemorou a conquista, (o país inteiro) Todo país tem seu governo, (qualquer país. cada país) 7. Nunca deve ser u*ado artigo depois do pronome relativo cujo (e ílexões). Este é o homem cujo amigo desapareceu. Este é o autor cuja obra conheço. 8. É facultativo o emprego do artigo definido diante dos pronomes possessivos. Deixaram meu livro na sala, ou Deixaram o meu livro na sala. Não conheço sua namorada, ou Não conheço a sua namorada. 9. Não se combina com preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias. Li a notícia em O Estado de S. Paulo. / A notícia foi publicada em O Globo. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO l - (ESAN-SP) Em qual dos casos o artigo denota familiaridade? a. O Amazonas é um rio imenso. b. D. Manoel, o Venturoso, era bastante esperto. c. O Antônio comunicou-se com o João. d. O professor João Ribeiro está doente. e. Os Lusíadas são um poema épico. 2 - (UFUB-MG) Em uma das frases, o artigo definido está empregado erradamente, Em qual? a. A velha Roma está sendo modernizada. b. A "Paraíba" é uma bela fragata, c. Não reconheço agora a Lisboa do meu tempo. d. O gato escaldado tem medo de água fria. e. O Havre é um porto de muito movimento. 3 - (Univ. Fed. Pará) Observe o uso do artigo nas seguintes frases: I. "...perdia a sua musculatura estudando em Belém". II. "...até invejou o fumar do vaqueiro". III . "...dela a escola era um lombo de búfalo". IV. "De repente foi ouvido que andava pelo Por Enquanto uma pequena..." Em quais delas foi usado o recurso da substantivacão? a. Em I e II. b. Em I e III. c. Em II e III. d. Em II e IV. e. Em III e IV. 37 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l1 DIRETRIZ ADJETIVO Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo, atribuindo-lhe uma característica, qualidade ou estado. Fique ligado! Uma palavra só será classificada como adjetivo em função do contexto em que estiver. Observe a ocorrência da palavra italiano nestas orações: 1. Um professor italiano visitou a escola. subst. adjetivo 2. Um italiano visitou a escola. substantivo No 1° caso, italiano modifica o substantivo professor, portanto, é um adjetivo. No 2° caso, italiano é uma palavra que designa um ser, logo, é substantivo. Adjetivos pátrios Entre os adjetivos existem os que designam a nacionalidade, o lugar de origem de alguém ou de alguma coisa: são os adjetivos pátrios. Citemos alguns: Brasília - brasiliense / Nova Zelândia - neozelandês. Campos - campista / Londres - londrino Locução adjetiva Locução adjetiva é uma expressão que eqüivale a um adjetivo: Presente do rei - presente régio Amor de filho = amor filial Paixões sem freio = paixõesdesenfreadas Formação do adjetivo Quanto à formação,o adjetivo pode ser: 1. primitivo (o que não deriva de outra palavra): bom, forte, feliz. 2. derivado (o que deriva de substantivos ou verbos): famoso, carnavalesco, amado. etc. 3. simples: brasileiro, escuro, etc. 4. composto: luso-brasileiro. castanho- escuro, etc Flexão do adjetivo O adjetivo varia em gênero, número e grau. GÊNERO Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: a) uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêneros. masculino feminino homem inteligente mulher inteligente homem simples mulher simples aluno feliz aluna feliz b) biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, outra para o feminino. masculino feminino homem simpático mulher simpática homem alto mulher alta aluno estudioso aluna estudiosa NÚMERO 38 LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l" DIRETRIZ a) adjetivos simples: os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os substantivos simples: singular pessoa honesta regra fácil homem feliz Fique ligado! plural pessoas honestas regras fáceis homens felizes Os substantivos empregados como adjetivos ficam invariáveis. singular blusa vinho camisa rosa camisa verde-abaeate abacate sapato marrom-café café plural blusas vinho camisas rosa camisas verde- sapatos m afron- ta) Adjetivos compostos: como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último elemento varia, tanto em gênero quanto em número. acordo sócio-político-econômico - acordos sócio-político-econômicos causa sócio-político-econômica - causas sócio-político-econômicas acordo luso-franco-brasileiro - acordos luso- franco-brasileiro s lente côncavo e convexa - lentes côncavo- convexas camisa verde-clara - camisas verde-claras sapato marrom-escuro - sapatos marrom- escuros Fique ligado! os adjetivos compostos azul-marinho e azul- celeste ficam invariáveis. blusa azul-marinho - blusas azul-marinho camisa azul-celeste - camisas azul-celeste No adjetivo composto surdo-mudo, ambos os elementos variam. menino surdo-mudo - meninos surdos-mudos menina surda-muda - meninas surdas-mudas GRAU O adjetivo pode apresentar-se no grau comparativo, quando a qualidade que ele expressa está em comparação com a de outros seres, e no grau superlativo. quando a qualidade expressa pelo adjetivo apresenta-se em grau elevado. A mudança de grau do adjetivo pode ser obtida por dois processos: a) sintético: quando a alteração de grau é feita através de sufixos. Ex.: Esta casa é agradabilíssima. b) analítico: quando a alteração de grau é feita pelo acréscimo de alguma palavra que modifique o adjetivo. Ex.: Esta casa é muito agradável. Grau comparativo comparativo de igualdade: A casa é tão antiga quanto o homem. comparativo de superioridade: A casa é mais antiga que (do que) o homem, comparativo de inferioridade: A casa é menos antiga que (do que) o homem Grau superlativo superlativo absoluto: quando a qualidade é intensificada sem comparação 39 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ explícita com outros seres: A vida é curtíssima. /A vida é muito curta. O superlativo absoluto pode ser formado pelos processos: sintético: através de sufixos (íssimo; imo; érrimo). Ex: belo - belíssimo alto - altíssimo analítico: através de palavras soltas (no caso, advérbios) designativas de intensidade. Ex: belo - muito belo branco - excessivamente branco superlativo relativo: indica que uma qualidade é atribuída, no grau mais intenso, a um ou vários elementos de um conjunto. Ex: Ele foi o mais veloz de todos. / Fizeram- lhe as mais severas críticas. Fique ligado! Note-se que o superlativo relativo dis- tingue-se do comparativo de superioridade pela anteposição do artigo (o, a, os, as) ao advérbio mais (ou menos). O superlativo relativo pode ser: de superioridade: Chegou ao Brasil a mais alta autoridade em Física do mundo. de inferioridade: Escolheram o menos hábil mediador. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO l-(AFÃ) ANDORINHA ''Andorinha lá fora está dizendo: Passei o dia a toa! Andorinha, andorinha minha cantiga é mais triste! Passei a vida à toa, à toa..." Em "...minha cantiga é mais triste! Temos um: a. comparativo de inferioridade; b. comparativo de superioridade; c. superlativo absoluto sintético; d. superlativo absoluto analítico. I - (NCE) Em que item a seguir o adjetivo tem valor claramente subjetivo? a. próxima sexta-feira b. bom espaço c. líderes comunitários d. panos brancos e. oração silenciosa 3 - (Cesgranrio) Assinale a opção em que a locação grifada tem valor adjetiva: a. "Via aos pés o lado adormecido". b. "O menino de propósito afrontou a vertigem". c. "Enquanto o Barão de pé, na margem sorria com orgulho". d. "Conhecendo a força de atração do abismo". e. "A idéia de vingança agora o enchia de horror". 4 - (Cesgranrio) Assinale a opção em que o termo grifado, quando posposto ao substantivo, muda de significação e passa a pertencer a outra classe de palavras: a. Complicada solução, b. Certos lugares; c. Inapreciável valor; d. Engenhosos métodos; e. Extraordinária capacidade. 5 - (Cesgranrio) Assinale a opção em que a locução grifada tem valor adjetivo. a. "comprou o papel de seda" b. "cortou-o com amor". c. "mudava de cor". d. "gritava com maldade". e. "salteou-o com atiradeiras". 40 L I N G L A PORTUGUESA- CURSO T DIRETRIZ 6 —(Univ . Fer. De Juiz de Fora-MG) A respeito da frase: "eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor..." (Machado de Assis), são feitas as seguintes afirmações: I. Xo primeiro caso, AUTOR é substantivo; DEFUNTO é adjetivo. II. No segundo caso, DEFUNTO é substantivo; AUTOR é adjetivo. III. Em ambos os caso, tem-se um substantivo composto. Assinale: a. Se I e II forem verdadeiras b. Se I e III forem verdadeiras c. Se II e III forem verdadeiras d. Se todas forem verdadeiras e. Se todas forem falsas -(Univ. Fed. L berlàndia-MG) "Talvez seja bem que o proprietário do imóvel desconfiar de que ele não é tão imóvel assim". As palavras destacadas são. respectivamente: a. substantivo e substantivo b. substantivo e adjetivo c. adjetivo e verbo d. advérbio e adjetivo e. adjetivo e advérbio 8- (Ministério Público RJ - NCE) o adjetivo abaixo de valor nitidamente subjetivo é: a. imprensa brasileira b. proposta milionária c. incitamento racista d. jovem negro e. brilhante futuro 9- (NCE) Nos segmentos "torres gêmeas", "manchete ruim", "jornal brasileiro" e "filme açucarado", os adjetivos de caráter claramente objetivo são: a. gêmeas / ruim b. gêmeas / brasileiro c. ruim / brasileiro d. brasileiro / açucarado e. ruim / açucarado 10 - (Cepel - NCE) Em "...com folhas de um verde limpo.", caso houvesse o adjetivo "verde limpo", esse segmento do texto seria corretamente escrito: a. folhas verdes-limpo b. folhas verdes-limpas c. folhas verde-limpas d. folhas verde-limpo e. folhas verdes-limpos 1 1 - (Emgepron - NCE) Entre os itens abaixo, o adjetivo sublinhado que mostra um caráter subjetivo, ou seja. uma opinião do autor, é: a) multidão imensa: b) espetáculo emocionante: c) sentido elevatório: d) imprensa política: e) aeronauta brasileiro. 12 - (ANTT - NCE) A frase que não apresenta qualquer exemplo de comparativo ou superlativo é: a. "atender rapidamente os feridos"; b. "registram-se os mais elevados índices"; c. "para salvar o maior número de vítimas"; d. "dirigir nas estradas não é tarefas das mais fácies"; e. "exigiu a maior concentração de máquinas rodoviárias". 41 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ NUMERAL Dá-se o nome de numerai à palavra que quantifica os seres ou indica a posição que podem ocupar numa série. Os numerais dividem-se em: a) cardinais: indicam quantidade: um. dois. três. quatro, cinco b) ordinais: indicam ordem de sucessão: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto c) multiplicativos: indicam multiplicação: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo. d) fracionários: indicam divisão, fração: mero, metade, terço, quarto. Fique ligadol Incluem-se entre os numerais as seguintes palavras: 1) zero: grau zero, zero hora, zero quilômetro. 2) ambos (= os dois, um e outro), ambas (= as duas, uma e outra).3) par, dezena, década,/ dúzia, vintena, centena, centúria, grossa, milheiro, milhar, e outros coletivos que indicam um agrupamento numericamente determinado, exato. 4) biênio, triênio, quadriênio, lustro ou qüinqüênio, década ou decênio, milênio, centenário e sesquicentenárío (150 anos), que são numerais coletivos referentes a anos. Alguns numerais cardinais e ordinais apresentam formas variantes. Exemplos: quatorze / catorze; bilhão / bilião; septuagésimo / setuagésimo. Entretanto, as formas cincoenta (50) e hum (1), ainda que usadas nas relações bancárias, não são registradas e, portanto, devem ser tidas como erradas. Quando falamos de papas, reis, príncipes, anos. séculos, capítulos, etc., empregamos de l a 10 os ordinais: de 11 em diante, os cardinais. Exemplos: João Paulo II (segundo } João XXIII (vinte e Henrique VIII (oitavo) Luís XV (quinze) Se o numerai aparece anteposto, é lido como ordinal sempre. Exemplos: XX Bienal do Livro (vigésima) XVI capítulo da telenovela (décimo sexto) VI Festival Internacional (sexto) / XXI Salão do Automóvel (vigésimo primeiro) EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1 - (UNI-RIO) para CEM, a língua só tem uma forma de ordinal, CENTÉSIMO, usado pelo autor. Assinale o item, em que o ordinal correspondente ao cardinal admite duas formas: a. 100 b. 90 c. 13 d. 7 e. 600 2 - (PUCCAMP-SP) Os ordinais referentes aos números 80, 300, 700 e 90 são respectivamente: a. octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, nongentésimo; b. octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, nonagésimo; c. octingeníésimo, tricentésimo. septuagésimo, nonagésimo; 42 LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1' DIRETRIZ d- octogésimo. tricentésimo, septiagésimo, nongentésimo; e. nenhuma das respostas anteriores 3 - (Univ. Fed. De Juiz de Fora - MG) marque o emprego incorreto do numerai: a. Século III (três) b. Página 102 (cento e dois) c. 80° (octogésimo) d. Capítulo XI (onze) e. X tomo (décimo) 4 - (Fupe) Indique o item em que os numerais estão corretamente empregados: a. Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo primeiro. b. Após o parágrafo nono, virá o parágrafo décimo. c. Depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro. d. Antes do artigo dez vem o artigo nono. e. O artigo vigésimo segundo foi revogado. 5 - (FMI") Sabendo-se que os numerais podem ser cardinais. ordinais. multiplicativos e fracionários. podemos das os seguintes exemplos: a. Um (cardinal), primeiro (ordinal), Leão onze (multiplicativo) e meio (fracionário) b. Um (cardinal), milésimo (ordinal), undécuplo (multiplicativo) e meio (fracionário) c. Um (ordinal), primeiro (cardinal), Leão onze (multiplicativo) e meio (fracionário) d. Um (ordinal), primeiro (cardinal), cêntuplo (multiplicativo) e centésimo (fracionário) e. Um (cardinal), primeiro (ordinal), duplo (multiplicativo) não existindo numerai determinado fracionário. 6 - (Corregedoria Geral da Justiça - RJ - NCE) "Mas estamos em pleno século XX...". O item abaixo em que devemos ler o algarismo romano como ordinal é: a. no século XI antes de Cristo; b. o papa recebeu o nome de João XXIII; c. No século XII da nossa era; d. Inocêncio X foi papa; e. Luís XV foi rei da França. 43 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1' DIRETRIZ PRONOME Toda palavra que substitui ou acompanha um substantivo, indicando a pessoa gramatical, é um pronome. Exemplo: Ela veio, mas não a vi. Ela e a são pronomes porque substituem um substantivo qualquer, indicando a 32 pessoa gramatical. Nossa casa é aquela barraca. Nossa e aquela são pronomes porque acompanham um substantivo; nossa indica a 1a pessoa; aquela, a 3a. Os pronomes que substituem o substantivo são chamados pronomes substantivos; os que acompanham o substantivo são denominados pronomes adjetivos. Portanto: Ela veio, mas não a vi. (ambos são pronomes substantivos) Nossa casa é aquela barraca, (ambos são pronomes adjetivos) Nossa casa é aquela, (nossa = pronome adjetivo; aquela = pronome substantivo.) São seis os tipos de pronome: pessoais indefinidos possessivos interrogativos demonstrativos relativos Pronomes Pessoais Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do discurso: 1a pessoa: quem fala, o emissor. Eu saí. Nós saímos. Convidaram-me. Convidaram-nos. 2a pessoa: com quem se fala, o receptor. Tu saíste. Vós saístes. Convidaram-te. Convidaram-vos 3a pessoa: de que ou de quem se fala, o referente. Ele saiu. Eles saíram. Convidei-o. Convidei-os. TABELA PRONOMES PESSOAIS ! rronome> Oblíquo* Número Pessoa Rti - Tônicos singular plural ]' 21 3a 1a 2" 3J Eu tu ele, ela Nós vós eles, elas mim, comigo t>, contigo ele. ela si. consigo conosco convosco eles. elas si. consigo Alonoí me te se, o, a. lhe nos vos se, os. as lhes Uso dos pronomes pessoais 1. Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos da 3a pessoa apresentam sempre a forma o, a, os, as. Ex.: Eu os encontrei ontem. Os pronomes acompanhados das palavras "só" ou "todos" assumem a forma do caso reto. Ex.: Eu vi só ele ontem à noite. / O diretor recebeu todos eles 2. Colocados depois do verbo, os pronomes 44 L Í N G U A PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ - _ _ : _ : - - -^ '• : : -7 :^ apresentam as a ) o, a, os, as - se o verbo terminar em vogai ou ditongo oral. Ex.: Vejo-as. /Encontrei-o. b) Io. Ia. los, Ias: se o verbo terminar em r, s ou z. Ex.: Vou encontrar o livro - vou encontrá-lo. Vimos o menino - vimo-lo. Pedro faz as lições agora. - Pedro fá-las agora. Observe que os verbos perdem as consoantes r, s e z nesses casos. se vierem depois da palavra eis e dos pronomes nos e vos. Ex.: A prova do crime? Ei-la. / O motivo de seu gesto? O tempo no-lo dirá. Observe que as palavras eis, nos e vos também perdem o s final nesses casos. c) no, na, nos, nas - se o verbo terminar em ditongo nasal. Ex.: Eles fizeram as provas. - Fizeram- nas. Põe a luva aqui. - Põe-na aqui. 3. Os pronomes eu e tu, do ponto de vista da gramática normativa do Português culto, não devem ser acompanhados de preposição. Assim, deve-se escrever: "Entre mim e ti não há segredos" (e não "entre eu e tu"). Não confundir, porém, frases desse tipo com a construção: "Isto é para eu fazer" (ou "tu fazeres"). Nesses casos, a preposição para não está regendo os pronomes e sim o verbo. A construção é. pois. correta. Incorreto seria escrever. "Isto é para mim fazer." 4. Quando usados com a preposição com, os pronomes nós e vós assumem a forma conosco e convosco. Mas, se vierem acompanhados por um modificador como todos, outros, mesmos, próprios ou um numerai, não se alteram. Ex.: Ele sairá conosco hoje. Ele sairá com todos nós hoje. Ele sairá com nós dois. 5. As preposições de e em podem contrair-se com os pronomes retos da 33 pessoa (ele, ela, eles, elas), resultando nas formas: dele, dela, deles, delas, nele, nela, neles, nelas. Ex.: Abra o carro, pois dentro dele está meu material. Abra a pasta, pois nela esqueci a caneta. Quando os pronomes exercem a função de sujeito, com as preposições referindo-se ao infinitivo, a contração não se realiza. Ex.: Já é hora de ela saber a verdade. 6. Os pronomes átonos me, te, lhe, nos, vos podem ser empregados com sentido possessivo, sobretudo quando se referem a partes do corpo. Ex.: Apertou-me as mãos. (= minhas). PRONOMES DE TRATAMENTO Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Referem- se à pessoa a quem se fala, embora a concordância deva ser feita com a 3a pessoa. Convém notar que, exceção feita a você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso Pronome Vossa Alteza Vossa Eminência Vossa Abreviatura V.A. V.Em.a V.Ex.a Emprego Príncipes e duques Cardeais Altas 45 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ Excelência Vossa Magnificência Vossa Reverendíssima Vossa Santidade Vossa Senhoria Vossa Majestade V.Mag.3 V.Rev.8 V.S. v.s.a V.M. autoridades, em geral Reitores de universidades Sacerdotes em geral Papas Funcionários graduados Reis. imperadores São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vocês. PRONOMES POSSESSIVOSDá-se o nome de pronomes possessivos às palavras que, além da pessoa gramatical, indicam a idéia de posse. Ex.: Aqui está o meu livro. Os pronomes possessivos são os seguintes: Número singular plural Pessoa r 2a 3a 1a 2a 3a Pronomes possessivos Meu, minha, meus, minhas Teu, tua, teus, tuas Seu, sua, seus, suas Nosso, nossa, nossos, nossas Vosso, vossa, vossos, vossos Seu, sua, seus, suas Uso dos pronomes possessivos 1. O uso do pronome possessivo da 3a pessoa pode provocar, às vezes, a ambigüidade da frase. Ex.: Pedro me disse que Maria está ferida em sua casa. Nesse exemplo, o pronome sua torna o sentido ambíguo, pois pode referir-se tanto à casa de Pedro como à de Maria. No caso, usa-se o pronome dele (dela, deles, delas) para desfazer a ambigüidade: Pedro me disse que Maria estava ferida na casa dela. 2. Os possessivos podem indicar aproximação numérica e não posse. Ex.: Ele deve ter seus quarenta anos. 3. A forma "seu" em expressões do tipo: "Seu João, venha cá!" não tem valor possessivo, pois é uma alteração fonética da palavra senhor. 4. Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3a pessoa. Ex.: Vossa Excelência trouxe sua mensagem? 5. Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo. Ex.; Trouxe-me seus livros e "anotações. PRONOMES DEMONSTRATIVOS Os pronomes demonstrativos servem para indicar a posição de um ser em relação à pessoa gramatical. Ex.: Este livro é ótimo. Quando faço essa afirmação, digo que o livro se encontra perto de mim (1a pessoa) e longe do ouvinte (2a pessoa). Outro exemplo: Esse livro é ótimo. Quando faço essa afirmação, digo que o livro está longe de mim (1a pessoa) e perto do ouvinte (2a pessoa). 46 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO T DIRETRIZ Mais um exemplo: Aquele livro é ótimo. Ao fazer essa afirmação, digo que o livro está .cr.ge de mim e do ouvinte, portanto de ambas as pessoas (1a e 3a). Os pronomes demonstrativos são estes: 1a pessoa este, esta, estes, estas, isto 2a pessoa esse, essa, esses, essas, isso 3a pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo São também pronomes demonstrativos: o (quando eqüivale a aquele, aquela, aquilo), rnesmo, próprio, semelhante, tal. Uso dos pronomes demonstrativos 1. Quando numa frase queremos retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e variações) para o elemento que foi referido em primeiro lugar e este (e variações) para o que foi referido em último lugar. Ex.: Pais e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e orgulhosos, estas, elegantes e risonhas 2. Os pronomes demonstrativos também podem servir como palavras de função intensifícadora ou depreciativa, dependendo do contexto. Ex.: Ele fez a jogada com aquela calma, (expressão intensifícadora) Não ligue para ele; aquilo é um covarde! (expressão de desprezo) 3. As formas nisso e nisto (contrações da preposição em com os demonstrativos isso e isto) podem ser usadas com o valor de "então" ou "nesse momento." Ex.: A festa estava desanimada; nisso, a orquestra atacou um samba e todos saíram contentes a dançar. 4. Os demonstrativos esse, essa, esses, essas po- dem ser usados para destacar um elemento anteriormente expresso. Ex.: Ninguém ligou para o incidente, mas os irmãos da vítima, esses resolveram tirar tudo a limpo. PRONOMES INDEFINIDOS Os pronomes indefinidos referem-se, de maneira vaga e genérica, a um ou vários elementos pertencentes à terceira pessoa gramatical. Os pronomes indefinidos podem ser invariáveis e variáveis: INVARIÁVEIS Algo. muito cada quem alguém, nada. , ninguém, outrem, que. VARIÁVEIS Algum, nenhum. todo. muito. pouco. certo, diverso. vário. outro. quanto. tanto. qual. qualquer. um (quando isolado) Além dos pronomes indefinidos existem as locuções pronominais indefinidas. Exemplos: cada um, cada qual, qualquer um, todo aquele que, seja qual for, seja quem for, tal e tal, um ou outro, etc. Uso dos pronomes indefinidos 1. Quando colocados após o substantivo, os pronomes algum e alguma ganham sentido negativo. Ex.: Não sei de pessoa alguma capaz de convencê-lo do contrário. 2. Em frases de sentido negativo, nenhum (e variações) eqüivale ao pronome indefinido um. Ex.: Fique sabendo que ele não é nenhum ignorante! 47 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ 3. O pronome certo (e variações) adquire valor de indefinido somente quando colocado antes do substantivo. Ex.: Ele disse que estava sendo seguido por certas pessoas. Proposto ao substantivo adquire valor de adjetivo. Ex.: Ela é a pessoa cena para o cargo. 4. O pronome outrem eqüivale a "qualquer outra pessoa." Ex.: Não desejes a outrem tal desgraça. 5. O pronome nada adquire valor positivo em alguns tipos de frases interrogativas. Ex.: Não vai comprar nada hoje? Colocando junto a verbos ou adjetivos, nada pode também eqüivaler a um advérbio. Ex.: Ela não me parece nada feliz. 6. O pronome outro (e variações) ganha valor de adjetivo quando eqüivale a "diferente". Ex.: Ele voltou outro daquela viagem. 7. Não se deve usar o pronome cada sozinho em vez de cada um. Esta última é a forma correta, Ex.: Os convidados receberam três rosas cada um. PRONOMES INTERROGATIVOS Pronomes, interrogativos são os indefinidos, quem, que, qual e quanto, usados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Ex.: Quem chegou? (inteirogativá direta) Gostaria muito de saber quem fez isso. (interrogativa indireta) Uso dos pronomes interrogativos A frase interrogativa pode ser construída também de forma indireta. Ex.: Não sei quem lhe contou aquilo. Nesse caso, o pronome continua sendo classificado como interrogativo. PRONOMES RELATIVOS Pronomes relativos são aqueles que geralmente retomam um termo anterior (antecedente) da oração, projetando-o numa outra oração. Ex.: Não conhecemos os alunos. Os alunos saíram. Não conhecemos os alunos que saíram. Existem pronomes relativos invariáveis e variáveis. Os principais são estes: INVARIÁVEIS Que, quem, como, quando onde, VARIÁVEIS O qual, cujo. quanto (após os indefinidos tudo, todo e quanto) Uso dos pronomes relativos 1. Os pronomes o qual, a qual, os quais, as quais podem, às vezes, substituir o pronome que por questões de clareza. Ex.: Não reconheci nem o pai nem a filha, a qual parecia bem doente. 2. Os pronomes quem e onde podem ser empregados sem antecedentes. São chamados relativos indefinidos. Ex.: Quem quer ficar levante a mão. 3. Quanto, quantos, quantas são pronomes relativos quando têm por antecedentes os indefinidos tudo, íodos(as), tanto(s), tanta(s). Ex.: Vê-la feliz é tudo quanto quero. Nem sempre, porém, o antecedente está explícito na oração. Ex.: Entrou no salão e roubou quanto quis. (tudo quanto quis). 48 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ : 4. O pronome que pode ter como antecedente o demonstrativo o (e variações). Ex.: Não sei o que aconteceu. 5. Onde é pronome relativo quando eqüivale a em que, no qual (e variações). Ex.: Esta é a escola onde estudei. 6. O pronome relativo quem eqüivale a o qual (e variações) e deve vir sempre precedido de preposição. Ex.: Não conheço o rapaz a quem entregaste a carta. COLOCAÇÃO PRONOMINAL USO DA PRÓCLISE A próclise será de rigor: 1) Quando antes do verbo houver, na oração, palavras que possam atrair o pronome ato no. Tais palavras são principalmente: a) as de sentido negativo: Não o maltratei. Nunca se queixa nem se aborrece. Ninguém lhe resiste. Nada a perturba. Nenhum lugar nos agradou. Jamais te importunei. b) os pronomes relativos: Há pessoas que nos querem bem. Conheces o homem por quem te apaixonaste? "Só então Luísa adivinhou o que se teria passado." (Fernando Namora) c) as conjunções subordinativas: Quando nos viu, afastou-se. / Irei, se me aprouver. Não os quis, embora lhe servissem. E justo que o ampares. / Não iria, ainda que me convidassem. d) certos advérbios: Sempre me lembro dele. / Já se abrem as portas. / Bem se vê que não entendes. / Aqui se trabalha. / Deixe a pasta onde a encontrou. Mais se aprende vendo do que ouvindo.e) os pronomes indefinidos: Tudo, nada, pouco, muito, quem, todos, alguém, algo, nenhum, ninguém, quanto: Tudo se acaba. / Dize, e todos te obedecerão (José de Alencar). / Ignoro de quem se trata. / Pouco se sabe a respeito desse artista. / Algo o incomoda? 2) Nas orações optativas cujo sujeito estiver anteposto ao verbo: Deus o guarde! / Os céus te favoreçam! / A terra lhe seja leve! 3) Nas orações exclamativas iniciadas por palavras ou expressão exclamativa: Como te iludes! / Quanto nos custa dizer a verdade! "Que de coisas me disse a propósito Da Vênus de Milo!"(M. de Assis) 4) Nas orações interrogativas iniciadas por uma palavra interrogativa: Quando me visitas? / Quem se apresenta? / Por que vos entristeceis? USO DA MESÓCLISE Usa-se a mesóclise com o futuro do presente e o futuro do pretérito, caso o verbo não venha precedido da partícula atrativa. Exemplo: Convencê-lo-ei a aceitar, (futuro do presente). Convencê-lo-ia a aceitar (futuro do pretérito). Mas, se houver atração, teremos a próclise: Exemplo: Não o convencerei a aceitar. Não o convenceria a aceitar. 49 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l' DIRETRIZ Fique ligadol Com o futuro do presente e com o futuro do pretérito não ocorre ênclise nunca. E errado: Diria-se que os tempos são outros. É correto: Dír-se-ia que os tempos são outros. USO DA ÊNCLISE l ) Não se inicia a frase com pronome oblíquo átono: Vão-se os anéis e fiquem os dedos. Fique ligado! Na verdade, havendo pausa antes do verbo, a ênclise é mais freqüente que a próclise. Exemplos: Se o tempo melhorar, vou-me embora. desta terra. Sobrando um dinheiro, mudo-me 2) Usa-se a ênclise com as seguintes formas verbais: imperativo afirmativo (não precedido de palavra atrativa). Exemplo: Às dez horas recolham-se e todos nas próprias casas. gerúndio (não precedido da preposição em ou da palavra atrativa). Exemplo: Recusou o convite, fazendo-se de ocupado. infinitivo impessoal. Exemplo: Não era minha intenção, magoar- te. Fique ligado! Com o infinitivo impessoal precedido de preposição, ocorre tanto a próclise quanto a ênclise. Exemplo: Tive medo de incomodar-te. Tive medo de te incomodar; Fique ligado! Com o infinitivo impessoal precedido de palavra atrativa, é indiferente a próclise ou a ênclise. Ex.: Talvez encontre um modo de não me aborrecer. Talvez encontre um modo de não aborrecer-me. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1 - Assinale a opção em que o termo sublinhado tem a sua classe gramatical incorretamente indicada. a. Ele estava muito nervoso. - advérbio. b. Muito político deveria ser expulso do Congresso. - pronome indefinido c. Maria possui menos calma do que nós. - pronome indefinido d. Ela é menos calma do que nós. - advérbio e. Ele está todo preocupado com a situação política do país. - pronome indefinido 2 - (TCU-ESAF) A alternativa em que há erro na substituição do tema sublinhado por pronome pessoal reto ou oblíquo é: a. Ouvira o pastor advertir o povo. = ouvira-o advertir o povo b. Carregamos cargas pesadas em caminhões. = carregamo-las em caminhões. c. Integrando-se a ferrovia nos sistemas. = integrando-se ela nos sistemas. d. Contemplavam melancólicos o êxodo da mão- de-obra. = Contemplavam-na melancólicos. e. Nos aterros de Tabatinga, por onde rodavam as rodas de carretei dos comboios. = Nos aterros de Tabalinga, por onde rodavam elas. 3 - (Banco do Brasil) "O funcionário que se inscrever, fará a prova amanhã". Com relação à colocação de pronome "SE": 50 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ 1. Ocorre próclise em função do pronome relativo. 2. Deveria recorrer ênclise. 5. A mesóclise é aplicável. 4. Tanto a ênclise quanto a próclise são aceitáveis a. Está correta apenas a primeira afirmativa b. Apenas a terceira afirmativa está correta. c. Somente a segunda afirmativa está correta. d. São corretas a primeira e terceira afirmativa. e. A quarta afirmativa é a única correta. 4 - (UEPG-PR) Na oração: ..."Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos", o termo destacado é sucessivamente: a. adjetivo e pronome; b. pronome adjetivo e adjetivo; c. pronome substantivo e pronome adjetivo: d. pronome adjetivo e pronome indefinido; e. adjetivo anteposto e adjetivo posposto. 5 - (Cesgranrio) Assinale a opção em que o pronome LHE apresenta o mesmo valor significativo que possui em "assanhando-lhe os desejos". a. O resultado do jogo lhe era indiferente. b. Sobreveio-lhe uma desgraça. c. Não lhe disse que viajaria hoje. d. Chamavam-lhe carinhosamente de maná. e. O médico teve de engessar-lhe a perna. 6 - (NCE) Se na frase "Se você recolher um cachorro", substituirmos o complemento "um cachorro" pelo pronome oblíquo adequado, a forma correta dessa frase será: a. Se você recolher-lo b. Se você recolher-lhe. c. Se você o recolher. d. Se você recolhê-lo. e. Se você lhe recolher. 7 - (NCE) "... ele não morderá". Se retirarmos a negativa "não" desse segmento do texto, a forma correta da frase será: a. Ele morde-lo-á; b. Ele lhe morderá; c. Ele o morderá; d. Ele morder-lhe-á; e. Ele morder-lo-á. 8 - (Cesgranrio) Assinale a opção em que houve erro, ao se substituir a expressão grifada pelo pronome oblíquo. a. "Estimam seu torrão" / estima-no. b. Fazer conhecidos seus costumes / fazê-los conhecidos. c. "Viu os partidos de cana" / viu-os d. "Sorver o ar ácido" / sorver-lhe. e. "O homem tirava tudo da terra. / o homem tirava-lhe tudo. 9 - (Cesgranrio) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase abaixo: Dialeto social popular não se confunde com linguagem especial, pois . ao contrário . é de uso restrito e pode funcionar como signo de grupo. a. esse / daquela; b. essa / desse; c. aquele / dessa; d. esta / daquele; e. este / desta. • 10 - Assinale a opção em que o pronome oblíquo possui nítido valor possessivo. a. Chegaram ao ônibus, sentaram-se e iniciaram a viagem. b. Compreendo-te e considero que te será desagradável tal excursão. c. Escutaram-nos atentamente as últimas palavras. d. Avisar-vos-emos todas as notícias. e. Consideramos-te pronto para a execução deste serviço. 1 1 - (NCE) "A descoberta da América pelos europeus, nos fins do século quinze, deu lugar a uma transplantação da cultura européia para este continente. Tal empreendimento constitui. 51 r LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l* DIRETRIZ porém, uma aventura impregnada de duplicidade". "Proclamavam os europeus ao aqui chegarem para expandir nestas plagas o cristianismo..." "...movia-os o propósito de exploração e fortuna. A história do período colonial é a história desses dois objetivos a se ajudarem mutuamente na tarefa real e não confessada da exploração continental". "Nascemos, assim, divididos entre propósitos reais e propósitos proclamados. A essa duplicidade da própria sociedade nascente. dividida entre senhores e escravos..." A seguir, cada um deles é classificado quanto a função textual, na ordem em que ocorrem. Assinale a opção correta: a. dêitico, dêitico, anafórico, anafórico, anafórico; b. dêitico, anafórico, anafórico, anafórico, dêitico; c. anafórico, dêitico, dêitico, anafórico, dêitico d. dêitico, dêitico, dêitico, anafórico, dêitico; e. anafórico, dêitico, dêitico, anafórico, anafórico; 12 - (CM-2° Grau) Observando as recomendações quanto à colocação dos pronomes oblíquos átonos, pode-se afirmar que está correta a frase: a. O dinheiro que entreguei-lhe era meu. b. No curso de pedagogia estudaria-se provavelmente História da Educação. c. Nunca enganamo-nos a esse respeito. d. Em tempos de vacas magras, compra-se o indispensável. e. Caso procure-me, diga que viajei. 13 - (Mack) "Este inferno de amar - como eu amo! - / Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi? / esta chama que alenta e consome. / Quem é a vida - e que a vida destrói - / Como é que se veio a atear. / Quando - aí quando se há de apagar? (Almeida Garret). No texto, os pronomes eu - quem - este são, respectivamente. a. indefinido - pessoal - indeterminado; b. pessoal - interrogativo - demonstrativo; c. pessoal - indefinido - demonstrativo; d. interrogativo - pessoal - indefinido;e. indefinido - pessoal - interrogativo. 14 - (UFJMA) Identifique a oração em que a palavra certo é pronome indefinido. a. Certo, perdeste o juízo. b. Certo rapaz te procurou. c. Escolheste o rapaz certo. d. Marque o conceito certo. e. Não deixei o certo pelo errado. 15 - (TRE-MT) A substituição do termo sublinhado por um pronome pessoal está correta em todas as alternativas.exceto em: a. O governo deu ênfase às questões econômicas. O governo deu ênfase a elas. b. Os ministros defenderam o plano de estabilização. Os ministros defenderam-no. c. A companhia recebeu os aviso. A companhia recebeu-os. d. Ele diz as frase em tom bem baixo. Ele diz-las em tom baixo. e. Ele recusou a dar maiores explicações. Ele recusou a dá-las. 16 - Assinale a opção em que há um pronome inadequadamente utilizado. a. Custou a mim acordar cedo. b. Convém a mim dizer a verdade. c. Será conveniente para mim estudar d. Foi fundamental para eu ter hábito de estudo. e. Sempre haverá livros para eu ler. 17 - (NCE) "Os pronomes demonstrativos situam a pessoa ou a coisa designada relativamente às pessoas gramaticais. [...] A capacidade de mostrar um objeto sem nomeá-lo chama-se função dêitica [...], é a que caracteriza fundamentalmente esta classe de pronomes". (CUNHA, Celso F. da CINTRA L. F. Lindley, Nova gramática de português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. P. 319). 52 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO Ia DIRETRIZ Os demonstrativos empregam-se também como elemento de coesão textual e têm neste caso, em geral, função anafórica. Assinale o item em que a função exercida pelo demonstrativo está incorretamente identificada. a. "[...] a habitação conjugai, e a esta se recusa a voltar" (art. 234 - Código Civil - função anafórica. b. "Salvo disposição especial desse código e não tendo sido da época para o pagamento, o credor pode exigi-lo imediatamente." (art. 952 - Código Civil) — função dêitica. c. A cessão de crédito não vale em relação ao devedor, senão quando a este notificado [...] - função anafórica. d. "Cabe ao juiz suprir a outorga da mulher, quando esta a denegue sem motivo justo, lhe seja impossível dá-las (arte. 235,238 e 239)" (art. 237 - Código Civil) - função dêitica, e. "As terras de que se trata este artigo tradicionalmente são inalienáveis e indisponíveis os direitos sobre elas. imprescritíveis" (§ 4° - Constituição da República Federativa do Brasil - texto l ) - função dêitica). VERBO Verbo é a palavra variável em pessoa, número, tempo, modo e voz que exprime um fato (ação, estado ou fenômenos) no tempo. Ex.: O gorila comeu a banana.(ação) O jardim está florido.(estado) Choveu muito.(fenômeno) PESSOAS VERBAIS A flexão de pessoa indica as pessoas do discurso (1a. 2a, 3a). A 1a é a pessoa que fala (também chamada emissor ou falante i e corresponde aos pronomes pessoais eu (singular) e nós (plural): estudei, estudamos. A 2a é a pessoa com quem se fala (também chamada receptor ou ouvinte) e corresponde aos pronomes pessoais tu (singular) e vós (plural): estudaste, estudastes. A 3a é a pessoa de quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais ele, ela (singular) e eles, elas (plural): estudou, estudaram. NÚMEROS VERBAIS A flexão de número indica a quantidade de seres envolvidos no processo verbal São dois os números: o singular e o plural. O verbo está no singular quando a quantidade de seres envolvidos no processo é simples ou unitária: estudei, estudaste, estudou. O verbo está no plural quando a quantidade de seres envolvidos no processo é dupla ou múltipla: estudamos, estudastes, estudaram. TEMPOS VERBAIS Tempos simples e compostos 53 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l1 DIRETRIZ Considerando a forma dos tempos verbais, eles podem ser: tempos simples e tempos compostos. Tempos simples: aqueles constituídos por uma única forma verbal. Ex.: Nos tempos sombrios se canta-á também? (Brecht) Tempos compostos: são aqueles que apresentam duas formas verbais. Ex.: Ele jamais teria voltado àquele lugar. I. Indicativo presente - eu falo .... pretérito imperfeito - eu falava ... pretérito perfeito simples - eu falei... pretérito perfeito composto - eu tenho (hei) falado... pretérito mais-que-perfeito simples - eu falara... pretérito mais-que-perfeito composto - eu tinha (havia) falado... futuro do presente simples - eu falarei ... futuro do presente composto - eu terei (haverei) falado ... futuro do pretérito simples - eu falaria ... futuro do pretérito composto - eu teria (haveria) falado //. Subjuntivo presente - que eu fale ... pretérito imperfeito - se eu falasse ... pretérito perfeito - que eu tenha (haja) falado pretérito mais-que-perfeito - se eu tivesse (houvesse) falado ... futuro simples - quando eu falar ... futuro composto - quando eu tiver (houver) falado ... ///. Imperativo (presente) Afirmativo - fala tu, fale você, falemos nós, falai vós, falem vocês Negativo - não fales tu, não fale você, não falemos nós. não faleis vós, não falem vocês Tempos primitivos e tempos derivados Nos verbos. podemos distinguir determinadas formas que dão origem a outras, uma vez que umas são primitivas, e outras, derivadas. Os tempos (ou formas) primitivos são: presente do indicativo, pretérito perfeito do indicativo e infmitivo impessoal. Todas as demais formas são derivadas. MODOS VERBAIS Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, há três modos: a) Indicativo - expressa uma certeza, um fato ou estado sobre o qual não temos dúvida. Ex.: Ele está cansado. / Ela estuda bastante. / Eles fizeram o traba- lho. b) Subjuntivo - expressa a possibilidade ou desejo de realização de um fato ou a incerteza sobre o estado de um ser. Ex. Espero que ele seja feliz... / Se ele me ajudasse, o trabalho já estaria terminado. c) Imperativo - expressa ordem, advertência ou pedido. Ex.: Não entre nesta sala! / Venha até aqui, por favor! 54 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ Além desses três modos, existem as formas ~:~:r.aÍ5 do verbo, que enunciam simplesmente ~jm fato, de maneira vaga, imprecisa, impessoal. São formas nominais do verbo: 1) o infinitivo: plantar, vender, ferir 2) o gerúndio: plantando, vendendo, ferindo 3) o particípio: plantado, vendido, ferido Fique ligado! Chamam-se formas nominais porque, sem embargo de sua significação verbal, podem desempenhar as funções próprias dos nomes substantivos e adjetivos: o andar, água fervendo, tempo perdido. O infinitivo pode ser pessoal ou impessoal. Denomina-se: 1) Pessoal, quando tem sujeito: Para sermos vencedores é preciso lutar. 2) Impessoal, quando não tem sujeito: Ser ou não ser, eis a questão. O infinitivo pessoal ora se apresenta flexionado, ora não-flexionado. 1) Flexionado: andares, andarmos, andardes, andarem. 2) Não-flexionado: andar eu, andar ele VOZES VERBAIS As vozes verbais são três: 1) voz ativa: quando o sujeito é o agente, isto é. aquele que executa a ação expressa pelo verbo. O 2orila comeu a banana. O aluno leu o livro. sujeito sujeito 2) voz passiva: quando o sujeito é o paciente, isto é, o receptor" da ação expressa pelo verbo. Há dois tipos de voz passiva: a) voz passiva analítica: formada por verbo auxiliar mais particípio. A banana foi comida pelo gorila. sujeito O livro foi lido pelo aluno. sujeito b) voz passiva sintética (ou pronominal): quando é formada pelo verbo na terceira pessoa mais a partícula apassivadora se. Comeu-se a banana. Leu-se o livro. sujeito sujeito 3) voz reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, executor e receptor da ação expressa pelo verbo. O gorila cortou-se. O menino feriu-se sujeito sujeito CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA E VICE-VERSA Pode-se mudar a voz ativa na passiva e vice-versa sem alterar substancialmente o sentido da frase. Exemplos: (V.A.) Gutemberg inventou a imprensa. A imprensa foi inventada por Gutemberg (V.P) (V.A.) Os calores intensos provocam as chuvas. As chuvas são provocadas pelos calores intensos. (V.P.) (V.A.) Eu o acompanharei. 55 LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1a DIRETRIZ Ele será acompanhado por mim. (V.P.) (V.A.) Todos te louvariam. Serias louvado por todos (V.P.) (V.A.) Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres. (V.P.) (V.A.) Prejudicaram- me. prejudicado.Fui (V.P.) (V.A.) iam. Serias (V.P.) Condenar-te- condenado. ESTRUTURA PÓ VERBO 1. Radical: é a parte do verbo que serve como base do significado. Obtém-se o radical do verbo retirando-se as terminações ar, er, ir do infinitivo. FINITIVO cantar bater partir RADICAL cant- bat- part- TERMINAÇÃO -ar -er -ir 2. Vogai temática: é a vogai que se agrega ao radical, preparando-o para receber as desinências. Como nem sempre é possível juntar-se a desinência diretamente ao radical, usam-se as vogais a, e, i como elemento de ligação. A vogai temática indica a que conjugação pertence o verbo. vogai temática a - 1a conjugação: cantar vogai temática e - 2a conjugação: bater vogai temática i - 3a conjugação: partir Fique ligado! O verbo pôr e seus derivados pertencem à segunda conjugação. O radical, acrescido da vogai temática, recebe o nome de tema. r vt r vt r vt cant a bat e part i tema tema tema 3. Desinência: são elementos que se acrescentam ao radical (ou ao tema) para indicar as categorias gramaticais de tempo e modo (desinência modo-temporal). e pessoa e número (desinência número-pessoal). r cant cant cant vt a á á dnt vá vá sse dnp mos mo s Onde: r = radical / v.t = vogai temática / dmt = desinência modo-temporal / dnp = desinência número-pessoal. LOCUÇÃO VERBAL O conjunto verbo auxiliar + verbo principal (no gerúndio ou no infinitivo) constitui uma expressão a que se dá o nome de locução verbal, perífrase verbal ou conjugação perifrásica LOCUÇÕES VERBAIS E ASPECTO Nossa língua não dispõe de flexões próprias suficientes para exprimir com rigor todos os momentos do processo verbal. Vale-se, então, dos verbos auxiliares, que se usam para exprimir os mais diferentes aspectos da ação. Tais aspectos são: L durativo, cursivo ou progressivo: indica que a ação se prolonga, está em 56 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l'DIRETRIZ rnr.c irais auxiliares: andar, estar, ficar, ir, vir (todos com gerúndio ou infinitivo regido de Ex.: Estou conversando (ou a conversar) com Lourdes. 1. incoativo ou inceptívo: indica que a ação tem início. Principais auxiliares: começar a, dar de, deitar a, desatar a, entrar a, pegar a, passar a, pôr~se a, principiar a (todos com infínitivo) Ex.: Comecei a conversar com Lourdes. A menina desatou a chorar. 2. permansivo: indica que a ação continua. O principal auxiliar é continuar, usado com gerúndio ou com infinitivo regido de a. . Ex.: Continuo conversando (ou a conversar) com Lourdes. 3. cessativo ou conclusivo: indica que a ação tem fim. Principais auxiliares: acabar de, cessar de, deixar de, desistir de, parar de (todos com infinitivo) Ex.: Acabo de conversar com Lourdes Parem de fazer isso 4. iminência): indica que a ação é iminente. Principais auxiliares: estar, ir (ambos com gerúndio, ou infinitivo regido de a ou para). Ex.: Está para cair uma tempestade. Eu ia caindo (ou a cair) da escada. 5. resultivo ou consecutivo: indica que a ação traz um resultado. Principais auxiliares: acabar a, chegar a, conseguir, lograr, vir a (todos com infinitivo). Ex.: O homem chegou a chorar. 6. iterativo ou freqüentativo: indica que a ação se repete. Principais auxiliares: adorar, costumar, gostar de, odiar, soer, tornar a, voltar a (todos com infinitivo). Ex.: Costumo chegar cedo a casa. Tornei a voltar à casa dos meus amigos. Os auxíliares mencionados denominam-se acurativos, segundo Said Ali. Além deles existem os auxiliares que exprimem o modo segundo o qual o emissor encara o processo. Chamá-los-emos auxiliares modais: almejar, atrever-se a, buscar, dever, experimentar, haver de, ir, necessitar, ousar, poder, precisar, pretender, procurar, propor-se (a), querer, saber, tentar, ter de, tratar de, vir, visar a. Fique ligado! 1 - O verbo parecer é auxiliar quando exprime a noção de aparência. Ex.: As crianças parecem gostar da brincadeira. De modo algum será verbo de ligação nesse caso. Quando aparece na 3a pessoa do singular, antecedido de infinitivo. O verbo parecer pode ser visto de suas maneiras: como auxiliar ou como intransitivo. Ex.: Teresa parece acreditar em mim. Portanto, esse período pode ser simples (Tereza parece acreditar em mim) ou composto (Parece acreditar Teresa em mim). 2 - Os verbos deixar, fazer, mandar (chamados cansativos), ver, ouvir e sentir (chamados sensitivos) não formam locução verbal com o infinitivo: constituem as orações Infinitivo-latinas, em que um pronome átono pode exercer a função de sujeito. 57 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ Ex.: Deixe entrar o rapaz = Deixe-o entrar. suj. suj. 3 - Locução verbal não se confunde com tempo composto; este sempre traz o verbo principal no participio. além do que faz parte da conjugação normal possui um nome (pretérito perfeito composto, futuro do presente composto. etc.); a locução verbal tem o verbo principal no gerúndio ou no infinitivo e é empregada para enunciar aspectos ou modos da ação. 4 - Quando o infinitivo pode ser transformado em uma oração não constitui com o verbo anterior uma locução verbal. Ex.: O aluno finge entender (que entende) o assunto. Penso estar (que estou) com a razão. Virgílio crê ser (que é) poeta. Espero encontrar (que encontre) o caminho. Cassiida julga dominar (que domina) o assunto. Se uma expressão verbal despertar dúvida quanto à classificação, aconselha-se considerar como perífrase o caso em estudo, pois o infinitivo nada mais é que um nome com força verbal, o qual muitos nem sequer aceitam como núcleo da oração (caso das orações reduzidas). Suponhamos a frase: O rapaz arriscou-se a pular o muro. Seria a expressão a pular o muro uma oração reduzida de infinitivo objetiva indireta ou arriscar-se a pular seria uma locução verbal? A discussão em torno do caso não é proveitosa; considere-se arriscar-se a pular uma só expressão e analise-se o período como simples. 5 - A intenção do emissor é que determina, muitas vezes, a existência ou não de uma locução verbal. A frase Quero tomar água possibilita duas interpretações: 1a) quero tomar água (e não outro líquido qualquer); neste caso o verbo querer forma com o infinitivo uma locução verbal; 2a) quero tomar água (e não comer alguma coisa ou chupar alguma fruta, etc.); aqui, o verbo querer é trari- shivo direto, e a oração iniciada pelo infinitivo é reduzida objetiva direta. Repare neste par de exemplos: Preciso estudar Português (locução verbal) Preciso estudar Português (oração reduzida) Assim, na frase Quero ficar aqui. e não ali. há locução verbal (quero ficary. Nesta, porém. Quero ir á praia, e não ficar aqui, os infínitivos iniciam orações reduzidas objetivas diretas. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS Os verbos classificam-se em: a) regalares - são aqueles que possuem as desinênsias normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical. Ex.: canto - cantei - cantarei - cantava - cantasse. b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. Ex.: faço - fiz - farei - fizesse. c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa, como, por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fenômenos naturais, como , chover, trovejar, etc. d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no participio. Ex.: matado - morto / enxugado - enxuto. 58 LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l" DIRETRIZ e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Ex.: verbo ser: sou - fui / verbo ir: vou - ia. FORMAS VERBAIS Formas rizotônicas e arrizotônicas Toda palavra tem uma sílaba mais forte: a sílaba tônica. No caso das formas verbais, essa sílaba tônica pode estar dentro ou fora do radical do verbo. Para se obter o radical de um determinado verbo,basta tornar seu iníinitivo e eliminar dele a terminação AR, ER ou IR. Ex.: conhecer - radical: CONHEC passear - radical: PASSE dividir - radical: DIVID Dependendo de apresentar a vogai da sílaba tônica dentro ou fora do radical, uma forma verbal classifica-se em: Forma rizotônica: quando a vogai da sílaba tônica está dentro do radical. radical Ex.: CONHECem vogai da sílaba tônica Forma arrizoiônica: quando a vogai da sílaba tônica está fora do radical. Ex.: CANTaríamos radical vogai da tônica VERBO PRINCIPAL E VERBO AUXILIAR verbo principal: é todo verbo que, na frase, conserva a sua significação plena, total. Ex.: Nós iremos embora e você ficará aqui. verbo auxiliar: é o verbo que se junta a uma forma nominal de um verbo principal para formar os tempos compostos e as locuções verbais. Ex.: A encomenda havia chegado de manhã. v. aux. v. princ. Os principais verbos auxiliares são: ser, estar, ter e haver. FORMAÇÃO DO MODO IMPERATIVO O modo imperativo, que essencialmente indica ordem, subdivide-se em imperativo afirmativo e imperativo negativo. A primeira pessoa do singular do imperativo não existe, porque ninguém dá ordem a si mesmo. As segundas pessoas do imperativo afirmativo vêm do presente do indicativo, sem o s final. As demais vêm do presente do subjuntivo. tais quais elas lá se encontram. O imperativo negativo vem inteiro do presente do subjuntivo. FORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS Eis como se formam os tempos compostos: 1) Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo principal. Ex.: Tenho trabalhado muito. / Havíamos saído cedo. / Tinham posto a mesa no salão. 2) Os tempos compostos da voz passiva se formam com o concurso simultâneo dos auxiliares ter (ou haver) e ser, seguidos do particípio do verbo principal. Ex.: Tenho sido maltratado por ele. / Os dois tinham (ou haviam) sido vistos no cinema. VERBOS REGULARES 59 LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ Primeira conjugação - verbo CANTAR INDICATIVO - (tempos simples) presente: canto, cantas, canta, cantamos, cantais, cantam; pretérito imperfeito: cantava, cantavas, cantava, cantávamos, cantáveis, cantavam; pretérito perfeito: cantei, cantaste. cantou, cantamos, cantaste. cantaram: pretérito mais- que-perfeito: cantara, cântaras, cantara, cantáramos, cantáreis. cantaram: futuro do presente: cantarei, cântaras, cantará, can- taremos, cantareis. cantarão: futuro do pretérito: cantaria, cantadas, cantaria, cantaríamos, cantaríeis, cantariam; (tempos compostos) pretérito perfeito: tenho cantado, tens cantado, tem cantado, temos cantado, tendes cantado, têm cantado; pretérito mais- que-perfeito: tinha cantado, tinhas cantado, tinha cantado, tínhamos cantado, tínheis cantado, tinham cantado; futuro do presente: terei cantado, terás cantado, terá cantado, teremos cantado, tereis cantado, terão cantado; futuro do pretérito: teria cantado, terias cantado, teria cantado, teríamos cantado, teríeis cantado, teriam cantado. SUBJUNTIVO - (tempos simples) presente: cante, cantes, cante, cantemos, canteis, cantem; pretérito imperfeito: cantasse, cantasses, cantasse, cantássemos, cantásseis, cantassem; faturo do presente: cantar, cantares, cantar, cantarmos, cantardes, canta- rem; (tempos compostos) pretérito perfeito: tenha cantado, tenhas cantado, tenha cantado, tenhamos cantado, tenhais cantado, tenham cantado; pretérito mais que-perfeito: tivesse cantado, tivesses cantado, tivesse cantado, tivéssemos cantado, tivésseis cantado, ti- vessem cantado; futuro do pretérito: tiver cantado, tiveres cantado, tiver cantado, tivermos cantado, tiverdes cantado, tiverem cantado. IMPERATIVO - afirmativo: canta (tu), cante (você), cantemos (nós), cantai (vós) cantem (vocês); negativo: não cantes (tu), não cante (você), não cantemos (nós), não canteis (vós), não cantem (vocês). FORMAS NOMINAIS - (infinitivo) presente impessoal: cantar; presente pessoal: cantar, cantares. cantar, cantarmos, cantardes, cantarem; pretérito impessoal: ter cantado; pretérito pessoal: ter cantado, teres cantado, ter cantado, termos cantado, terdes cantado, terem cantado: gerúndio: (presente) cantando: pretérito: tendo cantado; participio: cantado. Fique ligado! 1) Por este modelo se conjugam todos os verbos regulares da 1a conjugação: andar, lavar, saltar, saudar, caçar, suar, etc. 2) Para a formação dos tempos compostos pode-se usar também o verbo haver: hei cantado, havia cantado, etc. 3) Há verbos que merecem reparos, no tocante à grafia e ortoépia. Assim: a) Os verbos em car, como ficar, secar, etc., trocam o e por qu antes de e: fique, fiquei, etc. b) Os terminados em çar, como caçar, abraçar, perdem a cedilha antes do e: cace, cacemos, etc. c) Os verbos em gar, corno jogar, negar, mudam o g em gu antes do e: jogue, joguei, joguemos, etc. d) O verbo roubar escreve-se e pronuncia-se com o ditongo ou: roubo, roubas, rouba, etc., e não robô, róbas, róba. Assim também, estoura, e não estóra, afrouxa, e não afróxa. e) Os verbos em oar só têm acentuado o grupo ôo: vôo, entôo, magôo; magoas, magoe, etc. Excetua-se apenas côas, côa 60
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