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Portugues Modulo I_2

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LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1a DIRETRIZ
Em Português, os substantivos podem ser do
gênero masculino ou feminino: o lápis, o
caderno, a borracha, a caneta.
Podem ser classificados em:
a) substantivos biformes: são os que
apresentam duas formas, uma para o
masculino, outra para o feminino.
Feminino
menino / menina
carneiro / ovelha
Masculino
aluno / aluna
homem /mulher
Fique ligado!
Quando a mudança de gênero não é marcada
pela desinência, mas pela alteração do radical, o
substantivo denomina-se heterônimo, pai / mãe
padrinho / madrinha, bode / cabra, cavaleiro /
amazonas.
b) substantivos uniformes: são os que
apresentam uma única forma, tanto para o
masculino como para o feminino.
Subdividem-se em:
L substantivo epicenos: são substantivos
uniformes que designam animais. Ex.: onça,
jacaré, tigre, borboleta, foca .
Fique ligado!
Caso se queira fazer a distinção entre o mas-
culino e o feminino, deve-se acrescentar as
palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré
fêmea.
2. substantivos comuns de dois gêneros: são
substantivos uniformes que designam pessoas.
Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo
artigo, ou outro determinante qualquer: o artista,
a artista; o estudante, a estudante; este dentista,
aquela dentista; jornalista recém-formado,
jornalista recém-formada.
3. substantivo sobrecomuns: são substantivos
uniformes que designam pessoas. Neste caso, a
diferença de gênero não é especificada por
artigos ou outros determinantes, que serão
invariáveis: a criança, o cônjuge, a pessoa, a
criatura
Fique ligado!
Caso se queira especificar o gênero, procede-
se assim: uma criança do sexo masculino, o
cônjuge do sexo feminino.
Alguns substantivos que apresentam
problema quanto ao gênero
São masculinos:
o anátema
o eclipse
o telefonema
o lança-perfume
o teorema
o fibroma
o trema
o estratagema
o edema
o proclama
São femininos:
a omelete
a cataplasma
a aluvião
a dinamite
a análise
a comichão
açaí
a aguardente
o grama (unid. de peso)
o alvará
o dó (pena, compaixão)
o formicida
o ágape
o guaraná
o caudal
o plasma
o champanha
o clã
a aguardente
aderme
a bacanal
a omoplata
a libido
a ênfase
a sentinela
a alface
31
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ
a derme
a bacanal
a ênfase
a sentinela
a hélice
a hélice
a omoplata
a libido
a alface
açaí
Mudança de gênero com mudança de sentido
Alguns substantivos, quando mudam de
gênero, mudam de sentido. Veja alguns
exemplos:
• o cabeça (o chefe, o líder) / a cabeça (parte
do corpo)
• o capital (dinheiro, os bens) / a capital
(cidade principal)
• o rádio (aparelho receptor) / a rádio (estação
transmissora)
• o moral (ânimo) / a moral (parte da
filosofia; conclusão)
. o lotação (veículo) / a lotação (capacidade)
. o lente (professor) / a lente (vidro de
aumento)
NUMERO
1. Os substantivos admitem flexão de
número (singular ou plural). A indicação do
plural geralmente é feita pelo acréscimo da
desinência S à forma do singular.
Ex.: o aluno - os alunos / o mestre - os
mestres
2. Os substantivos terminados em AL, EL,
OL e UL fazem o plural da seguinte forma:
o jornal - os jornais / o pastel - os pastéis
o anzol - os anzóis / o paul - os pauis*
* paul significa pântano
3. Os substantivos terminados em IL fazem
plural da seguinte forma:
a) se forem oxítonos: o funil - os funis
b) se forem paroxítonos: o fóssil - os fósseis
4. Os substantivos terminados em R e Z
fazem o plural com o acréscimo de es: o pastor -
os pastores / a cruz - as cruzes
5. Os substantivos terminados em N fazem o
plural com o acréscimo de es ou s (a última
forma é mais usada): o hífen - os hífenes ou
hifens
6. Os substantivos terminados em AO fazem
o plural:
a) com o acréscimo do s: o órfão - os órfãos
b) com a transformação do AO em ÃES: o
alemão os alemães
c) com a transformação de AO em ÕES: o
leão - os leões
Fique ligado!
Os aumentativos fazem o plural em ões:
casarões, homenzarrões.
7. Os substantivos oxítonos terminados em S
fazem o plural pelo acréscimo de es: francês -
franceses
país - os países
Fique ligado!
Quando não são oxítonos, os substantivos
terminados em S permanecem invariáveis no
plural.
Ex.: o lápis - os lápis / o tênis - os tênis
8. Os substantivos terminados em X não se
alteram no plural.
Ex.: o tórax - os tórax
9. Alguns substantivos, além da desinência s,
trazem como marca de plural a passagem de o
fechado (ô) para o aberto (ó) na pronúncia. Esse
32
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
caso é chamado de plural metafônico, palavra
derivada de metafonia (meta = mudança; fonia =
som).
Ex.: o posto, os postos / o osso - os ossos
10. Há substantivos que só se usam no
singular ou no plural.
Ex.: a fé, a caridade, os pêsames
11. Há substantivos que mudam de sentido
caso sejam empregados no singular ou no
plural.
Ex.: Hoje a féria foi pequena. (=
lucro, ganho).
Hoje começam as férias escolares. (=
descanso)
Plural dos substantivos compostos
1. Quando o substantivo composto não é
separado por hífen, o plural se faz normalmente
por meio da desinência s.
Ex.:o vaivém - os vaivéns / o passatempo - os
passatempos
2. Quando o substantivo composto é
separado por hífen, temos os seguintes casos:
a) Variam todos os elementos se eles forem
substantivos, adjetivos ou numerais.
Ex.: o cartão postal/os cartões postais
a carta-bilhete / as cartas-bilhetes
o boa-vida / os boas-vidas
Fique ligado!
Quando o 2° elemento indica característica
ou qualidade do 1°, geralmente só este vai para
o plural. Ex.: o salário-família / os salários-
família
b) Apenas o 2° elemento vai para o plural
quando:
- o 1° elemento é um verbo ou palavra
invariável.
Ex.: o abaixo-assinado - os abaixo-assinados /
o arranha-céu - os arranha-céus
- o substantivo é composto de palavras
repetidas ou onomatopaicas.
Ex.: o reco-reco - os reco-recos / o tico-tico -
os tico-ticos
- o 1° elemento é grão, grã ou bel seguido de
substantivo:
Ex.: o grão-mestre - os grão-mestres
c) Apenas o 1° elemento vai para o plural
quando eles forem ligados por preposição.
Ex.: o pé de moleque - os pés de moleque
d) Os dois elementos ficam invariáveis
quando o substantivo é composto de verbos de
sentidos opostos ou de palavras que não
admitem llexão.
Ex.: o leva-e-traz - os leva-e-traz / o bota-fora
- os bota-fora
GRAU
O grau dos substantivos é a propriedade que
essas palavras têm de exprimir as variações de
tamanho dos seres.
São dois os graus dos substantivos: o
aumentativo e o diminutivo.
Grau aumentativo
O grau aumentativo exprime um aumento do
ser relativamente ao seu tamanho normal. Pode
ser formado sintética ou analiticamente.
1°) Aumentativo sintético: forma-se com
sufixos aumentativos, sendo os mais comuns:
aça: barcaça, barbaca, populaça, caraça
aço: balaço, calhamaço, volumaço
alha: muralha, gentalha, fornalha
ao: (com variantes -alhão, -arão, -zarrão, -
eirão, -zão): cavalão, garraíao, vagalhão,
casarão, homenzarrão, tarrão, vozeirão, pezão.
33
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1a DIRETRIZ
arra: bocarra, naviarra
ázio: copázio, balázio
ona: mulherona, vacona, pernona,
vozona
orra: cabeçorra, beiçorra, patorras,
manzorra
uça: dentuça
aréu: povaréu, fogaréu, folharéu
2°) Aumentativo analítico: forma-se com o
auxílio do adjetivo grande, ou outros de mesmo
sentido: letra grande, pedra enorme, estátua
colossal, obra gigantesca, planície imensa.
Grau diminutivo
O grau diminutivo exprime um ser com seu
tamanho normal diminuído. Pode ser formado
sintética ou analiticamente.
1°) Diminutivo sintético: forma-se com
sufixos diminutivos. Eis os mais comuns:
acho: riacho
ebre: casebre
eco: livreco, jornaleco, boieco
ejo: lugarejo, animalejo, vilarejo
elho: rapazelho, artiguelho
eto, eta: poemeto, saleta, maleta
ete: filete, diabrete
ico: burrico, namorico
im: espadim, flautim, selim
inho: livrinho, dedinho
inha: casinha, janelinha
zinho, zinha: irmaozinho, irmãzinha
isco: chuvisco, pedrisco
ito, ita: mosquito, cabrito, senhorita
oca: sitioca, engenhoca
olá: sacola,bandeiroJa,rapazola,
casinhola, arteríola
ote: velhote, serrote, caixote,
morrote
ucho: papelucho
(c)ulo,radícula
(c)ulaiglóbulo, homúculo,
2°) Diminutivo analítico: forma-se com o
adjetivo pequeno, ou outro de igual sentido.
Exemplos: chave pequena, casa pequenina,
sempre minúscula.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 - (Cesgranrio) Assinale a palavra que só
pode ser empregada em um gênero:
a) eletricista
b) colega
c) chefe
d) testemunha
e) servente
2 - (UNI-RIO) Nas palavras abaixo, há um erro
de flexão. Assinale-a:
a) irmãozinhos
b) exportaçoezinhas
c) lençoizinhos
d) papelzinhos
e) heroizinhos
3 - (FESP) Assinale a alternativa que contenha
substantivos, respectivamente, abstrato, concreto
e concreto.
a) fada, fé, menino
b) fé, fada, beijo
c) beijo, fada, menino
d) amor, pulo, menino
e) menino, amor, pulo
4 - (Carlos Chagas) Assinale a alternativa em
que as formas do plural de todos os substantivos
se apresentam de maneira correta:
a) alto-falantes, coracãozinhos. afazeres,
viveres;
b) espadas, frutas-pão, pé-de-moleques,
peixe-bois;
c) vaivéns, animaizinhos, beija-flores,
águas-de-colônia;
d) animaizinhos, vaivéns, salários-família,
paste l zinho s;
34
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO T DIRETRIZ
e) guardas-chuvas. guarda-costas, guardas-
civis, couves-flores.
5 - (TRE-SP) As crianças colhiam
jardim.
no
tu 11.
a) amor-perfeitos - sempres-vivas
b) amor-perfeitos - sempre-vi vás
c) amores-perfeito s - sempre-vivas
d) amores-perfeitos - sempres-vivas
e) amor-perfeitos — sempres-v""1-viva
6 - (TRE-SP) Os
aumento dos
a)
requereram
escrivães - salários-família
b) escrivães - salários-famílias
c) escrivães - salário-famílias
d) escrivães - salários-família
e) escrivães — salários-famílias
7 - (NCE) No termo o bem ocorre uma:
a) adverbialização
b) adjetivação
c) pronominalização
d) substantivação
e) qualificação
8 - (TRE-MT) O termo que faz o plural como
"cidadão" é:
a) limão
b) órgão
c) guardião
d) espertalhão
e) balão
9 - (Técnico Judiciário - TRT) O plural de
"café-concerto" é "cafés-concerto". A palavra a
seguir que faz o plural do mesmo modo é:
a) segunda-feira
b) tenente-coronel
c) quebra-cabeça
d) caneta-tinteiro
e) sempre-viva
10 - (INPI - NVE) gatos, aves, e cães no
diminutivo plural teriam como formas corretas:
a) gatinhos, avesinhas, cãesinhos
b) gatinhos, avezinhas, cãezinhos
c) gatosinhos, avesinhas, cãeszinhos
d) gatitos, avesitas, cãozitos
e) gatinhos, avezinhas. cãeszinhos
1 1 - (INPI - NCE) "Matérias-primas" faz plural
da mesma forma que:
a) porta-voz
b) guarda-comida
c) bem-te-vi
d) aluno-mestre
e) pisca-pisca
12 - (Técnico Judiciário Juramentado - TJ -
NCE) "Eclipse" é palavra masculina; o vocábulo
feminino entre os que estão abaixo é:
a) mármore
alface
telefonema
b)
c)
d)
e)
prisma
cataclisma
35
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
ARTIGO
Do ponto de vista semântico, o artigo é uma
palavra que serve para determinar ou
indeterminar o substantivo a que se refere. Daí a
subdivisão em:
Artigo definido: o, a, os, as. Serve para
particularizar (definir) um elemento entre tantos
da mesma espécie.
Ex.: O jornal publicou a notícia.
Artigo indef in ido : um, uma, uns, umas.
Serve para designar qualquer elemento de uma
espécie.
Ex.: Um jornal publicou uma notícia.
•
O artigo se flexiona em:
gênero: o - a / um - uma
número: o - os / um - uns
Fique ligado!
Para conferir se uma determinada palavra
é realmente artigo, basta trocar o substantivo
que vem depois dela por outro de gênero
oposto. Se a palavra em estudo mudar de
gênero (concordando com o novo
substantivo), então ela será realmente artigo.
Ex.: A menina voltou cedo
Se trocarmos menina por menino, teremos:
O menino voltou cedo.
Portanto, o A do exemplo é realmente artigo,
que está concordando com o substantivo
menina.
Fique ligado!
A anteposição do artigo pode substantivar
qualquer palavra.
O "a" é uma vogai
Artigo substantivo
Triste palavra é um "não" artigo
substantivo
Fique ligado!
Sobre o emprego do artigo
1. Ambas as mãos
Usa-se o artigo entre o numerai ambos e o
substantivo.
Ex.: Ambas as mãos são perfeitas.
2. Estou em Paris / Estou na
famosa Paris
Não se usa artigo antes de nomes de cidade,
a menos que venham determinados por palavras
adjetivas ou expressões equivalentes.
3. Em um / num
Os artigos definidos e indefinidos podem
combinar-se com preposições: de + o > do, de +
a > da, etc.
As formas de + um e em + um podem-se
usar combinadas (dum e num) ou separadas (de
um, em um).
Ex.: Estava em uma cidade grande. / Estava
numa cidade grande.
4. É hora de a notícia chegar
Frases desse tipo são corretas. A preposição
de não se combina com o artigo a, pois, de fato,
essa preposição está relacionando a palavra hora
a chegar e não a notícia, como se pode notar
pelo esquema que segue:
É hora de chegar / e
não
É hora da notícia.
É hora de a notícia chegar.
5. Não se deve usar artigo antes das
palavras casa (no sentido de lar, moradia) e
36
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1a DIRETRIZ
:erra (no sentido de chão firme), a menos que
venha especificadas.
Eles estavam em casa, mas Eles estavam na
casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra, mas
Os marinheiros permaneceram na terra dos
anões.
6. Depois do pronome indefinido "todo"
emprega-se artigo quando se quer dar idéia de
inteiro, totalidade. Quando sequer dar idéia de
qualquer, omite-se o artigo.
Ele leu todo o livro, (o livro inteiro)
Todo homem é mortal, (qualquer homem)
Todo o país comemorou a conquista, (o país
inteiro)
Todo país tem seu governo, (qualquer país.
cada país)
7. Nunca deve ser u*ado artigo depois do
pronome relativo cujo (e ílexões).
Este é o homem cujo amigo
desapareceu. Este é o autor cuja obra
conheço.
8. É facultativo o emprego do artigo
definido diante dos pronomes possessivos.
Deixaram meu livro na sala, ou Deixaram o
meu livro na sala.
Não conheço sua namorada, ou Não conheço
a sua namorada.
9. Não se combina com preposição o artigo
que faz parte do nome de revistas, jornais,
obras literárias.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo. / A
notícia foi publicada em O Globo.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
l - (ESAN-SP) Em qual dos casos o artigo
denota familiaridade?
a. O Amazonas é um rio imenso.
b. D. Manoel, o Venturoso, era bastante esperto.
c. O Antônio comunicou-se com o João.
d. O professor João Ribeiro está doente.
e. Os Lusíadas são um poema épico.
2 - (UFUB-MG) Em uma das frases, o artigo
definido está empregado erradamente, Em qual?
a. A velha Roma está sendo modernizada.
b. A "Paraíba" é uma bela fragata,
c. Não reconheço agora a Lisboa do meu tempo.
d. O gato escaldado tem medo de água fria.
e. O Havre é um porto de muito movimento.
3 - (Univ. Fed. Pará) Observe o uso do artigo
nas seguintes frases:
I. "...perdia a sua musculatura estudando em
Belém".
II. "...até invejou o fumar do vaqueiro".
III . "...dela a escola era um lombo de búfalo".
IV. "De repente foi ouvido que andava pelo
Por Enquanto uma pequena..."
Em quais delas foi usado o recurso da
substantivacão?
a. Em I e II.
b. Em I e III.
c. Em II e III.
d. Em II e IV.
e. Em III e IV.
37
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l1 DIRETRIZ
ADJETIVO
Adjetivo é a palavra que modifica o
substantivo, atribuindo-lhe uma característica,
qualidade ou estado.
Fique ligado!
Uma palavra só será classificada como
adjetivo em função do contexto em que estiver.
Observe a ocorrência da palavra italiano
nestas orações:
1. Um professor italiano visitou a escola.
subst. adjetivo
2. Um italiano visitou a escola.
substantivo
No 1° caso, italiano modifica o substantivo
professor, portanto, é um adjetivo.
No 2° caso, italiano é uma palavra que
designa um ser, logo, é substantivo.
Adjetivos pátrios
Entre os adjetivos existem os que designam a
nacionalidade, o lugar de origem de alguém ou
de alguma coisa: são os adjetivos pátrios.
Citemos alguns:
Brasília - brasiliense / Nova Zelândia -
neozelandês. Campos - campista / Londres -
londrino
Locução adjetiva
Locução adjetiva é uma expressão que
eqüivale a um adjetivo:
Presente do rei - presente régio
Amor de filho = amor filial
Paixões sem freio = paixõesdesenfreadas
Formação do adjetivo
Quanto à formação,o adjetivo pode ser:
1. primitivo (o que não deriva de outra
palavra): bom, forte, feliz.
2. derivado (o que deriva de substantivos
ou verbos): famoso, carnavalesco, amado.
etc.
3. simples: brasileiro, escuro, etc.
4. composto: luso-brasileiro. castanho-
escuro, etc
Flexão do adjetivo
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
GÊNERO
Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser:
a) uniforme: quando apresenta uma única
forma para os dois gêneros.
masculino feminino
homem inteligente mulher inteligente
homem simples mulher simples
aluno feliz aluna feliz
b) biforme: quando apresenta duas formas:
uma para o masculino, outra para o feminino.
masculino feminino
homem simpático mulher simpática
homem alto mulher alta
aluno estudioso aluna estudiosa
NÚMERO
38
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l" DIRETRIZ
a) adjetivos simples: os adjetivos simples
formam o plural da mesma maneira que os
substantivos simples:
singular
pessoa honesta
regra fácil
homem feliz
Fique ligado!
plural
pessoas honestas
regras fáceis
homens felizes
Os substantivos empregados como adjetivos
ficam invariáveis.
singular
blusa vinho
camisa rosa
camisa verde-abaeate
abacate
sapato marrom-café
café
plural
blusas vinho
camisas rosa
camisas verde-
sapatos m afron-
ta) Adjetivos compostos: como regra geral,
nos adjetivos compostos somente o último
elemento varia, tanto em gênero quanto em
número.
acordo sócio-político-econômico - acordos
sócio-político-econômicos
causa sócio-político-econômica - causas
sócio-político-econômicas
acordo luso-franco-brasileiro - acordos luso-
franco-brasileiro s
lente côncavo e convexa - lentes côncavo-
convexas
camisa verde-clara - camisas verde-claras
sapato marrom-escuro - sapatos marrom-
escuros
Fique ligado!
os adjetivos compostos azul-marinho e azul-
celeste ficam invariáveis.
blusa azul-marinho - blusas azul-marinho
camisa azul-celeste - camisas azul-celeste
No adjetivo composto surdo-mudo, ambos os
elementos variam.
menino surdo-mudo - meninos surdos-mudos
menina surda-muda - meninas surdas-mudas
GRAU
O adjetivo pode apresentar-se no grau
comparativo, quando a qualidade que ele
expressa está em comparação com a de outros
seres, e no grau superlativo. quando a
qualidade expressa pelo adjetivo apresenta-se
em grau elevado.
A mudança de grau do adjetivo pode ser
obtida por dois processos:
a) sintético: quando a alteração de grau é
feita através de sufixos.
Ex.: Esta casa é agradabilíssima.
b) analítico: quando a alteração de grau é
feita pelo acréscimo de alguma palavra que
modifique o adjetivo.
Ex.: Esta casa é muito agradável.
Grau comparativo
comparativo de igualdade: A casa é tão
antiga quanto o homem.
comparativo de superioridade: A casa é
mais antiga que (do que) o homem,
comparativo de inferioridade: A casa é
menos antiga que (do que) o homem
Grau superlativo
superlativo absoluto: quando a
qualidade é intensificada sem comparação
39
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
explícita com outros seres:
A vida é curtíssima. /A vida é muito curta.
O superlativo absoluto pode ser formado
pelos processos:
sintético: através de sufixos (íssimo; imo;
érrimo).
Ex: belo - belíssimo alto - altíssimo
analítico: através de palavras soltas (no caso,
advérbios) designativas de intensidade.
Ex: belo - muito belo branco -
excessivamente branco
superlativo relativo: indica que uma
qualidade é atribuída, no grau mais intenso, a
um ou vários elementos de um conjunto.
Ex: Ele foi o mais veloz de todos. / Fizeram-
lhe as mais severas críticas.
Fique ligado!
Note-se que o superlativo relativo dis-
tingue-se do comparativo de superioridade
pela anteposição do artigo (o, a, os, as) ao
advérbio mais (ou menos).
O superlativo relativo pode ser:
de superioridade: Chegou ao Brasil a mais
alta autoridade em Física do mundo.
de inferioridade: Escolheram o menos hábil
mediador.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
l-(AFÃ)
ANDORINHA
''Andorinha lá fora está dizendo:
Passei o dia a toa!
Andorinha, andorinha minha cantiga é mais
triste!
Passei a vida à toa, à toa..."
Em "...minha cantiga é mais triste! Temos um:
a. comparativo de inferioridade;
b. comparativo de superioridade;
c. superlativo absoluto sintético;
d. superlativo absoluto analítico.
I - (NCE) Em que item a seguir o adjetivo tem
valor claramente subjetivo?
a. próxima sexta-feira
b. bom espaço
c. líderes comunitários
d. panos brancos
e. oração silenciosa
3 - (Cesgranrio) Assinale a opção em que a
locação grifada tem valor adjetiva:
a. "Via aos pés o lado adormecido".
b. "O menino de propósito afrontou a vertigem".
c. "Enquanto o Barão de pé, na margem sorria
com orgulho".
d. "Conhecendo a força de atração do abismo".
e. "A idéia de vingança agora o enchia de
horror".
4 - (Cesgranrio) Assinale a opção em que o
termo grifado, quando posposto ao substantivo,
muda de significação e passa a pertencer a outra
classe de palavras:
a. Complicada solução,
b. Certos lugares;
c. Inapreciável valor;
d. Engenhosos métodos;
e. Extraordinária capacidade.
5 - (Cesgranrio) Assinale a opção em que a
locução grifada tem valor adjetivo.
a. "comprou o papel de seda"
b. "cortou-o com amor".
c. "mudava de cor".
d. "gritava com maldade".
e. "salteou-o com atiradeiras".
40
L I N G L A PORTUGUESA- CURSO T DIRETRIZ
6 —(Univ . Fer. De Juiz de Fora-MG) A
respeito da frase: "eu não sou propriamente um
autor defunto, mas um defunto autor..."
(Machado de Assis), são feitas as seguintes
afirmações:
I. Xo primeiro caso, AUTOR é substantivo;
DEFUNTO é adjetivo.
II. No segundo caso, DEFUNTO é substantivo;
AUTOR é adjetivo.
III. Em ambos os caso, tem-se um
substantivo composto.
Assinale:
a. Se I e II forem verdadeiras
b. Se I e III forem verdadeiras
c. Se II e III forem verdadeiras
d. Se todas forem verdadeiras
e. Se todas forem falsas
-(Univ. Fed. L berlàndia-MG) "Talvez
seja bem que o proprietário do imóvel desconfiar
de que ele não é tão imóvel assim".
As palavras destacadas são. respectivamente:
a. substantivo e substantivo
b. substantivo e adjetivo
c. adjetivo e verbo
d. advérbio e adjetivo
e. adjetivo e advérbio
8- (Ministério Público RJ - NCE) o adjetivo
abaixo de valor nitidamente subjetivo é:
a. imprensa brasileira
b. proposta milionária
c. incitamento racista
d. jovem negro
e. brilhante futuro
9- (NCE) Nos segmentos "torres gêmeas",
"manchete ruim", "jornal brasileiro" e "filme
açucarado", os adjetivos de caráter claramente
objetivo são:
a. gêmeas / ruim
b. gêmeas / brasileiro
c. ruim / brasileiro
d. brasileiro / açucarado
e. ruim / açucarado
10 - (Cepel - NCE) Em "...com folhas de
um verde limpo.", caso houvesse o adjetivo
"verde limpo", esse segmento do texto seria
corretamente escrito:
a. folhas verdes-limpo
b. folhas verdes-limpas
c. folhas verde-limpas
d. folhas verde-limpo
e. folhas verdes-limpos
1 1 - (Emgepron - NCE) Entre os itens abaixo,
o adjetivo sublinhado que mostra um caráter
subjetivo, ou seja. uma opinião do autor, é:
a) multidão imensa:
b) espetáculo emocionante:
c) sentido elevatório:
d) imprensa política:
e) aeronauta brasileiro.
12 - (ANTT - NCE) A frase que não
apresenta qualquer exemplo de comparativo ou
superlativo é:
a. "atender rapidamente os feridos";
b. "registram-se os mais elevados índices";
c. "para salvar o maior número de vítimas";
d. "dirigir nas estradas não é tarefas das mais
fácies";
e. "exigiu a maior concentração de máquinas
rodoviárias".
41
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
NUMERAL
Dá-se o nome de numerai à palavra que
quantifica os seres ou indica a posição que
podem ocupar numa série. Os numerais
dividem-se em:
a) cardinais: indicam quantidade: um. dois.
três. quatro, cinco
b) ordinais: indicam ordem de sucessão:
primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto
c) multiplicativos: indicam multiplicação:
dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo.
d) fracionários: indicam divisão, fração:
mero, metade, terço, quarto.
Fique ligadol
Incluem-se entre os numerais as seguintes
palavras:
1) zero: grau zero, zero hora, zero quilômetro.
2) ambos (= os dois, um e outro), ambas (=
as duas, uma e outra).3) par, dezena, década,/ dúzia, vintena,
centena, centúria, grossa, milheiro, milhar, e
outros coletivos que indicam um agrupamento
numericamente determinado, exato.
4) biênio, triênio, quadriênio, lustro ou
qüinqüênio, década ou decênio, milênio,
centenário e sesquicentenárío (150 anos), que
são numerais coletivos referentes a anos.
Alguns numerais cardinais e ordinais
apresentam formas variantes.
Exemplos: quatorze / catorze; bilhão / bilião;
septuagésimo / setuagésimo. Entretanto, as
formas cincoenta (50) e hum (1), ainda que
usadas nas relações bancárias, não são
registradas e, portanto, devem ser tidas como
erradas.
Quando falamos de papas, reis, príncipes,
anos. séculos, capítulos, etc., empregamos de l a
10 os ordinais: de 11 em diante, os cardinais.
Exemplos:
João Paulo II (segundo } João XXIII (vinte e
Henrique VIII (oitavo) Luís XV (quinze)
Se o numerai aparece anteposto, é lido como
ordinal sempre.
Exemplos:
XX Bienal do Livro (vigésima) XVI
capítulo da telenovela (décimo sexto)
VI Festival Internacional (sexto) / XXI Salão
do Automóvel (vigésimo primeiro)
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 - (UNI-RIO) para CEM, a língua só tem uma
forma de ordinal, CENTÉSIMO, usado pelo
autor. Assinale o item, em que o ordinal
correspondente ao cardinal admite duas formas:
a. 100
b. 90
c. 13
d. 7
e. 600
2 - (PUCCAMP-SP) Os ordinais referentes aos
números 80, 300, 700 e 90 são respectivamente:
a. octogésimo, trecentésimo, septingentésimo,
nongentésimo;
b. octogésimo, trecentésimo, septingentésimo,
nonagésimo;
c. octingeníésimo, tricentésimo. septuagésimo,
nonagésimo;
42
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1' DIRETRIZ
d- octogésimo. tricentésimo, septiagésimo,
nongentésimo;
e. nenhuma das respostas anteriores
3 - (Univ. Fed. De Juiz de Fora - MG) marque
o emprego incorreto do numerai:
a. Século III (três)
b. Página 102 (cento e dois)
c. 80° (octogésimo)
d. Capítulo XI (onze)
e. X tomo (décimo)
4 - (Fupe) Indique o item em que os
numerais estão corretamente empregados:
a. Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo
primeiro.
b. Após o parágrafo nono, virá o parágrafo
décimo.
c. Depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo
primeiro.
d. Antes do artigo dez vem o artigo nono.
e. O artigo vigésimo segundo foi revogado.
5 - (FMI") Sabendo-se que os numerais
podem ser cardinais. ordinais. multiplicativos e
fracionários. podemos das os seguintes
exemplos:
a. Um (cardinal), primeiro (ordinal), Leão onze
(multiplicativo) e meio (fracionário)
b. Um (cardinal), milésimo (ordinal), undécuplo
(multiplicativo) e meio (fracionário)
c. Um (ordinal), primeiro (cardinal), Leão onze
(multiplicativo) e meio (fracionário)
d. Um (ordinal), primeiro (cardinal), cêntuplo
(multiplicativo) e centésimo (fracionário)
e. Um (cardinal), primeiro (ordinal), duplo
(multiplicativo) não existindo numerai
determinado fracionário.
6 - (Corregedoria Geral da Justiça - RJ -
NCE) "Mas estamos em pleno século XX...". O
item abaixo em que devemos ler o algarismo
romano como ordinal é:
a. no século XI antes de Cristo;
b. o papa recebeu o nome de João XXIII;
c. No século XII da nossa era;
d. Inocêncio X foi papa;
e. Luís XV foi rei da França.
43
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1' DIRETRIZ
PRONOME
Toda palavra que substitui ou acompanha um
substantivo, indicando a pessoa gramatical, é um
pronome.
Exemplo: Ela veio, mas não a vi.
Ela e a são pronomes porque substituem um
substantivo qualquer, indicando a 32 pessoa
gramatical.
Nossa casa é aquela barraca.
Nossa e aquela são pronomes porque
acompanham um substantivo; nossa indica a 1a
pessoa; aquela, a 3a.
Os pronomes que substituem o substantivo
são chamados pronomes substantivos; os que
acompanham o substantivo são denominados
pronomes adjetivos.
Portanto:
Ela veio, mas não a vi. (ambos são pronomes
substantivos)
Nossa casa é aquela barraca, (ambos são
pronomes adjetivos)
Nossa casa é aquela, (nossa = pronome
adjetivo; aquela = pronome substantivo.)
São seis os tipos de pronome:
pessoais
indefinidos
possessivos
interrogativos
demonstrativos
relativos
Pronomes Pessoais
Pronomes pessoais são aqueles que representam
as pessoas do discurso:
1a pessoa: quem fala, o emissor.
Eu saí. Nós saímos.
Convidaram-me. Convidaram-nos.
2a pessoa: com quem se fala, o receptor.
Tu saíste. Vós saístes.
Convidaram-te. Convidaram-vos
3a pessoa: de que ou de quem se fala, o
referente.
Ele saiu. Eles saíram.
Convidei-o. Convidei-os.
TABELA PRONOMES PESSOAIS
!
rronome>
Oblíquo*
Número Pessoa Rti - Tônicos
singular
plural
]'
21
3a
1a
2"
3J
Eu
tu
ele, ela
Nós
vós
eles, elas
mim,
comigo
t>,
contigo
ele.
ela
si.
consigo
conosco
convosco
eles.
elas
si.
consigo
Alonoí
me
te
se, o, a.
lhe
nos
vos
se, os.
as
lhes
Uso dos pronomes pessoais
1. Colocados antes do verbo, os pronomes
oblíquos da 3a pessoa apresentam sempre a
forma o, a, os, as.
Ex.: Eu os encontrei ontem.
Os pronomes acompanhados das palavras
"só" ou "todos" assumem a forma do caso reto.
Ex.: Eu vi só ele ontem à noite. / O diretor
recebeu todos eles
2. Colocados depois do verbo, os pronomes
44
L Í N G U A PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
- _ _ : _ : - - -^ '•
: : -7 :^
apresentam as
a ) o, a, os, as - se o verbo terminar em vogai
ou ditongo oral.
Ex.: Vejo-as. /Encontrei-o.
b) Io. Ia. los, Ias: se o verbo terminar em r,
s ou z.
Ex.: Vou encontrar o livro - vou encontrá-lo.
Vimos o menino - vimo-lo.
Pedro faz as lições agora. - Pedro fá-las agora.
Observe que os verbos perdem as consoantes
r, s e z nesses casos.
se vierem depois da palavra eis e dos
pronomes nos e vos.
Ex.: A prova do crime? Ei-la. /
O motivo de seu gesto? O tempo no-lo
dirá.
Observe que as palavras eis, nos e vos
também perdem o s final nesses casos.
c) no, na, nos, nas - se o verbo terminar em
ditongo nasal.
Ex.: Eles fizeram as provas. - Fizeram-
nas.
Põe a luva aqui. - Põe-na aqui.
3. Os pronomes eu e tu, do ponto de vista da
gramática normativa do Português culto, não
devem ser acompanhados de preposição. Assim,
deve-se escrever:
"Entre mim e ti não há segredos" (e não
"entre eu e tu").
Não confundir, porém, frases desse tipo com
a construção: "Isto é para eu fazer" (ou "tu
fazeres"). Nesses casos, a preposição para não
está regendo os pronomes e sim o verbo. A
construção é. pois. correta. Incorreto seria
escrever. "Isto é para mim fazer."
4. Quando usados com a preposição com, os
pronomes nós e vós assumem a forma conosco e
convosco. Mas, se vierem acompanhados por
um modificador como todos, outros, mesmos,
próprios ou um numerai, não se alteram.
Ex.: Ele sairá conosco hoje. Ele sairá com
todos nós hoje. Ele sairá com nós dois.
5. As preposições de e em podem contrair-se
com os pronomes retos da 33 pessoa (ele, ela,
eles, elas), resultando nas formas: dele, dela,
deles, delas, nele, nela, neles, nelas.
Ex.: Abra o carro, pois dentro dele está meu
material. Abra a pasta, pois nela esqueci a
caneta.
Quando os pronomes exercem a função de
sujeito, com as preposições referindo-se ao
infinitivo, a contração não se realiza. Ex.: Já é
hora de ela saber a verdade.
6. Os pronomes átonos me, te, lhe, nos, vos
podem ser empregados com sentido possessivo,
sobretudo quando se referem a partes do corpo.
Ex.: Apertou-me as mãos. (= minhas).
PRONOMES DE TRATAMENTO
Na categoria dos pronomes pessoais,
incluem-se os pronomes de tratamento. Referem-
se à pessoa a quem se fala, embora a
concordância deva ser feita com a 3a pessoa.
Convém notar que, exceção feita a você, esses
pronomes são empregados no tratamento
cerimonioso
Pronome
Vossa Alteza
Vossa
Eminência
Vossa
Abreviatura
V.A.
V.Em.a
V.Ex.a
Emprego
Príncipes e
duques
Cardeais
Altas
45
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ
Excelência
Vossa
Magnificência
Vossa
Reverendíssima
Vossa
Santidade
Vossa Senhoria
Vossa
Majestade
V.Mag.3
V.Rev.8
V.S.
v.s.a
V.M.
autoridades,
em geral
Reitores de
universidades
Sacerdotes
em geral
Papas
Funcionários
graduados
Reis.
imperadores
São também pronomes de tratamento: o
senhor, a senhora, você, vocês.
PRONOMES POSSESSIVOSDá-se o nome de pronomes possessivos às
palavras que, além da pessoa gramatical,
indicam a idéia de posse. Ex.: Aqui está o meu
livro.
Os pronomes possessivos são os seguintes:
Número
singular
plural
Pessoa
r
2a
3a
1a
2a
3a
Pronomes
possessivos
Meu, minha,
meus, minhas
Teu, tua, teus,
tuas
Seu, sua, seus,
suas
Nosso, nossa,
nossos, nossas
Vosso, vossa,
vossos, vossos
Seu, sua, seus,
suas
Uso dos pronomes possessivos
1. O uso do pronome possessivo da 3a pessoa
pode provocar, às vezes, a ambigüidade da frase.
Ex.: Pedro me disse que Maria está ferida em
sua casa.
Nesse exemplo, o pronome sua torna o
sentido ambíguo, pois pode referir-se tanto à
casa de Pedro como à de Maria. No caso, usa-se
o pronome dele (dela, deles, delas) para desfazer
a ambigüidade: Pedro me disse que Maria estava
ferida na casa dela.
2. Os possessivos podem indicar aproximação
numérica e não posse.
Ex.: Ele deve ter seus quarenta anos.
3. A forma "seu" em expressões do tipo: "Seu
João, venha cá!" não tem valor possessivo,
pois é uma alteração fonética da palavra
senhor.
4. Em frases onde se usam pronomes de
tratamento, o pronome possessivo fica na
3a pessoa.
Ex.: Vossa Excelência trouxe sua
mensagem?
5. Referindo-se a mais de um substantivo, o
possessivo concorda com o mais próximo.
Ex.; Trouxe-me seus livros e
"anotações.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Os pronomes demonstrativos servem para
indicar a posição de um ser em relação à pessoa
gramatical.
Ex.: Este livro é ótimo.
Quando faço essa afirmação, digo que o livro
se encontra perto de mim (1a pessoa) e longe do
ouvinte (2a pessoa). Outro exemplo: Esse livro é
ótimo.
Quando faço essa afirmação, digo que o livro
está longe de mim (1a pessoa) e perto do ouvinte
(2a pessoa).
46
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO T DIRETRIZ
Mais um exemplo: Aquele livro é ótimo.
Ao fazer essa afirmação, digo que o livro está
.cr.ge de mim e do ouvinte, portanto de ambas as
pessoas (1a e 3a).
Os pronomes demonstrativos são estes:
1a pessoa este, esta, estes, estas, isto
2a pessoa esse, essa, esses, essas,
isso
3a pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas,
aquilo
São também pronomes demonstrativos: o
(quando eqüivale a aquele, aquela, aquilo),
rnesmo, próprio, semelhante, tal.
Uso dos pronomes demonstrativos
1. Quando numa frase queremos retomar
elementos já enunciados, usamos aquele (e
variações) para o elemento que foi referido em
primeiro lugar e este (e variações) para o que foi
referido em último lugar.
Ex.: Pais e mães vieram à festa de encerramento;
aqueles, sérios e orgulhosos, estas, elegantes e
risonhas
2. Os pronomes demonstrativos também podem
servir como palavras de função intensifícadora
ou depreciativa, dependendo do contexto.
Ex.: Ele fez a jogada com aquela calma,
(expressão intensifícadora)
Não ligue para ele; aquilo é um covarde!
(expressão de desprezo)
3. As formas nisso e nisto (contrações da
preposição em com os demonstrativos isso e
isto) podem ser usadas com o valor de "então"
ou "nesse momento."
Ex.: A festa estava desanimada; nisso, a
orquestra atacou um samba e todos saíram
contentes a dançar.
4. Os demonstrativos esse, essa, esses, essas po-
dem ser usados para destacar um elemento
anteriormente expresso.
Ex.: Ninguém ligou para o incidente, mas os
irmãos da vítima, esses resolveram tirar tudo a
limpo.
PRONOMES INDEFINIDOS
Os pronomes indefinidos referem-se, de maneira
vaga e genérica, a um ou vários elementos
pertencentes à terceira pessoa gramatical.
Os pronomes indefinidos podem ser invariáveis e
variáveis:
INVARIÁVEIS
Algo.
muito
cada
quem
alguém, nada.
, ninguém,
outrem, que.
VARIÁVEIS
Algum, nenhum.
todo. muito.
pouco. certo,
diverso. vário.
outro. quanto.
tanto. qual.
qualquer. um
(quando isolado)
Além dos pronomes indefinidos existem as
locuções pronominais indefinidas.
Exemplos: cada um, cada qual, qualquer um,
todo aquele que, seja qual for, seja quem for,
tal e tal, um ou outro, etc.
Uso dos pronomes indefinidos
1. Quando colocados após o substantivo, os
pronomes algum e alguma ganham sentido
negativo.
Ex.: Não sei de pessoa alguma capaz de
convencê-lo do contrário.
2. Em frases de sentido negativo, nenhum (e
variações) eqüivale ao pronome indefinido um.
Ex.: Fique sabendo que ele não é nenhum
ignorante!
47
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
3. O pronome certo (e variações) adquire
valor de indefinido somente quando colocado
antes do substantivo. Ex.: Ele disse que
estava sendo seguido por certas pessoas.
Proposto ao substantivo adquire valor de
adjetivo.
Ex.: Ela é a pessoa cena para o cargo.
4. O pronome outrem eqüivale a "qualquer
outra pessoa." Ex.: Não desejes a outrem tal
desgraça.
5. O pronome nada adquire valor positivo em
alguns tipos de frases interrogativas. Ex.: Não
vai comprar nada hoje?
Colocando junto a verbos ou adjetivos, nada
pode também eqüivaler a um advérbio. Ex.: Ela
não me parece nada feliz.
6. O pronome outro (e variações) ganha valor
de adjetivo quando eqüivale a "diferente". Ex.:
Ele voltou outro daquela viagem.
7. Não se deve usar o pronome cada sozinho
em vez de cada um. Esta última é a forma
correta, Ex.: Os convidados receberam três
rosas cada um.
PRONOMES INTERROGATIVOS
Pronomes, interrogativos são os indefinidos,
quem, que, qual e quanto, usados em frases
interrogativas diretas ou indiretas.
Ex.: Quem chegou? (inteirogativá direta)
Gostaria muito de saber quem fez isso.
(interrogativa indireta)
Uso dos pronomes interrogativos
A frase interrogativa pode ser construída
também de forma indireta. Ex.: Não sei quem
lhe contou aquilo. Nesse caso, o pronome
continua sendo classificado como interrogativo.
PRONOMES RELATIVOS
Pronomes relativos são aqueles que
geralmente retomam um termo anterior
(antecedente) da oração, projetando-o numa
outra oração.
Ex.: Não conhecemos os alunos. Os alunos
saíram.
Não conhecemos os alunos que saíram.
Existem pronomes relativos invariáveis e
variáveis.
Os principais são estes:
INVARIÁVEIS
Que, quem,
como, quando
onde,
VARIÁVEIS
O qual, cujo. quanto
(após os indefinidos
tudo, todo e quanto)
Uso dos pronomes relativos
1. Os pronomes o qual, a qual, os quais, as
quais podem, às vezes, substituir o pronome que
por questões de clareza.
Ex.: Não reconheci nem o pai nem a filha, a
qual parecia bem doente.
2. Os pronomes quem e onde podem ser
empregados sem antecedentes. São chamados
relativos indefinidos.
Ex.: Quem quer ficar levante a mão.
3. Quanto, quantos, quantas são pronomes
relativos quando têm por antecedentes os
indefinidos tudo, íodos(as), tanto(s), tanta(s).
Ex.: Vê-la feliz é tudo quanto quero.
Nem sempre, porém, o antecedente está
explícito na oração.
Ex.: Entrou no salão e roubou quanto quis.
(tudo quanto quis).
48
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ :
4. O pronome que pode ter como antecedente
o demonstrativo o (e variações).
Ex.: Não sei o que aconteceu.
5. Onde é pronome relativo quando eqüivale
a em que, no qual (e variações).
Ex.: Esta é a escola onde estudei.
6. O pronome relativo quem eqüivale a o qual
(e variações) e deve vir sempre precedido de
preposição.
Ex.: Não conheço o rapaz a quem
entregaste a carta.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
USO DA PRÓCLISE
A próclise será de rigor:
1) Quando antes do verbo houver, na
oração, palavras que possam atrair o pronome
ato no.
Tais palavras são principalmente:
a) as de sentido negativo:
Não o maltratei. Nunca se queixa nem se
aborrece. Ninguém lhe resiste. Nada a perturba.
Nenhum lugar nos agradou. Jamais te
importunei.
b) os pronomes relativos:
Há pessoas que nos querem bem.
Conheces o homem por quem te apaixonaste?
"Só então Luísa adivinhou o que se teria
passado." (Fernando Namora)
c) as conjunções subordinativas:
Quando nos viu, afastou-se. / Irei, se me
aprouver.
Não os quis, embora lhe servissem.
E justo que o ampares. / Não iria, ainda que
me convidassem.
d) certos advérbios:
Sempre me lembro dele. / Já se abrem as
portas. / Bem se vê que não entendes. / Aqui se
trabalha. / Deixe a pasta onde a encontrou. Mais
se aprende vendo do que ouvindo.e) os pronomes indefinidos:
Tudo, nada, pouco, muito, quem, todos,
alguém, algo, nenhum, ninguém, quanto:
Tudo se acaba. / Dize, e todos te obedecerão
(José de Alencar). / Ignoro de quem se trata. /
Pouco se sabe a respeito desse artista. / Algo o
incomoda?
2) Nas orações optativas cujo sujeito estiver
anteposto ao verbo:
Deus o guarde! / Os céus te favoreçam! / A
terra lhe seja leve!
3) Nas orações exclamativas iniciadas por
palavras ou expressão exclamativa:
Como te iludes! / Quanto nos custa dizer a
verdade!
"Que de coisas me disse a
propósito
Da Vênus de Milo!"(M. de Assis)
4) Nas orações interrogativas iniciadas por
uma palavra interrogativa:
Quando me visitas? / Quem se apresenta? /
Por que vos entristeceis?
USO DA MESÓCLISE
Usa-se a mesóclise com o futuro do presente
e o futuro do pretérito, caso o verbo não venha
precedido da partícula atrativa.
Exemplo: Convencê-lo-ei a aceitar, (futuro
do presente).
Convencê-lo-ia a aceitar (futuro
do pretérito).
Mas, se houver atração, teremos a próclise:
Exemplo: Não o convencerei a aceitar.
Não o convenceria a aceitar.
49
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l' DIRETRIZ
Fique ligadol Com o futuro do presente e
com o futuro do pretérito não ocorre ênclise
nunca.
E errado: Diria-se que os tempos
são outros.
É correto: Dír-se-ia que os tempos
são outros.
USO DA ÊNCLISE
l ) Não se inicia a frase com pronome oblíquo
átono:
Vão-se os anéis e fiquem os dedos.
Fique ligado! Na verdade, havendo pausa
antes do verbo, a ênclise é mais freqüente que a
próclise.
Exemplos: Se o tempo melhorar, vou-me
embora.
desta terra.
Sobrando um dinheiro, mudo-me
2) Usa-se a ênclise com as seguintes formas
verbais:
imperativo afirmativo (não precedido de
palavra atrativa).
Exemplo: Às dez horas recolham-se e todos
nas próprias casas.
gerúndio (não precedido da preposição em
ou da palavra atrativa).
Exemplo: Recusou o convite, fazendo-se de
ocupado.
infinitivo impessoal.
Exemplo: Não era minha intenção, magoar-
te.
Fique ligado!
Com o infinitivo impessoal precedido de
preposição, ocorre tanto a próclise quanto a
ênclise.
Exemplo: Tive medo de incomodar-te.
Tive medo de te incomodar;
Fique ligado!
Com o infinitivo impessoal precedido de
palavra atrativa, é indiferente a próclise ou a
ênclise.
Ex.: Talvez encontre um modo de não me
aborrecer.
Talvez encontre um modo de não
aborrecer-me.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 - Assinale a opção em que o termo sublinhado
tem a sua classe gramatical incorretamente
indicada.
a. Ele estava muito nervoso. - advérbio.
b. Muito político deveria ser expulso do
Congresso. - pronome indefinido
c. Maria possui menos calma do que nós. -
pronome indefinido
d. Ela é menos calma do que nós. - advérbio
e. Ele está todo preocupado com a situação
política do país. - pronome indefinido
2 - (TCU-ESAF) A alternativa em que há erro
na substituição do tema sublinhado por pronome
pessoal reto ou oblíquo é:
a. Ouvira o pastor advertir o povo. = ouvira-o
advertir o povo
b. Carregamos cargas pesadas em caminhões. =
carregamo-las em caminhões.
c. Integrando-se a ferrovia nos sistemas. =
integrando-se ela nos sistemas.
d. Contemplavam melancólicos o êxodo da mão-
de-obra. = Contemplavam-na melancólicos.
e. Nos aterros de Tabatinga, por onde rodavam
as rodas de carretei dos comboios. = Nos aterros
de Tabalinga, por onde rodavam elas.
3 - (Banco do Brasil) "O funcionário que se
inscrever, fará a prova amanhã". Com relação à
colocação de pronome "SE":
50
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
1. Ocorre próclise em função do pronome
relativo.
2. Deveria recorrer ênclise.
5. A mesóclise é aplicável.
4. Tanto a ênclise quanto a próclise são
aceitáveis
a. Está correta apenas a primeira afirmativa
b. Apenas a terceira afirmativa está correta.
c. Somente a segunda afirmativa está correta.
d. São corretas a primeira e terceira afirmativa.
e. A quarta afirmativa é a única correta.
4 - (UEPG-PR) Na oração: ..."Certos amigos
não chegaram a ser jamais amigos certos", o
termo destacado é sucessivamente:
a. adjetivo e pronome;
b. pronome adjetivo e adjetivo;
c. pronome substantivo e pronome adjetivo:
d. pronome adjetivo e pronome indefinido;
e. adjetivo anteposto e adjetivo posposto.
5 - (Cesgranrio) Assinale a opção em que o
pronome LHE apresenta o mesmo valor
significativo que possui em "assanhando-lhe os
desejos".
a. O resultado do jogo lhe era indiferente.
b. Sobreveio-lhe uma desgraça.
c. Não lhe disse que viajaria hoje.
d. Chamavam-lhe carinhosamente de maná.
e. O médico teve de engessar-lhe a perna.
6 - (NCE) Se na frase "Se você recolher um
cachorro", substituirmos o complemento "um
cachorro" pelo pronome oblíquo adequado, a
forma correta dessa frase será:
a. Se você recolher-lo
b. Se você recolher-lhe.
c. Se você o recolher.
d. Se você recolhê-lo.
e. Se você lhe recolher.
7 - (NCE) "... ele não morderá". Se retirarmos a
negativa "não" desse segmento do texto, a forma
correta da frase será:
a. Ele morde-lo-á;
b. Ele lhe morderá;
c. Ele o morderá;
d. Ele morder-lhe-á;
e. Ele morder-lo-á.
8 - (Cesgranrio) Assinale a opção em que
houve erro, ao se substituir a expressão grifada
pelo pronome oblíquo.
a. "Estimam seu torrão" / estima-no.
b. Fazer conhecidos seus costumes / fazê-los
conhecidos.
c. "Viu os partidos de cana" / viu-os
d. "Sorver o ar ácido" / sorver-lhe.
e. "O homem tirava tudo da terra. / o homem
tirava-lhe tudo.
9 - (Cesgranrio) Assinale a opção que completa
corretamente as lacunas da frase abaixo: Dialeto
social popular não se confunde com linguagem
especial, pois . ao contrário . é de
uso restrito e pode funcionar como signo de
grupo.
a. esse / daquela;
b. essa / desse;
c. aquele / dessa;
d. esta / daquele;
e. este / desta.
•
10 - Assinale a opção em que o pronome
oblíquo possui nítido valor possessivo.
a. Chegaram ao ônibus, sentaram-se e iniciaram
a viagem.
b. Compreendo-te e considero que te será
desagradável tal excursão.
c. Escutaram-nos atentamente as últimas
palavras.
d. Avisar-vos-emos todas as notícias.
e. Consideramos-te pronto para a execução deste
serviço.
1 1 - (NCE) "A descoberta da América pelos
europeus, nos fins do século quinze, deu lugar a
uma transplantação da cultura européia para este
continente. Tal empreendimento constitui.
51
r LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l* DIRETRIZ
porém, uma aventura impregnada de
duplicidade".
"Proclamavam os europeus ao aqui chegarem
para expandir nestas plagas o cristianismo..."
"...movia-os o propósito de exploração e fortuna.
A história do período colonial é a história desses
dois objetivos a se ajudarem mutuamente na
tarefa real e não confessada da exploração
continental".
"Nascemos, assim, divididos entre propósitos
reais e propósitos proclamados. A essa
duplicidade da própria sociedade nascente.
dividida entre senhores e escravos..."
A seguir, cada um deles é classificado quanto a
função textual, na ordem em que ocorrem.
Assinale a opção correta:
a. dêitico, dêitico, anafórico, anafórico,
anafórico;
b. dêitico, anafórico, anafórico, anafórico,
dêitico;
c. anafórico, dêitico, dêitico, anafórico, dêitico
d. dêitico, dêitico, dêitico, anafórico, dêitico;
e. anafórico, dêitico, dêitico, anafórico,
anafórico;
12 - (CM-2° Grau) Observando as
recomendações quanto à colocação dos
pronomes oblíquos átonos, pode-se afirmar que
está correta a frase:
a. O dinheiro que entreguei-lhe era meu.
b. No curso de pedagogia estudaria-se
provavelmente História da Educação.
c. Nunca enganamo-nos a esse respeito.
d. Em tempos de vacas magras, compra-se o
indispensável.
e. Caso procure-me, diga que viajei.
13 - (Mack) "Este inferno de amar - como eu
amo! - / Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi? /
esta chama que alenta e consome. / Quem é a
vida - e que a vida destrói - / Como é que se
veio a atear. / Quando - aí quando se há de
apagar? (Almeida Garret).
No texto, os pronomes eu - quem - este são,
respectivamente.
a. indefinido - pessoal - indeterminado;
b. pessoal - interrogativo - demonstrativo;
c. pessoal - indefinido - demonstrativo;
d. interrogativo - pessoal - indefinido;e. indefinido - pessoal - interrogativo.
14 - (UFJMA) Identifique a oração em que a
palavra certo é pronome indefinido.
a. Certo, perdeste o juízo.
b. Certo rapaz te procurou.
c. Escolheste o rapaz certo.
d. Marque o conceito certo.
e. Não deixei o certo pelo errado.
15 - (TRE-MT) A substituição do termo
sublinhado por um pronome pessoal está correta
em todas as alternativas.exceto em:
a. O governo deu ênfase às questões
econômicas. O governo deu ênfase a elas.
b. Os ministros defenderam o plano de
estabilização. Os ministros defenderam-no.
c. A companhia recebeu os aviso. A companhia
recebeu-os.
d. Ele diz as frase em tom bem baixo. Ele diz-las
em tom baixo.
e. Ele recusou a dar maiores explicações. Ele
recusou a dá-las.
16 - Assinale a opção em que há um pronome
inadequadamente utilizado.
a. Custou a mim acordar cedo.
b. Convém a mim dizer a verdade.
c. Será conveniente para mim estudar
d. Foi fundamental para eu ter hábito de estudo.
e. Sempre haverá livros para eu ler.
17 - (NCE) "Os pronomes demonstrativos
situam a pessoa ou a coisa designada
relativamente às pessoas gramaticais. [...] A
capacidade de mostrar um objeto sem nomeá-lo
chama-se função dêitica [...], é a que caracteriza
fundamentalmente esta classe de pronomes".
(CUNHA, Celso F. da CINTRA L. F. Lindley,
Nova gramática de português contemporâneo.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. P. 319).
52
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO Ia DIRETRIZ
Os demonstrativos empregam-se também como
elemento de coesão textual e têm neste caso, em
geral, função anafórica.
Assinale o item em que a função exercida pelo
demonstrativo está incorretamente identificada.
a. "[...] a habitação conjugai, e a esta se recusa a
voltar" (art. 234 - Código Civil - função
anafórica.
b. "Salvo disposição especial desse código e não
tendo sido da época para o pagamento, o credor
pode exigi-lo imediatamente." (art. 952 - Código
Civil) — função dêitica.
c. A cessão de crédito não vale em relação ao
devedor, senão quando a este notificado [...] -
função anafórica.
d. "Cabe ao juiz suprir a outorga da mulher,
quando esta a denegue sem motivo justo, lhe seja
impossível dá-las (arte. 235,238 e 239)" (art. 237
- Código Civil) - função dêitica,
e. "As terras de que se trata este artigo
tradicionalmente são inalienáveis e indisponíveis
os direitos sobre elas. imprescritíveis" (§ 4° -
Constituição da República Federativa do Brasil -
texto l ) - função dêitica).
VERBO
Verbo é a palavra variável em pessoa,
número, tempo, modo e voz que exprime um
fato (ação, estado ou fenômenos) no tempo.
Ex.: O gorila comeu a banana.(ação)
O jardim está florido.(estado)
Choveu muito.(fenômeno)
PESSOAS VERBAIS
A flexão de pessoa indica as pessoas do
discurso (1a. 2a, 3a).
A 1a é a pessoa que fala (também chamada
emissor ou falante i e corresponde aos
pronomes pessoais eu (singular) e nós (plural):
estudei, estudamos.
A 2a é a pessoa com quem se fala (também
chamada receptor ou ouvinte) e corresponde aos
pronomes pessoais tu (singular) e vós (plural):
estudaste, estudastes.
A 3a é a pessoa de quem se fala e corresponde
aos pronomes pessoais ele, ela (singular) e eles,
elas (plural): estudou, estudaram.
NÚMEROS VERBAIS
A flexão de número indica a quantidade de
seres envolvidos no processo verbal São dois os
números: o singular e o plural.
O verbo está no singular quando a
quantidade de seres envolvidos no processo é
simples ou unitária: estudei, estudaste,
estudou.
O verbo está no plural quando a quantidade
de seres envolvidos no processo é dupla ou
múltipla: estudamos, estudastes, estudaram.
TEMPOS VERBAIS
Tempos simples e compostos
53
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l1 DIRETRIZ
Considerando a forma dos tempos verbais,
eles podem ser: tempos simples e tempos
compostos.
Tempos simples: aqueles constituídos por
uma única forma verbal.
Ex.: Nos tempos sombrios se canta-á
também? (Brecht)
Tempos compostos: são aqueles que
apresentam duas formas verbais.
Ex.: Ele jamais teria voltado àquele lugar.
I. Indicativo
presente - eu falo ....
pretérito imperfeito - eu falava ...
pretérito perfeito simples - eu falei...
pretérito perfeito composto - eu tenho (hei)
falado...
pretérito mais-que-perfeito simples - eu
falara...
pretérito mais-que-perfeito composto - eu
tinha (havia) falado...
futuro do presente simples - eu falarei ...
futuro do presente composto - eu terei
(haverei) falado ...
futuro do pretérito simples - eu falaria ...
futuro do pretérito composto - eu teria
(haveria) falado
//. Subjuntivo
presente - que eu fale ...
pretérito imperfeito - se eu falasse ...
pretérito perfeito - que eu tenha (haja) falado
pretérito mais-que-perfeito - se eu tivesse
(houvesse) falado ...
futuro simples - quando eu falar ...
futuro composto - quando eu tiver (houver)
falado ...
///. Imperativo (presente)
Afirmativo - fala tu, fale você, falemos nós,
falai vós, falem vocês
Negativo - não fales tu, não fale você, não
falemos nós. não faleis vós, não falem vocês
Tempos primitivos e tempos derivados
Nos verbos. podemos distinguir
determinadas formas que dão origem a outras,
uma vez que umas são primitivas, e outras,
derivadas.
Os tempos (ou formas) primitivos são:
presente do indicativo, pretérito perfeito do
indicativo e infmitivo impessoal.
Todas as demais formas são derivadas.
MODOS VERBAIS
Dá-se o nome de modo às várias formas
assumidas pelo verbo na expressão de um fato.
Em Português, há três modos:
a) Indicativo - expressa uma certeza, um
fato ou estado sobre o qual não temos
dúvida. Ex.: Ele está cansado. / Ela
estuda bastante. / Eles fizeram o traba-
lho.
b) Subjuntivo - expressa a possibilidade ou
desejo de realização de um fato ou a
incerteza sobre o estado de um ser.
Ex. Espero que ele seja feliz... / Se ele
me ajudasse, o trabalho já estaria
terminado.
c) Imperativo - expressa ordem, advertência
ou pedido. Ex.: Não entre nesta sala! / Venha
até aqui, por favor!
54
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO 1a DIRETRIZ
Além desses três modos, existem as formas
~:~:r.aÍ5 do verbo, que enunciam simplesmente
~jm fato, de maneira vaga, imprecisa, impessoal.
São formas nominais do verbo:
1) o infinitivo: plantar, vender, ferir
2) o gerúndio: plantando, vendendo, ferindo
3) o particípio: plantado, vendido, ferido
Fique ligado!
Chamam-se formas nominais porque, sem
embargo de sua significação verbal, podem
desempenhar as funções próprias dos nomes
substantivos e adjetivos: o andar, água
fervendo, tempo perdido.
O infinitivo pode ser pessoal ou impessoal.
Denomina-se:
1) Pessoal, quando tem sujeito: Para sermos
vencedores é preciso lutar.
2) Impessoal, quando não tem sujeito: Ser
ou não ser, eis a questão.
O infinitivo pessoal ora se apresenta
flexionado, ora não-flexionado.
1) Flexionado: andares, andarmos, andardes,
andarem.
2) Não-flexionado: andar eu, andar ele
VOZES VERBAIS
As vozes verbais são três:
1) voz ativa: quando o sujeito é o agente,
isto é. aquele que executa a ação expressa pelo
verbo.
O 2orila comeu a banana. O aluno leu o livro.
sujeito sujeito
2) voz passiva: quando o sujeito é o
paciente, isto é, o receptor" da ação expressa
pelo verbo. Há dois tipos de voz passiva:
a) voz passiva analítica: formada por verbo
auxiliar mais particípio.
A banana foi comida pelo gorila.
sujeito
O livro foi lido pelo aluno.
sujeito
b) voz passiva sintética (ou pronominal):
quando é formada pelo verbo na terceira pessoa
mais a partícula apassivadora se.
Comeu-se a banana. Leu-se o livro.
sujeito sujeito
3) voz reflexiva: quando o sujeito é ao
mesmo tempo agente e paciente, isto é,
executor e receptor da ação expressa pelo
verbo.
O gorila cortou-se. O menino feriu-se
sujeito sujeito
CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA
PASSIVA E VICE-VERSA
Pode-se mudar a voz ativa na passiva e
vice-versa sem alterar substancialmente o
sentido da frase.
Exemplos:
(V.A.) Gutemberg inventou a imprensa.
A imprensa foi inventada por Gutemberg
(V.P)
(V.A.) Os calores intensos provocam as
chuvas.
As chuvas são provocadas pelos calores
intensos. (V.P.)
(V.A.) Eu o acompanharei.
55
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO 1a DIRETRIZ
Ele será acompanhado por mim.
(V.P.)
(V.A.) Todos te louvariam.
Serias louvado por todos (V.P.)
(V.A.) Os mestres têm constantemente
aconselhado os alunos.
Os alunos têm sido constantemente
aconselhados pelos mestres. (V.P.)
(V.A.) Prejudicaram-
me.
prejudicado.Fui
(V.P.)
(V.A.)
iam.
Serias
(V.P.)
Condenar-te-
condenado.
ESTRUTURA PÓ VERBO
1. Radical: é a parte do verbo que serve como
base do significado. Obtém-se o radical do verbo
retirando-se as terminações ar, er, ir do
infinitivo.
FINITIVO
cantar
bater
partir
RADICAL
cant-
bat-
part-
TERMINAÇÃO
-ar
-er
-ir
2. Vogai temática: é a vogai que se agrega ao
radical, preparando-o para receber as
desinências. Como nem sempre é possível
juntar-se a desinência diretamente ao radical,
usam-se as vogais a, e, i como elemento de
ligação.
A vogai temática indica a que conjugação
pertence o verbo.
vogai temática a - 1a conjugação: cantar
vogai temática e - 2a conjugação: bater
vogai temática i - 3a conjugação:
partir
Fique ligado!
O verbo pôr e seus derivados pertencem à
segunda conjugação.
O radical, acrescido da vogai temática, recebe
o nome de tema.
r vt r vt r vt
cant a bat e part i
tema tema tema
3. Desinência: são elementos que se
acrescentam ao radical (ou ao tema) para indicar
as categorias gramaticais de tempo e modo
(desinência modo-temporal). e pessoa e número
(desinência número-pessoal).
r
cant
cant
cant
vt
a
á
á
dnt
vá
vá
sse
dnp
mos
mo s
Onde: r = radical / v.t = vogai temática / dmt
= desinência modo-temporal / dnp = desinência
número-pessoal.
LOCUÇÃO VERBAL
O conjunto verbo auxiliar + verbo principal
(no gerúndio ou no infinitivo) constitui uma
expressão a que se dá o nome de locução verbal,
perífrase verbal ou conjugação perifrásica
LOCUÇÕES VERBAIS E ASPECTO
Nossa língua não dispõe de flexões próprias
suficientes para exprimir com rigor todos os
momentos do processo verbal. Vale-se, então,
dos verbos auxiliares, que se usam para exprimir
os mais diferentes aspectos da ação.
Tais aspectos são:
L durativo, cursivo ou progressivo: indica
que a ação se prolonga, está em
56
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l'DIRETRIZ
rnr.c irais auxiliares: andar, estar, ficar, ir,
vir (todos com gerúndio ou infinitivo regido de
Ex.: Estou conversando (ou a conversar) com
Lourdes.
1. incoativo ou inceptívo: indica que a ação
tem início. Principais auxiliares: começar
a, dar de, deitar a, desatar a, entrar a,
pegar a, passar a, pôr~se a, principiar a
(todos com infínitivo)
Ex.: Comecei a conversar com Lourdes.
A menina desatou a chorar.
2. permansivo: indica que a ação continua.
O principal auxiliar é continuar, usado com
gerúndio ou com infinitivo regido de a. .
Ex.: Continuo conversando (ou a conversar)
com Lourdes.
3. cessativo ou conclusivo: indica que a
ação tem fim.
Principais auxiliares: acabar de, cessar
de, deixar de, desistir de, parar de (todos
com infinitivo)
Ex.: Acabo de conversar com Lourdes
Parem de fazer isso
4. iminência): indica que a ação é iminente.
Principais auxiliares: estar, ir (ambos com
gerúndio, ou infinitivo regido de a ou
para).
Ex.: Está para cair uma tempestade.
Eu ia caindo (ou a cair) da escada.
5. resultivo ou consecutivo: indica que a
ação traz um resultado.
Principais auxiliares: acabar a, chegar a,
conseguir, lograr, vir a (todos com infinitivo).
Ex.: O homem chegou a chorar.
6. iterativo ou freqüentativo: indica que a
ação se repete.
Principais auxiliares: adorar, costumar,
gostar de, odiar, soer, tornar a, voltar a (todos
com infinitivo).
Ex.: Costumo chegar cedo a casa.
Tornei a voltar à casa dos meus amigos.
Os auxíliares mencionados denominam-se
acurativos, segundo Said Ali. Além deles
existem os auxiliares que exprimem o modo
segundo o qual o emissor encara o processo.
Chamá-los-emos auxiliares modais: almejar,
atrever-se a, buscar, dever, experimentar, haver
de, ir, necessitar, ousar, poder, precisar,
pretender, procurar, propor-se (a), querer,
saber, tentar, ter de, tratar de, vir, visar a.
Fique ligado!
1 - O verbo parecer é auxiliar quando
exprime a noção de aparência.
Ex.: As crianças parecem gostar da
brincadeira.
De modo algum será verbo de ligação nesse
caso.
Quando aparece na 3a pessoa do singular,
antecedido de infinitivo. O verbo parecer pode
ser visto de suas maneiras: como auxiliar ou
como intransitivo.
Ex.: Teresa parece acreditar em mim.
Portanto, esse período pode ser simples
(Tereza parece acreditar em mim) ou composto
(Parece acreditar Teresa em mim).
2 - Os verbos deixar, fazer, mandar
(chamados cansativos), ver, ouvir e sentir
(chamados sensitivos) não formam locução
verbal com o infinitivo: constituem as orações
Infinitivo-latinas, em que um pronome átono
pode exercer a função de sujeito.
57
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ
Ex.: Deixe entrar o rapaz = Deixe-o
entrar.
suj. suj.
3 - Locução verbal não se confunde com
tempo composto; este sempre traz o verbo
principal no participio. além do que faz parte da
conjugação normal possui um nome (pretérito
perfeito composto, futuro do presente composto.
etc.); a locução verbal tem o verbo principal no
gerúndio ou no infinitivo e é empregada para
enunciar aspectos ou modos da ação.
4 - Quando o infinitivo pode ser transformado
em uma oração não constitui com o verbo
anterior uma locução verbal.
Ex.:
O aluno finge entender (que entende) o
assunto.
Penso estar (que estou) com a razão.
Virgílio crê ser (que é) poeta.
Espero encontrar (que encontre) o
caminho.
Cassiida julga dominar (que domina) o
assunto.
Se uma expressão verbal despertar dúvida
quanto à classificação, aconselha-se
considerar como perífrase o caso em estudo,
pois o infinitivo nada mais é que um nome
com força verbal, o qual muitos nem sequer
aceitam como núcleo da oração (caso das
orações reduzidas). Suponhamos a frase: O
rapaz arriscou-se a pular o muro.
Seria a expressão a pular o muro uma oração
reduzida de infinitivo objetiva indireta ou
arriscar-se a pular seria uma locução verbal? A
discussão em torno do caso não é proveitosa;
considere-se arriscar-se a pular uma só
expressão e analise-se o período como simples.
5 - A intenção do emissor é que determina,
muitas vezes, a existência ou não de uma
locução verbal. A frase Quero tomar água
possibilita duas interpretações:
1a) quero tomar água (e não outro líquido
qualquer); neste caso o verbo querer forma com
o infinitivo uma locução verbal; 2a) quero tomar
água (e não comer alguma coisa ou chupar
alguma fruta, etc.); aqui, o verbo querer é trari-
shivo direto, e a oração iniciada pelo infinitivo é
reduzida objetiva direta.
Repare neste par de exemplos:
Preciso estudar Português (locução verbal)
Preciso estudar Português (oração reduzida)
Assim, na frase Quero ficar aqui. e não ali.
há locução verbal (quero ficary. Nesta, porém.
Quero ir á praia, e não ficar aqui, os infínitivos
iniciam orações reduzidas objetivas diretas.
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
Os verbos classificam-se em:
a) regalares - são aqueles que possuem as
desinênsias normais de sua conjugação e cuja
flexão não provoca alterações no radical. Ex.:
canto - cantei - cantarei - cantava - cantasse.
b) irregulares - são aqueles cuja flexão
provoca alterações no radical ou nas
desinências. Ex.: faço - fiz - farei - fizesse.
c) defectivos - são aqueles que não
apresentam conjugação completa, como, por
exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que
indicam fenômenos naturais, como , chover,
trovejar, etc.
d) abundantes - são aqueles que possuem
mais de uma forma com o mesmo valor.
Geralmente, essa característica ocorre no
participio. Ex.: matado - morto / enxugado -
enxuto.
58
LÍNGUA PORTUGUESA- CURSO l" DIRETRIZ
e) anômalos - são aqueles que incluem mais
de um radical em sua conjugação. Ex.: verbo
ser: sou - fui / verbo ir: vou - ia.
FORMAS VERBAIS
Formas rizotônicas e arrizotônicas
Toda palavra tem uma sílaba mais forte: a
sílaba tônica. No caso das formas verbais, essa
sílaba tônica pode estar dentro ou fora do
radical do verbo. Para se obter o radical de um
determinado verbo,basta tornar seu iníinitivo e
eliminar dele a terminação AR, ER ou IR.
Ex.: conhecer - radical:
CONHEC
passear - radical: PASSE
dividir - radical: DIVID
Dependendo de apresentar a vogai da sílaba
tônica dentro ou fora do radical, uma forma
verbal classifica-se em: Forma rizotônica:
quando a vogai da sílaba tônica está dentro do
radical.
radical
Ex.: CONHECem
vogai da sílaba
tônica
Forma arrizoiônica: quando a vogai da
sílaba tônica está fora do radical.
Ex.: CANTaríamos
radical vogai da
tônica
VERBO PRINCIPAL E VERBO AUXILIAR
verbo principal: é todo verbo que, na
frase, conserva a sua significação plena,
total.
Ex.: Nós iremos embora e você ficará aqui.
verbo auxiliar: é o verbo que se junta a uma
forma nominal de um verbo principal para
formar os tempos compostos e as locuções
verbais.
Ex.: A encomenda havia chegado de
manhã.
v. aux. v. princ.
Os principais verbos auxiliares são: ser,
estar, ter e haver.
FORMAÇÃO DO MODO IMPERATIVO
O modo imperativo, que essencialmente
indica ordem, subdivide-se em imperativo
afirmativo e imperativo negativo.
A primeira pessoa do singular do imperativo
não existe, porque ninguém dá ordem a si
mesmo.
As segundas pessoas do imperativo
afirmativo vêm do presente do indicativo, sem
o s final. As demais vêm do presente do
subjuntivo. tais quais elas lá se encontram.
O imperativo negativo vem inteiro do
presente do subjuntivo.
FORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS
Eis como se formam os tempos compostos:
1) Os tempos compostos da voz ativa são
formados pelos verbos auxiliares ter ou haver,
seguidos do particípio do verbo principal. Ex.:
Tenho trabalhado muito. / Havíamos saído
cedo. / Tinham posto a mesa no salão.
2) Os tempos compostos da voz passiva se
formam com o concurso simultâneo dos
auxiliares ter (ou haver) e ser, seguidos do
particípio do verbo principal. Ex.:
Tenho sido maltratado por ele. / Os dois tinham
(ou haviam) sido vistos no cinema.
VERBOS REGULARES
59
LÍNGUA PORTUGUESA - CURSO l" DIRETRIZ
Primeira conjugação - verbo CANTAR
INDICATIVO - (tempos simples) presente:
canto, cantas, canta, cantamos, cantais, cantam;
pretérito imperfeito: cantava, cantavas,
cantava, cantávamos, cantáveis, cantavam;
pretérito perfeito: cantei, cantaste. cantou,
cantamos, cantaste. cantaram: pretérito mais-
que-perfeito: cantara, cântaras, cantara,
cantáramos, cantáreis. cantaram: futuro do
presente: cantarei, cântaras, cantará, can-
taremos, cantareis. cantarão: futuro do
pretérito: cantaria, cantadas, cantaria,
cantaríamos, cantaríeis, cantariam; (tempos
compostos) pretérito perfeito: tenho cantado,
tens cantado, tem cantado, temos cantado,
tendes cantado, têm cantado; pretérito mais-
que-perfeito: tinha cantado, tinhas cantado,
tinha cantado, tínhamos cantado, tínheis
cantado, tinham cantado; futuro do presente:
terei cantado, terás cantado, terá cantado,
teremos cantado, tereis cantado, terão cantado;
futuro do pretérito: teria cantado, terias
cantado, teria cantado, teríamos cantado, teríeis
cantado, teriam cantado.
SUBJUNTIVO - (tempos simples) presente:
cante, cantes, cante, cantemos, canteis,
cantem; pretérito imperfeito: cantasse,
cantasses, cantasse, cantássemos, cantásseis,
cantassem; faturo do presente: cantar,
cantares, cantar, cantarmos, cantardes, canta-
rem; (tempos compostos) pretérito perfeito:
tenha cantado, tenhas cantado, tenha cantado,
tenhamos cantado, tenhais cantado, tenham
cantado; pretérito mais que-perfeito: tivesse
cantado, tivesses cantado, tivesse cantado,
tivéssemos cantado, tivésseis cantado, ti-
vessem cantado; futuro do pretérito: tiver
cantado, tiveres cantado, tiver cantado,
tivermos cantado, tiverdes cantado, tiverem
cantado.
IMPERATIVO - afirmativo: canta (tu), cante
(você), cantemos (nós), cantai (vós) cantem
(vocês); negativo: não cantes (tu), não cante
(você), não cantemos (nós), não canteis (vós),
não cantem (vocês).
FORMAS NOMINAIS - (infinitivo) presente
impessoal: cantar; presente pessoal: cantar,
cantares. cantar, cantarmos, cantardes,
cantarem; pretérito impessoal: ter cantado;
pretérito pessoal: ter cantado, teres cantado,
ter cantado, termos cantado, terdes cantado,
terem cantado: gerúndio: (presente)
cantando: pretérito: tendo cantado;
participio: cantado.
Fique ligado!
1) Por este modelo se conjugam todos os
verbos regulares da 1a conjugação: andar, lavar,
saltar, saudar, caçar, suar, etc.
2) Para a formação dos tempos compostos
pode-se usar também o verbo haver: hei
cantado, havia cantado, etc.
3) Há verbos que merecem reparos, no
tocante à grafia e ortoépia. Assim:
a) Os verbos em car, como ficar, secar, etc.,
trocam o e por qu antes de e: fique, fiquei, etc.
b) Os terminados em çar, como caçar,
abraçar, perdem a cedilha antes do e: cace,
cacemos, etc.
c) Os verbos em gar, corno jogar, negar,
mudam o g em gu antes do e: jogue, joguei,
joguemos, etc.
d) O verbo roubar escreve-se e pronuncia-se
com o ditongo ou: roubo, roubas, rouba, etc., e
não robô, róbas, róba. Assim também, estoura, e
não estóra, afrouxa, e não afróxa.
e) Os verbos em oar só têm acentuado o
grupo ôo: vôo, entôo, magôo; magoas, magoe,
etc. Excetua-se apenas côas, côa
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