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RESUMO - REVOLUÇÃO DOS BICHOS - GEORGE ORWELL

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INTRODUÇÃO 
 
 
O presente trabalho tem como objetivo retratar sobre o livro ‘’A revolução dos bichos’’, 
especificamente o porco Major que insatisfeito com a forma que os animais eram vistos e tratados 
pelos humanos, seu tempo curto de vida e má remuneração, decide executar uma revolução. 
O pronunciamento de Major é um ato de consciência de classe, ou seja, ele reconhece a qual 
classe pertence, dispõe de uma possível luta de classes que poderá ocorrer, além disso, pontua- 
se o conceito de animalismo, capitalismo e mais-valia apontado por Karl Marx. 
Depois da revolução, nota-se a relação de alienação, uma espécie de aprisionamento, o qual os 
bichos já estavam confortáveis com sua submissão e escravidão ao humano. 
Pouco tempo após a revolução, se instaura uma desigualdade entre os animais, o que pecava nos 
mandamentos. Em dado momento, os demais bichos perceberam que a granja em que a história 
ocorre ficava cada vez mais rica, mas nenhum animal tinha enriquecido, a não ser os líderes (os 
porcos e cachorros). Depois de ver os porcos caminhar sobre duas pernas, as ovelhas 
proclamavam: “quatro pernas bom, duas pernas melhor!”. Além disso, os mandamentos foram 
mudados para “Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que os outros”. 
DESENVOLVIMENTO 
 
 
Durante a leitura do livro de autor George Orwell, o personagem que mais nos chamou a atenção 
foi o porco chamado de “Major” pelos demais camaradas da granja. Chamavam-no assim pelo que 
dá a entender, por ser o animal mais influente de lá e, devido ao contexto, ser a peça-chave para 
que os outros animais apoiassem a revolução que o major estava determinado a executar. No livro, 
é clara a insatisfação dele com a forma que os animais são vistos pelos humanos, por isso, com 
sua idade já avançada, decidiu fazer uma reunião com os outros em um celeiro, dando a entender 
que antes de partir pretendia deixar uma lição de vida e um plano a ser seguido. 
Sua maior insatisfação era pelo fato de que todos os animais possuíam uma vida extremamente 
curta, miserável e muito trabalhosa, mas além disso, a remuneração que para eles era a 
alimentação, vinha em quantidades muito baixas, sendo somente o suficiente para que se 
mantivessem em pé e respirando. Ao chegarem em certa idade, quando já não conseguissem 
trabalhar ou não fossem mais produtivos, eram apenas trucidados como se nunca tivessem feito 
nada por seus “chefes” por assim dizer, que no caso são os próprios humanos, comparando com 
razão, a vida deles com a vida escrava. O homem, ao ver dos animais, era o único entre todos ali 
que não produzia nada, e consumia absolutamente tudo que os outros produziam para ele, sem 
nenhummerecimento de poder usufruir de tal produção. Observaram que se não fosse a existência 
da influência humana em suas vidas, os animais teriam uma qualidade de vida muito melhor. 
Posteriormente a essas colocações de Major, ele vem a morrer alguns dias depois, porém, seu ato 
revolucionário é colocado em prática. 
Nota-se que o pronunciamento de Major é um ato de consciência de classe, ou seja, ele reconhece 
a qual classe pertence (a de proletariado; trabalhador; objeto para a produção), além disso, dispõe 
de uma possível luta de classes que poderá ocorrer. Como pontuado anteriormente, ele salienta 
que os humanos utilizam dos produtos realizados pela produção, sem ao menos produzir nada. 
Oferecem uma porcentagem extremamente baixa desses itens produzidos para os bichos e fica 
com a maior parte. Podemos referenciar isso com o conceito de Mais-valia, estabelecido por Karl 
Marx, entendido como uma forma de exploração econômica que os patrões realizam sobre os 
trabalhadores, obtendo assim, o maior lucro através deles. 
Além disso, após o pronunciamento de Major, o celeiro inteiro canta uma cantiga intitulada como 
“Bichos da Inglaterra”, que seria um resumo do conceito de “animalismo” que prega a igualdade 
entre os animais e uma qualidade de vida melhor. Após a lu ta e a tomada da posse de propriedade 
da granja, os bichos criam mandamentos a serem seguidos, os quais pregam o animalismo 
também, porém, chama a atenção o primeiro e segundo mandamento, o quais são exemplificados 
posteriormente pelo ditado “quatro pernas bom, duas pernas ruim.”. 
Depois da revolução, nota-se que alguns animais ficam com medo de morrerem de fome, pois, 
deviam lealdade a Jones (o fazendeiro), e sem os antigos “donos”, ficariam sem acesso ao alimento. 
Isso é uma clara relação de alienação, uma espécie de aprisionamento, o qual os bichos já estavam 
confortáveis com sua submissão e escravidão ao humano. 
Para melhorar a administração da fazenda, agora na posse dos bichos, foi estabelecido que teria 
que haver os líderes, que seriam os responsáveis pelo monitoramento e funcionamento da fazenda. 
Porém, percebe-se que pouco tempo após a revolução, já se instaurou uma desigualdade entre os 
animais, o que pecava nos mandamentos. Os porcos (que são os líderes, juntos com os cães) 
estavam ficando com todas as frutas que caiam das árvores para consumo próprio, sem dividir com 
os outros bichos. Após o questionamento dos outros, foi dito que isso se dá pela melhorar do 
raciocínio e conhecimento dos porcos, o qual era comprovado cientificamente. 
Tempos depois, um dos líderes (Bola-de-neve) sofre um golpe pelo seu parceiro Napoleão, e é 
obrigado a fugir da fazenda. Isso ocasiona um novo processo de alienação, pois, Napoleão cria 
mentiras que Bola-de-neve era comparsa de Jones e que estavam elaborando uma invasão na 
granja. 
Em certo momento do livro, notamos que sim, a luta de classes funcionou. Napoleão recruta um 
humano (Sr. Whymper), que será responsável por facilitar a comunicação dos porcos com os 
humanos fora da fazenda, para realizar negócios. A inversão de papéis do proletariado e proletário, 
nesse caso, do animal e do humano, fica evidente quando Napoleão, de quatro, dá ordens a 
Whymper, que permanece ereto sobre duas pernas. 
No inverno extremamente frio que ocorreu, a produção ficou em baixa e a comida dos bichos que 
produziam foi parcelada. Muitos bichos ficaram deprimidos, sem esperança na revolução e 
cansados de trabalhar. Porém, Garganta, um dos líderes, faz um discurso sobre dignidade do 
trabalho, o qual podemos pontuar novamente, como uma alienação provinda de um mundo 
capitalista. 
Em abril do mesmo ano, foi proclamada República e houve a necessidade de eleger um 
presidente, porém, teve apenas um candidato: Napoleão. 
Depois que Bola-de-neve foi embora e Napoleão tomou posse principal da liderança, a Granja dos 
Bichos passava por uma crise considerável, a comida era pouca para quem produzia, ficava a maior 
parte para os líderes; a expectativa de vida era baixa; apesar de haver uma política de previdência, 
não era posta em prática; a fome predominava, mesmo que os índices mostrassem o contrário – 
eles eram manipulados para alienar os bichos; havia medo de expor a opinião; morte para quem 
fosse contrário; etc. 
Após dois anos da Proclamação da República, haviam nascidos inúmeros outros animais, os 
antigos que participaram da revolução, já estavam velhos e muitos esqueceram dos atos bravos. 
Os novos bichos da granja eram demasiadamente burros e alienados, porém, trabalhadores 
incansáveis e bons camaradas. Nota-se que esses bichos foram totalmente coisificados pelo 
trabalho e alienação, tornaram-se um objeto de produção. Além disso, os bichos antigos, os quais 
criaram essa nova geração, só sabiam produzir mais alimentos e a única coisa que poderiam 
comercializar era a força de trabalho e prole (filhos). 
Agora, a mais-valia e a exploração voltam a acontecer evidentemente, mesmo que já acontecesse 
antes, era de uma forma sutil. Os bichos perceberam que a granja ficava cada vez mais rica, mas 
nenhum animal tinha enriquecido, a não ser os líderes (os porcos e cachorros). Nenhum deles 
produzia uma grama de alimento, mas sempre eram os quemais comiam, enquanto os outros 
passavam fome. 
Certo dia, os bichos vêem que os porcos, ironicamente, caminhavam sobre duas pernas. Porém, 
as ovelhas da granja proclamavam, devido a sua alienação, a frase “quatro pernas bom, duas 
pernas melhor!”. Além disso, os mandamentos foram mudados para “Todos os bichos são iguais, 
mas alguns bichos são mais iguais que os outros”. Os bichos não hesitaram em problematizar isso, 
pois, já estavam tão acostumados com a alienação que sua relação com a escravidão era apenas 
de amor e adoração aos seus líderes e o sistema no quais vivem. 
CONCLUSÃO 
Em virtude dos fatos mencionados, percebemos que a leitura do livro “A revolução dos bichos” do 
autor George Orwell além de citar o egoísmo, a autoridade e a corrupção que existem nas relações 
interpessoais. Os personagens também têm características de figuras históricas. Por exemplo, 
Major, que é semelhante ao idealismo de Karl Marx. 
Em resumo a narrativa de Orwell nos mostra como somos corrompidos e como o totalitarismo e a 
opressão aprisionam nossos pensamentos, mesmo a mais simples das dúvidas. 
Nesta história, vemos através do porco Napoleão como o poder flui para a cabeça e como a 
posição de liderança permite que um suposto representante do povo use sua posição para ganho 
pessoal. Vimos como Napoleão se decompôs gradativamente: o porco começou a roubar leite, 
aproveitou as maçãs e finalmente mudou-se para a casa de Jones, que deveria ser mantida como 
museu por decisão coletiva. Este livro parece ser uma mensagem poderosa contra o totalitarismo 
e a opressão. A narrativa nos lembra de como todos nós somos corruptos e como o autoritarismo 
prejudica a vida social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
 
 
ORWELL, George. A Revolução dos Bichos. 20. ed. São Paulo: Campanha das Letras, 2012.

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