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Análise dem fin 6

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Unidade 6- Análise dos Indicadores Financeiros – Indicadores de Liquidez 
Apresentação 
 
Prezado Estudante, 
A apuração de indicadores ou quocientes fornece uma ampla visão da situação 
econômica, financeira e patrimonial da empresa, e a sua análise deve ser realizada através 
da construção de série histórica com os números encontrados, os quais são apurados 
através da relação entre contas ou grupos de contas que integram as demonstrações 
contábeis. 
Os índices financeiros podem ser classificados em cinco categorias principais: 
liquidez, atividade, endividamento, lucratividade e valor de mercado. 
Os indicadores básicos de análise estão classificados em três grupos: Mensuração 
do Risco (Indicadores de Liquidez, Atividade e Endividamento), Mensuração da 
Rentabilidade (Indicadores de Rentabilidade) e Mensuração de Risco e Rentabilidade 
(Indicadores de Valor de Mercado). 
Na Unidade 6 iremos estudar os Indicadores de Liquidez e utilizá-los para 
melhorar o processo decisório na empresa. 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
 
✓ Aprofundar a análise das informações contábeis; 
✓ Entender os princípios de liquidez; 
✓ Compreender as análises dos Indicadores de Liquidez; 
 
 
6.1. Introdução - Análise por Índices econômico-financeiros 
Na literatura você irá encontrar vários sinônimos para o mesmo termo: índice, 
quociente ou indicadores. 
Os Indicadores econômico-financeiros demonstram a performance da empresa e 
como essa se comporta diante às metas estabelecidas. Representam informações para 
tomada de decisão, medindo e avaliando os principais aspectos de produtos e processos. 
Os índices econômico-financeiros possibilitam uma visão ampla da situação econômica, 
financeira e patrimonial da empresa (GITMAN, 2010; SILVA, 2014). 
A análise por meio de indicadores é uma das técnicas mais empregadas entre os 
investidores, pois por meio da análise dos índices apurados, pode-se conhecer a política 
de crédito e de financiamento, a capacidade de honrar os seus pagamentos e a eficiência 
em gerenciar seus ativos (SILVA, 2014). 
Quando se deseja avaliar o desempenho de uma empresa busca-se maneiras de 
medir as consequências econômicas e financeiras das decisões de gestões passadas que 
esquematizaram ações de investimento, operações e investimentos ao longo do tempo 
(HELFERT, 2000). 
Os indicadores são utilizados principalmente para: a) avaliar; b) controlar; c) 
melhorar. 
i. Avaliar: preparar um diagnóstico inicial, fazer comparações com as 
informações anteriores ou de outras empresas, e apoiar a formulação de 
estratégias; 
ii. Comparar: controle de processos que estão em execução (PDCA), 
comparar com padrões de referência adotados (valores médios, limites 
inferior e superior); e 
iii. Melhorar: para monitorar o progresso dos resultados dos processos, 
referente às metas de melhoria estabelecidas. 
O principal objetivo de uma análise dos indicadores econômico-financeiros é 
mensurar informações precisas e prever situações futuras para a tomada de decisão mais 
adequada possível para uma empresa. Quando é realizada a análise das demonstrações 
contábeis, objetiva-se identificar investimentos e financiamentos, pois a situação da 
empresa vai depender da adequação entre eles. Portanto, todos os índices calculados 
procuram, de certa forma, medir a adequação entre esses dois fatores (MATARAZZO, 
2010). 
As informações obtidas com a análise das Demonstrações Contábeis servem para 
diversos usuários (stakeholders), os quais podem ser internos e externos, que a utilizarão 
principalmente como instrumento de decisões de financiamento e investimento (SILVA, 
2019). 
Inicialmente, a Análise das Demonstrações Contábeis foi um instrumento 
utilizado preponderantemente pelas instituições financeiras com objetivo de avaliar os 
riscos de crédito; mais tarde, porém, se firmou como instrumento de apoio gerencial e 
fornecedora de informações para investidores (MARION, 2012). 
A análise de índices envolve métodos de cálculo e interpretação de índices 
financeiros para analisar e monitorar o desempenho da empresa. Os insumos 
fundamentais para a análise de índices são a demonstração do resultado e o balanço 
patrimonial. 
 
6.2. Os Indicadores de Liquidez 
A priori precisamos definir o conceito de liquidez, que conforme Gitman (2010) 
é a capacidade de uma empresa saldar, ou seja, quitar suas obrigações (dívidas) de curto 
prazo a medida que vencem. 
Os Indicadores de Liquidez evidenciam o grau de insolvência da empresa em 
decorrência da existência ou não de solidez financeira que garanta o pagamento dos 
compromissos assumidos com terceiros (ASSAF NETO, 2010). 
A liquidez diz respeito à solvência da posição financeira geral da empresa — a 
facilidade com que pode pagar suas contas em dia. Como um precursor comum de 
dificuldades financeiras é uma liquidez baixa ou em declínio, esses índices podem 
fornecer sinais antecipados de problemas de fluxo de caixa e insolvência iminente do 
negócio (GITMAN, 2010). 
Assim, o objetivo do estudo da liquidez é avaliar o grau de solvência da empresa, 
ou seja, capacidade financeira para saldar seus compromissos. 
Muitas pessoas confundem os Indicadores de Liquidez com índices de capacidade 
de pagamento. Entretanto, são indicadores distintos. Os índices de liquidez não são 
índices extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas de dinheiro. 
São índices que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas, procuram 
medir quão sólida é a base financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de 
liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará, 
obrigatoriamente, pagando suas dívidas em dia em função de outras variáveis como prazo, 
renovação de dívidas etc” (SILVA, 2019). 
Os índices de liquidez visam fornecer uma medida, ou melhor, um indicador da 
capacidade da empresa de pagar suas dívidas, a partir da comparação entre os direitos 
realizáveis e as exigibilidades” (SILVA, 2019). 
Os principais índices que mensuram a liquidez são: i) Liquidez Geral; ii) Liquidez 
Corrente; e iii) Liquidez Seca. 
 
O Índice de Liquidez Geral evidencia a situação financeira de curto e longo prazo 
de uma empresa, considera não somente os itens de curto prazo, mas também os de longo 
prazo que possam ser transformados no futuro em caixa. Indica o quanto a empresa possui 
de Ativos e para cada $1,00 de dívidas. É expressa por: 
 
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑁ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
 
Já o Índice de Liquidez Corrente mensura a relação existente entre o Ativo 
Circulante e o Passivo Circulante, ou seja, indica o quanto a empresa possui de Ativo 
Circulante (curto prazo) para cada $1,00 de obrigações a curto prazo. É calculado pela 
Equação 2. 
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
 
O Índice de Liquidez Seca indica o quanto a empresa possui de Ativo Líquido, 
visto que exclui o valor de estoques por não representar a mesma liquidez que o grupo do 
Ativo Circulante. Geralmente os estoques possui uma realização mais demorada que os 
demais elementos do grupo do Ativo Circulante. 
Assim, este indicador é calculado pela relação dos ativos circulantes de maior 
liquidez menos o estoque, com o total do Passivo Circulante: 
 
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
 
Ainda temos a Liquidez Imediata, que relaciona os recursos mais líquidos da 
empresa, o caixa e o equivalente de caixa, em relação às dívidas de curto prazo. 
 
𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑒 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
 
Esse índice mensura o quanto do passivo circulante pode ser pago de imediato 
com os recursos existentes no caixa da empresa. 
 
 
Índice Fórmula Interpretação 
Corrente 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
Indica a capacidade financeira de cumprir os 
seus compromissos de curto prazo, isto é, 
quanto à empresa tem de Ativo Circulante 
para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante 
Seca 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
Apresenta a capacidade financeira liquida 
para cumprir os compromissos de curto 
prazo, isto é, quanto à empresa tem de Ativo 
Circulante líquido para cada R$ 1,00 do 
Passivo Circulante 
Geral 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑁ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
Revela a competência que a empresa tem em 
pagar suas obrigações em longo prazo. Se o 
resultado do índice for superior a R$1,00 
traduz que ela possui bens e direitos 
suficientes para liquidar seus compromissos 
financeiros 
Imediata 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑒 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
 
Indica a capacidade financeira de cumprir 
seus compromissos de curto prazo com os 
Ativos de maior liquidez da empresa 
Quadro 1: Resumo das Fórmulas e Interpretação dos Índices de Liquidez 
Fonte: Matarazzo (2010); Gitman (2010) e Assaf Neto e Lima (2011). 
 
De modo geral, quanto maior o índice de liquidez corrente, mais líquida a 
empresa. 
A liquidez abaixo de certos limites pode indicar alguma dificuldade de liquidez, 
mas raramente tal conclusão será mantida quando o Índice de Liquidez Corrente for 
satisfatório. Por sua vez, o Índice de Liquidez Seca conjugado com o Índice de Liquidez 
Corrente é um reforço à conclusão de que a empresa é uma “atleta de liquidez” 
(MATARAZZO, 2010). 
 
 Liquidez Corrente 
L
iq
u
id
ez
 S
ec
a
 
 Alta Baixa 
A
lta 
Situação financeira boa Situação financeira em princípio 
insatisfatória, mas atenuada pela boa 
Liquidez Seca. Em certos casos pode até 
ser considerada razoável. 
B
aix
a 
Situação financeira em princípio 
satisfatória. 
A baixa Liquidez Seca não indica 
necessariamente comprometimento da 
situação financeira. Em certos casos 
pode ser sintoma de excessivos estoques 
“encalhados” 
Situação financeira insatisfatória 
Quadro 2: Liquidez seca x Liquidez corrente 
Fonte: Matarazzo (2010, p. 108). 
 
Para a análise dos Indicadores de Liquidez, o gestor precisa ter muita atenção e 
cuidado no processo. Ter liquidez baixa pode representar um risco financeiro. Todavia, 
pode parecer, à primeira vista, que quanto maior o índice de liquidez, melhor a situação 
financeira da empresa. Contudo, o crescimento demasiado dos quocientes de liquidez 
pode indicar sérias dificuldades em relação à estrutura dos negócios, tais como 
entesouramento ou encaixe excessivo (elevação da liquidez imediata, acima das 
necessidades operacionais); estoques elevados, em decorrência de itens invendáveis ou 
baixa capacidade de comercialização; grande volume de contas a receber, por dilatação 
de prazos concedidos a clientes etc. Daí a necessidade de examinar cada componente de 
per si dos ativos e passivos (Circulante e Longo Prazo). Tal exame será realizado quando 
se der a análise da rotação de valores” (SILVA, 2019). 
É importante que a análise da liquidez seja efetuada de forma comparativa com 
vários exercícios ou períodos, não apenas da mesma empresa, mas também de seus 
principais concorrentes, pois somente dessa forma será possível identificar o nível de 
comprometimento do capital de giro, de forma a melhor determinar a capacidade de 
contrair novas obrigações (SILVA, 2019). 
 
6.3. Exemplificando a análise dos Indicadores de Liquidez 
 
Para a análise iremos considerar: 
a) Cálculo 
b) Interpretação 
c) Considerações importantes 
 
Os indicadores serão separados por: 
i) Capacidade de Pagamento de Longo Prazo 
ii) Capacidade de Pagamento de Curto Prazo 
iii) Capacidade de Pagamento Imediato 
Sabemos que o Balanço é apresentado em duas colunas paralelas (Ativo e 
Passivo), entretanto para melhor visualização apresentamos separados, primeiramente o 
grupo de contas do Ativo, e posteriormente o grupo de contas do Passivo e Patrimônio 
Líquido. 
 
 
 
 
 
 
Balanço Patrimonial Empresa ABC – 31/12/Ano2 
Ativo circulante Ano 1 Ano 2 
Caixa R$ 50.000,00 R$30.000 
Banco R$ 120.000,00 R$100.000 
Clientes R$ 23.000,00 R$30.000 
Títulos e valores mobiliários R$ 12.000,00 R$12.000 
Estoques R$ 35.000,00 R$28.000 
Impostos diferidos ativos R$ 10.000,00 R$8.000 
Contas a receber R$ 25.000,00 R$30.000 
 
Total do Ativo Circulante R$ 275.000,00 R$263.000 
 
Ativo não circulante 
Realizável a longo prazo 
Títulos e valores mobiliários R$ 14.000,00 
 
 
Imobilizado 
Imóveis R$ 300.000,00 R$ 200.000 
Terrenos R$ 120.000,00 R$ 70.000 
Veículos R$ 70.000,00 R$ 160.000 
Maquinários R$ 60.000,00 R$ 80.000 
Depreciação acumulada -R$ 30.000,00 -R$ 27.795 
 
Investimento 
Imóveis a comercializar R$ 200.000,00 R$ 280.000 
Imóveis de aluguel R$ 300.000,00 R$ 350.000 
Ações em controladas R$ 20.000,00 R$ 23.000 
 
Total do ativo não circulante R$ 1.054.000,00 R$1.135.205,00 
 
Total do Ativo R$ 1.329.000,00 R$1.398.205,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Passivo circulante Ano 1 Ano 2 
Fornecedores R$ 100.000,00 R$ 120.000 
salários a pagar R$ 30.300,00 R$ 35.000 
Impostos a pagar R$ 20.700,00 R$ 30.500 
Empréstimos e financiamentos R$ 360.000,00 R$ 380.095 
Contas a pagar R$ 120.000,00 R$ 75.000 
Adiantamento de clientes R$ 37.000,00 R$ 43.000 
Impostos diferidos passivos R$ 56.000,00 R$ 60.000 
 
 
Total do passivo Circulante R$ 724.000,00 R$743.595,00 
 
Passivo não circulante 
 
Fornecedores R$ 150.000,00 R$ 160.800 
Duplicatas a pagar R$ 35.000,00 R$ 80.000 
Contas a pagar R$ 46.000,00 R$ 50.000 
Empréstimos e financiamentos R$ 67.000,00 R$ 90.000 
Empréstimos e financiamentos em 
moeda estrangeira R$ 90.000,00 R$ 33.810 
Total Passivo não Circulante R$ 388.000,00 R$414.610,00 
 
 
 
Patrimônio Líquido 
Capital social R$ 170.000,00 R$ 170.000 
Reservas de capital R$ 30.000,00 R$ 50.000 
Reservas de Lucros R$ 15.000,00 R$ 20.000 
Ações em tesouraria R$ 15.000,00 
Prejuízos acumulados -R$ 13.000,00 
Total do Patrimônio Líquido R$ 217.000,00 R$240.000,00 
 
 
Total do Passivo R$ 1.329.000,00 
 
R$1.398.205,00 
 
 
i)Capacidade de pagamento a longo prazo 
1) Liquidez Geral 
 
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑁ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
 
a) Cálculo 
Ano 1 
𝑅$275.000 + 𝑅$14.000
𝑅$724.000 + 𝑅$388.000
= 0,2598 
 
Ano 2 
𝑅$263.000
𝑅$743.595 + 𝑅$414.205
= 0,2271 
 
b) Interpretação 
No ano 1 temos o índice de 0,2598, o que significa que para cada R$1 de dívida 
de longo prazo a empresa possui R$0,2598 de ativos de curto prazo (Ativo Circulante) e 
longo prazo (Realizável e Longo Prazo) para liquidá-los. 
Já no ano 2 temos o índice de 0,2271, o que significa que para cada R$1 de dívida 
de longo prazo a empresa possui R$0,2271 de ativos de curto prazo (Ativo Circulante) e 
longo prazo (Realizável e Longo Prazo) para liquidá-los. 
 
c) Considerações Importantes 
Também é conhecida como a Liquidez Financeira, pois o Índice de Liquidez Geral 
mostra a capacidade de pagamento da empresa a Longo Prazo, considerando tudo o que 
ela converterá em dinheiro (a Curto e Longo Prazo), relacionando-se com tudo o que já 
assumiu como dívida (a Curto e Longo Prazo). 
O Indicador não deve ser visto isoladamente, mas em conjunto com os demais 
indicadores de liquidez. 
Pode ser que, num ano em que a empresa adquira um vultosofinanciamento, 
investindo-o total- mente em seu Ativo Permanente, reduza sensivelmente sua Liquidez 
Geral, o que aumentará consideravelmente o Passivo a Longo Prazo, mas não aumentará 
o Ativo Circulante e o Realizável a Longo Prazo. 
 
 
 
ii) Capacidade de Pagamento de Curto Prazo 
2) Liquidez Corrente 
 
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
 
a) Cálculo 
Ano 1 
 𝑅$275.000
𝑅$724.000
= 0,3798 
 
Ano 2 
 𝑅$263.000
𝑅$743.595
= 0,3536 
 
b) Interpretação 
No ano 1 temos o índice de 0,3798, o que significa que para cada R$1 de dívidas 
de curto prazo a empresa possui R$0,3798 de ativos de curto prazo (Ativo Circulante) 
para liquidá-los. 
Já no ano 2 temos o índice de 0,3536, o que significa que para cada R$1 de dívidas 
de curto prazo a empresa possui R$0,3536 de ativos de curto prazo (Ativo Circulante) 
para liquidá-los. 
 
c) Considerações importantes 
Isoladamente, os índices de Liquidez Corrente superiores a 1,0, de maneira geral, 
são positivos. Conceituar o índice, todavia, sem outros parâmetros, é uma atitude bastante 
arriscada, por isso desaconselhável. 
Em nosso exemplo, os índices estão abaixo de 1,0, mostrando insuficiência em 
saldar as dívidas de curto prazo. A empresa precisa gerenciar adequadamente os recursos 
para não ficar numa situação desfavorável financeiramente. 
Entretanto é preciso considerar que existem ativos que tem a conversão em 
dinheiro de forma mais lenta (como por exemplo o Estoque), o que pode causar maiores 
problemas na situação financeira da empresa a curto prazo. 
 
3) Liquidez Seca 
 
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
 
a)Cálculo 
Ano 1 
𝑅$275.000−𝑅$35.000
𝑅$724.000
 =0,3314 
 
Ano 2 
𝑅$263.000−𝑅$28.000
𝑅$743.595
 = 0,3160 
 
b)Interpretação 
No ano 1 para cada $ 1,00 de dívida de Passivo Circulante a empresa dispõe de 
R$ 0,3314 de Ativo Circulante, sem os Estoques. 
No ano 2 para cada $ 1,00 de dívida de Passivo Circulante a empresa dispõe de 
R$ 0,3160 de Ativo Circulante, sem os Estoques. 
 
c)Considerações importantes 
 
O índice de Liquidez Seca é bastante conservador, que elimina um fator de 
incerteza (Estoque) para que possamos apreciar a situação financeira da empresa. 
Como os outros índices, não deve ser analisado isoladamente. O indicador de 
Liquidez Seca deve ser analisado principalmente em conjunto com o indicador Prazo 
Médio de Rotação de Estoques (Indicador de Atividade) que evidencia quantas vezes a 
empresa vende seu estoque no período. 
 
 
iii)Capacidade de Pagamento em prazo imediato 
4) Liquidez Imediata 
 
𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑒 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
 
a)Cálculo 
Ano 1 
𝑅$50.000 + 𝑅$120.000 + 𝑅$12.000
𝑅$724.000
= 0,2513 
 
Ano 2 
𝑅$30.000 + 𝑅$100.000 + 𝑅$12.000
𝑅$743.595
= 0,1909 
 
b)Interpretação 
No ano 1 temos o índice de 0,2513, o que significa que para cada R$1 de dívida 
de curto prazo a empresa possui R$0,2513 de caixa e equivalentes de caixa (Ativos com 
maior liquidez) para liquidá-los. 
Já no ano 2 temos o índice de 0,1909, o que significa que para cada R$1 de dívida 
de longo prazo a empresa possui R$0,1909 de caixa e equivalentes de caixa (Ativos com 
maior liquidez) para liquidá-los. 
 
c)Considerações importantes 
É um índice sem muito destaque, pois relacionamos dinheiro disponível com 
valores, que vencerão em datas as mais variadas possível, embora a Curto Prazo. 
O ideal é que a empresa mantenha certos limites de segurança o suficiente para 
cumprir as obrigações emergentes. Não é aconselhável manter recursos alocados nas 
disponibilidades a fim de obter altos índices de Liquidez Imediata. 
O Caixa e Bancos perdem o poder aquisitivo com a inflação. Nem sempre 
reduções sucessivas nesse índice significam situações constrangedoras; podem significar 
uma política mais rígida de disponível e, até́ mesmo, uma redução do limite de segurança. 
Outro ponto que merece destaque é que, a empresa deixando altos valores no caixa 
e banco pode estar perdendo oportunidades de investimento que lhe renderam maiores 
benefícios futuros. 
 
6.4. Nota Importante sobre Indicador de Liquidez 
Se o grau de liquidez for: 
 
Igual a um, a empresa estaria operando em estado de pré-insolvência (situação 
nula); 
Menor que um, a empresa seria insolvente, ou seja, estaria em estado de passivo 
a descoberto; 
Maior que um, quanto mais elevado, melhor será a situação da Empresa. 
 
Referências 
ASSAF NETO, Alexandre; LIMA, Fabiano Guasti. Estrutura e análise de balanços: 
um enfoque econômico financeiro. 9ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 12 ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2010. 
HELFERT, Erich A. Teorias de análise financeira: um guia prático para medir o 
desempenho dos negócios. 9ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2000. 
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade 
empresarial. 7. ed. – São Paulo : Atlas, 2012. 
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem 
gerencial. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
SILVA, Alexandre Alcantara de. Estrutura, análise e interpretação das 
demonstrações contábeis. 4 ed. – São Paulo: Atlas, 2014. 
SILVA, Alexandre Alcantara de. Estrutura, análise e interpretação das 
demonstrações contábeis. 5 ed. – São Paulo: Atlas, 2019.

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