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FUNDAMENTOS O SOM É uma onda mecânica, pois necessita de meios materiais para se propagar. Sua propagação se dá pela vibração das particulas do meio, a partir de produção por uma fonte vibrante. O QUE É UM ULTRASSOM? É um som de frequência superior àquela que o ouvido humano pode perceber (> 20.000 Hz). • Abaixo de 20 Hz = infrassom • 20 Hz a 20.000 Hz = Som audível • 20.000 Hz = Ultrassom ULTRASSONOGRAFIA Método de diagnóstico que se baseia na reflexão do som (eco) , ou seja, uma onda sonora é lançada em direção ao alvo e retorna para a origem de sua emissão. A frequência utilizada na ultrassonografia diagnóstica está na faixa de 1 mhz (1.000.000 hz) a 15 mhz (15.000.000 hz). TRANSDUTORES São dispositivos capazes de transformar uma forma de energia em outra (energia elétrica → energia sonora). Nos transdudores utilizados na ultras- sonografia existem cristais capazes de converter energia elétrica em energia sonora e vice-versa (é o chamado efeito piezoelétrico). RESOLUÇÃO ESPACIAL Descreve o quanto, fisicamente, dois objetos próximos podem ser visualizados separadamente. A resolução espacial depende principalmente da frequência do transdutor. Assim, quanto maior a frequência, maior será a definição das imagens, mas menor será a profundidade de penetração. Dessa forma, para regiões superficiais, indica-se a utilização de transdutores de alta frequência, enquanto que para regiões mais profundas indica-se os de frequência menor. Existem dois tipos principais de resolução: • Resolução espacial lateral: capacidade de discriminar dois pontos próximos no eixo perpendicular ao da propagação do feixe ultra-sônico. - De lateralidade. - Depende da largura do feixe ultra-sônico. - Quanto menor a largura, maior a resolução lateral. • Resolução axial: capacidade de discriminar dois pontos próximos ao longo do eixo de propagação do feixe ultra-sônico. - De profundidade. - Depende da duração do pulso. - Quanto menor a duração, melhor é a resolução axial. MODO DE PROCESSAMENTO DOS ECOS A distância do objeto ao transdutor é medida com base no tempo em que a onda leva para ir até o objeto e retornar para a origem. Quanto maior o tempo, maior a distância. Quando o eco chega ao transdutor, ele é transformado em impulso elétrico que podem chegar de quatro formas: modo A, modo B, modo M e efeito Doppler. MODO A: modo de exibição simples, em que os sinais elétricos são registrados como picos em um gráfico. O eixo vertical (y) mostra a amplitude do eco e o horizontal (x), a profundidade (ex.: eletrocardio- grama). MODO B (brilho/escala de cinzas): mais frequente- mente utilizado. Os sinais elétricos são exibidos como uma imagem 2D. A US em modo B é rápida o suficiente para mostrar movimentos em tempo real (ex.: batida do coração, vasos pulsantes). MODO M (movimento): utilizado para imagens de estruturas em movimento. Os sinais elétricos refletidos pelas estruturas em movimento são ultrassonografia convertidos em ondas exibidas continuamente ao longo de um eixo vertical. O modo M é usado primariamente para avaliação dos batimentos cardíacos fetais e em imagens cardíacas, principalmente em doenças valvares (ex.: ecocardiograma). EFEITO DOPPLER: consiste na mudança de frequencia do som refletido quando a estrutura refletora está em movimento. No sistema cardiovascular, as estruturas em movimento são as hemáceas. Logo, pelo efeito Doppler, podemos avaliar a velocidade do fluxo sanguíneo, assim como o seu sentido. Doppler contínuo: utiliza-se um transdutor com dois cristais, um emite o sinal continuamente enquanto o outro destina-se somente a receber os sinais refletidos. Doppler pulsado: utiliza-se um transdutor com um cristal que transmite ondas curtas de ultrassom (pulsos) em intervalos regulares e recebe o sinal refletido no resto do tempo, comparando-o com aquele transmitido. Doppler colorido: aqui o fluxo é codificado em cores. Assim, a cor vermelha representa o fluxo se aproximando do transdudor e a cor azul representa o fluxo se afastando do transdutor. Além disso, fluxos de maior velocidade são expressos por tonalidades mais claras de sua respectiva cor. PRINCIPAIS TIPOS DE TRANSDUTORES Convexos: realizam varre- dura em forma de leque (setorial). Possuem ~ 60º de campo de visão. Frequência de 3 a 6 MHz. Usado em exames obstétricos e de abdome. Lineares: varredura linear (formato de retângulo). Ângulo de visão propor- cional à largura. Frequência de 5 a 11 MHz. Utilizado para exames de tireoide, mama e vascular. Endocavitário: varredura setorial. Ângulo de visão de 120-150º. Frequência de 5 a 11 MHz. Utilizado para exames transvaginais, genitais internos e exame de próstata. Setorial: varredura seto- rial. Ângulo de visão de até 90º. Frequência de 2 a 8 MHz. Utilizado para exames cardíacos (ecocar- diografia). GEL À BASE DE ÁGUA É importante pois permite que o transdutor deslize melhor e favorece a retirada do ar presente nos poros, sobras da pele, etc (o ar não é bom condutor de ultrassons). PRINCIPAIS EFEITOS SONOROS DA US Sombra acústica: quando o som bate numa estrutura sólida, ele tende a formar uma sombra acústica (zona hipoecoica) posteriormente ao obstáculo. Nem sempre a sombra acústica será patológica. Reforço acústico: ocorre em estruturas hipoe- cogênicas. Se uma estrutura ou lesão absorve menos intensidade ecoica do que o tecido circunjacente, a imagem aparece com um reforço ecoico. TERMOS Hipoecoico: zonas escuras (menos ecogênico) Hiperecoico: zonas claras (mais ecogênico) Isoecoico: imagens com ecogenicidades semelhantes. Anecoico: sem eco. REFERÊNCIAS • Aula do professor Cordeiro. • http://www.spenzieri.com.br/fisica-do-ultra-som/ • O básico que todo generalista deve saber sobre radiologia: introdução à radiologia e aos meios de contraste. Marcelo Augusto Fonseca. Radiologia com didática. Se uma onda de som refletida tem frequência menor do que a onda de som transmitida, o fluxo do som está para longe do transdutor. Se uma onda de som refletida tiver uma frequência mais elevada do que a onda de som transmitida, o fluxo está na direção do transdutor. A magnitude da alteração da frequência é proporcional à velocidade do fluxo de sangue.
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