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Diagnostico por Imagem: Princípios da Ultrassonografia em Medicina Veterinária

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Comprimento (λ) = ciclo 
Frequência (f) = ciclo/s 
O ultrassom diagnóstico está baseado na visualização de ondas sonoras com frequências acima da
capacidade auditiva dos seres humanos para a formação de ecos que ao retornarem serão traduzidos
em imagens. O espectro sonoro humano está entre 20Hz e 20.000Hz, ondas superiores com
frequências entre 35 e 20 MHz são utilizadas nos equipamentos atuais. A produção de ondas
ultrassônicas ocorre como no raio-x, a partir da conversão de energias. A corrente elétrica é
utilizada para produzir vibrações nos cristais de zirconato de chumbo (que estão dispostos no
transdutor dos equipamentos). A partir da sua mudança de conformação, essa vibração produzirá
ondas sonoras, que direcionadas aos tecidos em análise produzirão através da interação do som com
a matéria, ecos de retorno que por sua vez serão captados pelos mesmos cristais, tendo um caminho
de conversão de energia inverso, com o som de retorno sendo transformado em impulsos elétricos,
produzindo assim por meio de um software as imagens em uma tela. Cada ponto formado na tela
(monitor) será um cálculo de distância percorrida pelo eco, assim com a intensidade da bolinha na
imagem será proporcional a intensidade dos ecos. Tudo de forma dinâmica em tempo real. 
Assim como nos raios-x as ondas sonoras possuem sua representação gráfica vertical e horizontal,
amplitude e comprimento. 
A frequência determinará a capacidade de penetração dessas ondas no tecido, em uma escala
inversamente proporcional.
 
Princípios da ultrassonografiaPrincípios da ultrassonografia 
em medicina veterináriaem medicina veterinária
Física do US
Equipamentos
@railan
yv
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@railan
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Diagnostico por Imagem
A tecnologia ultrassonográfica assim como o exame é dinâmica e tem evoluído na disponibilidade de
equipamentos para os mais diversos usos
Os equipamentos de US podem ser móveis ou fixos, uma característica muito importante na
medicina veterinária e principalmente tem produzido imagens com cada vez mais qualidade, pelas
características de imagem em alta definição, frequências harmônicas, recursos de software e
transdutores com finalidades especificas e frequências altas.
@railan
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@railan
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Modo de processamento das imagens
Os transdutores também conhecidos como sondas ou probes variam em frequência (atualmente um
mesmo transdutor pode ser multifrequencial), área de varredura (determinada pelo ‘foot print’ ou
superfície de contato US/paciente, onde estão dispostos os cristais. E pela quantidade de cristais.
As probes podem ser do tipo setorial, utilizado principalmente para o exame do tórax, na
ecocardiografia. Os transdutores convexos e microconvexo, utilizados em varreduras abdominais
principalmente, o transdutor linear com apresentação transabdominal ou transretal, também
utilizado para varreduras abdominais e exames do aparelho locomotor.
 Todos esses transdutores possuem frequências variadas de acordo com o fabricante e o uso.
Modo A (amplitude): O modo A utiliza os ecos para a representação de picos de voltagem
sobre um eixo linear, estes picos representam a amplitude da onda sonora e, portanto, a
intensidade do eco. O exame em modo A é restrito ao exame US do olho.
Modo B (brilho): É o modo mais utilizado na rotina clínica e representa os ecos em uma
apresentação em escala de cinza, em várias intensidades de brilho. Como trata-se de um
exame em tempo real, o modo B se baseia na produção da imagem em quadros por segundo,
atualizados continuamente de acordo com a tecnologia aplicada na produção do equipamento.
A alta capacidade de produzir muitos quadros por segundo determina a resolução temporal, ou
seja, a capacidade de identificar eventos individuais que acontecem em grupos diferentes.
Tecnologia importante para os exames ecocardiográficos por exemplo.
Modo M (movimento): Os ecos de determinada área produzidos em modo-B formam um
traçado, um deslocamento em função do tempo, permitindo o estudo de movimento da
estrutura. Útil para as avaliações cardíacas.
Modo Doppler: O modo doppler identifica fluxo de fluidos corporais celulares, mais
especificamente fluxo sanguíneo, em exame do sistema cardiovascular, tanto na avaliação da
borda cardíaca, como de vasos, verificando a nutrição de órgãos.
O princípio doppler baseia-se em variações na frequência do eco advindas de estruturas em
movimento, por isso é possível reconhecer a direção do fluxo observado. O desvio doppler é
diretamente influenciado pela incidência angular, ângulo de inclinação, que deve ser paralelo
ao fluxo sanguíneo para cálculo de velocidades de fluxo verdadeiros.
O modo doppler possui variações, que são o doppler pulsado (espectral) doppler contínuo,
doppler colorido e doppler power. Assim como combinações entre os tipos de modo doppler e
os demais modos de imagem US, formando o duplex doppler e o triplex doppler.
O doppler é exibido em um eixo x (tempo) e y (velocidade) onde os picos apresentam os
espectros, picos acima da linha de base (x) estão se aproximando do transdutor e o inverso
para linhas abaixo da linha base.
@railan
yv
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@railan
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etModo de processamento das imagens
O doppler pulsado utiliza a varredura especifica de uma região em busca de um desvio doppler
e o faz utilizando um pulso curto em frequência especifica apenas os ecos que retornarem em
determinado tempo são analisados, esses ecos são aqueles da região previamente selecionada,
denominada “gate??” ou “volume de amostra”. Já o doppler contínuo utiliza a varredura em
uma linha inteira de tecido, utilizando dois cristais de som e o outro com a recepção. O
doppler pulsado é capaz de ser anatomicamente mais especifico, porém não mensura
velocidades maiores, o contrário é verdadeiro para o DC.
O doppler colorido é uma variação do doppler pulsado, que utiliza o “volume da amostra” para
representar graficamente através de cores sobrepostas ao modo-B a direção do fluxo.
Vermelho para fluxos que se aproximam e azul para os que se afastam. Padrões turbulentos de
fluxo misturam as cores apresentando padrão em mosaico.
O power doppler é uma variação doppler mais sensível a fluxos com baixa velocidade (3 a 5
vezes) mas não informa a direção do fluxo e produz mais artefatos em função do paciente, é
utilizado em investigações que precisam de maior detalhamento da morfologia, como
neovascularizações neoplásicas.
Atualmente os equipamentos já permitem a utilização de modos duplex doppler (doppler
pulsado + modo B) e até triplex doppler (doppler pulsado + modo B+ colorido) para estudos
vasculares cada vez mais específicos.
A tecnologia da imagem doppler permite determinar a natureza dos vasos, avaliar as
velocidades do fluxo e de índices de resistência vascular e pulsatilidade.
Formação da imagem
A formação da imagem do US se dará da interação do US produzidos e o tecido. A densidade desses
tecidos determinará o quanto o som será refletido, é importante lembrar que os feixes sonoros a
medida que atravessam os tecidos e vão aprofundando, vão sofrendo atenuação, ou seja vão
“enfraquecendo” e devolvendo ecos cada vez menos intensos. Isso se dá pelas diferentes densidades
teciduais que o som encontra ou em feixe, que irão promover a reflexão em ecos e a absorção (calor)
em função da frequência utilizada. Em resumo a onda sonora é transmitida ou refletida pelos tecidos
até o limite de varredura do aparelho. Baixas frequências produzem imagens mais profundas, porém
de pior qualidade, enquanto altas frequências produzem imagens superficiais de melhor qualidade.
Essa característica de transmitir o som em determinado tecido está determinada pela Impedância
acústica dos tecidos, que está definida pela equação: impedância = velocidade/densidade. 
Sabe-se que a velocidade do som nos tecidos moles é constante, portanto a densidade é que
determinará a sua impedância, determinando uma escala de cinza.
@railan
yv
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@railan
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Alguns comandos básicos dos equipamentos permitem um controle de escale de cinza dentre elas
importante citar o ganho, responsável por intensificaros ecos de retorno tentando formar imagem, e o foco
que deve ser direcionado para a área de interesse.
 A imagem formada no monitor será fidedigna ao posicionamento anatômico adotado para o exame, o top da
imagem mostrará a superfície proximal em contato com o transdutor. A marca ou sinal cranial do
transdutor deve estar voltada cranialmente em posição sagital, e a esquerda em posição transversal por
convenção.
Cuidados no preparo do animal, como a utilização de gel condutor, tricotomia, limpeza de pele e preparo
gastrointestinal para exames do abdômen, determinam uma janela melhor para o exame, além disso, deve-
se sempre procurar o melhor corte das estruturas em estudo com a manipulação do transdutor, evitando
incidências impróprias.
Artefatos Ultrassonográficos
Sombreamento acústico: Ocorre em áreas com gás ou mineralizadas, todo o som é refletido em
função da densidade desses componentes e nenhuma imagem posterior é formada. Gerando sombras
anecóicas.
Reforço acústico: Áreas homogêneas como os líquidos não produzem atenuação das ondas sonoras e
com isso o som não é refletido, com isso as estruturas posteriores apresentarão hiperecóicas.
Reverberação: É a produção de ecos artificiais a partir de superfícies refratadas. Isso ocorre em
regiões com grande diferença de impedância, um exemplo de reverberação é o artefato em cauda de
cometa que produz um efeito hipoecogênico a partir da superfície refretora. Outro exemplo é o
artefato Ring-Down, comum em exame de biopsia em função da agulha. 
Imagem em espelho: Ocorre entre dois tecidos de interface curva, e com boa capacidade reflexiva,
como a pleura e o diafragma. E provem pulsos que são refletidos em direções diversas para superfície
curva, porém reflexão de uma estrutura posterior e retornam ao transdutor no caminho do feixe
original do US o que resulta em imagens duplicadas.
Sombreamento da borda: Ocorre pela refração do som ao tangenciar a curvatura de órgãos
preenchidos por líquido. A ausência de ecos de retorno leva a formação de um cone anecóico nas
bordas da estrutura.
Artefatos de lobo lateral:Tem a física igual ao artefato de imagem em espelho, porém produz imagens
sobrepostas a imagens reais.
Espessura de cone/ largura do feixe É proveniente de feixes posteriores a estruturas císticas,
produzindo ecos no interior da imagem, é o caso do pseudosedimento vesical. 
O artefato é uma falha na representação da estrutura examinada, conhece-los ajuda a evitar equívocos
durante o exame e por outro lado ajuda no diagnóstico de processos patológicos.
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Erro de propagação da velocidade: Ocorre quando o feixe transpassa dois tecidos adjacentes a
velocidade distinta, com isso o eco de retorno será diferente em cada região, com velocidades
de retorno diferentes, levando o aparelho a demonstrar as regiões em profundidades distintas.
Gerando erro de continuidade numa mesma estrutura.
A terminologia US se baseia na capacidade em gerar ecos e consequentemente brilho em uma escala
de cinza no monitor.
Uma estrutura pode estar classificada em função do seu brilho, ou comparetivamente ao brilho de
estrutura adjacente. Anecóico é a estrutura que não produz ecos discerníveis, e será vista como
uma área escura/preta. Ecóico/ Ecogênico, que possui capacidade de produzir ecos, suas variações
são estruturas hipo, hiper ou isocóicas (pouca, muita e ecogenicidade similar a estrutura de
comparação respectivamente.) As estruturas são ainda classificadas quando ecotextura, pode ser
homogênea ou heterogênea, recursos também usados para definir ecogenicidade e produzirem
imagens finas ou granuladas.
O US é um procedimento com diversos usos, por ser tratar de procedimento não invasivo e realizar
uma avaliação dinâmica das estruturas.
Não requer anestesia, nem sedação e pode ser associado a exames de biopsia, as chamadas biopsias
ecoguiadas, suas limitações estão relacionadas a avaliação de estruturas ósseas, apenas de
superfícies. Não define causas fisiopatológicas para as alterações observadas, pois o mesmo padrão
de ecogenicidade e ecotextura pode ser observado em diversas doenças. Tem um custo elevado para
formar o profissional e para a aquisição do equipamento. Não distingue lesão maligna e benigna.
Avalia: posição, dimensões, forma, contorno, vascularização, arquitetura interna.
Terminologia e nomina ultrassonográfica 
Vantagens e desvantagens (uso e limitações)

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