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Aula 03
História p/ ENEM 2017 (Com videoaulas)
Professor: Sergio Henrique
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Ciências Humanas e suas tecnologias 
 História: Idade Moderna. 
 Professor: Sérgio Henrique. 
 
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SUMÁRIO 
00. Bate papo inicial. Pág. 02 
1. O absolutismo e o mercantilismo. 
- Os teóricos do absolutismo. 
Pág. 03 
Pág. 05 
2. O Renascimento cultural e o humanismo na 
Itália. 
Pág. 19 
3. A reforma e a Contrarreforma Católica. 
- A Reforma Luterana. 
- A Reforma Calvinista. 
- A Reforma Anglicana. 
- A contrarreforma católica (concílio de Trento). 
Pág. 26 
Pág. 27 
Pág. 28 
Pág. 28 
Pág. 29 
4. Exercícios Resolvidos. Pág. 33 
5. Exercícios Propostos. Pág. 44 
6. Considerações finais. Pág. 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ciências Humanas e suas tecnologias 
 História: Idade Moderna. 
 Professor: Sérgio Henrique. 
 
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00. BATE PAPO INICIAL. 
 Olá amigo estudante. É com muita alegria que o recebo para 
falarmos de história. Estudar as aulas anteriores, é fundamental para 
que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar 
aqui. Leia com atenção seu texto de apoio e assista as vídeo-aulas. 
Leia e releia e pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai 
ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito importante 
você fazer suas próprias anotações, ou em forma de resumo ou 
anotações nos exercícios, não importa, você escolhe. O importante é 
estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua 
disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons 
estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ciências Humanas e suas tecnologias 
 História: Idade Moderna. 
 Professor: Sérgio Henrique. 
 
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1. O ABSOLUTISMO E O MERCANTILISMO. 
A Idade Moderna é a divisão convencionada pelos historiadores 
para caracterizarmos a sociedade europeia entre os séculos XV e 
XVIII. Este período caracteriza-se por transformações muito 
profundas na sociedade, economia e cultura. A Idade Moderna pode 
ser também chamada de Antigo Regime. Compreende o período de 
formação das monarquias nacionais, a expansão marítima, a 
colonização da América, e também do Renascimento Cultural e da 
Reforma Religiosa. 
Portugal é considerado o primeiro Estado Nacional moderno do 
mundo. Também pode ser chamado de Estado Absolutista, ou 
monarquias nacionais. Esta configuração política centralizada surgiu 
devido a uma associação da burguesia e a nobreza lusitana que 
colocaram D. João mestre de Avis como soberano, o Estado passou a 
ser parceiro da burguesia e organizou a legislação e os impostos de 
forma a estimular o comércio. Estabeleceu impostos, leis e moedas 
nacionais (válidos em todo o território do país e não mais nos feudos 
somente), enquanto se beneficiou dos altos impostos que passou a 
receber e se tornam a principal fonte de receita do reino. Desse 
encontro entre o Estado e a economia, nos quadros de uma 
sociedade aristocrática foi ganhando forma pela prática econômica do 
Estado a política econômica mercantilista. 
No absolutismo monárquico o rei concentra todos os poderes do 
Estado em si. Controla a economia, as relações políticas, interfere na 
religião e toda a vida social ao sabor de seus desejos. Como o próprio 
nome sugere, os poderes do soberano eram absolutos. A justificativa 
para a existência de um soberano tão poderoso era 
fundamentalmente religiosa. Jaques Bossuet, o principal teórico que 
justificou o absolutismo, tinha um pensamento essencialmente 
teológico: Todo o poder vem de Deus e como seu representante 
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 História: Idade Moderna. 
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máximo na terra, o soberano deve ter poderes absolutos e não deve 
ser questionado. 
O maior exemplo de todos foi o rei francês Luís XIV, conhecido 
como rei Sol. 
 
Observando a imagem acima podemos identificar um elemento 
social muito interessante: o papel das vestimentas na construção da 
imagem de poder do rei. O vestuário no decorrer da história sempre 
teve importante papel de diferenciação social das pessoas e na 
simbologia de poder e hierarquia religiosa, militar e política. 
O poder real era indiscutível e nada existia que o limitasse. 
Nesta época não existiam constituições, que surgiram após as 
revoluções burguesas, então a palavra do rei era a lei. 
O mercantilismo consistiu no controle da economia pelo rei, 
ou mais exatamente na intervenção do estado na economia. 
 
Veja suas características principais: 
 
Mercantilismo: Prática econômica dos Estados Nacionais que 
pode ser sintetizada em cinco características: 
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1- Metalismo (bulionismo): A riqueza das Nações seria 
determinada pela quantidade de metais preciosos acumulados. 
2- Balança comercial favorável: Exportar mais que importar 
(superávit), para favorecer a entrada de metais preciosos com as 
vendas e impedir sua saída importando produtos. 
3- Protecionismo: cobrança de altas taxas alfandegárias de 
produtos de outros países para estimular a produção no seu. Taxas 
altas para manufaturados e baixas para matérias primas, de forma a 
estimular a manufatura para ser exportada em seu país. 
4- Incentivo à manufatura: estímulo à produção de 
determinados produtos e concessão de monopólio ao fabricante, 
impedindo a concorrência. 
5- Sistema Colonial: A Busca por possuir colônias para que 
pudessem ser exploradas. Eram importantes fontes da matérias 
primas e mercado consumidor para as manufaturas da metrópole. As 
colônias deveriam realizar comércio exclusivamente com a metrópole. 
 
Os teóricos do absolutismo: 
 
Jaques Bossuet: Para o bispo francês “todo o poder vem de 
Deus, e o rei por ser o maior representante do poder de Deus 
na terra deve ser dotado do poder máximo”. Só seria poderoso 
porque é a vontade de Deus. Vamos agora nos centrar no principal 
dos teóricos do Estado Moderno Absolutista. Seu pensamento é a 
Teoria do Direito Divino. 
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Nicolau Maquiavel (1469 – 1527): 
 
 
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Italiano da cidade de Florença, incorpora em termos políticos o 
espírito do renascimento sua principal obra, a que vamos analisar 
aqui é “O príncipe”. É um dos maiores teórico estudados no mundo e 
possui várias interpretações. Seu nome muitas vezes é interpretado 
como sinônimo de pessoas frias, traiçoeiras e ardilosas. Não há tanta 
verdade nisso, mas seu nome ficou associado a estes 
comportamentos e frequentemente podemos ter dúvidas sobre o 
autor. Apesar de sua obra mais conhecida ser O Príncipe, possui 
vários outros escritos, entre eles um anterior que é considerado uma 
defesa ao republicanismo.Eis um dos temas que geram debate. Seu 
livro para alguns era uma defesa do absolutismo, para outros uma 
justificativa do absolutismo para sair da cadeia e recuperar seu cargo 
de diplomata, que foi perdido justamente por ter sido associado a 
ideais republicanas. Provavelmente nunca saberemos com clareza o 
que motivou a obra, mas podemos analisa-la com cuidado e tentar 
compreender o seu contexto. 
“O príncipe” é um texto curto e escrito de forma textual e ideias 
muito objetivas. É de um gênero literário da época, que conhecemos 
como espelhos de príncipes, ou seja, eram obras que sugeriam 
comportamentos, como conselhos para o ato de governar dos 
soberanos. Todo o livro é um conselho sobre como governar, perigos 
e desafios. É tão pragmático e objetivo que é muito custoso 
determinar se é o que defendia como pensamento, ou simplesmente 
analisava o comportamento ideal para a manutenção do poder. Faz 
parte do debate. 
O ponto central do pensamento de Maquiavel é inaugurar uma 
“nova ética”, a política, que seria diferente da ética religiosa. A 
ética cristã se preocupa fundamentalmente com a salvação da alma e 
que o comportamento humano deve ser sempre bom, enquanto 
preocupação da ética política é a salvação da comunidade política, no 
contexto a salvação da cidade, que para isso o príncipe pode ser mau 
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se necessário. Fundamentalmente coloca que o governante não 
precisa ser bom e possuir virtudes, mas que é importante que pareça 
que as possui. Se para manter a estabilidade e o poder do Estado ser 
necessário enganar ou usar da violência, não deve haver dilema ao 
governante e deve ser feito, pois os fins do Estado justificam os 
meios usados para isso (lembrando que é uma frase que sintetiza 
bem seu pensamento, mas ele não escreveu isso). 
 
 
 
Para ele é diferente a conduta ética de um bom cristão e de um 
bom político, que para Maquiavel, muitas vezes o poder coloca o 
governante diante de situações que deve parecer quem não é, 
usando máscaras morais e de comportamento, pois se não possui 
virtudes admiradas, ao menos parece possuí-las. Foi diplomata em 
Florença e trabalhou diretamente para a família Bórgia, que 
ocuparam o papado italiano no fim do século XV. Foi uma família da 
nobreza que foram importantes elementos do clero. Rodrigo Bórgia 
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foi papa e o contexto de sua chegada ao poder papal é recheado de 
polêmicas. Cesar Bórgia, o filho do papa, é protagonista de um 
exemplo de Maquiavel de que o governante deve ser cruel em 
determinados momentos. Diante de um inimigo político, Cesar Bórgia 
parte-o ao meio com a espada no palácio papal. Na moral cristã 
matar é pecado e uma coisa má, em qualquer circunstância, mas na 
moral política ele agiu corretamente, pois com aquela morte evitara 
no contexto uma guerra civil que levaria milhares à morte. 
Um dos capítulos do Príncipe questiona: É melhor ser temido ou 
ser amado? Para Maquiavel, se possuir os dois, melhor, mas que 
diante da necessidade de escolhas não há dúvidas: ser temido, pois o 
amor pode ser desafiado, mas dificilmente desafia-se aquilo que 
teme. 
A virtú e a fortuna: Maquiavel em O Príncipe separa a virtú 
(as virtudes propriamente ditas) e a fortuna (a sorte). Para ele o rei 
que se torna soberano e consegue isso através da prática de sua virtú 
constroem a sua própria fortuna. Torna-se governante com muitas 
dificuldades, mas no poder governa com maior estabilidade. Aqueles 
que somente pela fortuna tornaram-se príncipes, tiveram pouco ou 
nenhum trabalho para isso, mantêm-se no poder penosamente. Tais 
príncipes estão na dependência exclusiva da vontade e da boa 
fortuna de quem lhes concedeu o poder do Estado. Se matem sobre 
duas coisas volúveis e instáveis. 
 
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Ele não pregou que o homem deva ser mau, mas que seja 
pragmático e se for necessária uma atitude considerada má, como a 
mentira ou a violência, ela deve ser tomada pelo Estado. Ele diz que 
se você quiser evitar uma atitude má para salvar a sua alma é uma 
opção sua, mas se a opção é a manutenção do poder, o que é bom 
para a política, para a cidade, não condiz com a lógica do que é bom 
para a alma. É considerado o pai da ciência política pois foi o primeiro 
a estabelecer que a política possui sua lógica e ética próprias, 
separados da moral religiosa. 
 
 
1. (Enem 2013) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado 
que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas 
seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais 
seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. 
Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são 
ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e 
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enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o 
sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o 
perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se. 
 
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991. 
 
A partir da análise histórica do comportamento humano em suas 
relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser 
a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos 
outros. 
b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito 
na política. 
c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e 
inconstantes. 
d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e 
portando seus direitos naturais. 
e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus 
pares. 
 
Resposta: 
 
[C] 
 
 Maquiavel é considerado fundador da filosofia política 
moderna, pois muitas das suas afirmações se contrapõem à 
filosofia política clássica. Basicamente, a sua reflexão baseia-
se no comportamento político do Príncipe para manter o poder 
a todo custo. Numa visão prática, ele separou a moral 
religiosa da moral política. Em sua visão pessimista esclarece 
que é mais seguro ser temido que amado, pois o amado pode 
sofrer abusos em momentos de crise, enquanto o temido não. 
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De acordo com o trecho grifado podemos concluir que o 
Homem, na visão de Maquiavel, é guiado por interesses. 
 
“Mas sendo minha intenção escrever coisa útil, destinada a 
quem por ela se interessar, pareceu-me mais conveniente ir 
diretamente à efetiva verdade do que comprazer-me em 
imaginá-la. (...) E é tão diferente o como se vive do como se 
deveria viver, que aquele que desatende ao que se faz e se 
atém ao que se deveria fazer aprende antes a maneira de 
arruinar-se do que a de preservar-se. Assim, o homem que 
queira em tudo agir como bom acabará arruinando-se em 
meio a tantos que não são bons”. (N. Maquiavel. O Príncipe. 
SãoPaulo: Círculo do livro, p. 101). 
 
2. (Enem 2012) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de 
que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa 
opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes 
transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais 
escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar 
inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a 
sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos 
permite o controle sobre a outra metade. 
 
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). 
 
Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em 
seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu 
pensamento político e o humanismo renascentista ao 
a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do 
seu tempo. 
Errado. O texto já começa descartando esta alternativa. 
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b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. 
Errado. Só ler “que a sorte decida metade dos nossos atos" 
c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação 
humana. 
d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de 
aprendizagem. 
Errado. O pensamento de Maquiavel é fundamentalmente 
histórico, na medida que analisa grandes processos políticos 
da história para tirar suas conclusões sobre o agir do príncipe. 
e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão. 
Errado. Ele separa a ação da fé, a moral cristã da política. 
 
Resposta: 
[C] 
 
O Trecho grifado deixa claro que Maquiavel atribui o destino 
humano à sorte do destino e às ações humanas, que são 
decididas pelo livre arbítrio, ou seja, a liberdade de decidir. 
Assim afirma confiar na razão humana como fundamento das 
ações. 
 
3. (Fgv) "Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado que temido, 
ou o inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas, 
mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro 
ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas(...)." 
(MAQUIAVEL, N., "O Príncipe". 2a ed., Trad., Mira-Sintra - Mem 
Martins, Ed. Europa-América, 1976, p.89.) 
 
A respeito do pensamento político de Maquiavel, é correto afirmar: 
a) Mantinha uma nítida vinculação entre a política e os princípios 
morais do cristianismo. 
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b) Apresentava uma clara defesa da representação popular e dos 
ideais democráticos. 
c) Servia de base para a ofensiva da Igreja em confronto com os 
poderes civis na Itália. 
d) Sustentava que o objetivo de um governante era a conquista e a 
manutenção do poder. 
e) Censurava qualquer tipo de ação violenta por parte dos 
governantes contra seus súditos. 
Resposta: 
[C] 
A alternativa [A] está errada, pois Maquiavel foi o 
primeiro a separar os princípios religiosos dos políticos. A [B] 
está claramente errada pois ele era defensor do absolutismo. 
A [C] está errada pois seu pensamento em nada se vincula ao 
clero. A [D] está corretíssima. O principal dever do príncipe é 
manter o poder do Estado, a qualquer custo. A [E] Todos os 
fins de Estados justificam os meios usados, principalmente a 
violência. 
_______________________________________________________ 
 
Thomas Hobbes (1588 -1679): 
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Thomas Hobbes foi um dos mais importantes pensadores 
ingleses. Seu pensamento é pessimista em relação aos homens, pois 
acredita que sem o Estado para impor regras e garantir a segurança 
deveria haver um soberano com poderes totais para punir quem 
saísse da linha. Ele era um defensor do absolutismo monárquico, e o 
rei era o Estado. 
Contratualismo: O Estado é um contrato entre o poder o os 
indivíduos. Hobbes é um teórico do absolutismo e o pensamento 
contratualista também é presente em vários filósofos que 
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estudaremos, como os iluministas John Locke, Rousseau e 
Montesquieu. 
Para Hobbes o homem em seu 
estado natural, ou seja, sem um 
Estado e sem leis que garantissem a 
propriedade, a segurança e normas 
de convivência, a vida seria 
impossível pois a competição, 
insegurança e a violência seriam a 
regra. O homem é o lobo do próprio 
homem, diria Hobbes, e que a vida 
fora da sociedade seria curta, pobre, 
sórdida e embrutecida. Acreditava 
que a solução era colocar um indivíduo ou um parlamento poderoso 
no comando. Os indivíduos em seu estado de natureza seriam 
obrigados a estabelecer um “contrato social” e abririam a mão de 
suas liberdades em nome da segurança. Seu livro mais importante é 
o Leviatã, em que explica os passos necessários para sair do 
pesadelo do estado de natureza e ir para uma sociedade segura na 
qual a vida é suportável. O leviatã é um gigantesco monstro marinho 
e para Hobbes é uma referência ao grande poder do Estado. 
 
1. (Enem 2015) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às 
faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre 
um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais 
vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em 
conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente 
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considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum 
benefício a que outro não possa igualmente aspirar. 
 
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo Martins Fontes, 2003 
 
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois 
homens desejavam o mesmo objeto, eles 
a) entravam em conflito. 
b) recorriam aos clérigos. 
c) consultavam os anciãos. 
d) apelavam aos governantes. 
e) exerciam a solidariedade. 
 
Resposta: 
[A] 
 
Segundo Hobbes, os homens, em seu estado de natureza, 
permanecem em um constante conflito. É a constituição da 
sociedade civil que irá pôr fim a esse estado de guerra de 
todos contra todos. Hobbes dizia que a vida fora da sociedade 
seria curta, pobre, sórdida e embrutecida. 
 
2. (Vunesp) O fim último causa final e desígnio dos homens (...), ao 
introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos 
viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com 
uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera 
condição de guerra que é a consequência necessária (...) das paixões 
naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os 
manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao 
cumprimento de seus pactos (...). 
 
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(Thomas Hobbes. Leviatã, 1651. In: Os pensadores,1983.) 
 
De acordo com o texto, 
a) os homens são bons por natureza, mas a sociedade instiga a 
disputa e a competição entre eles. 
b) as sociedades dependem de pactos internos de funcionamento que 
diferenciem os homens bons dos maus. 
c) os castigos permitem que as pessoas aprendam valores religiosos, 
necessários para sua convivência. 
d) as guerras são consequências dos interesses dos Estados, 
preocupados em expandir seus domínios territoriais. 
e) os Estados controlam os homens, permitindo sua sobrevivência e o 
convívio social entre eles. 
[E] 
 
Hobbes é defensor do Absolutismo como uma condição 
necessária à coexistência pacífica entre os homens, Hobbes 
considerava que o ser humano tendia ao conflito e à 
destruição coletiva (“estado de natureza”), se não fosse 
colocado sob a tutela de uma autoridade superior capaz de 
deter o caos através da força e coerção. Desse modo, 
acreditava que os próprios homens estabeleceram a sociedade 
civil e o Estado como um esforço no sentido de preservar a sua 
própria existência. A superação do “estado de natureza” só foi 
possível graças ao “contrato social” estabelecido entre os 
homens e mantido pelo Estado. 
 
 
 
 
 
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2. O RENASCIMENTO CULTURAL E O HUMANISMO NA ITÁLIA. 
A partir do século XIV, com o desenvolvimento comercial pelo 
qual a Europa passava, promoveu um grande florescimento artístico. 
A Itália foi a região pioneira no início do renascimento urbano-
comercial, era a sede da Igreja Católica e formavam-se pequenas 
monarquias nacionais. Um período de desenvolvimento nas artes 
plásticas que passava a representar o Homem sob o olhar de uma 
nova cultura. O termo renascimento vem dos homens da Época. 
Acreditavam ser a vanguarda da humanidade que teria chegado ao 
seu auge, rompendo com o pensamento e a cultura que predominava 
durante a Idade Média, que passou a ser chamada de “Idade das 
trevas”. 
Fique atento: 
O termo Idade das Trevas como referência à Idade Média é um 
termo criado pelos homens do renascimento. Diz mais sobre eles do 
que sobre o período: 
1- O homem do renascimento considerava que estavam no momento 
de maior desenvolvimento da humanidade e da cultura. Tudo que 
veio antes desprezavam, exceto os gregos e romanos que 
consideram uma cultura superior. Eram extremamente eurocêntricos. 
2- A Idade Média não foi a “longa noite de mil anos” como os 
renascentistas descreveram. Os avanços técnicos eram muito mais 
lentos, mas a agricultura evoluiu os tipos de arado, a técnica da 
rotação de culturas, as escolas palacianas e mosteiros, as catedrais 
medievais, o império bizantino, os avanços na medicina e os 
conhecimentos de filosofia dos árabes nos mostram o equívoco desta 
afirmação. 
 
Neste momento os pensadores da época entraram em contato 
com os escritos filosóficos dos gregos, da onde vem um profundo 
sentimento de valorização do homem e natureza. As artes 
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floresceram principalmente em cidades como Florença, Gênova e 
Veneza. O alto clero católico e a rica burguesia comercial que havia 
se formado, contratavam artistas de renome para pintar seus retratos 
e decorar seu palácios e templos. Eram os chamados mecenas, os 
financiadores de obras de arte. O Renascimento floresceu na Itália, e 
teve lá seus principais representantes. A principal razão era a 
prosperidade econômica. O Renascimento cultural teve impactos 
sobre a organização política, pois contribuiu para o advento do 
Absolutismo monárquico, e uma estrutura jurídica centralizada 
revalorizando o Direito Romano e também contribuiu para a 
laicização da sociedade. Laicização? O homem do renascimento era 
menos religioso? Não! Tanto que a maior parte das obras de arte 
possuem temas cristãos, como a Pietá, ou o teto da capela cistina, 
ambos de Michelangelo. Podemos compreender como laicização a 
ampliação de temas de discussão política ou da arte. Maquiavel é um 
homem do renascimento e separa a moral cristã da política e os 
temas religiosos são tratados de forma antropocêntrica. 
 
Características do Renascimento: 
 Antropocentrismo. “O Homem é a medida de todas as 
coisas”. Passa a ser visto como o centro do universo e é assim 
representado na arte. A maior parte dos temas é religioso, mas 
os personagens são retratados de forma humana. 
 Hedonismo. A valorização de prazeres carnais e mundanos, 
contrapondo-se a noção medieval de sofrimento e resignação. 
 Uma valorização e um retorno à cultura clássica (Greco-
Romana). Os temas mais frequentes nas obras eram gregos e 
romanos, de quem inspiraram-se para ver o mundo de forma 
antropocêntrica. 
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 Naturalismo. Valorização da Natureza. Os renascentistas 
valorizavam a observação da natureza e a experiência. A obra 
de arte deveria copiar -se não melhorar- o real. 
 
A questão é complicada pois exige interpretação e muitos 
conhecimentos. 
1. (Vunesp 2003) Nascido na Itália, o Renascimento – movimento 
intelectual, científico, artístico e literário - espalhou-se pela Europa, 
mas de forma desigual. 
Considere as seguintes afirmações a respeito desse movimento. 
I. A arte renascentista tinha como característica principal a 
exploração dos motivos religiosos, recebendo, dessa maneira, o apoio 
do clero e dos mecenas. 
Errada. O renascimento é antropocêntrico, valoriza o homem, 
mas sua produção de artes plásticas é muito grande em 
imagens sacras e Igrejas, mas os santos e figuras sagradas 
eram representados como homens, antropocentricamente. Os 
motivos religiosos eram presentes em razão principalmente 
dos principais mecenas serem do clero, como o papa. A 
produção artística religiosa relaciona-se diretamente com o 
barroco. 
II. O Renascimento foi um movimento que valorizou o 
antropocentrismo, o hedonismo, o racionalismo, o individualismo e o 
naturalismo. 
Correta. São as características essenciais do período. 
III. No plano político, sua principal consequência foi contribuir para o 
advento do Absolutismo, ao laicizar a sociedade e revalorizar o Direito 
Romano. 
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Correta. Uma das características fundamentais era a 
inspiração nas sociedades clássicas: Grécia e Roma. Se 
inspiraram em tudo, inclusive na organização jurídica da 
sociedade. Nosso direito é de influência direta romana. 
IV. O combate central das ideias renascentistas residiu na defesa das 
concepções de mundo baseadas no teocentrismo e na escolástica, 
então emergentes. 
Errada. O pensamento teocêntrico e a filosofia escolástica são 
características centrais do pensamento medieval. 
V. A Itália acumulou maior quantidade de capital e alcançou 
desenvolvimento comercial e urbano invejável, gerando excedentes 
econômicos para se investir em obras de arte. 
Correta. As primeiras cidades a desenvolverem-se foram 
Gênova e Veneza, e foi justamente na Itália que o 
desenvolvimento econômico promoveu a pujança artística. 
Está correto apenas o contido em 
a) I, II e III. 
b) I, IVe V. 
c) II, III e IV. 
d) II, III e V. 
e) III, IV e V. 
 
Resposta: 
[D] 
 
Os principais artistas do Renascimento são artistas plásticos e 
escritores: 
Nas artes plásticas os mais destacados são: 
 
 
Michelangelo: 
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Sua obra mais importante foi a pintura do teto da Capela Cistina, 
no Vaticano. Veja o destaque dado ao homem quando pinta a sua 
criação e os detalhes realistas de sua escultura representando a 
figura bíblica “Davi”. 
 
 
 
Leonardo da Vinci: 
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É considerado o gênio mais completo, e que encarnava os 
ideais do Renascimento. Além de artista plástico foi um grande 
inventor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael: 
Nesta obra intitulada “ A Escola de Atenas” podemos perceber a 
forte influência da cultura clássica (grega e romana). 
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E na literatura: 
 Miguel de Cervantes: “Dom Quixote de La Mancha”. 
 Luís de Camões: “Os Lusíadas”. 
 Bocaccio: “Decamerão”. 
 Dante Alighieri: “ A Divina Comédia”. 
 Erasmo de Roterdã: “O Elogia da Loucura”. 
 
 O Renascimento cultural na literatura é mais conhecido como 
humanismo. Valorizavam a razão, o homem e a fizeram severas 
críticas à sociedade e à religião da época. 
 
 
 
 
 
 
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3. A REFORMA E A CONTRARREFORMA CATÓLICA. 
Durante todo o período medieval, por volta de 1000 anos, a 
instituição mais poderosa que existia era a Igreja Católica. Ela 
influenciava diretamente a vida cotidiana das pessoas e as 
instituições políticas e governos. Seu poder era inquestionável até 
que no século XVI sofreu a maior ruptura no seu interior. Esta 
ruptura é conhecida como a “Reforma Religiosa”, iniciada por 
Martinho Lutero na Alemanha. Lutero após uma intensa vida dedicada 
à teologia, passou a pregar contra algumas práticas da Igreja Católica 
da época. Criticava firmemente a venda de indulgências (venda do 
perdão dos pecados ou imagens sacras) e a corrupção moral do 
clero, que se envolvia em muitos escândalos. Após um período de 
estudos na Itália, em 1517 Lutero retorna a sua cidade, Wittenberg 
na Alemanha, onde na catedral, em forma de protesto prega placas 
com as “95 teses contra a venda de indulgências”. A Igreja 
reagiu contra e convocou a Dieta, ou Concordata de Worms, um 
grande evento da Igreja em que Lutero foi convocado a negar suas 
ideias. Reafirmou seus pensamentos com convicção, e a partir daí foi 
excomungado da Igreja e considerado um Herege. A propósito, todos 
os seguidores dele passaram a ser considerados hereges, e, portanto, 
perseguidos. 
 
Hereges eram aqueles que de alguma forma questionavam os 
dogmas da Igreja Católica. Eram violentamente perseguidos pela 
inquisição e podiam ser mortos na fogueira. 
 
As propostas de Lutero, mesmo que prontamente combatidas, 
espalharam-se rapidamente por toda a Alemanha. Em pouco tempo 
chegou a outros países. Ocorreu uma radicalização do movimento 
reformista quando ele se popularizou. Na Alemanha ocorreu o 
movimento dos Anabatistas, liderados por Thomas Müntzer, um 
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plebeu cunhador de moedas. A interpretação deles era a radicalização 
da livre interpretação dos textos bíblicos e da igualdade perante a 
Deus, então não somente eram contrários ao monopólio teológico da 
Igreja, mas também contra o senhorio feudal (pois ainda 
permaneciam as obrigações servis) e contra o absolutismo. Ocorram 
vários combates entre anabatistas e as tropas reais. Foi o primeiro 
grande movimento reformista popular da história e as primeiras 
batalhas de dois séculos de guerras religiosas pela Europa. O 
movimento foi totalmente sufocado, seus integrantes perseguidos 
pelo resto de suas vidas, mas o principal motivo era que motivavam 
revoltas plebeias contra os senhores e contra o imperador. Lutero foi 
contra as revoltas populares e partiu em defesa do absolutismo. 
Enquanto ocorriam banhos de sangue, Lutero foi protegido pelo 
príncipe da Saxônia, um dos territórios alemães, e em segurança no 
castelo, que realizou a tradução da bíblia para o alemão (curiosidade: 
o alemão moderno baseou sua gramática na bíblia luterana). 
Podemos falar em várias reformas, e vamos aqui destacar a luterana, 
a calvinista e a anglicana. 
 
A Reforma Luterana: 
As principais mudanças foram: 
1- A salvação só ocorre pela fé (portanto não adiantariam as 
indulgências). 
2- Eliminação do celibato (Os líderes religiosos poderiam então 
se casar). 
3- Eliminação dos sacramentos, com exceção do batismo e 
casamento. (OBS: o batismo passou a ser em adultos). 
4- A tradução da Bíblia para o Alemão. 
 
Entre as razões que possibilitaram a ampla divulgação da nova 
doutrina cristã foi a invenção da imprensa, por J. Gutemberg. 
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A Reforma Calvinista: 
São as propostas do suíço Ítalo Calvino. São fundamentalmente 
as mesmas propostas de Lutero e as suas particularidades estão em 
dois elementos fundamentais: 
 A fé na predestinação da alma. 
 A salvação pelo trabalho. 
 
Calvino discordava de Lutero quanto o assunto salvação, pois 
para ele, os homens já nasciam salvos ou não: é a ideia de 
predestinação da alma, cujo principal sinal era a riqueza, considerada 
como um sinal de bênçãos divinas. Quem nasceu rico já nasceu salvo, 
mas quem nasceu pobre pode salvar-se enriquecendo através do 
trabalho. Esta mentalidade colaborou para a conversão da burguesia 
enquanto grupo, pois diferente do catolicismo, a riqueza e o lucro 
eram bem-vindos. O sociólogo alemão Max Weber escreveu uma 
excelente obra em que associou o desenvolvimento do capitalismo ao 
comportamento calvinista no “Ética protestante e o Espírito do 
Capitalismo”. Os calvinistas eram guiados pela ideia de que riqueza 
é benção, o trabalho salva a alma, a busca de prosperidade, 
honestidade e uma vida frugal (sem ostentação). Este 
comportamento viabilizava a conquista de créditos que estimularam 
grandes empreendimentos, levando ao desenvolvimento do sistema 
capitalista. 
 
A reforma Anglicana: 
O anglicanismo surgiu na Inglaterra a partir da reforma 
realizada por Henrique VIII em 1534. Na Igreja anglicana, o soberano 
máximo da Igreja é o rei. A reforma inglesa teve dois motivos 
fundamentais: O interesse do rei Henrique e de parte da nobreza de 
apossar-se dos bens da Igreja Católica, até então a maior 
proprietária de terras e bens na Europa da época; e a recusa do papa 
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em aceitar o divórcio que o rei pretendia. Ele era casado com 
Catarina de Aragão de quem queria divorciar-se para casar com Ana 
Bolena. O rei rompeu com a Igreja Católica, se apropriou dos bens, 
manteve quase inalterados os rituais e dogmas, declarou-se o 
soberano da Igreja Anglicana e realizou seu divórcio. Atualmente é o 
ramo protestante mais liberal quanto algumas questões polêmicas 
para a religião, como a questão da homossexualidade, pois foi a 
primeira instituição religiosa a realizar casamentos entre pessoas do 
mesmo sexo e também a ter sacerdotes homossexuais. 
 
A contrarreforma católica (concílio de Trento): 
Chamamos de Contrarreforma as reações da Igreja à Reforma 
protestante de Martinho Lutero. Foram abolidas algumas práticas, 
como a das indulgências, reafirmados os dogmas como o dos 
sacramentos, e criados formas de combater o protestantismo, visto 
pela Igreja como Heresia. O tribunal da Santa Inquisição, que existia 
desde a Idade Média, mas estava inoperante, foi reativado. 
Perseguia, julgava e punia os crimes de Heresia. Foram criados os 
seminários para dar formação teológica e moral ao clero, e foi criada 
a Cia. De Jesus (mais conhecidos como Jesuítas), que tinha a missão 
de expandir a fé católica nas novas terras descobertas, e impedir o 
protestantismo e o judaísmo na América. O continente americano foi 
descoberto no contexto da expansão marítima e da reforma religiosa, 
e a Igreja garantiu a expansão de seus domínios religiosos se 
associando aos Estados Nacionais Ibéricos (Portugal e Espanha) na 
colonização da América. O protestantismo foi proibido nas colônias 
espanholas e portuguesas. 
 
Sintetizando: 
 Reafirmação dos dogmas e sacramentos católicos. 
 Abolição das indulgências. 
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 Criação dos seminários. 
 Reativação da Inquisição. 
 Criação da Cia de Jesus. 
 Criação do INDEX (lista de livros proibidos. Entre eles alguns 
filósofos gregos e a bíblia de Martinho Lutero em Alemão. 
 
A Reforma foi bastante conflituosa e entre os séculos XVI e XVIII 
ocorreram violentas Guerra Religiosas, com massacres de ambos os 
lados. Os conflitos religiosos na Inglaterra levaram um grupo de 
calvinistas que sofriam perseguições a partirem para a colonização da 
América. São os chamados colonos do Mayflower que aportaram na 
Filadélfia. Desde o início da colonização dos EUA, além de 
predominar a colonização de povoamento, existia a forte mentalidade 
de construir o paraíso nas terras do novo mundo e uma sociedade 
guiada pela liberdade. A Alemanha e os países do norte europeu são 
predominantemente protestantes. Portugal, Espanha, França e Itália 
mantiveram-se católicos. 
 
 
A Idade moderna (XV-XVIII) também é conhecida como Antigo 
Regime, que se caracteriza na política pelo absolutismo, na economia 
pelo mercantilismo e socialmente uma sociedade que permaneciam 
elementos feudais como o privilégio do clero e nobreza em não pagar 
impostos. O poder foi centralizado no rei, com apoio da burguesia, 
mas ela nunca participou do poder político e nem teve privilégios. Foi 
quando ocorreu a colonização da América, o Renascimento cultural 
(XIV, XV e XVI) e a Reforma religiosa. O Antigo Regime entrou em 
decadência com as revoluções Burguesas: Inglesa, Francesa e a 
Independência dos EUA, no século XVIII. 
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Absolutismo: 
 Surgiu da união da burguesia e o soberano. Um financiava o 
Estado enquanto o Rei criava políticas de estímulo ao comércio 
e padronização de unidades. 
 O primeiro Estado Absolutista foi Portugal que centralizou o 
poder na “Revolução de Avis”. França e Inglaterra 
centralizaram-se após a Guerra dos 100 anos. 
 Todos os poderes do Estado na mão do rei. Não havia 
constituições e a vontade do soberano era a vontade do Estado. 
“O Estado sou Eu”. 
 Teóricos: Jaques Bossuet (direito divino), Maquiavel (Os fins 
do Estado justificam os meios) e Thomas Hobbes 
(contratualista). “O homem é o lobo do homem”. 
Mercantilismo: 
 Foram as práticas intervencionistas e monopolistas do Estado 
que controlava a economia. 
 Protecionismo, monopólio, metalismo, superávit, colonialismo e 
incentivo as manufaturas. 
Renascimento cultural: 
 Rompeu com o pensamento medieval teocêntrico e valorizou a 
visão antropocêntrica. 
 Acreditavam estar no mais alto grau do desenvolvimento 
humano. Eurocentrismo. Eles cunharam o termo “idade das 
trevas”, que é preconceituoso. 
 Antropocentrismo, Hedonismo, Retorno à cultura clássica, 
naturalismo. 
 Michelangelo, Leonardo, Donatello, Rafael, Cervantes, Erasmo 
de Roterdã, Dante Alighieri. 
 
Reforma protestante e contrarreforma católica. 
 Lutero: Contra as indulgências e a corrupção moral do clero. 
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 Salvação pela fé, abolição dos sacramentos (exceto casamento 
e batismo), extinção do celibato, tradução da bíblia (livre 
interpretação da Bíblia). 
 Hereges=protestantes: contra a interpretação oficial. 
Perseguição da inquisição. 
 Anabatistas: Radicais, antiabsolutistas e contra a servidão. 
 Calvinismo: Predestinação da alma e salvação pelo trabalho. 
“Ética protestante e o espírito do capitalismo. 
 Anglicanismo: Inglaterra, Henrique VIII, conflito com a Igreja 
Católica. 
 A Igreja reagiu com o concílio de Trento: criação de seminários, 
reafirmação dos dogmas e sacramentos, reativação da 
inquisição, abolição das indulgências, Cia de Jesus e o Index: a 
lista de livros proibidos. 
 Jesuítas: ordem criada para expandir a fé católica no novo 
mundo e impedir o protestantismo e o judaísmo na América. 
 Puritanos=calvinistas ingleses. Colonização de povoamento nos 
EUA. Construir o paraíso: terra da liberdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS. 
 
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1. (Enem 2015) No início foram as cidades. O intelectual da Idade 
Média – no Ocidente – nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento 
urbano ligado às funções comercial e industrial – digamos 
modestamente artesanal – que ele apareceu, como um desses 
homens de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a 
divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e 
de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que, 
profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em 
resumo, um intelectual – esse homem só aparecerá com as cidades. 
 
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José 
Olympio, 2010 
 
O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no 
texto evidencia o(a) 
a) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato. 
b) relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho. 
c) importância organizacional das corporações de ofício. 
d) progressiva expansão da educação escolar. 
e) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos. 
 
Resposta: 
[B] 
 
O desenvolvimento urbano e o renascimento culturalpromoveram transformações na sociedade, como o 
surgimento de novas profissões urbanas, promovendo, 
também, uma nova divisão do trabalho. 
 
2. (Enem 2012) 
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Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um 
conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada 
noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra 
a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os 
adornos próprios à vestimenta real. 
b) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a 
vestimenta real representa o público e sem a vestimenta real, o 
privado. 
c) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do 
público a figura de um rei despretencioso e distante do poder 
político. 
d) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos 
trajes reais em relação aos de outros membros da corte. 
e) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, 
pois o corpo político adornado esconde os defeitos do corpo 
pessoal. 
 
Resposta: 
[E] 
 
Questão mais abstrata e que exige maior conhecimento 
geral, pois a imagem individualmente é de difícil 
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interpretação. A ideia de “construir uma imagem” implica em 
perceber que a imagem natural não serve para que se 
estabeleça uma relação entre governantes e governados. O 
governante deve ser apresentado como superior e mais 
capacitado, diferenciando-se dos governados. Segundo a 
linguagem usada na questão, a figura do rei como indivíduo 
(privada) deve ser substituída pela figura do rei como símbolo 
de poder (pública). 
 
3. (Enem 2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram 
levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, 
mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a 
sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do 
Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas 
continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, 
chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras. 
 
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil(1681-1716). 
São Paulo: Atual, 1996. 
 
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o 
produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, 
em virtude de 
a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso. 
b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses. 
c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente. 
d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto. 
e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo 
semelhante. 
 
Resposta: 
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[A] 
 
O sistema colonial desenvolvido durante a Idade 
Moderna enquadra-se no processo de expansão do comércio, 
responsável por fortalecer o Estado absolutista e possibilitou o 
enriquecimento da camada burguesa. Todo o processo de 
exploração colonial tinha como objetivo gerar riqueza, 
acumulada segundo a visão mercantilista de economia. 
 
4. (Enem 2011) Acompanhando a intenção da burguesia 
renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o 
espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção 
tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, 
tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e 
mesmo a expressão e o sentimento. 
 
SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984. 
 
O texto apresenta um espírito de época que afetou também a 
produção artística, marcada pela constante relação entre 
a) fé e misticismo. 
b) ciência e arte. 
c) cultura e comércio. 
d) política e economia. 
e) astronomia e religião. 
 
Resposta: 
[B] 
 
A expressão renascentista nos remete à Idade Moderna, 
momento em que uma nova visão de mundo se desenvolveu 
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ao mesmo tempo em que a burguesia e o comércio estavam 
em expansão. A cultura renascentista resgatava valores 
greco-romanos em contraposição a visão medieval ainda 
predominante na sociedade e, dessa maneira, revalorizou a 
razão, estimulando a reflexão e o senso crítico, com novas 
descobertas científicas, assim como uma nova arte, que 
refletia não apenas a adoção de novas técnicas, mas a 
valorização do ser humano e de sua vida cotidiana. 
 
5. (Enem 2010) O príncipe, portanto, não deve se incomodar com 
a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. 
De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente 
do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que 
levem ao assassínio e ao roubo. 
 
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009. 
 
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a 
Monarquia e a função do governante. 
A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na 
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos. 
b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários. 
c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas. 
d) neutralidade diante da condenação dos servos. 
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe. 
 
Resposta: 
[E] 
 
A moral política para Maquiavel é marcada pelo 
pragmatismo, ou seja, pela necessidade de atingir seus 
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propósitos. O propósito do “príncipe” (do governante) é 
governar e manter a ordem social e para isso não deve se 
preocupar com a visão que possam formar sobre sua pessoa, 
com a reputação de cruel. 
Maquiavel foi o primeiro intelectual a teorizar e defender 
o modelo absolutista de Estado, com o poder concentrado nas 
mãos do governante, como representação máxima desse 
mesmo Estado. 
 
6. (Enem 2009) O que se entende por Corte do antigo regime é, 
em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis de França, de suas 
famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem 
parte. As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são 
consignadas no registro das despesas do reino da França sob a 
rubrica significativa de Casas Reais. 
ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 1987. 
 
Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade 
política e terminaram por se transformar em patrimônio artístico e 
cultural, cujo exemplo é 
a) o palácio de Versalhes. 
b) o Museu Britânico. 
c) a catedral de Colônia. 
d) a Casa Branca. 
e) a pirâmide do faraó Quéops. 
 
Resposta: 
[A] 
 
Desde a antiguidade, os palácios foram símbolos do 
poder imperial ou real, e acabaram por expressar os valores 
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artísticos da época em que foram construídos. No caso do 
Palácio de Versalhes, foi construído a mando do rei Luís XIV 
no século XVII, tornando-se um símbolo do Antigo Regime na 
França e uma obra que sintetiza a arquitetura do estilo rococó. 
 
7. (Enem 2006) O que chamamos de corte principesca era, 
essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram tão 
indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os 
cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto 
pejorativamente, de criados de libré. A maior parte dos músicos 
ficava satisfeita quando tinha garantida a subsistência, como 
acontecia com as outras pessoas de "classe média" na corte; entre os 
que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se 
curvou às circunstâncias a que não podia escapar. 
 
 Norbert Elias. Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge Zahar, 
1995, p. 18 (com adaptações). 
 
Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se 
tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero e 30 Estado, é 
correto afirmar que o autor do texto, ao fazer referência a "classe 
média", descreve a sociedade utilizando a noção posterior de classe 
social a fim de 
a) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos músicos, 
que pertenciam ao 30 Estado. 
b) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao 
contrário dos demais trabalhadores manuais. 
c) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação que os 
demais membros do 30 Estado. 
d) distinguir, dentro do 30 Estado, as condições em que viviam os 
"criados de libré" e os camponeses. 
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e) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de 
classes entre os trabalhadores manuais. 
 
Resposta: 
[C] 
 
É a única resposta possível, a partir da ideia de que o 
terceiro estado era formado majoritariamente pelas camadas 
populares, que viviam em situação de pobreza, assim como os 
músicos da corte, forçados a aceitar uma situação na qual os 
serviços eram pagos com alimentação e moradia. No entanto, 
vale lembrar que a burguesia, inclusive os setores mais ricos, 
também eram membros do terceiro estado. 
 
8. (Enem 2001) O texto foi extraído da peça "Tróilo e Créssida" de 
William Shakespeare, escrita provavelmente, em 1601. 
 "Os próprios céus, os planetas, e este centro 
 reconhecem graus, prioridade, classe, 
 constância, marcha, distância, estação, forma, 
 função e regularidade, sempre iguais; 
 eis porque o glorioso astro Sol 
 está em nobre eminência entronizado 
 e centralizado no meio dos outros, 
 e o seu olhar benfazejo corrige 
 os maus aspectos dos planetas malfazejos, 
 e, qual rei que comanda, ordena 
 sem entraves aos bons e aos maus." 
 (personagem Ulysses, Ato I, cena III). 
 
 SHAKESPEARE, W. Tróilo e Créssida. Porto: Lello & Irmão, 
1948. 
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A descrição feita pelo dramaturgo renascentista inglês se aproxima 
da teoria 
a) geocêntrica do grego Claudius Ptolomeu. 
b) da reflexão da luz do árabe Alhazen. 
c) heliocêntrica do polonês Nicolau Copérnico. 
d) da rotação terrestre do italiano Galileu Galilei. 
e) da gravitação universal do inglês Isaac Newton. 
 
Resposta: 
[C] 
 
Shakespeare é um autor da época do renascimento 
cultural e foi influenciado pelas descobertas científicas da 
época. O texto enfatiza a importância do sol, entronizado 
(colocado no trono) e, portanto, equivalente a um rei em meio 
a outros astros. O heliocentrismo foi uma importante teoria do 
renascimento, defendida por Copérnico, que chocou-se com as 
teses da Igreja, predominantes até então, que defendiam a 
Terra como centro do universo (geocentrismo). 
 
9. (Enem 2001) O franciscano Roger Bacon foi condenado, entre 
1277 e 1279, por dirigir ataques aos teólogos, por uma suposta 
crença na alquimia, na astrologia e no método experimental, e 
também por introduzir, no ensino, as ideias de Aristóteles. Em 1260, 
Roger Bacon escreveu: "Pode ser que se fabriquem máquinas graças 
às quais os maiores navios, dirigidos por um único homem, se 
desloquem mais depressa do que se fossem cheios de remadores; 
que se construam carros que avancem a uma velocidade incrível sem 
a ajuda de animais; que se fabriquem máquinas voadoras nas quais 
um homem (...) bata o ar com asas como um pássaro. Máquinas que 
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permitam ir ao fundo dos mares e dos rios" 
 
 (apud. BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e 
capitalismo: séculos XV-XVIII. São Paulo: Martins Fontes, 1996, vol. 
3). 
 
Considerando a dinâmica do processo histórico, pode-se afirmar 
que as ideias de Roger Bacon 
a) inseriam-se plenamente no espírito da Idade Média ao 
privilegiarem a crença em Deus como o principal meio para 
antecipar as descobertas da humanidade. 
b) estavam em atraso com relação ao seu tempo ao desconsiderarem 
os instrumentos intelectuais oferecidos pela Igreja para o avanço 
científico da humanidade. 
c) opunham-se ao desencadeamento da Primeira Revolução 
Industrial, ao rejeitarem a aplicação da matemática e do método 
experimental nas invenções industriais. 
d) eram fundamentalmente voltadas para o passado, pois não apenas 
seguiam Aristóteles, como também baseavam-se na tradição e na 
teologia. 
e) inseriam-se num movimento que convergiria mais tarde para o 
Renascimento, ao contemplarem a possibilidade de o ser humano 
controlar a natureza por meio das invenções. 
 
Resposta: 
[E] 
 
Roger Bacon viveu na baixa idade média, quando alguns 
teólogos vislumbraram possibilidades maiores do que aquelas 
definidas pela Bíblia. A crença na capacidade criadora do 
homem chocava-se com as concepções teocêntricas da Igreja 
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Católica, que entendia que apenas Deus era “criador”. A 
escolástica, filosofia que incorporou aspectos humanistas e 
racionais ao cristianismo, representou uma porta para o 
desenvolvimento de novas visões de mundo que, séculos 
depois, permitiram o renascimento cultural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS. 
1. (Fgv 2016) “Só para mim nasceu Dom Quixote, e eu para ele: 
ele para praticar as ações e eu para as escrever (...) a contar com 
pena de avestruz, grosseira e mal aparada, as façanhas do meu 
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valoroso cavaleiro, porque não é carga para os seus ombros, nem 
assunto para o seu frio engenho; e a esse advertirás, se acaso 
chegares a conhecê-lo, que deixe descansar na sepultura os cansados 
e já apodrecidos ossos de Dom Quixote (...), pois não foi outro o meu 
intento, senão o de tornar aborrecidas dos homens as fingidas e 
disparatadas histórias dos livros de cavalarias, que vão já tropeçando 
com as do meu verdadeiro Dom Quixote,e ainda hão de cair de todo, 
sem dúvida.” 
 
(Miguel de Cervantes Saavedra, Dom Quixote de la Mancha, 1991) 
 
Sobre a obra em questão, é correto afirmar que 
a) Dom Quixote é um homem de valores de cavalaria, instituição 
típica da modernidade ocidental, com suas aventuras tragicômicas, 
fruto de suas leituras, que vão do heroísmo à ingenuidade, 
caracterizando a sensibilidade do homem moderno, mais ligado à 
ciência e à experiência, em oposição ao primado da fé. 
b) o homem medieval, representado por Dom Quixote, considera a 
cavalaria, instituição típica do período, o símbolo dos valores 
cristãos, como a fé, a honra e a justiça, e vê, na guerra santa, 
forma de propagar esses valores, em defesa do mundo que crê nas 
lições dos livros sagrados, sem duvidar das verdades tradicionais. 
c) a figura trágica de Dom Quixote é a representação do homem do 
mundo antigo, ou seja, aquele que considera a guerra como missão 
a fim de louvar os deuses e transformar as ações em mitos, 
condenando a injustiça e as civilizações frágeis, o que possibilita 
localizar o texto no final da Antiguidade. 
d) Cervantes cria Dom Quixote, o cavaleiro andante, um fidalgo cujas 
proezas o tornam inadequado à época moderna, marcando o limite 
entre o heroísmo e a fantasia, pois não só aspira a uma missão 
purificadora do mundo como acredita nela, e revela que, na 
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passagem do homem medieval para o moderno, a cavalaria era 
algo ultrapassado. 
e) o texto de Cervantes nos conta a aventura de um fidalgo que, por 
meio de leituras de livros de cavalaria, torna-se um cavaleiro, uma 
personagem identificada com os valores medievais, de guerra, 
honra e justiça, mostrando como, na Idade Moderna, esses valores 
são importantes, ainda têm lugar e guiam a ação e a consciência do 
homem moderno. 
 
2. (Vunesp 2016) As reformas protestantes do princípio do século 
XVI, entre outros fatores, reagiam contra 
a) a venda de indulgências e a autoridade do Papa, líder supremo da 
Igreja Católica. 
b) a valorização, pela Igreja Católica, das atividades mercantis, do 
lucro e da ascensão da burguesia. 
c) o pensamento humanista e permitiram uma ampla revisão 
administrativa e doutrinária da Igreja Católica. 
d) as missões evangelizadoras, desenvolvidas pela Igreja Católica na 
América e na Ásia. 
e) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão 
diretor da Igreja Católica 
 
3. (Fgv 2016) Cresce entre muitos o erro perniciosíssimo de que o 
valor da Escritura decorre da vontade da Igreja, como se dependesse 
do arbítrio humano a eternal e inviolável verdade de Deus, pois, com 
grande desprezo pelo Espírito Santo, perguntam: quem nos fará crer 
que provém de Deus? Como nos certificamos de que chegou salva e 
intacta aos nossos dias? Quem pode nos persuadir de que este livro 
deve ser recebido com reverência e outro expurgado? Exceto que, 
acerca disso, a regra seja prescrita pela Igreja? 
 
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CALVINO, J. A instituição da religião cristã. Trad.: Editora Unesp, 
São Paulo:2007, tomo I, p. 71. 
 
O texto acima refere-se 
a) à perspectiva reformista de salvação humana pelo conjunto das 
obras e pelo conhecimento da Bíblia. 
b) à afirmação do papel da Igreja como orientador do conhecimento 
divino e como base para a salvação. 
c) ao livre arbítrio como guia para o conhecimento de Deus e como 
validação dos escritos sagrados. 
d) à valorização da verdade inserida nas Sagradas Escrituras e à 
crítica à intermediação da Igreja. 
e) ao culto aos santos e ao Espírito Santo como caminho para a 
compreensão dos desígnios de Deus. 
 
4. (Vunesp 2015) 
 
 
A imagem reproduz um auto de fé. Essas cerimônias 
a) ocorreram em todos os países da Europa e nas regiões colonizadas 
por portugueses e espanhóis. 
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b) permitiram a difusão do catolicismo e tiveram papel determinante 
na erradicação do protestantismo na Europa central. 
c) eram conduzidas por autoridades leigas, pois a Igreja Católica não 
tinha vínculo com a perseguição e a punição dos hereges. 
d) tinham caráter exemplar, expondo publicamente os réus forçados 
a pedir perdão, antes de serem encaminhados para a execução. 
e) visavam a executar os judeus e islâmicos, não atingindo 
protestantes nem católicos romanos ou ortodoxos. 
 
5. (Vunesp 2014) O comércio foi de fato o nervo da colonização do 
Antigo Regime, isto é, para incrementar as atividades mercantis 
processava-se a ocupação, povoamento e valorização das novas 
áreas. E aqui ressalta de novo o sentido da colonização da época 
Moderna; indo em curso na Europa a expansão da economia de 
mercado, com a mercantilização crescente dos vários setores 
produtivos antes à margem da circulação de mercadorias – a 
produção colonial era uma produção mercantil, ligada às grandes 
linhas do tráfico internacional. 
 
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema 
Colonial (1777-1808), 1981. Adaptado.) 
 
O mecanismo principal da colonização foi o comércio entre colônia 
e metrópole, fato que se manifesta 
a) na ampliação do movimento de integração econômica europeia por 
meio do amplo acesso de outras potências aos mercados coloniais. 
b) na ausência de preocupações capitalistas por parte dos colonos, 
que preferiam manter o modelo feudal e a hegemonia dos senhores 
de terras. 
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c) nas críticas das autoridades metropolitanas à persistência do 
escravismo, que impedia a ampliação do mercado consumidor na 
colônia. 
d) no desinteresse metropolitano de ocupar as novas terras 
conquistadas, limitando-se à exploração imediatista das riquezas 
encontradas. 
e) no condicionamento político, demográfico e econômico dos espaços 
coloniais, que deveriam gerar lucros para as economias 
metropolitanas. 
 
6. (Vunesp 2013) Podemos afirmar que as obras A divina comédia, 
escrita por Dante Alighieri no início do século XIV, e Dom Quixote, 
escrita por Miguel de Cervantes no início do século XVII, 
a) parodiaram as novelas de cavalaria e defenderam a hegemonia da 
Igreja Católica e da aristocracia, respectivamente. 
b) derivaram de registros orais e foram apenas organizadas e 
sistematizadas na escrita de seus autores. 
c) contribuíram para a unificação e o estabelecimento da forma 
moderna dos idiomas italiano e espanhol. 
d) assumiram forte conotação anticlerical e intensificaram as críticas 
renascentistas à conduta e ao poder da Igreja Católica. 
e) retrataram o imaginário da burguesia comercial ascendente na 
Itália e na Espanha do final da Idade Média. 
 
7. (Vunesp 2012) Os centros artísticos, na verdade, poderiam ser 
definidos como lugares caracterizados pela presença de um número 
razoável de artistas e de grupos significativos de consumidores, que 
por motivações variadas — glorificação familiar ou individual, desejo 
de hegemonia ou ânsia de salvação eterna — estão dispostos a 
investir em obras de arte uma parte das suas riquezas. Este últimoponto implica, evidentemente, que o centro seja um lugar ao qual 
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afluem quantidades consideráveis de recursos eventualmente 
destinados à produção artística. Além disso, poderá ser dotado de 
instituições de tutela, formação e promoção de artistas, bem como de 
distribuição das obras. Por fim, terá um público muito mais vasto que 
o dos consumidores propriamente ditos: um público não homogêneo, 
certamente (...). 
 
(Carlo Ginzburg. A micro-história e outros ensaios, 1991.) 
 
Os “centros artísticos” descritos no texto podem ser identificados 
a) nos mosteiros medievais, onde se valorizava especialmente a arte 
sacra. 
b) nas cidades modernas, onde floresceu o Renascimento cultural. 
c) nos centros urbanos romanos, onde predominava a escultura 
gótica. 
d) nas cidades-estados gregas, onde o estilo dórico era hegemônico. 
e) nos castelos senhoriais, onde prevalecia a arquitetura românica. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam 
então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de 
um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a 
mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos 
deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu 
um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, 
mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e 
bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) 
fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que 
envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de 
açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no 
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qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a 
África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. 
 
(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 
2008.Adaptado.) 
 
8. (Vunesp 2012) Ao caracterizar a “integração econômica do 
Atlântico”, o texto 
a) destaca os diferentes papéis representados por africanos, 
europeus e americanos na constituição de um novo espaço de 
produção e circulação de mercadorias. 
b) reconhece que europeus, africanos e americanos se beneficiaram 
igualmente das relações comerciais estabelecidas através do 
Oceano Atlântico. 
c) afirma que a globalização econômica se iniciou com a colonização 
da América e não contou, na sua origem, com o predomínio claro 
de qualquer das partes envolvidas. 
d) sustenta que a escravidão africana nas colônias europeias da 
América não exerceu papel fundamental na integração do 
continente americano com a economia que se desenvolveu no 
Oceano Atlântico. 
e) ressalta o fato de a América ter se tornado a principal fornecedora 
de matérias-primas para a Europa e de que alguns desses produtos 
eram usados na troca por escravos africanos. 
 
9. (Vunesp 2011) O fim último causa final e desígnio dos homens 
(...), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os 
vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e 
com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela 
mísera condição de guerra que é a consequência necessária (...) das 
paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz 
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de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao 
cumprimento de seus pactos (...). 
 
(Thomas Hobbes. Leviatã, 1651. In: Os pensadores, 1983.) 
 
De acordo com o texto, 
a) os homens são bons por natureza, mas a sociedade instiga a 
disputa e a competição entre eles. 
b) as sociedades dependem de pactos internos de funcionamento que 
diferenciem os homens bons dos maus. 
c) os castigos permitem que as pessoas aprendam valores religiosos, 
necessários para sua convivência. 
d) as guerras são consequências dos interesses dos Estados, 
preocupados em expandir seus domínios territoriais. 
e) os Estados controlam os homens, permitindo sua sobrevivência e o 
convívio social entre eles. 
 
10. (Vunesp 2009) Quando sucumbe o monarca, a majestade real 
não morre só, mas, como um vórtice, arrasta consigo tudo quanto o 
rodeia (...) Basta que o rei suspire para que todo o reino gema. 
(Hamlet, 1603.) 
 
Essas palavras, pronunciadas por Rosencrantz, personagem de um 
drama teatral de William Shakespeare, aludem 
a) ao absolutismo monárquico, regime político predominante nos 
países europeus da Idade Moderna. 
b) à monarquia parlamentarista, na qual os poderes políticos derivam 
do consentimento popular. 
c) ao poder mais simbólico do que verdadeiro do rei, expresso pela 
máxima “o rei reina, mas não governa”. 
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d) à oposição dos Estados europeus à ascensão da burguesia e à 
emergência das revoluções democráticas. 
e) à decapitação do monarca inglês pelo Parlamento durante as 
Revoluções Puritana e Gloriosa. 
 
11. (Vunesp 2009) (...) O trono real não é o trono de um homem, 
mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de 
alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de 
mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor, e deve obedecer-se-
lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição. 
(Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), Política tirada da Sagrada 
Escritura. apud Gustavo de Freitas, 900 textos e documentos de 
História) 
 
Com base no texto, assinale a alternativa correta. 
a) O autor critica o absolutismo do rei e enfatiza o limite da sua 
autoridade em relação aos homens. 
b) Para Bossuet, o poder real tem legitimidade divina e não admite 
nenhum tipo de oposição dos homens. 
c) Bossuet defende a autoridade do rei, mas alerta para as limitações 
impostas pelas obrigações para com Deus. 
d) Os princípios de Bossuet defendem a soberania dos homens diante 
da autoridade divina dos reis. 
e) O autor reconhece o direito humano de revolta contra o soberano 
que não se mostre digno de sua função. 
 
12. (Vunesp 2007) Leonardo Bruni foi um importante humanista 
da cidade de Florença do século XV. No seu túmulo, na Igreja de 
Santa Croce, está escrito: "A História está de luto". Duas figuras 
aladas, copiadas de um arco-de-triunfo romano, seguram a placa em 
que foi gravada aquela inscrição. Duas esculturas, representando 
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Ciências Humanas e suas tecnologias 
 História: Idade Moderna. 
 Professor: Sérgio Henrique. 
 
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águias imperiais, símbolos do antigo Império Romano, sustentam o 
ataúde de Bruni. Completa a decoração a representação, num 
medalhão, da Virgem Maria com a Criança no colo. A decoração do 
túmulo de Leonardo Bruni expressa 
a) a mentalidade renascentista da elite italiana, que enaltece os 
valores clássicos e a religiosidade cristã. 
b) a valorização das atividades guerreiras pela burguesia italiana, 
interessada na unificação política do país.

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