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Saúde Mental na Infância SM infantil é um questão de saúde pública, não temos políticas específicas de saúde mental voltadas para os grupos infanto juvenil, a lei Paulo Delgado é usada para adultos e crianças, o ECA auxilia a esse tipo de população dentro da lei Cerca de 20% das crianças e adolescentes revelam perturbações psiquiátricas. Muitas das doenças mentais da idade adulta revelaram sintomas ou iniciaram-se na adolescência, diagnóstico precoce interfere na idade adulta CAPSi: atende crianças e adolescentes com transtornos mentais persistentes ★ Uso de uma rede intersetorial, envolver diversas áreas da criança (familiar, educacional, social) Alguns dos transtornos mais comuns desenvolvidos em crianças: ● Transtornos de ansiedade ● Transtornos relacionados a estresse ● Transtornos do humor ● Transtorno obsessivo-compulsivo ● Transtornos comportamentais disruptivos (p. ex., transtorno de déficit de atenção/hiperatividade [TDAH], transtorno de conduta e transtorno desafiador opositivo) ● Além dos convencionais (esquizofrenia,bipolaridade) Fatores que influenciam na SM da criança: ● Ambiente familiar ● Divórcio dos pais ● Relação com a família ● Bullying ● Uso de substâncias ● Vulnerabilidade ● Violência doméstica ● Abuso, trauma ● Falta de afeto ● Falta de uma rede de suporte ● Má adaptação na escola ● Genética ● Fatores Biológicos(anormalidades no SNC) Quando perceber que algo está errado? ● Alterações repentinas de comportamento ● Mau progresso de aprendizagem ● Crises de raiva ou tristeza ● Problemas na escola ou com amigos ● Timidez excessiva ● Dificuldade de atenção ● Comportamento Impulsivo ● Hiperatividade ● Estresse ● Compulsão alimentar periódica ● Mudanças extremas de humor ● Criança Agredindo outras crianças ● Criança evitando pais e familiares ● Sem energia ou vontade ● Dificuldade para dormir, excesso de pesadelo ● Queixas de dores Cuidados com a saúde mental das crianças: ● Promover sentimento de pertencimento familiar ● Permite que a criança se expresse ● Evitar sobrecarga mental ● Atentar aos sinais https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/transtornos-mentais-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/vis%C3%A3o-geral-dos-transtornos-de-ansiedade-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/transtornos-mentais-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtornos-de-estresse-agudo-e-p%C3%B3s-traum%C3%A1tico-tea-e-tept-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/transtornos-mentais-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtornos-de-estresse-agudo-e-p%C3%B3s-traum%C3%A1tico-tea-e-tept-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/transtornos-mentais-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtornos-depressivos-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/transtornos-mentais-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtorno-obsessivo-compulsivo-toc-e-transtornos-relacionados-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/transtornos-mentais-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtorno-obsessivo-compulsivo-toc-e-transtornos-relacionados-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-de-aprendizagem-e-desenvolvimento/transtorno-de-d%C3%A9ficit-de-aten%C3%A7%C3%A3o-hiperatividade-tda-tdah https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-de-aprendizagem-e-desenvolvimento/transtorno-de-d%C3%A9ficit-de-aten%C3%A7%C3%A3o-hiperatividade-tda-tdah https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-de-aprendizagem-e-desenvolvimento/transtorno-de-d%C3%A9ficit-de-aten%C3%A7%C3%A3o-hiperatividade-tda-tdah https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-de-aprendizagem-e-desenvolvimento/transtorno-de-d%C3%A9ficit-de-aten%C3%A7%C3%A3o-hiperatividade-tda-tdah https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/transtornos-mentais-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/dist%C3%BArbios-de-conduta https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/transtornos-mentais-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtorno-desafiador-opositivo-tdo https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/transtornos-mentais-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtorno-desafiador-opositivo-tdo ● Compreender os contextos que elas estão inseridas ● Evitar situações que possam gerar traumas ● Afeto e carinho ● Evitar cobrança exagerada ● Pais se auto fiscalizarem nas atitudes ● Espaço para diálogo ● Realizar atividades físicas e culturais ● Pais: demonstrar interesse pelos gostos da criança ● Reforçar que a criança é capaz ● Construir auto estima ● Leitura compartilhada Três atitudes: 1. Tranquilizar: os problemas parecem ser ligeiros, recentes e não interferem muito com o seu quotidiano; não parece existir sofrimento importante na criança, que funciona relativamente bem na família, na escola e em outras atividades sociais. 2. Acompanhar: os problemas parecem causar perturbação na criança e/ou pais, mas os problemas são recentes e reativos a um acontecimento marcante; ou então, os sintomas têm uma maior duração e têm uma intensidade moderada; pode aconselhar ou fazer uma intervenção e aguardar pela sua evolução (por ex., um processo de luto) 3. Referenciar: os problemas são importantes, persistentes, causam angústia ou perturbação intensa na criança ou cuidadores, ou existe uma evidente deterioração no seu funcionamento (na criança ou na vida familiar) Exemplos de intervenções consideradas eficazes: ● Treino parental: perturbação de oposição, perturbação da conduta. ● Terapias cognitivo-comportamentais: ansiedade generalizada perturbação de pânico, ansiedade social, depressão bulimia nervosa ● Terapia interpessoal: depressão ● Terapia comportamental: fobias simples ● Terapia familiar: anorexia nervosa História da SM infantil: ● Final do século XVIII, em 1798, ocasião em que foi encontrado em uma floresta localizada no Sul da França, na região de Aveyron, um menino mudo e que demonstrava ser surdo em decorrência da ausência de reação as estimulações auditivas, foi transferido em 1800, por ordem do ministro do interior da França para o Instituto Nacional dos Surdos-Mudos. Avaliado por Pinel: “não é um indivíduo desprovido de recursos intelectuais por efeito de sua existência peculiar, mas um idiota essencial como os demais idiotas que conhece no asilo de Bicêtre’ ● Em 1801, o médico Jean-Marc Gaspard Itard, que defendia a ideia de que o menino poderia ser educado e reintegrado à sociedade. Suas observações a respeito do menino anos mais tarde foram usadas para o diagnóstico de deficiência intelectual ● Uso do tratamento moral no menino, faz surgir ideias de que ele vai melhorar pois estando em uma instituição ele vai ser civilizado, não acontece melhora e anos mais tarde esse caso é usado de estudo de Psicose Infantil ● Léo Kanner, nos Estados Unidos, descreve, em 1943, o quadro de “autismo infantil precoce” ● 1976, amplia discussão da educação para surdos ● Toda a psiquiatria voltada à infância no século XIX tinha como ponto de partida ou chegada o campo de Retardo Mental ● De 1840 a 1880, tratamento voltado a recuperação dos idiotas ● Alfred Binet e do médico Théodore Simon, examinaram milhares de crianças de diferentes idades, aplicando baterias de tarefas de complexidade diversa, estabelecendo, em 1905, a primeira escala de desenvolvimento da inteligência, que passou a servir como critério de admissão e triagem para as classes especiais ● Escala criada por Binet composta de 3 níveis: idiota (crianças que são incapazes de comunicar-se por intermédio da palavra), imbecil (crianças que não conseguem comunicar-se por meio da escrita) e débil mental (crianças que sabem comunicar-se por meio da palavra e da escrita mas apresentam atraso de mais de dois anos em seus estudos, sem que esse atraso decorra de falta de acesso à escolaridade) ● Esquirol diferenciou a criançamentalmente defeituosa da criança psicótica em seu livro Maladies Mentales (1838) ● Heller no ano de 1908, relata ● casos de demência infantil caracterizados por sintomas que se diferenciavam da idiotia ● A partir da década de 1930 evidencia-se uma inversão de perspectiva na pediatria, que passa a considerar de forma mais efetiva a condição psiquiátrica da criança, buscando compreendê-la e integrá-la em suas ações diagnósticas e terapêuticas ● partir de 1936, a Academia Norte- americana de Pediatria passou a interessar-se pelo desenvolvimento da psiquiatria infantil, incorporando conferências sobre o assunto ● Psicanálise, analise das crianças através do Brincar, desenvolve hipóteses diagnósticas que enfatizavam a importância do aspecto relacional e a influência do fator ambiental na gênese da doença mental ● J. L. Despert descreve a esquizofrenia infantil ● A Saúde Mental Infantil no Brasil, enquanto campo de intervenção, cuidados e estudos sobre a criança, não teve nada estruturado e sistematizado até o século XIX ● Período Colonial: o castigo físico era prática recorrente na educação das crianças, sofrimentos impostos às crianças levavam-nas a desenvolver problemas emocionais, menino que desenvolvia gagueira ● A partir do século XIX: começa a mudar a forma de se conceber a criança e suas necessidades (antes as crianças que morriam eram consideradas anjos, ocorrendo uma normatização a respeito desse assunto) ● Em 18/06/1846: ocorreu um debate na Academia Brasileira de Medicina, quando foram levantadas várias causas para a mortalidade infantil ● Criança precisava ser protegida, cuidada, amparada e educada, daí a necessidade de propagar os ideais higienistas, que a preservariam dos males e a pouparem da morte prematura ● As teses que defendiam a utilização de táticas médico-higiênicas na educação escolar, na pedagogia infantil e na orientação familiar ● Século XIX: foi palco de uma campanha anti-sexual ● Psiquiatria infantil voltada a profilaxia e cuidados morais da criança e não a patologia ● Séc XIX; As crianças consideradas insanas, geralmente as pertencente às classes sociais desfavorecidas, acabavam compartilhando o mesmo espaço dos adultos nos manicômios ● Não havia ainda estudos específicos sobre as doenças mentais infantis nem uma classificação que diferencia as formas e manifestações da morbidade no adulto e na criança ● A idéia de proteger a infância começava a despertar, mas o atendimento se restringia a iniciativas isoladas que tinham, portanto, um caráter localizado ● Em 1903: Juliano Moreira e Fernandes Figueira inauguraram um pavilhão anexo ao Hospital Psiquiátrico da Praia Vermelha, destinado às crianças portadoras de enfermidades mentais ● Em São Paulo, o primeiro pavilhão infantil foi criado em 1921, por Franco da Rocha, no Hospital do Juqueri ● Em Minas Gerais, a psicóloga russa Helena Antipo� implanta o Laboratório de Psicologia da Escola de Aperfeiçoamento Pedagógico, em 1929, onde realiza pesquisas sobre testes de inteligência e desenvolvimento mental de crianças ● Surge em 1932 a Associação Pestalozzi e em 1935 o Instituto Pestalozzi, destinado ao atendimento de crianças com qualquer deficiência ou distúrbio mental ● Em 1913: Classificação das crianças anormais: a parada do desenvolvimento intelectual e suas formas. A instabilidade e a astenia mental ● A partir de 1913 começa a publicar obras sobre psiquiatria infantil ● A partir de 1920 ganha força na psiquiatria brasileira o movimento higienista ● Psiquiatria Infantil, sua formalização enquanto especialidade independente só foi alcançada em 1937, ano em que ocorreu em Paris, o I Congresso de Psiquiatria Infantil ● O surgimento de práticas institucionais, no campo da psiquiatria, dedicadas ao cuidado da criança no Brasil, datam da década de 1920 ● Hospital do Juqueri em São Paulo, um pavilhão destinado ao atendimento de crianças, denominada Seção de Menores Anormais ● No Rio de Janeiro foi inaugurado, em 1942, o Hospital Neuropsiquiátrico da Infância em Engenho de Dentro ● Em 1953, foi criada, a Clínica de Orientação Infantil vinculada ao Instituto de Psiquiatria da Faculdade Nacional de Medicina da então Universidade do Brasil ● Em São Paulo, em 1956 Professor Cátedra de Clínica Pediátrica e Higiene da Primeira Infância na Faculdade de Medicina de São Paulo da USP, criou o Serviço de Higiene Mental e psiquiatria Infantil no Hospital das Clínicas, que teve como foco não apenas o tratamento clínico-ambulatorial das patologias mentais da infância, mas também a adoção de medidas preventivas em saúde mental ● Em Porto Alegre foi fundada, em 1965, a Comunidade Terapêutica de Crianças Léo Kanner, capitaneada por Luiz Carlos Osório, primeira instituição do gênero criado no Brasil com a finalidade de atender crianças autistas, psicóticas, neuróticas graves e casos de distúrbios de conduta, que tinha como fundamentos terapêuticos a humanização do atendimento e a ambientoterapia, sem prescindir de outras intervenções psicoterápicas ou medicamentosas que se fizessem necessárias ●
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