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Hipertermia: Emergência Médica

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Hipertermia: se caracteriza pela 
elevação da temperatura do 
corpo quando o organismo 
produz e/ou absorve mais calor 
do que consegue dissipar 
(eliminar). 
 
Tal evento se constitui e/ou se 
justifica do ponto de vista 
clínico como uma condição de 
emergência médica, a qual 
requer tratamento imediato 
para evitar complicações, 
dentre elas crise convulsiva e 
inclusive a morte. 
 
 
 
 
 
A temperatura do corpo 
humano dita como ideal e/ou 
fisiológica (normal), medida 
por meio da adaptação de 
termômetro nas axilas, é de 
36,5 °C. Temperatura corporal 
acima do valor anteriormente 
mencionado, mas inferiores a 
40 °C em geral, não 
representam risco de morte, 
mas predispõem as pessoas a 
condições de metabolismo mais 
acelerado, como maior 
consumo de oxigênio e de 
energia. Em casos em que a 
temperatura corporal se eleva a 
valores superiores a 40 °C, 
podem ser potencializado 
maiores probabilidade de haver 
a presença de manifestações 
colaterais como crises 
convulsivas. 
 
 
 
São situações diferentes, uma 
vez que mecanismos distintos 
estão atuando nelas. É por isso 
que medicamentos usados no 
tratamento de febre são 
ineficientes em casos de 
hipertermia. 
 Na hipertermia: o 
aumento ocorre devido à 
falência dos mecanismos 
de dissipação de calor. 
 
A hipertermia é 
caracterizada pela 
falência dos mecanismos 
periféricos em corrigir 
(ajustar) o aumento da 
temperatura corporal, 
podendo ser causada 
pela produção 
metabólica exagerada 
e/ou excessiva de calor 
corpóreo, influenciada 
pelo calor excessivo do 
ambiente ou pela 
dissipação prejudicada de 
calor (uso de muitas 
roupas, por exemplo). 
 
 Na febre: observa-se 
a modificação do ponto 
de termorregulação de 
temperatura para níveis 
mais elevados. 
 
A febre é a elevação da 
temperatura corpórea 
que ocorre por aumento 
da temperatura-alvo, 
após o ajuste realizado no 
Hipertermia 
 
Temperatura do corpo 
humano 
Hipertermia e Febre 
Matéria: Primeiros Socorros / Tópico 1: Hipertermia / Aluna: Serena Borges 
termostato hipotalâmico 
(centro regulador da 
temperatura) excedendo 
a variação normal ao 
longo do dia. Para manter 
uma temperatura mais 
elevada, o organismo 
lança mão de 
mecanismos que 
conservam o calor, como 
a vasoconstrição 
periférica, e que 
produzem calor, como 
calafrios e o aumento das 
atividades metabólicas. 
 
No hipotálamo está localizado 
o centro termorregulador, que 
atua como um termostato, 
mantendo a nossa temperatura 
dentro dos padrões normais. 
 
 
Figura 1 – Hipotálamo (fonte: google 
imagens) 
 
 
 
 Hipertermia clássica: 
É desencadeada pela exposição 
prolongada ao calor excessivo e 
acomete, principalmente, 
crianças e pessoas idosas. Se 
uma pessoa ficar muito tempo 
exposta ao Sol, sem que se 
hidrate adequadamente, 
perderá muita água por suor e 
ficará desidratada. O suor não 
será mais produzido, e seu 
corpo não será resfriado. 
 Hipertermia induzida por 
esforço físico: 
Temos o aumento da 
temperatura interna devido à 
atividade prolongada da 
musculatura, a qual produz 
calor, somada a fatores como 
temperatura do ambiente e 
umidade elevados. A 
incapacidade de dissipar o calor 
adequadamente leva ao 
aumento da temperatura do 
organismo. 
 Hipertermia maligna: 
Considerada uma síndrome de 
origem farmacogenética 
potencialmente letal, a qual se 
manifesta em indivíduos 
predispostos quando 
submetidos a anestésicos 
inalatórios halogenados e/ou 
bloqueadores neuromusculares 
despolarizantes. A 
manifestação da hipertermia 
maligna pode ocorrer, de forma 
mais rara, após exposição solar 
prolongada e realização de 
atividades físicas intensas. 
 
Tipos de hipertermia 
A verificação e/ou 
monitorização dos sinais vitais 
(SSVV) são fortes indicadores de 
como se encontra o estado de 
saúde do ser humano, 
possibilitando-nos realizar 
interpretações acerca da 
garantia das funções 
circulatórias, respiratória, 
neurológicas e endócrinas. 
 
 
Temperatura padrão 
 
Axilar 36 – 37 °C 
Inguinal 36 – 37 °C 
Oral 36,5 – 37,5 °C 
 
Retal / 
Vaginal 
37 – 37,7 °C 
Central 
(Venoso / 
Arterial / 
Esofágico) 
37,2 – 38 °C 
Quadro 1 
 
 
 
Temperatura: termos e 
irregularidades 
 
Hipotermia ≤ 35,4 °C 
Afebril 
(Normal vs 
Esperado vs 
Fisiológico) 
 
35,5 – 37 °C 
Febril ou 
Subfebril 
37,1 – 37,7 °C 
 
Febre 37,8 – 38,9 °C 
 
Pirexia 39 – 40 °C 
 
Hipertermia 
(Hiperpirexia) 
≥ 41 °C 
 
Quadro 2 
O local que mais representaria a 
temperatura real de um 
indivíduo seria aquela 
proveniente da medição do 
sangue venoso e/ou arterial, 
porém, devido à necessidade 
da invasibilidade na corrente 
sanguínea, é utilizada apenas 
em setores clínicos específicos 
como UTI, bem como na prática 
se utiliza a temperatura 
esofágica através de transdutor, 
o qual é inserido por meio da 
cavidade nasal ou oral, até ao 
nível (altura) do coração por ser 
a que mais se aproxima da 
temperatura sanguínea. 
A temperatura retal fornece, em 
segundo lugar, os resultados 
mais fidedignos, sendo 
geralmente alguns décimos de 
graus centígrados superiores à 
temperatura sanguínea. A 
temperatura vaginal é, 
teoricamente, idêntica a retal. 
 
 
 
Dentre os sinais e sintomas da 
hipertermia, podemos citar: 
 Ansiedade 
 Dor de cabeça 
 Tontura 
 Fraqueza 
 Produção excessiva ou 
falta de suor 
 Queda de pressão 
 Confusão mental 
 Agitação 
 Vômitos 
 Câimbras 
Sintomas 
 Alucinação 
 Convulsões 
 Coma 
 
 
O paciente está hipertérmico 
ou febril? 
 
Uma forte suspeita de quadro 
infeccioso e/ou inflamatório 
fortalece a hipótese 
de uma síndrome febril. 
 
Na febre, o paciente/cliente 
apresenta vasoconstrição 
periférica, piloereção (os pelos 
do corpo podem ficar 
arrepiados), calafrios e 
alteração no comportamento 
(como querer usar agasalhos 
ou cobertores para 
aumentar tanto a produção 
quanto a conservação de calor 
– resposta de defesa 
do corpo humano). 
 
Já na hipertermia, o 
hipotálamo estimula o sistema 
nervoso 
autônomo, promovendo 
sudorese e vasodilatação 
cutânea, de forma a reduzir 
a temperatura corporal. 
 
Como é possível identificar a 
causa da hipertermia? 
 
É importante questionar 
o uso prévio de drogas ilícitas 
como cocaína e de outros 
medicamentos ou substâncias. 
A exposição a agentes 
anestésicos sugere o 
diagnóstico de hipertermia 
maligna. O abuso e abstinência 
de álcool também estão 
relacionadas ao quadro de 
hipertermia, especialmente o 
delirium tremens, estado 
confusional breve, 
acompanhado de 
perturbações somáticas, que 
usualmente acomete 
usuários de bebidas alcoólicas 
gravemente dependentes 
dessa substância que 
quando há uma interrupção de 
seu uso, o sujeito apresenta 
abstinência absoluta 
ou relativa, bem como 
tremores musculares e mal 
estar. 
A hipertermia também pode 
estar presente frente a uma 
resposta fisiológica ao exercício 
intenso. No entanto, a 
exposição a ambientes quentes 
e úmidos podem limitar a 
capacidade dos mecanismos 
compensatórios, e quando 
presente, pode ser indicativo a 
hospitalização para 
acompanhamento. 
 
Endocrinopatias também 
podem levar a hipertermia, por 
exemplo, a tireotoxicose 
(atividade excessiva da 
glândula tireoide). Essa é a 
causa endocrinológica mais 
comum de hipertermia. Outras 
endocrinopatias que podem 
levar à hipertermia, geralmente 
leve, são a insuficiência 
adrenal, a hipoglicemia e o 
Hiperparatireoidismo. 
 
 
 
 
Avaliação do quadro clínico 
Quais os principais achados 
clínicos que podem estar 
presentes? 
 
A taquicardia é um achado 
bastante comum na 
hipertermia. Pacientes 
saudáveis normalmente 
toleram o estresse de uma 
hipertermia leve ou moderada, 
mas pacientes com 
cardiopatias podem ter 
isquemia, arritmia, hipertensão 
ou insuficiência cardíaca 
subsequentes. Também estão 
associadas à síndrome 
hipertérmica e taquipneia, a 
sudorese e as alterações da 
pressão arterial e do 
nível de consciência. 
 
Quais as complicações da 
síndrome hipertérmica? 
 
São complicações mais gravesdas síndromes hipertérmica: 
 Rabdomiólise (síndrome 
caracterizada por uma 
destruição das fibras 
musculares esqueléticas e 
que resulta na liberação 
dos constituintes 
intracelulares das fibras 
para a circulação 
sanguínea) 
 Insuficiência renal 
 Respiratória 
 Hepática 
 Coagulação 
 Intravascular disseminada 
 Convulsões 
 Arritmia cardíaca 
 Choque 
 Coma 
 Óbito 
 
 
Os passos mais importantes no 
manejo de hipertermia são o 
diagnóstico e o tratamento da 
causa de base (fonte geradora 
da ocorrência), além do 
fornecimento de suporte 
cardiovascular e metabólico. 
 
Diferentemente dos pacientes 
febris, os hipertérmicos não tem 
benefício com agentes 
antipiréticos com atividade 
central (exemplos: dipirona, 
ácido acetilsalicílico, 
paracetamol ou ibuprofeno). 
 
 O resfriamento por 
medidas físicas e 
exposição do corpo 
(retirada de excesso de 
roupas) é o mais 
adequado. Em todos os 
casos, orienta-se retirar 
roupas de cama e 
cobertores e utilizar 
ventiladores e 
compressas frias nas 
regiões onde há grandes 
vasos e artérias de forma 
alternada, como pescoço 
(A. carótidas), axilar (A. 
axilar), inguinal (A. 
Femoral). 
 
 Para reduzir a 
temperatura mais 
rapidamente, podem-se 
utilizar colchões para 
indução da hipotermia ou 
recipiente com gelo. 
 
Tratamento 
 O uso de compressas com 
álcool é de eficácia 
constatada. 
 
 Em situações de 
emergência, o 
tratamento também pode 
incluir administração 
intravenosa soluções 
geladas, lavagem gástrica 
ou enema com água 
gelada e até circulação 
extracorpórea. 
 
 
 
Importante: 
 
Seja qual for à medida adotada, 
é importante sempre 
monitorizar a temperatura do 
paciente para evitar a 
hipotermia durante a realização 
e/ou aplicação das 
intervenções. 
 
 
 
 
 
 
 
Santos, Dionei Alves dos Primeiros 
socorros. 
/ Dionei Alves dos Santos. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2020. 
 
Disponível em: 
https://mundoeducacao.uol.com.br/
saude-bem-estar/hipertermia.htm 
Referências

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