Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Acredita-se que as origens do Império do Mali, um dos mais 
importantes da savana ocidental, remetam ao século XI.
Situado no alto do Rio Níger, foi inicialmente habitado por 
povos de língua mandê, conhecidos como malinquês, que 
viviam em um kafu – conjunto de aldeias cercadas por 
terras cultivadas, que formavam pequenos estados – e 
eram governados por donos de terras descendentes dos 
primeiros habitantes da região, conhecidos como famas.
182IMPERIO DO MALI
Módulos 34 E 35
Aos poucos, conseguiram expandir seus domínios até
as regiões florestais e desérticas, conquistando
províncias e vassalos semi-independentes.
No entanto, até o século XIII, o Império do Mali era
apenas uma região subordinada ao poderoso Império
de Gana, composto por doze pequenos reinos
habitados por populações do povo malinques.
Os malinquês conseguiram sua independência
após o Império de Gana ter sido enfraquecido por
guerras travadas contra os almorávidas, durante o
século XI, e contra os sossos, no século XII.
Em 1235, os malinquês, liderados por Sundiata
Keita, travaram a batalha de Kirina contra o rei
sosso Sumanguro (ou Soumaoro Kantê),
conhecido como um poderoso ferreiro e feiticeiro.
Após a vitória, os malinquês conseguiram incorporar
aos seus domínios as terras do antigo Império de
Gana, os territórios sossos, as minas de ouro de Buré
e Bambuk e as terras próximas aos Rios Gâmbia,
Senegal e o alto Níger, unificando as possessões do
poderoso Império do Mali.
Após a vitória, Keita recebeu o título de mansa, que
significa imperador, e o reino passou a se dedicar à
extração de ouro e ao controle das rotas comerciais
anteriormente utilizadas pelos ganeses
O império, cuja capital era a cidade
de Niani, abrangia importantes
territórios comerciais e vastas regiões
agropecuárias que envolviam o
deserto do Saara, o vale do Rio Níger,
Sahel e Jenné.
A população do Império do Mali era,
portanto, composta por vários povos,
tais como os malinquês (a principal
delas), os sereres, os jalofos, os
bambaras, os fulas, os soninquês,
entre outros.
Na segunda metade do século XIII, o filho de Sundiata
Keita, chamado Uli, sucedeu-o como mansa do Império
do Mali. Sob o comando de Uli, foram conquistadas
estratégicas regiões do Sahel, como as cidades de
Tombuctu e Jenné. Tombuctu, situada a noroeste do
Níger, era um importante ponto de comércio controlado
pelos povos tuaregues islamizados.
Jenné, próxima ao Rio Bani, era um grande centro
comercial e agropecuário, cujos habitantes plantavam
sorgo e arroz, além de criarem gado e produzirem
artigos em couro, cobre, ferro, madeira e ouro.
No século XIV, quem assumiu o comando do Império do
Mali foi o mansa Musa, considerado por alguns
estudiosos um dos homens mais ricos de todos os
tempos.
Fortuna do imperador do Mali é inestimável, mas
passa dos trilhões de dólares, de acordo com
cálculos de especialistas
Muitos especialistas acreditam que mansa Musa
(1280 1337), rei de Tombuctu, foi a pessoa mais
rica da história. De acordo com o professor de
história Richard Smith, o reino da África Ocidental
de Musa (atual Mali) provavelmente era o maior
produtor de ouro do mundo em um momento em
que esse material passava por um período de alta
demanda.
Historiadores e economistas ainda não
conseguiram estimar quantos trilhões de dólares a
fortuna do governante valeria hoje. Trilhões, sim.
Em uma lista da Time de 2015, o Imperador
Augusto César aparece em segundo lugar com US$
4,6 trilhões. [...]
Musa assumiu o poder em 1312 e expandiu as
fronteiras de seu império em cerca de 3 mil
quilômetros. Quando foi para a cidade sagrada de
Meca, em 1324, levou uma caravana tão grande que
"cronistas descrevem uma comitiva de dezenas de
milhares de soldados, civis e escravos, 500
mensageiros vestidos com sedas finas e ouro, e muitos
camelos e cavalos carregados de barras de ouro",
explica Smith.
Para se ter noção, quando passou pelo Cairo, no Egito,
Musa doou tanto ouro para os pobres que a economia
local sofreu com inflação e crise financeira por anos.
Durante seu reinado, o “homem mais rico de todos os
tempos” criou escolas, mesquitas e até uma
universidade. Entre seus feitos, está a famosa
Mesquita de Djinguereber, em Tombuctu.
Entre os séculos XIV e XVI, as regiões de
Jenné e Tombuctu integraram-se
economicamente ainda mais: de
Tombuctu, partiam embarcações
conhecidas como almadias (feitas com
um só tronco) rumo à Jenné, abastecidas
com sal. Chegando ao seu destino, o sal
era trocado por ouro, extraído da região
dos povos acãs e de Lobi.
Além do sal e do ouro, circulavam nas
redes comerciais do Império do Mali
produtos como tecidos, grãos,
instrumentos de metal, peles e plumas,
trocados em regiões ao sul do Marrocos.
Os malinquês controlavam
rigorosamente suas fronteiras e
definiam as leis por meio de uma
assembleia chamada Gbara, composta
por representantes dos diversos povos
do império.
Apesar de serem dirigidas por
conselhos de anciãos, as várias aldeias
e reinos sob a influência do Império do
Mali deveriam pagar tributos ao mansa.
A sociedade estava dividida de forma hierárquica: no
topo, estava o mansa, que poderia indicar tanto filhos
quanto irmãos para a sucessão real. Abaixo dele,
estavam as linhagens reais de cada nação, que
possuíam seus próprios nobres.
Nas camadas intermediárias, estavam os homens livres,
os mestres de ofícios tradicionais (carpinteiros, ferreiros,
tecelões etc.), os servos e, na base da sociedade, os
escravizados, utilizados em variadas funções (agricultura,
exército, administração, entre outras).
O islamismo foi a religião adotada pelo Império do
Mali. Isso ocorreu porque o período de consolidação
do império coincidiu com o período de expansão
islâmica no norte da África.
No início do século XI, um dos chefes locais teria se
convertido ao islamismo e dominado os súditos com
o auxílio dos almorávidas. Segundo os relatos
muçulmanos, o chefe local (keita) realizou uma
peregrinação até a cidade sagrada de Meca, na atual
Arábia Saudita, em 1050, recebendo o título de
sultão.
Aos poucos, a religião islâmica espalhou-se pelo
Império do Mali. Na cidade de Tombuctu, havia uma
importante universidade, que difundia tanto a cultura
muçulmana da época quanto as traduções de textos
gregos clássicos.
Apesar da conversão ao islamismo, ainda hoje são
mantidas nas regiões do antigo Império do Mali
algumas práticas, visões de mundo e crenças
religiosas anteriores à chegada dos árabes, tais como
a feitiçaria e o animismo
O Império do Mali entrou em declínio a
partir do século XIV, enfraquecido por
disputas internas pelo poder e pelas
invasões dos tuaregues, que chegaram
a tomar a cidade de Tombuctu,
essencial para a arrecadação de
impostos e para o comércio de longa
distância.
No século XV, o império foi conquistado
pelos songhais, até então um povo
dominado pelos malinquês.
Quando os portugueses atingiram a região do
Mali, o império já estava decadente. O então
mansa Mamadou II pediu aos portugueses
auxílio militar para que pudesse resistir aos
inimigos, mas não foi atendido.
O antigo Império do Mali, correspondente ao
atual país Mali, passou, então, por um longo
processo de declínio, sobrevivendo como reino
menor até o século XVIII.

Mais conteúdos dessa disciplina