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METALURGIA FÍSICA Prof. Luiz Cláudio Cândido candido@em.ufop.br www.em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br FUNDAMENTOS DE METALURGIA FÍSICA METALURGIA GERAL – II (MET 148) METALURGIA FÍSICA Conceitos básicos 1ª parte: A relação estrutura-propriedade 2ª parte: A microestrutura de materiais 4ª parte: Endurecimento 3ª parte: Deformação plástica ÍNDICE Fabricação Estrutura Propriedades Desempenho METALURGIA FÍSICA Relação estrutura-propriedade METALURGIA FÍSICA METALURGIA FÍSICA Relação estrutura-propriedade Ex.: Dureza versus estrutura de um aço • Propriedades dependem da Estrutura Ex.: Estrutura versus taxa de resfriamento de um aço • Processamento pode alterar a Estrutura H a rd n e s s ( B H N ) Cooling Rate (ºC/s) 100 200 300 400 500 600 0.01 0.1 1 10 100 1000 (d) 30 m (c) 4 m (b) 30 m (a) 30 m METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais 1ª parte: A relação estrutura-propriedade 2ª parte: A microestrutura de materiais 4ª parte: Endurecimento 3ª parte: Deformação plástica A estrutura atômica Ligações atômicas Arranjos atômicos Descontinuidades METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Modelos Atômicos • O átomo de Dalton (1808). • O átomo de Rutherford (1911). • Bohr (1913) e o início da Mecânica Quântica. • De Broglie (1924) e o comportamento ondulatório do elétron. • A equação de onda de Schrödinger (1926). • Teoria de probabilidades de Born (1926). • Princípio da incerteza de Heisenberg (1927). • Princípio da exclusão de Pauli (1927). • Níveis, subníveis e orbitais. • Partículas subatômicas. • Unificação dos campos de força: gravitacional + eletromagnético + força nuclear forte + força nuclear fraca METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Ligações Atômicas Tipo de ligação Exemplo e energia de ligação (eV/at) Natureza da ligação Propriedades Tf E α Ce ε Covalente Diamante (7,0) Elétrons compartilhados e localizados ↑ ↑ ↓ ↓ ↓ Iônica NaCl (3,3) Troca de elétrons; atração eletrostática ↑ ↑ ↓ ↓ ↓ Metálica Na (1,1) Cu (3,5) Ti (4,8) Nuvem de elétrons não localizados ↑ ↑ Van der Waals H2 (0,01) CH4 (0,1) Cl2 (0,3) Atração dipolar ↓ ↓ ↑ ↓ Tf : temperatura de fusão E : módulo de Young Ce : condutividade elétrica α : coeficiente de dilatação linear ε : ductilidade Estrutura de líquidos Estrutura amorfa Estrutura de gases Estrutura cristalina Tipos de Estruturas Arranjos atômicos METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais (a) Representação esquemática de um cristal formado a partir de um empilhamento de cubos. (b) O mesmo cristal, onde átomos estão colocados nos nós do empilhamento. O conjunto de átomos de cor azul forma a célula unitária do sistema cúbico simples. Arranjos atômicos METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Segundo Bravais, os pontos do reticulado podem estar arranjados de 14 maneiras diferentes: os 14 reticulados de Bravais, envolvendo 7 sistemas diferentes – sistemas cristalinos. Cúbico simples Cúbico de faces centradas Cúbico de corpo centrado Tetragonal simples Tetragonal de corpo centrado Romboédrico Ortorrômbico simples Ortorrômbico de bases centradas Ortorrômbico de faces centradas Ortorrômbico de corpo centrado Monoclínico simples Monoclínico de bases centradas Triclínico Hexagonal Arranjos atômicos METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Estruturas metálicas HC METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais CFC CCC Estruturas Metálicas METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais A formação de uma microestrutura Seqüência de formação da microestrutura de um material sólido, a partir do líquido = = processo de solidificação (fundição). Monocristal e Policristal METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Solidificação METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Solidificação METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Solidificação METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Solidificação METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Solidificação METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Solidificação METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Solidificação METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais ~ 8 cm Grãos colunares em áreas com menor resfriamento “Casca” de grãos equiaxiais devido ao rápido resfriamento (maior T) próximo das paredes. Refino de grão - realizado para tornar os grãos menores, mais uniformes, equiaxiais. Fluxo de calor Os grãos podem ser - equiaxiais (praticamente o mesmo tamanho em todas as direções) - colunares (grãos alongados) Solidificação de um lingote de chumbo. Solidificação METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Solidificação METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Solidificação de cordão de solda METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Grain growth in Electron Beam Weld of molybdenum; arrows indicating fusion boundary. Solidificação de cordão de solda METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Exemplo de macrografia: placa de Nb-Hf-W soldada pelo processo feixe de elétrons. METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais 1ª parte: A relação estrutura-propriedade 2ª parte: A microestrutura de materiais 4ª parte: Endurecimento 3ª parte: Deformação plástica A estrutura atômica Ligações atômicas Arranjos atômicos Descontinuidades ÍNDICE Descontinuidades Cristalinas Tipos de descontinuidades cristalinas METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Descontinuidades de ponto (a) Lacuna (b) Auto-intersticial (c) Substitucional (d) Intersticial (e) Schottky (f) Frenkel METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Aumento do limite de escoamento de aço ferrítico, com a introdução de átomos de soluto. Soluções Sólidas METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Descontinuidades de Linha Discordância em cunha METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Discordância em hélice Vetor de Burgers Imagem em um MET de uma chapa de aço inoxidável 18Cr-8Ni (série AISI/SAE 300), mostrando o arranjo de discordâncias ao longo de um plano de deslizamento. Descontinuidades de Linha METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Variação do limite de escoamento com a densidade de discordâncias para amostras de titânio deformadas na temperatura ambiente e numa taxa de 10-4s-1. = o + k 1/2 Discordâncias e estrutura cristalina METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Esquema de contornos de grãos. Descontinuidades de Superfície METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Micrografia (microscópio óptico) de uma amostra de aço (baixo teor de carbono) policristalino. Descontinuidades de Superfície METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Efeito do tamanho de grão ferrítico no limite de escoamento e na temperatura de transição de impacto de um aço com 0,10%C, 0,50%Mn, 0,2%Si, 0,006%N. 2 1 dkoys Descontinuidades de Superfície METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Equação de Hall-Petch [efeito do tamanho de grão (d) no limite de escoamento de um material ( ys)] Representação esquemática de uma macla no sistema CFC. O plano da figura é o plano (110).Os planos A1 e A2 são os planos de maclagem. Descontinuidades de Superfície METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Micrografia (microscópio óptico) de uma amostra de latão. Descontinuidades de Superfície METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Representação esquemática de precipitados em um sólido cristalino. a) precipitado coerente; b) precipitado semi-coerente; c) precipitado incoerente. Descontinuidades de Volume METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Precipitação de carboneto de nióbio em contornos de sub-grãos de aço microligado. Precipitados ’ na matriz e no contorno de grão (MgZn2) numa liga Al-6Zn-3Mg envelhecida a 180 oC. Descontinuidades de Volume METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais Inclusão de sulfeto de manganês; (a) inclusão alongada; (b) inclusão alojada em um “dimple” (característico de fratura dúctil). Descontinuidades de Volume METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais (b) MEV(a) Microscópio óptico Representação esquemática das características microestruturais de materiais metálicos. Descontinuidades Estruturais METALURGIA FÍSICA Microestrutura de materiais METALURGIA FÍSICA Conceitos Básicos ÍNDICE 1ª parte: A relação estrutura-propriedade 2ª parte: A microestrutura de materiais 4ª parte: Endurecimento 3ª parte: Deformação plástica METALURGIA FÍSICA Deformação plástica Bandas de deslizamento num monocristal de alumínio deformado em tração na temperatura ambiente. MEV. Bandas de deslizamento num policristal de cobre deformado em compressão na temperatura ambiente. MEV. NATUREZA CRISTALOGRÁFICA DA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA METALURGIA FÍSICA Deformação plástica (a) cristal antes do ensaio; (b) decomposição da tensão aplicada numa componente normal e numa componente cisalhante no plano de cisalhamento xx’; (c) cristal após a deformação plástica; (d) representação esquemática de um detalhe estrutural do deslizamento. Deformação plástica Desnivelamento entre as bandas Número de bandas de deslizamento Mecanismo de deslizamento na deformação plástica METALURGIA FÍSICA Deformação plástica Metal Estrutura Plano Direção ys (MPa) Pureza Al Cu Au Ni Ag CFC CFC CFC CFC CFC {111} {111} {111} {111} {111} <110> <110> <110> <110> <110> 0.54-0.98 0.88-0.98 0.49 3.24-7.35 0.39-0.69 99.994 99.98 99.999 99.98 99.999 Cd Mg Zn HC HC HC {0001} {0001} {0001} <1120> <1120> <1120> 0.13 0.49 0.29 99.999 99.99 99.999 Fe CCC {110} {112} {123} <111> 14.71 99.96 Exemplo de direções e planos densos em diferentes metais. METALURGIA FÍSICA Deformação plástica Típicos sistemas de deslizamento para as estruturas CFC (a) , HC (b) e CCC (c) . METALURGIA FÍSICA Deformação plástica Possibilidades de deslizamento nas estruturas CCC, CFC e HC. SISTEMA PLANOS DIREÇÕES TOTAL CFC 4 planos {111} 3 direções <110> para cada plano 12 sistemas HC 1 plano {0001} 3 direções <1120> do plano 3 sistemas CCC 6 planos {110} 2 direções <111> para cada plano 12 sistemas METALURGIA FÍSICA Deformação plástica Deslizamento por movimento de discordâncias Modelo: O movimento de discordâncias através da rede requer uma tensão menor do que a tensão cisalhante teórica. O movimento de discordâncias produz degraus, ou bandas de deslizamento, na superfície livre. Esquema espacial de uma estrutura com discordância. METALURGIA FÍSICA Deformação plástica Como uma discordância em cunha se move no interior de um cristal: METALURGIA FÍSICA Deformação plástica Comparação entre Monocristais e Policristais Deformação em Policristais MAIS COMPLEXA Monocristais Policristais Elástica e plasticamente anisotrópicos Elástica e plasticamente isotrópicos (na ausência de textura) A deformação pode ocorrer em um único sistema de deslizamento, se o eixo de aplicação da carga está orientado favoravelmente A deformação precisa ocorrer em múltiplos sistemas, pois deve haver compatibilidade entre os diversos grãos Deformam-se homogeneamente Deformação não homogênea, pois além de variar de grão para grão, pode variar dentro de um único grão Não há contornos de grão Contornos de grão desempenham um papel importante na deformação METALURGIA FÍSICA Deformação plástica Bandas de deslizamento na superfície de uma amostra policristalina de cobre previamente polida e deformada; 173X. METALURGIA FÍSICA Deformação plástica Curvas tensão-deformação para monocristal (diferentes orientações do eixo de tração) e policristal (TG = 0,2mm) de alumínio. METALURGIA FÍSICA Deformação plástica Condições que garantem uma boa ductilidade para os materiais cristalinos e conseqüências benéficas desta ductilidade. METALURGIA FÍSICA Deformação plástica / Endurecimento Multiplicação de discordâncias durante a deformação plástica, superliga Hastelloy. a) Material recozido; b) Material deformado 5%; c) Material deformado 15%. 0 Considerações finais: Deformação plástica Densidade de discordâncias ENCRUAMENTO Deve-se aumentar continuamente a tensão aplicada no material para que ele continue a se deformar plasticamente. 1. = densidade de discordâncias (a) (b) (c) METALURGIA FÍSICA Deformação plástica / Endurecimento Outros mecanismos de interação entre discordâncias e características microestruturais também contribuem para aumentar a resistência à deformação plástica. 4 2 1 2 1 1 10125,6 ln 8,10 x X X f dkckbG LEii i NPLE tensão de Peierls-Nabarro encruamento solução sólida tamanho de grão precipitação Considerações finais: 2. Em aços microligados, por exemplo, o cálculo da tensão limite de escoamento é: METALURGIA FÍSICA Deformação plástica / Trincas (fratura) A deformação plástica não se prolonga indefinidamente no metal. Os obstáculos que se opõem ao movimento das discordâncias podem provocar a formação de microtrincas, que causarão a fratura. (a) Formação de uma microtrinca por empilhamento de discordâncias contra um obstáculo. Este fenômeno pode ocorrer quando um ou vários sistemas de deslizamento interagem; (b) com contornos de grãos;(c) com inclusões. Considerações finais: 3. Variação de energia potencial para um sistema composto de dois átomos em função da distância de separação entre eles. Formação teórica de uma solda pela aproximação das superfícies das peças. METALURGIA FÍSICA Soldagem O método de união de metais por ligação atômica: SOLDAGEM Fatores que dificultam a soldagem de metais na temperatura ambiente Representação esquemática de uma “superfície” metálica. METALURGIA FÍSICA Soldagem Superfícies metálicas apresentam grande rugosidade. Ex.: Polimento cuidadoso irregularidades 500 Å ( 200 camadas atômicas). Representação esquemática de uma superfície limpa. Fatores que dificultam a soldagem de metais na temperatura ambiente METALURGIA FÍSICA Soldagem Principais modos de superar estes obstáculos 1o Modo: “Processos de soldagem por pressão ou soldagem no estado sólido” 2o Modo: “Fusão localizada das peças” (Processos de soldagem por fusão) Soldagem por pressão ou deformação. (a) Representação esquemática da soldagem por fusão; (b) Macrografia de uma junta soldada. METALURGIA FÍSICA Soldagem Processos de soldagem METALURGIA FÍSICA Soldagem METALURGIA FÍSICA - Soldagem - Processos de soldagem e afins (segundo a AWS)
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