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CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS 2 CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS X LIGAÇÕES QUÍMICAS 3 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS Polímeros Cerâmicos Metais 4 COMPÓSITOS Fibra de Carbono Fibra Aramida 5 AS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Elétrica: Condutividade e constante dielétrica. Mecânica: Resistência, elasticidade, resiliência, ductibilidade e tenacidade. Térmica: Capacidade calorífica e condutividade térmica. Magnética: Resposta a aplicação de campos magnéticos. Óptica: Índice de refração e a refletividade. Deterioração: Reatividade química dos materiais. 6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS VAN DER WAALS LIGAÇÕES PRIMÁRIAS IÔNICA COVALENTE METÁLICA ENERGIAS DE LIGAÇÃO INTERAÇÃO DIPOLAR 7 LIGAÇÕES QUÍMICAS Iônica Coulomb Metal + não metal 600 a 1500 kJ/mol Metálica Gás de elétrons Bons condutores de calor e eletricidade. 70 à 850 kJ/mol Covalente Compartilhamento de elétrons Diamante (>3000°C) ENERGIAS DE LIGAÇÃO 8 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS VAN DER WAALS ENERGIAS DE LIGAÇÃO DIPOLO FÍSICA 10 kJ/mol 9 ENERGIAS DE LIGAÇÃO F A + F R = 0 r 0 = r A + r B 10 CONDUTORES ORDEM DE GRANDEZA ! TEORIA DAS BANDAS RESISTIVIDADE X CONDUTIVIDADE 11 CONDUTORES EQUAÇÕES Um fio de alumínio com 4,0 mm de diâmetro, deve oferecer uma resistência inferior a 2,5 Ω . Dessa forma, calcule o comprimento máximo permitido ao fio. Um fio de cobre com 100m de comprimento deve apresentar uma queda de tensão de menos de 1,5 V quando uma corrente de 2,5 A passar através dele. Desse modo, calcule o diâmetro mínimo do fio. 12 CONDUTORES CONHEÇA AS UNIDADES DE MEDIDA ! 13 CONDUTORES PARA QUE SERVEM? OUTRAS QUESTÕES ... 14 SEMICONDUTORES SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS LEDS 15 SEMICONDUTORES SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS TIPO p TIPO n 16 SEMICONDUTORES 17 DIELÉTRICOS DIELÉTRICOS = ISOLANTES CERÂMICAS POLIMEROS ORDEM DE GRANDEZA ! 18 DIELÉTRICOS APLICAÇÕES PARA DIELÉTRICOS FÍSICA III ? 19 PIEZOELETRICIDADE TENSÃO DE COMPRESSÃO = CAMPO ELÉTRICO 20 PROPRIEDADES TÉRMICAS Capacidade Calorífica Expansão Térmica Condutividade Térmica 21 PROPRIEDADES TÉRMICAS 22 PROPRIEDADES TÉRMICAS MECANISMOS DE CONDUÇÃO DE CALOR: VIBRAÇÃO DA REDE(FÔNONS) + ELÉTRONS LIVRES METAIS: elétrons livres, valores de k até 400 W/m.K CERÂMICAS: fônons, valores de k até 50 W/m.K POLIMEROS: fônons e rotação de moléculas valores de k até 0,3 W/m.K POROS + IMPERFEIÇÕES 23 PROPRIEDADES TÉRMICAS Uma barra metálica de 0,1 m de comprimento alonga-se 0,2 mm ao ser aquecida de 20°C Até 100°C. Desse modo, determine o coeficiente de expansão térmica do material que constitui a barra Calcule o fluxo de calor através de uma chapa de aço de 10 mm de espessura se a temperatura nas suas duas faces forem 100°C e 300°C. Qual é a perda de calor por hora se a área da chapa for de 0,25 m2 ? 24 PROPRIEDADES MAGNÉTICAS Os materiais podem ser classificados como: Diamagnéticos Paramagnéticos Ferromagnéticos DIPOLO 25 PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DIAMAGNÉTICOS PARAMAGNÉTICOS CUIDADO, ESSES MATERIAIS NÃO SÃO MAGNÉTICOS! 26 PROPRIEDADES MAGNÉTICAS FERROMAGNETISMO (ferro, cobalto, níquel, gadolínio) 27 PROPRIEDADES MAGNÉTICAS SUPERCONDUTORES ??? 28 PROPRIEDADES ÓPTICAS Velocidade (c) Energia (E) ONDAS TRANSPORTAM ENERGIA, SEM TRANSPORTAR MATÉRIA. MAS ... 29 PROPRIEDADES ÓPTICAS … A RADIAÇÃO INTERAGE COM A MATÉRIA ! 30 PROPRIEDADES ÓPTICAS FENÔMENOS: ABSORÇÃO REFLEXÃO REFRAÇÃO 31 PROPRIEDADES ÓPTICAS CLASSIFICAÇÃO: TRANSPARENTE TRANSLÚCIDO OPACO 32 PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência: Tensão requerida para romper o material. Ductibilidade: Indica a deformação relativa antes da fratura. Resiliência: Energia absorvida na deformação elástica. Tenacidade: Energia absorvida antes da fratura. Dureza: Resistência a uma deformação plástica localizada. ELASTICIDADE 33 PROPRIEDADES MECÂNICAS FORMULÁRIO TIPOS DE ESFORÇOS Que dor de cabeça! 34 PROPRIEDADES MECÂNICAS DUCTIBILIDADE 35 PROPRIEDADES MECÂNICAS ENSAIO BARATO!DUREZA 36 LRT = 3,45 X HB PROPRIEDADES MECÂNICAS LRT = limite de resistência a tração 37 PROPRIEDADES MECÂNICAS 1) Uma peça de cobre originalmente com 305 mm de comprimento é puxada em tração com uma tensão de 276 MPa. Sendo a deformação inteiramente elástica, qual será o alongamento resultante? EXEMPLOS 2) Compare o limite de resistência a tração do aço (1020) fornecido na tabela com o índice de dureza Brinell, dado por LRT = 3,45 X HB 38 PROPRIEDADES MECÂNICAS 3) A partir do comportamento tensãoxdeformação em tração para um corpo de provas de latão, mostrado no gráfico ao lado, determine: a) O módulo de elasticidade; b) A tensão limite de escoamento, para uma pré-deformação de 0,002; c) A carga máxima que pode ser suportada por um corpo de provas cilíndrico com diâmetro original de 12,8 mm; d) A variação no comprimento de um corpo de provas originalmente com 250 mm de comprimento e que foi submetido a tração de 345 MPa. 39 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS Ordenação atômica de longo alcance. Ocorre em todos os metais, muitas cerâmicas e alguns polímeros. CRISTALINO AMORFO Ordenação atômica de curto alcance. Ocorre em todos os polímeros e em algumas cerâmicas. x 40 SÓLIDOS CRISTALINOS Difração de Bragg Como sabemos disso? 41 SÓLIDOS CRISTALINOS BCC = body-centered cubic Átomos compartilhados entre as células: • 1/8 dos átomos em cada canto; • 1 átomo no centro do cubo. Assim, em cada célula unitária temos: (1/8 * 8) + (1) = 2 átomos . Parâmetro de rede: Célula unitária FEA = 0,68 Ex: cromo, molibdênio, nióbio, ferro. a= 4 R√3 3 42 SÓLIDOS CRISTALINOS FCC = face-centered cubic Átomos compartilhados entre as células: • 1/8 dos átomos em cada canto; • 1/2 dos átomos no centro de cada face. Assim, em cada célula unitária temos: (1/8 * 8) + (1/2 * 6) = 4 átomos . Parâmetro de rede: a=2 R√2 Célula unitária FEA = 0,74 Ex: alumínio, cobre, ouro, ferro. 43 SISTEMAS CRISTALINOS Nesse curso ! 44 SÓLIDOS CRISTALINOS A tabela a seguir, apresenta diversas estruturas cristalinas e os respectivos raios atômicos para uma variedade de metais. 45 ÍNDICES DE MILLER Algumas direções são particularmente importantes numa cela unitária. Por exemplo, os metais costumam deformar-se em certas direções ao longo das quais os átomos se tocam. Certas propriedades dos materiais podem depender da direção na qual ela é medida. 46 PLANOS CRISTALOGRÁFICOS ✔ Os planos são definidos perpendicularmente a direção dos vetores. ✔ Usa-se a notação (hkl) para as direções cristalográficas. ✔ Há diversos planos que podem ser obtidos por translação dos vetores. ✔ Para uma família de planos usa-se {hkl}. ✔ Para coordenadas negativas, usa-se uma barra sobre o índice. 47 ANISOTROPIA Algumas direções são particularmente importantes numa cela unitária. Por exemplo, os metais costumam deformar-se em certas direções ao longo das quais os átomos se tocam. Certas propriedades dos materiais podem depender da direção na qual ela é medida. Nobel Prize, 1915 + 48 DIFRAÇÃO DE RAIO X Ainda não entendi... 49 CRISTAIS Em geral os sólidos cristalinos são policristalinos, ou seja, constituídos de várias regiões(domínios) cristalinas. Monocristais podem ser encontrado na natureza ou produzidos artificialmente sob condições controladas. 50 MASSA ESPECÍFICA Calculando a Massa específica (ρ): A massa específica de um sólido metálico através do conhecimento da sua estrutura cristalina é obtido pela relação: n = Número de átomos associados a cada célula unitária; A = massa atômico; VC = Volume da célula unitária; NA = Número de Avogadro (6,023x1023 átomos/mol). O raio atômico do cobre é de 0,128 nm, para a sua forma FCC. Considerando a sua massa molar (63,5 g/mol), estime a sua densidadeutilizando a expressão acima e compare com a sua densidade real (8,94 g/cm3). 51 ALOTROPIA OU POLIMORFISMO ? Alguns materiais podem ter mais de uma estrutura cristalina dependendo da temperatura e pressão. Alguns autores não fazem distinção entre os dois termos. Outros empregam Alotropia aos elementos e, Polimorfismo aos compostos. O caso do carbono... 52 ALOTROPIA OU POLIMORFISMO ? O caso do estanho... … e a famosa transformação do Ferro 53 DEFEITOS PONTUAIS Observe a reconstrução em torno do defeito de vacância ... ✔ Vacância ✔ Intersticial ✔ Substitucional 54 Defeito de vacância no SiO2 obtido por imagem STM. DEFEITOS PONTUAIS 55 DEFEITOS PONTUAIS Dopagem em Semicondutores ... Sistemas ferro-carbono ... 56 DEFEITOS PONTUAIS O efeito de impurezas substitucionais na resistência do cobre 57 DEFEITOS LINEARES ou DISCORDÂNCIAS ✔ Cunha ✔ Hélice ✔ Mista A presença de defeitos lineares é a responsável pela deformação, falha e rompimento dos materiais ... 58 DEFEITOS LINEARES ou DISCORDÂNCIAS Todos os materiais cristalinos apresentam alguma discordância, introduzidas durante a solidificação, ou durante a deformação plástica ou como consequência de tensões térmicas originadas de um resfriamento rápido ... Discordância em uma liga de titânio 59 DEFEITOS DE SUPERFÍCIES ✔ Contorno de grão ✔ Macla 60 DEFEITOS DE SUPERFÍCIES Contorno de grão é o nome dado as fronteiras entre diferentes domínios cristalinos Matriz ferrítica com impureza grafítica 61 DEFEITOS DE SUPERFÍCIES As maclas são um defeito de superfície, caracterizado pela criação de regiões especulares nos sólidos cristalinos. Maclas de recozimento no aço inoxidável 62 QUESTÕES 1 - Nos cristais cúbicos, à medida que os valores dos índices planares h, k e l aumentam, a distância entre planos adjacentes e paralelos (isto é, o espaçamento interplanar) aumenta ou diminui? Por quê? 2 - Os materiais não cristalinos exibem o fenômeno da alotropia (ou polimorfismo)? Por que sim, ou por que não? 3 - Calcule o fator de empacotamento atômico (FEA) para os sistemas: a) FCC b) BCC c) SC 63 Fases da Matéria Sistemas Binários Sistemas Eutéticos Sistemas Eutetóides Diagrama Fe-C Usos do Ferro Tipos de Corrosão Proteção contra corrosão Problemas decorrentes da corrosão CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS 64 DIAGRAMAS DE FASE Ponto tríplice 65 DIAGRAMAS DE FASE Sistemas Isomorfos: completa solubilidade (ex: Cu-Ni) 66 DIAGRAMAS DE FASE Letras gregas para fases sólidas: Monel: resistente a salmoura, e meios fluorídricos, clorosos e sulfúricos. 67 DIAGRAMAS DE FASE a) Sistema Eutético: Um líquido se transforma em dois sólidos. b) Sistema Eutetóide: Um sólido se transforma em dois outros sólidos. Sistemas Anisomorfos: a solubilidade total não é possível. 68 DIAGRAMAS DE FASE Eutética Eutetóide 69 DIAGRAMAS DE FASE Ferrita Austenita Cementita 70 DIAGRAMAS DE FASE Aço Ferro fundido Intermetálica ALTO FORNO REAÇÃO BÁSICA 2 Fe 2 O 3 + 3 C → 4 Fe + 3 CO 2 71 O USO DO FERRO Ferro fundido cinzento: contém segregações de grafita; é de dureza média, quebradiço, não amolece aos poucos, portanto não é possível transformá-lo por forjamento ou soldagem. É usado em artigos baratos de pequenas dimensões (ferragens, guarnições, peças decorativas e tudo produzido por moldagem simples). Ferro fundido branco: contém cementita ; é bastante duro, não pode ser soldado ou forjado. É usado para artigos de massa de elevada performance mecânica (martelos, chaves, parafusos...) Aço de ferramenta: contém 0,4 a 1,7% de C (para molas, ferramentas, facas, cabos de aço, trilhos de trem,...) e é geralmente feito a partir do ferro fundido branco. Aço doce: contém < 0,4% de C, usado na construção civil e para carrocerias de carros (latas, chapas finas, pregos, fios de solda, tubos, vigas, aços de casco de navios, carrocerias...) 72 Algumas ligas impotantes... Níquel aumenta especialmente a tenacidade do aço. Uma peça com 25% de Ni pode ser esticada, sem romper, até o dobro do seu comprimento. Um aço com 36% de Ni mostra a particularidade de quase não dilatar-se no calor. Este "aço de invar" é, portanto, muito utilizado em instrumentos e ferramentas de precisão. Cromo deixa o aço mais duro. Especialmente a combinação Fe - Ni - Cr se destaca por ser uma liga extremamente dura e ao mesmo tempo tenaz. É utilizado para rodas da ferrovia, armas e tanques de guerra, eixos,...O aço "V2A", por exemplo, contém 71% Fe, 20% Cr e 8% Ni, além de Si, C e Mn (0,2% cada). Tungstênio quando adicionado ao aço, não deixa o aço amolecer. Assim, servem como pontas de ferramentas de torno rápido. O molibdênio e o vanádio têm um efeito semelhante ao do tungstênio. Cobalto e Tungstênio, quando adicionados ao aço criam ligas com qualidades magnéticas excelentes, então servem para ímãs(permanentes) usados em motores elétricos. Exemplo: 50% Fe, 40% Co, 7% W, 2,5% Cr, 0,5% C. 73 CORROSÃO Existe um grande interesse prático neste estudo uma vez que a corrosão causa um prejuízo estimado em torno de 3% do PIB nos países industrializados. Deterioração de um material, geralmente metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente associada ou não a esforços mecânicos. 74 TIPOS DE CORROSÃO Placas: Abrange os casos intermediários entre a corrosão uniforme e a corrosão localizada. Ocorre em algumas regiões da superfície. Alveolar: É processada na superfície metálica produzindo sulcos ou escavações semelhantes a alvéolos, apresentando fundo arredondado e profundidade geralmente menor que seu diâmetro. Uniforme: É a forma menos agressiva de corrosão. O ataque, neste caso, se estende de forma homogênea sobre toda a superfície metálica, e sua penetração média é igual em todos os pontos. 75 TIPOS DE CORROSÃO Frestas: Este tipo de corrosão é uma variação da corrosão puntiforme e se apresenta em uniões ou zonas em que a renovação do meio corrosivo só pode ser obtida por difusão (movimento de íons causado por um gradiente de concentração). Esta condição de não renovação do meio corrosivo (estagnação) pode ser obtida também quando se tem sedimentação ou quando se utilizam juntas de material absorvente ou poroso. Intergranular: Este tipo de corrosão localiza-se entre os grãos da estrutura cristalina do material (contorno de grãos) metálico, o qual perde as suas propriedades mecânicas e pode fraturar quando submetido a esforços mecânicos maiores que o esperado, como é o caso da corrosão sob tensão. Pite: Este tipo de ataque, assim como a intergranular e intragranular, é uma das formas mais perigosas em que a corrosão pode-se apresentar. Neste caso a quantidade de material afetado não guarda relação com a magnitude dos incovenientes. 76 TIPOS DE CORROSÃO Filiforme: A corrosão filiforme se processa sob a forma de finos filamentos que se propagam em diferentes direções e que não se cruzam. Ocorre geralmente em superfícies metálicas revestidas com filmes poliméricos, tintas ou metais ocasionando o deslocamento do revestimento. Esfoliação: A corrosão por esfoliação ocorre em diferentes camadas e o produto de corrosão, formado entre a estrutura de grãos alongados, separa as camadas ocasionando um inchamento do material metálico 77 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO Revestimento Anódico (anodo de sacrifício) Zincagem: A proteção pelo uso de zinco consiste em combinar o zinco com o ferro, resultando no zinco como anodo e o ferro como cátodo, prevenindo assim a corrosão do ferro, uma vez que o zinco atua como uma barreira protetora evitando a entrada de água e ar atmosférico, além de sofrer corrosão antes do ferro. Galvanização: A galvanização é o processo de zincagem por imersão a quente, que consiste na imersão da peça em um recipiente com zinco fundido a 460°C. O zinco adere à superfície do aço através da formação de uma camada de liga Fe-Zn, sobre a qual deposita-se uma camada de zinco purade espessura correspondente a agressividade do meio a qual a peça será submetida. Para garantir uma proteção ainda maior contra a corrosão costuma-se aplicar tintas sobre as superfícies zincadas. 78 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO Revestimento Catódico Aplicação de metais mais nobres que o metal base. Protegem o metal pela formação de uma camada contínua e não porosa, isolando-o do meio corrosivo, sendo esta camada imune ao ataque do meio. Qualquer porosidade ou ruptura desta camada provocará o aparecimento de uma célula galvânica onde o metal base é o ânodo e sofrerá uma corrosão localizada. Portanto, no revestimento catódico deve-se ter o cuidado para não deixar falhas no mesmo. Os revestimentos catódicos aplicados sobre o aço são o estanho, chumbo, níquel, cromo, cobre e os metais nobres como prata, ouro e platina. 79 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO Pintura Os revestimentos normalmente têm a finalidade de formar um filme contínuo, constituído de material isolante, sobre uma superfície metálica que se pretende isolar. Um revestimento será um meio efetivo de interrompimento de corrosão se: O material de revestimento for um efetivo isolante elétrico; Puder ser aplicado sem descontinuidades, e resistir ao transporte, instalação e operação; Prover inicialmente um filme quase perfeito e assim permanecer ao longo do tempo. 80 PROBLEMAS DECORRENTES DA CORROSÃO a) Aparência: A aparência de um material pode ser importante, de forma que a corrosão do mesmo se torne indesejável. Dependendo da aplicação do material pode-se, a partir de uma análise de custo- benefício, se eleger um material resistente à corrosão ou uma forma de proteção que pode ser um revestimento polimérico, cerâmico ou metálico ou ainda através de processos de proteção anódica ou catódica. Como exemplo da utilização de materiais resistentes à corrosão, por motivo de aparência, pode-se citar a utilização de aço inoxidável em esquadrias na construção civil. b) Manutenção: A manutenção de uma planta industrial pode ter seu custo sensivelmente reduzido pela utilização de materiais resistentes à corrosão. Neste caso, é necessário um estudo de custo benefício pois muitas vezes se torna economicamente mais viável a utilização de materiais resistentes à corrosão, mesmo que mais caros, que se ter que fazer uma manutenção periódica de pintura, por exemplo. c) Interrupção do processo: Frequentemente uma linha de produção ou parte de um processo para devido a falhas inesperadas provocadas por corrosão. d) Contaminação do produto: A contaminação do produto ocasionado por resíduos da corrosão de parte da planta de produção gera queda no preço final do produto sendo que em alguns casos, devido a um efeito catalítico do produto de corrosão, ocorre a decomposição do produto, causando perda total. e) Perda do material: A perda de material, causada por corrosão, ocorre principalmente por vazamentos nos dutos e tanques. f) Saúde e segurança: Quando a corrosão causa vazamento de materiais tóxicos, inflamáveis ou radioativos tem-se, consequentemente, problemas ambientais, de segurança e de saúde.
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