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Gestão da Capacidade Produtiva no Longo Prazo

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ADMINISTRAÇÃO 
DA PRODUÇÃO
Henrique Martins 
Rocha
Gestão da capacidade 
produtiva no longo prazo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os fatores a serem considerados no planejamento e na 
gestão da capacidade produtiva.
 � Resolver cálculos referentes ao índice de utilização de capacidade, 
capacidade utilizada e melhor nível operacional.
 � Contrastar os conceitos de economia de escala e deseconomia 
de escala.
Introdução
Neste texto, você vai estudar a capacidade produtiva das empresas, a 
qual está relacionada à definição e ao dimensionamento de seus re-
cursos produtivos, de forma a atender as demandas de mercado. Por 
exemplo, uma lanchonete não vende todos os dias a mesma quanti-
dade de determinado sanduíche. Assim, as empresas precisam plane-
jar e gerenciar sua capacidade produtiva, em especial, planejar para o 
longo prazo. Devem manter a atual estrutura, ampliá-la ou reduzi-la?
Fatores a serem considerados no 
planejamento e na gestão da capacidade 
produtiva
As empresas, sejam elas industriais, comerciais ou prestadoras de serviços, 
precisam dispor de recursos produtivos para atender às demandas mercado-
lógicas. Assim, uma fábrica de computadores precisa dispor de máquinas, 
equipamentos, ferramentas, materiais, pessoas e infraestrutura adequada 
para conseguir suprir o mercado de computadores e as demandas de seus 
consumidores.
Da mesma forma, um supermercado precisa dispor não só das mercadorias 
que são compradas pelos consumidores, mas, também, de determinada quan-
tidade de caixas registradoras, carrinhos e cestas, software de registro das 
compras e emissão de notas fiscais, estoquistas, atendentes, etc. E, também, 
uma agência bancária precisa de guichês de atendimento, caixas automáticos, 
espaço para filas, etc.
Pois bem, sabemos “o quê” é necessário, mas podemos nos perguntar “o 
quanto” precisamos de cada um. Por exemplo, quantos guichês de atendi-
mento uma agência bancária deve ter? É essa é uma pergunta muito impor-
tante, porque, se a agência tiver uma quantidade de guichês abaixo da neces-
sária, as filas vão ser enormes por não haver capacidade de atender a todos os 
clientes que chegam à agência: isso vai gerar insatisfação dos consumidores, 
e o banco pode perder clientes por essa insatisfação ou até mesmo sofrer pu-
nições pelos órgãos reguladores, etc.
Mas, e o oposto? E se a agência dispuser de mais guichês do que precisa? 
Nesse caso, os problemas descritos não deveriam acontecer. No entanto, é 
fácil perceber que o banco gastou mais do que deveria para construir os gui-
chês, instalar máquinas, etc. Além disso, está ocupando mais espaço do que 
o necessário. E o espaço, nas agências bancárias, é algo muito caro. (Você 
já reparou que as agências bancárias sempre ficam em vias principais, com 
grande circulação? Pois é, estar ali custa muito dinheiro: os aluguéis são 
sempre altos!)
Assim, é muito importante dimensionar os recursos produtivos com base 
no que é necessário: nem muito mais, nem muito menos. E fatores diversos 
precisam ser levados em consideração: a Figura 1 mostra alguns desses fatores.
Figura 1. Alguns fatores que influencia o nível global de capacidade.
Fonte: Chase, Jacobs e Aquilano (2006, p. 103).
Estrutura de
custo do incremento
de capacidade
Disponibilidade
de capital
Nível de
demanda da
previsão Mudanças
na demanda
futura
RECURSOS DE
OPERAÇÕES
Nível global
de capacidade
REQUISITOS
DE MERCADO
Economias
de escala Flexibilidade de
provisão da
capacidade
Consequências do
suprimento excessivo
ou insuficiente
Incerteza sobre
a demanda
futura
89Gestão da capacidade produtiva no longo prazo
Sazonalidade e variações
Um aspecto que torna mais complicada a análise da capacidade é o de que a 
demanda não costuma ser constante: a fábrica de computadores não vende a 
mesma quantidade de computadores todos os dias, a demanda de uma fábrica 
de sorvetes é muito maior no verão do que no inverno, nos supermercados, 
poucos clientes chegam no meio da tarde e, nos bancos, há picos de demanda 
na abertura e no horário do almoço. 
Para lidar com isso, as empresas utilizam recursos diversos: formação de 
estoques quando a demanda está baixa (para abastecerem a operação durante 
os picos de demanda), oferta de outros produtos, realocação de pessoal (desde 
que em funções compatíveis e para as quais tenham sido treinados), etc.
Mas talvez essas ações não sejam suficientes quando há grandes varia-
ções. Por exemplo, com o avanço tecnológico e a queda dos preços nos com-
putadores, os volumes comercializados hoje em dia são muito maiores do que 
eram há alguns anos. Isso nunca seria absorvido por realocação de pessoal, 
horas-extras, etc. Foi necessário que os fabricantes revisassem a infraestru-
tura e recursos produtivos para acompanhar o crescimento da demanda.
Essas mudanças demandam tempo; por isso, as empresas devem tentar se 
antecipar às mudanças das demandas, por meio de pesquisa de mercado, pes-
quisas de tendências, acompanhamento de evolução tecnológica, etc., para, 
a partir dos achados, tomar as decisões sobre sua capacidade produtiva, seja 
para aumentar ou para diminuir.
A mudança na infraestrutura, aquisição de novas máquinas e equipamento, contra-
tação e treinamento de pessoal, etc., exige tempo e investimento pesado. Assim, as 
decisões sobre capacidade produtiva só devem ocorrer após a análise da viabilidade 
econômico-financeira dos investimentos.
Índice de utilização de capacidade, capacidade 
utilizada e melhor nível operacional
O grande guru da Administração Peter Drucker (1909-2005) declarou, certa 
vez, que o que não se mede, não se gerencia. Assim, se você quiser gerenciar a 
capacidade produtiva, deve medi-la e medir os fatores que interagem com ela.
Administração da produção90
Jacobs e Chase (2009, p. 68) recomendam a identificação do melhor nível 
operacional, que é o volume de produção “[...] em que o custo médio por uni-
dade é minimizado.”. A partir de sua identificação, você pode calcular o ín-
dice de utilização da capacidade, como proposto pelos mesmos autores. Tal 
índice representa o quanto a empresa se encontra em termos do melhor nível 
operacional, por meio da equação (1):
Índice de utilização da capacidade = Capacidade utilizada / Melhor nível 
operacional (1)
Assim, se o melhor índice operacional de uma fábrica de computadores 
fosse de 1.000 unidades por dia e ela estivesse produzindo 800 unidades por 
dia, seu índice de utilização da capacidade seria...
Índice de utilização de capacidade = 800 /1000 = 80%.
Leia sobre Conceitos de planejamento de capacidade (JACOBS; CHASE, 2009, p. 68-69).
Conceitos de economia de escala 
e deseconomia de escala
Vamos compreender como a variação de volume produzido afeta os resultados 
financeiros das empresas. Para isso, vamos a um texto bastante elucidativo:
Entende-se por economia de escala, associadas a um bem em particular, 
a redução do custo médio de longo prazo (de produção e de distribuição), à 
medida que se eleva o nível de produção. É basicamente uma relação entre 
custos médios e nível ou volume de produção, entendidos os dois últimos 
como escala ou tamanho de produção.
O primeiro trecho da curva de custo médio (decrescente) caracteriza as 
economias de escala. O segundo trecho dessa mesma curva (crescente), as-
sinalaria a existência de deseconomias, ocasionando descontroles gerenciais, 
que surgem quando se expande a escala de produção (GOMES, 1992).
91Gestão da capacidade produtiva no longo prazo
Isso pode ser visto na Figura 2.
Figura 2. Variação do custo unitário de um produto em função do volume de produção.
Fonte: Autoria própria (dica do professor).
Efeito tempo
O planejamento da gestão da capacidade produtiva é de grande importância 
para a continuidade e o sucesso nos negócios das empresas. Os fatores a serem 
considerados e as decisões a serem tomadas requerem pesquisa de informa-
ções e análise de dados, tendo dinâmicae abrangência diferentes para dife-
rentes cenários de tempo, ou seja, curto, médio e longo prazos.
No curto prazo, realocação de pessoal, horas extras, etc.
No médio prazo, contratações e aquisição de máquinas e equipamentos, etc.
No longo prazo, redesenho do processo produtivo, mudança de local, etc.
Administração da produção92
Relação com outras áreas de conhecimento
A gestão da capacidade deve ser analisada e gerenciada constantemente, e 
suas decisões afetam a sãs afetadas por aspectos tecnológicos, mercadoló-
gicos e estratégicos da empresa. Além disso, aspectos operacionais relativos 
às definições nos processos produtivos, localização e arranjos dos recursos 
produtivos são também considerados.
1. Uma fábrica de sorvetes, analisando 
seus resultados nos últimos meses, 
constatou que perdeu muitas vendas 
por não ter a capacidade produtiva 
suficiente para atender à demanda 
do mercado e, com isso, acabou 
tendo prejuízo. Sua decisão deve ser:
a) Reduzir urgentemente a capaci-
dade produtiva para reduzir os 
custos.
b) Manter a atual estrutura produtiva 
e tentar reduzir seus custos.
c) Aumentar imediatamente a capa-
cidade produtiva em 20%.
d) Fazer uma análise histórica da 
demanda e ajustar a capacidade 
produtiva a ela.
e) Fazer uma análise de demanda 
e uma análise econômico-finan-
ceira para decidir sobre a capaci-
dade produtiva.
2. Um fator relevante no planejamento 
da capacidade produtiva é o deno-
minado “melhor nível operacional”. 
Assinale a alternativa que descreve 
adequadamente esse fator.
a) Nível de capacidade para o qual o 
processo produtivo foi projetado, 
maximizando as vendas.
b) Nível de capacidade para o qual o 
processo produtivo foi projetado, 
minimizando o custo fixo.
c) Nível de capacidade para o qual o 
processo produtivo foi projetado, 
minimizando os custos variáveis.
d) Nível de capacidade para o qual 
o processo produtivo foi proje-
tado, minimizando o custo médio 
unitário.
e) Nível de capacidade para o qual 
o processo produtivo foi proje-
tado, minimizando as despesas 
financeiras.
3. A empresa XYZ tem o seu melhor 
nível operacional produzindo 30.000 
unidades de seu produto ZYX por 
mês. Para que ela alcance um índice 
de utilização de capacidade de 85%, 
ela deve ter uma capacidade utili-
zada de:
a) 24.000 unidades/mês.
b) 25.500 unidades/mês.
c) 27.000 unidades/mês.
d) 30.000 unidades/mês.
e) 85.000 unidades/mês.
4. Quando discutimos a capacidade 
produtiva, é comum abordar as 
chamadas “economia de escala” e 
“deseconomia de escala”. Assinale 
a alternativa que apresenta um 
93Gestão da capacidade produtiva no longo prazo
CHASE, R. B.; JACOBS, F. R.; AQUILANO, N. J. Administração da produção para a vantagem 
competitiva. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
GOMES, J. M. Economia de escala: uma revisão sobre as teorias tradicional e moder-
na dos custos e sua adequação ao mundo real. Análise Econômica, Porto Alegre, v. 10, 
n. 17, p. 59-88, 1992. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/AnaliseEconomica/article/
view/10407>. Acesso em: 19 ago. 2016. 
JACOBS, F. R.; CHASE, R. B. Administração da produção e de operações: o essencial. Porto 
Alegre: Bookman, 2009.
Leitura recomendada
ARAÚJO, J. B.; PINHO, M. S. Economias de escala em duas tecnologias alternativas: um 
estudo do setor siderúrgico. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODU-
ÇÃO, 24., 2004, Florianópolis. Anais... Florianópolis: ABREPO, 2004. p. 3438-3445. Dis-
ponível em <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2004_enegep0703_0708.
pdf>, acesso em 19 Ago 2016.
exemplo de “deseconomia de escala”:
a) Maximizar a utilização de um 
equipamento.
b) Plantar em toda a área disponível 
de uma fazenda.
c) Adquirir máquina com capa-
cidade produtiva superior à 
demanda.
d) Ter operadores com múltiplas 
habilidades.
e) Utilizar o “banco de horas” 
(acordo que permite a compen-
sação de horas que não foram 
trabalhadas em dia/horário 
alternativo) quando faltar matéria-
-prima para a produção.
5. Ter capacidade flexível significa ser 
capaz de rápida e facilmente alterar a 
capacidade do sistema produtivo de 
uma empresa. Para isso, é necessário 
que haja um trinômio de flexibili-
dades, composto por: 
a) Fábrica flexível, processos flexíveis 
e trabalhadores flexíveis.
b) Demanda flexível, processos flexí-
veis e trabalhadores flexíveis.
c) Fábrica flexível, processos flexíveis 
e gestores flexíveis.
d) Fábrica flexível, fornecedores 
flexíveis e trabalhadores flexíveis.
e) Fábrica flexível, processos flexíveis 
e vendedores flexíveis.
Administração da produção94
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