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pratica segura em laboratorio

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Prévia do material em texto

BIOÉTICA E 
BIOSSEGURANÇA 
APLICADA
 Amanda Stapenhorst
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147
Revisão técnica:
Guilherme Marin Pereira
Bacharel em Filosofia 
Mestre em Sociologia da Educação
Litz Tomaschewski Lima
Graduada em Estética e Cosmética 
Pós-graduação em Cosmetologia Clínica 
Especialista em peelings faciais
B615 Bioética e biossegurança aplicada / Fernanda Stapenhorst 
 França ... [et al.] ; [revisão técnica: Litz Tomaschewski , 
 Guilherme Marin Pereira ]. – Porto Alegre: SAGAH, 
 2017.
 230 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-208-9
 1. Bioética. 2. Biossegurança. 3. Estética. I. França, 
 Fernanda Stapenhorst. 
CDU 608.1
 Práticas seguras 
em laboratório
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer a importância da biossegurança e das práticas seguras 
no ambiente de trabalho.
  Identi� car quais são as práticas seguras que podem ser adotadas.
  Relacionar as práticas seguras com o que é preconizado pelas Normas 
Regulamentadoras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Introdução
Os riscos à saúde do trabalhador e dos pacientes, associados aos estabe-
lecimentos de estética, são variados. Portanto, o uso de práticas seguras 
deve fazer parte do conjunto de ações voltadas para a prevenção e 
percepção dos riscos de biossegurança ligados a esses estabelecimentos, 
garantindo assim o gerenciamento da qualidade do serviço prestado.
 A biossegurança e a adoção de práticas seguras
O estudo das práticas seguras nos serviços de saúde, apesar de parecer simples, 
é um dos campos mais complexos da área, pois a compreensão não depende 
somente do conhecimento teórico, mas também da percepção individual sobre 
a verdadeira importância da adesão a esses procedimentos. Você pode ter lido 
o parágrafo acima e ter pensado: “Isso não é tão difícil, ainda mais eu que já 
estou acostumado a realizar práticas em ambientes da saúde”. 
Eis o problema: você nunca acha que algum tipo de incidente ou acidente 
de trabalho acontecerá com você, seja por anos de experiência ou pelo número 
de horas/aula que você realizou sobre esse tópico – e quanto mais vezes um 
indivíduo realizar uma atividade, menor fica a sua percepção sobre a neces-
sidade de práticas seguras, já que, em tantas vezes, nada aconteceu. Porém, 
é preciso compreender as diferenças entre ter conhecimento sobre o tópico e 
ter consciência e percepção sobre a necessidade do uso de práticas seguras.
O que de fato é essa percepção? Ela pode ser definida como um conjunto 
de processos pelos quais reconhecemos, organizamos e entendemos os estí-
mulos externo. A construção do conhecimento sobre a necessidade de práticas 
seguras no laboratório não está restrita a questões informativas, mas envolve 
também a percepção individual sobre o problema, ou seja, a compreensão e 
a capacidade de assimilação dessas informações. 
Para que isso ocorra, é importante que o profissional faça uma análise dos 
riscos presentes no ambiente de trabalho. Dessa forma, é possível identificá-los, 
mensurar seu grau de risco, saber como gerenciar, monitorar e, se possível, 
eliminá-los. Portanto, você não deve pensar nas práticas seguras apenas como 
uma descrição entre o que é permitido ou não, mas sim como uma ferramenta 
que pode melhorar a qualidade do seu trabalho e também a sua qualidade de 
vida. 
Atualmente, com o número de clínicas de estética e de profissionais esteti-
cistas, a adoção de práticas de biossegurança é imprescindível. As clínicas de 
estética possuem alta rotatividade de pacientes e, tendo em vista que grande 
parte dos tratamentos realizados necessita de contato direto entre o profissional 
e o paciente ou de injeções para procedimentos intradérmicos, a exposição a 
riscos biológicos é constante. 
A exposição ocupacional a riscos biológicos, ou seja, materiais possivel-
mente contaminantes, é definida por Marino et al. (2001, documento online) 
como: “[...] a possibilidade de contato com sangue e fluidos orgânicos no 
ambiente de trabalho e as formas de exposição incluem inoculação percutânea, 
por intermédio de agulhas ou objetos cortantes, e o contato direto com pele e/
ou mucosas”. O contato com materiais potencialmente contaminantes faz com 
que o profissional da saúde esteja sempre vulnerável a adquirir infecções graves 
e que causam grandes prejuízos à saúde, como HIV, hepatite B e hepatite C.
Acidentes ocasionados por picadas de agulhas são responsáveis por 80% a 
90% das transmissões de doenças infecciosas entre trabalhadores de saúde. O 
risco de transmissão de infecção de uma agulha contaminada é de um em três 
para a hepatite B, um em trinta para a hepatite C e um em trezentos para o HIV.
Os profissionais da saúde que possuem maior contato direto com os pacien-
tes são aqueles que apresentam os maiores níveis de afastamento licenciado 
do trabalho. As doenças do trabalho são provenientes do exercício laboral, do 
local de trabalho ou dos instrumentos utilizados nas atividades. 
A prevenção desses riscos e de possíveis acidentes ocupacionais é o foco 
da biossegurança, definida por Hirata e Mancini Filho (2002, p. 193) como: “A 
Práticas seguras em laboratório196
ciência voltada para o controle e minimização de riscos advindos da prática 
de diferentes tecnologias, seja em laboratório seja aplicada no meio ambiente. 
O fundamento básico da biossegurança é assegurar o avanço dos processos 
tecnológicos e proteger a saúde humana, animal e o meio ambiente”.
O uso de práticas seguras no ambiente de trabalho do profissional da saúde 
faz-se necessária devido às atividades laborais diariamente executadas. Ao 
aderir a práticas seguras, você reduz o risco ocupacional proveniente das 
atividades realizadas em locais onde a exposição a fatores de risco é constante. 
Esses fatores de risco podem se dar pelo desenvolvimento de atividades assis-
tenciais diretas e indiretas, pelos cuidados prestados diretamente a pacientes 
e pela organização, limpeza e desinfecção de materiais, de equipamentos e 
do ambiente.
Entretanto, para que esse controle que visa minimizar os riscos seja rea-
lizado de maneira eficaz, é necessário que os profissionais da saúde tenham 
conhecimento sobre os riscos presentes nos seus ambientes de trabalho, bem 
como sobre a gravidade de cada fator. Eles também devem realizar as suas 
atividades laborais de maneira adequada, sempre visando prevenir ou mi-
nimizar a ocorrência de acidentes ocupacionais. A percepção e a adoção de 
práticas seguras no ambiente de trabalho permitem que o indivíduo não apenas 
assimile as informações relativas às atividades diariamente executadas, mas 
também atribua significado ao seu meio.
O vírus da hepatite B pode sobreviver em superfícies inertes por aproximadamente 
sete dias!
 As práticas seguras 
As boas práticas determinam que todos os profi ssionais devem primeiramente 
reconhecer os riscos biológicos, químicos, físicos e ergonômicos com os quais 
têm contato dentro do ambiente de trabalho e a qual risco estão mais expostos. 
O profi ssional deve ser treinado por um membro superior da equipe, buscando 
aprendizados referentes às precauções e aos procedimentos de biossegurança. 
O planejamento prévio do trabalho que será realizado permite que você execute 
197Práticas seguras em laboratório
suas atividades com mais segurança, reduzindo signifi cativamente os riscos 
associados. 
Tenha em mente que você pode ser exposto a agentes biológicos como a 
hepatite B e o tétano. Essas doenças são facilmente evitadas se você estiver 
com as suas vacinas em dia – e se não estiver, elas podem ser aplicadas em 
qualquer posto de saúde. Além de utilizar todas as regras de biossegurança 
estipuladas, também cabe ao profissional manter o ambiente de trabalho 
limpo e arrumado, evitando o armazenamento de materiais que não sejam 
necessários. Você também deve restringir o acesso de visitantes às áreas com 
maior possibilidade de contaminação.
Para a realizaçãodas suas atividades, o profissional deve utilizar os equi-
pamentos de proteção necessários, como as roupas protetoras (uniformes, 
aventais e jalecos), que devem estar disponíveis e ser utilizadas inclusive por 
visitantes. Não se esqueça de tirar o seu jaleco ou avental antes de sair do 
ambiente; esse tipo de vestimenta é de uso exclusivo do local de trabalho e não 
pode ser utilizado em áreas comuns. Ainda sobre a vestimenta, o profissional 
deve utilizar sapatos fechados, evitar o uso de joias ou bijuterias e não aplicar 
produtos cosméticos, pois eles facilitam a aderência de agentes infecciosos 
na sua pele. O uso de lentes de contato não é recomendado; porém, se for 
necessário, o profissional deve utilizar proteção ocular. Caso você tiver cabelos 
longos, eles devem estar sempre presos durante o trabalho. 
As luvas devem ser utilizadas obrigatoriamente, sempre que houver manu-
seio de material biológico ou que os procedimentos envolvam contato direto 
com toxinas, sangue ou materiais contaminados. Enquanto você estiver utili-
zando luvas, não toque no seu rosto ou em objetos que podem ser manipulados 
sem proteção, como maçanetas, interruptores de luz, teclados do computador, 
entre outros. Sempre realize o descarte correto das luvas, de acordo com as 
normas de biossegurança. 
É extremamente importante higienizar as mãos antes e depois da mani-
pulação de materiais sabidamente ou com suspeita de contaminação. Não se 
esqueça de lavar corretamente as mãos após a remoção das luvas, do avental 
ou jaleco e antes de sair do ambiente de trabalho. 
Caso seja necessário utilizar materiais perfurocortantes, o cuidado deve 
ser redobrado, para evitar autoinoculação acidental, e as agulhas jamais de-
vem ser recapadas. Todos os objetos perfurocortantes devem ser descartados 
em recipiente adequado, suficientemente resistente, de forma que não seja 
perfurado. Evite transportar materiais contaminados, exceto nos casos em 
que eles foram devidamente acondicionados. 
Práticas seguras em laboratório198
Sempre se lembre de desinfetar a superfície de trabalho antes e depois de 
todos os procedimentos realizados, independentemente do tipo de material que 
foi manipulado. A limpeza do piso também deve ser realizada todos os dias, 
primeiramente com água e sabão e, após a superfície secar, com uma solução 
desinfetante, a fim de garantir a máxima eliminação dos microrganismos. 
Durante o uso de produtos químicos, não leve as mãos aos olhos ou à boca, 
evitando assim possíveis irritações ou intoxicações. 
Todos os produtos utilizados nos estabelecimentos de estética devem atender 
os requisitos preconizados pelo Ministério da Saúde e estar dentro do prazo 
de validade. Caso algum produto tenha sido diluído, ele deve ser armazenado 
em embalagem adequada, devidamente identificada com o nome do produto, a 
concentração química, a data de envase e a validade e o nome do funcionário 
responsável pela diluição.
Não é permitido fumar, comer e beber no local de trabalho onde existe a 
possibilidade da presença de agentes patológicos. Ademais, jamais utilize as 
geladeiras do ambiente de trabalho para estocar comidas ou bebidas, salvo se 
houver uma apenas para esse propósito. 
Após o término das atividades, todos os materiais utilizados que não foram 
descartados devem ser esterilizados. Ao sair do ambiente de trabalho, sempre 
verifique se tudo está em ordem e, se você for o último a sair, desligue todos 
os equipamentos e verifique se todas as lâmpadas estão desligadas. 
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), ocorrem cerca de 270 
milhões de acidentes de trabalho por ano em todo o mundo. Os custos desses acidentes 
raramente são contabilizados, mesmo em países desenvolvidos e que investem em 
programas de prevenção.
Fonte: ONUBR, 2013.
199Práticas seguras em laboratório
 As Normas Regulamentadoras e os serviços de 
estética 
Visando reduzir os riscos relacionados ao ambiente de trabalho, a Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) implementou várias Normas 
Reguladoras (NRs) que podem ser aplicadas aos serviços de estética – apesar 
de não serem específi cas. 
Em 2005, o Ministério do Trabalho e Emprego, a fim de minimizar os 
riscos ocupacionais, implementou a Norma Regulamentadora nº 32 (NR-32), 
que estabelece as diretrizes básicas para a aplicação de medidas de proteção 
à segurança da saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. A NR-32 
estabelece medidas preventivas para a segurança e a saúde do trabalhador em 
qualquer serviço de saúde, inclusive em escolas e serviços de pesquisa. Tem 
como objetivo prevenir acidentes de trabalho e o consequente adoecimento, 
por meio da eliminação das condições de risco presentes no ambiente de 
laboral. Essa NR também abrange a questão da obrigatoriedade da vacina-
ção dos profissionais da saúde e determina algumas questões de vestuário, 
descarte de resíduos, capacitação contínua e permanente na área especifica 
de atuação, entre outras.
A NR-12 dispõe do uso de máquinas e equipamentos, bem como os seus 
requisitos mínimos, como a sua procedência e a conformidade com as dire-
trizes de segurança (selo do Inmetro). Já a NR-10 regulamenta os critérios 
básicos para a segurança em instalações e serviços de eletricidade, definindo 
quais são os deveres dos profissionais esteticistas em relação aos seus equipa-
mentos (manutenções, registros de inspeção, entre outros). Também temos a 
NR-06, referente ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que 
estabelece que os empregadores devem fornecer aos seus funcionários todos 
os EPIs necessários para a execução das suas atividades laborais, sendo de 
responsabilidade do funcionário o uso desses equipamentos. 
A NR-11 preconiza como deve ser o transporte, a movimentação, a arma-
zenagem e o manuseio dos materiais no ambiente de trabalho, tendo como 
objetivo reduzir os possíveis riscos ergonômicos associados ao transporte de 
objetos pesados. A ANVISA recomenda que um carrinho seja utilizado para 
realizar o transporte de equipamentos. Além disso, deve-se evitar o transporte 
de equipamentos que contenham substâncias líquidas ou quentes. 
A ANVISA também exige que todos os estabelecimentos de estética pos-
suam Alvará de Localização e Funcionamento, Alvará de Autorização Sani-
tária, Manual de Boas Práticas, Registro de Manutenção dos Equipamentos, 
Registro de Monitoramento dos Processos de Esterilização, comprovantes de 
Práticas seguras em laboratório200
recolhimento de resíduos perfurocortantes. Todos os produtos utilizados nos 
estabelecimentos de estética são categorizados pela ANVISA como cosméticos 
e regulamentos por ela; portanto, ao adquirir um produto, sempre verifique o 
rótulo. A ANVISA preconiza que todos os produtos cosméticos devem possuir 
no seu rótulo as seguintes informações: nome do produto, marca, lote, prazo 
de validade, conteúdo, país de origem, fabricante/importador, composição do 
produto, finalidade de uso do produto, instruções em português, autorização de 
funcionamento da indústria na ANVISA e número de registro ou notificação 
no Ministério da Saúde.
É importante citar todas essas NRs e exigências da ANVISA, pois esse 
órgão realiza inspeções para avaliar as condições do local de trabalho e se 
ele está de acordo com o que é preconizado por lei. Tendo em vista que os 
profissionais esteticistas realizam tratamentos que exigem atenção especial à 
higiene pessoal, dos materiais e do ambiente de trabalho, essas inspeções são 
altamente rigorosas. As autoridades locais da ANVISA, responsáveis pelas 
inspeções aos estabelecimentos de estética, disponibilizam diretrizes que 
indicam quais os procedimentos de higiene devem ser realizados. Quando 
eles não são cumpridos, o estabelecimento é fechado e seu registro é removido 
dos órgãos de saúde. 
Por isso, sempre fique atento aos procedimentos de limpeza e esterilização, 
à adoção de práticas seguras no geral e especialmente com materiais perfu-
rocortantes, à higienização do ambientee à higiene pessoal de todos os que 
trabalham no estabelecimento, e ao uso adequado de técnicas de biossegurança. 
Os profissionais da estética, durante a execução de procedimentos faciais, 
corporais e capilares, devem sempre buscar a proteção à saúde, utilizando todas 
as técnicas de prevenção disponíveis. Dessa forma, as NRs servem como base 
para o estabelecimento dessas técnicas de prevenção e a consequente adoção 
de práticas seguras e de boa conduta profissional nos serviços de estética. 
Os procedimentos de estética facial têm elevada exposição a fluidos biológicos, tanto 
para o paciente quanto para o profissional esteticista, e a adoção de medidas de 
prevenção é extremamente importante. A exposição a microrganismos é constante, 
especialmente se considerarmos que algumas doenças podem ser transmitidas por 
superfícies que não foram corretamente higienizadas e que entraram em contato com 
secreções, como sangue, exsudados provenientes de tratamentos para acne, pele não 
íntegra ou mucosas, entre outros. 
201Práticas seguras em laboratório
Baseando-se em todas essas informações, é possível inferir que o profissional es-
teticista está constantemente exposto a riscos biológicos durante os procedimentos 
de estética facial. Então, quais são as práticas seguras que você pode adotar para a 
prevenção e minimização do risco biológico?
Primeiramente, sempre utilize os EPIs, que atuam como barreias protetoras, a fim de 
evitar o contato direto com secreções potencialmente contaminantes. E quais são os 
EPIs que devem ser utilizados durante os procedimentos de estética facial?
  Luvas descartáveis, consideradas como uma barreira mecânica eficiente para a 
prevenção de contaminações pelo contato direito ou indireto com o paciente ou 
com sangue, secreções, mucosas e lesões cutâneas. As luvas também devem ser 
utilizadas em outras situações, como contato com superfícies ou objetos contamina-
dos. Na estética facial, elas devem ser usadas em todas as etapas do procedimento 
e, posteriormente, descartadas adequadamente como material biológico. 
  Máscara facial descartável, pois o profissional fica muito próximo do paciente du-
rante a realização de procedimentos faciais. Muito se falou sobre a contaminação 
via contato direto ou indireto, mas a exposição a respingos e gotículas (aerossóis) 
de secreções das vias áreas superiores também é um importante mecanismo de 
transmissão, tendo em vista os aerossóis são capazes de transportar partículas de 
microrganismos. Ao realizar um procedimento estético, jamais deixe a máscara 
pendurada no pescoço, troque-a entre cada paciente, não reutilize as máscaras e 
descarte-as no lixo biológico. 
  Toca ou gorro descartável, que tem como objetivo prevenir o risco de transmissão 
cruzada de microrganismos ou até mesmo de piolhos. A touca pode ser utilizada 
tanto pelos profissionais quanto pelos pacientes. Evite reutilizar as toucas e descarte-
-as no lixo biológico. 
  Jaleco ou avental, cujo uso se justifica em função da grande chance de respingos, 
tanto de secreções como de produtos. O jaleco age como uma barreira física, 
evitando que os microrganismos sejam transportados para outro ambiente. Por-
tanto, jamais utilize seu jaleco fora do ambiente de trabalho e realize higienização 
constante, removendo assim o excesso de sujidade e microrganismos. 
  Sapato fechado e calça comprida, para previr que o profissional entre em contato 
com respingos de secreções biológicas, materiais contaminados e substâncias 
químicas. 
  Proteção ocular, que previne contaminação via respingos de sangue ou secreções 
que possam atingir os olhos do profissional.
Práticas seguras em laboratório202
1. As luvas devem ser utilizadas 
obrigatoriamente em todas 
estas situações, exceto:
a) no contato direto com o 
paciente, sangue ou secreções.
b) durante a limpeza do 
ambiente de trabalho.
c) ao processar material 
contaminado para esterilização.
d) durante a manipulação 
de medicamentos.
e) ao abrir a porta da sala 
de atendimento.
2. Em relação aos materiais 
perfurocortantes, assinale 
a alternativa correta:
a) O profissional deve transportar 
os materiais perfurocortantes 
em recipientes frágeis.
b) As agulhas precisam ser 
recapadas antes do descarte 
no lixo biológico.
c) Acidentes com materiais 
perfurocortantes possuem 
baixa incidência.
d) Os materiais perfurocortantes 
não necessitam de 
descarte específico.
e) As agulhas são responsáveis 
por 80% a 90% dos 
acidentes de trabalho.
3. Os produtos químicos utilizados 
nos estabelecimentos de estética, 
quando diluídos, necessitam 
de cuidados específicos. Qual 
item abaixo corresponde a 
todos os requisitos preconizados 
pelo Ministério da Saúde:
a) O produto diluído deve ser 
armazenado em embalagem 
adequada, devidamente 
identificada com o nome do 
produto, a concentração química, 
a data de envase e a validade 
e o nome do funcionário 
responsável pela diluição.
b) O produto diluído deve ser 
armazenado em embalagem 
adequada, devidamente 
identificada com o nome do 
produto, a data de envase e a 
validade e o nome do funcionário 
responsável pela diluição.
c) O produto diluído deve ser 
armazenado embalagem 
comum, devidamente 
identificada com o nome do 
produto, a concentração química, 
a data de envase e a validade 
e o nome do funcionário 
responsável pela diluição.
d) O produto diluído deve ser 
armazenado em embalagem 
adequada, devidamente 
identificada com o nome do 
produto, a concentração química, 
a data de envase e a validade.
e) O produto diluído deve ser 
armazenado em embalagem 
adequada, devidamente 
identificada com o nome do 
produto, a data de validade 
e o nome do funcionário 
responsável pela diluição.
4. A vacinação do profissional da 
saúde é preconizada por qual 
Norma Regulamentadora:
a) NR-12.
b) NR-17.
c) NR-06.
203Práticas seguras em laboratório
d) NR-32.
e) NR-11.
5. O procedimento estético facial deixa 
o profissional esteticista exposto 
a vários tipos de riscos biológicos; 
portanto, o uso dos Equipamentos 
de Proteção Individual é 
imprescindível. Em relação ao 
uso da máscara facial descartável, 
qual afirmativa está correta:
a) Não é necessário trocar 
a máscara entre um 
paciente e outro.
b) Ela confere proteção contra 
aerossóis, que são partículas 
provenientes do contato 
direto com o paciente.
c) Ela pode ser descartada no lixo 
comum, tendo em vista que 
ela não entra em contato direto 
com sangue ou secreções.
d) Ela confere proteção contra 
aerossóis, que são gotículas e 
respingos de secreções das vias 
áreas que podem transportar 
partículas de microrganismos.
e) Durante o seu uso, a máscara 
pode entrar em contato 
com outras superfícies do 
corpo do profissional.
Práticas seguras em laboratório204
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Gabinete no Ministro. Portaria nº 485, de 
11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora nº 32 (Segurança e 
Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde). Diário Oficial da União, Brasília, 
DF, 16 nov. 2005.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de Proteção Indivi-
dual – EPI. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 jul. 1978.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 7 – Programa de controle médico de 
saúde ocupacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 jul. 1978.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-15. Atividades e operações insalubres. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 jul. 1978.
HIRATA, M. H; MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. São Paulo: Manole, 2002. 
MARINO, C. G. G. et al. Cut and puncture accidents involving health care workers 
exposed to biological materials. Brazilian Journal of Infectious Diseases, Salvador, 
São Paulo, v. 5, n. 5, p. 235-242, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1413-86702001000500001>. Acesso em: 25 out. 2017.
ONUBR. Nações Unidas no Brasil. OIT: um trabalhador morre a cada 15 segundos 
por acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.2013. Disponível em: <https://
nacoesunidas.org/oit-um-trabalhador-morre-a-cada-15-segundos-por-acidentes-
-ou-doencas-relacionadas-ao-trabalho/>. Acesso em: 24 de Out. 2017.
Leituras recomendadas
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Biossegurança. Revista de Saúde 
Pública, São Paulo, v. 39, n. 6, p. 898-991, dez. 2005. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de 
saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília, DF: Anvisa, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação-Geral 
das Unidades Hospitalares Próprias do Rio de Janeiro. Orientações gerais para a Central 
de Esterilização. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2001. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos 
de saúde. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1994.
MASTROENI, M. F. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. São Paulo: 
Atheneu, 2004.
205Práticas seguras em laboratório
http://www.scielo.br/scielo.
http://nacoesunidas.org/oit-um-trabalhador-morre-a-cada-15-segundos-por-acidentes-
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
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