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Fígado e Pâncreas: Irrigação arterial e Drenagem venosa Bárbara Vitória Marinho Moreira, Domingos Sávio de Almeida, Huara Berbert Câmara de Vidal e Letícia Lopes Alves Irrigação Arterial Hepática A irrigação do fígado é proveniente, inicialmente, do tronco celíaco, ramo da aorta abdominal, que emite três ramos arteriais: -a artéria gástrica esquerda; -a artéria esplênica e -a artéria hepática comum Destas, a artéria hepática comum, como o nome sugere, irá irrigar com sangue arterial, dentre outros órgãos, o fígado. Para tanto, a artéria hepática comum irá dar origem à três outros ramos: -a artéria gástrica direita; -a artéria gastroduodenal e -a artéria hepática própria A artéria hepática própria, por sua vez, compõe a tríade portal e penetra no hilo hepático junto à tríade portal para nutrir os tecidos hepáticos. Ao penetrar no hilo hepático, a artéria hepática própria dá origem a dois ramos principais, que seguem se subdividindo aos demais lobos hepáticos: -a artéria hepática direita e -a artéria hepática esquerda Um ramo em especial emitido pela artéria hepática direita não irriga necessariamente o fígado; a artéria cística irriga a vesícula biliar . A irrigação arterial do ducto colédoco é proveniente da: Artéria cística: parte proximal do ducto. Artéria hepática direita: parte média do ducto. Artéria pancreaticoduodenal superior posterior e artéria gastroduodenal: parte retroduodenal do ducto. TC contrastada em volume rendering mostra anatomia normal do sistema arterial hepático. Artéria hepática comum (AHC) dando origem à artéria hepática própria (AHP) após a emergência da artéria gastroduodenal (AGD), e artérias hepáticas direita (AHD) e esquerda (AHE) surgindo a partir da AHP. TC contrastada em volume rendering identifica variação da artéria hepática direita (AHD), que emerge da artéria mesentérica superior (AMS). (AGE, artéria gástrica esquerda; AE, artéria esplênica; AHP, artéria hepática própria; AGD, artéria gastroduodenal). Veia Porta Hepática A veia Porta Hepática é uma veia de função metabólica para o fígado. Essa veia drena todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório, o ferro gerado pela hemocaterese no baço e metabólitos do pâncreas para serem metabolizados no fígado antes de se espalhados pela corrente sistêmica. Assim, a Porta Hepática é a junção das veias mesentéricas sup. e inf, as veia esplênica, pancreática e duodenais. A veia porta penetra no fígado junto à tríade portal e segue a sua subdivisão aos respectivos lobos hepáticos. Tomografia em frontal e axial evidenciando a Veia Porta Hepática. CIRCULAÇÃO COLATERAL SUPERFICIAL TIPO PORTAL ( SINAL CABEÇA DE MEDUSA) pode se evidenciado em casos de hipertensão portal. Drenagem Venosa Hepática Depois de metabolizado todo o sangue arterial e portal hepático, as vênulas hepáticas surgem nos respectivos los hepáticos e se agregam até formar as três veias hepáticas, que são tributárias da cava inferior. CIRCULAÇÃO COLATERAL SUPERFICIAL TIPO CAVA INFERIOR pode ocorrer em casos de hipertensão da veia cava inferior Irrigação Arterial Pancreática Semelhante ao que ocorre na irrigação arterial hepática, grande parte do suprimento sanguíneo pancreático também vem do tronco celíaco, pelos ramos Artéria Hepática Comum e pela Artéria Esplênica. Pela Artéria Hepática Comum ocorre a irrigação da parte superior da cabeça do órgão, quando ela gera o ramo Artéria Gastroduodenal, e dessa são originadas outras três: -a artéria gastroomental direita; -a artéria pancreaticoduodenal superior anterior e -a artéria pancreaticoduodenal superior posterior. Já pela Artéria Esplênica, são emitidos dois ramos pancreáticos principais: -a Artéria Pancreática dorsal (irriga principalmente o colo e o corpo) -a Artéria Pancreática Magna (irriga principalmente a cauda) Essas duas artérias se anastomosam formando a Artéria Pancreática Inferior, que percorre horizontalmente o órgão, se ligando também a Artéria Pancreaticoduodenal Superior Anterior e, em alguns casos, à Artéria Mesentérica Superior, formando um “círculo arterial” que percorre todo o órgão. A parte inferior da cabeça do pâncreas, no entanto, é irrigada por ramos da Artéria Mesentérica Superior, por sua vez ramo aórtico. Da mesentérica superior, alem da possibilidade de se ligar com a pancreática inferior, saem dois ramos : -a Artéria Pancreatoduodenal Inferior Anterior e -a Artéria Pancreatoduodenal Inferior Posterior. esas se anastomosam, respectivamente, às Artérias Pancreatoduodenais Superiores Anterior e Posterior. seta média- artéria pancreaticoduodenal superior anterior seta longa- ducto colédoco seta curta- artéria pancreaticoduodenal superior posterior setas indicam a artéria magna pancreática Drenagem Venosa Pancreática A drenagem pancreática é realizada pelas veias pancreaticoduodenais anteriores e posteriores, superiores e inferiores, formando dois arcos venosos, um anterior e outro posterior à cabeça do pâncreas que tributam sangue venoso à mesentérica superior. A veia pancreática inferior e ramos venulosos da veia esplênica também drenam colo, corpo e cauda do órgão, e tributam o sangue junto das veias esplênica e mesentérica inferior na formação da veia porta hepática. REFERÊNCIAS Sim, J., Choi, B., Han, J. et al. Helical CT anatomy of pancreatic arteries. Abdom Imaging 21, 517–521 (1996). https://doi.org/10.1007/s002619900117 Neto, SAA et all. .Variações anatômicas do tronco celíaco e sistema arterial hepático: uma análise pela angiotomografia multidetectores.Radiologia Brasileira, 2015, Vol. 48 nº 6. https://doi.org/10.1007/s002619900117
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