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AULA 01- Módulo Higiene, Saúde e Segurança do Trabalho HSST

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SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
1. INTERVENÇÕES HUMANAS NO MEIO AMBIENTE
	Chegamos a uma eminente escassez de recursos minerais e poluição em diversos níveis e modalidades no planeta em consequência de um modo de vida pautado no consumismo. Inevitavelmente os impactos ambientais são reflexos da falta de planejamento, informação, descaso e desprezo da nossa possível autodestruição.
	A intensificação desses impactos vieram interligados a evolução do sistema capitalista, que intensificou e ampliou as suas formas de manifestação na rotina dos seres humanos e no decorrer da história criou-se uma consciência presa ao consumismo geradora de uma crescente e desenfreada destruição ao meio ambiente.
	Dentre os principais problemas podemos destacar:
- poluição do ar, água, som e visual;
- desmatamentos;
- lixo;
- desertificação;
- ilhas de calor;
- inversão térmica;
- aquecimento global.
Agora é com vocês!!!
Divida a sala em dois grupos e cada grupo irá ler os seguintes artigos citados abaixo, os quais foram extraídos da revista Química Nova na Escola.Após a leitura, apresente a seus colegas a temática discutida no artigo lido!
Artigo 1 - Garimpo Contaminação por Mercúrio e o caso da Amazônia. De Jurandir Rodrigues de Souza e Antonio Carneiro Barbosa.
Artigo 2 - Lixo: desafios e compromissos. De Pedro Sérgio Fadini e Almerinda Antonia Barbosa Fadini.
2.DESEQUILÍBRIO AMBIENTAL
	A superfície da Terra está em constante processo de transformação e, ao longo de seus 4,5 bilhões de anos, o planeta registra um drástico desequilíbrio ambiental . Há milhões de anos, a área do atual deserto do Saara, por exemplo, era ocupada por uma grande floresta e os terrenos que hoje abrigam a floresta amazônica pertenciam ao fundo do mar. As rupturas na crosta terrestre e a deriva dos continentes mudam a posição destes ao longo de milênios . Em consequência, seus climas passam por grandes transformações. As quatro glaciações já registradas – quando as calotas polares avançam sobre as regiões temperadas – fazem a temperatura média do planeta cair vários graus. Essas mudanças, no entanto, são provocadas por fenômenos geológicos e climáticos e podem ser medidas em milhões e até centenas de milhões de anos. Com o surgimento do homem na face da Terra, o ritmo de mudanças acelera-se. 
· AGENTES DO DESEQUILÍBRIO
	A escalada do progresso técnico humano pode ser medida pelo seu poder de controlar e transformar a natureza. Quanto mais rápido o desenvolvimento tecnológico, maior o ritmo de alterações provocadas no meio ambiente. Cada nova fonte de energia dominada pelo homem produz determinado tipo de desequilíbrio ambiental e de poluição. A invenção da máquina a vapor, por exemplo, aumenta a procura pelo carvão e acelera o ritmo de desmatamento. A destilação do petróleo multiplica a emissão de gás carbônico e outros gases na atmosfera. Com a petroquímica, surgem novas matérias-primas e substâncias não-biodegradáveis, como alguns plásticos. 
	Crescimento populacional – O aumento da população mundial ao longo da história exige áreas cada vez maiores para a produção de alimentos e técnicas de cultivo que aumentem a produtividade da terra. Florestas cedem lugar a lavouras e criações, espécies animais e vegetais são domesticadas, muitas extintas e outras, ao perderem seus predadores naturais, multiplicam-se aceleradamente. Produtos químicos não-biodegradáveis, usados para aumentar a produtividade e evitar predadores nas lavouras, matam microrganismos decompositores, insetos e aves, reduzem a fertilidade da terra, poluem os rios e águas subterrâneas e contaminam os alimentos. A urbanização multiplica esses fatores de desequilíbrio. A grande cidade usa os recursos naturais em escala concentrada, quebra as cadeias naturais de reprodução desses recursos e reduz a capacidade da natureza de construir novas situações de equilíbrio. 
	Economia do desperdício – O estilo de desenvolvimento econômico atual estimula o desperdício. Automóveis, eletrodomésticos, roupas e demais utilidades são planejados para durar pouco. O apelo ao consumo multiplica a extração de recursos naturais: embalagens sofisticadas e produtos descartáveis não-recicláveis nem biodegradáveis aumentam a quantidade de lixo no meio ambiente. A diferença de riqueza entre as nações contribui para o desequilíbrio ambiental. Nos países pobres, o ritmo de crescimento demográfico e de urbanização não é acompanhado pela expansão da infra-estrutura, principalmente da rede de saneamento básico. Uma boa parcela dos dejetos humanos e do lixo urbano e industrial é lançada sem tratamento na atmosfera, nas águas ou no solo. A necessidade de aumentar as exportações para sustentar o desenvolvimento interno estimula tanto a extração dos recursos minerais como a expansão da agricultura sobre novas áreas. Cresce o desmatamento e a superexploração da terra.
	Lixo – Acúmulo de detritos domésticos e industriais não-biodegradáveis na atmosfera, no solo, subsolo e nas águas continentais e marítimas provoca danos ao meio ambiente e doenças nos seres humanos. As substâncias não-biodegradáveis estão presentes em plásticos, produtos de limpeza, tintas e solventes, pesticidas e componentes de produtos eletroeletrônicos. As fraldas descartáveis demoram mais de cinqüenta anos para se decompor, e os plásticos levam de quatro a cinco séculos. Ao longo do tempo, os mares, oceanos e manguezais vêm servindo de depósito para esses resíduos.
	Resíduos radiativos – Entre todas as formas de lixo, os resíduos radiativos são os mais perigosos. Substâncias radiativas são usadas como combustível em usinas atômicas de geração de energia elétrica, em motores de submarinos nucleares e em equipamentos médico-hospitalares. Mesmo depois de esgotarem sua capacidade como combustível, não podem ser destruídas e permanecem em atividade durante milhares e até milhões de anos. Despejos no mar e na atmosfera são proibidos desde 1983, mas até hoje não existem formas absolutamente seguras de armazenar essas substâncias. As mais recomendadas são tambores ou recipientes impermeáveis de concreto, à prova de radiação, que devem ser enterrados em áreas geologicamente estáveis. Essas precauções, no entanto, nem sempre são cumpridas e os vazamentos são frequentes. Em contato com o meio ambiente, as substâncias radiativas interferem diretamente nos átomos e moléculas que formam os tecidos vivos, provocam alterações genéticas e câncer. 
	Ameaça nuclear – Atualmente existem mais de quatrocentas usinas nucleares em operação no mundo – a maioria no Reino Unido, EUA, França e Leste europeu. Vazamentos ou explosões nos reatores por falhas em seus sistemas de segurança provocam graves acidentes nucleares. O primeiro deles, na usina russa de Tcheliabínski, em setembro de 1957, contamina cerca de 270 mil pessoas. O mais grave, em Chernobyl , na Ucrânia, em 1986, deixa mais de trinta mortos, centenas de feridos e forma uma nuvem radiativa que se espalha por toda a Europa. O número de pessoas contaminadas é incalculável. No Brasil, um vazamento na Usina de Angra I, no Rio de Janeiro, contamina dois técnicos. Mas o pior acidente com substâncias radiativas registrado no país ocorre em Goiânia, em 1987: o Instituto Goiano de Radioterapia abandona uma cápsula com isótopo de césio-137, usada em equipamento radiológico. Encontrada e aberta por sucateiros, em pouco tempo provoca a morte de quatro pessoas e a contaminação de duzentas. Submarinos nucleares afundados durante a 2a Guerra Mundial também constituem grave ameaça. O mar Báltico é uma das regiões do planeta que mais concentram esse tipo de sucata.
Fonte: Adaptado de Portal educação.
http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/8421/desequilibrio-ambiental#ixzz27v50Jlp8
3. SAÚDE
CONCEPÇÃO DO TEMA
“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de
doença.”
	Tantas vezes citado, o conceito adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948, longe de ser uma realidade, simboliza um compromisso, umhorizonte a ser perseguido. Remete à idéia de uma “saúde ótima”, possivelmente inatingível e utópica já que a mudança, e não a estabilidade, é predominante na vida. Saúde não é um “estado estável”, que uma vez atingido possa ser mantido.
	A própria compreensão de saúde tem também alto grau de subjetividade e determinação histórica, na medida em que indivíduos e sociedades consideram ter mais ou menos saúde dependendo do momento,
do referencial e dos valores que atribuam a uma situação.
	Diversas tentativas vêm sendo feitas a fim de se construir um conceito mais dinâmico, que dê
conta de tratar a saúde não como imagem complementar da doença e sim como construção permanente de cada indivíduo e da coletividade, que se expressa na luta pela ampliação do uso das potencialidades de cada pessoa e da sociedade, refletindo sua capacidade de defender a vida.
	Assumido o conceito da OMS, nenhum ser humano (ou população) será totalmente saudável ou totalmente doente. Ao longo de sua existência, viverá condições de saúde/doença, de acordo com suas potencialidades, suas condições de vida e sua interação com elas.
	Além disso, os enfoques segundo os quais a condição de saúde individual é determinada unicamente pela realidade social ou pela ação do poder público, tanto quanto a visão inversa, nem por isso menos determinista, que coloca todo peso no indivíduo, em sua herança genética e em seu empenho pessoal, precisam ser rompidos. Interferir sobre o processo saúde/doença está ao alcance de todos e não é uma tarefa a ser delegada, deixando ao cidadão ou à sociedade o papel de objeto da intervenção “da natureza”, do poder público, dos profissionais de saúde ou, eventualmente, de vítima do resultado de suas ações.
	Entende-se Educação para a Saúde como fator de promoção e proteção à saúde e estratégia para a conquista dos direitos de cidadania. Sua inclusão no currículo responde a uma forte demanda
social, num contexto em que a tradução da proposta constitucional em prática requer o desenvolvimento da consciência sanitária da população e dos governantes para que o direito à saúde seja encarado
como prioridade.
	A escola, sozinha, não levará os alunos a adquirirem saúde. Pode e deve, entretanto, fornecer
elementos que os capacitem para uma vida saudável.
	Não se pode compreender ou transformar a situação de saúde de um indivíduo ou de uma coletividade sem levar em conta que ela é produzida nas relações com o meio físico, social e cultural.
	Intrincados mecanismos determinam as condições de vida das pessoas e a maneira como nascem, vivem e morrem, bem como suas vivências em saúde e doença. 
	Entre os inúmeros fatores determinantes da condição de saúde, incluem-se os condicionantes biológicos (idade, sexo, características pessoais eventualmente determinadas pela herança genética), o meio físico (que abrange condições geográficas, características da ocupação humana, fontes de água para consumo, disponibilidade e qualidade dos alimentos, condições de habitação), assim como o meio socioeconômico e cultural, que expressa os níveis de ocupação e renda, o acesso à educação formal e ao lazer, os graus de liberdade, hábitos e formas de relacionamento interpessoal, a possibilidade de acesso aos serviços voltados para a promoção e recuperação da saúde e a qualidade da atenção por eles prestada.
Texto de Ana Rosa Abreu, et al. Saúde. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro092.p> 
4.Resumo Histórico: Origem, nascimento e oficialização da Segurança e a Higiene no Trabalho.
	Muito embora o trabalho organizado no mundo civilizado tenha surgido a milhares de anos, como podemos ver testemunhados em diversas obras históricos, tais como, as Pirâmides do Egito antigo, a Acrópole de Atenas, o Coliseu de Roma, a Muralha da China, além de muitas outras Construções Medievais de grande porte, tais como as Catedrais, Castelos, Monumentos e Túmulos, verificamos, contudo que, ao longo da história, parece não ter havido uma organização e preocupação maior das Nações e Povos daquelas épocas, com os aspectos referentes a Segurança de todos estes trabalhadores anônimos e desconhecidos que se empenharam em promover toda a construção do nosso Mundo Civilizado. Cumpre lembrar ainda que grande parte destas obras monumentais utilizou Mão de Obra escrava.
	Na história do mundo, seguindo a linha do tempo a partir das épocas remotas, verificamos que nos séculos XVIII e XIX, ocorreram importantes eventos e descobrimentos científicos que culminaram com o surgimento da consagrada Revolução Industrial, a qual, apoiou-se na evolução técnica decorrente do advento das Novas Tecnologias.
	Exemplo disto foi à descoberta e o desenvolvimento das Máquinas a Vapor, dos Motores de Combustão Interna, dos Motores Elétricos, dos Barcos a Vapor, dos Trens e Ferrovias, além de diversas máquinas para produção em larga escala, como as máquinas de Tecelagem e diversos outros inventos.
	Em consequência de todos estes acontecimentos históricos ocorridos neste nosso “Admirável Mundo Novo” tiveram o desenvolvimento acelerado da tecnologia e da economia, modernizando e modificando radicalmente toda uma antiga Civilização.
	Todo este desenvolvimento tecnológico, entretanto infelizmente não se fez acompanhar do correspondente desenvolvimento e equilíbrio sociais, ocasionando assim muitos e graves problemas sociais.
	O agravamento da situação social deu-se principalmente pelo deslocamento em massa dos trabalhadores e da população envolvida que passaram do trabalho na agricultura e no campo para o trabalho nas diversas Indústrias que surgiram, tais como, as Indústrias de Tecelagem, Confecções, de Bebidas e Alimentícias, de Veículos de transporte terrestre, naval e aéreo Indústrias Químicas e Metalúrgicas, Siderúrgicas, da Construção Civil e outras tantas existentes.
	Além disto, a maioria dos trabalhadores daquela época não possuía formação, conhecimento, preparo, treinamento e experiências adequadas e suficientes para as transformações tão intensas que ocorreram. Épocas passadas as condições de trabalho conseqüentemente eram bastante precárias e inseguras.
	Documentários antigos mostrando as condições de trabalho existentes nos EUA, Inglaterra e demais países da Europa, no final do século XIX e início do século XX, além de diversos artigos publicados em livros e enciclopédias, impressionam pelos fatos e cenas apresentadas.
	Respeitáveis obras literárias (Victor Hugo, A. J. Cronin, Steinbeck e outros) também atestaram as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos os trabalhadores, como por exemplo, os das Minas de Carvão na Inglaterra, das Fábricas e Usinas, dos Portos e Estaleiros e os da Construção Civil em todo o mundo.
	Não faltam exemplos das condições de trabalho deploráveis que existiram nas épocas passadas, as quais infelizmente ocorrem ainda na época atual, pois apesar de avanços tecnológicos e sociais ocorridos no mundo, ainda hoje em dia encontramos casos de displicência, abusos e situações ilegais relativas ao Trabalho, como provam as notícias divulgadas e as estatísticas de Acidentes do Trabalho publicadas.
	Tendo em vista então ao grande número de acidentes desastrosos ocorridos naquelas épocas passadas, bem como, pela divulgação feita através dos diversos meios de comunicação, além da decorrente pressão da opinião pública, medidas organizadas de proteção ao trabalhador finalmente começaram a ser tomadas no mundo.
	Mesmo assim com toda da evolução tecnológica dos tempos atuais, por incrível que pareça, encontramos ainda hoje em dia casos de Trabalho Infantil e Trabalho Escravo!
	Em continuidade a este breve histórico, cronológica e resumidamente indicamos alguns fatos e acontecimentos de maior relevância relacionados com a Segurança do Trabalho:
· Ano de 1911:
Começa-se a implementar com maior amplitude o tratamento médico industrial;
· Anos de 1919 até 1921:
	Fundação da Organização Internacional do Trabalho – OIT, em 1919, em Genebra, na Suíça;
	O Tratado de Versalhes que selou o fim da Primeira Grande GuerraMundial incluiu em seu bojo ações para melhorias das condições de trabalho no mundo.
	Surgimentos oficiais de Ações Coordenadas e abrangentes ligadas a Segurança e Higiene do Trabalho, ocorridas no ano de 1.921, quando a OIT organizou um Comitê para o Estudo de Assuntos referentes a Segurança e a Higiene no Trabalho.
	Nesta época o Comitê da OIT estabelecido em Genebra na Suíça, estudando as condições de trabalho e vida dos trabalhadores no mundo, tomou uma decisão histórica recomendando e tornando obrigatória a constituição de Comissões, compostas de representantes do empregador e dos empregados, com o objetivo de zelar pela prevenção dos acidentes do trabalho, quando as empresas tivessem 25 ou mais empregados.
	No Brasil simultaneamente surge a primeira Lei sobre Acidentes do Trabalho, a de n o 3.724 de 15 de janeiro de 1919.
· Ano de 1934:
Tempos depois, em 10 de julho de 1934 foi promulgada a segunda Lei de Acidentes do Trabalho através do Decreto n o 24.637.
· Ano de 1943:
Criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT conforme o Decreto Lei nº 5.452 de 01.05.1943.
· Ano de 1944:
Oficialmente instituída a criação da CIPA - Comissão Interna Para Prevenção de Acidentes, no Brasil:
Getúlio Vargas, um dos políticos de maior expressão em nossa História, conhecido como o “Pai dos Trabalhadores”, 21 anos após a recomendação feita pela OIT, promulgou em 10.11.1944, o Decreto – Lei nº 7.036, fixando a obrigatoriedade da criação de Comitês de Segurança em Empresas que tivessem 100 ou mais empregados. Este decreto ficou conhecido como Nova Lei de Prevenção de Acidentes.
· Ano de 1953:
Em 27.11.1953 a Portaria 155 oficializava a sigla CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
3.2 – Etapas intermediárias ocorridas no Brasil:
· Ano de 1967:
Em 26.02.1967, no Governo do Presidente Costa e Silva, o Decreto-Lei n o 229 modificou o texto do Capítulo V, título II, da CLT, o qual dispunha de assuntos de Segurança e de Higiene no Trabalho.
Com esta modificação, o artigo 164 da CLT, que tratava de assuntos referentes a CIPA foi alterado e ficou conforme o seguinte texto:
	Art. 164 – As empresas que, a critério da autoridade competente em matéria de Segurança e Higiene no Trabalho, estiverem enquadradas em condições estabelecidas nas normas expedidas pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, deverão manter obrigatoriamente, o Serviço Especializado em Segurança e em Higiene do Trabalho e constituir Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPAS.
	§ 1. º O Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho definirá as características do pessoal especializado em Segurança e Higiene do Trabalho, quanto às atribuições, à qualificação e a proporção relacionada ao número de empregados das empresas compreendidas no presente artigo.
	§ 2. º As Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAS) serão compostas de representantes de empregadores e empregados e funcionarão segundo normas fixadas pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho.
· Ano de 1968:
Portaria 3.456: - Em 29 de novembro de 1968, a Portaria 3.456 reduziu o número de 100 para 50 empregados como o limite em que se torna obrigatório à criação das CIPAS em cada Empresa.
· Década de 70
	No início dos anos 70 o Brasil é o detentor do título de campeão mundial de acidentes. E, em 1977, o legislador dedica no texto da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, por sua reconhecida importância Social, capítulo específico à Segurança e Medicina do Trabalho. Trata-se do Capítulo V, Título II, artigos 154 a 201, com redação da Lei nº 6.514/77.
	O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, hoje denominado Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, regulamenta os artigos contidos na CLT por meio da Portaria nº 3.214/78, criando vinte e oito Normas Regulamentadoras - NRs. Com a publicação da Portaria nº 3214/78 se estabelece a concepção de saúde ocupacional.
· Ano 2000:
Ainda hoje, apesar de toda a legislação criada e existente, o desenvolvimento tecnológico continua defasado do desenvolvimento econômico e social, causando em conseqüência o desemprego em massa, a má distribuição da mão de obra e da renda, fatos estes que combinados com os programas educacionais, da saúde e habitacionais ainda deficientes, atingem e prejudicam principalmente as trabalhadores e as classes sociais menos favorecidas.
Assim sendo, o grande desafio a ser vencido em nossa Sociedade continua sendo o de progredirmos em harmonia e equilíbrio, buscando o desenvolvimento tecnológico acompanhado do desenvolvimento econômico, social e da cidadania de modo a melhorarmos as condições de vida, da educação, da saúde, da habitação e do trabalho no Brasil e no mundo.
	Propostas para construir um Brasil moderno e competitivo, com menor número de acidentes e doenças de trabalho, com progresso social na agricultura, na indústria, no comércio e nos serviços, devem ser apoiadas.
	Para isso deve haver a conjunção de esforços de todos os setores da sociedade e a conscientização na aplicação de programas de saúde e segurança no trabalho. Trabalhador saudável e qualificado representa produtividade no mercado globalizado.
5.Riscos Ocupacionais
	
	
	
	Riscos ocupacionais são aqueles decorrentes da organização, dos procedimentos, dos equipamentos ou máquinas, dos processos, dos ambientes e das relações de trabalho, que podem comprometer a segurança e a saúde dos trabalhadores, dependendo da natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. São classificados em cinco categorias: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.
 
· Físicos
	Os agentes classificados nesta categoria são: ruído, vibração, radiações ionizantes e não ionizantes, umidade, calor e frio.
	O ruído pode ocasionar danos ao equilíbrio, ao sono, problemas psicológicos e sociais, alteração no sistema circulatório, digestório e reprodutor, além do mais evidente, que é a Perda Auditiva Induzida por Ruído – PAIR. Na construção de edificações, várias máquinas como escavadeira, bate-estaca, serra circular, furadeira, lixadeira, esmerilhadeira, pistola finca-pino, vibrador de imersão, perfuratriz e betoneira geram ruído em diversas atividades de todas as etapas.
	A vibração pode gerar distúrbios osteomusculares, labirintite, perda auditiva por condução óssea e a síndrome de Raynaud. Na indústria da construção civil, atividades como compactação do solo, utilização dos marteletes e vibrador de concreto, expõem o trabalhador a este risco.
	As radiações não ionizantes (ultravioleta) podem causar alterações na pele, queimaduras, lesões oculares e em outros órgãos. Na indústria da construção civil, o trabalhador é exposto a este tipo de radiação em algumas operações de soldagem e principalmente, à radiação solar, nas atividades realizadas a céu aberto.
	A exposição à umidade pode causar problemas de pele e respiratórios. Ocorre nas atividades ou operações em locais alagados ou encharcados, bem como naquelas realizadas sob garoa, quando os pés e as vestimentas ficam umedecidos.
	O calor pode ocasionar fadiga, diminuição de rendimento, erros de percepção e raciocínio, esgotamento, prostração, desidratação e câimbras.
	O frio pode alterar a saúde, o conforto e a eficiência do trabalhador. Os principais efeitos são: feridas, rachaduras na pele, predisposição para acidentes e para doenças das vias respiratórias.
· Químicos
	Nesta categoria, são classificados os agentes que interagem com tecidos humanos, provocando alterações na sua estrutura e que podem penetrar no organismo pelo contato com a pele, ingestão inalação 	 Na indústria da construção civil são exemplos de risco químico: as poeiras resultantes de trabalhos com cal, cimento, gesso, varrição e do corte de madeiras; fumos metálicos resultantes das soldagens e cortes a quente; vapores orgânicos desprendidos das tintas, solventes e de mantas asfálticas; produtos corrosivos utilizados em limpeza e outros produtos químicos.
· Biológicos
	Os agentes classificados nestacategoria são os vírus, bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, entre outros, que podem penetrar no corpo humano pelas vias cutânea, digestiva e respiratória, podendo causar infecções diversas.
	Exemplos de atividades na indústria da construção civil com risco biológico são: a limpeza de sanitários; abertura de poços, valas e serviços em tubulações de esgoto. Água empoçada, recipientes sem tampa, entulhos e materiais mal organizados favorecem o desenvolvimento de vetores. Algumas condições como: tampos impermeáveis das mesas dos refeitórios, conservação de alimentos, disponibilidade de sabonete e de papéis para lavar e enxugar as mãos, locais adequados para guarda de vestimentas e de toalhas, sanitários limpos e treinamento para as boas práticas de asseio pessoal contribuem para prevenção da contaminação dos trabalhadores e evitam a proliferação de microorganismos.
· Ergonômicos
	Referem-se à adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas do trabalhador e se relacionam à organização do trabalho, ao ambiente laboral e ao trabalhador.
	Os fatores organizacionais são os relacionados ao ritmo de produção, ao processo de trabalho, às pausas e revezamentos, à distribuição de tarefas, à duração excessiva da jornada diária de trabalho e às instruções operacionais.
	Os fatores ambientais envolvem características espaciais e dinâmicas da tarefa e também as condições dos pisos, vias de circulação, iluminação, temperatura, ruído e poeiras, entre outras.
	Os fatores relacionados ao trabalhador envolvem três dimensões: pessoais, psicossociais e biomecânicos.
Exemplos de risco ergonômico na indústria da construção são: exigência de posturas inadequadas, trabalho por período prolongado em uma determinada posição, exigência de força física intensa, movimentos repetitivos; levantamento e transporte manual de carga, área de trabalho reduzida ou com barreiras, pressão temporal e ritmo de trabalho intenso.
· Acidentes
	Nesta categoria, são classificados os agentes decorrentes das situações adversas nos ambientes e nos processos de trabalho que envolvem arranjo físico, uso de máquinas, equipamentos e ferramentas, condições das vias de circulação, organização e asseio dos ambientes, métodos e práticas de trabalho, entre outros.
	Na indústria da construção civil, essa categoria de risco pode ser representada, entre outras, por: Falta de planejamento no recebimento e estocagem de matéria-prima e de material não utilizável, que favorece queda ou deslizamento do material sobre trabalhadores e propicia ambientes para animais peçonhentos; Arranjo físico inadequado;
	Instalações elétricas improvisadas; Trabalho em altura sem uso de equipamentos de proteção individual adequados como, por exemplo, nas atividades realizadas em bate-estaca para ajuste da estaca; Vias de circulação obstruídas, não demarcadas e mal conservadas; Operação de máquinas e ferramentas por trabalhadores não qualificados; Falta de treinamento e conscientização quanto aos riscos existentes nos locais de trabalho ou treinamentos ineficazes; Falta ou ausência parcial de sistemas ou equipamentos de proteção coletiva devidamente instalados.
6.SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO.
	
	As condições inseguras relativas ao processo produtivo são designadas por riscos de operação. 	Estão nestes casos, os riscos associados à movimentação de cargas, ao trabalho em altura, etc. As condições inseguras relativas ao ambiente de trabalho são designadas, normalmente, por riscos ambientais. Estão nestes casos, as atmosferas ruidosas, com gases tóxicos, com poeiras nocivas, etc.
	O conjunto de métodos e técnicas utilizados para a prevenção e controlo dos riscos de operação é normalmente integrado na disciplina "Segurança do Trabalho".
	Resumidamente, e de um modo genérico, a Segurança do Trabalho dedica-se à prevenção de acidentes do trabalho. O conjunto de metodologias não médicas destinadas ao controlo dos agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos componentes materiais do trabalho e susceptíveis de
causar danos aos trabalhadores é, normalmente, integrado na disciplina "Higiene do Trabalho".
Poder-se-á então dizer que:
	Segundo a American Industrial Hygiene Association a Higiene do Trabalho é a "ciência e a arte dedicadas ao reconhecimento, avaliação e controlo dos fatores ambientais gerados no (ou pelo) trabalho e que podem causar doença, alteração da saúde e bem estar ou desconforto significativo e ineficiência nos trabalhadores ou nos cidadãos da comunidade envolvente".
	Se tivermos presente a complexidade dos fatores que podem influenciar o equilíbrio dinâmico, já referenciado, no que diz respeito ao ambiente de trabalho, fácil será concluir que a Higiene do Trabalho faz apelo a um conjunto de ciências, como sejam a Epidemiologia, a Toxicologia, a Bioquímica, a Engenharia, etc. A Higiene do Trabalho requer daquelas ciências cooperação estreita, no sentido de identificar, avaliar e controlar os riscos de ambiente de trabalho, tendo como objetivo principal aumentar o bem-estar físico, psíquico e social e, simultaneamente, contribuir para a Produtividade e Qualidade do Trabalho.
 
	A Medicina tem no âmbito daquela multidisciplinaridade, uma ação biunívoca, no sentido em que, introduz no sistema, dados sobre o reflexo na saúde humana, dos ambientes de trabalho nocivos e recebe as consequências da possível inoperacionalidade da Higiene do Trabalho, na medida em que tenta tratar ou controlar as Doenças Profissionais.
	Segundo o Decreto-Regulamentar nº 12/80, entende-se por: 
· DOENÇA PROFISSIONAL a doença provocada pelo trabalho ou estado patológico derivado da ação continuada de uma causa que tenha a sua origem no trabalho ou no meio laboral em que o trabalhador presta os seus serviços e que conste da Lista de Doenças Profissionais elaborada pela Comissão Nacional de Revisão da Lista de Doenças Profissionais.
Este conceito foi completado no Decreto-Lei nº 248/99, em que são, ainda, consideradas:
· DOENÇAS PROFISSIONAIS as lesões, perturbações funcionais ou doenças não incluídas na referida lista desde que sejam consequência necessária e direta da atividade exercida pelos trabalhadores e não representem normal desgaste do organismo.
7.PRINCÍPIOS E DOMÍNIOS DA HIGIENE DO TRABALHO
	
	Ao longo da História, o Homem tem modificado o meio ambiente em que vive ao mesmo
tempo que desenvolve mecanismos de adaptação, nem sempre ao ritmo das modificações introduzidas. Estas modificações são mais evidentes no desenvolvimento de atividades a que, normalmente, chamamos trabalho.
	O organismo humano representa um sistema aberto que troca matéria e energia com o meio ambiente através de numerosas reações, em equilíbrio dinâmico. O desequilíbrio momentâneo ou prolongado, durante as atividades laborais, deste sistema provoca riscos profissionais que são inerentes ao ambiente e ao processo produtivo das diferentes atividades.
 NOÇÕES DE TOXICOLOGIA
	Muito embora se conheçam os venenos e os seus efeitos desde a Antiguidade, só no início do século XX a Toxicologia se constituiu como ciência. O seu desenvolvimento processou-se a par e passo com a Química moderna e a Anatomopatologia (ramo da Medicina). O cruzamento dos saberes “Químico” e “Médico” faz todo o sentido se atentarmos nas definições de Toxicologia e tóxico.
Toxicologia é a ciência que se ocupa dos tóxicos, das suas propriedades, do seu modo de ação, da sua pesquisa e dos processos que permitem
combater a sua ação nociva.
	Diz-se que uma substância é um tóxico quando, após penetração no organismo em dose relativamente elevada, de uma só vez ou em várias vezes próximas umas das outras ou em pequenas doses repetidas durante muito tempo, provoca de um modo passageiro ou durável, perturbações de uma ou mais funções, que podem chegar à aniquilação completa e mesmo conduzir à morte.
	A noção de tóxico está normalmente associada a uma substância de origem sintética ou natural, orgânica ou inorgânica,simples ou mistura, que atuando sobre o Homem provocam danos graves na sua saúde.
	Hoje em dia a Toxicologia faz apelo a outros ramos da ciência, que vão desde a Microbiologia, à Higiene Industrial, à Biologia, à Bioquímica, etc. Este alargamento fica sobretudo, a dever-se, ao fato de, cada vez mais, se entender que a relação causa-efeito não é linear mas, pelo contrário, é influenciada por uma série de fenômenos que extravasam o conceito inicial simplista.
VIAS DE PENETRAÇÃO DOS TÓXICOS NO ORGANISMO
	A penetração dos tóxicos no organismo efetua-se, regra geral, por uma das seguintes
vias:
• Via respiratória
• Via percutânea
• Via digestiva
	
	A absorção de tóxicos pelo organismo verifica-se, muitas vezes, não apenas através de uma destas vias, mas pode ocorrer, também, penetração por mais de uma via simultaneamente.
VIA RESPIRATÓRIA:
	É a via mais comum da penetração dos tóxicos presentes nos locais de trabalho. Os efeitos nocivos fazem-se, muitas vezes, sentir ao nível das vias respiratórias. De outras vezes, os tóxicos, ao penetrarem por esta via, fazem repercutir os seus efeitos noutras regiões do organismo.
	Com as profundas modificações verificadas após a Revolução Industrial, foram inúmeras as partículas tóxicas presentes nos locais de trabalho. Pela primeira vez, os trabalhadores viram-se confrontados com tóxicos, não possuindo (pelo menos por enquanto) defesas que lhes permitam conviver com eles, sem preocupação para com os seus efeitos. Por essa razão, se reveste da maior importância o estudo da toxicologia no âmbito da Higiene do Trabalho.
	O aparelho respiratório é uma porta de entrada no organismo para as partículas sólidas ou líquidas, em suspensão no ar. O mesmo se passa com os gases e vapores existentes no ambiente de trabalho. Os perigos de inalação são tanto maiores quanto mais elevada for a temperatura.
	SÓLIDO
	LÍQUIDO
	
GASOSO GASOSO
	POEIRAS
(ex.: sílica pura cristalina)
• FIBRAS
(ex.: amianto)
• FUMOS
(ex.: chumbo)
	AEROSSÓIS
(ex.: insecticidas)
• NEBLINAS
(ex.: açúcares)
	• GASES
(ex.: cloro)
• VAPORES
(ex.: mercúrio)
· Poeiras: partículas esferoidais de pequeno tamanho, formadas pela desintegração mecânica de certos materiais.
· Fibras: partículas aciculares provenientes da desagregação mecânica e cujo comprimento excede em mais de 3 vezes o seu diâmetro.
· Fumos: partículas esféricas em suspensão no ar, procedentes de uma combustão incompleta (smoke) ou resultante da sublimação de vapores, geralmente depois da volatização a altas temperaturas de metais fundidos (fumes).
· Aerossóis: suspensão no ar de gotículas cujo tamanho não é visível à vista desarmada e provenientes da dispersão mecânica de líquidos.
· Neblinas: suspensão no ar de gotículas visíveis e produzidas por condensação de vapor.
· Gases: estado físico normal de certas substâncias, a 25º C e 760 mm Hg de pressão.
· Vapores: fase gasosa de substâncias que nas condições padrão (25 C e 760 mm Hg) se encontram no estado sólido ou líquido.
	No que diz respeito às partículas, nem todas elas penetram no interior do aparelho respiratório ou, se o fazem, nem todas conseguem atingir os mesmos níveis. O aparelho respiratório tem defesas, fruto da adaptação ao longo da evolução humana, que o protegem de uma parte das partículas nocivas para a sua saúde. A eficácia das defesas naturais está diretamente relacionada com a dimensão das partículas.
	Assim, as partículas de diâmetro entre os 10µ e os 15µ ficam retidas, mecanicamente, nas vias respiratórias superiores (fossas nasais), através dos cílios vibráteis e do muco nasal; regra geral, exercem um efeito local, que podendo ser nocivo, dificilmente será tóxico.
	As partículas de menores dimensões, abaixo dos 10µ, também chamadas partículas respiráveis, penetram pelas ramificações mais finas da árvore brônquica e atingem os alvéolos pulmonares, ocasionando lesões locais muito graves e pondo mesmo em risco a vida.
	DIMENSÃO (µ)
	LOCAL
	> 10
	Nariz
	4 – 10
	Brônquios
	2 – 4
	Alvéolos pulmonares
VIA PERCUTÂNEA (PELE E MUCOSAS):
	
	A pele tem, essencialmente, um papel de proteção contra os diferentes agentes agressivos (físicos, químicos e biológicos). No entanto, os poros, as glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas funcionam como portas de entrada naturais.
	Por sua vez, a sudação facilita a penetração dos tóxicos na pele. Também as alterações da pele (descamações, ferimentos, etc.) facilitam a entrada de tóxicos. Estas alterações, nomeadamente na pele das mãos de trabalhadores, são consequência não só da utilização de ferramentas ou equipamentos agressivos, mas também de substâncias tóxicas com as quais contatam. A absorção por feridas ou queimaduras profundas é particularmente rápida, por ausência da barreira derme epiderme e por haver um aumento das trocas sanguíneas.
	Por outro lado, a afinidade de alguns destes agentes (lipossolúveis) para com os lipídios cutâneos (dissolvendo-se na gordura que normalmente lubrifica a pele) permite-lhes ultrapassar a barreira da pele e alcançar, ao nível da derme, a circulação geral. Estão neste caso os seguintes agentes tóxicos:
• nicotina,
• derivados nitrados e aminados aromáticos,
• solventes clorados,
• tetraetilchumbo,
• ou mesmo de derivados puramente minerais, como por exemplo, os sais de tálio.
	O contacto de tóxicos com as mucosas, em virtude da sua grande vascularização, é ainda mais perigoso do que com a pele. As mucosas dos olhos reagem energicamente com certos tóxicos, assim como a mucosa faríngea, sobretudo se está inflamada.
VIA DIGESTIVA:
	Não é uma via habitual nas intoxicações relacionadas com o trabalho. No entanto, pode acontecer nas seguintes situações:
• manipulação incorreta de produtos tóxicos (contaminação das mãos, boca, olhos);
• ingestão de alimentos erradamente guardados em locais de trabalho contaminados;
• deficiente higiene corporal, nomeadamente das mãos, após trabalhos relacionados
com produtos tóxicos;
• fumar ou guardar tabaco nos locais contaminados.
	
	A ingestão de substâncias tóxicas permite a passagem das mesmas para a corrente sanguínea (ao nível da boca, do estômago e do intestino); por outro lado a absorção dessas substâncias, com a passagem para a circulação sanguínea, pode provocar lesões graves em órgãos afastados (rins, fígado, etc.).
	O processo de absorção por via digestiva pode ser mais ou menos rápido e, em certos casos, diferentes ações podem intervir para diminuir a toxicidade duma substância; é o que acontece com a absorção de certos tóxicos juntamente com os alimentos, com a formação de compostos insolúveis, com o aparecimento de vômitos e/ou de diarréias ocasionados por irritação da mucosa digestiva. A intervenção do fígado, transformando uma parte das substâncias antes da passagem destas para a corrente sanguínea, pode fazer diminuir a toxicidade das mesmas.
OUTRAS VIAS:
	As vias hipodérmicas e intravenosas são raras nas intoxicações laborais, não sendo por isso consideradas no âmbito deste módulo.
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8.Acidentes no Trabalho.
Diariamente, conforme divulgado pelos diversos meios de comunicação, tais como: jornais, revistas especializadas e pela televisão, encontramos notícias, umas abrangentes, com estatísticas da situação em geral, outras mais breves, relatando as ocorrências de Acidentes no Trabalho no Brasil e no mundo.
Estas notícias descrevem e nos revelam os altos índices de Acidentes do Trabalho ocorridos no Brasil, índices estes bem acima dos índices das demais nações evoluídas do mundo.
Estes acidentes além de vitimarem a parte mais fraca da cadeia produtiva, ou seja, os trabalhadores e suas famílias causam prejuízos de grande monta à Previdência Social e à Saúde do nosso país.
· Definição Legal do Acidente no Trabalho:
* Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991;
Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.
· Art.19:
Acidente do Trabalho: é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou peloexercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
· Art.20:
Consideram-se Acidentes do Trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais, em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
§1o Não são consideradas como doença do trabalho:
a) Doença degenerativa;
b) A inerente a grupo etário;
c) Que não produza incapacidade laborativa;
d) A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§2o Em caso excepcional constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste o artigo resultou das condições especiais em que o trabalho executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
· Art.21:
Equipara-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:
a) - Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) - Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;
c) - Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) - Ato de pessoa privada do uso da razão;
e) - Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
III - A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV - O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) - Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) - Na prestação espontânea de qualquer serviço a empresa para evitar-Ihe prejuízo ou proporcionar proveito;
c) - Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos, para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) - No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§1o Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
§2o Não é considerado agravamento ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior.
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9. Normas e Princípios Básicos da Segurança do Trabalho.
No Brasil os princípios básicos da Segurança do Trabalho são ditados e orientados pelas Normas Regulamentadora – NR.
A partir das NR podemos e devemos nos guiar, verificando as diversas situações de riscos que correm nas instalações de uma empresa.
As Normas Regulamentadora – NR por sua vez apóiam-se e se relacionam com as Normas Técnicas oficiais, estabelecidas pelos órgãos competentes, como as da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e das demais Normas Técnicas existentes no mundo.
Funções Básicas:
Essencialmente, a vida do Homem transcorre, na sua maior parte, em dois tipos de ambientes:
· O ambiente ocupacional ou local de trabalho;
· O ambiente de sua comunidade.
Cada um destes ambientes possui suas características próprias e atua sobre o organismo humano, o qual procura adaptar-se às forças, aos agentes e às tensões.
Este processo de adaptação é muito lento e limitado, diante das rápidas e constantes mudanças do meio físico e do sistema de vida, o que acaba por provocar o aparecimento das doenças.
Os ambientes ocupacionais, onde o trabalhador permanece, praticamente 1/3 de cada um de seus dias, têm sido sempre considerados como potencialmente mais nocivos à saúde, do que o ambiente da comunidade.
O ambiente industrial, por exemplo, é na maioria das vezes bastante artificial. Nele são operadas máquinas perigosas; estão presentes agentes químicos potencialmente tóxicos; podendo haver excesso de ruído; temperaturas elevadas e fontes de radiação, etc. e em muitas ocasiões estas exposições atingem também a comunidade, através da poluição da água, do ar e do solo; criando graves problemas de saúde pública.
Por elementar direito de sua condição humana, tal como foi reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas), o governo de cada país têm o dever de zelar pela saúde dos seus trabalhadores.
A responsabilidade pela vida e saúde de um trabalhador deve recair sobre o trinômio ESTADO – EMPRESA – TRABALHADOR, seja porque o estado terá gastado para a recuperação do indivíduo (quando possível) ou para a sua manutenção ou de seus dependentes, quando da morte ou invalidez, seja porque a empresa perde seu investimento em qualificação e material ou porque o próprio trabalhador incapacitado terá seu futuro (e de seus dependentes) muitas vezes comprometido.
· SAÚDE OCUPACIONAL - SO:
Conforme a OIT – Organização Internacional do Trabalho e a OMS – Organização Mundial da Saúde, a Saúde Ocupacional é o ramo da saúde que tem por objetivos:
· A Promoção e Manutenção no mais alto grau do bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas suas ocupações;
· A Prevenção, entre os trabalhadores, das doenças ocupacionais causadas pelas condições inadequadas e inseguras do trabalho;
· A Proteção dos trabalhadores em seu labor, dos riscos resultantes de fatores adversos à saúde;
	A Colocação e Conservação dos trabalhadores em ambientes ocupacionais adaptados a suas aptidões fisiológicas e psicológicas;
FUNÇÕES BÁSICAS DA SAÚDE OCUPACIONAL:
* Em Higiene do Trabalho:
1 - Adoção das características físicas dos ambientes no que se refere à iluminação, ventilação, conforto térmico e conforto acústico, radiação, entre outras.
2 - Adoção de normas higiênicas sobre os poluentes do ambiente atmosférico, encontrados na empresa.
3 - Estabelecimento das características toxicológicas de todos os materiais, produtos químicos, subprodutos e resíduos da empresa, assinalando a classe de proteção necessária que deve ser utilizada.
4 - Estudo das condições da empresa, e de cada processo ou operação que apresentem risco para a saúde dos trabalhadores.
5 - Determinação quantitativa e qualitativa dos poluentes e outros agentes de doenças profissionais.
6 - Estabelecimento da relação que poderia haver entre o ambiente de trabalho e seus efeitos sobre a saúde do trabalhador.
7 - Estabelecimento de sistemas ou métodos de controle para eliminar ou minimizar as condições perigosas conhecidas.
8 - Estabelecimento de medidas que conduzam a uma periódica avaliação da efetividade dos métodos de controle utilizados.
9 - Participação nas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA).
10 - Estabelecimento e manutenção dos sistemas de controle para evitar a poluição das águas, do ar e do solo da comunidade.
11 - Estabelecimento das medidas que concorrem a uma melhor manutenção, ampliação e modificação das facilidades sanitárias em uso pelos trabalhadores.
* Em Segurança do Trabalho:
1 - Manutenção de um registro de acidentescom as estatísticas atualizadas, adotando um tipo de relatório dos acidentes que ocorrem, calculando os respectivos índices de freqüência e gravidade.
2 - Estabelecimento de um sistema de inspeção para a execução das recomendações.
3 - Investigação, discussão e informação dos acidentes ocorridos, para evitar a repetição.
4 - Estudo permanente das condições de trabalho que oferecem maior risco de acidentes, para decidir de que forma devem corrigir.
5 - Programação educativa para criação de uma consciência de segurança entre os trabalhadores.
6 - Estabelecimento de um programa preventivo e de controle no caso de incêndio.
7 - Programa de treinamento dos trabalhadores em primeiros socorros.
8 - Estabelecimento das medidas para realizar a administração e manutenção dos equipamentos de proteção individual (EPI).
9 - Estabelecimento dos programas de sinalização, dinâmica de cores e manutenção (Ordem e Limpeza).
10 - Estímulos aos trabalhadores para a apresentação de sugestões para melhoramento da segurança, premiando as idéias práticas, estabelecendo, além disso, um programa de prêmios de incentivo por recordes de segurança, e castigos, se houver recorrência de violação a determinada norma.
11 - Divulgação, através de literatura, painéis, cartazes, avisos, etc sobre segurança.
12 - Participação nas comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA).
13 - Estabelecimento de regulamentos de segurança de acordo com o tipo de industria, e adequados às exigências legais.
* Em Medicina do Trabalho:
1 - Exames Médicos Ocupacionais.
2 - Seleção e colocação dos trabalhadores de acordo com suas aptidões físicas e emocionais.
3 - Supervisão das facilidades de primeiros socorros e normas para o ensinamento dos mesmos.
4 - Participação no programa de educação sanitária.
5 - Manipulação dos casos de compensação segundo a lei.
6 - Diagnóstico e tratamento de casos de acidentes ocupacionais e não ocupacionais.
7 - Programas de imunização, e alimentação.
8 - Manutenção e estudos das estatísticas de absenteísmo e outras.
9 - Participação das comissões internas de prevenção de acidentes.
10 - Aconselhamentos à gerência da empresa em todo assunto relacionando com a saúde dos trabalhadores.
10. Algumas NRs importantes!
NR-1 Disposições Gerais:
Determina que as Normas Regulamentadora, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as empresas privadas e públicas, desde que possuam empregados celetistas.
	Determina, também, que o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST é o órgão competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades inerentes.
	Dá competência às DRT regionais, determina as responsabilidades do empregador e a responsabilidade dos empregados.
NR-2 Inspeção Prévia:
	Determina que todo estabelecimento novo deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que emitirá o CAI - Certificado de Aprovação de Instalações, por meio de modelo pré-estabelecido.
NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA: 
Todas empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, instituições beneficentes, cooperativas, clubes, desde que possuam empregados celetistas, dependendo do grau de risco da empresa e do número mínimo de 20 empregados, são obrigadas a constituir a CIPA e a manter em regular funcionamento.
Os trabalhos desenvolvidos pela CIPA são da maior importância para a segurança dos trabalhadores.
O dimensionamento da CIPA é feito conforme o Quadro I – Dimensionamento da CIPA, além da utilização do Quadro II – Agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, e do Quadro III – Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA, anexados a NR –5.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador;
A CIPA será composta de representantes da empregador e representantes dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I da NR – 5 - CIPA, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos;
Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados. 
Os representantes dos empregados titulares e suplentes serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados, com mandato de um ano e direito a uma reeleição e mais um ano de estabilidade.
A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido;
As reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas corretivas de emergência;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
c) houver solicitação expressa de uma das representações.
As principais atribuições da CIPA serão as seguintes:
a) Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos (*) com a participação do maior número de trabalhadores, com acessória do SESMT, onde houver;
b) Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;
c) Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) Realizar, periodicamente, verificações no ambiente e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
e) Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
h) Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadora, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
l) Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
m) Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
n) Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
p) Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.
· Mapa de Riscos:
	Documento explicitado na NR – 5, Das Atribuições, conf. o item 5.16, bem como, pela Portaria Número 25 de 29/12/1994. O Mapa de Risco quando bem executado é um instrumento da maior valia.
O Mapa de Riscos vem a ser um mapa constituído de uma vista em planta do ambiente de trabalho, na qual estão indicados, através de círculos coloridos, os diversos tipos de riscos existentes naquele ambiente do trabalho. Ele deve ser colocado num quadro e num lugar bem a vista de todos aqueles que trabalham naquele ambiente.
O Mapa de Risco objetiva indicar todos os riscos existentes no ambiente de trabalho, de modo a orientar, prevenir e a evitar possíveis Acidentes do Trabalho.
Os círculos coloridosindicando os riscos variam de tamanho, sendo tanto maior quanto maior a gravidade do risco indicado.
No mapa de riscos o usam-se as seguintes cores convencionais:
· Verde representa os riscos físicos;
· Vermelho os riscos químicos;
· Marrom os riscos biológicos;
· Amarelo os riscos ergonômicos;
· Azul os riscos mecânicos
NR-6 Equipamentos de Proteção Individual – EPI:
 
	
	Os EPI, Equipamentos de Proteção Individual são empregados na proteção da saúde e integridade física do trabalhador.
	As Empresas são obrigadas a fornecer aos seus empregados, gratuitamente, Equipamentos de Proteção Individual – EPI adequados aos riscos e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
	A – Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho;
B – Enquanto as medidas de proteção coletivas estivem sendo implantadas;
C – para atender as situações de emergência.
Todo equipamento deve ter o CA - Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho e Emprego e a Empresa que importa EPI também deverá ser registrada junto ao Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho, existindo para esse fim todo um processo administrativo.
	Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional e respeitando-se o disposto no item 6.2, da NR – 6, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os seguintes EPI:
I - Proteção para a cabeça:
 a) protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas;
 b) óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos, provenientes de impacto de partículas;
 c) óculos de segurança, contra respingos, para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos e metais em fusão;
 d) óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos, provenientes de poeiras;
 e) óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de radiações perigosas;
 f) máscaras para soldadores nos trabalhos de soldagem e corte ao arco elétrico;
 g) capacetes de segurança para proteção do crânio nos trabalhos sujeitos a:
 1. agentes meteorológicos (trabalhos a céu aberto);
 2. impactos provenientes de quedas, projeção de objetos ou outros;
 3. queimaduras ou choque elétrico.
 II - Proteção para os membros superiores:
Luvas e/ou mangas de proteção e/ou cremes protetores devem ser usados em trabalhos em que haja perigo de lesão provocada por:
1. materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
2. produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos, solventes orgânicos e derivados de petróleo;
3. materiais ou objetos aquecidos;
4. choque elétrico;
5. radiações perigosas;
6. frio;
 7. agentes biológicos.
III - Proteção para os membros inferiores:
a) calçados de proteção contra riscos de origem mecânica;
b) calçados impermeáveis para trabalhos realizados em lugares úmidos, lamacentos ou encharcados;
 	c) calçados impermeáveis e resistentes a agentes químicos agressivos;
d) calçados de proteção contra riscos de origem térmica;
e) calçados de proteção contra radiações perigosas;
f) calçados de proteção contra agentes biológicos agressivos;
g) calçados de proteção contra riscos de origem elétrica;
h) perneiras de proteção contra riscos de origem mecânica;
i) perneiras de proteção contra riscos de origem térmica;
j) perneiras de proteção contra radiações perigosas.
IV - Proteção contra quedas com diferença de nível:
a) cinto de segurança para trabalho em altura superior a 2 (dois) metros em que haja risco de queda;
b) cadeira suspensa para trabalho em alturas em que haja necessidade de deslocamento vertical, quando a natureza do trabalho assim o indicar;
c) trava-queda de segurança acoplada ao cinto de segurança ligado a um cabo de segurança independente, para os trabalhos realizados com movimentação vertical em andaimes suspensos de qualquer tipo.
V - Proteção auditiva
Protetores auriculares para trabalhos realizados em locais em que o nível de ruído seja superior ao estabelecido na NR 15, Anexos I e II.
VI - Proteção respiratória
	Para exposições a agentes ambientais em concentrações prejudiciais à saúde do trabalhador, de acordo com os limites estabelecidos na NR 15:
a) respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem produção de poeiras;
b) máscaras para trabalhos de limpeza por abrasão, através de jateamento de areia;
c) respiradores e máscaras de filtro químico para exposição a agentes químicos prejudiciais à saúde;
d) aparelhos de isolamento (autônomos ou de adução de ar), para locais de trabalho onde o teor de oxigênio seja inferior a 18 (dezoito) por cento em volume.
VII - Proteção do tronco:
Aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em que haja perigo de lesões provocadas por:
1. riscos de origem térmica;
2. riscos de origem radioativa;
3. riscos de origem mecânica;
4. agentes químicos;
5. agentes meteorológicos;
6. umidade proveniente de operações de lixamento a água ou outras operações de lavagem.
VIII - Proteção do corpo inteiro:
Aparelhos de isolamento (autônomos ou de adução de ar) para locais de trabalho onde haja exposição a agentes químicos, absorvíveis pela pele, pelas vias respiratórias e digestivas, prejudiciais à saúde.
IX - Proteção da pele:
Cremes protetores
Os cremes protetores só poderão ser postos à venda ou utilizados como equipamentos de proteção individual, mediante o Certificado de Aprovação - CA do Ministério do Trabalho, para o que serão enquadrados nos seguintes grupos:
a) Grupo 1 - água-resistente - são aqueles que, quando aplicados à pele do usuário, não são facilmente removíveis com água;
b) Grupo 2 - óleo-resistente - são aqueles que, quando aplicados à pele do usuário, não são facilmente removíveis na presença de óleos ou substâncias apolares;
c) Grupo 3 - cremes especiais - são aqueles com indicações e usos definidos e bem especificados pelo fabricante.
E.P.C. - Equipamento de Proteção Coletiva. 
São exemplos de EPC: Chuveiros de Emergências, detectores de tensão, varas de manobra, entre outros.
NR-7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO
	Este programa trata dos exames médicos obrigatórios para as empresas.
São eles:
· Exame admissional;
· Exame periódico;
· Exame de retorno ao trabalho;
· Exame de mudança de função;
· Exame demissional;
· Exames complementares.
Dependendo do grau de risco da empresa, ou empresas que trabalhem com agentes químicos, ruídos, radiações ionizantes, benzeno etc., a critério do médico do trabalho e dependendo dos quadros na própria NR7, bem como, na NR15, existirão exames específicos para cada risco que o trabalho possa gerar.
NR-8 Edificações
Esta norma define os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção contra a chuva, insolação excessiva ou falta de insolação. Deve-se observar também as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.
NR-9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
	Esta norma objetiva a preservação da saúde e integridade do trabalhador, através da antecipação, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes, ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em vista a proteção ao Meio Ambiente e aos Recursos Naturais.
Leva-se em conta os Agentes:
· FÍSICOS;
· QUÍMICOS;
· BIOLÓGICOS;
Além desses agentes, destacamos também:
· RISCOS ERGONÔMICOS;
· RISCOS DE ACIDENTES.
É importante manter esses dados no PPRA, a fim de as empresas não sofrerem ações de natureza civil por danos causados ao trabalhador, mantendo-se atualizados os Laudos Técnicos eo Perfil Profissiográfico Previdenciário.
O objetivo visado pela mesma é o da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente do trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
As etapas a serem seguidas no desenvolvimento do PPRA são as seguintes:
A – Antecipação e reconhecimento dos riscos;
B – Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
C – Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
D – Implantação de medidas de controle e avaliação da sua eficácia;
E – Monitoramento da exposição aos riscos;
F – Registro e divulgação dos dados.
No desenvolvimento do PPRA, em termos de apoio às atividades a serem executadas, normalmente se utilizam os recursos do SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e de Medicina do Trabalho, ou então, o apoio de pessoa ou de equipes de pessoas qualificadas, que a critério do empregador sejam capazes de desenvolver os trabalhos relativos a todas as etapas de realização previstas no PPRA.
NR – 15 - Atividades e Operações Insalubres
Considerada atividade insalubre, a exemplo da NR16 - Atividades Perigosas, quando ocorre além dos limites de tolerância, isto é intensidade, natureza e tempo de exposição ao agente, que não causará dano a saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
As atividades insalubres estão contidas nos anexos da Norma e são considerados os agentes: Ruído contínuo ou permanente; Ruído de Impacto; Tolerância para Exposição ao Calor; Radiações Ionizantes; Agentes Químicos e Poeiras Minerais.
Tanto a NR15 quanto a NR16 dependem de perícia, a cargo do médico ou do engenheiro do trabalho, devidamente credenciado junto ao Ministério do Trabalho e Emprego.
Observe-se que a LER - Lesões por Esforços Repetitivos, hoje denominada DORT.
NR – 16 - Atividades e Operações Perigosas.
Também considerada quando ocorre além dos limites de tolerância.
São as atividades perigosas àquelas ligadas a Explosivos, Inflamáveis e Energia Elétrica.
NR – 17 - Ergonomia.
Higiene, Saúde e Segurança do Trabalho - 2019 
Esta norma estabelece os parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas, máquinas, ambiente, comunicações dos elementos do sistema, informações, processamento, tomada de decisões, organização e consequências do trabalho.
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 - Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho constituem o principal grupo de problemas à saúde, reconhecidos pela sua relação laboral. O termo DORT é muito mais abrangente que o termo LER, constante hoje das relações de doenças profissionais da Previdência.
NR 18 - Condições E Meio Ambiente De Trabalho Na Indústria Da Construção
Estabelece as diretrizes de ordem administrativa e de planejamento de organização que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições, e no meio ambiente de trabalho na indústria de construção.
Primeiros Socorros Introdução ao socorro
Prof. Elzio Teobaldo da Silveira CREF 000230-G/DF 
Prof. Alexandre FachettiVaillantMoulin CREF 000008-G/DF - alfachetti@uol.com.br
Conselheiros do Conselho Regional de Educação Física da 7º Região.
Palestrantes sobre Socorros e Urgências em Atividade Física. Data da Publicação: 09/09/2003
OBJETIVOS
Conhecer os principais aspectos do comportamento e da conduta de um profissional de saúde que presta um atendimento de primeiros socorros,  Conhecer os aspectos legais do socorro, conhecer as 4 fases do socorro e saber realizar um exame primário e um secundário.
INTRODUÇÃO
Toda pessoa que estiver realizando o atendimento de primeiros socorros deve, antes de tudo, atentar para a sua própria segurança. O impulso de ajudar a outras pessoas não justifica a tomada de atitudes inconseqüentes, que acabem transformando-o em mais uma vítima.
A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de primeiros socorros. Para tanto, evite que a vítima seja exposta desnecessariamente e mantenha o devido sigilo sobre as informações pessoais que ela lhe revele durante o atendimento. 
Aspectos legais do socorro
OMISSÃO DE SOCORRO
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em "Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública."
Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único:A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte.
Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.
DIREITOS DA PESSOA QUE ESTIVER SENDO ATENDIDA
O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o direito de recusa do atendimento. 
No caso de adultos, esse direito existe quando eles estiverem conscientes e com clareza de pensamento. Isto pode ocorrer por diversos motivos, tais como crenças religiosas ou falta de confiança no prestador de socorro que for realizar o atendimento. Nestes casos, a vítima não pode ser forçada a receber os primeiros socorros, devendo assim certificar-se de que o socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima, enquanto tenta ganhar a sua confiança através do diálogo.
Caso a vítima esteja impedida de falar em decorrência do acidente, como um trauma na boca por exemplo, mas demonstre através de sinais que não aceita o atendimento, fazendo uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do prestador de socorro, deve-se proceder da seguinte maneira:
· Não discuta com a vítima.
· Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em crenças religiosas.
· Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos.
· Converse com a vítima, informe a ela que você possui treinamento em primeiros socorros, que irá respeitar o direito dela de recusar o atendimento, mas que está pronto para auxiliá-la no que for necessário.
· Arrole testemunhas de que o atendimento foi recusado por parte da vítima.
· No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deverá, se possível, arrolar testemunhas que comprovem o fato.
· O consentimento para o atendimento de primeiros socorros pode ser formal, quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, após o prestador de socorro ter se identificado como tal e ter informado à vítima de que possui treinamento em primeiros socorros, ou implícito, quando a vítima esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou sinalizar consentindo com o atendimento. Neste caso, a legislação infere que a vítima daria o consentimento, caso tivesse condições de expressar o seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros.
· O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do mesmo modo, a legislação infere que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso estivessem presentes no local.
As fases do socorro
AVALIAÇÃO DO AMBIENTE 
A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos primeiros socorros. Se houver algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado.Nesta fase, verifica-se também a provável causa do acidente, o número de vítimas e a gravidade das mesmas e todas as outras informações que possam ser úteis para a notificação do acidente. Proceda da seguinte forma: 
a. Mantenha a vítima deitada, em posição confortável, até certificar-se de que a lesão não tem gravidade;
b. Investigue particularmente a existência de hemorragia, envenenamento, parada respiratória, ferimentos, queimaduras e fraturas;
c. Dê prioridade ao atendimento dos casos de hemorragia abundante, inconsciência, parada cardiorrespiratória, estado de choque e envenenamento, pois EXIGEM SOCORRO IMEDIATO.
d. Verifique se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver inconsciente ou semiconsciente. Havendo hemorragia por um ou ambos os ouvidos, ou pelo nariz, PENSE em fratura de crânio;
e. Não dê líquidos a pessoas inconscientes;
f. Recolha, em caso de amputação, a parte seccionada, envolva-a em um pano limpo para entrega IMEDIATA ao médico;
g. Certifique-se de que qualquer providência a ser tomada não venha a agravar o estado da vítima;
h. Chame o médico ou transporte a vítima, SE NECESSÁRIO. Forneça as seguintes informações: 
Local, horário e condições em que a vítima foi encontrada;
Quais os Primeiros Socorros a ela prestados.
i. Inspire confiança - EVITE O PÂNICO
j. Comunique a ocorrência a autoridade policial local.
SOLICITAÇÃO DE AUXÍLIO
Solicite se possível a outra pessoa que peça auxílio chamando o socorro especializado comunicando a provável causa do acidente, o número de vítimas, a gravidade das mesmas e todas as outras informações que ele precisar. Estas informações você terá obtido anteriormente, durante a fase de avaliação do ambiente.
SINALIZAÇÃO 
Efetuar, sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência de novos acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer objeto que chame a atenção de outras pessoas para o cuidado com o local, na falta destes recursos, pode-se pedir para que uma pessoa fique sinalizando a uma certa distância. 
ATENDIMENTO 
Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer. Manter o autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima. Procure expressar segurança e confiança no que faz. 
No atendimento, a pessoa que estiver prestando os primeiros socorros deve realizar os dois exames básicos: exame primário e exame secundário. 
EXAME PRIMÁRIO 
O exame primário consiste em verificar: 
· se a vítima está consciente;
· se a vítima está respirando;
· se as vias aéreas estão desobstruídas;
· se a vítima apresenta pulso. 
Este exame deve ser feito em 2 minutos ou menos. Se a vítima não estiver respirando, mas apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento.
SOLICITAÇÃO DE AUXÍLIO
Solicite se possível a outra pessoa que peça auxílio chamando o socorro especializado comunicando a provável causa do acidente, o número de vítimas, a gravidade das mesmas e todas as outras informações que ele precisar. Estas informações você terá obtido anteriormente, durante a fase de avaliação do ambiente.
SINALIZAÇÃO 
Efetuar, sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência de novos acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer objeto que chame a atenção de outras pessoas para o cuidado com o local, na falta destes recursos, pode-se pedir para que uma pessoa fique sinalizando a uma certa distância. 
ATENDIMENTO 
Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer. Manter o autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima. Procure expressar segurança e confiança no que faz. 
No atendimento, a pessoa que estiver prestando os primeiros socorros deve realizar os dois exames básicos: exame primário e exame secundário. 
EXAME PRIMÁRIO 
O exame primário consiste em verificar: 
· se a vítima está consciente;
· se a vítima está respirando;
· se as vias aéreas estão desobstruídas;
· se a vítima apresenta pulso. 
Este exame deve ser feito em 2 minutos ou menos. Se a vítima não estiver respirando, mas apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento.
EXAME SECUNDÁRIO
Consiste na verificação de: 
Avaliar o nível de consciência. 
Escala de Coma de Glasgow.
Avaliar os 4 sinais vitais:
pulso. 
respiração. 
pressão arterial (PA), quando possível. 
temperatura. 
Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos: 
· tamanho das pupilas;
· enchimento capilar (perfusão sangüíneas das extremidades);
· cor da pele.
Realizar o exame físico na vítima:
pescoço; 
cabeça; 
tórax; 
abdômen; 
pelve; 
membros Inferiores; 
membros Superiores; 
dorso. 
O que o prestador de primeiros socorros deve observar ao avaliar o pulso e a respiração
Pulso:
· Freqüência: É aferida em batimentos por minuto, podendo ser normal, lenta ou rápida.
· Ritmo: É verificado através do intervalo entre um batimento e outro. Pode ser regular ou irregular.
· Intensidade: É avaliada através da força da pulsação. Pode ser cheio (quando o pulso é forte) ou fino (quando o pulso é fraco).
Respiração:
· Freqüência: É aferida em respirações por minuto, podendo ser: normal, lenta ou rápida.
· Ritmo: É verificado através do intervalo entre uma respiração e outra, podendo ser regular ou irregular.
· Profundidade: Deve-se verificar se a respiração é profunda ou superficial.
Remoção do Acidentado
A remoção da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer da pessoa prestadora de primeiros socorros o MÁXIMO DE CUIDADO E CORRETO DESEMPENHO.
ANTES DA REMOÇÃO:
TENTE controlar a hemorragia.
INICIE a respiração de socorro.
EXECUTE a massagem cardíaca externa.
IMOBILIZE as fraturas.
EVITE o estado de choque, se NECESSÁRIO.
Para o transporte da vítima podemos utilizar meios habitualmente empregados - maca ou padiola, ambulância, helicóptero ou de RECURSOS IMPROVISADOS:
Ajuda de pessoas.
Maca.
Cadeira.
Tábua.
Cobertor.
Porta ou outro material disponível.
COMO PROCEDER
Vítima consciente e podendo andar:
Remova a vítima apoiando-a em seus ombros.
Vítima consciente não podendo andar:
Transporte a vítima utilizando dos recursos aqui demonstrados, em casos de:
- Fratura, luxações e entorses de pé.
- Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores.
- Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros.
Vítima inconsciente:
Como levantar a vítima do chão SEM AUXÍLIO DE OUTRA PESSOA:
Como levantar a vítima do chão COM A AJUDA DE UMA OU MAIS PESSOAS
Vítima consciente ou inconsciente:
Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante:
Como Remover Vítima de Acidentados Suspeitos de Fraturas de Coluna e Pelve:
- Utilize uma SUPERFÍCIE DURA - porta ou tábua (maca improvisada).
- Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local encontrado até a maca.
- Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.
Como Remover Acidentado Grave Não Suspeito de Fratura de Coluna Vertebral ou Pelve, Em Decúbito Dorsal:
- Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.;
IMPORTANTE:
EVITE paradas e freadas BRUSCAS do veículo, durante o transporte;
PREVINA-SE contra o aparecimento de DANOS IRREPARÁVEIS ao acidentado, movendo-o o MENOS POSSÍVEL
SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na remoção de acidentado grave.
NÃO INTERROMPA, em hipótese alguma, a RESPIRAÇÃO DE SOCORRO e a MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA ao transportar o acidentado.
Lesões Musculares
CONTUSÃO 
Lesão produzida nos tecidos por uma pancada, sem que haja rompimento da pele.
COMO SE MANIFESTA 
Dor e edema (inchaço) no local.
COMO PROCEDER 
Evite movimentar a região atingida e aplique compressas frias ou saco de gelo no local atingido.
Procure o

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