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Higiene no trabalho I
Radiações relacionadas 
ao trabalho
Bloco 1
Flávio Augusto Carraro
Radiação 
• Diferenciar os tipos de radiação e suas principais características. 
• Entender os efeitos das radiações sobre o corpo humano em atividades 
laborais relacionadas a esse agente de risco.
• Correlacionar os tipos de radiações e suas características com medidas de 
prevenção e proteção individual. 
Radiação
• Ondas – manifestação eletromagnética (alternâncias entre ciclos elétricos e magnéticos) na Segurança 
no Trabalho: 
Radiações não ionizantes: energia com capacidade de provocar excitações no nível da eletrosfera do 
átomo. 
Radiações ionizantes: energia capaz de modificar a estrutura do átomo, gerando íons e o rearranjo 
molecular.
Fonte: SasinParaksa/iStock.com. Fonte: stockdevil/iStock.com. 
Figura 1 – Exemplo de radiações não ionizantes Figura 2 – Exemplo de radiações não ionizantes
https://www.istockphoto.com/br/portfolio/SasinParaksa?mediatype=photography
https://www.istockphoto.com/br/portfolio/stockdevil?mediatype=photography
Espectro eletromagnético e comportamento de onda 
Velocidade de propagação: 3 x108 m/s (vácuo).
Espectro eletromagnético: 103 a 10-13.
Espectro visível: de 106 a 1022.
Figura 4 – Onda eletromagnética
Onda de rádio Micro-ondas Infravermelho Ultra-
violeta
Raio-X Raio-gama
Espectro visível 
Comprimento de onda do espectro visível 
Fonte: pop_jop/ iStock.com. 
Figura 3 – Espectro das ondas
Fonte: VectorMine/iStock.com. 
Fonte
Campo Elétrico
Campo 
Elétrico
Figura 6 – Relação entre célula, moléculas e átomos
Fonte: adaptada de CNEN ([s.d.]).
Células > Moléculas > Átomos
Radiações não ionizantes: potencializam a energia a 
transferências de elétrons nas eletrosferas do átomo.
Radiação ionizantes: íon gerado por ação da radiação 
pela transferência de elétrons entre elementos 
químicos (cátions e ânions).
Figura 5 – Estrutura eletricamente
Fonte: adaptada de CNEN ([s.d.]).
Organização do corpo humano em nível atômico e molecular
Átomos Carbono, Oxigênio, Nitrogênio, Hidrogênio
Moléculas Água, oxigênio, carbono, açúcares, lipídeos, proteínas, ácidos 
nucleicos, nucleotídeos, ácidos graxos etc.
Substâncias Processadas a partir da interação do meio
Estruturas 
subcelulares
Sistemas de membranas, hialoplasma, retículo endoplasmático, 
complexo de Golgi, lisossomos, mitocôndrias, cromossomos, núcleo, 
nucléolo etc. 
Células Epiteliais, conjuntivas, musculares, nervosas, hepáticas, linhagem 
sanguínea, gametas etc.
Tecidos Tecido epitelial (epiderme, derme, tecido glandular); Tec. conjuntivo 
(cartilaginoso e ósseo); Tec. muscular (liso, estriado, cardíaco); tec. nervoso etc.
Órgãos Cérebro, estômago, intestino, pulmão, coração, fígado, rim, 
pâncreas, ovário, testículo, suprarrenais, tireoide etc. 
Sistemas Nervoso, digestivo, respiratório, circulatório, excretor, reprodutor.
Indivíduos Manifestação das consequências das alterações bioquímicas por 
meio do aparecimento de doenças motivadas pela radiação.
Tabela 1 – Níveis da matéria e corpo humano
Fonte: adaptada de CNEN ([s.d.]).
Tabela 2 – Composição aprox. corpo humano
Material % de moléculas % em peso
H2O 97,9 60
Proteínas 0,01 17
Gorduras 0,5 15
Osso mineral 0,98 4
Sais 0,5 1
Glicogênio 0,0001 2
Carboidratos 0,015 1
Fonte: adaptada de CNEN ([s.d.]).
Exemplificação da divisão celular e impacto no DNA
Fonte: Christoph Burgstedt/iStock.com.
Figura 7 – Quebras das cadeias de 
moléculas dentro do cromossomo
Fonte: Aldona/iStock.com.
Figura 8 – Divisão celular 
• DNA, proteínas associadas e atividade enzimática sofrem 
interferência da radiação, inibindo ou sintetizando de modo errado e 
gerando reação em cadeia na divisão celular.
Radiação e Proteínas 
• Trechos do DNA responsáveis pela codificação de 
proteínas  gene.
• Conjunto de genes de uma célula  genoma.
• As proteínas desempenham um papel fundamental nos 
seres vivos. Entram na constituição de praticamente 
todas as estruturas celulares e são responsáveis por 
praticamente todo o trabalho realizado dentro das 
células. 
• A produção de proteínas, como enzimas, hormônios, 
anticorpos, proteínas estruturais etc., está diretamente 
ligada à existência de genes específicos, incorporados ao 
material genético das células e em seu processo de 
divisão celular.
Radiações relacionadas 
ao trabalho
Bloco 2
Flávio Augusto Carraro
Efeitos no corpo humano: radiações não ionizantes
Figura 10 – Símbolo adv. de radiação não ionizante
Fonte: alessandro0770/iStock.com.
Radiação UVA, UVB e UVC: depressão imunológica, fotoenvelhecimento, 
pele, olhos, além de causar lesões oculares, como ceratoconjuntivite, 
pterígio e catarata.
UVA-I 
(340 a 400 nm) 
Possui a maior 
profundidade de 
penetração na 
pele e pode 
induzir câncer.
UVA-II 
(315 a 340 nm)
Possui potencial 
para causar 
eritemas, alterar 
o sistema imune 
e causar câncer.
UVB 
(315 a 280 nm)
Também conhecida 
como luz eritema-
togênica, por causar 
eritema 
(queimadura na 
pele)
UVC 
(280 a 100 nm)
É conhecida por 
luz germicida, 
por ser capaz de 
destruir os 
germes
Figura 9 – Tipos de radiações não ionizante e seus efeitos
Fonte: elaborada pelo autor.
Efeitos no corpo humano: radiações não ionizantes
Figura 12 – Símbolo de adv. de radiação óptica
Fonte: alessandro0770/iStock.com.
Infravermelho: 
(700 nm a 
1400 nm) 
Atravessa o cristalino 
do olho e chega até 
a retina
Estocoma (mancha 
no campo visual) 
Longas exposições 
podem causar 
catarata.
Luz visível de 
alta intensidade:
(380 nm – violeta 
a 750 nm –
vermelho). 
Intensidade da luz 
visível; se for muito 
alta, passa pela 
córnea e pelo 
cristalino e é 
focalizada na retina. 
Laser: 
é uma fonte 
intensa, coerente 
e direcional de 
radiação óptica.
Intensidade, do 
comprimento de 
onda, da duração da 
exposição e da parte 
do corpo afetada.
Figura 11 – Radiações ópticas
Fonte: elaborada pelo autor.
Efeitos no corpo humano: radiações não ionizantes
Micro-ondas
Acima de 10 GHz: 
absorvidas na parte 
superficial da pele.
Entre 10 e 3 GHz: 
penetram de 1 a 
10 mm na pele. 
Entre 1,2 e 
0,15 GHz: penetram 
nos tecidos 
profundos e nos 
órgãos. 
Abaixo de 0,15 GHz: 
afetam órgãos 
internos, por meio do 
calor produzido, e 
causam danos antes 
que a pessoa perceba 
o aquecimento. 
Interferência no 
sistema nervoso 
central e problemas 
em marca-passo 
cardíaco (interferências 
no pulso elétrico). 
Figura 13 – Micro-ondas e seus efeitos 
Fonte: elaborada pelo autor.
Efeitos no corpo humano: radiações ionizantes
Fonte:-1001-/iStock.com.
Figura 15 – Símbolo de adv. de radiação ionizante
Raio-X e Raios Gama
Efeitos diretos 
(mecanismo direto):
Interferência direta no DNA, 
gerando distorções na divisão 
celular.
Efeitos indiretos 
(mecanismo indireto):
Age na solução água (70% das 
células são compostas por 
H2O) e pela quebra da 
molécula gera radicais livres 
(hidroxila – OH/ peróxido de 
hidrogênio H2O2) REATIVOS, 
interferindo na composição 
de novas moléculas típicas da 
atividade celular.
Figura 14 – Raio-X, raios gama e seus efeitos 
Fonte: elaborada pelo autor.
https://www.istockphoto.com/br/portfolio/-1001-?mediatype=illustration
Efeitos no corpo humano: radiações ionizantes
Figura 16 – Consequências da irradiação da molécula de DNA
Fonte: adaptada de CNEN ([s.d.]).
Radiações ionizantes – Renovação celular e hereditariedade
Figura 17 – Esquema representando a 
produção de células sanguíneas com 
destaque para a multiplicação celular e 
diferenciação
Fonte: adaptada de CNEN ([s.d.]).
Figura 18 – Esquema do ciclo do 
desenvolvimento humano 
Fonte: adaptada de CNEN ([s.d.]).
Radiação ionizantes – Exemplo de doses e efeitos 
Forma Dose 
absorvida Sintomatologia
Infraclínica
Inferior a 
1 Gy Ausência de sintomatologia na maioria dos indivíduos.
Reações gerais 
leves
1-2 Gy
Astenia, náuseas, vômitos (3 a 6 h após a exposição;sedação em 24 h).
Hematopoiética 
leve
2-4 Gy Função medular atingida: linfopenia, leucopenia trombopenia, anemia; 
recuperação em 6 meses.
Hematopoiética 
grave
4-6 Gy
Função medular gravemente atingida.
DL50 4-4,5 Gy Morte de 50% dos indivíduos irradiados.
Gastrointestinal
6-7 Gy
Diarreia, vômitos, hemorragias; morte em 5 ou 6 dias.
Pulmonar 8-9 Gy Insuficiência respiratória aguda, coma e morte entre 14 e 36 h.
Cerebral
superior a 
10 Gy Morte em poucas horas por colapso.
A unidade de dose absorvida é o Gray (Gy). A dose média de radiação natural absorvida pela população mundial é de 
2,6 Gy x 10-3 x ano-1 , isso é, 2,6 mGy por ano.
Tabela 3 – Efeitos de uma radioexposição aguda em um adulto
Fonte: adaptada de CNEN ([s.d.]).
Radiação ionizantes – Exemplo de doses e efeitos 
DOSE ABSORVIDA (Gy) SINTOMATOLOGIA
>4 Epilação temporária (perda de pelos).
16 a 20 Epilação definitiva (perda de pelos).
6 a 12
Radiodermite eritematosa: manifesta-se oito dias após a exposição por 
dor e vermelhidão; frequentemente substituída por pigmentação 
acentuada.
16 a 20
Radiodermite exudativa (bolhas, lesões): regride em 5 ou 6 semanas.
25
Radiodermite e radionecrose: manifesta-se por um eritema precoce, 
dor e exudação; o processo evolui para uma ulceração do tecido.
2
Catarata: quanto maior a dose, maior a velocidade do estabelecimento 
do processo; conjuntivite aguda de pouca gravidade.
0,3 Esterilidade temporária do homem.
5 Esterilidade definitiva do homem.
3 Esterilidade temporária da mulher
6-8 Esterilidade definitiva da mulher.
Tabela 4 – Exposições agudas localizadas
Fonte: adaptada de CNEN ([s.d.]).
Radiações relacionadas 
ao trabalho
Bloco 3
Flávio Augusto Carraro
Radiações – Insalubridade e periculosidade
Insalubridade 
• Quantitativamente determinada por limites de tolerância.
• Mensurável e dentro de uma faixa de exposição (intensidade máxima ou 
mínima).
• Natureza e tempo de exposição ao agente.
• Se dentro dos parâmetros normativos, menor impacto na saúde, 
considerando vida laboral.
Periculosidade
• Avaliação qualitativa (não pode ser mensurada) e inerente à natureza da 
condição de perigo.
• Associado à probabilidade de ocorrência de um evento.
• Risco iminente (danos ou mesmo a morte o trabalhador). 
Figura 19 – Conceitos de insalubridade e periculosidade 
Fonte: elaborada pelo autor.
Abordagem crítica
Observar:
Laudo pericial – Jurisprudência
Judicialmente: não há ainda um 
consenso de enquadramento da 
exposição à radiação ionizante.
Da NR 15 – Ativ. Op. 
Insalubres e CNEN-NE-3.01-
Diretrizes Básicas para 
Radioproteção
• Quantitativamente 
estabelecidos os valores, 
possuem intensidades, 
determinísticas quanto ao 
enquadramento da 
insalubridade.
• Características de 
manifestação da onda são 
mensuráveis. 
• Efeitos na saúde do 
trabalhador estarão 
diretamente ligados à 
intensidade e ao tempo de 
exposição.
• Medidas protetivas –
limites de tolerâncias 
normativamente 
estabelecidos.
Da NR 16 – Atividades e 
operações perigosas 
• Descritivo de atividades, 
sem colocar quais são as 
condições limites de 
exposição.
• Qualitativamente 
estabelecidos, não 
possuem parâmetros 
numéricos.
NR 32 – Segurança e saúde 
no trabalho em serviços de 
saúde. 
• Item 32.4 Das Radiações 
Ionizantes – Comissão 
Nacional de Energia 
Nuclear (CNEN) e da 
Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária 
(ANVISA), do Ministério da 
Saúde. 
Figura 20 – Insalubridade e periculosidade pelas NRs 
Fonte: elaborada pelo autor.
Normas e jurisprudência 
• Anexo 5 da NR 15 – Atividades de Operações Insalubres (atualizado pela Portaria MTb 
n. 1.084/2018).
• Norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN-NE-3.01 – Diretrizes Básicas 
para Radioproteção.
• Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária n. 453/1988.
• NHO-05 – Avaliação de exposição ocupacional aos raios-X nos serviços de radiologia.
• NR 16 – Atividades e operações perigosas (última atualização: Portaria SEPRT n. 
1.357/2019), cujo anexo ainda se encontra sem nome, mas adotado pela Portaria MTE 
n. 518/2003 e inserido pela Portaria MTE n. 595/2015.
• NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. 
Radiações ionizantes 
�Anexo 7 da NR-15 - Atividades de Operações Insalubres.
Radiações não ionizantes 
Figura 21 – Normas relacionadas à radiação 
Fonte: elaborada pelo autor.
Adicional de insalubridade de acordo com a NR 15 
ANEXO N. 5 – RADIAÇÕES IONIZANTES 
•Nas atividades ou operações em que trabalhadores possam ser expostos a radiações 
ionizantes, os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e os controles básicos 
para a proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos 
causados pela radiação ionizante são os constantes da Norma CNEN-NN-3.01: Diretrizes 
Básicas de Proteção Radiológica. 
ANEXO N. 7 – RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
• “1. Para os efeitos desta norma, são radiações não-ionizantes as micro-ondas, 
ultravioletas e laser. 
• 2. As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não-
ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência 
de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. 
• 3. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz 
negra (ultravioleta na faixa - 400 - 320 nanômetros) não serão consideradas 
insalubres.” 
Adicional de insalubridade 
a nível máximo acima do 
limite de tolerância, 
embora qualquer dose de 
radiação possa ser 
prejudicial à saúde.
Figura 22 – Anexos 7 e 5 – Descrição literal que consta na norma 
Fonte: adaptada de Brasil (1978c).
NHO 05 – Avaliação da exposição ocupacional ao Raio-X
Referências:
• CNEN-NE-3.01 – Diretrizes Básicas para Radioproteção. 
• Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária n. 453 (BRASIL, 1998).
•Definições, símbolos, siglas e unidades
Procedimentos de avaliação (metodologia – válida no Brasil)
Relatório
Anexos 
- Características técnicas dos 
equipamentos de Raio-X.
- Folha para esboço do 
croqui da sala. 
- Descrição das áreas.
- Medidas no exterior da 
sala. 
- Medidas de radiação de 
fuga do cabeçote.
Figura 23 – Consonância de conteúdos para observação da CNEN-NE-3.01 
Fonte: elaborada pelo autor. 
Norma CNEN NN 3.01 e normas complementares (ionizantes)
a) PR-3.01/001: Critérios Exclusão, Isenção e Dispensa Requisitos Proteção Radiológica. 
b) PR-3.01/002: Fatores Ponderação p/ Grandezas de Proteção Radiológica. 
c) PR-3.01/003: Coeficientes de Dose para Indivíduos Ocupacionalmente Expostos. 
d) PR-3.01/004: Restrição de Dose, Níveis de Referência Ocupacionais e Classificação de Áreas. 
e) PR-3.01/005: Critérios p/ Cálculo Dose Efetiva a partir Monitoração Individual. 
f) PR-3.01/006: Medidas de Proteção e Critérios de Interv. Situações Emergência. 
g) PR-3.01/007: Níveis de Intervenção e de Ação para Exposição Crônica. 
h) PR-3.01/008: Programa de Monitoração Radiológica Ambiental. 
i) PR-3.01/009: Modelo p/ Elaboração de Relatórios de Progr. Monitoração Radiológica Ambiental. 
j) PR-3.01/0010: Níveis de Dose para Notificação à CNEN. 
l) PR-3.01/0011: Coef. Dose para Exposição do Público. 
(CNEN, 2014)
Ações preventivas
• Pressuposto: exposição à radiação (ionizante e não ionizante).
• Capacitação e treinamento (conhecimento das normas).
• Medidas administrativas. 
• Sinalização. 
• Adoção de EPC.
Teoria em Prática
Bloco 4
Flávio Augusto Carraro
Reflita sobre a seguinte situação
Um grupo de médicos resolveu montar um centro de diagnóstico por 
imagem e contratou você, pois busca evitar o surgimento de passivos 
trabalhistas e paramentar documentalmente o novo empreendimento com 
atendimento às exigências normativas quanto à segurança no trabalho. Na 
primeira reunião, pediram algumas informações com os seguintes 
questionamentos: 
Reflita sobre a seguinte situação
1. Quais são as normas e legislações, do ponto de vista da segurança no 
trabalho, que devem ser consideradas para que o empreendimento 
tenha consonância com as normase os requisitos de segurança?
2. É necessário algum programa de gerenciamento de risco específico para 
a questão da radiologia? Algo parecido com o PGR? É necessário algum 
contato ou aprovação por órgão específico para início das operações do 
empreendimento do ponto de vista da segurança no trabalho? 
3. Devemos seguir algum conteúdo em específico, protocolo de segurança 
ou rotina?
Reflita sobre a seguinte situação
4. Quais são as responsabilidades e obrigações do empregado e do 
empregador?
5. Há alguma outra norma além da NR 15 e da NR 16 que precisamos 
consultar em relação à temática da segurança no trabalho? 
6. Existe alguma exigência quanto ao monitoramento das radiações 
ionizantes?
7. Quanto à estrutura física, o que seguir como diretivas para a adequação 
da edificação?
Norte para a resolução... (NR 32)
1. Quais são as normas e legislações, do ponto de vista da segurança no trabalho, que 
devem ser consideradas para que o empreendimento tenha consonância com as 
normas e os requisitos de segurança?
Radiações ionizantes 
• Anexo 5 da NR-15 – Atividades de Operações Insalubres. 
• CNEN-NE-3.01– Diretrizes Básicas para Radioproteção. 
• Portaria da Secr. de Vig. Sanitária n. 453/1988. 
• NHO-05 – Aval. Exposição Ocup. Raios-X nos serviços de radiologia. 
• NR 16 – Atividades e operações perigosas. 
• NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em serv. saúde. 
• Obs. Item 32.4 – Das Radiações Ionizantes. 
Radiações não ionizantes 
• Anexo 7 da NR 15. 
Norte para a resolução... (NR 32)
2. É necessário algum programa de gerenciamento de risco específico para 
a questão da radiologia? Algo parecido com o PGR? É necessário algum 
contato ou aprovação por órgão específico para início das operações do 
empreendimento do ponto de vista da segurança no trabalho? 
A NR 32 tem por exigência nos itens: 
32.4.1 – Obrigatoriedade de atender às disposições específicas.
CNEN e ANVISA, do Ministério da Saúde. 
32.4.2 – Manter no local de trabalho/ inspeção trabalho 
Plano de Proteção Radiológica (PPR). 
Aprovado pela CNEN e ANVISA 
Norte para a resolução... (NR 32)
3. Devemos seguir algum conteúdo em específico, protocolo de segurança ou rotina?
32.4.2.1 – O Plano de Proteção Radiológica: 
“a) estar dentro do prazo de vigência; 
b) identificar o profissional responsável e seu substituto eventual como membros efetivos 
da equipe de trabalho do serviço; 
c) fazer parte do PGR do estabelecimento; 
d) ser considerado na elaboração e implementação do PCMSO; 
e) ser apresentado na CIPA, quando existente na empresa, sendo sua cópia anexada às atas 
desta comissão”. (BRASIL, 1978e).
Norte para a resolução... (NR 32)
4. Quais são as responsabilidades e obrigações do empregado e do empregador?
A NR 32 tem por exigência nos itens: 
32.4.6 – Cabe ao empregador: 
“a) proteção coletiva relacionadas aos riscos radiológicos; 
b) manter profissional habilitado, responsável pela proteção radiológica em cada área específica, com vinculação formal com 
o estabelecimento; 
c) promover capacitação em proteção radiológica, inicialmente e de forma continuada, para os trabalhadores 
ocupacionalmente e para-ocupacionalmente expostos às radiações ionizantes; 
d) manter no registro individual do trabalhador as capacitações ministradas; 
e) fornecer ao trabalhador, por escrito e mediante recibo, instruções relativas aos riscos radiológicos e procedimentos de 
proteção radiológica adotados na instalação radiativa;
f) dar ciência dos resultados das doses referentes às exposições de rotina, acidentais e de emergências, por escrito e 
mediante recibo, a cada trabalhador e ao médico coordenador do PCMSO ou médico encarregado dos exames médicos 
previstos na NR-07” (BRASIL, 1978e).
Norte para a resolução... (NR 32)
“A NR 32 tem por exigência nos itens: 
32.4.7 Cada trabalhador da instalação radiativa deve ter um registro individual atualizado:
(....)
d) funções associadas às fontes de radiação com as respectivas áreas de trabalho, os riscos 
radiológicos a que está ou esteve exposto, data de início e término da atividade com radiação, 
horários e períodos de ocupação; 
(…); 
f) registro de doses mensais e anuais (doze meses consecutivos) recebidas e relatórios de 
investigação de doses;
g) capacitações realizadas;
(...)
j) exposições ocupacionais anteriores a fonte de radiação.” (BRASIL, 1978e)
Norte para a resolução... (NR 32)
5. Há alguma outra norma além da NR 15 e da NR 16 que precisamos consultar em 
relação à temática da segurança no trabalho? 
“As áreas da instalação radiativa devem estar devidamente sinalizadas em conformidade com a 
legislação em vigor, em especial quanto aos seguintes aspectos:
a) (…)símbolo internacional (…); 
b) (…) fontes presentes nestas áreas e seus rejeitos devem ter as suas embalagens, recipientes ou 
blindagens identificadas (…) 
c) valores das taxas de dose e datas de medição em pontos de referência significativos, (…) o 
disposto no PPR; 
d) (…) de vias de circulação, entrada e saída (…) situações de emergência; (…) 
f) procedimentos a serem obedecidos em situações de acidentes ou de emergência; 
g) sistemas de alarme.” (BRASIL, 1978e)
Norte para a resolução... (NR 32)
6. Quanto a estrutura física o que seguir como diretivas para adequação da 
edificação ?
“32.4.9.2 O serviço de proteção radiológica deve possuir, de acordo com o 
especificado no O Plano de Proteção Radiológica , equipamentos para: 
a) monitoração individual dos trabalhadores e de área; 
b) proteção individual; 
c) medições ambientais de radiações ionizantes específicas para práticas de 
trabalho.” (BRASIL, 1978e)
Dica do Professor
Bloco 5
Flávio Augusto Carraro
Dica do Professor 
Indicação 1 
• Canal no YouTube: MARIO PAULO PERITO Saúde Segurança Trabalho – segurança e saúde no trabalho
• Vídeo: Videoaula – 6 Riscos físicos RADIAÇÕES – Parte 1– NÃO IONIZANTES.
Indicação 2 
• Canal no YouTube: MARIO PAULO PERITO Saúde Segurança Trabalho – segurança e saúde no trabalho.
• Vídeo: Videoaula –7 Riscos físicos RADIAÇÕES – Parte 2– IONIZANTES.
Indicação 3
• Procurar no site da CNEN: Apostila educativa – radiações ionizante e a vida.
https://www.youtube.com/watch?v=Jqftip1TyhI
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 453, de 1 de junho de 1998. Aprova o Regulamento Técnico que 
estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica [...]. Brasília: MS, 1998. Disponível em: 
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/NEVS/Servi%C3%A7os%20de%20sa%C3%BAde%20e%20de%20interesse/
portaria453.pdf. Acesso em: 5 abr. 2020.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Anexo 5 da NR 15. Portaria n. 3.214, de 8 de junho de 1978a. 
Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf. 
Acesso em: 5 abr. 2020.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Anexo 7 da NR 15. Portaria n. 3.214, de 8 de junho de 1978b. 
Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf. 
Acesso em: 5 abr. 2020.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. Portaria MTb n. 3.214, 
de 8 de junho de 1978c. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-
15-atualizada-2019.pdf. Acesso em: 29 fev. 2020.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 16 – Atividades e operações perigosas. Portaria n. 3.214, de 08 
de junho de 1978d. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-16-
atualizada-2019.pdf. Acesso em: 5 abr. 2020.
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/NEVS/Servi%C3%A7os%20de%20sa%C3%BAde%20e%20de%20interesse/portaria453.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-16-atualizada-2019.pdf
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviçosde 
Saúde. Portaria n. 3.214, de 08 de junho de 1978e. Disponível em: 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-32.pdf. Acesso em: 10 dez. 
2020.
CNEN. Comissão Nacional de Energia Nuclear. Apostila educativa – Radiações Ionizantes e a vida.
Rio de Janeiro: CNEN, [s.d.]. Disponível em: https://www.gov.br/cnen/pt-br/material-divulgacao-
videos-imagens-publicacoes/copy_of_radiacoesionizantes.pdf. Acesso em: 10 dez. 2020. 
CNEN. Comissão Nacional de Energia Nuclear. Norma 3.01 – Diretrizes Básicas de Proteção 
Radiológica. Rio de Janeiro: CNEN, 2014. Disponível em: 
http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm301.pdf. Acesso em: 5 abr. 2020.
GRONCHI, C. C.; GOMES, R. S.; CECATTI, S. G. P. NHO 05 – Avaliação de exposição ocupacional aos 
raios X nos serviços de radiologia. São Paulo: Fundacentro, 2001. 
SALIBA, T. M. Curso básico de segurança e higiene ocupacional. 4. ed. São Paulo: LTr, 2011. 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-32.pdf
https://www.gov.br/cnen/pt-br/material-divulgacao-videos-imagens-publicacoes/copy_of_radiacoesionizantes.pdf
http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm301.pdf
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