Higiene do trabalho_Slides 06

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Higiene do trabalho I
Vibração ocupacional 
Bloco 1
Flávio Augusto Carraro
Vibração ocupacional 
• Elucidar aspectos essenciais referentes aos fenômenos de ondas e o que 
dever ser analisado diante de casos de vibração ocupacional.
• Diferenciar pontos de relevância na observação de Vibrações de Mãos e 
Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI).
• Estabelecer critérios para a caracterização da condição de trabalho 
insalubre decorrente da exposição às VMB e VCI.
Conceituando a vibração
• Interação: Homem versus Máquinas. 
• Veículos (Combustão).
• Ferramentas (eletromecânicas/ 
pneumáticos).
• Energia potencial/ elétrica -> energia 
cinética.
• Movimentos oscilatórios. 
• Vibração = Ondas mecânicas.
• Perturbação. 
• Efeitos vibrações: intermitência de uso, 
intensidade dos movimentos e tempo de 
exposição.
Fonte: HMVart/iStock.com. Fonte: Yeongsik Im/iStock.com.
Figura 1 – VMB Figura 2 – VCI
Vibração e ondulatória
• Ciclos por segundo – Hertz 
(Hz)/ Frequência: 
movimentos oscilatórios.
• > Frequência > Vibração.
• < Frequência < Vibração.
• Pico a pico: indica os 
percursos máximo da onda; o 
deslocamento máximo gerará 
tensão máxima sobre o 
trabalhador ou o ambiente 
que o circunda.
Pico
RMSMédia
Pico a
pico
T/2
Tempo (s)
Amplitude
T
Figura 3 – Características da onda
Fonte: elaborada pelo autor.
Vibração e ondulatória
Média: histórico do tempo na onda; 
tem importância qualitativa para a 
observação do comportamento da 
onda, mas do ponto de vista prático 
não se correlaciona a nenhuma 
grandeza de manifestação física que 
tenha efeitos sobre o ser humano.
Aceleração RMS: é uma medida de 
nível relevante; fornece a grandeza de 
energia dissipada pela onda, ou seja, é 
a capacidade “destrutiva” da onda, e, 
logo, influente sobre o trabalhador.
Velocidade: 
𝑉𝑉 = 𝑆𝑆2−𝑆𝑆1
𝑇𝑇2−𝑇𝑇1
=𝑚𝑚
𝑠𝑠
Aceleração:
𝑎𝑎 = 𝑉𝑉2−𝑉𝑉1
𝑇𝑇2−𝑇𝑇1
=𝑚𝑚/𝑠𝑠
𝑠𝑠
=𝑚𝑚
𝑠𝑠2
Corpo humano em relação à frequência 
Corpo humano: reage de formas diferentes à vibração, em função da 
frequência e dos eixos de referência.
Vibrações Corpo Inteiro (VCI): 
• Entre 1 e 80 Hz: lesões nos ossos, articulações e tendões.
• Entre 30 e 300 Hz: doenças cardiovasculares.
Vibrações Mãos e Braços (VMB) 
• Entre 6,3 e 1250 Hz: disfunções osteomusculares e circulatórias.
Figura 4 – Frequências do Corpo Humano 
Fonte: adaptada de ISO (1997).
O corpo e os eixos normatizados (NHOs)
Figura 5 – Eixos de direção adotados para avaliação VCI
Fonte: adaptada de ISO (1997).
Figura 6 – Localização do sistema de coordenadas para a avaliação VMB 
Fonte: adaptada de Cunha e Giampaoli (2013b).
Ponderações relativas à resposta ao corpo
• O efeito da vibração ao corpo humano é diferente para as diversas frequências; 
por isso, as acelerações são ponderadas ou corrigidas, para que correspondam ao 
valor representativo e efetivamente sentido pelo corpo.
• Motivo da ponderação: filtrar as frequências e a correlação do eixo avaliado. 
Fator de ponderação – análise quanto à saúde
Corpo inteiro – em pé Corpo inteiro – sentado 
Eixo X Eixo Y Eixo Z Eixo X Eixo Y Eixo Z 
Curvas de ponderação Wd Wd Wk Wd Wd Wk 
Fator multiplicador (k) 1,4 1,4 1 1,4 1,4 1
Fonte: adaptada de ISO (1997).
Tabela 1 – Ponderações
Resposta não linear e ponderações
• “O fator multiplicador 1,4 é a razão entre o valor longitudinal e os 
transversais da curva de igual resposta, nas faixas de maior sensibilidade 
de resposta humana” (SALIBA; LANZA, 2014). 
• Ponderações são o inverso da frequência produzida pelo corpo humano 
em resposta à onda recebida.
• Além de haver diversas frequências, as respostas às vibrações não são 
lineares em todas as frequências; por isso, é necessário corrigir as 
respostas de sensibilidade em diferentes frequências. 
Efeitos diretos – VCI
VCI: perda do equilíbrio e falta de concentração, desordens gastrointestinais, aumento da frequência 
cardíaca, perda do controle muscular de partes do corpo, distúrbios visuais com visão turva, 
descalcificação de pequenas áreas dos ossos do corpo, lesões na coluna vertebral e degeneração 
gradativa do tecido muscular e nervoso.
Fonte: magicmine/iStock.com.
Figura 7 – Impacto na coluna
(derivações das demais partes do corpo)
Efeitos diretos – VMB
VMB: além disso, uma doença muito comum e reconhecida 
resultante da exposição prolongada das mãos à vibração e a 
impactos repetidos é a síndrome dos dedos brancos ou doença 
de Raynaud, causada pelo espasmo das artérias digitais, que 
limita o fluxo sanguíneo nos dedos; em casos extremos, pode 
causar danos permanentes ou gangrena.
Fonte: Barb Elkin/iStock.com.
Figura 8 – Doença de Raynaud
Vibração ocupacional 
Bloco 2
Flávio Augusto Carraro
Normas brasileiras relacionadas à vibração
Anexo 8 – vibrações
NR15 – Atividades e operações insalubres
NHO 09 – Avaliação de 
exposição ocupacional à 
vibração de corpo inteiro 
Vibração localizada ou vibração 
no segmento mão e braço 
(VMB) ou HAV (Hand-Arm 
Vibration) 
NHO 10 – Avaliação de 
exposição ocupacional a 
vibração em mãos e 
braços 
Vibração no corpo inteiro (VCI) 
ou WBV (Whole- Body 
Vibration)
NR-09
Item 9.6.1.1
“Na ausência de limites de 
tolerância previstos na NR-15 : 
American Conference of 
Governmental Industrial 
Higyenists (ACGIH).”
Figura 9 – NR 15 e NR 09
Fonte: adaptada Cunha e Giampaoli (2013a; 2013b). 
Correlação normativa para VCI e VMB (nacional e internacional)
VI
BR
AÇ
Õ
ES
Anexo 8 - NR-15
VMB
ISO 5349-1 / ISO 5349-2
NHO 10 – Vibrações em mãos e braços
VCI
ISO 2631-1/ ISO 2631-5
ISO 8041 
NHO 09 – Vibrações de corpo inteiro
NR-09
VMB
ACGIH – localizadas
NHO 10 – Vibrações em mãos e braços
VCI
ACGIH – Corpo inteiro 
Diretiva Europeia (2002/44/EC)
A NHO 09 – Vibrações de corpo inteiro
Figura 10 – Correlação normas brasileiras e normas internacionais 
Fonte: elaborada pelo autor.
Referenciamento normativo e laudos
Limites (caracterização e classificação da insalubridade e estrutura do laudo técnico)
• Anexo 8 NR 15 (limites).
Aspectos metodológicos de levantamento e avaliação (Normas de Higiene Ocupacional) 
• NHO 09 – Avaliação de exposição ocupacional VCI (CUNHA; GIAMPAOLI, 2013a).
• NHO 10 – Avaliação de exposição ocupacional VMB (CUNHA; GIAMPAOLI, 2013b).
*Revisões vêm intensificando-se para alinhamento às normas internacionais.
• Confecção de laudos (judicialização) de parâmetros de normas brasileiras. *Cuidado jurisprudência. 
• Normais internacionais: inexistência de parâmetros não previstos no Anexo 8 da NR 15 e NHOs 09 e 10.
• Aplicação de requisitos de segurança: mais restritivos ao risco e favoráveis ao trabalhadores.
Parâmetros 
Vibrações de Corpo Inteiro (VCI) Vibrações de Mãos e Braços (VMB)
Limites previstos
a) Valor da aceleração resultante de 
exposição normalizada* (aren) de 1,1 
m/s2.
b) Valor da dose de vibração resultante 
(VDVR) de 21,0 m/s 1,75.
Limites previstos
a) Aceleração resultante de exposição 
normalizada* (aren) de 5 m/s2.
*Faz referência a uma carga horaria de 8 
horas: 
• Para fins de caracterização da condição 
insalubre, o empregador deve 
comprovar a avaliação dos dois 
parâmetros descritos anteriormente.
*Faz referência a uma carga horaria de 
8 horas.
Norma de higiene ocupacional de 
referência: NHO 09. 
Norma de higiene ocupacional de 
referência: NHO 10.
Quadro 1 – Insalubridade conforme Anexo 8 da NR 15
Fonte: adaptado de Brasil (1978a).
Níveis de ação e tolerância (VCI) 
aren (m/s2) VDVR (m/s1,75 consideração técnica atuação recomendada
0 a 0,5 0 a 9,1 aceitável
No mínimo manutenção da 
condição existente. 
> 0,5 a < 0,9 > 9,1 a < 16,4 
 acima do nível de 
ação
No mínimo adoção de 
medidas preventivas
0,9 a 1,1 16,4 a 21 região de incerteza
Adoção de medidas 
preventivas e corretivas 
visando à redução da 
exposição diária
acima de 1,1 acima de 21
acima do limite de 
exposição
adoção imediata de 
medidas corretivas
Critério de julgamento e tomada dedecisão (NHO 09) - VCI
Quadro 2 – Vibrações de Corpo Inteiro (VCI)
Fonte: adaptado de (CUNHA; GIAMPAOLI, 2013a).
Planilha1
		Critério de julgamento e tomada de decisão (NHO 09) - VCI
		aren (m/s2)		VDVR (m/s1,75		consideração técnica		atuação recomendada
		0 a 0,5 		 0 a 9,1 		aceitável		No mínimo manutenção da condição existente. 
		> 0,5 a < 0,9		 > 9,1 a < 16,4 		 acima do nível de ação		No mínimo adoção de medidas preventivas
		0,9 a 1,1		 16,4 a 21 		 região de incerteza		Adoção de medidas preventivas e corretivas visando à redução da exposição diária
		acima de 1,1		 acima de 21		acima do limite de exposição		adoção imediata de medidas corretivas
				Critério de julgamento e tomada de decisão (NHO 10) - VMB
				aren (m/s2)		consideração técnica		atuação recomendada
				0 a 2,5		aceitável		No mínimo manutenção da condição existente. 
				> 2,5 a < 3,5 		 acima do nível de ação		No mínimo adoção de medidas preventivas
				3,5 a 5,0 		 região de incerteza		Adoção de medidas preventivas e corretivas visando à redução da exposição diária
				acima de 5,0 		acima do limite de exposição		adoção imediata de medidas corretivas
Níveis de ação e tolerância (VMB) 
aren (m/s2) consideração técnica atuação recomendada
0 a 2,5 aceitável
No mínimo manutenção da 
condição existente. 
> 2,5 a < 3,5 
 acima do nível de 
ação
No mínimo adoção de 
medidas preventivas
3,5 a 5,0 região de incerteza
Adoção de medidas 
preventivas e corretivas 
visando à redução da 
exposição diária
acima de 5,0 ma do limite de exposi
adoção imediata de 
medidas corretivas
Critério de julgamento e tomada de decisão (NHO 10) - VMB
Quadro 3 – Vibrações de mãos e braços (VMB)
Fonte: adaptado de (CUNHA; GIAMPAOLI, 2013b).
Planilha1
		Critério de julgamento e tomada de decisão (NHO 09) - VCI
		aren (m/s2)		VDVR (m/s1,75		consideração técnica		atuação recomendada
		0 a 0,5 		 0 a 9,1 		aceitável		No mínimo manutenção da condição existente. 
		> 0,5 a < 0,9		 > 9,1 a < 16,4 		 acima do nível de ação		No mínimo adoção de medidas preventivas
		0,9 a 1,1		 16,4 a 21 		 região de incerteza		Adoção de medidas preventivas e corretivas visando à redução da exposição diária
		acima de 1,1		 acima de 21		acima do limite de exposição		adoção imediata de medidas corretivas
				Critério de julgamento e tomada de decisão (NHO 10) - VMB
				aren (m/s2)		consideração técnica		atuação recomendada
				0 a 2,5		aceitável		No mínimo manutenção da condição existente. 
				> 2,5 a < 3,5 		 acima do nível de ação		No mínimo adoção de medidas preventivas
				3,5 a 5,0 		 região de incerteza		Adoção de medidas preventivas e corretivas visando à redução da exposição diária
				acima de 5,0 		acima do limite de exposição		adoção imediata de medidas corretivas
VMB e VCI, insalubridade de grau médio e estrutura de laudo
“Objetivo e datas em que foram desenvolvidos os procedimentos; 
Descrição e resultado da avaliação preliminar da exposição, realizada de acordo com o item 3 do 
Anexo 1 da NR-9 do MTE; 
Metodologia e critérios empregados, inclusas a caracterização da exposição e representatividade da 
amostragem; 
Instrumentais utilizados, bem como o registro dos certificados de calibração; 
Dados obtidos e respectiva interpretação; 
Circunstâncias específicas que envolveram a avaliação; 
Descrição das medidas preventivas e corretivas eventualmente existentes e indicação das 
necessárias, bem como a comprovação de sua eficácia; Conclusão.” (BRASIL, 1978a)
Vibração ocupacional 
Bloco 3
Flávio Augusto Carraro
Mensuração de vibração e unidades de medida
• Vibração: movimentos oscilatórios – Velocidade (m/s) e Aceleração (m/s2).
• Higiene ocupacional: Aceleração em m/s2 e dB.
• Logo, o nível de aceleração RMS (raiz média quadrática) em decibel é:
𝑁𝑁𝑁𝑁 = 10 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿 𝐴𝐴
𝐴𝐴0
db A = Medida aferida no local 
A0 = Nível de aceleração de referência igual a 10-6 m/s2
Figura 11 – Exemplo de onda
Fonte: koksikoks/iStock.com.
Aceleração RMS 
Aceleração RMS (raiz média quadrática): 
concentração da energia do movimento 
vibratório – capacidade destrutiva da 
vibração.
Pico
RMSMédia
Pico a
pico
T/2
Tempo (s)
Amplitude
T
Figura 12 – Características da onda
Fonte: elaborada pelo autor.
𝑎𝑎(𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅) =
1
𝑇𝑇�0
𝑇𝑇
𝑎𝑎𝑤𝑤2 𝑡𝑡 𝑑𝑑𝑡𝑡
• a(RMS): aceleração instantânea (m/s2) já 
ponderada.
• T: tempo de exposição à vibração.
• aw: aceleração já ponderada pelas curvas de 
ponderação.
Aceleração ponderada das frequências
Notação normativa:
• Wh = ponderação de mão e braço nos eixos X, Y e Z.
• Wk = ponderação de corpo inteiro no eixo Z.
• Wd = ponderação X e Y.
• ISO 2631 (ISO, 1997) – tabelas e gráficos. 
Figura 13 – Curvas de ponderação da 
aceleração em frequência
Fonte: adaptada de ISO (1997).
Vibração de corpo inteiro 
Eixos normativamente estabelecidos para avaliação
Figura 14 – Eixos para avaliação de corpo inteiro
Fonte: adaptada de (CUNHA; GIAMPAOLI, 2013a).
Aceleração de corpo inteiro
• Os valores de aceleração obtidos nos três eixos podem ser somados de forma a se obter 
aceleração total ou resultante.
a (𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅) = 𝑘𝑘𝑥𝑥2𝑎𝑎𝑤𝑤𝑥𝑥2 + 𝑘𝑘𝑦𝑦2𝑎𝑎𝑤𝑤𝑦𝑦2 + 𝑘𝑘𝑧𝑧2𝑎𝑎𝑤𝑤𝑧𝑧2 = 1,4 ∗ 𝑎𝑎rms x 2 + 1,4 ∗ 𝑎𝑎rms y
2 + 1 ∗ 𝑎𝑎rms z 2
Em que:
• awx, awy, awz: acelerações RMS ponderadas como os respectivos eixos ortogonais x, y e z.
• kx, ky, kz: fatores de multiplicação dos respectivos eixos ortogonais x, y e z.
• k = fator de multiplicação dos eixos ortogonais (kx, ky, e kz é igual a 1,4; 1,4; e 1).
Fator de ponderação – análise quanto à saúde
Corpo inteiro – em pé Corpo inteiro – sentado 
Eixo X Eixo Y Eixo Z Eixo X Eixo Y Eixo Z 
Curvas de ponderação Wd Wd Wk Wd Wd Wk 
Fator multiplicador (k) 1,4 1,4 1 1,4 1,4 1
Tabela 2 – Fator de ponderação (resposta diferenciada do corpo)
Fonte: elaborada pelo autor. 
Fator crista
Para situações em que um dos eixos se sobressaia em relação 
aos demais e apresente vibração transiente, contendo choques 
de curta duração; é necessário fazer a comparação da 
aceleração máxima do eixo em questão e a aceleração RMS, 
representada pela seguinte expressão: 
𝐹𝐹. 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑡𝑡𝑎𝑎 =
𝑎𝑎𝑐𝑐𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑐𝑐𝑎𝑎çã𝐿𝐿 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑥𝑥
𝑎𝑎𝑐𝑐𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑐𝑐𝑎𝑎çã𝐿𝐿 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑆𝑆
• Abaixo de 9: método de avaliação básico. 
• Acima de 9: recomendado o uso de métodos de avaliação 
adicionais. 
Aceleração equivalente ponderada
Quando a exposição à vibração é diferente em dois ou mais
períodos da jornada, deve ser considerada a aceleração
equivalente (AEQ) ou aceleração resultante de exposição (are)
(CUNHA; GIAMPAOLI, 2013a), conforme fórmula a seguir:
AEQ=
𝟐𝟐 𝒂𝒂𝟏𝟏
𝟐𝟐𝒕𝒕𝟏𝟏+𝒂𝒂𝟐𝟐
𝟐𝟐𝒕𝒕𝟐𝟐+⋯𝒂𝒂𝒏𝒏𝟐𝟐𝒕𝒕𝒏𝒏
𝒕𝒕𝟏𝟏+𝒕𝒕𝟐𝟐+⋯𝒕𝒕𝒏𝒏
Em que:
• AEQ: aceleração equivalente.
• An: valor da vibração obtida.
• Tn: tempo de exposição à aceleração An.
Aceleração normalizada para 8 horas 
A aceleração normalizada para jornada ou aceleração resultante de exposição
normalizada (CUNHA; GIAMPAOLI, 2013a), usada para períodos menores de 8
horas, é dada pela equação: A(8horas) ou aren
A(8horas) = AEQ* 𝒕𝒕
𝒕𝒕𝟎𝟎
Em que:
• AEQ: aceleração equivalente.
• t: duração total diária.
• t0: duração de 8 horas ou 480 minutos (jornada normal)
Vibração localizada
Figura 15 – Eixos para avaliação de corpo inteiro
Fonte: adaptada de Cunha e Giampaoli (2013b). 
Na vibração localizada, a aceleração 
total ou a soma dos eixos ortogonais x, y 
e z é a seguinte:
𝒂𝒂 𝑹𝑹𝑹𝑹𝑹𝑹 = 𝒂𝒂𝒘𝒘𝒘𝒘𝒘𝒘𝟐𝟐 + 𝒂𝒂𝒘𝒘𝒘𝒘𝒚𝒚𝟐𝟐 + 𝒂𝒂𝒘𝒘𝒘𝒘𝒛𝒛𝟐𝟐
AEQ =
𝟐𝟐 𝒂𝒂𝟏𝟏
𝟐𝟐𝒕𝒕𝟏𝟏+𝒂𝒂𝟐𝟐
𝟐𝟐𝒕𝒕𝟐𝟐+⋯𝒂𝒂𝒏𝒏𝟐𝟐𝒕𝒕𝒏𝒏
𝒕𝒕𝟏𝟏+𝒕𝒕𝟐𝟐+⋯𝒕𝒕𝒏𝒏
A(8) = AEQ∗ 𝒕𝒕
𝒕𝒕𝟎𝟎
Para a vibração localizada de mãos e 
braços, considera-se o somatório 
vetorial dos 3 eixos.
Quadro resumo 
Vibrações de Corpo Inteiro (VCI) Vibrações de Mãos e Braços (VMB)
Limites previstos no Anexo 8 da NR-15:
a) Valor da aceleração resultantede exposição normalizada* (AREN) 
de 1,1 m/s2.
b) Valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s 1,75.
Limites previstos Anexo 8 da NR-15:
a) Aceleração resultante de exposição normalizada* (aren) de 5 m/s2
Para os cálculos dos limites usamos: Para os cálculos dos limites usamos: 
1. Aceleração total ou resultante:
𝒂𝒂(𝐫𝐫𝐫𝐫𝐫𝐫) = (𝟏𝟏,𝟒𝟒 ∗ 𝒂𝒂𝐰𝐰𝐰𝐰)𝟐𝟐+(𝟏𝟏,𝟒𝟒 ∗ 𝒂𝒂𝐰𝐰𝐰𝐰)𝟐𝟐+(𝟏𝟏 ∗ 𝒂𝒂𝐰𝐰𝟐𝟐)𝟐𝟐
2. Aceleração equivalente ponderada:
𝐀𝐀𝐀𝐀𝐀𝐀 =
𝐚𝐚𝟏𝟏𝟐𝟐 𝐭𝐭𝟏𝟏 + 𝐚𝐚𝟐𝟐𝟐𝟐 𝐭𝐭𝟐𝟐 + ⋯+ 𝐚𝐚𝐧𝐧𝟐𝟐 𝐭𝐭𝐧𝐧
𝐭𝐭𝟏𝟏 + 𝐭𝐭𝟐𝟐 + ⋯+ 𝐭𝐭𝐧𝐧
3. Aceleração Resultante de Exposição Normalizada (aren):
𝐀𝐀𝐫𝐫𝐀𝐀𝐧𝐧 𝟖𝟖 𝐡𝐡 = 𝐀𝐀𝐀𝐀𝐀𝐀 ∗ 𝐓𝐓
𝐓𝐓𝟎𝟎 (𝐫𝐫𝐀𝐀𝐫𝐫.𝐛𝐛𝐫𝐫𝐚𝐚𝐫𝐫𝐛𝐛𝐛𝐛=𝟖𝟖 𝐡𝐡𝐡𝐡𝐫𝐫𝐚𝐚𝐫𝐫)
4. VDV e VDVR
VDV = VDVj =
4
∫0
𝑡𝑡 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑡𝑡 4𝑑𝑑𝑡𝑡 [𝑚𝑚/𝑐𝑐1,75]
aj (t) = aceleração instantânea ponderada em frequência. 
t = tempo de duração da medição.
𝐕𝐕𝐕𝐕𝐕𝐕𝐕𝐕 = ∑𝐉𝐉(𝐕𝐕𝐕𝐕𝐕𝐕 𝐀𝐀𝐰𝐰𝐞𝐞)𝟒𝟒
𝟏𝟏
𝟒𝟒 [𝐫𝐫/𝐫𝐫𝟏𝟏,𝟕𝟕𝟕𝟕]
1. Aceleração total ou resultante:
𝐀𝐀(𝒓𝒓𝒓𝒓𝒓𝒓) = 𝐚𝐚𝐰𝐰𝐡𝐡𝐰𝐰𝟐𝟐 + 𝐚𝐚𝐰𝐰𝐡𝐡𝐰𝐰𝟐𝟐 + 𝐚𝐚𝐰𝐰𝐡𝐡𝐰𝐰𝟐𝟐
2. Aceleração equivalente ponderada:
AEQ=
𝟐𝟐 𝐚𝐚𝟏𝟏
𝟐𝟐𝐭𝐭𝟏𝟏+𝐚𝐚𝟐𝟐
𝟐𝟐𝐭𝐭𝟐𝟐+⋯𝐚𝐚𝐧𝐧𝟐𝟐𝐭𝐭𝐧𝐧
𝐭𝐭𝟏𝟏+𝐭𝐭𝟐𝟐+⋯𝐭𝐭𝐧𝐧
3. Aceleração Resultante de Exposição Normalizada (aren):
A(8) = AEQ 𝐭𝐭
𝐭𝐭𝟎𝟎
Quadro 4 – Resumo para VCI e VMB conforme anexo 8 da NR 15 e NHO 09 e NHO 10
Fonte: elaborado pelo autor. 
Teoria em Prática
Bloco 4
Flávio Augusto Carraro
Reflita sobre a seguinte situação
No preparo de um canteiro de obras, foram chamadas algumas pessoas para 
limpá-lo e organizá-lo, entre as quais um operador de motosserra, com 
contrato temporário, pois estava autorizada pelo órgão ambiental municipal 
a derrubada de algumas árvores que ali existiam. 
Como a empresa pensa em atender a requisitos normativos de segurança, 
mesmo em condições de contrato temporário, e conforme previsão do 
cronograma da obra, esse funcionário ficaria pelo menos um mês 
trabalhando na derrubada, no desbaste e na limpeza dos troncos para uso 
posterior na obra. 
Reflita sobre a seguinte situação
Diante disso, você foi chamado para avaliar o primeiro dia de 
trabalho deste trabalhador e verificar se estaria em condições 
limites conforme Anexo 8 da NR 15. Por meio da metodologia 
sugerida pela NHO 10, foram obtidas as seguintes métricas:
• 1 hora – 13 m/s2
• 2 horas – 10 m/s2 
• 5 horas – 8 m/s2
Norte para a resolução...
Cenário real: 
• 1 hora: 13 m/s2
• 2 horas: 10 m/s2
• 5 horas: 8 m/s2
AEQ=
𝟐𝟐 𝒂𝒂𝟏𝟏
𝟐𝟐𝒕𝒕𝟏𝟏+𝒂𝒂𝟐𝟐
𝟐𝟐𝒕𝒕𝟐𝟐+⋯𝒂𝒂𝒏𝒏𝟐𝟐𝒕𝒕𝒏𝒏
𝒕𝒕𝟏𝟏+𝒕𝒕𝟐𝟐+⋯𝒕𝒕𝒏𝒏
= 
𝟐𝟐 𝟏𝟏𝟏𝟏𝟐𝟐∗𝟏𝟏 +𝟏𝟏𝟎𝟎𝟐𝟐∗𝟐𝟐+𝟖𝟖𝟐𝟐∗𝟕𝟕
𝟏𝟏+𝟐𝟐+𝟕𝟕
= 9,28 m/s2
Aren(8)=AEQ* 𝑡𝑡
𝑡𝑡0
= 9,28∗ 8
8
= 9,28 m/s2
Anexo 8 da NR 15
2.1 Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de 
exposição ocupacional diária a VMB correspondente a um valor de 
aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s2.
Norte para a resolução... (simulações de variáveis influentes)
Cenário hipotético 1: 
• 1/2 hora: 13 m/s2
• 1 horas: 10 m/s2
• 3 horas: 8 m/s2
AEQ=
𝟐𝟐 𝒂𝒂𝟏𝟏
𝟐𝟐𝒕𝒕𝟏𝟏+𝒂𝒂𝟐𝟐
𝟐𝟐𝒕𝒕𝟐𝟐+⋯𝒂𝒂𝒏𝒏𝟐𝟐𝒕𝒕𝒏𝒏
𝒕𝒕𝟏𝟏+𝒕𝒕𝟐𝟐+⋯𝒕𝒕𝒏𝒏
= 
𝟐𝟐 𝟏𝟏𝟏𝟏𝟐𝟐∗𝟏𝟏/𝟐𝟐 +𝟏𝟏𝟎𝟎𝟐𝟐∗𝟏𝟏+𝟖𝟖𝟐𝟐∗𝟏𝟏
𝟏𝟏/𝟐𝟐+𝟏𝟏+𝟏𝟏
= 9,14 m/s2
A(8)=AEQ 𝒕𝒕
𝒕𝒕𝟎𝟎
= 9,14 ∗
𝟒𝟒𝟏𝟏𝟐𝟐
𝟖𝟖
= 4,57 
Anexo 8 da NR 15
2.1 Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado 
o limite de exposição ocupacional diária a VMB 
correspondente a um valor de aceleração resultante de 
exposição normalizada (aren) de 5 m/s2.
Cenário real: 
1 hora: 13 m/s2 
2 horas: 10 m/s2 
5 horas: 8 m/s2 
Norte para a resolução... (simulações de variáveis influentes)
Cenário hipotético 2:
• 1/2 hora: 13 m/s2
• 1 horas: 10 m/s2
• 3 horas - 8 m/s2 
AEQ=
𝟐𝟐 𝒂𝒂𝟏𝟏
𝟐𝟐𝒕𝒕𝟏𝟏+𝒂𝒂𝟐𝟐
𝟐𝟐𝒕𝒕𝟐𝟐+⋯𝒂𝒂𝒏𝒏𝟐𝟐𝒕𝒕𝒏𝒏
𝒕𝒕𝟏𝟏+𝒕𝒕𝟐𝟐+⋯𝒕𝒕𝒏𝒏
= 
𝟐𝟐 𝟏𝟏𝟏𝟏𝟐𝟐∗𝟏𝟏/𝟐𝟐 +𝟏𝟏𝟎𝟎𝟐𝟐∗𝟏𝟏
𝟏𝟏/𝟐𝟐+𝟏𝟏
= 11,09 m/s2
A(8)=AEQ* 𝒕𝒕
𝒕𝒕𝟎𝟎
=11,09
𝟏𝟏𝟏𝟏𝟐𝟐
𝟖𝟖
= 2,77 m/s2
Cenário real: 
1 hora: 13 m/s2
2 horas: 10 m/s2
5 horas: 8 m/s2
Norte para a resolução... (simulações de variáveis influentes)
Cenário hipotético 3:
• 1/2 hora - 13 m/s2 
• 1 horas: 10 m/s2 
• 3 horas - 8 m/s2
AEQ=
2 𝑚𝑚12𝑡𝑡1+𝑚𝑚22𝑡𝑡2+⋯𝑚𝑚𝑛𝑛2𝑡𝑡𝑛𝑛
𝑡𝑡1+𝑡𝑡2+⋯𝑡𝑡𝑛𝑛
=
2 102∗1+82∗3
1+3
= 8,54 m/s2
A(8)=AEQ* 𝑡𝑡
𝑡𝑡0
= 8,54 ∗ 4
8
= = 6,03 m/s2
Cenário real: 
1 hora: 13 m/s2
2 horas: 10 m/s2
5 horas: 8 m/s2
Dica do Professor
Bloco 5
Flávio Augusto Carraro
Dica do Professor 
Indicação 1
• Mensuração de vibração na prática.
• Canal no YouTube: Rogerio Dias Regazzi
• Vídeo: Vídeo Medição e Avaliação de Vibração Ocupacional – Série HMA – 01-2012/ 3Risegnet.
Indicação 2
• Diversos aspectos dos riscos físicos relacionados às VCI e VMB. Efeitos no corpo, doenças e 
síndromes, EPIs, EPCs, insalubridade.
• Canal no YouTube: MARIO PAULO PERITO Saúde Segurança Trabalho”.
• Vídeo: Videoaula - 9 Riscos físicos VIBRAÇÕES.
Referências
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Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-08.pdf. Acesso em: 5 abr. 
2020.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 09 – Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, 
químicos e biológicos. Portaria MTb n. 3.214, de 8 de junho de 1978b. Disponível em: 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-2020.pdf. Acesso em: 5 abr. 2020.
CUNHA, I. A.; GIAMPAOLI, E. NHO 09 – Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração de Corpo 
Inteiro. São Paulo: Fundacentro, 2013a. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-
ocupacional/publicacao/detalhe/2013/4/nho-09-procedimento-tecnico-avaliacao-da-exposicao-ocupacional-a-vibracao-de-
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CUNHA, I. A.; GIAMPAOLI, E. NHO 10 – Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração em Mãos e 
Braços. São Paulo: Fundacentro, 2013b. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-
ocupacional/publicacao/detalhe/2013/4/nho-10-procedimento-tecnico-avaliacao-da-exposicao-ocupacional-a-vibracao-em-
maos-e. Acesso em: 19 mar. 2020.
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-08.pdf
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Referências
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exposure to whole-body vibration – Part 5: Method for evaluation of vibration containing multiple shocks. 2018. Disponível 
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ISO. International Organization for Standardization. ISO 5349-1: Mechanical vibration – Measurement and evaluation of 
human exposure to hand-transmitted vibration – Part 1: General requirements. 2001a. Disponível em: 
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=18207. Acesso em: 5 abr. 2020.
ISO. International Organization for Standardization. ISO 5349-2: Mechanical vibration– Measurement and evaluation of 
human exposure to hand-transmitted vibration – Part 2: Practical guidance for measurement at the workplace. 2001b. 
Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=24570. Acesso em: 5 abr. 2020.
ISO. International Organization for Standardization. ISO 8041-1: Human response to vibration – Measuring instrumentation –
Part 1: General purpose vibration meters. 2017. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=370970. 
Acesso em: 5 abr. 2020.
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Referências
LEIDEL, N. A.; BUSCH, K. A.; LYNCH, J. R. Ocuppational expusure sampling strategy manual.
1977. Disponível em: https://www.cdc.gov/niosh/docs/77-173/pdfs/77-
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PARLAMENTO EUROPEU. Directiva 2002/44/CE. Relativa às prescrições mínimas de 
segurança e saúde respeitantes à exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos 
agentes físicos (vibrações) 2002. p. 13-20. Disponível em: https://eur-lex.europa.eu/legal-
content/PT/TXT/HTML/?uri=CELEX:32002L0044&from=PT. Acesso em: 5 abr. 2020.
SALIBA, T. M.; LANZA, M. B. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: avaliação e 
controle dos riscos ambientais. 6. ed. São Paulo: LTr, 2014.
https://www.cdc.gov/niosh/docs/77-173/pdfs/77-173.pdf?id=10.26616/NIOSHPUB77173
https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/HTML/?uri=CELEX:32002L0044&from=PT
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