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Principais raças e sistemas de criação de suínos

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PRINCIPAIS RAÇAS DE SUINOS NACIONAIS 
As raças nacionais sofrerem bastante mestiçagem e são utilizadas, principalmente, para produção de banha ou para serem criadas em laboratórios para o estudo de genética e nutrição, entre outros usos; nada impede que sejam criadas para produção de carne, mas não são as mais aconselháveis. Não são difíceis de cuidar e sua presença têm diminuído bastante, uma vez que a produção de banha deixou de ser economicamente atrativa.
A seguir estão as principais raças de suínos nacionais:
Canastrão é uma raça natural melhorada, derivada da Bizarra, portuguesa, filia-se ao tipo Céltico, de corpo grande (machos com 220 kg e fêmeas com 200 kg quando adultos), cabeça grossa, perfil côncavo, fronte deprimida, pregueada, focinho grosso, orelhas grandes e cabanas; pescoço longo, com papada; linha dorso-lombar sinuosa e estreita; membros compridos e fortes.
Pelagem preta ou vermelha, segundo a variedade regional. Pele grossa e cerdas fortes e ralas. O Canastrão é muito tardio, sendo engordado no segundo ano. As fêmeas são prolíficas e boas mães.
 	Canastra é uma raça do tipo Ibérico, supostamente derivada das raças portuguesas Alentejana e Transtagana. Já foi muito disseminada no Brasil sob diversas denominações, principalmente Meia-Perna.
É considerada de porte médio, tem cabeça pequena e leve, com perfil sub-côncavo, focinho curto, bochechas largas e pendentes, orelhas médias e horizontais, oblíquas para frente. Pescoço curto e largo, corpo de proporções médias, um pouco roliço, com a linha superior geralmente um pouco enseada, membros curtos separados, de ossatura fina. É muito utilizado na produção de banha.
O Canastrinho é um grupo de animais menores, de tipo Asiático, introduzido pelos colonizadores portugueses, do qual resultaram algumas variedades regionais com os nomes de Nilo, Macau, Tatu, Baé, Perna-curta, Carunchinho etc. cuja conformação é semelhante, porém podem apresentar diferenças de pelagens e de orelhas, entre outras.Derivam principalmente de porcos Chineses, Siameses, Conchinchinos e de Macau. O corpo é pequeno, baixo e compacto, com ventre desenvolvido, membros finos e curtos; têm pouca musculatura e ossatura.
Especializado na produção de banha é criado, sobretudo, por pequenos sitiantes para consumo doméstico. A pelagem pode ser preta, vermelha, malhada, de pelos abundantes, ralos ou ausentes (pelado), conforme a variedade.
 	Também temos o Piau, palavra de origem indígena, significa “malhado”, “pintado”. Para o leigo, todo o porco de fundo brancacento e malhas pretas (ou escuras), redondas ou irregulares, é um Piau. Existem Piaus grandes, médios e pequenos. Alguns ganharam reputação como raça e foram justamente os que resultaram de cruzamentos com raças estrangeiras aperfeiçoadas, como o Goiano, Francano, do Triângulo Mineiro; o Junqueira (só de raças estrangeiras), o de Canchim (São Carlos-SP), o de Piracicaba/SP, o de São José/SP etc.
Um tipo mais fixo e mais antigo é o Caruncho Piau. Possui uma variedade vermelha, a Sorocaba, de tamanho médio e aptidão intermediária, provavelmente melhorada por cruzamento com Duroc. Nota-se que a formação desta raça vem sendo bem orientada para um porco fácil de criar, que possa entrar nos cruzamentos para produção de carne.
 	O Nilo Canastra é relativamente antigo como raça natural do país, é considerado fruto do cruzamento do Nilo (porco pequeno pelado, do tipo Asiático) com o Canastra. Entretanto, o tipo existe em Portugal, onde é um dos representantes do porco Ibérico. O Ministério da Agricultura fez algumas tentativas no sentido de melhorar a raça, mas os resultados obtidos, embora razoavelmente bons, não puderam ser aproveitados com objetivos práticos, a não ser como lastro para cruzamentos.
É considerado um porco de tamanho médio, de corpo comprido e estreito, com pouca musculatura e ossatura, prolificidade e precocidade médias, desprovido de pelos ou com cerdas ralas, em virtude do que não é adequado para regiões frias. É do tipo de banha, rústico; já teve grande reputação em São Paulo e Minas Gerais.
PRINCIPAIS SISTEMAS DE CRIAÇÃO DE SUINOS
A criação de suínos pode ser do formato intensivo, no qual há os tipos de: Confinado de alta Tecnologia; Confinado Tradicional; Semiconfinado, confinado sobre Cama (deep bedding) e Intensivo ao Ar Livre (SISCAL).
O sistema extensivo também é encontrado da forma de subsistência (“extrativismo”) e Montanheira/Agroecológico. Vamos conhecer um pouco sobre cada um deles.
Sistema intensivo - confinado de alta tecnologia
Possui alta concentração de animais e com sítios múltiplos especializados. A genética dos animais é especializada, além de alto nível de nutrição e manejo, conferindo um máximo desempenho zootécnico. Os animais criados neste sistema apresentam alto nível sanitário. A desvantagem fica pelo alto custo, porém sendo convertido em alta produtividade.
Sistema intensivo - confinado tradicional
Também possui alta concentração de animais, porém em prédios menos especializados, ou seja, sem creche e gestação coletiva. A genética dos animais é variável (raças comerciais). O nível de manejo e nutrição é variável, assim como o desempenho zootécnico. O nível sanitário é adequado, custo e produtividade são variáveis, pois dependem dos fatores citados.
Sistema intensivo - semiconfinado tradicional
Assemelha-se ao Confinamento Tradicional, as fêmeas vazias e gestantes, machos reprodutores têm acesso aos piquetes, já às porcas em lactação e animais em crescimento e terminação ficam confinados (sem creche, gestação coletiva). Em geral nível médio a baixo de tecnologia e produtividade.
Sistema intensivo - confinados sobre cama (deep bedding)
O piquete de creche, crescimento e terminação é conduzido em galpão semelhante a de frangos de corte, assim confere menor custo fixo. Há também um menor impacto ambiental, pelo fato dos dejetos sólidos e melhor relação N:C. Melhor bem-estar e melhor carne, pelo sistema de confinamento utilizado. Há maior gasto energético, porém piora a conversão. Ganho de peso é semelhante aos sistemas anteriores citados.
Sistema intensivo - sistema intensivo de suínos criados ao ar livre (siscal)
Neste sistema há o ciclo completo, todas as fases em piquetes ao ar livre, assim há um custo mínimo com as instalações. Neste sistema é inevitável o uso de cercas elétricas e abrigos móveis. Necessário programar rotação de piquetes e de abrigos da maternidade. Sistemas mistos de creche, crescimento e terminação na forma confinada.
Sistema extensivo – subsistência
Neste tipo de sistema utilizando-se raças rústicas tipo banha de pequeno porte, pois consiste em grandes extensões com baixa lotação. Os animais ficam permanentemente soltos, sem divisão de fases e sem controle de reprodução. Utilizam-se os recursos locais, ou seja, restos de culturas, pastagem nativa e suplementos sazonais. A ineficiência é o baixo nível sanitário.
Sistema extensivo - tipo montanheira
Raças rústicas do tipo ibéricas, a reprodução ocorre semelhante ao SISCAL. A engorda fica por conta da utilização de materiais encontrados nestas regiões como bolota de carvalho, castanha e pinhão. Porém, é também possível a engorda por meio de pastagem suplementada com ração (assim como ocorre com os suínos destinados à fabricação de presunto Parma). O Controle sanitário é considerado normal.

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