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21 de agosto de 2021
A batalha eleitoral num pedaço do Nordeste, onde
comer é mais importante do que em quem votar
brasil.elpais.com/brasil/2021-08-21/a-batalha-eleitoral-num-pedaco-do-nordeste-onde-comer-e-mais-importante-
do-que-em-quem-votar.html
Governo Bolsonaro
Bolsonaro emula os passos de Lula para tentar conquistar filão
petista beneficiado pelo Auxílio Emergencial. Mas esbarra na
falta de confiança de eleitores, que sentem na pele a alta inflação
A agricultora Maria de Fátima entrega carta ao presidente Jair Bolsonaro.Fernanda Siebra
Com uma carta em punho, Maria de Fátima Pinheiro Evangelista, de 57 anos, está
decidida a atravessar o abismo entre a sua vida e as principais bandeiras ideológicas de
Jair Bolsonaro para tentar sobreviver à crise brasileira. Da casa alugada e sem reboco em
que vive sozinha na periferia de Juazeiro do Norte (Ceará), ela ―que não sabe ler ou o
que é comunismo― insistiu para que a única filha escrevesse uma carta ao presidente.
Quer alcançar o direito à aposentadoria rural, negada porque não conseguiu comprovar
o tempo de serviço na roça, onde trabalha desde os oito anos.
https://brasil.elpais.com/brasil/2021-08-21/a-batalha-eleitoral-num-pedaco-do-nordeste-onde-comer-e-mais-importante-do-que-em-quem-votar.html
https://brasil.elpais.com/noticias/jair-messias-bolsonaro/
https://brasil.elpais.com/noticias/jair-messias-bolsonaro/
https://brasil.elpais.com/brasil/2021-07-28/mercado-de-trabalho-brasileiro-ficara-com-cicatrizes-no-pos-pandemia.html
https://brasil.elpais.com/brasil/2021-06-04/o-eterno-retorno-do-comunismo-ao-brasil-cuidado.html
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Maria de Fátima até chegou a receber o auxílio emergencial no ano passado e viu a vida
melhorar por um tempo. Mas foi cortada do programa depois de ter feito o pedido de
aposentadoria e agora vive com pouco mais de 250 reais por mês, que consegue lavando
roupas para vizinhos. A energia já não é paga há meses e com o gás tão caro ela precisa
cozinhar também à lenha para economizar. A comida vem do que planta e de doações.
Por isso, a carta é uma esperança. E ela esgueira o corpo para entregá-la a Bolsonaro,
que passava acenando de cima de um carro ao lado de sua casa.
A ida do mandatário brasileiro a Juazeiro do Norte na semana passada tinha como
justificativa oficial a inauguração de um conjunto habitacional. Mas também é parte de
uma estratégia que busca abocanhar votos em um reduto majoritariamente lulista para
as eleições do ano que vem. Em 2018, Bolsonaro conseguiu apenas 24% dos votos no
segundo turno na cidade, contra 76% de Fernando Haddad, substituto de Lula,
impossibilitado de concorrer àquela eleição. No ano que vem, entretanto, ele deverá
disputar contra o próprio ex-presidente, criador do Bolsa Família, programa que tirou
milhares da pobreza e ao qual Bolsonaro já chamou de “voto de cabresto”. Uma pesquisa
recente do Datafolha aponta que o presidente só tem 16% da preferência do eleitorado na
região Nordeste enquanto Lula conta com 64%. O Nordeste também lidera a rejeição a
seu Governo, como mostrou pesquisa da Poder Data esta semana, feita entre os dias 16 e
18 de agosto: 72% classificam a gestão Bolsonaro ruim ou péssima, enquanto no Sudeste
a rejeição é de 59%, e 58% no Sul e Centro-Oeste. No Norte, o presidente ainda tem
preferência, e a rejeição fica em 46% contra 52% de aprovação.
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Com sua popularidade derretendo no mercado financeiro e entre filões de eleitores de
uma classe média descontente com sua postura antidemocrática e sua gestão da
pandemia, Bolsonaro tenta avançar sobre regiões mais carentes, onde os investimentos
federais tendem a aparecer mais. Ele sabe que precisa abocanhar parte do eleitorado de
Lula —que inclui pessoas beneficiadas pelo auxílio pago durante a pandemia— para
tentar estancar a sangria provocada por sua impopularidade crescente, quando o voto
antipetista que o ajudou em 2018 também está em fuga. Onde falta o básico como
comida e trabalho, não sobra muita margem para a polarização política. E muitos estão
dispostos a votar em quem, de fato, indique que pode melhorar suas vidas.
“Se fosse Lula o presidente, eu fazia igual. Bolsonaro se quiser tomar água na minha
casa, toma. Acho que presidente é de todo mundo e tem que olhar para quem é pobre”,
diz Maria de Fátima, que já foi eleitora do PT e não faz ideia a quem dará seu voto no ano
que vem. “Nem sei quem são os candidatos ainda. Espero que Bolsonaro leia minha carta
e faça a vida da gente andar. Não sei de quem é a culpa, só sei que está tudo muito
difícil”, emenda. Ela não conseguiu entrar no local onde o presidente discursou.
https://brasil.elpais.com/brasil/2020-08-31/o-auxilio-que-revoluciona-a-vida-no-ceara-nao-salva-da-rua-em-sao-paulo.html?rel=listapoyo
https://brasil.elpais.com/brasil/2021-07-12/direita-recalcula-sua-rota-na-busca-de-espaco-entre-bolsonaro-e-lula.html
https://www.poder360.com.br/poderdata/rejeicao-ao-governo-bolsonaro-vai-ao-recorde-de-64-diz-poderdata/
https://brasil.elpais.com/brasil/2021-08-21/a-batalha-eleitoral-num-pedaco-do-nordeste-onde-comer-e-mais-importante-do-que-em-quem-votar.html
https://brasil.elpais.com/brasil/2021-06-26/bolsonaro-perde-tracao-a-pouco-mais-de-um-ano-da-disputa-pela-reeleicao.html
https://brasil.elpais.com/brasil/2021-05-24/nao-e-doenca-e-fome.html
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Maria de Fátima vive com 250 reais por mês em Juazeiro do Norte.Fernanda Siebra
Desde junho do ano passado, Bolsonaro intensificou suas viagens ao Nordeste. Em 2020,
foi três vezes mais a cidades da região do que no seu primeiro ano de mandato. Neste
ano, já passou por cinco dos nove estados nordestinos. No seu discurso em Juazeiro do
Norte, afirmou que o valor investido no auxílio em 2020 equivaleria a 13 anos de Bolsa
Família. Admitiu a inflação, que criou alimentos proibitivos como a carne e levou
famílias a voltarem a cozinhar à lenha, mas colocou a conta da crise no colo dos
governadores. E ainda que tenha defendido suas pautas conservadoras —como o
combate ao comunismo e a defesa da família e da propriedade—,se vendeu como um
grande finalizador de construções inacabadas pelos Governos anteriores. Tem dito que já
inaugurou mais de 4.700 obras desde 2019 na região, entre elas a Transposição do São
Francisco, iniciada nos Governos petistas. Para coroar, prometeu prorrogar o auxílio até
novembro e explorou o que poderá ser seu grande trunfo eleitoral no ano que vem: um
novo e turbinado Bolsa Família, que agora se chamará Auxílio Brasil, apagando o nome
que é marca lulista.
“Vou votar em Bolsonaro. Já votei a primeira vez e não acho que ele seja ruim pro
comércio. Se não fosse o auxílio, tinha muito mais gente passando fome. Eu mesma parei
de trabalhar por meses na pandemia e passei até precisão”, conta a comerciante Maria
Lúcia da Silva, de 65 anos, que trabalha há mais de 40 anos em uma lanchonete no
mercado público do centro de Juazeiro do Norte.
https://brasil.elpais.com/economia/2021-03-31/auxilio-emergencial-de-2021-comeca-em-6-abril-com-valores-menores-e-menos-beneficiados-saiba-as-regras.html
https://brasil.elpais.com/brasil/2020-02-14/ministerio-publico-federal-cobra-do-governo-bolsonaro-providencias-para-reduzir-fila-do-bolsa-familia.html
https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-transportes/2021/08/governo-federal-entrega-4-7-mil-obras-e-213-mil-moradias-no-nordeste-desde-2019
https://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/01/politica/1417445133_310596.html
https://brasil.elpais.com/opiniao/2021-06-21/o-que-lula-deu-e-bolsonaro-abocanhou.html
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A comerciante Maria Lúcia da Silva, de 65 anos, trabalha há mais de 40 anos em uma lanchonete no
mercado público de Juazeiro do Norte.Fernanda Siebra
Ainda que a implantação do auxílio tenha lhe rendido alguma simpatia de parte dos
beneficiários, a tarefa de Bolsonaro em conquistar este eleitorado não é fácil diante de
tanta gente que se agarra a uma memória de estabilidade econômica e de maiorfacilidade de consumo durante o Governo Lula, enquanto associa a alta inflação e a
redução do poder de compra ao atual presidente.
“Bolsonaro vai prometer um monte de coisa para não sair da Presidência, mas aqui
nosso voto é de Lula. Foi ele que deu mesmo oportunidade ao pobre, até pra estudar”,
diz Idenilson Lima Monte, de 27 anos. Ele trabalha em um terreno arrendado na zona
rural de Juazeiro, onde planta para comer e cuida do gado do patrão. Ao lado dele, a
esposa Luana Neves de Oliveira, de 30 anos, afirma, com a filha pequena nos braços, que
também pretende votar no petista. “O auxílio do Bolsonaro está só caindo e o preço de
tudo subindo. Recebo 250 reais e hoje só dá mesmo para a fralda e o leite da minha filha.
Um perfume que a gente precisa não podemos mais comprar”, emenda.
Carne todo dia
Quando Maria Jocimar da Silva recebeu as primeiras parcelas de 1.200 reais do auxílio
no ano passado, a família conseguiu comer carne todos os dias e colocar gasolina no
carro que usa para levar os vizinhos que precisam ao hospital. Mas o valor do benefício
diminuiupara 250 reais em abril deste ano, e o preço de tudo aumentou. O resultado é
que um botijão de gás, que custa 130 reais, dura mais de um mês porque há pouca
comida para cozinhar, conta o marido dela, o agricultor Francimar de Lima, de 41 anos,
morador da Vila Horácio, zona rural de Juazeiro do Norte. “Não tem mais aquela
https://brasil.elpais.com/brasil/2020-08-31/o-auxilio-que-revoluciona-a-vida-no-ceara-nao-salva-da-rua-em-sao-paulo.html?rel=listapoyo
https://brasil.elpais.com/economia/2021-03-31/auxilio-emergencial-de-2021-comeca-em-6-abril-com-valores-menores-e-menos-beneficiados-saiba-as-regras.html
https://brasil.elpais.com/brasil/2020-08-21/no-rastro-da-informalidade-quase-60-das-casas-do-norte-e-nordeste-recebem-auxilio-emergencial.html
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história de comer a hora que quer aqui”, ele diz. “Agradeço a Bolsonaro porque foi uma
comida a mais na mesa naquele tempo, mas o que ele deu já tirou com tudo caro. Ele dá
com uma mão pra tirar com a outra”, reclama.
O agricultor Francimar de Lima e a esposa Maria Jocimar da Silva, com o carro que agora só roda em
emergência pela alta da gasolina.Fernanda Siebra
A família de Francimar vive com a ajuda dos programas do Governo, do que planta e da
venda do excedente. Ele conta que a energia está atrasada, a plantação neste ano não foi
farta e o dilema agora é vender ou não o carro conquistado a duras penas há 10 anos e
que agora só roda em situações de máxima emergência. “O que a gente tem neste
Governo é dívida. Bolsonaro só quer mudar o nome das coisas que Lula fez, como o
Bolsa Família, mas não faz as dele e nem olha pro pobre. Foi Lula que abriu crédito pra
eu comprar o carro, e agora não tenho nem o [dinheiro] da gasolina”, queixa-se. “Eu
tenho até medo. Bolsonaro diz que vai aumentar o Bolsa Família, mas e se acabar? O que
ele diz não se escreve né?”, emenda Maria Jocimar.
Eles esperam que o próximo presidente priorize projetos para o campo e o pequeno
agricultor, como linhas de crédito para comprar materiais para a plantação e estímulo à
pecuária, o que os permitiria melhorar a renda mensal com seu trabalho. Ambos
votaram no petista Fernando Haddad nas últimas eleições e dizem que votarão em Lula
ou em quem ele indicar em 2022. “Não queria votar no Lula porque acho que ele não
tem mais idade pra cuidar de um Brasil desse jeito que tá não, mas confio nele pelo
histórico de tirar gente da pobreza. Bolsonaro acha que agradando os ricos vai ter os
pobres com ele”, argumenta Francimar.
https://brasil.elpais.com/opiniao/2021-06-21/o-que-lula-deu-e-bolsonaro-abocanhou.html
https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-07-17/como-aparar-toda-a-agua-da-chuva.html
https://brasil.elpais.com/noticias/fernando-haddad/
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Às investidas de Bolsonaro com inaugurações de obras e promessas de aumentar em
pelo menos 50% o valor do atual Bolsa Família, Lula reage com a primeira caravana pelo
seu berço eleitoral desde que voltou a ser elegível. Sua estratégia neste momento foca na
costura de alianças políticas com vistas a 2022 e em encontros com movimentos sociais.
O petista está no final da excursão de 11 dias por seis Estados nordestinos e já mudou até
seu avatar nas redes sociais para uma imagem em que usa um chapéu de cangaceiro,
como quem indica sentir-se em casa. Mas também terá de trabalhar para manter sua
ampla vantagem de preferência nas eleições.
“Tem mais gente na disputa”
“A única certeza que eu tenho é que neste presidente que tá aí [Bolsonaro] eu não voto.
Lula hoje está em primeiro lugar, mas ainda não tenho 100% de certeza se vou nele”, diz
o agricultor Juarez Timóteo, de 52 anos. Da televisão de sua casa no assentamento 10 de
Abril, uma comunidade rural a cerca de 25 quilômetros da cidade de Crato, ele
acompanha tudo o que acontece no país pela televisão. Acredita que Bolsonaro virou as
costas para os pobres e errou em não comprar vacinas logo para combater a pandemia.
Também está aborrecido com o “mau exemplo” provocando aglomeração até na vizinha
Juazeiro do Norte e diz morrer de vergonha ao assistir a CPI da Pandemia. “Lula ainda
vou observar porque foi bom, mas tem mais gente que vai disputar. Ciro Gomes e Cid
também ajudaram muito a gente aqui”, diz.
Foi no Governo Lula que a família de Juarez conseguiu uma cisterna para armazenar
água da chuva, a casa e uma moto para tanger o gado. “Com este de agora onde a gente
anda é só lamentação. Ele disse que ia ajudar o Nordeste. Em quê? Não vi nada ainda.
No lugar de ter gastado estes rios de dinheiro em obra e asfalto, devia comprar vacina
para diminuir a crise dessa pandemia. A gente aqui no Brasil tem pressa para outras
coisas”, reclama ele, que perdeu dois primos com covid-19.
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/11/13/politica/1573677888_364498.html
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A família de Juarez está dividida entre Ciro, Lula e Bolsonaro.Fernanda Siebra
Na caótica crise brasileira, Juarez não está certo nem se irá mesmo escolher um
candidato nas próximas eleições. “Para um presidente ganhar meu voto, eu vou ter que
observar muito”, diz, ao lado da filha Vitória, de 18 anos, que vai votar pela primeira vez
no ano que vem e diz simpatizar com Bolsonaro. “O Auxílio Emergencial dele foi bom.
Não acho Bolsonaro ruim, talvez eu vote nele”, justifica. Com os 1.200 reais do programa
no ano passado, a mãe dela, Cirene Ventura dos Santos, realizou o sonho de cimentar
todo o piso da casa onde eles moram.
Mas quatro meses depois o valor do benefício caiu para 600 reais e agora está em 250
reais, complicando o orçamento doméstico. Cirene não viu faltar comida à mesa como
tantas famílias brasileiras durante a crise, mas precisou voltar a cozinhar à lenha porque
já não consegue comprar gás suficiente para usar só o fogão. Ela quer uma estabilidade
financeira para realizar um novo sonho, o de construir um alpendre em casa. Acha que o
discurso de Bolsonaro está muito distante da realidade deles, com críticas ao
comunismo, ataques ao voto eletrônico e defesa às armas. É a única da família que já
sabe o número que vai digitar na urna no ano que vem. “Voto 13, em Lula, que no tempo
dele a vida era mais fácil. Com fé em Deus o próximo presidente vai ser ele.”
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