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Teologia Pastoral 3

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INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR
TEOLOGIA PASTORAL
RESUMO DO CAPÍTULO 3
DO CHAMADO À ORDEM DO MINISTRO
Carlos Alberto Vieira
1. INTRODUÇÃO
O pastor não é um oficial que se forma de UM dia para o outro. Entre a chamada universal, para a salvação, estendida a todos e a chamada específica para o ministério, existe uma caminhada que parte da convocação inicial, passa pelos processos de formação e treinamento até ancorar no rito de ordenação quando, reconhecidos pela igreja, o vocacionado, enfim, recebe autoridade para exercer seu ministério.
TÓPICO 1 – O CHAMADO
	Trata se da convocação de Deus para o exercício de um determinado ministério. A convocação acontece mediante a ação impulsionadora do Espírito Santo aque, por meio de da Palavra ou de um ato direto sobre o espírito do homem, lhe desperta o senso de dever e serviço para com Deus e Sua Igreja. A experiência do chamado é, no primeiro momento subjetiva, e não segue um padrão. Moisés, Gideão e Isaias, por exemplo, viveram experiências extraordinárias com visão e revelação sobrenaturais; os apóstolos foram convocados diretamente por Jesus Cristo, Timóteo e Tito precisaram apenas de entendimento que foram chamados por Deus.
1.1 O TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO CHAMADO
	Obviamente, A experiência subjetiva por si só não faz do postulante um pastor. O chamado precisa ser confirmado mediante o reconhecimento da igreja e, consequentemente, pelo convite objetivo dos líderes desta igreja. Paulo, por exemplo, reconheceu a importância de Timóteo para suas aspirações missionárias de forma que “... quis que Timóteo fosse com ele” (At. 16:13). Posteriormente, ao aconselhar o já pastor Timóteo, recomendou lhe que não desprezasse o ministério que lhe fora outorgado pela “imposição das mãos do presbítero” (I Tm. 4:14), numa evidência de que o seu pastorado fora confirmado por uma convenção de líderes, pela ordenação (imposição de mãos).
	Deus nunca erra na escolha de um líder, entretanto, a efetivação de alguém no ofício pastoral não se dá sem o consentimento público e este não pode ser dado precipitadamente. Por isso, Paulo adverte a Timóteo que a ninguém impunha as mãos precipitadamente. A seleção de um postulante ao pastorado deve levar em conta pelo menos quatro fatores que exigem tempo para serem observados: desejo pelo ministério, aptidão, integridade moral e a posse de dons.
1.1.1 O DESEJO PELO MINISTÉRIO
	Fora dito anteriormente que a ação do Espírito Santo, no processo da chamada, desperta no indivíduo o senso de dever e serviço, e isto não ocorre sem anseio. O desejo de servir não é descartado considerado o que Paulo diz a Timóteo: “Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (I Tm. 3:1). Há de se observar, porém, se a compulsão é pelo título ou pelo serviço. Considerando que Deus nos chama para servir, e é neste aspecto que o desejo é excelente, somente o tempo permitirá, a congregação discernir as reais motivações do candidato. Como o impulso anterior se expressa em ações externas, estas devem ser observadas, analisadas e levadas em conta no momento da separação de um postulante.
1.1.2 A APTIDÃO
	Trata se das habilidades necessárias para um bom desempenho no exercício pastoral. Entre as habilidades necessárias que precisam ser verificadas no candidato destacamos:
· Liderança. Se o pastorado é algum ofício, a liderança é uma habilidade. A liderança se caracteriza pela iniciativa, capacidade de condução e influência que o indivíduo exerce sobre um determinado grupo de pessoas.
· Didática. Esta é a principal tarefa da grande comissão. Paulo assevera que o postulante ao episcopado precisa ser apto para ensinar. Isto envolve domínio de conteúdos e de métodos de ensino.
· Pastoral. O Pastor deve ter pleno senso de responsabilidade para com seus liderados, mostrando amor, respeito e zelo pelo rebanho de Deus. A Bíblia ordena que os pastores cuidem e alimentem o rebanho de Deus.
· Administrativa. A igreja é uma organização. Portanto, se faz necessário que o líder cristão tenha capacidade administrativa, pois deverá trabalhar com recursos comuns a todo o grupo.
1.1.3 INTEGRIDADE MORAL
	A vivência cristã tem como padrão moral o modo de ser de Cristo. É óbvio que não possuímos naturalmente a impecabilidade presente em Cristo, que nasceu sem pecado. Todavia, se requer do crente, sobretudo do postulante ao ministério, que leve em consideração e siga as orientações das Escrituras acerca da santidade. No tópico em que as qualificações foram citadas, ficou patente que uma pessoa viciosa não está apta para o serviço sagrado do ministério pastoral.
	Um caráter que não corresponda à moralidade bíblica desqualificará qualquer candidato ao pastorado, ainda que este possua as outras qualificações.
1.1.4 POSSE DE DONS
	O conhecimento e a aplicação de um determinado ponto pode ser um indicativo externo do chamado ministerial. Geralmente, pastores que desempenham bem seu ministério já estavam bem orientados e desenvolviam a contento seus dons na congregação, antes de serem apresentados a uma convenção.
	Os fatores, apresentados, não podem ser observados do dia para o outro, sendo assim, tanto o interessado no pastorado como a igreja precisará de tempo. Tempo suficiente para uma checagem eficiente.
TÓPICO 2 – A FORMAÇÃO
	Um pastor começa a ser formado no início de sua caminhada com Cristo. Incontestavelmente, esta caminhada se dá na convivência e eclesial e na prática da piedade bíblica, ambas de natureza social e coletiva. Como todo processo é operado no contexto da igreja, o postulante trará influências que vão do seu discipulado ao zelador do templo, passando por todos os demais membros.
2.1 A INFLUÊNCIA DO FORMADOR
	As bases da construção de um ministro cristão estão no discipulado. O discipulado é um processo através do qual o portador de uma doutrina transfere-se a um seguidor bem como necessariamente a prática daquilo que se ensina. Uma pessoa recém convertida tem pelo menos duas pessoas de quem recebe influência: um amigo que a evangelizou e o pastor. Esses precisam ser as bases para a firmeza espiritual e moral do futuro pastor. 
	Paulo como crente maduro e líder da igreja se apresenta como quem exercera influência didática e ética, sobre o jovem pastor Timóteo, e recomenda:
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste” (II Tm 3:14) (grifo do autor).
	O exemplo do formador será uma inspiração, positiva ou não, na formação da espiritualidade do futuro pastor.
2.2 A FORMAÇÃO INDIRETA
	Trata-se daquela cuja influência deriva da convivência com a igreja local. Todo líder em seus valores morais e espirituais elementos do seu meio de convivência.
	Uma congregação ativa na prática da oração produzirá líderes de oração, uma comunidade atenta à leitura da bíblia e a observação dos seus preceitos nos dará pastores com características semelhantes.
	É a qualidade da congregação que ditará as exigências aos seus líderes.
2.3 A FORMAÇÃO DIRETA
	O vocacionado que tenha convicção de seu chamado, Não negligenciará o estudo sistemático da teologia e das ciências sociais e filosóficas.
	O pastor tem o dever de compreender o ser humano, a quem Deus ama e deseja salvar, e deve saber lidar com eles. Eis a razão de o candidato precisar formação acadêmica.
	Reconhecer o chamado de Deus para o ministério é um forte motivo para a busca de uma boa formação intelectual.
TÓPICO 3 – O TREINAMENTO
	O conceito é militar. A ideia é a do indivíduo formado intelectualmente que agora precisa, pelo habito ou repetição, transformar seu conhecimento em virtude.
	Treinamento é a execução didática da arte apreendida teoricamente. O conhecimento teórico sem destreza é inoperante, por isso Paulo exorta Timóteo para que se exercite em piedade.
3.1 AS ÁREAS DE TREINAMENTO
	O treinamento deverá acontecer:
· Na vida com Deus
	O termo grego eusebeia (devoção, piedade, temor a Deus, religião) descreve toda conduta correspondente a fé cristã. Assim Paulo recomenda que Timóteo esteja treinado para o exercício da fé, entendendo que o envolvimentocom a oração e a palavra de Deus, da sua absorção à prática, é necessário a vida piedosa (espiritual cristã), portanto, é indispensável na base de toda atividade pastoral.
· No envolvimento e desenvolvimento da igreja local.
	Antes de um vocacionado chegar a condição de pastor, terá que mostrar habilidade em outras áreas da piedade cristã. Geralmente o postulante começa a pregar, aconchegar ou dirigir reuniões antes de seu ingresso na carreira ministerial. Raramente encontramos um pastor que não tenha sido diácono ou tenha presidido um departamento na igreja local.
· No estágio supervisionado e no transcorrer da disciplina
	Ocorre em conjunção com as atividades acadêmicas. Na medida em que aprendemos uma determinada disciplina na teoria, exercitamos nossos conhecimentos com a prática supervisionada. Desta forma, o estudante de homilética terá sua aprovação após demonstrar, pregando, seja nos sermões de prova como nas atividades eclesiais supervisionadas, que consegue aplicar as regras da homilia, ou o exegeta terá que demonstrar, interpretando um texto bíblico, sua perícia na exegese ou hermenêutica, entre outros exemplos.
TÓPICO 4 - A ORDENAÇÃO
	A ordenação ou consagração é o rito através do qual é confirmado o chamado de Deus as pessoas que, separadas e treinadas são efetivadas no ofício do pastorado cristão.
	No Antigo Testamento, os sacerdotes e profetas eram consagrados para o exercício de seus ministérios através de rituais que se caracterizavam principalmente pela imposição das mãos e unção com azeite.
	No Novo Testamento, Timóteo recebeu a ordenação mediante a imposição de mãos do presbítero e foi orientado a não se precipitar ordenando novato.
	
4.1 O SIGNIFICADO
	A ordenação ou consagração representa e formaliza reconhecimento público do chamado divino feito aos futuros líderes da igreja, tanto quanto a autorização para a execução das tarefas pastorais.
4.2 O OBJETIVO
	O objetivo da ordenação é outorgar ao vocacionado autoridade para o pleno exercício do pastorado. O processo credencia postulante agir com autoridade, desde que sob autoridade daqueles que lhe impuseram as mãos. A ordenação também dá a igreja a confiança de que o candidato é um escolhido de Deus.
4.3 AS IMPLICAÇÕES
	No plano físico e visível, a ordenação valida um ministério. Um ministério gerado pelo chamado divino e confirmado por uma convenção eclesial, alicerçada nos valores bíblicos, oferece maior probabilidade de ser saudável e vigoroso do que um ministério autoproclamado.
	No plano espiritual, a convenção que ordena um postulante, valida o chamado de Deus que delega à igreja o poder de ligar e desligar, e que no acordo coletivo encontra anuência nos céus.

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