Buscar

Teologia Pastoral 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR
ADMITEOLOGIA PASTORAL
RESUMO DO CAPÍTULO 2
AS QUALIFICAÇÕES DO VOCACIONADO
Carlos Alberto Vieira
1. INTRODUÇÃO
	Fica claro nas Escrituras, sobretudo nas epístolas pastorais, que aquele que deseja servir a Deus na posição de liderança deve evidenciar um caráter imaculado à semelhança de Cristo. Isto é o que Paulo chama de ser irrepreensível.
TÓPICO 1 - AS EXIGÊNCIAS ESPIRITUAIS
	O ofício pastoral é, essencialmente, uma atividade espiritual. 
	O pastorado coloca o obreiro em contato direto com a realidade espiritual em que Anjos e demônios estão em evidência, e onde conflito os interesses de Deus e do diabo. Por essa razão será imperativo, ao candidato ao ministério pastoral, satisfazer as condições fundamentais impostas por Jesus: um novo nascimento e batismo com o Espírito Santo. 
1.1 O NOVO NASCIMENTO
	Impõe-se que o postulante ao pastorado seja alguém regenerado ou nascido de novo.
	Um bom exemplo de como o exercício do ministério é ineficaz e às vezes perigoso quando praticado por pessoas não salvas, é a experiência vivida pelos exorcistas, filhos de Ceva, ao tentar expulsar um demônio.
	Tomando Paulo como modelo, “tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos”; o resultado foi desastroso. Com uma declaração e uma pergunta, o demônio os fez perceber que estavam desprovidos da principal qualificação para o trabalho espiritual: eles não possuíam a identidade de Cristo; “conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo mas vocês quem sois? ” (At 19:15).
	A identidade de Paulo (quem ele era) estava amalgamada a identidade de Cristo (quem ele é), por isso podia dizer: “Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”. 
	Nenhum obreiro será bem sucedido se não passar pela experiência do novo nascimento. É por este processo que nos tornamos filhos de Deus. Este é um dos grandes mistérios do Novo Testamento. É o novo nascimento que outorga ao crente a participação na natureza divina. Esta condição nos foi dada por Deus através de Jesus Cristo. Referindo-se aos que receberem a Cristo, João afirma que Deus “deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (Jo. 1:12).
1.2 O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
	Antes de subir aos céus, Jesus advertiu aos seus discípulos para que não se ausentassem de Jerusalém até que todos fossem batizados com o Espírito Santo. Sabia que a tarefa de levar ao mundo o Evangelho exigia mais do que discurso. Para que pudessem ser testemunhas de Jesus Cristo precisariam ser revestidos do Espírito Santo.
	É o batismo com o Espírito Santo que propicia ao discípulo as condições para ministrar de maneira que os pinto ao se sobrepunha ao material. É o batismo com Espírito Santo que concede ao discípulo capacidades sobrenaturais como os dons elencados, por exemplo, em I Coríntios 12:1-11.
	Ser cheio do Espírito Santo também adiciona ao caráter do discípulo o fruto do espírito: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança, virtudes indispensáveis à piedade. 
TÓPICO 2 – AS EXIGÊNCIAS EMOCIONAIS
	O vocacionado para o pastorado deverá apresentar um perfil psicológico equilibrado. Não pode ser um indivíduo com problemas emocionais por resolver.
	Um obreiro cheio de remorsos, por exemplo, não conseguirá falar com segurança acerca da graça perdoadora de Deus. A insegurança fez Pedro negar a Cristo e, depois, movido pelo remorso chorou amargamente.
	Um pastor pessimista poderá confundir Cristo com um fantasma, o de coração inclinado a mágoa ou ressentimento não poderá suportar o peso da ingratidão e dos insultos a que muitas vezes o ministro é submetido. A militância espiritual exige do pastor um coração perdoador e tolerante.
	Ansiedade é outro desequilíbrio emocional que deverá ser tratado antes que alguém deseje o pastorado. Tiago afirma “... que o lavrador espera o precioso fruto da Terra, aguardando com paciência até que receba a chuva temporã e serôdia (Tg. 5:7). Um obreiro ansioso não conseguirá esperar a realização das obras Importantes e que geralmente não se fazem de 1 dia para o outro. Evangelizar, aconselhar, ajudar o rebanho de Deus a crescer são tarefas de demorado resultado. A ansiedade poderá levar o obreiro a colher frutos verdes perdendo-se, assim, o trabalho e o fruto.
TÓPICO 3 – AS EXIGÊNCIAS MORAIS
3.1 NOS DEZ MANDAMENTOS
	Não é possível falar de exigências morais sem mencionar os Dez Mandamentos. A observação dos mandamentos de Deus, em termos gerais, realiza a excelência moral requerida ao indivíduo que tem ao Senhor como único Deus. Com efeito, honrará seu pai e sua mãe, não matará, não adulterará, não mentirá e não cobiçará os bens do seu próximo. A constatação de falha em qualquer destes mandamentos, desqualificará o vocacionado ao exercício da liderança de uma comunidade sobre a qual se impõem as mesmas exigências.
3.2 NAS EPÍSTOLAS PASTORAIS
	Em instrução dada a Timóteo quanto às qualificações um postulante ao ministério, Paulo afirmou que o bispo deveria ser irrepreensível. O que se segue nos versículos seguintes é uma decomposição desta irresponsabilidade composta de valores morais, sociais, intelectuais e empíricos.
3.2.1 VALORES MORAIS
	Quanto aos valores morais:
· A Temperança. É a virtude do homem que domina seus ímpetos em relação ao prazer e ao sofrimento ou pelos objetos de seu interesse ou desinteresse. Trata-se de comedimento. Com efeito, o indivíduo comedido não se entregará a glutonaria nem as bebedeiras. Não fará da insatisfação com sua condição econômica, ladainhas de queixas intermináveis. Um sujeito um incontinente excederá sempre diante de seus apetites. Gastará o que não tem, magnificará as causas do sofrimento, assim com minimizará as fontes de prazer. Temperança é a virtude do equilíbrio na caminhada do obreiro.
· A Sobriedade. Em oposição à embriaguez, sugere tanto um estilo de vida abstinente assim como clareza de ideias. Um obreiro não pode isso não poderá exercer bem seu ministério se tiver percepção confusa acerca dos valores e situações com que terá que se envolver.
· A Respeitabilidade. Nas principais traduções da Bíblia para o português são empregados termos “modesto” e “honesto”, entretanto, a melhor tradução para o termo grego “kósmion” seria “respeitável”. O pastor deve ser digno de respeito. Deve ser considerado autoridade moral tanto quanto autoridade na sua competência intelectual.
· A Generosidade. Em contraste a avareza, o pastor deve agir sempre com liberalidade. Não deve ter apegos materiais. O ministro cristão não deve ser um amante do dinheiro. Paulo advertira a Timóteo para que se afastasse dos obreiros que achavam que a piedade tivesse que resultar em lucros financeiros, e Pedro adverte que o exercício fraudulento do ministério seria motivado pelo interesse econômico.
TÓPICO 4 - AS EXIGÊNCIAS SOCIAIS
	Tratam-se dos princípios que norteiam a participação do indivíduo na esfera social. Ao discípulo de Jesus Cristo é requerido que apresente um padrão social superior ao estabelecido pela sociedade secular. Esta exigência permeia quase todos os tópicos apresentados no Sermão do Monte pelo Senhor. Estar abaixo dessas exigências, nem pensar, principalmente aqueles que postulam o pastorado, sendo assim, Paulo recomenda que o candidato:
· Seja marido de uma só mulher;
· Governe bem a sua própria casa;
· Não seja dado ao vinho;
· Não seja violento;
· Seja hospitaleiro;
Em adição a estas qualidades sociais, podemos acrescentar ainda:
· O zelo quanto a condição civil. Nos tempos bíblicos não havia cartório, mas se houvesse, seguramente Paulo acrescentaria que o obreiro deveria ser legalmente casado (não amasiado). No Manual de Ritos e Cerimoniais da Igreja do Evangelho Quadrangular, no introito do Rito do Matrimônio diz que:
[...] A Igreja do Evangelho Quadrangular, de acordo com as palavras do apóstolo Paulo, que nos ordena leal obediência às leis do país e às autoridades legitimamente constituídas, reconhece o contrato civil como suficiente para satisfazer a instituição divina do matrimônio.
	Lembramos que o devido registro dos filhosestá incluído nas obrigações civis.
· O Civismo. Refere-se a devoção à causa pública como informador de opinião jamais um pastor deve se posicionar contra os valores patrióticos.
TÓPICO 5 – AS EXIGÊNCIAS INTELECTUAIS
	O pastor deve ser apto para ensinar. Estar relacionado com a respeitabilidade adquirida pela competência intelectual, Só é apto para ensinar aquele que domina o assunto de sua competência, conhece e domina o método de ensino e apresenta lastro moral acerca do que ensina, ou seja, é visto agindo em conformidade com o que prega e ensina. O aspirante ao ministério pastoral deve ter um espírito ensinável, deve sempre buscar o conhecimento, sem o qual não estará apto para o exercício do ministério. Este é o grande mister da grande comissão: ensinar “todas as nações... ensinando-as guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28:19-20).
	Ao jovem pastor de Éfeso, Paulo exorta: “Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá” (I Tm. 4:13) e ainda: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm. 2:15).
TÓPICO 6 – AS EXIGÊNCIAS DA EXPERIÊNCIA – VOCAÇÃO PROVADA E APROVADA
	Esta exigência está explícita na advertência que Paulo faz a Timóteo de que o candidato ao ministério não pode ser uma pessoa recém convertida. Um novato não teria tempo para ter sua vocação definida e confirmada e, ainda que a vocação e o desejo pelo exercício do ministério aflorassem nos primeiros dias de conversão, não haveria tempo para ser treinado e avaliado quanto à satisfação das exigências anteriores. Geralmente é preciso um tempo considerável para que um discípulo logre as qualificações descritas nos tópicos deste capítulo. Jesus esperou mais de dois anos para formar o colégio apostólico e os liderou somente depois de terem recebido o batismo com Espírito Santo. Mesmo Paulo, não iniciou sua carreira nos dias subsequentes à sua conversão.
	O motivo da preocupação de Paulo era de não permitir que o diabo dispusesse de obreiros tomados de vaidade pela ausência das qualificações supracitadas com o fim de destruí-los.

Continue navegando