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Resumo Orto I e II

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Resumo de Orto- P1 
 
* Cefalometria→ Ciência que estuda a medida da cabeça. 
A radiografia cefalométrica constitui um instrumento de grande valor no diagnóstico, 
prognóstico, planejamento e avaliação do tratamento, bem como no estudo de crescimento e 
desenvolvimento do complexo craniofacial. 
 
* Análise de Cefalométrica→ Conjunto de ângulos, valores e linhas obtidos com o propósito de 
determinar um padrão craniofacial. 
Componentes: padrão esquelético, padrão dentário e análise de perfil. 
Padrão esquelético→ analisa as relações anteroposterior e vertical da maxila e mandíbula com 
a base do crânio. 
Padrão dentário→ relação dos dentes, incisivos, molares e plano oclusal 
Padrão facial→ avaliação dos tec moles em relação com o perfil esquelético, postura labial e 
contorno do nariz 
1957→ workshop: padronização→ paciente de frente para o lado direito do observador, 
esquerda voltado para a película, distância de de 60 pol ou 1,524 m do observador. 
Objetivos: descrever estruturas e seu relacionamento dimensional, verificar alguma anomalia 
dentária ou esquelética, avaliar expressão do crescimento, auxiliar no planejamento do 
tratamento, avaliar resultados. 
 
* Ortodontia e Ortopedia Facial 
 
Ortodontia é um ramo da odontologia que possui como objetivo o estudo do desenvolvimento 
craniofacial, desenvolvimento da oclusão e o tratamento de anomalias dentofaciais. Equilíbrio 
Funcional. 
Nomenclatura de origem grega, onde Orto→ Certo/ Reto e Dontia→ Dente. 
 
- Preventiva→ tem por objetivo​ preservar o desenvolvimento normal da oclusão​ e ​impedir 
ou limitar desvios de normalidade ​em época oportuna, evitando assim as maloclusões. 
Procedimentos: educação odontológica, educação alimentar, ingestão de água fluoretada, caso 
necessário uso de aplicação tópica de flúor, correta restauração, eliminação de hábitos 
(mamadeira, chupeta e dedo), remoção de placas bacterianas, em caso de perda precoce do 
elemento dentário é necessário o uso de um aparelho que possui finalidade de manter espaço 
para que o dente permanente, que vai demorar, irrompa de forma adequada. 
Obs: Esses mantenedores não realizam movimentação alguma, apenas mantém espaço. 
Ex: Alça e banda, Arco de Nance, Arco Lingual, Placas Removíveis. 
 
- Interceptativa→ o objetivo é​ tentar impedir a progressão da maloclusão já iniciada​, 
nesses casos, podem ser utilizados aparelhos que realizam movimentações com pequenas 
inclinações, onde o limite máximo é 3 mm (não é realizado movimento de translação, exceto 
para fechar diastema). Visa a utilização de um artefato por um tempo curto capaz de devolver 
um oclusão de normalidade para o paciente. 
 
 
 
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Procedimentos: recuperador de espaço (aparelho cuja função é fazer pequeno movimento a fim 
de devolver o espaço outrora perdido), descruzamento de mordida, frenectomia, resolução de 
problemas de fonação, deglutição e respiração, eliminação de hábitos, remoção de dentes 
decíduos com retenção prolongada. 
Aparelhos de pequenos movimentos: placa com mola digital, Lip bumper (PLA), recuperador de 
espaço, barra transpalatina, banda e elástico, PIF, Fechamento de diastema. 
 
- Corretiva→ Visa corrigir uma maloclusão já instalada por meio de grandes movimentos. A 
origem dessa maloclusão pode ser esquelética, hereditária onde a ortodontia interceptativa não 
trata. Nesses procedimentos há um envolvimento de grandes movimentações, como o de 
translação (coroa e raiz), e influência na estrutura óssea (crescimento e desenvolvimento). 
Aparelhos: fixo propriamente dito, aparelhos extra-orais, expansor de Hass e expansor he 
Hirax. 
 
Conclusão: O objetivo quanto acadêmico e clínico geral é prevenir, observar, saber 
diagnosticar uma maloclusão de uma oclusão normal, intervir de forma adequada e saber até 
onde intervir, saber indicar/encaminhar, fazer um bom planejamento de tratamento, 
 
* Métodos de estudo de crescimento ósseo 
 
Trata-se de uma terapêutica intimamente relacionada às estruturas craniofaciais, é importante 
para o tratamento ortodôntico, onde o ideal é realizar em fase de crescimento, seja na fase de 
dentição mista ou permanente (16-17 anos), caso tenha alguma maloclusão ou alteração 
esquelética, é possível ajustar reequilibrando as bases ósseas. Além do paciente estar em fase 
de crescimento, é preciso conhecer e saber identificar o que é normal do que é anormal ou 
patológico, procurando controlar esse desenvolvimento. 
 
Conceitos: 
1- Crescimento→ Físico- químico da substância viva, quando a matéria é alterada. Refere-se a 
mudanças dimensionais da estrutura viva, medido por unidade de aumento por unidade de 
tempo. ​Trata-se de um fenômeno anatômico. 
 
2- Desenvolvimento→ É a sequência do estado de fertilização até o estado adulto 
diferenciação dos tecidos até atingir as características somáticas e funcionais.​ Fenômeno 
fisiológico 
 
3- Maturação→ Estabilidade do estado adulto alcançado através do crescimento e 
desenvolvimento. 
 
Tipos de dados de crescimento: Opinião→ suposição baseado na experiência, fase empírica, 
observação→ uso limitado quando não for possível usar dados quantitativos, comparação→ 
com escalas de classificação aceitas ordenando os dados. 
 
 
 
 
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Métodos Quantitativo: Diretos, Indiretos e Inferidos . 
Método para congregar os dado de crescimento: 
1- Método Longitudinal: Estudo do mesmo indivíduo durante longo período de tempo, obtenção 
de radiografias sequenciais com o passar dos anos, amostras puras. Vantagem: variabilidade, 
estudo de um padrão, correção. Desvantagem: longo período de tempo (10-20 anos), custo 
elevado, desgaste da amostra. 
 
2- Método Transversal: média aritmética ponderada de como seria a expressão desse 
crescimento de acordo com medidas de uma determinada população em períodos diferentes. 
Vantagem: tempo e custo, podem ser realizadas em cadáver. Desvantagem: supõem 
similaridade, selecionar amostras o mais fiel possível. 
 
3- Semilonginal ou misto→ amostras divididas em menor tempo. 
 
Métodos de estudos: 
 
- Osteometria​ baseia-se na antropometria (medição esquelética em seres vivos): 
 
Estática: Morto. crânio seco, tanto esqueleto ou cadáver. Desvantagens os cadáveres podem 
ter tido anomalias que alteraram aquele crânio, causas da morte, idade, sexo, origem, etnia. 
Estudo seccional mais utilizado na parte evolutiva 
 
Dinâmica: verificar o Vivo (adaptação de crânio seco para vivo). Tegumento mascara as 
medidas. Apresenta desvantagens: Tegumento,tecido mole, mascara as medidas 
 
Avaliação do crescimento da face, através de paquímetros… 
 
- ​Radiografia Cefalométrica ​ É uma técnica que resume as estruturas anatômicas em um 
esquema geométrico. Medida da cabeça, importante para o diagnóstico, prognóstico, 
planejamento e estudo do crescimento e desenvolvimento do complexo crânio facial. 
Vantagem: identificação da quantidade de crescimento 
Desvantagem: não mostra a natureza desse crescimento, ou seja, não se sabe se é 
membranoso ou endocondral e o local. 
· 
- Implantes metálicos ​Essa técnica utiliza implantes com referência de crescimento, mostra o 
quantidade de crescimento e o local, entretanto não mostra o tipo de crescimento. Pesquisa 
realizada com instalação de metal na mandíbula de porcos, onde verificaram deslizamento e 
deslocamento do metal conforme o porco crescia, dessa maneira, constataram que na 
mandíbula ocorria aposição óssea e reabsorção. 
 
- Corantes vitais ​Impregnação na área de crescimento ósseo, através da via sanguínea e 
muscular, possibilita ​identificar o local e o tipo de crescimento ósseo​, a desvantagem é que 
o animal deve ser sacrificado. 
 
 
 
Garança→ vermelho alizarina 
Tetraciclina→ responsável pela pigmentação, contra-indicada para crianças pois vai pigmentaráreas de crescimento além de inibir, coloração amarelada na ME e na presença de luz UV, se 
perda na descalcificação. 
Prócion→ vantagem sobre a tetraciclina pois fica na descalcificação para microscópio, 
evidência reabsorção óssea e não inibe o crescimento, possui 12 substância onde podem corar 
com coloração diferente a cada mês, para identificar o quanto cresceu em um determinado mês 
Desvantagem: pouco destaque e possui alta toxicidade, podendo levar o animal a morte. 
 
- Radioisótopos ​Utilizam a radioatividade para o estudo de crescimento ósseo (fósforo 32 e 
cálcio 45. Desvantagens: substância radioativa, tóxica, destruição progressiva da amostra. 
 
- ​Marcadores Naturais 
- Histologia → ​qualitativo, quantitativo e mostra o tipo de crescimento que ocorre. 
-​ Fotografia→ ​método comparativo 
- Impressão de Modelos → ​permite um estudo longitudinal 
- Associação de métodos 
- Tomografia e ressonância 
 
 
* Crescimento e desenvolvimento da maxila e mandíbula. 
 
As maloclusões, muitas vezes estão associadas a um inadequado desenvolvimento da maxila, 
mandíbula e a sua relação com a base do crânio. 
 
- Teoria de Crescimento 
1- Hunter: segundo esse autor a mandíbula possui um crescimento posterior, uma reabsorção 
da porção anterior e uma aposição do bordo posterior do ramo ascendente, contribuindo para 
que os dentes permanentes irrompam 
2- Sisher: atribui grande valor para o controle genético, somente a remodelação superficial e 
das trabéculas internas estariam sob o controle de fatores locais. ​“Teoria do Domínio 
Sutural”, ​atribui grande importância as suturas, as paralelas que ligam a face com a base 
craniana são responsáveis por empurrar o complexo nasomaxilar para frente, adaptando o seu 
crescimento com a da mandíbula. 
3- Scott: acreditava que o controle do crescimento cranio-facial é devido ao periósteo e 
cartilagem. 
4- Moss: ​Matriz funcional, ​onde afirma que as estruturas adjacentes aos ossos é que 
determina seu crescimento, influenciado por fatores locais e ambientais. 
5- Van Limborgh: crescimento cranio-facial são controlados por poucos fatores genéticos 
(condrocrânio) e muito fatores locais (desmocrânio). 
6- Enlow:​ Teoria do princípio em V, ​onde o crescimento da extremidade livre aumenta a 
distância entre eles mesmos→ Maxila( palato, órbita) e mandíbula. 
 
 
 
 
- Crescimento pré-natal dos ossos maxilares 
O osso tem sua formação através do tecido conjuntivo, podendo ser intramembranosa ou 
endocondral, dependendo da sua localização. 
 
1- Intramembranosa: Tecido conjuntivo possui células mesenquimais que vão se diferenciar em 
osteoblastos, liberaram matriz osteoide que sofrerá diferenciação em osteóide e ocorre uma 
deposição de cálcio nesses locais ocorrendo uma calcificação e formação de estruturas 
ósseas, há alguns locais que existe a permanência desse tecido conjuntivo, como as suturas, 
que são campos de crescimento. Ex: maxila, corpo e ramo da mandíbula. A partir da sutura, 
periósteo e endósteo. 
 
2- Endocondral: formação morfogenética, que possui uma contínua formação de osso em áreas 
que recebem grande compressão, presente na base do crânio e no côndilo, além disso, essas 
estruturas possuem influência para o crescimento facial. Células mesenquimais 
indiferenciadas→ cartilagem→ hipertrofia→ mineralização da matriz celular→ degeneração dos 
condrócitos→ capilares e células de tecido ósseo. 
 
Tamanho da cabeça com relação ao restante do corpo: durante o 3° mes de vida intra-uterina,a 
cabeça corresponde a 50% do total; ao nascimento 30%; ao longo da vida adulta essa 
porcentagem chega a 12%. 
 
- Crescimento pós-natal dos ossos maxilares: 
 
1- Mecanismo de Crescimento Ósseo: 
O osso cresce por deposição de tecido ósseo ​(aposição) ​em um dos lados e por remoção de 
osso ​(reabsorção) ​do lado oposto→ ​REMODELAÇÃO. 
 
Funções → Aumenta progressivamente cado osso como um todo; recolocação sequencial 
permitindo um crescimento global; molda o osso permitindo suas várias funções de acordo com 
as ações fisiológicas, realiza ajustes funcionais estruturais. 
 
Movimentos durante o Crescimento: 
 
1- Deslizamento→ Aposição e reabsorção do próprio osso 
2- Deslocamento→ Movimento de todo osso como uma unidade. 
- Primário: Conforme o osso cresce por deposição, ele se desloca no sentido contrário, 
levado por compressão de tecidos moles em crescimento que o recobrem. 
- Secundário: Ocorre devido ao crescimento de outros ossos que estão relacionados 
direto ou indiretamente a um determinado osso. Ex: crescimento da fossa anterior 
média e do lobo temporal que deslocam o complexo naso-maxilar para frente e para 
baixo. 
Obs: O deslocamento ocorre simultaneamente ao deslizamento. 
 
 
 
Surto de Crescimento: é um acelerado crescimento em um curto período de tempo, é onde 
ocorre uma melhor resposta para o tratamento ortodôntico, varia de pessoa para pessoa e há 
um dimorfismo sexual, onde as meninas ocorre entre - 9,6 - 12,6 anos de idade e os meninos - 
10,6 - 13,6 anos, devido essa variabilidade, pode se determinar através da calcificação do osso 
sesamóide, quando começa a calcificação indica o início do surto de crescimento e no caso 
das meninas quando ocorre a menarca indica que já está na fase decrescente da curva de 
crescimento. 
 
- Crescimento da base do crânio: 
Importante pois influencia o deslocamento e a direção do crescimento facial. A expansão da 
fossa craniana média realiza um deslocamento secundário→ Assoalho craniano anterior, 
complexo nasomaxilar e mandíbula. 
Origem endocondral→ sincondroses entre os centros de ossificação conforme a ossificação se 
processa, no seu centro existe uma hiperplasia com células cartilaginosas se maturando que 
serão substituídas posteriormente por tec ósseo. 
Sincondroses: Interesfenoidal – ossifica até os 2 anos de idade 
 Intraoccipital – ossifica entre 5 e 6 anos de idade 
 Esfenoetmoidal – ossifica entre 6 e 8 anos de idade 
 Esfenoccipital – ossifica na adolescência. 
 
Embriogênese: 
1° Par de Arcos- mandibulares→ maxila, mandíbula e músculo da mastigação 
2° Par de Arcos→ hióideos 
 
- Crescimento Maxilar: (crescem em várias direções) 
Possui origem intramembranosa e um crescimento por aposição óssea nas suturas que a 
conectam ao crânio e a base do crânio e pela reabsorção → Remodelação de superfície. 
 
Crescimento da maxila 
· Ântero – Posterior 
· Vertical 
· Vertical e horizontal 
· Transversal 
· Estruturas associadas (Vômer, etmoide, zigomático, palatino) 
 
 
ANTERO-POSTERIOR (horizontal): 
1- Tuberosidade Maxilar→ Maior área de crescimento maxilar, cresce por deposição óssea 
periosteal, reabsorção endosteal do córtex do túber→ POSTERIOR, LATERAL (direita) e 
ALVEOLAR. 
Nesse tipo a ​maxila cresce para trás e desloca-se para frente​, devido a​ sutura 
pterigomaxilar. 
 
 
 
 ​Deslocamento Primário da maxila: anterior e inferior. A força que causa esse deslocamento é a 
matriz funcional. 
Esse deslocamento é importante para criar o espaço para que os molares permanentes 
irrompam e contribuem para que o crescimento no sentido ​antero-posterior e para fora 
(divergente)​ ocorra. 
 
2- Suturas: Zigomático-maxilar, zigomático-temporal; frontomaxilar; pterigopalatina. São suturas 
importante para o crescimento antero-posterior da maxila,crescimento maxilar e contribuindo 
para o deslocamento para frente da maxila. Uma das características dessa sutura é que são 
diagonais e paralelas entre si, auxiliando o deslocamento. 
 
3- Processo Alveolar→ Cresce em resposta a erupção dentária, remodela conforme a função 
do dente e reabsorve quando o dente é perdido. Contribui para o crescimento ​vertical e 
antero-posterior​ da maxila, deslocando-a para frente e acompanha o crescimento da 
tuberosidade. O processo alveolar que interfere para o crescimento da maxila encontra-se 
localizado na região dos incisivos e no tuber. POSTERIOR, LATERAL e VERTICAL 
 
4- Espinha Nasal Anterior→possui pouca influência para o crescimento antero-posterior, mas 
quanto maior for a aposição da ENA e ENP, maior será esse crescimento. 
 
 
VERTICAL: 
1- Abobada palatina (nasal e da mandíbula), grande responsável → forma o contorno do 
palato→ Crescimento em V, acompanhando o crescimento facial, aposição na superfície bucal 
e reabsorção na superfície nasal, ​deslocando a maxila para baixo e permitindo uma 
expansão vertical. ​Possui forma TRAPEZOIDAL. 
 
2- Suturas: Zigomático-maxilar, zigomático-temporal; frontomaxilar; pterigopalatina. 
 
3- Processo Alveolar→ Contribui para o crescimento ​vertical e antero-posterior​ da maxila, 
deslocando-a para frente e acompanha o crescimento da tuberosidade. O processo alveolar 
que interfere para o crescimento da maxila encontra-se localizado na região dos incisivos e no 
tuber. POSTERIOR, LATERAL e VERTICAL 
 
4- Seios→ nas estruturas do seio maxilar e frontal existe uma reabsorção interna e uma 
aposição externa, onde isso determinará um expansão dos seios de um indivíduo adulto 
comparado a de uma criança, também colabora paro crescimento vertical da maxila. 
 
Obs: A aposição óssea da maxila na sua porção vestibular (ext) contribui para um alargamento 
dessa estrutura. 
 
TRANSVERSAL (LATERAL): 
 
 
 
1- Sutura Palatina Mediana→ não é uma grande responsável pelo alargamento da maxila, uma 
vez que o princípio em V ocorre principalmente na tuberosidade maxilar e no processo alveolar. 
 
2- Processos Alveolares 
 
3- Tuberosidade Maxilares 
 
CRESCIMENTO DE ESTRUTURAS ASSOCIADAS: 
 
1- Osso Zigomático→ aumento vertical, pela aposição da borda inf. 
2- Osso Malar 
 
São estruturas ósseas que envolvem o osso maxilar, essas estruturas juntamente com o 
processo de remodelação da maxila permitem um crescimento ósseo em todos os aspectos. 
 
CRESCIMENTO DO SEPTO NASAL 
1- Crescimento do complexo facial mediano 
2- Desloca a maxila para baixo e para frente 
3- Ossificação endocondral 
 
Crescimento facial mediano→ interferência do crescimento do septo-nasal→ desloca o 
crescimento maxilar para baixo e para frente através de uma ossificação endocondral. 
Ocorre uma aposição do vômer para comportar o crescimento nasal. 
 
Scott→ Cartilagem empurra a maxila 
Moss→ Cartilagem apenas acompanha o crescimento 
 
- Crescimento Mandibular: 
Tem origem intramembranosa na região do ângulo e corpo mandibular, na região do côndilo a 
origem é endocondral. 
 
CRESCIMENTO CONDILAR: 
Origem endocondral, cartilagem é do tipo secundária, ou seja, é uma fibrocartilagem 
(resistência). 
Não é um centro primário de crescimento, há um crescimento VERTICAL, HORIZONTAL, 
LATERAL. 
 
O condilo possui um crescimento para tras e para cima, onde encontra um obstáculo que é a 
cavidade glenóide, o deslocamento é para baixo e pra frente. 
 
LATERALIDADE: 
- Base do crânio→ cavidade Glenóide 
 
 
 
A mandíbula aumenta em lateralidade, uma vez que a base do crânio também aumenta em 
lateralidade, se encontra ligada a base do crânio a partir da cavidade glenóide. Não tem como 
fazer uma expansão mandibular pois não tem sutura. 
O que aumenta em lateralidade é a porção posterior. O espaço que possui os dentes decíduos 
é o espaço que corresponderá a irrupção dos dentes permanentes suplementares (que 
possuem antecessores decíduos). 
 
BORDA ANTERIOR E POSTERIOR DO RAMO 
Porção anterior→ Reabsorção; Porção posterior→ Aposição→ ​Espaço para os dentes 
permanentes inferiores. 
 lingual→ Reabsorção; Porção vestibular→ Aposição. 
Isso faz manter a LARGURA do ramo da mandíbula, crescimento para a região POSTERIOR e 
deslocamento para a região anterior. 
 
CORPO MANDIBULAR: 
Região retro-molar 
Região de molar 
Região de pré-molar 
 
Obs: Presença de reabsorção do corpo mandibular em locais em que há glândula→ 
submandibular e sublingual. 
 
PROCESSO ALVEOLAR: 
Crescimento vertical, lateral e antero-posterior. Princípio em V. 
 
BORDO INFERIOR: 
Chanfradura antagônica→ Reabsorção, em caso de remodelação, quando chega-se na 
maturidade de 7-7 anos. 
Restante do Corpo→ Aposição 
 
Obs: no bordo inferior sempre está presente a aposição óssea, para ocorrer inserção muscular. 
 
PROCESSO CORONOIDE: 
Possui um crescimento MEDIAL, SUPERIOR e POSTERIOR, com um deslocamento para 
dentro, tras, pra cima→ Princípio de crescimento em V. Aposição na superfície superior e 
lingual e reabsorção na superfície bucal e anterior. 
 
MENTO: 
Possui características própria (genética), ocorre remodelação→ aposição no mento e perto da 
estrutura alveolar reabsorção. 
 
* Dentição Decídua→ Influência na troca de dentição 
O desenvolvimento da oclusão está ligado ao crescimento dos ossos maxilares. 
 
 
 
 
- Crescimento e desenvolvimento dentário: 
1- Proliferativo: Esmalte, dentina, polpa, cemento, ligamento.. 
2- Calcificação 
3- Irrupção 
 
Odontogênese: 
O primeiro sinal de formação de dente se dá na 3 sem→ espessamento do limite epitelial 
6 sem→ formação de uma lâmina dentária e arcos epiteliais em forma de C. 
Os dentes iniciam com a invaginação da lâmina dentária dentro do mesênquima subjacente. 
O início da dentição decídua completa ocorre no útero até o 2 mes 
Formação de uma lâmina sucessiva→ dentes permanentes 
A lâmina dental se aloja distalmente ao 2°Md, dando origem ao germe dentário do permanente. 
O 1°Mp tem um período de iniciação de 4m intra-uterino; 2°Mp de 1 ano e o 3°Mp de 4-5 anos. 
 
 
 
Estágio embrionário: logo após a formação da lâmina dentária, um sulco vestibular vai dividir a 
face e os lábios dos arcos dentários→ 10 dentes decíduos em cada maxilar (completos na 8 
sem) 
 
Estágio capsular: o crescimento do embrião ocorre mais perifericamente. Epitélio do órgão 
dentário capsular se alarga→ maior conectividade com o tecido (ectomesênquima). Germe 
dentário: esmalte, papila e folículo dentários→ Proliferação celular 
 
Órgão do esmalte→ Ectomesênquima - Epitélio externo e interno do esmalte 
 
Papila dentária→ Mesênquima - Retículo estrelado (Polpa do esmalte), papila dentária (Fica 
abaixo do epitélio interno) 
 
 
Saco Dentário→ Mesênquima- Envolve o epitélio externo do esmalte 
 
Estágio Campanular: alargamento do germe dentário e aprofundamento na superfície anterior. 
Nessa fase a uma histodiferenciação e morfológica. 
- Precoce 
· 18 semanas - 105 mm 
· Histodiferenciação celular 
· Proliferação maior de células 
· Fusão do epitélio externo e interno do esmalte 
· Inicia formação de polpa, ligamento e dentina. 
- Avançado 
· 20 semanas- 200mm 
 
 
 
· Morfodiferenciação 
· Formação da bainha 
 Formação da raiz 
 
 - Calcificação dentária → campânula avançada 
4 mês de vida ​intra uterina 
· Superiores: IC, IL, C, 1ºM, 2ºM 
· Inferiores: IC, IL, C, 1ºM, 2ºM 
 
- Irrupção dentária 
· 6 mês de vida ​pós natal​ – 1º dente aparece- Incisivos 
Arco com forma de ferradura com abobada rasa. 
Vão irromper no espaço do rolete gengival. 
Maxila subdesenvolvida e a mandíbula mais para a região posterior 5-6mm, por isso também é 
importante a amamentação. 
 
Obs: Roletes Gengivais: gengiva pré-natal até a irrupção do dente. A superfície posterior 
encontra-se mais achatada, em relação as anteriores mais saliente e não se tocam permitido 
um espaço funcional/fisiológico.​ Espaço mesial anterior​→ Fundamental para a amamentação. 
Relação Vertical; DV diminuída e ausência de desenvolvimento osseo alveolar. 
 
Cronologia de irrupção 
· ICI – 6/7 meses 
· ICS – 8 meses 
· ILS- 9 meses 
· ILI - 10 meses 
· 1 MI e S – 14 meses (Vem antes dos caninos, porque a criança de 6 meses até 1 ano ela só 
tem 8 dentes (4 ICS/ICI – 4 ILS e ILI- Só tem poder de corte) 
· C S e I – 18 meses 
· 2 M S e I – 24 meses (Pode se estender até 36 meses) 
 
- Características da dentição decídua: 
Total de 20 dentes, sendo que 10 são inferiores e 10 são superiores; Na dentição decídua não 
há pré-molar; os dentes dos meninos são maiores que os das meninas, principalmente os 
caninos; não possuem inclinação axial “paralelismo de raízes”; não apresentamcurva de Spee 
e nem de Wilson; possuem um ângulo de 180° na incisal. 
Sobremordida (overbite) ​→ sentido vertical. Ao irromper os IC é exagerada, mas quando 
irrompe os molares decíduos a mordida fica topo a topo. O​ 1°Md ​é o​ primeiro levante da 
dentição vertical. 
Formas do arco→ ​semi-circular, pois não existe dente atrás do 2°M decíduo. 
Plano oclusal→ ​no mesmo patamar 
Espaços interdentais→ ​espaço primata(max- IL e C; Mand- C e 1°M) e diastema. São 
espaços necessários para acomodar os dentes permanentes na troca de dentição. 
 
 
 
Tipos de arco na dentição primária- Baume: Tipo I→ com espaço→ primatas + diastema 
 Tipo II→ sem espaço interdentais→ probabilidade 
de remover pré 
Relação de molares: ​Chave de molar→ GUIA DE ERUPÇÃO DO 1°M PERMANENTE 
Guia D do 2°Md: Plano terminal reto (76%) - normalidade, topo a topo; esquelético classe II 
 Degrau mesial (14%) - normalidade ou classe III 
 Degrau distal (10%) - certeza de má-oclusão 
 
Obs: Irrupção dos 2°M decíduos: final da dentição decídua, a relação distal influência na 
erupção dos 1°M permanentes, ​anatomia igual ao do 1°M permanente. 
ATM→ ​pouco desenvolvida 
 
* Dentição Mista (6 a +-12 anos), período de transição. 
Inicia com a irrupção do primeiro dente permanente (6 anos) e vai até a esfoliação do último 
decíduo. 
O irrupção do ​1°M p​ermanente caracteriza-se por ser o ​2°levante da dimensão vertical. 
Calcificação: Tabela de Nolla 
Tem-se um mapeamento de formação da raiz e irrupção dente, deve ser feito uma panorâmica, 
deve ser levado em conta ao fazer uma movimentação orto. 
 
 
 
 
 
- Irrupção: “É o processo de desenvolvimento que​ movimenta ​um ​dente​ ​desde​ a sua​ posição 
na cripta​, através do ​processo alveolar, emergindo na cavidade bucal​ até ​ocluir com o 
seu antagonista.” 
Estágios: pré-eruptivo; intra-alveolar; intra-bucal; oclusal 
Coroa completa→ crista alveolar → oclusão → raiz completa 
 (2-5 anos) (12-20 meses) (1-2anos) 
 
- Teorias para que o dente irrompa na cavidade bucal: 
 1- Presença de mediadores químicos da osteoclasia, fatores de crescimento presente no 
folículo dentário do dente permanente fazendo com que acelere o processo. 
2- Teoria do antígeno sequestrado→ esmalte tem origem do ectoderma, e como a maioria do 
que é originado do ectoderma encontra-se superficialmente, acaba aflorando na cavidade 
bucal, por meio de um reconhecimento do organismo (suposição) 
 
- Fatores que interferem no processo de irrupção: 
Hereditariedade; 
Infecção; 
Doença crônica; 
Distúrbio endócrino; 
Densidade óssea; 
Tec mucoso queratinizado; 
Sexo→ meninas possuem tendência de ter calcificação mais cedo que os meninos +-5 meses; 
Raça; 
Nutrição 
 
- Fatores que determinam a posição do dente em oclusão: forças musculares; componente 
anterior de força (causa: apinhamento dentário); tendência de deslocamento mesial; 
crescimento do ramo mandibular. 
 
Sequência Favorável de Irrupção: 
Maxila: ​1M, IC,IL,1PM, 2PM,​ C 
Mandíbula: ​1M, IC, IL, C, 1PM, ​2PM 
 
 
 
 
 
 
Sequência desfavorável: 2°M irrompendo antes do 2°PM. Os dentes que mais geram 
complicações com relação a impactação são os C e o 2°PM, pois são um dos últimos a 
irromper na cavidade oral. Quanto maior o desvio da sequência de irrupção, maiores são os 
problemas. 
2M antes dos caninos→ perda de espaço do canino 
C após PM na mandíbula→ probabilidade de classe III 
 
Obs: Aos 6 anos é a fase em que mais se tem dentes, cerca de 48 dentes. 
 
Processo Irruptivo: 
Dentes antecessores, sucessores e suplementares; 
Reabsorção do decíduo 
Aumento da raiz do permanente 
Aumento da altura do processo alveolar 
Movimento eruptivo 
 
- Padrão de Irrupção: 
Irrupção dos molares; 
Irrupção dos incisivos inferiores 
Irrupção dos incisivos superiores 
Irrupção dos caninos e pré-molares 
 
 
- Características da Dentição Mista: 
Curva de Spee e Wilson→ ​ estão presentes e isso se dá pois há uma inclinação axial dos 
dentes. 
 
 
 
 
Curva de spee→ vai de caninos até 2M permanentes (inclinação mesial), é uma curva côncava 
de oclusão no sentido antero-posterior. 
 
Curva de Wilson→ primeiros molares permanentes (inclinação V e L), curva no sentido 
tranversal 
 
Sobremordida→ ​ passa a ser exagerada novamente no começo, uma vez que os sucessores 
são maiores que os antecessores, passa a ter um aspecto normal com a irrupção do ​2M 
p​ermanente ​terceiro levante da dimensão vertical. 
 
Sobressaliência→ ​reflexo da relação ântero-posterior 
ATM→ ​alteração da atm,sofre um remodelamento, aprofundamento da fossa glenóide, 
modificação da anatomia do côndilo, fossa e da eminência articular. 
Espaço nas bases ósseas: ​Mandíbula→ reabsorção da borda anterior do ramo 
 Maxila→ aposição óssea na tuberosidade 
Isso possibilita que os molares tenham espaço para irromper. 
 
É normal em crianças de até 7 anos ter apinhamento (0-2mm) nos dentes inferiores, pois o 
tamanho dos 4 incisivos são maiores que o espaço oferecido, além disso irrompem para a 
lingual, que com a ação da língua leva a posição. Outra forma de correção é esperar o canino 
decíduo esfoliar. 
 Outra condição que é considerado normal, são os dentes maxilares serem mais inclinados 
para a vestibular, por isso é mais comum ter diastema, e como correção tem que esperar os C 
permanentes irromperem. 
O espaço para os dentes adicionais ou complementares dependem do reabsorção e aposição 
óssea. 
 
Lee Space→ ​diferença do somatório dos diâmetros mésio-distais dos caninos e molares 
decíduo em relação ao somatório dos caninos e pré molares-permanente. Inferiores: 4 mm e 
superiores:1 mm. 
Obs: Os antecessores dos posteriores são maiores que os sucessores: Inferior→ hemi 1,7 
 Arcada 3,4 
 superior→ hemi 0,9 
 Arcada 1,8 
* Dentição Permanente 
 
Períodos: 1- Fictício (antes de 1900); 
 2- Empírico (1900 a 1930)- Hipótese clínicas, pontos estáticos 
 3- Verídico (1930 até hoje)- Aspecto dinâmico da oclusão 
 
1950- Strang → “Complexo estrutural, constituído de dentes e ossos maxilares, caracterizados 
por uma relação normal dos planos inclinados dos dentes, apresentando pontos de contatos 
proximais e posições axiais corretas, que se encontram situados individualmente e 
 
 
 
coletivamente em harmonia arquitetônica com seus ossos basais e com a anatomia craniana, 
e tendo associado a ele crescimento, desenvolvimento e relações normais com os tecidos 
adjacentes.” 
 
 
- Características da Dentição permanente 
 
1- Número, tamanho e forma 
O número de dentes corresponde a 32, sendo 28 aceitáveis; 2 arcadas e 4 hemi-arcadas; 
Notação dentária→ Cruz de Ridier→ utiliza os quadrantes: quando for mais de um dente (,) se 
não é um dente só. 
Proporção de tamanho: 
Max→ IC> IL; 1°PM> 2°PM; 1M>2M>3M 
Mand→ IL> IC; 2°PM> 1°PM; 1M> 2M> 3M 
 
2- Forma dos arcos: pode apresentar triangular, quadrangular ou parabólica (convencional), 
entretanto depende da arquitetura crânio-facial (herança genética) 
 
Dolicocéfalos→ face mais alongada, forma triangular; 
Braquicéfalos→ face mais curta, forma quadrangular 
Mesocéfalos→ intermediário, forma parabólica (convencional). 
 
3- Chave de Oclusão: 
Cúspide MV do 1°M superior permanente ocluindo no sulco V do 1°M inferior permanente 
Relação dos planos inclinados dos dentes permanentes. 
Os 1M são considerados estáveis na anatomia craniana; são os primeiros dentes permanentes 
a irromper na cavidade bucal, são os maiores dentes permanentes,independem de 
antecessores, são guiados pela distal do 2M decíduo. 
 
Arcada Superior: IC, IL→ in set 
 C→ off set 
 2PM e M→ off set 
 
Arcada Inferior: IC, IL→off set 
 C→ off set 
 M→ off set 
 
4- Inclinação Axial→ grau de inclinação do longo eixo em relação ao plano vertical, sentido 
m-d→ angulação (tip); v-l→ torque. 
Superior: inclinação para vestibular e mesial 
Inferior: até o C inclinação vertical e ligeiramente mesial 
 Do 1PM em diante inclinação é lingual e vertical 
 
 
 
 
5- Curva de spee: curva concava no sentido antero-posterior, que vai da superfície 
vestibulo-oclusal dos inferiores posteriores até as bordas incisais dos dentes anteriores 
 
 
- Estabelece boa proporção de sobremordida 
- Fornece poder de corte dos incisivos 
- Permite contato uniformes na protrusão 
- Separação uniforme dos planos oclusais 
 
6- Curva de Wilson: curva no sentido transverso, resultante da inclinação vestibulo lingual dos 
molares 
 
- Fornece resistência mastigatória pela inclinação axial dos dentes 
8- Sobressaliência→ trespasse horizontal que há entre os incisivos superiores e inferiores, 
costuma ser associadas com relação as bases óssea e sofrem ação do lábio e musculatura. 
Normal é 30%; ⅓ ou 3mm 
 
 
9- Sobremordida→ trespasse vertical que há entre os incisivos superiores e inferiores. Normal é 
30%; ⅓ ou 3mm 
 
10- Equilíbrio do sistema estomatognático, relação dentária, esquelética e muscular. Caso não 
há esse equilíbrio existe a necessidade de uma readaptação 
 
 
 
 
Obs: adaptação eruptiva ao decorrer da vida: desgaste incisal e oclusal pelo contato com o 
antagonista ao longo do tempo e também existe um desgaste proximal ocasionado pelo 
componente mesial das forças. 
 
*Classificações das Maloclusões→ São necessariamente em dentes permanentes, uma vez 
que a dentição mista encontra-se em evolução. 
Existe uma grande variabilidade de maloclusões sendo necessário agrupamento, dessa forma, 
foram classificadas com o objetivo de segregá-los em um pequeno número de grupos, que são 
caracterizados por variações específicas da oclusão normal. 
Objetivos: 
- grupos com fatores em comum; 
- simplificar o tratamento por agrupar casos que requerem mecânica semelhante 
- facilita a comunicação entre profissionais 
- comparação de casos; 
- facilita conclusão, diagnóstico referentes a etiologia, prognóstico, contenção e prevenção das 
maloclusões. 
Requisitos: simples, prática, precisa, completa e lógica. 
 
Oclusão normal: contato proximal e antagonistas; chave de molares; relação dos planos 
inclinados; linha de oclusão suave- maxila no sulco (cúspide-crista) e mandíbula na região 
vestibular (cúspide-fossa). A oclusão normal envolve um complexo estrutural, harmonia entre 
os osso basais e anatomia craniana, associação do crescimento e desenvolvimento e 
correlação normal com as estruturas adjacentes. 
 
Maloclusão→ É qualquer alteração da oclusão normal 
Carabelli→ primeiro a descrever a relação anormal entre as arcadas superiores e inferiores 
Classificação de Angle→ ​classificação dentária 
- ​Princípios básicos: 
1- O corpo mandibular e sua arcada dental devem ocupar uma posição anteroposterior normal 
em relação a anatomia craniana; 
2- O arco dentário maxilar, por estar localizado em uma base fixa, é estável em relação a 
anatomia craniana. 
3- O 1M superior, estável, é considerado guia para a análise de oclusão 
4- Se houver modificação dos molares maxilares em suas relações com a anatomia craniana, 
estas podem ser detectadas pela modificações axiais dos dentes, principalmente dos caninos 
 
 
 
 
Base: Relação oclusal dos 1M permanentes
 
Classe I​→ A cúspide MV do 1M superior oclui no sulco vestibular do 1M inferior. 
Relação normal entre as bases ósseas e a base do crânio; 1M encontra-se em chave de 
oclusão; origem do problema é um fator dental; pode ser que possua apinhamentos, diastemas, 
má posições dentais individuais, mordida cruzada, sobremordida exagerada e biprotrusão. 
Perfil pode ser reto, exceto em casos de mordida aberta ou biprotrusão que vão ser convexos. 
Função normal da língua, peribucal e mastigação. 
Obs: o perfil não é um critério para a classificação. 
 
Classe II​→ A cúspide MV do 1M superior oclui a frente do sulco V do 1M inf, ou seja, o sulco 
vestibular do 1M inf permanente se articula posteriormente a cúspide MV do 1M superior 
permanente. 
- 1°Divisão: Relação distal do 1M inferior em relação ao superior e da mandíbula em relação a 
maxila e a base do crânio. 
Incisivos superiores com inclinação axial vestibular acentuada 
Sobressaliencia acentuada, sobremordida profunda 
Curva de Spee acentuada e atresia do palato. 
Perfil: Convexo 
Função muscular anormal: lábio superior curto e hipotônico, lábio inferior evertido e espessado, 
hipertonicidade do mento. 
- 2° Divisão:​ IC superior encontra-se vertical ou com ligeira inclinação para a lingual e IL 
superior com inclinação vestibular acentuada 
Perfil de reto a levemente convexo 
Menor atresia do palato que a 1° divisao 
Função muscular mais equilibrada 
Terço inferior geralmente diminuido 
 
 
 
 
Quando a Classe II ocorre apenas em um dos lados da arcada, estando o outro em Classe I, 
essa unilateralidade é considerada uma subdivisão 
 
Classe III​→ A cúspide MV do 1M superior permanente oclui atrás do sulco V do 1M inferior 
permanente. 
A mandíbula e o arco dentário inferior encontra-se em uma posição mesial em relação a maxila 
e o arco dentário superior. 
Perfil concavo 
Overjet negativo ou em topo 
Compensação dentária: Incisivos superiores- V 
 Incisivos inferiores- L 
 
Limitações: 
1- considera o 1M superior como um dente fixo, entretanto ele sofre modificações 
2- sistema de classificação estritamente dentário, isolando os dentes do complexo cranio-facial 
3- incompleta, pois só classifica as maloclusões no sentido anteroposterior 
4- não considera os problemas esqueléticos da maxila 
5- estática 
6-não tem grau de severidade de maloclusão 
7- restrita a dente permanente 
 
Nomenclatura de Lisher​→ mal posição dentária individual, variação da posição normal + 
versão. Ex: mesioversão; distoversão, linguoversão; vestibuloversão; infra-versão; 
supra-versão; torsiversão (rotação em torno do seu eixo) e perversão (dente impactado) 
 
Classificação de Simon→ ​Relação dos dentes com a face e o crânio nas três dimensões do 
espaço (plano sagital mediano; plano de frankfurt; plano orbital). 
 
Relação anteroposterior; relação tranversal; relação vertical. 
 
 
 
- Relações anteroposterior→ Plano orbital 
LEI DO CANINO: o plano passa pelo ⅓ D da face V dos caninos superiores. Possível verificar 
se há uma protração do arco mais anterior que o normal ou uma retração do arco para uma 
posição mais posterior que o normal. 
 
 
 
 
 
 
Relações transversais→ Plano sagital mediano 
Contração: arco dental mais próximo do plano 
Distração: arco dental mais afastado do plano 
 
 
 
- Relações Verticais→ Plano de frankfurt 
Atração: arco dental mais próximo ao plano 
Abstração: arco dental mais afastado do plano 
 
 
 
 
Trata-se de uma classificação tridimensional; separa problemas de má posições dentárias de 
displasias ósseas; por ser confusa os termos mais utilizados são: retração, protração e 
contração . 
 
Mal posição dos grupos de dentes 
- Variações verticais: mordida aberta; sobremordida exagerada 
- Variação transversal: mordida cruzada. 
 
* Etiologia das Maloclusões- Fatores Gerais 
“Maloclusão é um desvio morfofuncional, de natureza biofísica, do aparelho mastigatório” As 
classificações são variáveis de acordo com o autor, pode ser em: 
- Fatores ambientais e Fatores genéticos 
- Fatores endógenos e Fatores exógenos 
- Pré-natais e Pós-natais 
- Fatores Locais→ são fatores externos que agem sobre as estruturas bucodentais afetando a 
oclusãode forma localizada; Fatores Gerais→ são fatores de origem sistêmica que ocorrem no 
desenvolvimento do indivíduo, afetando a oclusão de maneira geral. 
 
 
 
 
 
Hereditariedade: transmitida por genes que podem estar presentes no nascimento ou 
manifestar-se mais tarde, sendo o maior causador de maloclusões. 
Influência racial hereditária→ miscigenação ↑ maloclusão 
Tipo facial hereditário 
Influência no padrão de crescimento 
Características morfológicas e dentofaciais 
Síndromes de herança genética 
Exercem alta influência com relação as características craniofaciais (esqueléticas); baixa 
influência nas características dentais (oclusais). 
 
-Autossômico Dominante 
1-Síndrome de Crouzon→ fechamento precoce das suturas cranianas e osso faciais. 2- 
Síndrome do incisivo maxilar mediano único→ presença de um incisivo na linha média, 
ausência do freio labial, exostose da sutura mediana. 
3- Acondroplasia→ distúrbio da formação óssea endocondral, crescimento restrito da base do 
crânio, retração maxilar, prognatismo mandibular relativo, ausência congênita de dentes 
4- Síndrome de Gardner→ odontoma, supra-numerários e dentes imapactados 
 
- Autossômico Recessivo 
1- Displasia ectodérmica hereditária→ acomete todas as estruturas do ectoderma; hipodontia 
ou anodontia 
2- Disostose cleido-craniana→ ausência ou hipoplasia das clavículas, fechamento retardado 
das suturas ou abertas; dentes extranumerários; maxilar hipoplásico; retenção prolongada de 
dentes decíduos; retardo ou falha completa na irrupção dos dentes permanentes 
 
 
 
3- Síndrome de Treacher Collins ou Disostose mandíbulo-facial→ morte excessiva de cél do 
gânglio trigeminal; hipoplasia mandibular e maxilar; angulo mandibular obtuso; palato profundo 
30% de fissurados; mento hipoplásico. 
 
Defeitos Congênitos: anomalias que estão presente ao nascimento causadas por danos no 
desenvolvimento durante o período fetal. Síndromes, fissuras, paralisia cerebral, sífilis 
congênita e torcicolo. 
1- Síndrome de Pierre Robin→ fenda palatal em forma de U; mandíbula displásica e pequena; 
glossoptose; maloclusão- colapso do arco maxilar, facie de “passarinho”. 
2- Síndrome fetal alcoolica 
3- Microssomia hemifacial→ perda precoce das cél da crista neural, assimetria, o ramo 
mandibular do lado afetado é deformado e o músculo facial é deficiente ou ausente 
4- Fissuras→ fendas lábio-palatinas: causada por qualquer fator que interfira na diferenciação, 
migração e proliferação 
5- Paralisia Cerebral→ desequilíbrio muscular, distrofia muscular- aumento do crescimento 
vertical, mordida cruzada, mordida aberta 
6- Sífilis→ palato alto, maxila curta, tríade de Hutchinson, anomalia- Incisivos em forma de 
fenda e molares em forma de amora 
7- Torcicolo→ encurtamento do esternocleidomastoideo, assimetria, desvio da linha média, 
maloclusão, estrangulamento entre osso e músculo. 
 
-Fatores Ambientais: 
Pré-natais→ nutrição: má nutrição gera problemas para a formação do feto, má posição do 
feto, fatores teratogênicos, enfermidades: Síndrome da Rubéola Congênita 
Pós-natal→ ingestão de tetraciclina, nascimento traumático, fratura de côndilo 
 
-Condições metabólicas: 
 
Desequilíbrio endócrino 
1- Hipopituitarismo (nanismo pituitário) → ritmo de esfoliação e irrupção retardado, arcos 
dentários menor que o normal, coroa e raiz menor, crescimenuto maxilar mandibular retardado 
2- Hiperpituitarismo→ Irrupção acelerada, crescimento alveolar, altura vertical e face 
aumentada, maior crescimento da língua 
3- Hipotireoidismo→ retenção prolongada dos decíduos, irrupção retardada dos permanentes; 
língua edemaciada e flácida, mandíbula subdesenvolvida, mordida aberta 
4- Hipertireoidismo→ atrofia alveolar, esfoliação precoce dos decíduos, irrupção acelerada dos 
permanentes 
5- Hiperparatireoidismo→ osso neo-formado pode ser reabsorvido, osteoporose generalizada, 
inclinação de dentes e diastemas 
6- Hipoparatireoidismo→ aplasia ou hipoplasia dos dentes, atrofia alveolar, esfoliação 
acelerada dos decíduos, irrupção acelerada dos permanentes 
 
 
 
 
Distúrbio metabólicos: doenças que afetam o equilíbrio corporal interferindo negativamente no 
crescimento e desenvolvimento. 
Proteína, carboidrato, lípidio, vitaminas (A, B,C, D, E), minerais (Ca, P e Mg→ ossos e dentes, 
F→ resistência a cárie, I → glândula tireoidea, S→ produção de insulina. 
 
Posturas→ podem causar desvios funcionais, assimetria e mordida cruzada 
Acidentes e traumatismo→ tec cicatricial por queimaduras 
 
* Fatores locais 
Anomalia de Número: 
1- Dentes supranumerários→ Mesio-dentes; isoformico e 4°M, consequência: maloclusão e 
impactação 
2- Ausência de dente→ Causa: hereditariedade, infecção, doenças congênitas, enfermidades, 
irradiação em idade precoce. 
Anodontia → ausência total 
Oligodontia → ausência parcial 
Conduta: manutenção do espaço ou fechamento 
 
Anomalia de tamanho: 
1- Microdontia: pode ser generalizada verdadeira, generalizada relativa, 
localizada.Consequência: espaços abertos. Conduta: manter o dente ou fazer a exo 
2- Macrodontia: generalizada verdadeira, generalizada relativa, localizada. .Consequência: 
falta de espaço. . Conduta: manter o dente ou fazer a exo 
 
Anomalia de forma: hereditariedade, amelogênese imperfeita, enfermidades, traumatismo 
Frequência: Incisivos laterais superiores permanentes (Dentes conóides) . 
Incisivos permanentes (Cúspide em garra). 
2° pré-molares inferiores (Cúspide lingual extra). 
Dilaceração→ Causa: trauma ou infecção 
Geminação→ tentativa de divisão do germe dentário. Consequência: estética prejudicada, 
difícil mov orto, dificulta a oclusão aumeta o espaço m-d ocupando maior espaço no arco 
Fusão→ tentativa de união do germe dentário 
Taurodontismo→ dente com bifurcação radicular situada mais apicalmente 
Dens in dent→ causa: infecção pulpar, perda precoce 
Conduta: manter o dente ou exo 
 
Freio labial anormal: inserção baixa→ diastema interincisal→ isquemia quando puxar 
(diagnóstico) e divergência das coroas 
Diastemas→ Causas: Ausência congênita dos incisivos laterais, Microdontia, Supranumerios, 
Cistos e tumores, “Fase do patinho feio”. 
Conduta: remoção do freio→ frenectomia 
 
 
 
 
Perda precoce do decíduo: causa→ trauma ou cárie; consequência→ extrusão do antagonista, 
perda do perímetro do arco, barreira óssea. 
Verificação do estágio de desenvolvimento do dente permanente 
Importância dos dentes decíduos: mantem o espaço para os permanentes, servem de guia 
para irrupção dos permanentes, fonação, mastigação, deglutição e estética 
Conduta: mantém ou recupera o espaço 
 
Retenção prolongada do decíduo: Causa→ anquilose do decíduo, ausência do permanente, 
falta de sincronia de irrupção, problemas endócrinos, rigidez do periodonto 
Conduta: exo 
 
Irrupção tardia do permanente: Causas→ perda precoce do dente decíduo, supranumerários, 
ectopia, coroas grandes, ausência congênita, barreira tecidual, problemas endócrinos. 
Síndromes: síndrome de Down, Síndrome de Turner, Disostose cleido cranial 
 
Vias de irrupção anormal: Causas→ herança, discrepância dente-osso, barreiras físicas, 
traumas, processos patológicos, infecciosos 
Transposição 
Irrupção ectópica: Consequências→ impactação ou reabsorção radicular dos dentes vizinhos 
Conduta: manter ou fazer a correção ortodontica 
 
Anquilose: Causa→ lesão, enfermidade congênita, ausência do permanente, endocrinopatia. 
Característica→ dente “submerso” / “surdo”- som oco 
Há uma união do cemento com a lâmina dura do osso alveolar, mais comum em dente decíduo 
Consequência→ migração dos dentes vizinhos; extrusão dos antagonistas, perda do perímetro 
do arco, desvio do trajeto do dente sucessor, impedimento do dente sucessor, mordida aberta, 
ausência da possibilidade de mov orto 
Diagnóstico é clínico e radiográfico 
Conduta: exo ou manutenção do espaço (remodelação?) 
 
Cárie: Consequência→ perda precoce do decíduo, extrusão do antagonista, perda de 
perímetro, processo inflamatórioÉ a maior causa de maloclusões localizadas, afeta a dentição decídua e permanente. 
Região posterior→ perda de comprimento do arco. 
Dentição decídua→ Alteração no desenvolvimento da oclusão. 
 
Restauração inadequada→ Tanto pelo excesso quanto pela falta, gerando uma perda do 
equilíbrio das forças que mantém o dente em posição 
Excesso→ apinhamento, alteração oclusal, desvio da posição mandibular, mordida aberta, 
extrusão de dente 
Falta→ alteração nas relações oclusais, impactação alimentar (proximal) 
 
 
 
 
Cistos e Tumores: Consequências→ impactação, ausência dentária, deslocamento do germe 
dentário. 
 
As maloclusões possuem etiologias multifatoriais ocasionadas por fatores gerais, 
fatores locais e hábitos deletérios. Trata-se de qualquer fator que interfira na formação e 
desenvolvimento do aparelho estomatognático. 
Hereditariedade: Proporção esquelética 
Fator Ambiental: hábitos nocivos: Relação Dentária 
 
* Hábitos→ é adquirido pela repetição frequente de um ato, uso ou costume. 
- Padrões de contração muscular é um hábito que promove estímulo do crescimento normal 
dos maxilares → função bucofaríngea normal; crescimento craniofacial e na fisiologia oclusal. 
 
Diferenciação dos hábitos anormais: crescimento ósseo retardado, má-posição dentária, 
distúrbios e hábitos respiratórios, dificuldade na fala, perturbação do equilíbrio da musculatura 
facial→ Interferem no padrão de crescimento craniofacial. 
 
Para corrigir uma maloclusão, tem que corrigir também o hábito a ela associado. 
Proporcionando um correção esquelética e muscular. 
 
- Força da mastigação: As forças oclusais normal raramente são suficientes para mover os 
dentes. Caso tenha um desequilíbrio dessa força oclusal, vai gerar um impacto que será 
recebido pelo líquido do ligamento periodontal, podendo gerar uma curvatura do osso alveolar 
e em consequência disso um deslocamento dental. 
- Força muscular: pressão dos lábio, bochechas e línguas. 
São forças mais leves que a mastigatória entretanto são mais prolongadas. 
Obs: Duração da força é mais importante que a sua magnutide. 
 
Tríade de Graber: Intensidade, duração e frequência. Onde a estrutura óssea apresenta uma 
plasticidade de acordo com as demandas funcionais 
 
 
 
 
 
Hábitos Extrínsecos: 
 
1- Amamentação: 
- Natural→ Fortalece o sistema imune do bebê, ideal que ocorra até o 6 meses. 
Sucção do seio materno: Rolete Gengival (espaço mesial anterior) - vácuo na lactação; língua 
funciona como um êmbolo; lábio inferior em contato com a língua; desenvolvimento da 
musculatura e crescimento ósseo; estímulo muscular normal; a mandíbula se desloca 
rítmicamente (maxila subdesenvolvida e a mandíbula mais para a região posterior 5-6mm). 
- Artificial→ A fisiologia da amamentação natural não é imitada. 
Características: o contato do bico da mamadeira se dá somente na região do vermelhão do 
lábio; boca demasiadamente aberta; excessiva ação do músculo bucinador; abertura do bico é 
próximo a garganta; redução do movimento da língua e da mandíbula; diminuição dos esforços 
de sucção; aumenta a quantidade de ar ingerido; o leite passa direto pela cavidade bucal. 
Consequências: 
Pressão muscular anormal, onde o músculo orbicular possui uma ação excessiva; 
Necessidade de sucção não satisfeita; 
Obs: Os bicos anatômicos possuem como objetivo reproduzir a anatomia humana e a 
amamentação natural. 
 
2- Sucção de Chupeta → ajuda na necessidade de sucção; momentos de insegurança 
Ao remover esse hábito durante 3-4 anos de idade→ Autocorreção (incisivos corrigem). 
Consequências: mordida aberta; labioversão dos incisivos superiores; overjet acentuado; 
deglutição e fonação atípica e diastemas. 
Tipos de bico da chupeta→ vão interferir na gravidade da maloclusão 
Tratamento: ter cuidado na hora de remover esse hábito para que não seja substituído por 
outro, como por exemplo a sucção digital. 
Até 3-4 anos observação (autocorreção); Após: diálogo com a criança, algumas vezes, uso de 
substâncias amargas. 
 
 
 
 
3- Sucção Digital→ relação com problemas emocionais, comum que o dedo possua rachaduras 
ou perda de impressão digital. A maioria dos casos é superado até os 3-4 anos. 
 
Hábito de sucção→ causa direta de maloclusão grave 
 → sem deformidade dentofacial 
Relação: insegurança, chamar atenção, satisfação do instinto de sucção; fome 
O tipo de maloclusão depende: da posição do dedo; posição da mandíbula durante a sucção; 
duração; morfologia esquelética; contração da musculatura associada. 
Consequências: Atresia maxilar; mordida aberta; mordida cruzada posterior; labioversão dos 
incisivos superiores; linguoversão dos incisivos inferiores, diastemas interincisais; alteração 
funcional. 
Tratamento: diálogo→ tratamento psicológico; Lembretes como por exemplo substâncias 
amargas e esparadrapo; Grande palatina ou esporões. 
 
4- Hábitos Posturais 
Algumas deformidades dos arcos pode ser consequência de uma postura inadequada na hora 
de dormir ou ao sentar, causadas por pressão. 
Geralmente está vinculado a uma maloclusão unilateral ou associada ao osso maxilar. 
Consequência: mordida cruzada. 
Conduta: remoção do hábito e correção da mordida cruzada. 
 
5- Onicofagia 
Maior efeito sobre os incisivos e caninos. 
Consequência: desvios, causados por uma pressão excessiva em um determinado local. 
 
6- Morder objetos→ Comum morder lápis, canetas, agulhas, parafuso 
Consequências: desnivelamento oclusal, mordida aberta localizada; fratura e desgaste da 
superfície oclusal. 
Tratamento: remoção do hábito, explicar as consequências ao paciente, tratamento clínico com 
aparelhagem. 
 
Hábitos Intrínsecos 
 
1- Deglutição atípica 
A deglutição infantil ou visceral é bem desenvolvida por volta da 32° semana intra-uterina. 
- Lingua entre os roletes gengivais; 
- Contração da língua + músculos faciais (estabiliza a mandíbula) 
- Bucinador potente e os músculos responsáveis por elevar a mandíbula possui ação mínima. 
A partir do momento em que irrompe os incisivos a língua assume uma posição mais retruída. 
 A transição fisiológica tem início do 1°ano de vida ao 4-5 anos. 
 
Deglutição normal/ madura ou somática é controlada por meio de sinergismo e antagonismo 
 
 
 
 muscular. 
Fases: 1- Bucal→ Consciente e voluntária: inicia na mastigação; língua contra a rugosidade do 
palato duro. 
2- Faríngea→ Consciente e involuntária: palato mole se eleva fechando a passagem da 
nasofaringe, epiglote oblitera a passagem da laringe; respiração interrompida 
3- Esofágica→ Passagem do esôfado para o estômago. 
 
Deglutição atípica: comum na dentição mista, pois o espaço temporário muda o padrão de 
deglutição. 
Causas: anquiloglossia (língua presa); diastema; respiração bucal; sucção digital; perda 
precoce de dentes; macroglossia; tonsila inflamada. 
- Deglutição com projeção lingual simples→ projeção da língua e contração dos músculos 
elevadores da mandíbula, a língua é projetada para frente realizando um selamento anterior. 
Associação: mordida aberta circunscrita e sucção digital. 
Nesse caso a indicação para tratamento é: Psicólogo (sucção digital) →fono para diagnóstico 
da deglutição atípica→ orto→ fono 
 
- Deglutição com projeção lingual complexa→ mordida aberta mais difusa, combina a contração 
labial, facial e dos músculo mentoniano. Oclusão precária e instável. 
Associado: problemas nasorrespiratório crônico; respirador bucal. 
 
- Deglutição infantil persistente→ permanece esse tipo de deglutição mesmo após a irrupção 
dos dentes permanentes. Associada com síndromes do desenvolvimento esquelético 
craniofacial e/ou doenças neurais. 
Características: dificuldade de mastigação, a contração do lábio e da musculatura facial forte e 
língua se interpõem entre os dentes e bilateralmente. 
 
Consequência: mordida aberta; mordida cruzada posterior;diastema e fonação atípica. 
 
Tratamento: Remoção do hábito e reeducação; grande ou esporão; ortocirúrgico; associação→ 
Otorrino, fono e orto. 
 
2- Postura Lingual→ Projeção da língua 
Causa: macroglossia , distúrbio muscular, neurológico. 
Consequências: mordida aberta amplas e complexas 
 
3- Respiração bucal 
Causas: inflamação crônica nasal; desvio de septo; pólipo nasal; alergias e hipertrofia das 
amígdalas e adenóides. 
Aspecto extra-orais: 
 - Face: aparência de cansaço, olheiras, terço inferior aumentado, falta de selamento labial, 
lábio superior curto e hipotônico e o lábio inferior é volumoso e evertido. 
 
 
 
Aspecto intra-oral: Gengiva ressecada, posição da lingua baixa, mordida aberta e mordida 
cruzada posterior e atresia maxilar. 
 
Tratamento: multidisciplinar: otorrino; fono; alergologista e orto→ expansão palatal; aparelho 
fixo; grade palatina (removível ou fixa); cirurgia orto 
 
4- Bruxismo 
Trata-se da ação de cerrar os dentes. Associado a estresses psicológicos com ou sem 
interferência oclusal. Comum em adultos, entretanto pode ser visto em crianças (associação 
com alergia, asma, nervosismo, distúrbios digestivos). 
Consequência: desgaste oclusal, fratura dentária, dor e DTM. 
Tratamento: psicológico + dentista→ placa miorrelaxante ou ajustes oclusais. 
 
5- Sucção Labial 
O lábio inferior é mantido por baixo dos dentes superiores. 
Classe II- 1° divisão. 
Consequências: sobremordida e sobressaliência aumentada; inclinação para vestibular dos 
incisivos superiores e linguoversão dos incisivos inferiores. 
Tratamento: remoção do hábito e das consequências instaladas e pode ser usado um Lip 
Bumper (placa lábio ativa inferior) 
 
 
6- Fonação atípica 
As maloclusões favorecem distorções na fala. 
Causas: anquiloglossia; freio lingual curto; associação com deglutição atípica e mordida aberta 
anterior. 
Tratamento: ação conjunta do orto e fono. 
 
 
Alguns hábitos orais podem ser transitórios, fisiológico e psicológico da criança que 
posteriormente vão ser abandonados permitindo um correto desenvolvimento. Às vezes a 
intervenção é necessária, principalmente quando há uma suscetibilidade ou ocorre de forma 
intensa. 
 
* Manutenção do Espaço→ preservar o espaço disponível no arco durante a troca de dentição, 
pode ser suficiente para resolver discrepâncias de tamanho de dente e de arco. O melhor 
 
 
 
mantenedor de espaço é o próprio dente (mantém o ponto de contato, equilíbrio no arco, guia 
de erupção, não há comprometimento da estética, mastigação, fonação e deglutição). 
 
Objetivo da manutenção de espaço na dentição ​decídua ​e ​mista ​é manter o perímetro do arco 
dental para que os dentes sucessores permanentes erupcionam de forma correta. Prevenção 
contra maloclusão. 
 
Equilíbrio de forças: são fatores que vão determinar a posição do dente: Contato proximal, 
contato com o antagonista e musculatura. 
Perda precoce: motivo mais frequente que leva a manutenção de espaço é a perda precoce de 
elementos decíduos na zona de suporte como por exemplo molares e caninos decíduos. 
Causa de perda de espaço: cáries; restaurações inadequadas; perda precoce de dentes 
decíduos (traumatismo; cárie; processo de absorção anormal); anquilose dental. 
Quando considero uma perda precoce? Ao analisar a radiografia, observa que o dente 
sucessor encontra-se aquém do estágio 6 de Nolla (não há coroa completamente formada). 
 
Controle de Espaço: 
1- Manutenção de espaço: quando o sucessor permanente está desenvolvendo normalmente, 
o espaço destinado ao dente não diminui assim como o espaço do perímetro do arco também 
não, as relações de molares e caninos não foram afetadas. Predição favorável da análise da 
dentição mista. 
 
2- Recuperação de espaço: durante a análise da dentição mista verificar se existe a 
possibilidade de recuperar o espaço perdido (3mm), se todos os dentes teriam lugar adequado 
no arco. 
 
3- Supervisão de espaço: prognóstico questionável, existe uma suspeita ao se analisar a 
dentição mista se haverá espaço suficiente para que todos os dentes irrompem de maneira 
correta. 
 
4- Discrepância exagerada: falta mais que 4 mm de espaço para dentes permanentes, nesses 
casos é indicado extrações dentais e na maioria dos casos exige terapia com aparelho fixo. 
Ortodontia corretiva. 
 
Condições para​ manutençãode espaço: 
- Dente não irrompido presente 
- Espaço disponível 
 
Planejamento: Tempo decorrido desde a perda; estágio do desenvolvimento dentário; 
quantidade de osso que recobre o dente não irrompido; sequência de irrupção dentária; 
ausência congênita do dente permanente; apresentação aos pais; 
 
 
 
 
Mantenedores de Espaço: São dispositivos usados até a irrupção do dente sucessor 
permanente ou substituição do elemento perdido por prótese ou implante. 
Requisitos: não depender da colaboração do paciente; mantém o diâmetro M-D do dente 
perdido; ser funcional (impedir que o antagonista extrua e restaurar a função mastigatória) ser 
resistente e simples; baixo custo; fácil confecção; estético; fácil higienização; não pressionar o 
tecido mole; não impedir o crescimento e desenvolvimento das estruturas vizinhas; não 
interferir na irrupção do permanente; não alterar a fala, deglutição e a mastigação. 
 
Tipos de mantenedores: 
1- Removíveis: Vantagens→ é estético, funcional e existe uma distribuição da carga oclusal. 
Desvantagens→ depende da colaboração do paciente, menor vida util do aparelho, pode irritar 
tecido mole, facilidade de perda ou fratura do aparelho. 
 
2- Fixos: Alça e banda; Arco lingual; Botão de Nance; Barra transpalatina; Distal Shoe (não é 
indicado para pacientes que possuem discrasia sanguínea, diabetes e imunossupressão) 
Vantagens→ Possui uma vida útil prolongada; não depende da colaboração do paciente; boa 
compatibilidade biológica; difícil de quebrar e perder. 
Desvantagens→ não é funcional e não restabelece a estética. 
 
Perda precoce de decíduos: 
 
- Incisivos decíduos: as consequências são perda da estética, deglutição e fonação 
atípica; desvio da linha média para o lado da perda; perda da função mastigatória. 
Conduta→ placa com dentes artificiais; 
- Caninos decíduos: linguoversão dos incisivos inferiores, aumento de overbit e overjet, 
desvio da linha média, redução do perímetro do arco, apinhamento. Conduta clínica→ 
Arco lingual 
- 1° M : o 2° M tende a migrar para mesial e o canino para distal; redução do perímetro do 
arco; desvio da linha média; extrusão do antagonista; aumento da sobremordida; 
colapso lingual dos dentes anteriores. Conduta Clínica→ alça e banda; coroa e banda. 
- 2° M: redução do perímetro do arco; mesialização do 1°M permanente e impactação do 
2°PM. Conduta clínica→ alça e banda, coroa e banda, arco lingual 
- Perda múltipla de dentes decíduos: diminuição do perímetro do arco, mordida cruzada, 
mutilação da dentição, migração do 1M permanente, redução da função mastigatória, 
aumenta da atividade cariogênica e da inflamação gengival. Conduta→ realização de 
uma prótese. 
 
Perda de dentes permanentes: 
Consequências: desvio da linha média, perda de espaço, inclinação, extrusão. Conduta 
clínica→ Preservação do espaço ou fechamento 
 
 
 
 
 
 
* Mordidas Cruzadas: 
Trata-se de um problema tanto antero-posterior (anterior) quanto lateral (posterior). 
 
Tipo de mordida Cruzada: 
 
1- Anterior→ Dentária; Esquelética e Funcional 
2- Posterior→ Dentária; Esquelética; Funcional e Dento-alveolar. 
 
Recursos para o diagnóstico: radiografia periapical, telerradiografia de perfil (RC), modelo de 
estudo de gesso e fotografia. 
 
Mordida Cruzada Anterior- ​Dentária 
Resultado de uma inclinação anormal dos dentes anteriores, com maior decorrência dos 
superiores. O padrão de irrupção dos dentes anteriores superiores é para vestibular enquanto 
dos inferiores é para lingual, quando há um desvio desse padrão no superior para lingual, tende 
a irromper atrás dos incisivos inferiores. 
Causa: Dente supranumerário; trauma com desvio do germedentário; retenção prolongada; 
erupção prematura dos caninos; falta de espaço e tamanho dentário (macrodontia ou 
microdontia→ altera o padrão de irrupção dentária 
Consequências: trauma oclusal; problemas periodontais (resseção gengival, perda óssea 
periodontal); perda do comprimento do arco; perda dos elementos dentários; desgaste dentário. 
Diagnóstico: Verificar se o paciente é classe II ou classe III. Verificando RC e OC (MIH), como é 
dentário não ocorre desvio→ ​RC = OC. 
Recursos para o diagnóstico: radiografia periapical, telerradiografia de perfil (RC), modelo de 
estudo de gesso e fotografia. 
Comum o comprometimento de outros dentes anteriores- máximo 2 dentes. 
Tratamento: Espátula de madeira; Plano Inclinado Fixo (PIF); Placa com mola; Plano Fixo 
Superior (não utiliza mais); Aparelho Fixo. 
 
Obs: PIF: Requisito→ espaço suficiente; sobremordida positiva e ápice em posição normal. 
Características→ R: n+2, envolve o dente mais dois, deve tocar somente no que está cruzado, 
plano inclinado de 45° com a superfície oclusal. Tempo= 2 semanas e contenção acontece pelo 
próprio dente. 
Vantagens: facilidade de aplicação, indolor, resultado rápido (21 dias), prognóstico favorável. 
Desvantagens: tendência a mordida aberta, problemas na fala temporariamente, limitação 
dietética, alinhamento imperfeito, somente descruzar a mordida. 
 
 
 
 
Mordida Cruzada Anterior- ​Esquelética 
Os dentes anteriores superiores estão para trás com relação aos inferiores e tem um 
comprometimento esquelético (observado pela análise cefalométrica). Nesses casos, 
geralmente apresenta mais de 2 dentes anteriores cruzados. 
Tratamento: encaminhar para o orto o mais cedo possível. Uso de aparelho ortodôntico: 
aparelho fixo, disjuntor palatal, elásticos. 
Orto-cirúrgico: associação de aparelho fixo com cirurgia ortognática. 
Obs: Usar o expansor palatal por 21 dias, após 7, usar o aparelho de máscara facial por 1 ano 
para trazer a maxila para frente até atingir o limite necessário. 
 
Mordida Cruzada Anterior- ​Funcional 
Mesmas característica que a dentária. Entretanto, nesse caso paciente em ​RC→ normalidade 
(topo a topo), quando fica em OC→ Desvio. 
 
 
Causa: interferência oclusal - Desvio 
Tratamento: Espátula de madeira, PIF, placa com mola e aparelho fixo. 
 
Mordida Cruzada Posterior- ​Dentária ​BASE NA ARCADA SUP 
Tipo: mordida cruzada vestibular ou lingual; parcial ou total 
 
A- Mordida cruzada posterior lingual parcial; 
 
 
 
B- Mordida cruzada posterior lingual total; 
D- Mordida cruzada posterior vestibular total. Não existe parcial, pois seria correspondente com 
uma mordida de normalidade (C). 
 
Causas: desvio do padrão erupção, retenção prolongada dos molares decíduos e deficiência de 
espaço. 
Características: pouco dentes envolvidos→ geralmente pré-molar, pré-molar e molar ou só 
molar. Tipo lingual ou vestibular, descruza em 2-3 meses. 
Tratamento: Bandas e elásticos→ mais utilizado, corrige apenas o dente cruzado, após isso 
utilizar contenção. 
Arco Lingual Expandido; 
Arco de Porter→ utilizado na parte superior, mordida cruzada posterior, parcial ou total 
Aparelho fixo→ Adultos e/ ou adolescentes. 
 
 
Mordida Cruzada Posterior- ​Dento-alveolar 
Todo um lado encontra-se cruzado, não possui um contato prematuro, ​RC e OC→ Cruzado. 
Causa: Hábito de dormir; padrão de irrupção anormal. 
Obs: geralmente acontece mais em dentição decídua. 
Tratamento: placa com mola ou parafuso→ pouca efetividade 
Arco lingual expandido→ problema na arcada inferior, ausência de sutura 
Arco lingual de Porter, barra transpalatina ou quadrielix (uni ou bilateral) → mais utilizado 
Aparelho fixo. 
 
 
Mordida Cruzada Posterior- ​Funcional 
Causa: deslocamento da mandíbula para uma posição de acomodação devido aos contatos 
prematuros. 
Diagnóstico: desvio do padrão de fechamento, em ​RC→ Sem desvio, não está cruzado. 
Tratamento:Arco lingual de Porter; desgaste para eliminação do contato prematuro→ canino ou 
molares altos 
 
Mordida Cruzada Posterior- ​Esquelética 
Nesse tipo de mordida cruzada, pode ser visto todo um lado ou toda a arcada cruzada. 
Causa: discrepância transversal; Hábitos e deficiência respiratória; Falta de crescimento do 
osso basal. 
 
 
 
Observar: número de dentes afetados; relação das bases ósseas→ SNA, SNB e ANB; espaço 
para correção, RC→ verificar se é bilateral ou unilateral. SEM DESVIO FUNCIONAL. 
Tratamento: disjuntor palatal (expansão maxilar) → dentição decídua, mista ou permanente 
Hass ou Hirax. 
 
 
* Mordida Aberta→ Desvio da relação vertical 
Corresponde a uma falha de um ou mais dente em encontrar o seu antagonista funcional, falta 
de toque entre os dentes. 
 Consequências: alterações fonéticas, dificuldade de apreensão e corte dos alimentos, 
problemas estéticos e problemas funcionais. 
 
Classificação: 
1- Localização → Anterior, Posterior (uni ou bilateral), Combinada 
2- Tecidos envolvidos→ Dentária ou funcional (SIMPLES)- distúrbio na irrupção do dente e 
crescimento alveolar. 
 Esquelética (COMPLEXA)- componente genético, ramo mandibular 
diminuído, ângulo gônio aumentado, altura anterior e inferior excessiva. 
 
Prevalência: paciente com comprometimento neurológico e frequente em idades precoces de 
8-10 anos. Em 67% são pacientes classe III, maior aparecimento na raça negra. 
 
Etiologia: Distúrbio na irrupção e crescimento alveolar; interferência mecânica na irrupção dos 
dentes e crescimento alveolar (língua, lábio, musculatura), displasia óssea (alteração do padrão 
de crescimento) 
 
Fatores Etiológicos Locais→ macroglossia, anquilose (distúrbio da irrupção) e hábitos (tríade 
de Graber→ intensidade, duração e frequência). 
- Extrínsecos: sucção digital e sucção de chupeta 
- Intrínsecos: respirador bucal; interposição lingual (posicionamento, fonação e 
deglutição- atípico) e interposição da lábio e bochecha 
Diagnóstico: Exame clínico, cefalometria, modelos de gesso e fotografia. 
Tratamento: depende do fator etiológico; severidade da maloclusão e idade do paciente 
(potencial de cresciemento→ Osso sesamóide e surto de crescimento). 
Obs:​ ângulo Go-Gn-SN​→ normal 32° +-2°. Um aumento desse ângulo, corresponde a uma 
tendência de crescimento vertical. Quando esse valor ultrapassa 36°→ ​Esquelético. 
IMPA< 90°. 
 
Dentiçã o decídua: intervenção precoce + remoção do hábito→ ​Autocoreção 
 Tratamento multidisciplinar: precoce→ orto, fono, psicológa e otorrino. 
 
 
 
 
 
 
Mordida aberta-​ Dentária 
Causa: distúrbio na irrupção do dente e no crescimento alveolar 
Tratamento de mordida aberta dentária: remoção do hábito + correção orto→ intrusiva e 
extrusiva. 
Remoção do hábito: placa com grade vertical removível; arco com grade vertical fixa; esporões; 
Clits. Além da fono e psicólogo. 
Blocos de mordida- bite blocks→ força intrusiva aos molares e giro anti-horário da mandíbula. 
Aparelho fixo com auxílio de elástico. 
 
 
 
 Mordida Aberta- ​Esquelética 
Tratamento durante a fase de crescimento: Aparelhos fixos e aparelhos ortopédicos→ Thurow, 
mentoneira, AEO→ Alta tração. 
Objetivo: reorientar o cresciemento ⅓ inf da face e inibir o crescimento alveolar posterior da 
maxila. 
Após fase de crescimento: cirurgia ortognática, posteriormente uso de aparelho fixo. 
 
Contenção→ restaurar a função normal do lábio e da língua para dar estabilidade ao 
tratamento; remover fator etiológico para evitar recidiva; 
- Arco de Hawley com grade palatina (sup) 
- Barra 3x3 (vai de canino a canino-recebe a resina). 
 
 
Prognóstico: depende da severidade de maloclusão, colaboração do paciente e remoção do 
hábito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Sobremordida Exagerada→ pode ser patológica ou fisiológica, todo mundo passa por uma 
fase de sobremordida exagerada. 
 
Conceito de Sobremordida→ Trespasse vertical dos Is sobre os Ii quando as arcadas 
encontra-se cerradas. 
Durante a dentição mista a sobremordida é exagerada (fisiológica)--> FASE DO PATINHO 
FEIO, devido ao tamanhodos dentes permanestes anteriores que vão s eestabilizar depois do 
3 levante ( 2°M permanente). 
Na dentição permanente corresponde ⅓; 30% ou 3 mm de trespasse 
 
Conceito de Sobremordida Exagerada→ Corresponde ao trespasse vertical excessivo de 
incisivos. O paciente que apresenta sobremordida exagerada,ao realizar guia canino, possui 
uma intereferência dos incisivos, qualqur alteração pode interferir no lado de trabalho e de 
balanceio. 
 
Trespasse: 
- Normal→ quando os bordos incisais dos Ii ocluem com ⅓ ;30% ou 3mm das coroas dos 
Is 
- Média→ quando os bordos incisais dos Ii ocluem com o terço médio das coroas dos Is 
- Exagerada→ quando os bordos incisais do ICi encontram a protuberância do cíngulo 
dos Is ou ferem a gengiva. 
 
Fatores que influenciam o grau de Sobremordida: 
- Esqueletais: 
1. Altura do Ramo → O seu atraso de crescimento inibe a irrupção dos dentes posteriores 
sem contudo interfirir na irrupção dos dentes anteriores, gerando assim um grau 
excessivo de sobremordida. 
2. Angulação dos planos maxilar e mandiubular→ Baixos planos maxilares e mandibulares 
também se associam com a sobremordida aumentada. 
3. Altura anterior da face 
 
- Dentais: 
1. Grau de irrupção dos dentes posteriores→ Quanto menor a altura dos dentes 
posteriores maior a obremordida. 
2. Ângulo interincisal→ A sobremordia aumenta a medida que esse ângulo aumenta, 
normal é 131°, quanto mais próximo de 180° maior é a sobremordida. 
3. Tamanho dos ICs e ICi 
4. Classe → I: 40% 
 → II: 58% fatores esqueléticos associados ao fatores dentários 
 → III: 0,6% 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
Avaliação do paciente→ Medir com o paquímetro o ​terço inferior,​ se esse valor encontra-se 
menor que o ideal pode ser um indicativo de sobremordida, além disso analisar qual a​ direção 
do crescimento da face,​ analisar a ​distância​ d​o lábio superior ao bordo incisal dos ICs ​(2 - 
3 mm). O lábio hipotônico já é uma “anormalidade” e avaliar​ EFL​→ quando esse espaço entre 
as arcadas quando a mandíbula encontra-se em repouso for invadido pode gerar problemas na 
ATM.; 
Análse de modelos de gessos; 
Estudo da radiografia→ Cefalometria→ Plano S-N, palatal, oclusal e mandibular 
 
Radiografia de punho e mão, afim de identificar a presença do osso sesamóide para saber 
quando o paciente encontra-se no surto de crescimento, sendo essa fase ideal para 
intervenção; 
 Estudo de fotografias→ Será analisado também se o terço inferiror da face encontra-se com 
redução. 
 
Tratamento: 
1- Placa com Batente Anterior→ Aparelho funcional, age através das forças musculares 
Indicação: ​Paciente em Crescimento​→ Intrusão dos Ii; extrusão dos dentes posteriores; Falta 
de crescimento alveolar posterior; Terço inferior da face diminuído. 
Faz com que os Ii sofram intrusão, os posteriores extrusão, crescimento dos alveolares 
posteriores e com isso a musculatura tem que se adaptar a esse novo EFL. 
Tempo variável até no máximo 9 meses. 
Contra-indicação: ​Pacientes que passaram da fase de crescimento→ ​Is extruídos; EFL 
insuficiente. 
 
2- Aparelho extra-oral de Klohen→ Exerce força extrusiva e distal nos 1° Ms provocando uma 
rotação mandibular posterior e diminuição da sobremordida. 
Indicação: ​Deficiência do crescimento alveolar posterior superior vertical; Classe II; 
Paciente em Crescimento. 
Contra- indicação: ​Classe I; Classe III e mordida aberta. 
 
3- ​High Pull Anterior→ Intrusão dos incisivos superiores; retração dos incisivos sem contudo 
realizar extrusão. 
Indicação: ​Paciente em crescimento; Paciente adulto. 
 
 
 
Utilizar 14h por dia. 
 
 4- Splint Craniomaxilar→ Intrui os Ii (batente); Extrui os Is e posteriores. 
Indicação:​ Paciente em crescimento. 
 
5- Arco de Intrusão de Ricketts→ Intrui incisivos inferiores e superiores. 
Indicação: ​Pacientes Adultos. 
Obs: Importante ter estabilidade, as vezes se faz uma sobre correção. 
 
6- Aparelhos Fixos→ O seu uso varia conforme a necessidade de cada paciente, pode ser 
utilizada para fazer intrusão dos incisivos tanto superior quanto inferior, extrusão dos dentes 
posteriores e posteriormente um nivelamento da curva de Spee 
 
7- Cirúrgico→ Quando somente com a orto não é resolutiva, casos graves. 
 
8- Contenção→ Nos casos de sobremordida profunda uma sobre correção é geralmente 
desejada para o equilíbrio e o ajuste da oclusão funcionais são necessários. 
 
Prognóstico: A correção de sobremordida possui um melhor prognóstico quando realizada em 
pacientes ainda na fase de crescimento. Em pacientes adulto há maior probabilidade de 
recidiva. 
 
Conclusão→ Diagnóstico correto levando em conta todas as análises que deve ser feitas→ 
Diagnóstico precoce→ Tratamento terá um melhor resultado pois vai conseguir intervir quando 
o paciente ainda encontra-se na fase de crescimento ou ainda quando vai entrar nessa fase. 
 
* Análise da Dentição Mista 
 
O apinhamento dentário é frequentemente encontrado na dentição de desenvolvimento, 
quando os Incisivos permanentes irrompem e ocupam um espaço maior que os seus 
antecessores decíduos. 
 
Objetivo→ Avaliar a quantidade de espaço disponível no arco para os dentes permanentes 
sucessores sendo que a chave da análise é a presença dos incisivos inferiores permanentes e 
para os ajustes oclusais necessários. Estando entre 7-11 anos. 
- Espaço Presente ou Avaliado→ espaço que existe na arcada, incluindo a base óssea 
- Espaço Requerido → Espaço que os dentes vão ocupar. Somatório M-D de todos os 
dentes à frente do 1° M permanente. 
 
A relação do espaço presente e espaço requerido para o correto alinhamento dos 
dentes. 
 
Conhecimento necessários: 
 
 
 
- Evolução da oclusão dentária normal 
- Cronologia de irrupção dos dentes permanentes para maxila e mandíbula 
 
Elementos de diagnóstico: 
- Modelo de Gesso→ Avaliar o diâmetro 
- Rx Periapical→ Diâmetro do dente decíduo e o seu sucessor 
- Rx Cefalométrica em 45°→ Diâmetro do dente decíduo e o seu sucessor com maior 
precisão 
 
Histórico: 
 
1902- Black: C e 1°PM e 2° PM 
1947- Nance: Lee Way Space; Radiografia intra-oral para medir o tamanho dos PMs e Cs 
permanentes não irrompidos 
1947- Ballard:gráfico relacionando com o tamanho dos Ii; PMs e Cs 
1964- Huckaba: Avaliação do tamanho M-D de Cs e PMs através de radiografia→ Regra de 3 
1963- Moyers: melhorou a tabela de Huckaba, tabela com correlação entre os Incisivos 
inferiores somando-os e comparando com os Cs e PMs 
1974- Tanaka e Johnston: predição do tamanho dos Ci e s e PMi e s a partir da soma de dois Ii 
 
 
Análise da Dentição Mista: 
- Análise de Nance 
- Análise de Moyers 
 
Deverão estar presentes no arco: 
1. Os quatro 1° Molares permanentes 
2. Quatro incisivos superiores permanente 
3. Quatro incisivos inferiores permanente 
 
 Espaço Avaliado→​ É a base óssea disponível para o alinhamento dos dentes 
1- Nance - Utiliza o fio de latão para medir→ Oclusal de molar, incisal de canino e o incisivo 
mais projetado alinhado com a base óssea, percorro todo o perímetro do arco, estica o fio de 
latão e depois mede 
2- Moyers - Utilização de compasso e paquímetro. Mede o modelo ou diretamente na boca com 
o paquímetro, vai anotando em uma folha e repassando as medidas no final raliza-se a soma 
de cada segmento ou verifica essa distância com o uso do paquímetro. 
- Linha média até Distal do ILi 
- Canino 
- Espaço até 1° M permanente 
 
 
 
 
 
 
Espaço Requerido​→ É a somatória do maior diâmetro MD dos dentes permanentes 
(irrompidos ou intra-ósseos), localizados na mesial do 1° M permanente de um lado até a 
mesial do 1° M permanente do outro. ​“ Espaço que os dente vão ocupar” 
 
O espaço requerido é analisado na arcada inferior uma vez que é mais difícil recuperar ou 
conseguir espaço na mandíbula, servindo então de base para o planejamento do tratamento. 
 
Métodos para calcular o espaço requerido: 
Medida dos dentes em Rx 
Estimativa provenientes de tabelas de proporcionalidade

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