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Tecido cutâneo

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TECIDO CUTÂNEO
A pele é dividida em epiderme superficialmente e derme, camada mais profunda, na qual
encontramos seus anexos, glândulas sebáceas e sudoríparas, folículos pilosos e unhas. A
epiderme é inteiramente formada de tecido epitelial, epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado, tendo quatro camadas quando falamos em pele fina, de mais profundo à
superficial: camada basal, espinhosa, granulosa e córnea. A pele grossa, por sua vez,
apresenta uma camada córnea mais desenvolvida, sendo precedida por uma quinta
camada, a lúcida.
Como característica de qualquer tecido epitelial a epiderme apresenta células justapostas e
por toda sua extensão é avascular, dependendo do contato íntimo com a derme para
nutrição da camada basal e consequentemente dos estratos superiores. A camada basal é
composta por uma única fileira de células, queratinócitos, com melanócitos espaçados,
nesta camada ocorrem as mitoses, sendo que uma célula filha se mantém na camada basal
e a outra se diferencia e amadurece passando por toda epiderme até que morre e é
desprendida do tecido, o que chamamos de turnover epidérmico. Os queratinócitos são as
células mais abundantes, correspondem a 90%, como o próprio nome já diz, são células
responsáveis pela secreção de queratina. Outros tipos celulares encontrados são;
melanócitos, secretores de melanina; células de Merkel, acredita-se se tratar de receptores
de pressão, mas suas funções não são tão elucidadas e as células de langerhans, as quais
são células dendríticas apresentadoras de antígenos, muito importantes para a imunidade
cutânea.
A derme é composta de tecido conjuntivo propriamente dito, sendo dividida em dois
estratos, derme papilar e derme reticular. A derme papilar leva este nome devido a
inúmeras papilas, que são invaginações que adentram a epiderme, constituída de tecido
conjuntivo frouxo. A reticular sendo composta por tecido conjuntivo denso não modelado é
riquíssima em fibras colágenas, elásticas e reticulares, responsável principalmente pela
resistência à tração sofrida ao órgão, diferente da epiderme não apresenta turnover
elevado, existem células mesenquimais, que são células tronco, capazes de se
diferenciarem em células do tecido conjuntivo conforme há necessidade. Além dos anexos,
contamos com músculos eretores dos pêlos e numerosos vasos sanguíneos.
O pigmento melanina é o que determina a cor da pele e como vimos sua produção fica a
cargo dos melanócitos, que são células de formato dendrítico encontrada na camada basal,
sendo que seus prolongamentos citoplasmático alcançam os queratinócitos das camadas
superiores de modo que um melanócito consegue secretar melanina para trinta e seis
queratinócitos. Além de pigmentar a pele a melanina é um importante fator de proteção do
DNA, uma vez que a substância se distribui em volta do núcleo celular e o protege contra a
radiação UV, a qual tem potencial de causar mutações, levando a inúmeras consequências,
sendo o desenvolvimento de tumores o de maior conhecimento de todos.
A discromia é um termo geral utilizado para designar as alterações de cor da pele. Falamos
em hipercromia, quando a lesão apresenta coloração mais intensa que a pele sem
alteração. A hipocromia é justamente o oposto, ou seja, quando a lesão é mais clara que a
tonalidade da pele sã e por último a lesão acrômica é a mais distinta entre elas, uma vez
que nessas condições há a ausência total do pigmento, enquanto as outras ainda o
apresentam seja em aumento, hipercromia, ou em deficiência, hipocromia.
REFERÊNCIAS:
● SEELEY. Anatomia e fisiologia de seeley. 10. ed. São Paulo: Artmed, 2016.

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