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DISTÚRBIOS DA PROLIFERAÇÃO E DA DIFERENCIAÇÃO CELULARES

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DISTÚRBIOS DA PROLIFERAÇÃO E DA
DIFERENCIAÇÃO CELULARES
● Classificação das células:
- Lábeis: constante Renovação
- Estáveis: baixo índice mitótico, mas capazes de proliferar
quando estimuladas células parenquimatosas dos órgãos
- glandulares
- Permanentes ou Perenes:Atingiram estágio de maturação
terminal e não se dividem mais após o nascimento.
Ex.Neurônios
● Células tronco:
- Totipotentes:podem diferenciar-se em qualquer um dos tipos
celulares existentes no organismo.
- Pluripotente:não pode originar tecidos extra embrionários e
possui a capacidade apenas de gerar as células dos folhetos
embrionários, ou seja, do ectoderma, mesoderma e
endoderma
- Multipotente:podem diferenciar-se em apenas alguns tipos
celulares. Esse tipo de célula é encontrado mais facilmente no
nosso corpo e é responsável pela renovação de certos órgãos.
Como principal exemplo, podemos citar as células da medula
óssea
- Unipotentes:Essas células-tronco, diferentemente das demais,
não apresentam grande capacidade de diferenciação, sendo
capazes apenas de formar células do tecido ao qual
pertencem
● Senilidade: ocorre em todos os órgãos, redução generalizada do
metabolismo
● - Estabelecimento de um “novo equilíbrio
● Alterações do volume celular:
- Hipertrofia: quando uma célula recebe estímulo acima do
normal aumentando a síntese de seus constituintes e o seu
volume
- Hipotrofia: se sofre agressão que resulta em diminuição da
nutrição do metabolismo e da síntese necessária para
renovação de suas estruturas a célula fica com volume menor
● Alterações da proliferação celular:
- Hiperplasia: aumento da taxa de divisão celular acompanhado
de diferenciação normal
- Hipoplasia: diminuição da taxa de proliferação celular
● Alterações da diferenciação celular:
- Metaplasia: quando as células de um tecido modificam seu
estado de diferenciação normal
● Alterações da proliferação e da diferenciação celulares:
- Neoplasia: proliferação celular acompanhada de redução da
diferenciação
- Displasia: quando há proliferação celular e redução ou perda
de diferenciação
● Agenesia: anomalia congênita na qual um órgão ou parte dele não
se forma
● Distrofia: é empregado para designar várias doenças degenerativas
sistêmicas, genéticas ou não como por exemplo as distrofias
musculares
● Ectopia/heterotopia: presença de um tecido normal em localização
anormal (exemplo parênquima pancreático na parede do estômago)
● Hamartias: são crescimentos focais, excessivos de determinado
tecido de um órgão quando for um tumor estes são chamados de
hamartomas
● Coristia: consiste em erros locais do desenvolvimento em que um
tecido normal de um órgão cresce em sítios nos quais normalmente
não é encontrado (exemplo proliferação de cartilagem no pulmão
longe da parede brônquica)
★ A metaplasia e a displasia estão como alteração de diferenciação
celular porque a célula vai modificar a sua função, ou seja,
diferenciação
★ Tanto na displasia quanto na hiperplasia eu tenho proliferação
celular. Na hiperplasia as células não estão malucas, obedecem o
mesmo tamanho, mesmo número, entre outros. Já na displasia, as
células perdem estratificação, organização.
HIPOTROFIA
● Consiste em redução quantitativa dos componentes estruturais e
das funções celulares resultando em diminuição do volume das
células e dos órgãos atingidos
● Aumento da degradação de proteínas celulares em lisossomos e
pelo sistema ubiquitina-proteassomos é o principal mecanismo de
hipotrofia
● Agressão a proteínas por radicais livres é causa frequente de
hipotrofia já que proteínas modificadas são ubiquitinadas e dirigidas
aos proteossomos onde são degradadas
● Sistema ubiquitina-proteossomos: é o principal mecanismo para o
catabolismo de proteínas no citosol e no núcleo, possuindo enorme
importância para a destruição de proteínas durante o Ciclo Celular.
Isso ocorre devido ao fato de haver ampla necessidade de se haver
uma degradação ordenada de proteínas para a progressão normal
do Ciclo Celular
● Hipotrofia fisiológica: quanto todos os órgãos e sistemas do
organismo reduzem suas atividades metabólicas, como afeta todo o
indivíduo, não há prejuízo funcional importante. O organismo
estabelece um novo estado de equilíbrio porque há redução das
atividades metabólicas em todos os órgãos e sistemas
● Hipotrofia patologica resulta de:
- Inanição:é um estado em que a pessoa se encontra
extremamente enfraquecida, por falta de alimentos ou por
deficiência na sua assimilação. Deficiência nutricional resulta
em hipotrofia generalizada
- Desuso: ocorre em órgãos ou tecidos que ficam sem uso por
algum tempo
- Compressão: resulta da pressão exercida por uma lesão
expansiva como tumores, cistos, aneurismas, etc
- Obstrução vascular: diminuição do fornecimento de O2 e
nutrientes causa hipotrofia
- Substâncias tóxicas: bloqueiam sistemas enzimáticos e a
produção de energia pelas células
- Hormônios: redução de hormônios resulta em hipotrofia de
células e órgãos-alvo
- Inervação: perda de estimulação nervosa resulta em
hipotrofia muscular
- Inflamação crônica
● Na hipotrofia localizada as consequências dependem da diminuição
da atividade e da função do órgão acometido
HIPERTROFIA
● Aumento dos constituintes estruturais e das funções celulares o que
resulta em aumento volumétrico das células e dos órgãos afetados
● Para que ocorra hipertrofia algumas exigências devem ser
atendidas:
- O fornecimento de O2 e de nutrientes deve suprir o aumento
de exigência das células
- as células devem ter suas organelas e sistemas enzimáticos
íntegros, células lesadas/degeneradas não conseguem
hipertrofiar-se como as células normais
- as células cuja atividade depende de estimulação nervosa só
podem hipertrofiar se a inervação estiver preservada
● Hipertrofia fisiológica: ocorre em certos órgãos e em determinadas
fases da vida como em fenômenos programados por exemplo
hipertrofia da musculatura uterina na gravidez
● Hipertrofia patológica: não é programada surge por estímulos
variados como:
- hipertrofia do miocárdio quando há sobrecarga do coração por
obstáculo do fluxo sanguíneo ou do volume de sangue e a
parede cardíaca sofre hipertrofia
- hipertrofia da musculatura esquelética
- hipertrofia da musculatura lisa da parede de órgãos ocos é o
que acontece na bexiga por exemplo quando há obstrução
urinária ou com a parede intestinal em obstruções do trato
digestivo
- hipertrofia dos neurônios
- hipertrofia de hepatócitos
● Tecidos e órgãos hipertrofiados tornam-se aumentados de volume e
de peso por aumento volumétrico de duas células. A arquitetura
básica do órgão mantém-se inalterada mas aumenta o fluxo de
sangue e de linfa, como hipertrofia constitui resposta à sobrecarga
de trabalho ao atingirem certo volume as células tendem a
dividir-se ou induzem células-tronco a originar outras células
● Em alguns casos o estímulo que leva a hipertrofia causa também
aumento do material genético podendo haver poliploidia (em células
que não se dividem) ou multiplicação celular (em células capazes de
proliferar)
● A hipertrofia é reversível ou seja cessado o estímulo a célula volta
ao normal, em órgãos em que ocorreram hipertrofia e hiperplasia
apoptose de células em excesso reduz a população celular aos
níveis normais
HIPOPLASIA
● Diminuição da população celular de um tecido, de um órgão ou de
parte do corpo
● A região afetada é menor e menos pesada que o normal mas
conserva o padrão arquitetural básico
● Hipoplasias fisiológicas: mais comum é a involução do timo a partir
da puberdade e a de gônadas no climatério/menopausa
● Hipoplasias patológicas: mais comum é a hipoplasia da medula
óssea provocada por agentes tóxicos ou infecciosos resultando em
anemia aplásica acompanhada ou não de redução do número das
demais células sanguíneas e outra é a hipoplasia de órgãos linfóides
na AIDS ou em consequência da destruição de linfócitos por
corticóides
● As hipoplasias patológicas podem ser reversíveis exceto as
anomalias congênitas tal como ocorre na hipotrofia as
consequências da hipoplasiadependem da sua localização e sua
intensidade
● Muitas vezes hipotrofia (redução volumétrica de células) e
hipoplasia (redução numérica de células) andam juntas
HIPERPLASIA
● Consiste no aumento do número de células de um órgão ou de
parte dele por aumento da proliferação e/ou por diminuição na
apoptose
● Hiperplasia só acontece em órgãos que contém células com
capacidade replicativa como na hipertrofia o órgão afetado fica
aumentado de volume e de peso (por causa do maior número de
células)
● Em órgãos com hiperplasia ocorre aumento na síntese de fatores de
crescimento e de seus receptores além de ativação de rotas
intracelulares de estímulo para a divisão celular
● Para ocorrer hiperplasia são necessárias as mesmas condições
descritas para hipertrofia como suprimento sanguíneo suficiente,
integridade morfofuncional das células e inervação adequada
● A capacidade de hiperplasia tem limite, as células hiperplásicas são
se multiplicam indefinidamente e conservam os mecanismos de
controle da divisão celular
● É reversível se a causa é eliminada a população celular volta ao
nível normal
● Hiperplasia fisiológica: hiperplasias compensadoras ou secundárias
a estimulação hormonal como no útero durante a gravidez ou nas
mamas na puberdade ou na lactação. Exemplo de hiperplasia
compensatória é a que acontece no rim após nefrectomia ou lesões
graves do outro rim, nesse caso o rim apresenta hiperplasia e
hipertrofia de suas células e sofre aumento de peso e volume.
Acontece também na hepatectomia parcial algumas horas após
remoção de parte do fígado as células restantes entram em divisão
e em cerca de 2 semanas a população normal é restaurada
● Hiperplasia patológica: a causa mais conhecida é a hiperestimulação
hormonal quando existe hiperfunção da hipófise todas as
glândulas-alvo dos hormônios produzidos em excesso entram em
hiperplasia, Síndrome de Cushing (hiperplasia e hiperfunção da
cortical da suprarenal) em particular é causada por adenomas ou
hiperplasias funcionantes da adeno-hipófise. A produção excessiva
de TSH provoca hiperplasia da tireóide e assim por diante.Em
mulheres o aumento de estrógenos resulta em hiperplasia das
mamas ou do endométrio que podem aumentar o risco de câncer
nesses órgãos. Hiperplasias inflamatórias pode ocorrer regeneração
de células epiteliais eventualmente destruídas e neoformação
conjuntivo vascular para reparar as perdas em geral há reprodução
celular somente na quantidade necessária para recuperar as perdas
já em alguns casos há liberação excessiva de fatores de crescimento
e proliferação celular exagerada ocorrendo hiperplasia do epitélio ou
do tecido conjuntivo esse tipo de hiperplasia é encontrado em
algumas inflamações da pele ou de mucosas as quais podem
resultar em lesões papilomatosas poliposas
METAPLASIA
● Significa mudança de um tipo de tecido adulto (epitelial ou
mesenquimal) em outro da mesma linhagem ou seja um tipo de
epitélio transforma-se em outro tipo epitelial um epitélio porém não
se modifica em tecido mesenquimal
● Metaplasia resulta da inativação de alguns genes cuja expressão
define a diferenciação do tecido que sofre metaplasia e
desrepressão de outros que condicionam o novo tipo de
diferenciação
● Os tipos mais frequentes de metaplasia são:
- transformação de epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado em epitélio queratinizado é o que ocorre no
epitélio da boca ou do esofago em consequencia de irritação
prolongada
- epitélio pseudoestratificado ciliado em epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado ou não o exemplo clássico é a
metaplasia brônquica escamosa secundária a agressão
persistente causada pelo tabagismo
- epitélio mucossecretor em epitélio estratificado pavimentoso
com ou sem queratinização aparece tipicamente no epitélio
endocervical
- epitélio glandular seroso em epitélio mucíparo como acontece
na metaplasia intestinal da mucosa gástrica
- tecido conjuntivo em tecido cartilaginoso ou ósseo
- tecido cartilaginoso em tecido ósseo
● Metaplasia é também um processo adaptativo que surge como
resposta a várias agressões já que o tecido metaplásico é mais
resistente a agressões
● Em princípio metaplasia resulta de irritação persistente que leva ao
surgimento de um tecido mais resiste no entanto o tecido
metaplásico pode resultar em menor proteção ao indivíduo:
- na metaplasia escamosa brônquica no tabagismo há prejuízos
na síntese de muco e desaparecimento dos cílios ambos
importantes como defesa do organismo contra infecções
- agressões mecânicas repetidas como provocadas por próteses
dentárias mal ajustadas no epitélio da gengiva ou da
bochecha
- irritação por calor prolongado como a causada no epitélio oral
e do esofago por alimentos quentes ou a provocada no lábio
pelo cigarro
- irritação química persistente como acontece na fumaça do
cigarro na mucosa respiratória
- inflamações crônicas como nas mucosas brônquica e gástrica
ou no colo do útero
● Metaplasia é reversível
● Um tipo particular de metaplasia é a leucoplasia, que é um termo
de significado predominantemente clínico e usado para indicar
lesões que apresentam como placas ou manchas brancas
localizadas em mucosas como no colo uterino, oral e esofágico.
Leucoplasia corresponde a metaplasia de um epitélio escamoso não
queratinizado contendo várias camadas de queratina
DISPLASIA
● Condição adquirida caracterizada por alterações da proliferação e da
diferenciação celulares acompanhadas de redução ou perda de
diferenciação das células afetadas
● Os exemplos mais conhecidos são displasias epiteliais nas quais
ocorrem aumento da proliferação celular e redução na maturação
das células que podem apresentar algumas atipias celulares e
arquiteturais
● Muitas vezes displasias estão associadas a metaplasia ou se
originam nela
● As mais importantes são displasias de mucosas como do colo
uterino, de bronquios e gastrica pois muitas vezes procedem os
cânceres que se formam nesses locais, todavia nem sempre uma
displasia progride para câncer já que pode estacionar ou até mesmo
regredir
● A atipia (alta de regularidade demonstrada nos acessos de doenças
que ocorrem periodicamente) mais importante em displasias é a
cariomegalia por alterações no conteúdo de DNA
LESÕES E CONDIÇÕES PRÉ-CANCEROSAS
● A ideia de lesão pré-cancerosa é probabilística e estatística
● Lesão pré-cancerosa é uma alteração morfológica que tem maior
risco de evoluir para câncer do que o tecido normal em que ela se
origina
● Nem toda lesão pré-cancerosa portanto caminha para um tumor
maligno (por esta razão deveriam ser chamadas mais
apropriadamente lesões potencialmente cancerosas) além disso não
se sabe ao certo quanto tempo transcorre entre o achado de uma
dessas lesões e o aparecimento do câncer
NEOPLASIAS
● Em organismos multicelulares a taxa de proliferação de cada tipo de
célula é controlada com precisão por um sistema altamente
integrado que permite replicação celular apenas dentro dos limites
que mantém a população normal em níveis homeostáticos, como na
maioria dos tecidos e órgãos há divisão celular contínua para
restaurar as perdas naturais a replicação celular é atividade
essencial para o organismo, no entanto ela deve seguir o controle
rígido imposto ao sistema pois se for feita para mais ou para menos
o equilíbrio se quebra
● Uma das características principais da neoplasias é justamente a
proliferação celular descontrolada
● Quanto mais avançado é o estado de diferenciação mais baixa é a
taxa de reprodução, em neoplasias em geral ocorre paralelamente
aumento da proliferação, perda da diferenciação celular e como
resultado de tudo isso as células neoplásicas progressivamente
sofrem perda de diferenciação e tornam-se atípicas
● A célula neoplásica sofre alteração nos seus mecanismos
regulatórios de multiplicação adquire autonomia de crescimento e
torna-se independente de estímulos fisiológicos
● Então neoplasia pode ser entendida como uma lesão constituída por
proliferação celular anormal descontrolada e autônoma em geral
com perda ou reduçãoda diferenciação em consequência de
alterações em genes ou proteínas que regulam a multiplicação e a
diferenciação das células
● O que diferencia uma neoplasia de uma displasia e hiperplasia é
exatamente a autonomia de proliferação
● Do ponto de vista clínico evolutivo e de comportamento as
neoplasias são divididas em duas grandes categorias: benignas e
malignas
● Na prática as neoplasias são chamadas de tumores, o termo tumor
é mais abrangente pois significa qualquer lesão expansiva ou
intumescimento (Fazer inchar ou engrossar; aumentar de volume;
tornar túmido) localizado, podendo ser causado por muitas lesões
● Os tumores podem ser classificados de acordo com vários critérios:
- pelo comportamento clínico (benignos ou malignos)
- pelo aspecto microscópico (critério histomorfológico)
- pela origem da neoplasia (critério histogenético)
● O critério mais adotado para se dar nome a um tumor é o
histomorfológico pelo qual a neoplasia é identificada pelo tecido ou
célula proliferante e segue algumas regras:
- o sufixo -oma é empregado na denominação de qualquer
neoplasia benigna ou maligna
- a palavra carcinoma indica tumor maligno que reproduz
epitélio de revestimento quando usado como sufixo também
indica malignidade
- o termo sarcoma refere-se a uma neoplasia maligna
mesenquimal usada como sufixo e indica tumor maligno de
determinado tecido
- a palavra estoma pode ser usada como sinônimo de neoplasia
e quando empregada como sufixo indica que o tumor
reproduz estruturas com características embrionárias
● Na forma mais usual de denominar um tumor toma-se o nome da
célula, do tecido ou do órgão reproduzido e acrescentam-se os
sufixos -oma, -sarcoma ou -carcinoma, lipoma (tumor benigno que
reproduzi lipocitos), hemangioma (tumor que produz vasos
sanguíneos), condrossarcoma (tumor maligno que forma
cartilagem), hepatoblastoma (tumor maligno que reproduz
hepatócitos com características embrionárias), adenoma (tumor
benigno que reproduz glándulas), adecarcinoma (tumor maligno
que forma glándulas)
● Além desses nomes o nome de um tumor pode conter outros
termos para indicar certas propriedades da lesão ou sua
diferenciação: carcinoma epidermóide (o epitélio neoplásico produz
queratina, tendo portanto diferenciação semelhante a da epiderme),
adenocarcinoma cirroso (o estroma do tumor é muito desenvolvido
e duro quando consistência muito firme a lesão)
● Teratoma: são tumores benignos ou malignos originados de celular
toti ou multipotentes que se originam nas gônadas (testículos ou
ovários) e em menos frequentemente em outras sedes sobretudo
em correspondência com a linha mediana do corpo. Como se
originam de células pluripotentes, os teratomas são constituídos por
tecidos derivados de mais um folheto embrionário. Em teratomas
benignos há diferenciação de tecidos que formam estruturas
organoides como pele e anexos, ossos, dentes, etc) porém
dispostos desordenadamente
ESTRUTURA
PROLIFERADA/ E OU
ORIGEM DO TUMOR
TUMOR
BENIGNO
TUMOR MALIGNO
TECIDOS EPITELIAIS
Epitélio de revestimento Papiloma Carcinoma
Epitélio glandular Adenoma Adenocarcinoma
TECIDOS CONJUNTIVOS
Tecido fibroso Fibroma Fibrossarcoma
Tecido adiposo Lipoma Lipossarcoma
Tecido cartilaginoso Condroma Condrossarcoma
Tecido ósseo Osteoma Osteossarcoma
Tecido Mucoso Mixoma
Células do sangue Leucemia
Órgãos linfóides Linfoma
ESTRUTURAS
PROLIFERADAS
E/OU ORIGEM DO
TUMOR
TUMOR BENIGNO TUMOR MALIGNO
TECIDOS
MUSCULARES
Liso Leiomioma Leiomiossarcoma
Estriado Rabdomioma Rabdomiossarcoma
TECIDO NERVOSO
Neuroblasto Ganglioneuroma Ganglioneuroblastoma
Neuroblastoma
Neuroepitélio Ependimoma Ependimoma maligno
Células da glia Astrocitoma Glioblastoma
Oligodendroglioma Oligodendroglioma
maligno
Nervos periféricos Neurinoma
(schwannoma)
Neurinoma
(schwannoma)
maligno
Meninges Meningioma Meningioma maligno
ESTRUTURAS
PROLIFERADA E/
OU ORIGEM DO
TUMOR
TUMOR BENIGNO TUMOR MALIGNO
VASOS
Sanguíneo Hemangioma Angiossarcoma
Linfáticos Linfangioma Linfangiossarcoma
Sistema
melanogênico
Melanoma Melanoma maligno
Trofoblasto Mola hidatiforme Coriocarcinoma
Células multi ou
totipotentes
Teratoma benigno Teratoma maligno
NEOPLASIAS BENIGNAS
➔ Apesar de muitas vezes não representarem grande problema para
seus portadores os tumores benignos têm grande interesse prático
por sua frequência e pelas consequências que podem trazer seja
por seu volume seja por sua localização ou outras propriedades
➔ Tumores benignos podem causar vários transtornos como obstrução
de órgãos ou estruturas ocas, compressão de órgãos, produção de
substâncias em maior quantidade, etc
➔ Como a taxa de divisão celular é pequena (baixo índice mitótico) em
geral o tumor tem crescimento lento
➔ Em tumores benignos as células crescem unidas entre si não se
infiltram nos tecidos vizinhos e formar uma massa geralmente
esférica esse crescimento é do tipo expansivo e provoca
compressão de estruturas adjacentes que podem sofrer hipotrofia e
com frequência forma-se uma cápsula fibrosa em torno do tumor
com isso a neoplasia fica mais ou menos delimitada e pode ser
removida por cirurgia
NEOPLASIAS MALIGNAS
CARACTERÍSTICAS DAS NEOPLASIAS BENIGNAS E MALIGNAS
CARACTERÍSTICAS NEOPLASIAS
BENIGNAS
NEOPLASIAS
MALIGNAS
Taxa de crescimento Baixa Alta
Figuras de mitose Raras Frequentes
Grau de diferenciação Bem diferenciadas Desde bem
diferenciadas até
neoplásicas
Atipias celulares e
arquiteturais
Raras Frequentes
Degeneração,
necrose
Ausentes Presentes
Tipo de crescimento Expansivo Infiltrativo
Cápsula Presente Geralmente ausente
Limites da lesão Bem definidos Imprecisos
Efeitos locais e
sistêmicos
Geralmente
inexpressivos
Geralmente graves e
às vezes letais
Recidiva Em geral ausente Presente
Metástases Ausentes Presente
Gabriela Monari T6

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