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Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais Proliferação e diferenciação celular Proliferação e diferenciação celulares são processos complexos controlados por um sistema integrado que mantém a população celular dentro de limites fisiológicos. Alterações no processo regulatório resultam em distúrbios ora da proliferação, ora da diferenciação, ora das duas ao mesmo tempo. Essas lesões são agrupadas conforme a seguir. ▶ Alterações do volume celular. Quando uma célula recebe estímulo acima do normal, aumentando a síntese de seus constituintes e o seu volume, tem-se hipertrofia. Se sofre agressão que resulta em diminuição da nutrição, do metabolismo e da síntese necessária para renovação de suas estruturas, a célula fica com volume menor, a hipotrofia ▶ Alterações da proliferação celular. Aumento da taxa de divisão celular acompanhado de diferenciação normal recebe o nome de hiperplasia. Diminuição da taxa de proliferação celular é chamada hipoplasia ou aplasia ▶ Alterações da diferenciação celular. Quando as células de um tecido modificam seu estado de diferenciação normal, tem-se metaplasia. ▶ Alterações da proliferação e da diferenciação celulares. Quando há proliferação celular e redução ou perda de diferenciação, tem-se a displasia. A proliferação celular autônoma, em geral acompanhada de perda ou redução da diferenciação, é chamada neoplasia. Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais Hipotrofia A hipotrofia pode ser fisiológica, na senilidade, sem prejuízos funcionais importantes, ou patológica, que resulta de: (1) inanição: o estado de uma célula ou de um organismo que carece de um elemento indispensável à sua vida. A deficiência nutricional resulta em hipotrofia generalizada; (2) desuso. (3) compressão. Resulta da pressão exercida por uma lesão expansiva, como tumores, cistos, aneurismas etc.; (4) obstrução vascular. Diminuição do fornecimento de O2 e nutrientes causa hipotrofia: obstrução das artérias renais, por exemplo, leva a hipotrofia do rim; (5) substâncias tóxicas que bloqueiam sistemas enzimáticos; hormônios; perda de inervação e inflamações crônicas. Hipertrofia Hipertrofia é o aumento dos constituintes estruturais e das funções celulares, o que resulta em aumento volumétrico das células e dos órgãos afetados. Requisitos: (a) o fornecimento de O2 e de nutrientes deve suprir o aumento de exigência das células; (b) as células devem ter suas organelas e sistemas enzimáticos íntegros; (c) as células cuja atividade depende de estimulação nervosa só podem hipertrofiar se a inervação estiver preservada. Miocárdio desnervado, por exemplo, não se hipertrofia ou se hipertrofia pouco. Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais A hipertrofia fisiológica ocorre em certos órgãos e em determinadas fases da vida como fenômenos programados (p. ex., hipertrofia da musculatura uterina na gravidez). A hipertrofia patológica não é programada e surge por estímulos variados: (1) hipertrofia do miocárdio. Quando há sobrecarga do coração por obstáculo ao fluxo sanguíneo (hipertensão arterial, estenose valvar) ou do volume de sangue (insuficiência valvar, shunt), a parede cardíaca sofre hipertrofia (Figura 10.2); (2) hipertrofia da musculatura esquelética. Em atletas ou em trabalhadores que fazem grande esforço físico, os músculos esqueléticos entram em hipertrofia; (3) hipertrofia da musculatura lisa da parede de órgãos ocos, a montante de um obstáculo. É o que acontece na bexiga quando há obstrução urinária (p. ex., hiperplasia da próstata) ou com a parede intestinal em obstruções do trato digestivo (p. ex., inflamações, neoplasias etc.); Tecidos e órgãos hipertróficos tornam-se aumentados de volume e de peso, por aumento volumétrico de suas células. A arquitetura básica do órgão mantém-se inalterada, mas aumenta o fluxo de sangue e de linfa. Algumas vezes, coexiste aumento do número de células. Como a hipertrofia constitui resposta a sobrecarga de trabalho, ao atingirem certo volume as células tendem a dividir-se ou induzem células-tronco a originar outras células. Os estímulos que levam a hipertrofia atuam em numerosos genes, os quais codificam diversas proteínas, entre elas fatores de crescimento, receptores de fatores de crescimento e proteínas estruturais. A hipertrofia é também reversível; cessado o estímulo, a célula volta ao normal. Na sobrecarga prolongada do miocárdio, as células hipertrofiadas sofrem apoptose, o que pode contribuir para insuficiência do órgão. Hipoplasia Hipoplasia é a diminuição da população celular de um tecido, de um órgão ou de parte do corpo. A região afetada é menor e menos pesada que o normal, mas conserva o padrão Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais arquitetural básico. Há várias formas de hipoplasia. Durante a embriogênese, pode ocorrer defeito na formação de um órgão ou de parte dele (hipoplasia pulmonar, hipoplasia renal etc.). Após o nascimento, hipoplasia resulta de diminuição do ritmo de renovação celular, aumento da taxa de destruição das células ou ambos os fenômenos. Hipoplasia pode ser fisiológica ou patológica. As hipoplasias fisiológicas mais comuns são a involução do timo a partir da puberdade e a de gônadas no climatério. Na senilidade, ao lado de hipotrofia também existe hipoplasia de órgãos, por aumento de apoptose. Entre as hipoplasias patológicas, as de maior interesse são as da medula óssea provocadas por agentes tóxicos ou por infecções. Disso resulta anemia aplásica (mais corretamente, hipoplásica), acompanhada ou não de redução do número das demais células sanguíneas. Outra hipoplasia importante é de órgãos linfoides na AIDS ou em consequência de destruição de linfócitos por corticoides. As hipoplasias patológicas podem ser reversíveis, exceto as anomalias congênitas. Hiperplasia Consiste no aumento do número de células de um órgão ou de parte dele, por aumento da proliferação e/ou por diminuição na apoptose. Hiperplasia só acontece em órgãos que contêm células com capacidade replicativa. Como na hipertrofia, o órgão afetado fica aumentado de volume e de peso (por causa do maior número de células). Em órgãos com hiperplasia, ocorrem aumento na síntese de fatores de crescimento e de seus receptores, além de ativação de rotas intracelulares de estímulo para a divisão celular. Para haver hiperplasia, são necessárias as mesmas condições descritas para hipertrofia, como suprimento sanguíneo suficiente, integridade morfofuncional das células e inervação adequada. Tal como na hipertrofia, a hiperplasia é desencadeada por agentes que estimulam funções celulares, sendo também uma forma adaptativa das células a sobrecarga de trabalho. Muitas Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais vezes um órgão apresenta concomitantemente hipertrofia e hiperplasia, pois uma mesma causa pode desencadear os dois processos. A hiperplasia pode ser também fisiológica ou patológica. Os principais tipos da primeira são hiperplasias compensadoras ou secundárias a estimulação hormonal, como no útero durante a gravidez ou nas mamas na puberdade ou na lactação. Exemplos clássicos de hiperplasia compensadora são a hepactomia com posterior regeneração tecidual e a nefrectomia com compensação do outro rim. Na hiperplasia compensadora, geralmente coexiste hipertrofia celular. A causa mais conhecida de hiperplasia patológica é hiperestimulação hormonal. Quando existe hiperfunção da hipófise, por exemplo, todas as glândulas-alvo dos hormônios produzidos em excesso entram em hiperplasia. Síndrome de Cushing (hiperplasia e hiperfunção da cortical da suprarrenal), em particular, é causada por adenomas ou hiperplasias funcionantes da adeno-hipófise. Produção excessiva de TSH provoca hiperplasia da tireoide.Em mulheres, aumento de estrógenos resulta em hiperplasia das mamas ou do endométrio, que tem grande interesse prático por aumentar o risco de câncer nesses órgãos. Metaplasia Metaplasia significa mudança de um tipo de tecido adulto (epitelial ou mesenquimal) em outro da mesma linhagem: um tipo de epitélio transforma-se em outro tipo epitelial; um epitélio, porém, não se modifica em tecido mesenquimal. É geralmente reversível. Metaplasia resulta da inativação de alguns genes (cuja expressão define a diferenciação do tecido que sofre metaplasia) e desrepressão de outros (que condicionam o novo tipo de diferenciação). Os tipos mais frequentes de metaplasia são: Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais (1) epitélio pseudoestratificado ciliado em epitélio estratificado pavimentoso, ceratinizado ou não. O exemplo clássico é a metaplasia brônquica (escamosa) secundária a agressão persistente, cujo protótipo é o tabagismo; (2) tecido conjuntivo em tecido cartilaginoso ou ósseo; (6) tecido cartilaginoso em tecido ósseo. Em princípio, metaplasia resulta de agressão persistente que leva ao surgimento de um tecido mais resistente. No entanto, o tecido metaplásico pode resultar em menor proteção ao indivíduo Os exemplos de metaplasia mais comuns são: (1) agressões mecânicas repetidas, como as provocadas por próteses dentárias mal ajustadas no epitélio da gengiva ou da bochecha; (2) irritação por calor prolongado, como a causada no epitélio oral e do esôfago por alimentos quentes, ou a provocada no lábio pela haste de cachimbo; (3) irritação química persistente, como acontece com a fumaça do cigarro na mucosa respiratória. Displasia Displasia é uma condição adquirida caracterizada por alterações da proliferação e da diferenciação celulares acompanhadas de redução ou perda de diferenciação das células afetadas. Os exemplos mais conhecidos são displasias epiteliais, nas quais ocorrem aumento da proliferação celular e redução na maturação das células, que podem apresentar algumas atipias celulares e arquiteturais. Muitas vezes, displasias estão associadas a metaplasia ou se originam nela. Também há uma associação com o câncer, porém, nem sempre uma displasia progride para câncer, já que pode estacionar ou até mesmo regredir. Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais Neoplasias As características principais das neoplasias são: A proliferação celular descontrolada. Paralelamente ao aumento da proliferação, a perda da diferenciação celular (quanto mais avançado é o estado de diferenciação, mais baixa é a taxa de reprodução). As células neoplásicas progressivamente sofrem perda de diferenciação e tornam-se atípicas. A célula neoplásica adquire autonomia de crescimento e torna-se independente de estímulos fisiológicos. As atividades celulares que se manifestam continuamente, sem regulação, são chamadas constitutivas; para a célula tumoral, proliferação é atividade constitutiva. Com essas considerações, neoplasia pode ser entendida como a lesão constituída por proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, em geral com perda ou redução de diferenciação, em consequência de alterações em genes ou proteínas que regulam a multiplicação e a diferenciação das células. O que diferencia uma neoplasia de uma displasia e hiperplasia é exatamente a autonomia de proliferação. As neoplasias são divididas em duas grandes categorias: benignas e malignas: As benignas geralmente não são letais nem causam sérios transtornos para o hospedeiro; por isso mesmo, podem evoluir durante muito tempo e não colocam em risco a vida do seu portador. As malignas em geral têm crescimento rápido e muitas provocam perturbações homeostáticas graves que acabam levando o indivíduo à morte. Na grande maioria dos casos, Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais as características macro e microscópicas das neoplasias permitem que elas sejam separadas em benignas e malignas. As neoplasias benignas e malignas têm dois componentes: (1) células neoplásicas clonais que constituem o parênquima tumoral, (2) estroma reativo feito de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos (pode haver a angiogênese) e números variáveis de células do sistema imune inato e adaptativo. A classificação dos tumores e seu comportamento biológico são baseados principalmente no componente parenquimatoso, mas seu crescimento e disseminação são criticamente dependentes do seu estroma. Em alguns tumores, o tecido conjuntivo é escasso e então a neoplasia é macia e carnosa. Em outros casos, as células do parênquima estimulam a formação de um estroma colagenoso abundante, referido como desmoplasia. Alguns tumores desmoplásicos – por exemplo, alguns cânceres da mama feminina – são duros como pedra ou cirróticos. Nomenclatura e classificação das neoplasias Os tumores podem ser classificados de acordo com vários critérios: (1) pelo comportamento clínico (benignos ou malignos); (2) pelo aspecto microscópico (critério histomorfológico); (3) pela origem da neoplasia (critério histogenético). O critério mais adotado para se dar nome a um tumor é o histomorfológico, pelo qual a neoplasia é identificada pelo tecido ou célula proliferante. Algumas regras são importantes: (1) o sufixo -oma é empregado na denominação de qualquer neoplasia, benigna ou maligna; mas quando há apenas o sufixo “-oma”, sem a presença do “-sarcoma” ou “-carcinoma”, ele indica uma neoplasia benigna. (2) a palavra carcinoma indica tumor maligno que reproduz epitélio de revestimento; quando usada como sufixo, também indica malignidade (p. ex., adenocarcinoma, hepatocarcinoma); (3) o termo sarcoma refere-se a uma neoplasia maligna mesenquima e quando usado como sufixo, indica tumor maligno de determinado tecido (p. ex., fibrossarcoma, lipossarcoma etc.); Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais (4) a palavra blastoma pode ser usada como sinônimo de neoplasia e, quando empregada como sufixo, indica que o tumor reproduz estruturas com características embrionárias (nefroblastoma, neuroblastoma etc.). Na forma mais usual de denominar um tumor, toma-se o nome da célula, do tecido ou do órgão reproduzido e acrescentam-se os sufixos -oma, -sarcoma ou -carcinoma: ▶ Teratomas: Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais São tumores benignos ou malignos originados de células toti ou multipotentes que se originam nas gônadas (testículos ou ovários) e, menos frequentemente, em outras sedes. Como se originam de células pluripotentes, os teratomas são constituídos por tecidos derivados de mais de um folheto embrionário. Em teratomas benignos, há diferenciação de tecidos, que formam estruturas organoides (pele e anexos, ossos, dentes, olho etc.), porém dispostos desordenadamente. Em teratomas malignos, a diferenciação é limitada (são imaturos), encontrando-se apenas raros esboços organoides de permeio com as células que sofreram transformação maligna. Tumores Benignos Seus aspectos micro e macroscópicos são considerados relativamente inocentes, significando que ele permanece localizado, não se disseminará para outras áreas e geralmente pode ser removido por cirurgia local, sendo compreensível que o paciente sobreviva. No entanto, seja por seu volume, seja por sua localização ou outras propriedades, tumores benignos podem causar vários transtornos (obstrução de órgãos ou estruturas ocas, compressão de órgãos, produção de substâncias em maior quantidade etc.), inclusive morte. As células das neoplasias benignas em geral são bem diferenciadas e podem até ser indistinguíveis das células normais correspondentes. As atipias celulares e arquiteturais são discretas, ou seja, o tumor reproduz bem o tecido que lhe deu origem. Como a taxa de divisão celular é pequena (baixoíndice mitótico), em geral o tumor tem crescimento lento. Em tumores benignos, as células crescem unidas entre si, não se infiltram nos tecidos vizinhos e formam uma massa geralmente esférica. Esse crescimento é do tipo expansivo e provoca compressão de estruturas adjacentes, que podem sofrer hipotrofia. Com frequência, forma- se uma cápsula fibrosa em torno do tumor (Figura 10.8 B); com isso, a neoplasia fica mais ou menos bem delimitada e pode ser completamente removida por cirurgia. Em geral, tumores benignos não recidivam após ressecção cirúrgica. Neoplasias malignas Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais As neoplasias malignas podem invadir e destruir as estruturas adjacentes e se disseminar para áreas distantes (metastatizar), levando à morte. Os tumores malignos que surgem em tecidos mesenquimais sólidos são geralmente chamados de sarcomas, enquanto os que surgem de células formadoras de sangue são as leucemias (literalmente, sangue branco) ou linfomas (tumores de linfócitos ou seus precursores). As células cancerosas são em geral mais volumosas do que as normais, sobretudo por aumento do núcleo (aumento da relação núcleo/citoplasma). A cromatina é irregular e mais compacta (hipercromasia nuclear), podendo haver células bi ou multinucleadas. Figuras de mitose são frequentes, não só típicas como atípicas (mitoses tri ou multipolares). Como são menos aderidas entre si, as células cancerosas podem movimentar-se e infiltrar-se no estroma e nos tecidos adjacentes. Também devido ao crescimento infiltrativo, os limites do câncer com as estruturas adjacentes são pouco definidos, e, em consequência, a remoção completa do tumor muitas vezes é difícil. Em muitos casos, em torno da lesão principal existem ilhotas ou cordões de células neoplásicas que proliferam e podem dar origem a novos tumores. Por tudo isso, o cirurgião normalmente procura retirar certa quantidade de tecidos aparentemente normais (margem de segurança) na tentativa de que todo o tumor seja removido. Mesmo assim, o câncer tem tendência a recidiva local. Durante certo tempo na evolução inicial de carcinomas, as células neoplásicas ficam restritas à camada epitelial e limitadas pela membrana basal. Como não há invasão do estroma subjacente, fala-se em carcinoma in situ (CIS, Figura 10.16). As neoplasias malignas têm estroma com vários tipos celulares: células endoteliais, pericitos, fibroblastos, mastócitos e células originadas da medula óssea, incluindo leucócitos, precursores de células dendríticas, células-tronco mesenquimais Gutembergmann Coutinho Processos Patológicos Gerais e células supressoras mieloides. A origem dessas células é complexa: originam-se do estroma dos tecidos vizinhos (p. ex., endotélio vascular e fibroblastos), diferenciam-se a partir de precursores vindos da medula óssea (pericitos, mastócitos) ou vêm da circulação, fazendo parte da inflamação induzida no tumor (leucócitos exsudados e células supressoras mieloides). Admite-se que as células neoplásicas possam originar alguns tipos de células do estroma, especialmente fibroblastos associados ao tumor. Esta possibilidade tem sido evidenciada em alguns tumores em que células- tronco do tumor mostram ampla plasticidade, originando células com características de endotélio ou de fibroblastos associados ao tumor. Células do estroma do câncer mostram algumas propriedades bem diferentes daquelas do estroma do tecido de onde o tumor se originou, todas voltadas para facilitar a progressão da neoplasia. Tais diferenças são induzidas pelas células cancerosas nas do estroma de origem ou são adquiridas durante a diferenciação de células do estroma originadas de células-tronco do tumor. Complexa também é a interação das células cancerosas com o estroma durante a carcinogênese, pois o desenvolvimento do câncer depende não somente de alterações genéticas ou epigenéticas em células neoplásicas, mas também do estroma, como será visto adiante.
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