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TUTORIA ONLINE

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SISTEMAS DE
 INFORMAÇÕES 
 GERENCIAIS
www.esab.edu.br 3
Sumário
1. Apresentação I.......................................................................05
2. Definição de Educação e de Educação a Distância..............06
3. Comunicação em EAD: Modalidades Sincrônica e 
Assincrônica..........................................................................08
4. Aprendizagem Autônoma: Componentes do Saber e do 
saber-fazer.............................................................................13
5. Aprendizagem Autônoma: Componentes do Querer..............15
6. EAD e o Sistema Tutorial.......................................................17
7. Resumo I................................................................................22
8. Apresentação II......................................................................23
9. O Que é Ser Tutor..................................................................24
10. Competências Essenciais a Tutoria Online............................31
11. Competências de Apoio: Comunicação e Motivação.............34
12. Resolução de Problemas e Orientação da aprendizagem no 
exercício da tutoria online......................................................39
13. Conhecendo um pouco das competências de Capacitação e 
de administração na EAD......................................................45
14. Resumo II...............................................................................49
15. Apresentação III.....................................................................50
16. Referencias de Qualidade para a EAD/SEED-MEC..............51
17. Didática da Educação Presencial e da EAD: A Prática 
Pedagógica da Tutoria online.................................................60
18. A Atuação da Tutoria Online em Equipes Multidisciplinares de 
EAD: Possibilidades Pedagógicas em Ambientes Virtuais....68
19. O papel do professor tutor no estímulo à aprendizagem 
autônoma e a interatividade em ambientes WEB..................79
20. Avaliação do Módulo..............................................................84
www.esab.edu.br 4
21. Resumo III..............................................................................86
22. Glossário................................................................................87
23. Bibliografia............................................................................99
www.esab.edu.br 5
Educação a Distância: Definições e Conceituações I
Caro(a) Estudante, 
Antes de iniciarmos nossos estudos acerca da Tutoria Online, 
gostaríamos de lhe apresentar a importância de sua oferta. A 
razão é muito simples: a Educação a Distância (EAD) é cada vez 
mais uma realidade. E essa realidade é decorrente da 
necessidade de otimização de tempo, de custo, e, principalmente, 
de conciliar o aprendizado de novas técnicas e novos 
conhecimentos em tempos de informação em tempo real.
Assim, ao cursar essa disciplina, sua meta deve ser aprender. 
Acreditamos que o presente módulo lhe oportunizará novos 
outros saberes a respeito da Tutoria Online. Nesse sentido, 
lembramos que o seu sucesso nessa empreitada intelectual 
dependerá de sua organização pessoal e da correta interpretação 
dos conteúdos aqui apresentados. 
O presente módulo está dividido em três eixos. Nesse primeiro 
bloco de estudos você conhecerá alguns conceitos e legislação 
acerca da Tutoria Online. Em sequência lhe apresentaremos uma 
breve discussão a respeito dos saberes e dos fazeres na EAD. 
Para verificar sua aprendizagem, realize as atividades online 
realizando as Tarefas Dissertativas, os Exercícios Online 
disponíveis na Sala de Aula Virtual, investindo seu tempo de 
estudo também na leitura das Ferramentas de Aprendizagem 
(Fóruns, Saiba Mais, Estudos Complementares etc.).
Dedique-se à leitura dos textos, buscando aprofundar seus 
conhecimentos sobre cada assunto. Bons estudos!
www.esab.edu.br 6
A qualidade da EAD pressupõe, entre outros aspectos, a 
elaboração de conceitos, já que estes ocupam papel relevante 
na construção/evolução do conhecimento. Ao conceitualizar a 
realidade, por intermédio de palavras exteriorizadas, trazemos à 
consciência o que antes se encontrava difuso no nosso universo 
interior. Foi Vygotski (1993, p.289) quem afirmou:
Pero en el aspecto psicológico, el significado de la palabra no es 
más que una generalización o un concepto, como hemos podido 
convencernos repetidas veces a lo largo de la investigación. 
Generalización y significado de la palabra son sinónimos. Toda 
generalización, toda formación de un concepto constituye le más 
específico, más auténtico y más indudable acto de pensamiento. 
Portanto, use e abuse de sua autonomia e da sua capacidade 
de elaboração. Não se limite a “copiar e colar” os conceitos 
pesquisados. Primeiro, explore diversos conceitos e analise-os 
criticamente. Depois, eleja, entre eles, quatro com os quais você 
tenha mais afinidade. 
Finalmente, ao realizar a atividade pertinente a esta unidade, 
construa seus próprios conceitos de educação e de educação à 
distância, considerando tanto a forma como o conteúdo que 
desejar garantir.
Boa pesquisa e ótima elaboração!
No quadro abaixo, seguindo o exemplo destacado em azul, insira 
quatro conceitos de educação – pesquisados na web.
www.esab.edu.br 7
Conceito de educação Autor Endereço eletrônico
1
Educação é concebida como 
“produção do saber”, pois o 
homem é capaz de elaborar 
ideias, possíveis atitudes e 
uma diversidade de conceitos.
DEMERVAL 
SAVIANI 
www.webartigos.com/artigos/
que-e-educacao-segundo-
demerval-saviani/39836/
2 
3 
4 
5 
No quadro abaixo, seguindo o exemplo destacado em azul, 
insira quatro conceitos de educação à distância – pesquisados 
na web.
Conceito de educação à 
distância Autor Endereço eletrônico
1
A Educação a Distância é a 
modalidade educacional na 
qual a mediação didático-
pedagógica nos processos 
de ensino e aprendizagem 
ocorre com a utilização de 
meios e tecnologias de 
informação e comunicação, 
com estudantes e professores 
desenvolvendo atividades 
educativas em lugares ou 
tempos diversos.
Governo do 
Brasil/ Ministério 
da Educação
http://portal.mec.gov.br/
instituicoes-credenciadas/
educacao-superior-a-distancia
2 
3 
4 
5 
Defina/conceitualize, com suas próprias palavras:
1) Educação
_________________________________________
2) Educação a distância
_________________________________________
ATIVIDADES
http://www.webartigos.com/artigos/que-e-educacao-segundo-demerval-saviani/39836/
http://www.webartigos.com/artigos/que-e-educacao-segundo-demerval-saviani/39836/
http://www.webartigos.com/artigos/que-e-educacao-segundo-demerval-saviani/39836/
http://portal.mec.gov.br/instituicoes-credenciadas/educacao-superior-a-distancia
http://portal.mec.gov.br/instituicoes-credenciadas/educacao-superior-a-distancia
http://portal.mec.gov.br/instituicoes-credenciadas/educacao-superior-a-distancia
www.esab.edu.br 8
O uso das ferramentas síncronas e assíncronas nos cursos 
à distância.
Ao utilizarmos Learning Management System (LMS), também 
conhecido como AVA (Ambientes Virtuais de Aprendizagem), 
encontramos duas formas de comunicação para promover e 
desenvolver a interação e a interatividade entre professores-
alunos, alunos-professores e alunos-alunos. São elas as 
formas SÍNCRONA e ASSÍNCRONA.
As pessoas que não possuem experiência na construção de 
cursos que utilizam os recursos de EAD (Educação a 
Distância) podem encontrar dificuldades na escolha da forma 
de comunicação mais adequada a ser utilizada em seu projeto 
de curso.
A forma SÍNCRONA pode ser entendida como o modo de 
comunicação que ocorre em tempo real (online), as partes 
se comunicam de modo instantâneo. Nela ocorre a sensação 
de agilidade no desenvolvimento dos trabalhos provocado, em 
parte, pelas características desse tipo de comunicação.
Já a forma ASSÍNCRONA pode ser entendida como a 
forma de interação que está desconectada do tempo e do 
espaço. O alunoe professor podem manter relacionamento na 
medida em que tenham tempo disponível, criando uma situação 
mais confortável em relação às disponibilidades e necessidades 
do curso.
www.esab.edu.br 9
O nível de sucesso da interação ou de interatividade que 
acontecerá no curso dependerá da escolha que fizermos entre 
essas duas formas de comunicação. Nas duas encontraremos 
vantagens e desvantagens, porém as vantagens irão sempre 
superar as desvantagens se a utilização for feita de forma 
adequada, harmônica e complementar no âmbito de um projeto 
educacional que envolva os recursos de educação à distância.
Forma Síncrona
Na interação síncrona (em tempo real), encontramos um 
fomento ao entrosamento entre os participantes do curso, 
evidenciando a formação de comunidade.
Também se observa certa facilidade no processo de 
aprendizagem, melhorando a relação entre os participantes. O 
chat (Sala de Bate Papo) é um exemplo clássico de 
comunicação síncrona e utilizado nos cursos que são 
ministrados na modalidade à distância.
É recomendável que na sessão de chat seja definido um tema 
específico como eixo das discussões para que não sejam 
levantados assuntos muito polêmicos e sem uma relação direta 
com os objetivos propostos, causando inadequação de uso 
dessa ferramenta em relação a um determinado curso.
Algumas características da comunicação síncrona são:
• Comunicação espontânea;
• Resposta espontânea;
• Motivação – Evidencia a sinergia dos trabalhos 
individuais e em grupo e encoraja os estudantes a 
criarem e continuarem seus estudos;
• Presença – Fortalece o sentimento de comunidade;
www.esab.edu.br 10
• Feedback – O rápido retorno fomenta o desenvolvimento 
das atividades em especial as atividades em grupo;
• Ritmo – ajuda os alunos a serem criativos.
Forma assíncrona
Na comunicação assíncrona acontece uma condição especial 
onde o aluno pode a qualquer tempo, respeitado o cronograma 
do curso, acessar o material didático com uma interatividade 
descompromissada com o “Online”.
Essa forma de comunicação compartilha com os alunos a 
responsabilidade de administrar o tempo de participação nas 
atividades propostas para o curso. É preciso ter disciplina e 
uma agenda bem equacionada.
Algumas características da comunicação assíncrona são:
• Flexibilidade – acesso ao material didático em qualquer 
lugar e a qualquer hora;
• Tempo para reflexão – O tempo poderá ser otimizado 
para a reflexão sobre o material didático proposto, tempo 
para ter ideias e preparar os retornos, verificar as 
referências bibliográficas e possibilidade de acesso ao 
material quantas vezes for necessário;
• Facilidade de estudo – Possibilita a administração dos 
estudos de forma a aproveitar todas as oportunidades de 
tempo, seja no trabalho ou em casa, podendo ocorrer a 
integração de ideias e discussão sobre o curso em fóruns 
específicos.
Como exemplo de comunicação ASSÍNCRONA podemos citar 
os fóruns de discussão, ferramenta disponível em grande 
número de LMS/AVAS, no qual os assuntos polêmicos podem 
ser inseridos para que produzam resultados satisfatórios, sem 
um compromisso direto com o tempo e espaço.
www.esab.edu.br 11
É recomendável ao professor observar na comunicação 
assíncrona:
• Não deixar nenhuma atividade sem resposta – 
Dimensionar o número de formadores e de acordo com o 
número de alunos para evitar que trabalhos postados no 
ambiente fiquem sem análise e retorno o que poderia 
transformar-se em desestímulos;
• Estímulos aos alunos – É relevante que haja um controle 
quanto aos estímulos aos alunos em relação ao 
desenvolvimento das atividades, isso significa controle 
efetivo sobre os níveis de participação (síncrono e 
assíncrono). É possível estimular a criação de uma 
comunidade entre os alunos para o desenvolvimento das 
atividades no sentido de tecerem comentários significativos 
nas atividades postadas pelos colegas de turma;
• Evitar respostas superficiais – Os tutores precisam ficar 
atentos às respostas superficiais do tipo “muito bem” ou 
“gostei muito do seu trabalho”, por outro lado é importante 
para o aluno receber críticas construtivas sobre o 
desenvolvimento das atividades propostas e deve-se 
estimular com questionamentos pertinentes a essas 
atividades;
• Articulação do material didático – Analisar a capacidade 
de recursos disponíveis para dimensionar o curso em 
relação ao seu projeto pedagógico, evitando contrapontos 
que poderão causar desestímulos prejudiciais ao 
andamento dos trabalhos.
Considerações finais:
Ao desenharmos um curso à distância temos que levar em 
conta os dois tipos de comunicação (Síncrona e Assíncrona). A 
seleção de uso dependerá das necessidades levantadas no 
www.esab.edu.br 12
projeto pedagógico do curso, deve-se evitar o uso 
indiscriminado de um ou de outro. Como dissemos 
anteriormente, ambos possuem vantagens e desvantagens. A 
combinação entre esses dois modos de comunicação baseado 
na necessidade e com um balanceamento adequado é que 
determinará o sucesso ou fracasso de um curso.
Exercícios
1) Complete o quadro abaixo, caracterizando, como síncrona ou 
assíncrona, a modalidade de comunicação correspondente 
aos suportes tecnológicos que constam na coluna da direita.
Modalidade de comunicação Suporte tecnológico
Telefone
 e-mail
Homepage
Transmissão direta via satélite 
com interação
Lista de discussão
Fórum
2) Liste quatro características da comunicação síncrona.
___________________________________________________
________________
3) Liste três características da comunicação assíncrona.
___________________________________________________
________________
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Componentes do Saber
Tanto o professor quanto o aluno possuem um duplo problema: 
o de entender o seu próprio conhecimento construído enquanto 
professor e aluno ao longo de sua vida, devendo dimensionar 
com clareza a forma de se concretizar uma melhor 
aprendizagem nas diversas situações.
Tem sido demonstrado que as pessoas pouco conhecem a si 
mesmo. E esse conhecimento pode direcionar para diversos 
graus de profundidade, variando de indivíduo para indivíduo 
dependendo das oportunidades para realizá-las.
Não se trata de um saber teórico aprendido, e sim em um saber 
relativo a si mesmo, saber sobre o seu próprio processo de 
aprendizagem, com suas facilidades e dificuldades, pois o 
aprendizado não ocorre pela razão e sim por excitações e 
afetações.
O “saber” envolve conhecimentos necessários à execução 
de uma prática. Entretanto, para poder ser capaz de executá-la, 
é preciso “saber fazer”. Portanto, fica claro que, ao conhecimento, 
alia-se a habilidade do indivíduo.
Componentes do Saber-Fazer 
Partindo do pressuposto de que todo conhecimento sobre o 
processo de aprendizagem está naturalmente à disposição de 
uma aplicação prática, o saber sobre o seu processo de 
aprendizagem, deve ser convertido em um saber fazer.
www.esab.edu.br 14
No dia a dia da prática docente a avaliação de aprendizagem é 
geralmente realizada pelo professor, tomando como referência 
apenas o conteúdo desenvolvido, enquanto na aprendizagem 
autônoma, o aluno não só avalia o seu desempenho em 
termos acadêmicos, como também avalia o processo 
desenvolvido na sua aprendizagem.
Para que o ensino possa criar um clima desafiador, podemos 
citar três condições básicas:
• Autenticidade, sinceridade e coerência nas relações 
professor/aluno;
• Aceitação do outro, o “saber ouvir”, respeitando o outro 
como ele é, com suas potencialidades e limitações. O 
professor não deve ficar na relação do “sabe tudo” e o 
aluno na posição de “tábua rasa”. Pelo contrário, deve 
haver o respeito das individualidades e potencialidades 
que cada um possua;
• Empatia, compreender o outro e seus sentimentos, sem, 
com isso, envolver-se neles, pois acreditamos que só 
existe aprendizagem com afetividade.
Na Educação a Distância esse papel é desempenhado pelo 
tutor que deve entender que a aprendizagem do aluno não é 
simplesmente transmissão de conhecimento.É, sobretudo, um 
processo participativo, onde o aluno é sujeito do seu próprio 
conhecimento. Sua participação, portanto, deve ser ativa e, por 
isso mesmo, estimulada.
Contudo o aluno deve ser conscientizado de que se trata de um 
processo de construção e reconstrução, pois as modificações 
deverão ser efetuadas a partir da sua prática que sempre está a 
exigir o saber fazer.
www.esab.edu.br 15
Componente do Querer
O desejo, a vontade de aplicar algo é de fundamental 
importância para que se obtenha sucesso. Esse componente 
diz respeito à questão de o aluno estar convencido da utilidade e 
vantagens dos procedimentos de aprendizagem autônoma e 
querer aplicá-los.
O Professor ou tutor no EAD é gestor do processo didático 
sendo o grande responsável pela disposição do aluno querer 
desenvolver sua aprendizagem autônoma.
Devemos ter a nítida certeza de que o desafio do aluno e do 
professor no processo de ensino e aprendizagem é o de 
aprender a aprender e que tal processo acontece de modo 
imediatista. O que precisa ser direcionado é a ação pela 
descoberta tanto do professor como dos alunos, respeitando as 
especificidades das modalidades de ensino a distância ou 
presencial.
Não basta ao aluno apenas saber da existência do aprender a 
aprender e da sua proposta pedagógica, o que levanta uma 
falsa ideia sobre a aprendizagem ser considerada um processo 
único, quando na realidade, em cada um, pode ser identificado 
muitos subprocessos.
Nessa perspectiva a tarefa primordial do educador é o de 
buscar aproximações entre o saber, o saber fazer e o querer, ou 
seja, entre o pedagógico, o técnico, o psicossocial e o político. 
www.esab.edu.br 16
Essa unidade, tão necessária ao novo “fazer pedagógico” 
contextualizado, sem dúvida contribuirá para que o ensino seja 
um processo construtivo, agradável, desafiador, estimulante e 
que tenhamos sempre uma atitude aprendente e investigativa.
Acesse: http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/012-
TC-A2.htm e leia, na íntegra, o artigo Educação à distância e 
o seu grande desafio: o aluno como sujeito de sua própria 
aprendizagem.
Posicione-se, por escrito, respondendo à questão abaixo.
Você concorda com a afirmativa do autor, apresentada na 
conclusão do artigo, de que trabalhar a autonomia do ato de 
aprender independente de modalidade de ensino, proporciona 
na verdade uma formação de indivíduos autônomos, críticos e 
criativos? Por quê?
ATIVIDADE
http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/012-TC-A2.htm
http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/012-TC-A2.htm
www.esab.edu.br 17
EAD e o Sistema Tutorial
Na modalidade de Educação a Distância existem três 
elementos fundamentais em interação: aluno, material 
didático e professor. A experiência com EAD, independente da 
concepção de educação adotada e das ferramentas didáticas 
utilizadas (televisão, rádio, internet, material impresso), tem 
demonstrado que o sistema tutorial é cada vez mais 
indispensável ao desenvolvimento de aulas a distância. Nesse 
processo, cabe ao tutor acompanhar as atividades discentes, 
motivar a aprendizagem, orientar e proporcionar ao aluno 
condições de uma aprendizagem autônoma.
A Educação a Distância pressupõe um sistema de transmissão e 
estratégias pedagógicas adequadas às diferentes tecnologias 
utilizadas. A estratégia didática da Educação a Distância, está 
diretamente ligada à escolha dos métodos e meios instrucionais 
estruturados para produzir um aprendizado efetivo. Nesse 
contexto, não deve merecer atenção apenas o conteúdo do 
curso, mas também decisões sobre o suporte ao aluno, 
acesso e escolha dos meios. As formas como o tutor e o aluno 
se comunicam e interagem dependerá do esquema de 
aprendizado a ser usado. O autor revela ainda três fatores 
indispensáveis para que a Educação a Distância aconteça: o 
modelo de aprendizagem, a infraestrutura tecnológica e 
infraestrutura física propiciada pelo setor.
Qualquer estratégia, para atingir suas finalidades deve 
disponibilizar e gerenciar os conhecimentos de forma crítica, 
priorizando a educação para trabalhar os conteúdos de forma 
www.esab.edu.br 18
significativa, criando todas as condições à formação de 
indivíduos gestores da informação. A escola ainda não 
esclareceu as dúvidas que possui sobre a utilização da 
tecnologia como fator fundamental para melhorar o 
desempenho dos alunos, ou até aprimorar a qualidade da 
educação. A qualificação do corpo docente continua sendo 
sempre a primeira prioridade. A utilização das tecnologias 
como recurso didático trouxe à tona uma série de desafios tais 
como: a seleção dos diferentes tipos de textos elaborados e/ ou 
produzidos para um curso de EAD, a articulação dos núcleos 
temáticos, interdisciplinaridade, coordenação didático-
pedagógica, renovação metodológica dos docentes, fundamentos 
teóricos de aprendizagem e do processo de avaliação.
É possível encontrar classificações relativas à EAD em que são 
utilizados critérios similares aos das tecnologias, cuja visão de 
homem está posta numa concepção linear de mundo. Nesse 
sentido, tanto a informática como os sistemas tecnológicos de 
comunicação podem proporcionar a igualdade de oportunidades 
para promover a cidadania. A crise da sociedade contemporânea 
exige que os países em desenvolvimento, como é o caso do 
Brasil, não se limitem a apenas lutar de forma racional e 
estratégica contra a pobreza, mas direcionem seus 
investimentos em políticas de educação, até para resgatar a 
dívida social, acumulada ao longo da história.
A década de 90 trouxe à tona um novo modelo cultural, em 
que o saber passa a desempenhar papel relevante evidenciando 
a necessidade de revisão nas concepções de ensino e de 
educação, nos procedimentos, nos modelos de gestão e de 
ações. Revisões estas que passam, sobretudo, pela 
compreensão do relacionamento orgânico entre as 
universidades e instituições quase milenares e a sociedade.
www.esab.edu.br 19
No campo da tecnologia educacional, a abordagem do 
processamento da informação tem sido usada especificamente 
na pesquisa sobre meios educacionais. A comunicação docente/
discente no ensino aberto e a distância exige dos professores 
novos esquemas mentais e novas concepções acerca do saber 
que envolve diálogos constantes, intercâmbios singulares, 
criatividade e disponibilidade para investigação, indispensáveis 
ao cumprimento do compromisso real com as políticas 
democráticas e de equidade social.
Para dar conta deste compromisso, a universidade precisa ser 
constantemente lugar de produção do saber, fato este que 
requer também tempo de reflexão crítica, já que a qualidade da 
vida acadêmica se diferencia pela produção coletiva e crítica, 
num contexto pluralista e democrático.
Na sociedade atual, sob o primado de saberes que continuamente 
se superam e se reconstroem, não é mais possível pensar a 
educação como mero repasse de conhecimentos, seguindo uma 
tradição cultural. Pensar novas formas de educação exige que 
ultrapassemos a ideia de que ela não seja apenas um meio ou 
uma modalidade, mas uma possibilidade de ressignificação da 
educação em face das necessidades do mundo global (Neder, 
1999). Estas inovações estão exigindo assim uma mudança 
importante no papel do professor e uma formação específica 
nesse sentido.
Neste novo cenário, é necessário rever as dimensões: educativa, 
tecnológica e comunicativa, em relação ao papel e ao 
protagonismo que assumem os professores implicados na 
organização do trabalho pedagógico. É preciso insistir na ideia 
de que as multimídias não transformam o trabalho docente, elas 
apenas expressam com grande impacto os novos cenários da 
sociedade contemporânea e permitem um armazenamento 
enorme de informação, por meio de novas linguagens.
www.esab.edu.br 20
Dessa forma, a educação a distância deve ser assumida como 
uma das utopias da educação para desenvolver as sociedades 
de nosso continente e superar os imperativos da cultura de 
consumo. Estas questões sublinham a importância da atuaçãodocente em EAD, em que o perfil do profissional de educação 
deve conter competências bem mais complexas, tais como:
• Saber lidar com os ritmos individuais diferentes dos alunos;
• Apropriar-se de técnicas novas de elaboração do material 
didático impresso e do produzido por meios eletrônicos;
• Dominar técnicas e instrumentos de avaliação, trabalhando 
em ambientes diversos daqueles já existentes no sistema 
presencial de educação;
• Ter habilidades de investigação.
Utilizar técnicas variadas de investigação e propor esquemas 
mentais para criar uma nova cultura, indagadora e plena em 
procedimentos de criatividade.
Diante desses novos paradigmas é que devem ser postos os 
questionamentos das instituições educacionais, suas polêmicas e 
preocupações sobre EAD. Os educadores que pretendem lutar 
contra a exclusão social devem preocupar-se em adquirir uma 
nova cultura educacional, atualizando-se no uso de tecnologias 
de informação e comunicação, pois, nesse novo modelo, o 
professor é continuamente chamado a estabelecer múltiplas 
interações.
Algumas escolas já vêm desenvolvendo esse trabalho social 
com sucesso, investindo em equipamentos, na formação 
docente e em processo de gestão educacional inovador. Este 
deve envolver uma equipe multidisciplinar, administradores, 
professores, pesquisadores, tutores, monitores e profissionais 
da área técnica. Para que ganhem credibilidade no contexto 
www.esab.edu.br 21
social em que estão inseridas, várias universidades estão 
apostando firmemente na qualificação profissional, por meio de 
curso de aperfeiçoamento e de formação continuada.
Um investimento necessário a qualquer instituição que busca 
desenvolver EAD, é a criação de sistemas tutoriais realmente 
eficazes, apropriados a apoiar e promover o crescimento do 
aluno em cada uma das etapas do processo de ensino. A figura 
de destaque, responsável pelo bom andamento das atividades, é 
o tutor, profissional que assume a missão de articulação de 
todo o sistema de ensino-aprendizagem, quer na modalidade 
semipresencial ou à distância.
Nesse universo de aprendizagem, o tutor deve acompanhar, 
motivar, orientar e estimular a aprendizagem autônoma do 
aluno, utilizando-se de metodologias e meios adequados para 
facilitar a aprendizagem. Através de diálogos, de confrontos, da 
discussão entre diferentes pontos de vista, das diversificações 
culturais e/ou regionais e do respeito entre formas próprias de 
se ver e de se postar frente aos conhecimentos, o tutor assume 
função estratégica.
E, estrategicamente, esse setor tem como finalidade resolver os 
ruídos de comunicação e os problemas que surgem ao longo do 
processo de ensino, procurando resolvê-los e, ao mesmo 
tempo, realizando a articulação e desenvolvendo ações para 
aperfeiçoar o sistema de EAD, que deve ser alvo de constantes 
reflexões.
www.esab.edu.br 22
Ao longo deste primeiro eixo temático tendo apresentado a 
você, de forma breve, a definição da Educação e da 
Educação a Distância chamando sua atenção para suas 
características e peculiaridades pela via da pesquisa. 
Em nossas discussões, vimos que no Learning Management 
System (LMS), também conhecido como AVA (Ambientes 
Virtuais de Aprendizagem), encontramos duas formas de 
comunicação para promover e desenvolver a interação e a 
interatividade entre professores-alunos, alunos-professores e 
alunos-alunos. São elas: as formas SÍNCRONA e 
ASSÍNCRONA.
Em nossos estudos, apresentamos os fundamentos da 
aprendizagem autônoma identificando os componentes do 
saber, do saber fazer e do saber querer como integrantes da 
aprendizagem autônoma.
Encerramos nosso primeiro eixo de estudos estabelecendo as 
relações entre a qualidade da educação à distância e o 
desenvolvimento de sistemas tutoriais adequados e eficazes na 
EAD. 
Esperamos que você tenha compreendido todos assuntos 
abordados até aqui! 
Não se esqueça de realizar as atividades online realizando e 
as demais Ferramentas de Aprendizagem (Fóruns, Saiba Mais, 
Estudos Complementares etc.) distribuídas entre as unidades.
Bons estudos!
www.esab.edu.br 23
Educação a Distância: Definições e Conceituações II
Apresentação 
Dando sequência a seus estudos acerca da Educação a 
Distância, pretendemos nessa oportunidade lhe apresentar 
alguns aspectos históricos que influenciaram na significação e 
ressignificação do termo tutor nas últimas décadas. 
Você conhecerá também as semelhanças e diferenças relativas 
ao papel de professores que atuam na educação presencial e 
na EAD.
Você conhecerá ainda as competências e as habilidades 
necessárias ao papel do tutor em cursos à distância bem como a 
abrangência da atuação da tutoria, no que diz respeito à 
identificação e à resolução de problemas acerca da sua área de 
atuação.
Esperamos que você aproveite todos os recursos produzidos 
para esta parte de seus estudos conosco!
Boa leitura!
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Ao voltar nossa atenção para literatura voltada para a área de 
educação, tem-se buscado compreender as propostas de EAD e 
tentado esclarecer o papel da referida modalidade na educação, 
sua importância e sua relação com a educação presencial, 
pontos semelhantes e diferentes. 
De uma maneira geral, discute-se o papel do tutor na EAD 
visto que há uma diversidade terminológica e funcional em 
torno deste personagem. Por vezes, o termo tutor tem sido 
utilizado de forma indiscriminada, considerando-se mais a 
origem do termo do que, de fato, as características e o papel 
desempenhado pelos tutores na EAD.
A palavra tutor, oriunda do latim tutoris, significa aquele 
que defende, que preserva, que sustenta, que socorre, 
aquele que ampara, protege, dirige ou tutela alguém. 
Contudo, os estudos sobre o papel do tutor na EAD têm 
mostrado a necessidade de uma ressignificação do termo, 
propondo que o trabalho desenvolvido pelos tutores na EAD é, 
de fato, o trabalho de um professor e educador.
É relevante esclarecer as semelhanças e diferenças do papel 
dos professores nas duas modalidades de educação 
(presencial e a distância), para evitar problemas na 
estruturação dos cursos à distância, para se evitar uma 
possível desvalorização do trabalho do professor na EAD e 
para que o próprio professor tutor tenha consciência do seu 
papel e de suas funções.
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Uma conceituação mais precisa do papel de tutor pode favorecer 
as instituições que promovem a EAD, na medida em que define 
as atribuições e os parâmetros do cargo, fornecendo subsídios 
para diversas práticas de Recursos Humanos, como seleção, 
treinamento, avaliação de desempenho, definição de salários, 
entre outras. Com base na definição do cargo, a instituição 
poderá elaborar suas políticas e práticas para administrá-lo.
Resgatando um pouco as origens da EAD, veremos que no 
final do século XIX, nos EUA e na Europa, instituições 
particulares ofereciam cursos por correspondência, destinados 
ao ensino de temas e problemas vinculados a ofícios 
profissionais.
Nesse contexto, a EAD por correspondência tem-se o docente 
que escreve cartas e o discente que lê cartas, investindo-se 
numa relação dialógica escrita, na qual a reciprocidade e o tom 
pessoal são características marcantes. Um dos principais 
objetivos deste modelo de EAD é vencer o sentimento de 
isolamento dos discentes por meio dos contatos escritos com os 
docentes.
Outro modelo que tinha como proposta diminuir a distância 
entre docentes e discentes foi o modelo da conversação, no 
qual o texto didático era apresentado na forma de uma 
conversação elaborada por escrito. É uma forma de ensinar a 
estudar que exige dos participantes a capacidade de imaginar o 
outro na conversa. Neste modelo predominava uma linguagem 
clara, contudo coloquial, um estilo pessoal de se reportar ao 
discente e certo apelo emocional do docente para o discente. A 
conversa deveria aconselhar os estudantes e motivá-los a 
emitirem suas opiniões e juízos.
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Estes dois modelos de EAD enfatizavam a importância do 
vínculoentre docentes e discentes, principalmente visando a 
diminuição da distância e o isolamento dos estudantes. E, em 
ambos os casos, a proposta era a relação dialógica, permeada 
por relações informais, de cunho mais pessoal e voltada para a 
motivação do estudante.
Um terceiro modelo presente nesse período era o modelo 
professoral, que guardava a semelhança de buscar minimizar a 
distância entre docentes e discentes. Todavia, neste modelo, os 
docentes transferiam para o texto suas habilidades e o texto 
deveria exercer as funções didáticas docentes, como o 
direcionamento dos estudantes, o estímulo, a definição de 
objetivos, a exposição dos conteúdos, o aconselhamento de 
como estudar, enfim, as funções esperadas dos docentes. Neste 
caso, o texto didático se revelava autoinstrutivo, usava a 
linguagem formal e exigia do estudante uma postura mais ativa 
na interação com o texto.
Além dos três modelos descritos acima, havia também o 
modelo tutorial, que preservava, em parte, a essência da tutoria 
em sua acepção tradicional, visto que os tutores não eram 
docentes, mas sim conselheiros e companheiros dos estudantes, 
cuja função era a de assessorá-los em questões gerais, 
estabelecendo uma relação pessoal com eles. Em alguns casos, 
associou-se também ao conceito de tutor, a imagem de alguém 
que dá assistência no estudo, mas, de toda forma, o estudo era 
norteados pelos textos didáticos e cabia ao tutor dar conselhos a 
respeito da apropriação do material e motivar os estudantes 
tanto a lerem as propostas dos textos didáticos, quanto a 
aplicarem e desenvolverem as proposições apresentadas.
No breve contexto apresentado acima, podemos observar que os 
modelos de EAD tinham como premissa básica a busca constante 
de soluções que em síntese tentavam minimizar as distâncias 
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entre docentes e discentes e a tentativa de fazê-lo por meio 
dos textos didáticos, transferindo para eles as funções dos 
docentes. Contudo, o uso apenas de textos didáticos parece 
não garantir o engajamento dos estudantes.
E nesse cenário de diferentes e múltiplas funções 
desempenhadas pelos tutores pairava um ar de dúvida do 
que de fato competiria ao tutor. Seria o trabalho do tutor da 
mesma natureza do trabalho docente? 
Quando buscamos na literatura da área uma possível resposta 
acerca das diferenças entre a EAD com relação à educação 
presencial durante o processo histórico da modalidade em 
questão, veremos que além de difundirem conhecimentos, os 
diferentes modelos apresentados, buscavam minimizar a 
distância entre docentes e discentes, deixando claro que não há 
com excluir o docente do processo ensino-aprendizagem. Seja 
embutido nos textos didáticos, seja em outras formas de 
interação, o docente permanece presente. A EAD e suas 
propostas metodológicas não excluem o docente e suas 
funções na educação.
Assim, ao nos aproximarmos dos processos históricos da 
evolução da EAD no Brasil podemos inferir que o trabalho do 
tutor, apesar de apresentar suas peculiaridades, guarda em si a 
essência do papel do professor, o papel do orientador do 
desenvolvimento, de parceiro na construção do conhecimento, 
um papel coadjuvante na formação do estudante. Talvez pela 
estreita relação de saberes e fazeres no exercício do ensino 
tanto na modalidade presencial quanto na modalidade à 
distância, muitos autores optam por se referir ao tutor como 
professor-tutor.
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É importante ressaltar que cada curso a distância é projetado 
de forma particular, o que não permite afirmar que o papel do 
tutor será sempre semelhante ao papel do professor, mas 
também não permite generalizar o oposto, de que os tutores não 
exercem o papel dos docentes.
Estudos na área apontam que entre as questões mais debatidas 
na EAD, encontra-se o papel do tutor. Sendo assim, comum 
encontrarmos por parte de alguns estudos dúvidas a respeito 
do que significa ser tutor, de quais são os alcances de suas 
tarefas, de qual é a especificidade de seu papel, de como 
formar um bom tutor.
E assim sendo, fica-nos claro que o uso do termo tutor, não 
facilita o esclarecimento destas dúvidas, na verdade, vários 
autores se remetem à origem do termo e verificam que na EAD 
os professores que atuam como tutores exercem funções que 
vão além da tutoria em sua acepção tradicional.
E nesse complexo cenário de conceituações e definições acerca 
do termo tutor alguns estudos sugerem a necessidade de se 
realizar uma ressignificação do termo tutor, que, como já foi 
apresentado, evocando assim a ideia daquele que ampara, 
protege, defende, dirige ou tutela alguém. Defendendo-se 
assim a ideia de que ser tutor significa ser professor e educador, 
visto que o processo de tutoria exige uma orientação educativa 
relacionada aos conteúdos, considerando as necessidades dos 
estudantes, além da habilidade de estimular e envolver os 
alunos nas atividades.
Todavia, devemos ter cuidado para não cairmos na equivocada 
ideia de acreditar que a prática dos professores-tutores é 
idêntica à prática dos professores na sala de aula. Após nossa 
compreensão sobre as diferentes conceituações atribuídas ao 
tutor nos diferentes momentos históricos, devemos refletir 
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bastante a ideia que se tem dos que acreditam que o trabalho 
do professor na EAD, como a simples ação de tutelar alguém, 
quanto aqueles que reproduzem as práticas da educação 
convencional nos ambientes da EAD, esquecendo-se das 
peculiaridades desses ambientes.
Assim, após voltarmos nossa atenção para a história da EAD 
podemos afirmar que o professor tuto tem um papel 
fundamental nos cursos à distância, visto que ele é o 
responsável por garantir a inter-relação personalizada e 
contínua dos estudantes com o sistema. Essa ação viabiliza a 
articulação necessária entre os elementos do processo 
educativo e a consecução dos objetivos propostos.
Após aprendermos um pouco mais sobre o que é ser tutor, 
resolva os dois exercícios a seguir.
1) Primeiro analise as afirmativas que constam abaixo. Depois, 
preencha lacunas, apontando, à frente de cada enunciado, se a 
afirmativa é verdadeira ou falsa.
( ) A palavra tutor, de origem latina, originalmente, significa 
aquele que defende, que preserva, que sustenta, que socorre; 
aquele que ampara, protege, dirige ou tutela alguém.
( ) Entre as possíveis definições do termo tutor, podemos 
encontrar estudos que defendem que, na EAD, o termo tutor 
significa ser professor e educador, porque o processo de 
tutoria exige orientação educativa relacionada aos conteúdos, 
ATIVIDADE
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atendimento às necessidades dos estudantes e habilidades 
capazes de estimular e de envolver os alunos nas atividades.
( ) Segundo nossa reflexão feita acerca da prática dos 
professores da EAD podemos considerar idêntica à prática 
dos professores da educação presencial. 
( ) Na história da EAD podemos e possível encontrarmos 
estudos que criticam tanto aqueles que julgam o trabalho do 
professor na EAD, como a simples ação de tutelar alguém, 
quanto aqueles que reproduzem as práticas da educação 
convencional nos ambientes da EAD, esquecendo-se das 
peculiaridades desses ambientes.
( ) Na EAD, o interesse e engajamento dos estudantes 
depende, exclusivamente, do uso de bons e adequados de 
textos didáticos.
2) Usando suas próprias palavras, responda: O que é ser tutor?
________________________________________
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Competências de Apoio: Definição
O apoio de professores aos alunos na EAD, em muito, se difere 
do apoio necessário ao ensino presencial convencional. Se a 
tarefa de apoiar alunos fisicamente presentes é um dos grandes 
desafios de professores que atuam em salas de aula 
convencionais, na EAD não poderia ser diferente.
Ocorre que, na modalidade da Educação a Distância, essa 
tarefa ganha um novo contorno: o da interatividade online. 
Trata-se de uma interatividade capaz de: 1) Conectar o 
processo de ensino-aprendizado aos reais interesses e 
necessidades dosatendentes; 2). Estabelecer vínculos com 
os alunos, por intermédio de diálogos que imprimam 
confiança, leveza, espontaneidade e descontração ao 
processo de ensino-aprendizagem; e 3) Sobretudo, criar 
mecanismos capazes de diminuir o sentimento de solidão, 
de isolamento, que geralmente afeta a motivação dos 
alunos da EAD.
Este grupo de competência essencial é apresentado primeiro, 
por que:
	É um elemento sempre presente em toda a experiência 
dos alunos no EAD;
	Difere, na sua natureza e intensidade, do nível de apoio 
que normalmente é necessário receber dos professores 
em contextos do ensino presencial convencional.
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Um aluno descreveu da seguinte forma a importância do apoio 
do tutor:
Quero partilhar convosco a minha profunda 
apreciação do trabalho do meu tutor. O seu 
apoio contínuo no processo da minha 
aprendizagem e o seu feedback regular 
sobre o meu trabalho ajudaram-me muito a 
concluir o curso. Apreciei em particular o 
esforço que ele desenvolveu para tornar o 
processo da aprendizagem relaxante, e até 
mesmo divertido. Penso que a forma apoiante, 
pessoal, e por vezes humoradas como ele 
comunica com os estudantes deveria ser 
usada como fórmula para todos os cursos à 
distância que inicialmente possam parecer 
frios e despersonalizados (JOÃO, ALUNO).
Na EAD, apoio ao aluno é usado de maneiras diferentes, o que 
se pode tornar confuso. Muitas vezes é usado como um termo 
muito genérico que se refere a todas as atividades levadas a 
cabo por uma instituição para recrutar, inscrever, orientar, 
leccionar, aconselhar e comunicar com os alunos. Assim, 
podemos definir o apoio aos alunos como: todos os elementos 
capazes de responder a um aluno ou grupo de alunos conhecidos, 
antes, durante e depois do processo de aprendizagem.
Contudo, quando falamos do papel do tutor no apoio aos 
alunos, referimo-nos a um conjunto de responsabilidades e 
competências muito mais específico. Estas requerem um 
contacto personalizado com os alunos individualmente, para os 
ajudar a manter o seu empenho no processo de aprendizagem 
e a resolverem questões nas suas vidas que possam impedir a 
aprendizagem.
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A definição apresentada, a um aluno ou grupo de alunos 
conhecidos, é relevante para a tutoria no EAD, porque os 
tutores conhecem os seus alunos, contrastando com os 
elaboradores dos materiais dos cursos, que poderão conhecer 
as características gerais dos alunos, mas que poderão nunca se 
encontrar com eles. Assim, os tutores são quem está em 
melhor posição para adaptar estratégias de apoio para 
responder às necessidades específicas dos seus alunos.
Através de um contato regular e feedback, os tutores mantêm 
uma constante presença de fundo demonstrando que estão 
atentos aos seus alunos, mesmo que o aluno não os tenha 
contactado, ou mesmo em situações em que o aluno está 
empenhado nos seus estudos ou preocupado por estar a 
perder a continuidade.
Para nós, as competências de apoio incluem:
	Comunicação;
	Motivação;
	Resolução de problemas.
Tendo como pressuposto nossa discussão acerca da Tutoria 
Online, escreva um texto de 30 a 50 linhas, que defina e 
explique quais são as competências essenciais à tutoria 
online?
TAREFA DISSERTATIVA
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Competência de Apoio: Comunicação 
Uma boa comunicação é importante no apoio aos alunos no 
EAD. Inclui:
	Escutar;
	Responder;
	Manter contato;
	Uso eficiente dos meios de comunicação.
Isto tem de ser acompanhado da capacidade de identificar 
potenciais barreiras à comunicação, e de ver as questões sob a 
perspectiva dos alunos.
A interação, especificamente a interação interpessoal, é 
central em todas as principais teorias sobre o apoio ao 
aluno, porque é a única maneira de responder às 
necessidades dos alunos nos termos em que esses alunos 
desejam exprimir-se.
As competências de escuta são importantes, quer se esteja a 
ouvir a voz de um aluno ou a mensagem de um aluno numa 
comunicação por escrito. O tutor deve interpretar ambas as 
mensagens explícitas e implícitas. Por exemplo, um aluno que 
diz, ‘Não sei se estarei a usar esta fórmula corretamente’, poderá 
estar explicitamente a pedir uma explicação para a fórmula, e 
implicitamente a pedir que lhe confirmem que está dentro das 
suas capacidades. Você pode confirmar que compreendeu a 
mensagem do aluno corretamente, interpretando-a, clarificando-a, 
e exprimindo-a novamente.
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Depois poderá responder a dois níveis:
	À questão explícita - veja uma breve explicação de como 
esta fórmula é aplicada;
	À mensagem implícita - Como já aplicou com êxito os 
dois primeiros elementos, estou certo de que agora já 
conseguirá fazer o resto.
É necessário lidar com as questões dos alunos de uma forma 
atenta e construtiva. O contato deve ser regular e de apoio, de 
forma a que os alunos se sintam capazes de colocar questões 
que de outra forma poderiam pensar não ser suficientemente 
importantes para serem colocadas ao tutor.
Essencialmente, qualquer contato com os tutores parecia criar 
confiança e motivação, e funcionava regularmente como que 
uma espécie de verificação de rotina, em que eles podiam ficar 
tranquilos em como estavam a seguir na direção certa.
A convicção intuitiva dos educadores do ensino à distância 
quanto à importância de os tutores manterem contacto com os 
alunos foi confirmada por uma pesquisa recente. Um estudo 
com alunos vulneráveis na Open University na Inglaterra revelou 
que os alunos que tinham sido contatados pelos seus tutores 
antes da data do seu primeiro trabalho tinham maiores 
probabilidades de receberem um A ou um B pelo trabalho. Os 
alunos vulneráveis incluíam:
	Os que tinham entrado em estudos universitários pela 
primeira vez;
	Os que tinham baixas habilitações anteriores;
	Os que tinham desistido ou sido reprovados num curso;
	Os que tinham necessidades especiais;
	Os que se tinham matriculado tardiamente;
	Aqueles cujos tutores os tinham identificado como tendo 
problemas de estudo;
	Os que tinham recebido ajuda financeira, indicando 
dificuldades econômicas.
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Os alunos neste estudo mostraram também que era importante 
que fosse o tutor a contatá-los, não alguém que não lhes fosse 
familiar ou ao curso. Seguem-se os comentários de dois alunos:
O contato com o meu tutor foi-me muito útil, 
dando-me incentivo e uma pessoa de verdade 
com quem falar.
Encontrando-me geograficamente muito distante 
do meu tutor, gostei que ele me tivesse contatado 
e perguntado sobre os meus progressos. 
Fiquei agradavelmente surpreendida, e senti-
me confiante que quaisquer outras questões 
seriam tratadas com simpatia.
As tecnologias da comunicação são instrumentos de facilitação 
essencial para um tutor no EAD. A sua utilização eficaz requer 
que os tutores do EAD compreendam os efeitos da distância e 
da tecnologia de forma a poderem escolher o método certo de 
fazer chegar à mensagem, e criarem as mensagens de forma a 
utilizarem a tecnologia da melhor forma. Por exemplo, é muito 
melhor transmitir informações detalhadas sob a forma impressa 
do que através do telefone, para que o aluno possa consultar a 
mensagem impressa mais tarde e não precise tentar tomar 
notas extensas durante uma conversa telefônica. Os meios 
mais utilizados para comunicar com os alunos para lhes dar 
apoio são os meios impressos, por telefone, e-mail, e por 
conferência por computador. Contudo, se os alunos estiverem a 
utilizar uma tecnologia informática pela primeira vez, será 
melhor fornecer as instruções iniciais sob a forma impressa, 
para que não fiquem sem quaisquer meios de comunicação.
Reconhecer as possíveis barreiras à comunicação poderá ser 
difícil, porque as pistas de que existe uma barreira poderão ser 
muito subtis ou difíceis de interpretar, ou um aluno que enfrenta 
uma barreira às comunicações poderá simplesmente não entrar 
em contato.
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As barreiras à comunicação podem ser causadas por:
	Diferenças culturaisentre aluno e tutor;
	Conhecimento incompleto da língua de ensino;
	Diferenças de linguagem sutis, como dialeto ou coloquial;
	Ideia de os tutores serem inabordáveis;
	Deficiência que impeça os alunos de falar ou escrever 
fluentemente.
Se a sua instituição de ensino tiver especialistas que possam 
ajudar alunos com deficiências, poderá ser útil consultá-los para 
o diagnóstico e planejamento de um método adequado.
Competência de Apoio: Motivação 
Os professores de alunos adultos por vezes perguntam: Por que 
preciso motivar alunos que escolheram estudar?
Promover a motivação é uma competência importante na 
tutoria, porque os alunos do EAD enfrentam muitos desafios, e 
poderão precisar de um incentivo extra para enfrentar esses 
desafios.
A motivação, juntamente com as competências de comunicação 
e de resolução de problemas, pode incentivar os alunos a 
desenvolverem estratégias para enfrentar dificuldades que 
afetam a sua aprendizagem.
Além de motivar o aluno a resolver problemas específicos, um 
bom tutor inclui mensagens de incentivo na sua comunicação 
com os alunos.
No quadro abaixo, seguindo o exemplo destacado em azul, 
insira dois conceitos de motivação – pesquisados na web.
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Conceito de motivação Autor
Endereço 
eletrônico
1
Motivação é o processo 
responsável pela intensidade, 
direção e persistência dos 
esforços de uma pessoa 
para o alcance de uma 
determinada meta.
Aurélio Buarque 
de Holanda 
Ferreira
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Dicion%C3%A1rio_
Aur%C3%A9lio
2 
3 
Considerando a motivação como o “processo responsável 
pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma 
pessoa para o alcance de uma determinada meta”, liste, 
abaixo, pelo menos quatro atitudes que devem ser adotadas 
por tutores, com vista à motivação dos alunos.
ATIVIDADE
Assista a entrevista com o filósofo Pierre Lévy, sobre o cenário 
atual e as perspectivas para a educação à distância. 
Disponível em 
http://br.youtube.com/watch?v=08rVXi55yjE
ESTUDO COMPLEMENTAR
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dicion%C3%A1rio_Aur%C3%A9lio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dicion%C3%A1rio_Aur%C3%A9lio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dicion%C3%A1rio_Aur%C3%A9lio
http://br.youtube.com/watch?v=08rVXi55yjE
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Resolução de Problemas
As competências de identificação e resolução de problemas 
são essenciais. Incluem a capacidade de:
	Clarificar problemas;
	Identificar qual o tipo de ajuda que é necessária;
	Determinar se o tutor pode e deve ajudar a qualquer 
momento do dia ou da noite.
Os problemas que os tutores normalmente encontram incluem:
	Problemas acadêmicos;
	Dificuldades de compreender o conteúdo do curso;
	Realizar as tarefas do curso;
	Dominar as competências necessárias para apropriação 
do conteúdo.
Exigências conflitantes de trabalho ou família, que poderão 
fazer com que os estudantes, por vezes, não possam dedicar 
tempo ao estudo.
Problemas de gestão do tempo; em contraste com a situação 
anterior, os alunos têm dificuldades em:
	Organizar o seu tempo;
	Planejar um tempo de estudo;
	Prever e trabalhar segundo prazos;
	Problemas pessoais, como seja um familiar doente ou a 
perda do emprego, que afetem a capacidade do aluno em 
se concentrar nos estudos.
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Iremos abordar os problemas acadêmicos, em maior detalhe, 
nas secções sobre a orientação e capacitação da 
aprendizagem. É provável que o tutor seja a primeira pessoa 
que o aluno contata sobre um problema, ou a primeira pessoa a 
reconhecer que um problema existe. Você não precisa resolver 
todos os problemas, mas deve ajudar os alunos a obterem a 
ajuda de que necessitam. O seu papel irá depender dos 
recursos disponíveis no seu contexto: poderá ter de encaminhar 
alunos para um conselheiro acadêmico ou de gestão de tempo, 
ou para um serviço de aconselhamento. Os tutores precisam 
também de se comunicar com outro pessoal sobre trabalhos 
atrasados, pedidos de suspensão temporária dos estudos, etc.
Alguns problemas poderão estar fora da sua área de 
conhecimentos, ou das suas competências como tutor, e um 
dos aspectos na resolução de problemas é você decidir o que 
não deve fazer. Poderá ser tentador dar atenção a um aluno 
que esteja nitidamente angustiado, mas, se o aluno estiver a 
enfrentar problemas pessoais, você poderá rapidamente 
ultrapassar as suas competências. O aconselhamento é uma 
função especializada, e os alunos devem ser encaminhados 
para os recursos apropriados, se possível. A máxima de um 
tutor experiente é quando o nosso sexto sentido nos diz que não 
devemos procurar resolver uma situação, provavelmente não o 
devemos fazer.
Outros tutores descreveram a resolução de problemas como 
uma operação de salvamento: ajudando os alunos à beira de 
desistirem dos seus estudos a encontrarem maneiras de 
gerirem o seu trabalho, planejarem as suas atividades de 
aprendizagem ou lidarem com crises na aprendizagem.
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Competência de Orientação da Aprendizagem
Orientação é o termo que utilizamos quando nos referirmos às 
atividades que ajudem os alunos a compreender e a aplicar 
conteúdo. Segue-se um exemplo de como o trabalho de um 
tutor na orientação da aprendizagem influenciou um estudante:
As suas explicações e comentários foram muito claros para 
mim. A ideia de trabalhar em seções menores e usar uma 
linguagem simples é útil não só para ser mais claro, como 
também para exprimir uma mensagem num idioma em que 
não se é proficiente. A situação obriga-nos a encontrar a 
maneira mais curta de comunicar eficazmente.
Competências Envolvidas na Orientação da Aprendizagem
	Usar conhecimentos do conteúdo para dar uma 
orientação;
	Dar feedback aos alunos no seu trabalho;
	Familiarizar os alunos com as convenções da disciplina;
	Estabelecer elos;
	Resolver problemas acadêmicos.
Usar o Conhecimento do Conteúdo para Dar Orientação
Isto envolve ajudar os alunos a encontrar o seu sentido de 
orientação no conteúdo:
	Fornecendo pistas que eles possam usar para organizarem 
as suas ideias;
	Sugerindo fontes de informação adicionais ou alternativas;
	Apresentando maneiras diferentes de ver as questões.
Dar Feedback ao Trabalho dos Alunos
Este será provavelmente o aspecto mais visível e que exige 
mais tempo na função do tutor.
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O tutor precisa ser proficiente em:
	Estabelecer e comunicar expectativas claras para o 
trabalho dos alunos:
	Identificar pontos, fortes e fracos, na maneira como os 
alunos elaboram o trabalho;
	Identificar áreas do conteúdo que eles tenham 
compreendido e áreas que sejam menos claras para eles;
	Sugerir estratégias para consolidarem o que sabem e 
para melhorarem as suas proficiências.
Para dar um bom feedback aos alunos é necessária uma boa 
proficiência na orientação e capacitação.
Familiarizar os Alunos com as Convenções da Disciplina
Cada disciplina tem as suas próprias convenções. Por exemplo, 
os trabalhos escritos são apresentados de uma maneira diferente 
em inglês e em psicologia. Como tutor, você poderá estar tão 
familiarizado com estas convenções, que elas são de importância 
secundária para si, mas os alunos poderão não as conhecer. O 
seu papel como tutor poderá envolver, familiarizar os alunos 
com:
	A maneira como as ideias são desenvolvidas e 
apresentadas na disciplina;
	As estratégias de pesquisa, aceitáveis e não aceitáveis;
	Requisitos específicos de redação na sua área.
Estabelecer Elos de Ligação
Muitos alunos querem estabelecer ligações, compreender a 
relação entre segmentos de aprendizagem. Os alunos adultos 
se interessam, sobretudo, pelas implicações e aplicações 
daquilo que aprenderam. Os tutores podem ajudar os alunos a 
estabelecerem a ligação entre o conteúdo do curso e os seus 
objetivos de aprendizagem específicos, e a compreenderem 
potenciais aplicações do conteúdo à sua área de interesses. 
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Para o efeito, os tutores precisam de:
	Conhecer os objetivos dos alunos e qual a sua 
aprendizagemanterior;
	Iniciar um diálogo com os alunos sobre as suas ideias e 
perspectivas.
Resolução de Problemas Acadêmicos
O tutor precisa saber identificar problemas acadêmicos que 
tragam dificuldades aos alunos, tais como:
	Bases insuficientes na área do conteúdo;
	Falta de acesso a recursos apropriados;
	Falta de conhecimento sobre como utilizar os recursos;
	Falta de conhecimentos numa área específica;
	Problemas com os materiais do curso.
Para resolver problemas acadêmicos individuais, o tutor pode 
ajudar os alunos a:
	Reconhecerem lacunas na sua aprendizagem;
	Desenvolverem os conhecimentos base ou proficiências 
de que necessitam;
	Desenvolverem proficiências na localização dos recursos 
apropriados ou a aprenderem a usá-los.
Para problemas relacionados com os materiais do curso, o 
tutor pode:
	Desenvolver recursos retificativos que permitam aos 
alunos trabalhar com essa seção ou tópico;
	Recomendar alterações aos materiais do curso.
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Tendo por base a apresentação da discussão feita na 
presente unidade, responda às questões abaixo.
	Que tipos de problemas exigem resolução por parte da 
tutoria?
	Por que alguns tutores costumam descrever a resolução 
de problemas como operação de salvamento?
ATIVIDADES
 
Quais são as atribuições do tutor presencial?
FÓRUM I
 
 
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Capacitação da Aprendizagem
A capacitação da aprendizagem envolve ajudar os alunos a 
desenvolverem competências de aprendizagem (gerais ou 
específicas da disciplina) e a aplicarem essas competências 
adequadamente como indivíduos ou em grupos. Um aluno 
descreve assim a sua experiência:
Eu apenas queria dizer que, tendo pouca 
experiência anterior no ensino à distância, 
dois meses depois de termos tido a nossa 
primeira aula estou a sentir-me muito mais à 
vontade com a estrutura da classe. Estou a 
adquirir alicerce sólido nesta disciplina, e 
penso que irei continuar a consolidar os meus 
conhecimentos, tijolo por tijolo.
Sei que queria total autonomia na minha 
aprendizagem, mas agora sei que, antes de 
poder prosseguir com total autonomia, preciso 
de estrutura (Joao C. Alves - Aluno)
A capacitação da aprendizagem envolve:
  Ajudar os alunos a desenvolverem as suas competências 
na organização de conceitos, a desenvolverem mapas 
mentais que lhes permitam estruturar a sua aprendizagem 
de uma maneira que faça sentido para eles;
  Ajudar os alunos a articularem as suas ideias por escrito 
ou verbalmente, e a debaterem-nas produtivamente;
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  Fomentar a capacidade dos alunos de atingirem objetivos 
de aprendizagem através de interações como sejam 
projetos realizados em cooperação, ou o feedback de 
colegas;
  Definir tópicos apropriados e estimulantes para debate 
entre os alunos, ajudando-os a centrarem-se no tópico, e 
fornecendo uma estrutura que desenvolva as suas 
competências na gestão de debates;
  Moldar estratégias de aprendizagem eficazes para os 
alunos, mostrando métodos alternativos para um tópico, 
tornando o processo de aprendizagem transparente, e 
fornecendo exemplos de caminhos diferentes para a 
aprendizagem;
  Resolução de problemas, ajudando os alunos a 
identificarem e lidarem com métodos de aprendizagem 
ineficientes, ou com déficits de competência que 
dificultem a sua aprendizagem, como sejam 
competências linguísticas ou matemáticas.
Competências Administrativas
Depois de um aluno ter se matriculado, o tutor poderá ser o 
seu principal contato com a instituição de ensino. Os tutores 
necessitam de competências administrativas para gerirem o 
relacionamento entre os alunos e a instituição de ensino, e são 
responsáveis perante ambos. Como diz um tutor, mesmo 
quando os tutores não podem resolver todos os problemas 
administrativos, eles podem incentivar os alunos a procurarem 
resolvê-los.
Quando os alunos estão descontentes, por qualquer razão, 
com o serviço prestado pelo Centro, eles acham que o tutor 
deve intervir para resolver o problema. Em muitos casos, o 
problema ultrapassa o controle da administração no centro local. 
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O meu papel é então pacificar os estudantes e incentivá-los a 
concentrarem-se em questões que lhes estão mais próximas, 
cumprindo a parte deles do contrato de concluírem o curso 
com êxito (Claudia Drakes, UWI).
Em nome dos estudantes, os tutores usam as suas 
competências administrativas para:
  Comunicação – os tutores poderão ser responsáveis por 
assegurar que os alunos sejam informados sobre os 
prazos e procedimentos relativos a avaliações, desistência 
de cursos, requerimentos etc.;
  Resolução de problemas – os tutores utilizam a sua 
familiaridade com os processos acadêmicos e 
administrativos para ajudarem os alunos a entrarem em 
contato com a unidade ou a pessoa responsável que pode 
ajudar a resolver problemas específicos. Os tutores 
podem também ter um papel a desempenhar em situações 
envolvendo alunos individualmente, como sejam questões 
relacionadas com a integridade acadêmica, plágio, etc.;
  Planejamento – os tutores muitas vezes estão em posição 
de ajudar os alunos a identificarem as suas necessidades 
de aprendizagem para além do curso específico, e a 
planejarem a forma mais apropriada de ir ao encontro das 
suas necessidades.
Os tutores utilizam também as suas competências 
administrativas em nome da instituição de ensino, para:
  Gerir e transmitir informações dos alunos, 
manutenção de registros, comunicação de notas, e 
assegurar que as informações sobre os alunos são 
transmitidas à pessoa certa na altura certa;
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  Manter standards de práticas, assegurando a 
familiarização dos alunos com as práticas 
acadêmicas, e identificando qualquer possível 
violação dos standards acadêmicos, de uma forma 
que seja justa para todos a quem diz respeito.
Assista ao vídeo sobre ensino a distância. Disponível em 
http://br.youtube.com/watch?v=UNz91Cq6xUw&NR=1
DICA
http://br.youtube.com/watch?v=UNz91Cq6xUw&NR=1
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Chegamos ao final do presente eixo temático tendo estudado 
alguns aspectos históricos que influenciaram na significação e 
ressignificação do termo tutor; identificando as semelhanças e 
diferenças relativas ao papel de professores que atuam na 
educação presencial e na EAD.
Vimos ainda às competências essenciais à eficácia da tutoria 
online e suas categorias buscando compreender a estreita 
relação entre qualidade da interação da tutoria online ao 
desenvolvimento da competência de comunicação.
Você aprendeu também a abrangência da atuação da tutoria, 
no que diz respeito à identificação e à resolução de problemas 
afetos à sua área de atuação bem como as atribuições da 
tutoria online no que se refere às competências de 
capacitação da aprendizagem.
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Tutoria Online: Saberes e Fazeres na EAD
Apresentação 
Prezado (a) estudante, a partir desse momento de seus estudos 
conosco você conhecerá as diretrizes e orientações contidas 
nos Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a 
Distância, elaborado pela Secretaria de Educação a Distância 
(SEED/MEC). 
Na sequência apresentaremos a você as semelhanças e as 
diferenças da didática aplicada à educação presencial e à 
educação a distância para evidenciar as práticas pedagógicas 
da tutoria online.
Nesse contexto, problematizaremos a abordagem da SEED-
MEC sobre os campos de atuação da tutoria online e conhecer 
algumas ferramentas pedagógicas e seus usos nos cursos à 
distância aproximando nossa discussão a abordagem teórica e 
metodológica da aprendizagem na perspectiva autônoma. 
Nossa proposta ao encerramos nossos estudosé que você 
apresente sua avaliação acerca do nosso dialogo durante seu 
processo de estudo por esse material. 
Boa leitura!
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Nesta unidade trabalharemos com o fragmento do texto: 
Referenciais de qualidade para Educação Superior à Distância. 
No entanto, como qualquer fragmento de texto só pode ser 
entendido no contexto geral do texto produzido, o ponto de 
partida desta unidade será a leitura integral do documento que 
se encontra no final da unidade.
O referido documento foi elaborado por um conjunto de 
especialistas da Secretaria de Educação a Distância do 
Ministério da Educação, com vista a definir princípios, 
diretrizes e critérios a serem tomados como Referenciais de 
Qualidade para as instituições que ofereçam cursos na 
modalidade à distância.
Embora o módulo “Tutoria online” não se limite à educação à 
distância no ensino superior, o texto foi escolhido porque 
suscita reflexões pertinentes e relacionadas não apenas ao 
ensino superior, mas também às demais etapas de ensino 
comumente oferecidas na modalidade à distância.
Consideramos importante apresentar-lhes os Referenciais 
porque: 1) sintonizam a educação a distância ao ordenamento 
legal vigente, em complemento às determinações específicas da 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394, de 20 de 
dezembro de 1996), do Decreto 5.622, de 20 de dezembro de 
2005, do Decreto 5.773, de junho de 2006 e das Portarias 
Normativas 1 e 2, de 11 de janeiro de 2007; e 2) apresentam 
definições e conceitos norteadores da educação superior a 
distância no País, que subsidiarão, também, a perspectiva do 
Módulo Tutoria Online.
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Há várias maneiras de organizar cursos à distância. 
Existem cursos concebidos por um único profissional, que, 
a partir de uma ideia inicial, planeja todas as etapas do 
processo. Esse profissional tanto concebe/planeja a proposta 
pedagógica do curso quanto administra sua veiculação numa 
plataforma virtual, encarregando-se, inclusive, da tutoria. Enfim, 
um único profissional determina e executa todo o processo. 
Esses cursos, geralmente conhecidos como livres ou 
independentes, são cursos de curta ou média duração. Muitas 
vezes são produzidos no âmbito de pequenas empresas, 
prescindido de equipes multiprofissionais.
Existem cursos concebidos por equipes multiprofissionais, 
geralmente, ligados a instituições públicas, organismos 
internacionais e empresas privadas de médio ou grande porte. 
Esses cursos, principalmente voltados à educação superior e 
técnica, envolvem uma nítida divisão de trabalho de equipes 
multiprofissionais, e contam, por exemplo, com diretor da 
unidade; coordenador do centro de EAD; coordenador do 
curso; coordenador pedagógico; professores especialistas; 
designer instrucional; editor eletrônico; revisor de texto; 
técnicos responsáveis pela plataforma virtual; tutores a 
distância, tutores presenciais, tutores de laboratório; 
coordenadores de polos. Portanto, esses cursos trazem visível 
movimento sistêmico de diversos profissionais especialistas na 
preparação das distintas fases do processo de sua concepção, 
planejamento e veiculação.
No contexto da política permanente de expansão da educação 
superior no País, implementada pelo MEC, a EAD coloca-se 
como uma modalidade importante no seu desenvolvimento.
Nesse sentido, é fundamental a definição de princípios, 
diretrizes e critérios que sejam Referenciais de Qualidade 
para as instituições que ofereçam cursos nessa modalidade.
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Por esta razão, a SEED/ MEC apresenta, para propiciar debates 
e reflexões, um documento com a definição desses Referenciais 
de Qualidade para a modalidade de educação superior à 
distância no País.
Esses Referenciais de Qualidade circunscrevem-se no 
ordenamento legal vigente em complemento às determinações 
específicas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do 
Decreto 5.622, de 20 de dezembro de 2005, do Decreto 5.773 
de junho de 2006 e das Portarias Normativas 1 e 2, de 11 de 
janeiro de 2007.
Embora seja um documento que não tem força de lei, ele será 
um referencial norteado para subsidiar atos legais do poder 
público no que se referem aos processos específicos de 
regulação, supervisão e avaliação da modalidade citada.
Por outro lado, as orientações contidas neste documento devem 
ter função indutora, não só em termos da própria concepção 
teórico-metodológica da educação à distância, mas também da 
organização de sistemas de EAD.
Elaborado a partir de discussão com especialistas do setor, 
com as universidades e com a sociedade, ele tem como 
preocupação central apresentar um conjunto de definições e 
conceitos de modo a, de um lado, garantir qualidade nos 
processos de educação à distância e, de outro, coibir tanto a 
precarização da educação superior, verificada em alguns 
modelos de oferta de EAD, quanto a sua oferta indiscriminada e 
sem garantias das condições básicas para o desenvolvimento 
de cursos com qualidade.
Muito embora o texto apresente orientações especificamente à 
educação superior, ele será importante instrumento para a 
cooperação e integração entre os sistemas de ensino, nos 
termos dos arts. 8º, 9º, 10 e 11 da Lei nº. 9.394, de 1996, 
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nos quais se preceitua a padronização de normas e 
procedimentos nacionais para os ritos regulatórios, além de 
servir de base de reflexão para a elaboração de referenciais 
específicos para os demais níveis educacionais que podem ser 
ofertados a distância.
Esta proposta de Referenciais de Qualidade para a modalidade 
de educação superior à distância, que ora apresentamos para 
discussão e aperfeiçoamento, tendo em vista sua posterior 
publicação, ainda neste ano de 2007, atualiza o primeiro texto 
oficial do MEC, de 2003. As mudanças aqui implementadas são 
justificadas em razão das alterações provocadas pelo 
amadurecimento dos processos, principalmente no que diz 
respeito às diferentes possibilidades pedagógicas, notadamente 
quanto à utilização de tecnologias de informação e comunicação, 
em função das discussões teórico-metodológicas que têm 
permeado os debates acadêmicos.
Os debates a respeito da EAD, que acontecem no País, 
sobretudo, na última década, têm oportunizado reflexões 
importantes a respeito da necessidade de ressignificações de 
alguns paradigmas que norteiam nossas compreensões 
relativas à educação, escola, currículo, estudante, professor, 
avaliação, gestão escolar, dentre outros.
Outro fator importante para o delineamento desses referenciais 
é o debate a respeito da conformação e consolidação de 
diferentes modelos de oferta de cursos à distância em curso em 
nosso País. Neste ponto, é importante destacar a inclusão de 
referências específicas aos polos de apoio presencial, que foram 
contemplados com as regras dos Decretos supracitados e pela 
Portaria Normativa nº. 2, de janeiro de 2007. Destarte, o polo 
passa a integrar, com especial ênfase, o conjunto de instalações 
que receberá avaliação externa, quando do credenciamento 
institucional para a modalidade de educação à distância.
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Finalmente, cumpre observar que essa proposta de atualização 
dos Referenciais de Qualidade para a educação superior à 
distância surge também nortEADa pelos resultados dos 
procedimentos avaliativos realizados pelo MEC em múltiplos 
programas de educação à distância em andamento no País, 
sempre na busca de uma configuração que atenda aos 
requisitos de qualidade que todos almejamos.
O documento preliminar foi submetido à consulta pública. 
Agradecemos as Instituições e aos colaboradores que 
atenderam a este chamado e encaminharam sugestões e 
críticas ao documento e que, de fato, muito contribuíram ao seu 
aprimoramento (MEC, 2007)
Assim, após apresentarmos uma parte desse importante 
instrumento, passemos para a leitura de outro fragmento do 
texto Referenciais de Qualidade para educação superior a 
distância para podermos aproximarmos a concepção de 
educação a concepção de EAD, tomando como basenovamente os Referenciais de Qualidade para Educação 
Superior à Distância.
Acesse o texto na integra no site: http://portal.mec.gov.br/par/193-
secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/12777-
referenciais-de-qualidade-para-ead, pois sua leitura é 
imprescindível para uma melhor compreensão da modalidade.
FRAGMENTO DO TEXTO REFERENCIAIS DE QUALIDADE 
PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA.
Introdução
No Brasil, a modalidade de educação a distância obteve 
respaldo legal para sua realização com a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação – Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 –, 
que estabelece, em seu artigo 80, a possibilidade de uso orgânico 
da modalidade de educação à distância em todos os níveis e 
http://portal.mec.gov.br/par/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/12777-referenciais-de-qualidade-para-ead
http://portal.mec.gov.br/par/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/12777-referenciais-de-qualidade-para-ead
http://portal.mec.gov.br/par/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/12777-referenciais-de-qualidade-para-ead
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modalidades de ensino. Esse artigo foi regulamentado 
posteriormente pelos Decretos 2.494 e 2.561, de 1998, mas 
ambos revogados pelo Decreto 5.622, em vigência desde sua 
publicação em 20 de dezembro de 2005.
No Decreto 5.622, ficou estabelecida a política de garantia de 
qualidade no tocante aos variados aspectos ligados à 
modalidade de educação à distância, notadamente ao 
credenciamento institucional, supervisão, acompanhamento e 
avaliação, harmonizados com padrões de qualidade enunciados 
pelo Ministério da Educação.
Entre os tópicos relevantes do Decreto, tem destaque:
1. A caracterização de EAD visando instruir os sistemas de 
ensino; 
2. O estabelecimento de preponderância da avaliação 
presencial dos estudantes em relação às avaliações 
feitas à distância;
3. Maior explicitação de critérios para o credenciamento no 
documento do plano de desenvolvimento institucional 
(PDI), principalmente em relação aos polos 
descentralizados de atendimento ao estudante;
4. Mecanismos para coibir abusos, como a oferta 
desmesurada do número de vagas na educação superior, 
desvinculada da previsão de condições adequadas;
5. Permissão de estabelecimento de regime de colaboração e 
cooperação entre os Conselhos Estaduais e Conselho 
Nacional de Educação e diferentes esferas administrativas 
para: troca de informações; supervisão compartilhada; 
unificação de normas; padronização de procedimentos e 
articulação de agentes;
6. Previsão do atendimento de pessoa com deficiência;
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7. Institucionalização de documento oficial com Referenciais 
de Qualidade para a educação a distância.
Sobre o último tópico destacado cabe observar que muito 
embora no ano de 2002, não houvesse determinação legal 
explícita, naquela ocasião o MEC instituiu a primeira comissão 
de especialistas, por meio da Portaria Ministerial nº 335/2002, 
com o objetivo de discutir amplamente a questão dos 
referenciais de qualidade para educação superior à distância. O 
relatório da comissão serviu de texto-base para a elaboração 
dos Referenciais de Qualidade para EAD, pelo MEC, em 2003, 
sendo, portanto, o ponto de partida para a atualização ora 
proposta, que está focada na oferta de cursos de graduação e 
especialização.
Referenciais de Qualidade para Educação Superior a 
Distância
Não há um modelo único de educação à distância. Os 
programas podem apresentar diferentes desenhos e 
múltiplas combinações de linguagens e recursos 
educacionais e tecnológicos. A natureza do curso e as reais 
condições do cotidiano e necessidades dos estudantes são os 
elementos que irão definir a melhor tecnologia e metodologia a 
serem utilizados, bem como a definição dos momentos 
presenciais necessários e obrigatórios, previstos em lei, estágios 
supervisionados e práticas em laboratórios de ensino, trabalhos 
de conclusão de curso, quando for o caso, tutorias presenciais 
nos polos descentralizados de apoio presencial e outras 
estratégias.
Apesar da possibilidade de diferentes modos de organização, 
um ponto deve ser comum para todos aqueles que desenvolvem 
projetos nessa modalidade: é a compreensão de EDUCAÇÃO 
como fundamento primeiro, antes de se pensar no modo de 
organização: A DISTÂNCIA.
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Assim, embora a modalidade a distância possua características, 
linguagem e formato próprios, exigindo administração, desenho, 
lógica, acompanhamento, avaliação, recursos técnicos, 
tecnológicos, de infraestrutura e pedagógicos condizentes, 
essas características só ganham relevância no contexto de 
uma discussão política e pedagógica da ação educativa.
Disto decorre que um projeto de curso superior a distância 
precisa de forte compromisso institucional em termos de 
garantir o processo de formação que contemple a dimensão 
técnico-científica para o mundo do trabalho e a dimensão 
política para a formação do cidadão.
Devido à complexidade e à necessidade de uma abordagem 
sistêmica, referenciais de qualidade para projetos de cursos na 
modalidade a distância devem compreender categorias que 
envolvem, fundamentalmente, aspectos pedagógicos, recursos 
humanos e infraestrutura. Para dar conta destas dimensões, 
devem estar integralmente expressos no Projeto Político 
Pedagógico de um curso na modalidade à distância os 
seguintes tópicos principais:
1. Concepção de educação e currículo no processo de 
ensino e aprendizagem;
2. Sistemas de Comunicação;
3. Material didático;
4. Avaliação;
5. Equipe multidisciplinar;
6. Infraestrutura de apoio;
7. Gestão Acadêmico-Administrativa;
8. Sustentabilidade financeira.
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Tendo por base a afirmação: “Apesar da possibilidade de 
diferentes modos de organização, um ponto deve ser comum a 
todos que desenvolvem projetos nessa modalidade: é a 
compreensão de EDUCAÇÃO como fundamento primeiro, 
antes de se pensar no modo de organização: A DISTÂNCIA”,
1. Reflita sobre a importância da EDUCAÇÃO.
2. Elabore três justificativas que corroborem com o 
princípio de EDUCAÇÃO como fundamento primeiro, 
independente da modalidade e forma de organização.
ATIVIDADES
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Nesta unidade trabalharemos com dados de um estudo 
realizado por Eloiza da Silva Gomes de Oliveira, Aline Campos 
da Rocha Ferreira e Alessandra Cardoso Soares Dias. Tal 
estudo teve como objetivo principal evidenciar as possibilidades 
didáticas a serem enfatizadas em cursos na modalidade online.
O Estudo Realizado
Destacada a importância da tutoria para a efetividade dos 
cursos na modalidade à distância, acreditamos atender ao 
tema deste evento “Avaliação: compromisso com a qualidade” 
apresentando exatamente estes eixos avaliativos da nossa 
pesquisa, e focalizando a prática pedagógica tutorial 
especialmente na relação com a mesma prática, na sua versão 
presencial.
Entre outras estratégias metodológicas, aplicamos um 
instrumento para a coleta de várias informações, inclusive 
sobre a prática pedagógica utilizada pelos tutores, nesta 
modalidade de ensino.
Perguntamos a 21 tutores (13 presenciais e 8 à distância) o que 
eles consideravam que é a Didática, se há uma Didática 
específica para a Educação a Distância e quais são as 
principais semelhanças e diferenças entre a Didática aplicada 
nas duas modalidades de ensino (presencial e a distância).
Destacamos dos instrumentos preenchidos pelos tutores, dados 
específicos em relação às principais características da Didática 
utilizada na Educação a Distância e na Educação presencial.
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Os tutores consideram a Didática como a orientação do 
processo ensino - aprendizagem, fazendo a ligação entre a 
teoria e a prática educativa, como normalmente é 
concebida, mas em EAD, segundo estes, ela vai além das 
formas de ensinar e seus recursos, devendo-se considerar 
todos os elementos que dela participam, direta ou 
indiretamente.
As semelhanças, apontadas pelos tutores,

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