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Docência e Mediação Pedagógica em Educação a Distância

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FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
DOCÊNCIA E MEDIAÇÃO 
PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO 
A DISTÂNCIA 
 
Ronald Álex Santos Reis 
Marilene Nunes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOCÊNCIA E MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA EM 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
1ª edição 
 
Ipatinga – MG 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL 
 
 
Diretor Geral: Valdir Henrique Valério 
Diretor Executivo: William José Ferreira 
Ger. do Núcleo de Educação à Distância: Cristiane Lelis dos Santos 
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira 
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa 
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Carla Jordânia G. de Souza 
 Rubens Henrique L. de Oliveira 
Design: Brayan Lazarino Santos 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 
 
 
 
 
 
 
 
© 2020, Faculdade Única. 
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem autorização 
escrita do Editor. 
 
 
R375d 
 
 
Reis, Ronald Álex Santos 
 Docência e mediação pedagógica em Educação a Distância / Ronald 
Álex Santos Reis, Marilene Gonçalves Nunes. – 1. ed. Ipatinga, MG: Editora 
Única, 2020. 
 127 p. 
 
 Inclui referências. 
 
 ISBN: 978-65-990786-2-0. 
 
 1. Docência – Educação à Distância. 2. Pedagogia. I. Reis, Ronald Álex 
Santos. II. Nunes, Marilene Gonçalves. III. Título. 
CDD: 371.332 
CDU: 37.02 
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299 
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG 
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 
www.faculdadeunica.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo 
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles 
são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um 
com uma função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos 
científico (artigos, monografias, dissertações e teses), 
sites ou links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e 
Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo 
abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações 
importantes nas quais você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em 
cada unidade do livro. 
 
São para o esclarecimento do significado de 
determinados termos/palavras mostradas ao longo do 
livro. 
 
Este espaço é destinado para a reflexão sobre 
questões citadas em cada unidade, associando-o a 
suas ações, seja no ambiente profissional ou em seu 
cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
FORMAÇÃO DE PROFESSORES/ TUTORES PARA EAD: ............................. 8 
1.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 8 
1.2 QUAL O SIGNIFICADO DO TERMO EAD? ........................................................... 9 
1.3 VOLTANDO NO TEMPO: EAD NO PASSADO E NO PRESENTE. ......................... 10 
1.4 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR EM EAD .......................................................... 15 
 FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 20 
SISTEMAS TUTORIAIS: TUTORIA ON-LINE E PRESENCIAL ......................... 25 
2.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 25 
2.2 SISTEMA TUTORIAL: O QUE É? ............................................................................ 25 
2.3 TUTORIA ON-LINE ............................................................................................... 27 
2.4 TUTORIA PRESENCIAL ......................................................................................... 30 
 FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 35 
INCENTIVANDO O PROTAGONISMO DISCENTE: PERCEPÇÕES DO PERFIL 
DO ALUNO EAD ....................................................................................... 41 
3.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 41 
3.2 PROTAGONISMO DISCENTE .............................................................................. 42 
3.3 PRÁTICAS E ABORDAGENS DE ENSINO-APRENDIZAGEM ............................... 44 
3.4 ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA: APRENDENDO A APRENDER EM EAD .......... 45 
3.5 O PERFIL DO ALUNO EM EAD ............................................................................ 48 
 FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 53 
RESPONSABILIDADES DOS PROFESSORES/ TUTORES EM EAD ................ 60 
4.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 60 
4.2 DEFINIÇÃO DO PROFESSOR EM EAD E SUAS FUNCIONALIDADES .................. 60 
4.3 AS FUNÇÕES DO TUTOR ..................................................................................... 64 
4.4 A COMUNICAÇÃO EM EAD: UM DIÁLOGO DIRETO ........................................ 66 
4.5 COMUNICAÇÃO COM OS DISCENTES ............................................................. 67 
4.6 MOTIVANDO OS APRENDIZES ........................................................................... 69 
4.7 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM EAD .............................................................. 70 
 FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 73 
FERRAMENTAS FACILITADORAS DA APRENDIZAGEM ............................ 79 
5.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 79 
5.2 A RELAÇÃO INDISSOCIÁVEL ENTRE AS TECNOLOGIAS E A EAD ................... 79 
5.3 METODOLOGIAS DE ESTUDO BASEADAS NA AUTONOMIA DISCENTE .......... 81 
5.4 FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS PARA EAD .................................................... 82 
5.4.1 Fórum .............................................................................................................. 83 
5.4.2 Chats ou salas de bate-papo ..................................................................... 86 
5.4.3 Teleaula .......................................................................................................... 88 
5.4.4 Blog ................................................................................................................. 91 
5.4.5 Podcast .......................................................................................................... 92 
5.4.6 Google Docs .................................................................................................. 93 
 FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 96 
 
 
 
UNIDADE 
01 
UNIDADE 
02 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
UNIDADE 
05 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM: DOIS UNIVERSOS CONSONANTES . 101 
6.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 101 
6.2 CONCEITUAÇÕES: O QUE É AVALIAÇÃO? .................................................... 101 
6.3 FUNÇÕES ESSENCIAIS DA AVALIAÇÃO ......................................................... 106 
6.4 O QUE O TUTOR DEVE AVALIAR NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA? ................. 108 
6.5 AVALIAÇÃO POR MEIO DAS FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM ................ 112 
6.6 NOTAS ............................................................................................................... 115 
 FIXANDO O CONTEÚDO ..................................................................................119 
 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO .............................................. 124 
REFERÊNCIAS .......................................................................................... 125 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
Nesta unidade, serão apresentadas informações acerca das 
origens da Educação a Distância e como determinadas habilidades 
são fundamentais para que o professor/tutor em EAD tenha um 
trabalho produtivo, capaz de contribuir positivamente no 
acompanhamento e avaliação dos alunos inseridos nesta 
modalidade de ensino. 
Na unidade 2, serão analisados os elementos que permeiam os 
sistemas de tutoria utilizados por professores/tutores em cursos EAD, 
on-line e presencial. Além disso, serão apontadas quais são as 
competências e atribuições que estes profissionais devem exercer 
nesta modalidade de ensino. 
 
 
Nesta unidade, serão dispostas as práticas de aprendizagem que 
norteiam as atividades desenvolvidas pelos aprendizes na EAD: a 
Andragogia e a Heutagogia. Tendo em vista este tema, o ponto 
problematizador se dará pelo enfoque nos diferentes perfis de 
alunos inseridos no contexto EAD e como suas particularidades 
influenciam seu processo de aprendizagem. 
 
Na unidade 4, a partir das peculiaridades que envolvem o público 
da EAD apresentadas na unidade anterior, serão descritos os 
conhecimentos, habilidades e competências essenciais que devem 
constituir o perfil de professores e tutores para lidar com as 
especificidades dispostas em ambientes de Educação a Distância. 
 
 
Diante das responsabilidades atribuídas aos professores e tutores no 
ato de orientar os discentes em seu percurso de aprendizagem, o 
foco nesta unidade se dará pela apresentação de diversas 
ferramentas e recursos que visam potenciar a aprendizagem ativa, 
rompendo com uma visão educacional de cunho mais tradicional. 
Na unidade conclusiva do livro, a avaliação será o tema central. 
Aqui, serão descritos os elementos que influenciam o processo de 
avaliação dos alunos em EAD, bem como as diretrizes que devem 
nortear as ações avaliativas dos docentes nestes espaços. Além 
disso, serão explicitadas de que maneira as ferramentas de 
aprendizagem podem intensificar a efetividade das correções e 
ponderações de professores e tutores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
FORMAÇÃO DE PROFESSORES/ 
TUTORES PARA EAD. 
 
 
 
1.1 INTRODUÇÃO 
Em 2019, o Ministério da Educação e Cultura (MEC), por meio do Censo da 
Educação Superior, demonstrou uma nova realidade que, em outrora, poderia se 
considerar inimaginável nas Instituições de Ensino Superior no Brasil. Por meio deste 
documento, mostrou-se que o número de vagas ofertadas em cursos de graduação 
a distância superou pela primeira vez, em uma margem considerável, a oferta de 
cursos superiores presenciais. 
Os dados apresentados reforçam uma premissa que autores como Maia e 
Mattar (2008) apresentaram há alguns anos atrás, mas que se torna real a cada ano, 
pois, o crescimento do seguimento de Educação a Distância tem conquistado um 
espaço cada vez maior. Isto denota a esta modalidade de ensino um impacto jamais 
visto na história da educação, que acarreta na participação de cada vez mais 
pessoas neste mercado, englobando desde alunos e professores, até administradores 
e webdesigners, que desempenham diferentes papéis de forma simultânea. 
Nesta perspectiva, evidencia-se que a Educação a Distância é uma 
modalidade de ensino que se consolidou no mercado educacional e que abrange 
uma grande diversidade de agentes, visando fornecer ao aluno sistemas e 
instrumentos capazes de contribuir positivamente em sua formação, com um 
enfoque especial no acompanhamento e avaliação de seu desempenho. 
Por isso, nesta unidade, o ponto de partida problematizador se dará por uma 
reflexão breve sobre as origens da Educação a Distância e, principalmente, acerca 
das habilidades e ações educativas que devem permear a formação de 
professores/tutores para EAD. 
Como principais objetivos, ao final desta unidade você deverá apresentar os 
seguintes conhecimentos: 
 
 Identificar os eventos que resultaram no surgimento da Educação a 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
Distância; 
 Reconhecer a importância do levantamento histórico da Educação a 
Distância para compreensão de sua expansão; 
 Identificar elementos importantes que envolvem a formação de professores/ 
tutores EAD. 
 
1.2 QUAL O SIGNIFICADO DO TERMO EAD? 
Primeiramente, conforme apontam Maia e Mattar (2008) antes de enveredar 
pelos eventos que culminaram no surgimento e desenvolvimento da Educação a 
Distância, é de fundamental importância saber o que significa, de fato, a sigla EAD. 
Como abordam os autores supracitados, a sigla EAD engloba duas palavras 
etimologicamente distintas, que são “educação” e “distância”. A partir disso, torna-
se necessário destrinchar o real significado de cada uma delas, para que, 
posteriormente, seja realizada uma articulação entre ambas. 
Segundo Streck, Redin e Zitkoski (2008) não existe apenas um tipo de 
educação, mas, sim, educações, que são os pontos de partida para que os seres 
humanos partam do que são para o que querem ser, isto é, na busca por crescimento 
permanente. Os vários tipos de educação por ele citados se resumem a duas: a 
educação bancária e a educação libertadora. 
No contexto que remete ao termo EAD, Maia e Mattar (2008) afirmam que esta 
modalidade precisa ser pautada por uma educação humanista e problematizadora, 
que implica o diálogo. Ou seja, é necessário que haja interação para que se 
solidifiquem a aprendizagem e a educação. Logo, este é um modelo que remete ao 
conceito de educação libertadora. 
No que concerne à palavra distância, Azevedo (2010) expõe como verbete 
uma ideia que remete a algo ou alguém que está afastado, remoto ou longínquo. 
Como abordam Maia e Mattar (2008) as duas palavras apresentam 
significados distintos, mas que se associam e transfiguram-se em uma denominação 
comum, gerando a seguinte definição: “A EAD é uma modalidade de educação em 
que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza 
diversas tecnologias de comunicação” (MAIA; MATTAR, 2008, p. 06) 
A partir dos apontamentos dispostos, como explicita Ribeiro (2019), as 
definições expressas para o termo EAD (Educação a Distância) geram características 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
e singularidades que estabelecem alterações significativas nos processos 
educacionais dispostos tradicionalmente, comumente pautados pela modalidade 
de ensino presencial. 
Conforme a mesma autora expõe, a partir da ascensão da EAD, novas formas 
de organização das ações docentes e discentes se fazem imprescindíveis, 
permeadas pelas necessidades dispostas pela sociedade, que envolvem diversos 
aspectos sociais, políticos e econômicos. Isto indica que a Educação a Distância é 
forjada a partir do processo de modernização do mundo contemporâneo, visando 
atender as diferentes demandas existentes no mundo moderno. 
Nesta perspectiva, sabendo-se que a EAD tem ganhado cada vez mais uma 
importância salutar, como demonstram Faria e Lopes (2014) as práticas referentes a 
esta modalidade precisam dispor de planejamento, organização e uma 
intencionalidade previamente estabelecida, visando atender às exigências do 
mercado educacional e , consequentemente, o mercado de trabalho. 
 
 
 
Diante do crescimento exponencial da modalidade EAD, surge o seguinte 
questionamento: quando a modalidade EAD se consolidou no mercado 
educacional? 
 
1.3 VOLTANDO NO TEMPO: EAD NO PASSADO E NO PRESENTE 
Segundo Ribeiro (2019), alguns pesquisadores apontam que as Epístolas do 
Novo Testamento foram as primeiras expressões de Educação a Distância que se 
fizeram presentes na história da humanidade, visto que apresentavamum caráter 
didático e eram destinadas à corpos sociais que estavam consideravelmente 
distantes de seu autor. Outro evento histórico, fundamental para a disseminação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
desta modalidade, deu-se por meio da invenção da prensa de tipos móveis, 
creditada a Gutenberg, no século XV. 
Segundo Maia e Mattar (2008), a nova realidade trazida por este meio de 
comunicação, então, permitiu que as ideias e informações pudessem ser 
compartilhadas e transmitidas para um número maior de pessoas e comunidades, o 
que contribuiu para a construção de debates, a produção e a reprodução contínua 
de conhecimentos diversificados. 
No entanto, como aborda Ribeiro (2019), a EAD, como é conhecida no mundo 
moderno, começou a se popularizar nos meios sociais quando foram estabelecidas 
as vias de comunicação por correspondência, que começaram a ser propagadas 
no fim do século XVIII e que se desenvolveram continuamente a partir de meados do 
século XIX. Já no que se refere ao Brasil, a tendência em EAD começou a ser 
disseminada com maior intensidade por meio dos Correios. 
No Brasil, as primeiras manifestações de EaD, ocorreram por meio dos 
Correios, que enviavam materiais impressos e kits de experimentação 
aos alunos. A modalidade ficou conhecida como “ensino por 
correspondência” ou “ensino domiciliar” (RIBEIRO, 2019, p. 15). 
Diante desta nova tendência, como expressam Maia e Mattar (2008) 
pertencente à meados do século XIX, esta fase, calcada por materiais impressos e 
encaminhados pelos Correios, foi considerada a primeira geração da EAD, o que 
acarretou em múltiplas iniciativas de cursos à distância, por intermédio de 
sociedades, escolas e universidades. Posteriormente, a EAD passou por algumas 
mudanças e acrescentou à sua estrutura novas mídias, até então consideradas 
inovações significativas, tais como rádio, fitas de áudio, telefone e vídeo. Este 
período, que abrangeu o século XX, foi considerado como a segunda geração da 
EAD. 
Nesta nova geração, conforme aborda Ribeiro (2019), dentre os meios de 
mídia citados, destacou-se o rádio, que veiculou diversos projetos de educação. 
Nesta nova conjuntura educacional, os alunos recebiam o material impresso, ouviam 
as aulas utilizando-se de aparelhos de rádio, e interagiam por meio de 
correspondências, quando se fazia necessário. 
Perante os novos moldes de organização estrutural que permeavam a EAD, 
como aborda a autora supracitada, conduzida pela inserção de novas ferramentas 
que facilitariam o processo educacional, iniciativas diversificadas começaram a se 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
fazer presentes. 
Um momento importante, é a criação das universidades abertas de 
Ensino a Distância, influenciadas pelo modelo da Open University 
britânica, fundada em 1969, que se utilizavam intensamente de rádio, 
TV, vídeos, fitas cassetes e centros de estudo, em que se realizaram 
diversas experiências pedagógicas. Com base nessas experiências, 
teria crescido o interesse pela EAD (MAIA; MATTAR, 2008, p. 22). 
Como Maia e Mattar (2008) relatam, as iniciativas e propostas acerca da 
implantação e desenvolvimento da EaD foram cruciais para reflexões referentes às 
funções das universidades nos anos subsequentes. Porém, mesmo com o crescimento 
exponencial da modalidade, apenas na década de 1990, as universidades 
tradicionais, instituições governamentais e empresas privadas visualizaram naquela 
esfera um novo mercado com potencial de crescimento. 
Tendo em vista este novo quadro em que a EaD recebia maior visibilidade, 
como salientam os autores previamente citados, iniciou-se o período referente à 
terceira geração da EaD, no qual as tecnologias de multimídia, de hipertextos e redes 
de computadores consolidaram a Educação a Distância on-line. Então, como 
demonstra Ribeiro (2019), novos projetos começaram a se popularizar, sendo 
caracterizados pela produção de sites na internet que enfatizavam a publicação de 
conteúdos interativos. 
Porém, conforme apontam Litto e Formiga (2009), apesar de a Educação a 
Distância ter se consolidado no mercado educacional com o passar dos anos, no 
que concerne ao Brasil, não são abundantes os registros históricos acerca das 
experiências pioneiras relativas a esta modalidade de ensino. Neste campo, quase 
isolado, destaca-se o Instituto Monitor, que foi o primeiro órgão a apresentar 
informações e dados estatísticos referentes ao trabalho desenvolvido no universo das 
instituições que têm como objetivo informar e educar a distância, utilizando diferentes 
metodologias e múltiplos meios de comunicação. 
Como afirmam os autores supracitados, o Instituto Monitor, apenas no ano de 
2005, divulgou o primeiro “Anuário de Educação Aberta e a Distância”, elaborado 
em colaboração com a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). Este 
documento visava exibir um panorama da modalidade EaD no Brasil, e, por seu 
intermédio, pôde-se acompanhar o crescimento da modalidade no Brasil durante 
aquele período. Tal documento foi o ponto detonador para que a Educação a 
Distância fosse reconhecida como parte da organização educativa no Brasil, sendo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
uma modalidade oficialmente reconhecida pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. A partir da veiculação deste documento, a LDB reconheceu, 
por meio do artigo 80, presente no Decreto nº 5622, que “o Poder Público incentivará 
o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os 
níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada” (LITTO; FORMIGA, 2009, 
p. 33). 
Em face à oficialização e credenciamento das instituições que ofertavam 
Educação a Distância, como salientam Maia e Mattar (2008)pôde-se quebrar 
paradigmas e planejar novas estruturações. Nesta perspectiva, Ribeiro (2014) aponta 
que educadores de diversas partes do mundo iniciaram diversas discussões acerca 
das novas possibilidades que a internet e as mídias digitais poderiam oportunizar. Em 
consequência disto, a Educação a Distância se consolidou como uma modalidade 
educacional exequível. 
Atualmente, em uma conjuntura na qual dispõe de maior credibilidade e 
modernidade, em consonância com Ribeiro (2019), a EAD constitui-se por ambientes 
virtuais, viabilizados pelas novas tecnologias, reunindo no ciberespaço professores e 
alunos que interagem constantemente, algo impensável em outrora. Tendo em vista 
esta lógica, evidencia-se que, no mundo moderno, estudar engloba a compreensão 
de que as tecnologias podem colaborar significativamente com o foco referente à 
Educação a Distância. Neste contexto, professor e aluno têm papéis distintos, não 
encontrados em outra época. 
Conforme demonstram Litto e Formiga (2009), neste contexto, o aluno assume 
um papel central no processo ensino-aprendizagem, deixando de ser um sujeito 
passivo, mero receptor de informações, tornando-se criador, cocriador e um sujeito 
crítico. 
Já no que tange às funcionalidades do professor, como abordam Maia e 
Mattar (2008) tal profissional também ganha novas atribuições, deixando de ser um 
orador, para se tornar um tutor, deixando de ser um expositor e avaliador, para se 
transformar em facilitador e mediador de conhecimentos. 
Este processo, como salienta Ribeiro (2019) e já foi apontado, dá-se por meio 
de sites, nos quais se encontram os ambientes virtuais, que ficam à disposição de seus 
usuários. Nestes espaços, estão dispostas as ferramentas necessárias para que os 
discentes interajam com os docentes e demais alunos, utilizando-se de meios 
síncronos ou assíncronos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
Logo, como salienta Ribeiro (2019), diante dessas novas funções, docentes e 
alunos tornam-se agentes imensamente importantes no percurso de evolução da 
EaD, fazendo-a capaz de atender às demandas referentes à uma educação 
ininterrupta ao longo da vida, isto é, a chamada educação continuada, integrando-a aos possíveis postos de trabalho existentes e às necessidades e expectativas dos 
indivíduos. 
Nesta perspectiva, conforme explicitam Maia e Mattar (2008)o docente/tutor, 
como já demonstrado anteriormente, torna-se peça crucial em projetos de 
desenvolvimento dos ambientes virtuais de aprendizagem, uma vez que é um 
profissional que tem experiência na área educacional e no contato com os alunos. 
Conforme os mesmos autores discorrem, nesse sentido, é preciso que o 
professor desempenhe papéis diversificados simultaneamente, com o intuito de 
potencializar as funcionalidades dos ambientes virtuais de aprendizagem, 
acompanhando o processo de aprendizagem dos estudantes constantemente. 
Tendo como perspectiva esta interação pujante que deve permear a EAD, por 
meio da participação de agentes diversos no processo ensino-aprendizagem, como 
afirma Ribeiro (2019), pode-se criar um espaço de participação ativa e colaborativa 
entre cursistas e a equipe docente. Assim sendo, novos espaços de trabalho podem 
ser fomentados e gerarem formas inovadoras de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
1.4 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR EM EAD 
No mundo contemporâneo, como Ribeiro (2019) demonstra, a busca 
constante pelo conhecimento deve indicar inovações no que tange ao significado 
das coisas, discussões, atividades colaborativas e soluções para os problemas 
diversos que se apresentam. Para que isto aconteça, é fundante que haja uma 
interação estreita entre os agentes que fazem parte de todo este processo de 
construção do conhecimento. 
Neste novo contexto educacional, conforme elucida Munhoz (2014), novas 
propostas de atuação para professores se fazem presentes, gerando a necessidade 
de mudança de panorama, pautada em uma formação mais abrangente de 
docentes em EAD. 
Como afirmam Maia e Mattar (2008) em linhas opostas a um olhar mais 
tradicional, o professor em EAD deixa de ser uma entidade individual e torna-se uma 
entidade coletiva. Isto denota a ele novos papéis, tornando-o uma equipe, pois, ao 
mesmo tempo em que será um mediador, também será um autor, um técnico, entre 
outras diversas possibilidades. Contudo, esta nova realidade não decreta o fim das 
atribuições essenciais do docente ou a perda de seu emprego, mas apresenta novas 
funcionalidades e competências a serem desenvolvidas, criando, 
consequentemente, novos espaços de atuação no mercado de EAD. 
Como salienta Munhoz (2014), durante um longo período, os processos 
educacionais centraram-se apenas na figura do professor e sua atuação pautava-
se na oratória como principal suporte. Este método docente vigorou por um período 
considerável e, em muitos meios educacionais presenciais, continua em vigência, 
mesmo que o espaço onde a prática vigore afirme-se centrado nas ações discentes. 
Nesta perspectiva, como expõe o autor supracitado, o que se vê são moldes 
educacionais que continuam a delinear o conhecimento como propriedade do 
professor, ferindo, assim, os princípios de comunicação dialógica e desconsiderando 
ambientes já munidos de evoluções tecnológicas imprescindíveis. 
Estudar em EAD exige do aluno inúmeras habilidades e competências, que o conduzirão, 
posteriormente, ao mercado de trabalho. Para se inteirar sobre este tema, veja mais em: 
https://bit.ly/3m9jWQl. Acesso em: 17 jul. 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Segundo Maia e Mattar (2008), pelo fato de não exercer mais um papel 
pautado na chamada docência tradicional, é papel do professor EaD compreender 
suas novas funcionalidades, permeadas agora também por organização e 
elaboração de conteúdo, que englobam: planejamento de material e construção 
de exercícios, definição de letras, tamanhos e cores a serem utilizadas em 
mensagens, escolha de materiais visuais a serem utilizados nas aulas, domínio de 
recursos de multimídia, entre outras atividades. 
Conforme demonstram os mesmos autores, abre-se, então, para o professor 
presencial e tradicional, a possibilidade de tornar-se um designer de cursos, seja no 
sentido gráfico ou visual. Esta possibilidade denota a ele a responsabilidade pelas 
tecnologias educacionais, assumindo, assim, o papel de um designer instrucional, isto 
é, atribuindo a ele a tarefa de planejar, em âmbito geral, os cursos e as disciplinas 
nele presentes. 
Como aponta Munhoz (2014) estas novas práticas adotadas pelo professor em 
EaD quebram paradigmas e exigem dos profissionais um posicionamento diferente, 
designando a eles o papel de mediadores, que têm como objetivo estimular os 
alunos a adotarem comportamentos e ideias pedagógicas diferenciadas. São 
práticas que estimulam o aluno a desenvolver o conceito de aprender a aprender, 
por meio do erro, pelo aprender a fazer e por meio da pesquisa. Tais práticas podem 
potencializar no discente sua capacidade de aprender. 
Diante disso, conforme apontam Maia e Mattar (2008) é fundamental que o 
professor/tutor organize sua classe virtual, determinando o calendário e traçando os 
objetivos a serem alcançados no curso, deixando claras quais são as expectativas 
acerca do desempenho dos alunos e o processo de interação. Neste sentido, o tutor 
pode acompanhar o nível de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, 
coordenando o tempo para acesso aos conteúdos dispostos e a realização das 
atividades propostas. 
A consideração de tantas incumbências referentes às funcionalidades do 
professor/tutor EaD conduz novamente aos pensamentos de Munhoz (2014) que 
aponta para a importância de novos tipos de formação para estes educadores, 
responsáveis por orientar uma geração considerada “nativa digital”, que nasce e 
vive em uma conjuntura pautada por técnicas e tecnologias. 
Entretanto, conforme aborda Ribeiro (2019), para que o professor possa realizar 
práticas concisas, é necessário também que haja uma infraestrutura de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
comunicação de dados que dê suporte às suas ações. 
O professor neste processo é aquele que vai associar as Tecnologias 
da Informação aos métodos ativos de aprendizagem, articulando as 
tecnologias às suas práticas pedagógicas e às teorias educacionais, 
possibilitando ao aluno a reflexão sobre a sua própria prática. RIBEIRO 
(2019, p. 61) 
Tendo em vista este contexto, como explicitam Maia e Mattar (2008)é crucial 
que as instituições de ensino a distância desenvolvam programas de formação sérios 
acerca da capacitação de professores/tutores, que englobem a utilização das 
ferramentas de tutoria. Neste segmento, há muitas instituições que criaram centros 
específicos voltados a estas atividades, além de empresas que oferecem serviços 
terceirizados acerca da formação de tutores. 
Como afirma Munhoz (2014)a oferta de tais cursos e formações permite que os 
tutores avaliem, de forma contínua, toda a infraestrutura disposta nos cursos, o que 
envolve os materiais didáticos a serem utilizados e os processos de tutoria 
disponibilizados, bem como o grau de satisfação dos discentes presentes nos cursos. 
Em vista disso, conforme expõe Ribeiro (2019), uma equipe docente EAD bem 
preparada constitui-se de professores e tutores, que possuem papéis distintos no 
desenvolvimento do trabalho. O professor é o profissional responsável por delinear as 
estratégias pedagógicas e por construir os conteúdos a serem utilizados pelos alunos 
durante os processos. Já o tutor é o agente que acompanha os discentes em seu 
processo de aprendizagem, que ocorre por meio da mediação tecnológica. Assim, 
seu trabalho concentra-se no fazer aprender discente e na construção, gestão e 
regulação de diversos cenários de aprendizagem. 
Diante destas funcionalidades, como aborda a autora referida, a função de 
tutor no âmbito universitário pode gerar diferentes denominações, tais como: mentor, 
tutor virtual, tutor eletrônico, orientador, entre outras nomenclaturas. 
Neste sentido, como salientam Litto e Formiga (2011), o docente ganhamaior 
amplitude, por deixar de ser um profissional transmissor e repetidor de saberes pré-
existentes para transformar-se em um mediador de reflexões, capaz de gerar novos 
conhecimentos e sujeitos. 
Pautada pelas múltiplas funcionalidades exigidas do tutor em EaD, A 
Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) pontua: 
A exigência para um professor de Educação a Distância é a mesma 
para lecionar em cursos presenciais. A diferença está na sua 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
capacidade de utilizar os meios digitais utilizados no curso, pois o seu 
papel é ser um facilitador da aprendizagem, um orientador 
acadêmico e dinamizador da interação coletiva (no caso de cursos 
que se utilizem de meios que permitam tal interação). (ABED, 2020). 
Dessa maneira, como demonstram Maia e Mattar (2008)a este profissional 
cabe a tarefa de gerenciar seu tempo virtual e não mais o tempo presencial, no qual, 
on-line, pode-se comunicar com destreza e realizar novas experiências profissionais. 
Com essa diversidade de incumbências, como afirma Ribeiro (2019), o professor/ tutor 
assume responsabilidades que abrangem diferentes funcionalidades, que envolvem 
funções pedagógicas, gerenciais, técnicas e sociais. 
Por tamanho dinamismo e demandas apresentadas, como explicita Ribeiro 
(2019), evidencia-se que o trabalho do professor/tutor EAD é um desafio diário, que 
objetiva realizar uma integração entre o humano e o tecnológico e o individual e o 
social. 
Entretanto, conforme expõe a mesma autora e já foi apontado neste livro, 
evidencia-se que a excelência do trabalho desenvolvido em EAD não depende 
única e exclusivamente do trabalho docente, abarcando também as propostas 
pedagógicas delineadas pelas instituições, bem como a estrutura e qualidade das 
equipes técnicas inseridas neste contexto. 
Assim sendo, como abordam Arredondo, González e González (2012)mais do 
que nunca, faz-se necessário o trabalho em equipe, que abarque o grupo de 
docentes e a instituição. Estes e outros elementos, que serão citados posteriormente 
no livro, segundo Maia e Mattar (2008)podem delimitar o sucesso ou insucesso de um 
curso EAD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. À medida em que a EaD se estabelecia como uma modalidade educacional 
executável e proveitosa, novas formas de organização das ações docentes e 
discentes começaram a se fazer necessárias, influenciadas diretamente pelas 
demandas sociais, políticas e econômicas dispostas pela sociedade. Isto indica 
que a Educação a Distância é forjada a partir do processo de modernização do 
mundo contemporâneo, visando atender as diferentes especificidades que 
permeiam no mundo moderno. 
 
Tendo isso em vista, em acordo com o material estudado, sabendo-se que a EAD 
tem ganhado cada vez mais uma importância salutar no que tange aos processos 
educacionais, as práticas referentes a esta modalidade devem 
 
a) dispor de uma organização, planejamento e uma intencionalidade previamente 
estabelecidas, tendo a finalidade de preparar indivíduos para lidar com questões 
unilaterais e voltadas apenas a campos específicos de temáticas isoladas. 
b) construir reflexões que abranjam temáticas específicas, dando pouco ou 
nenhuma abertura à conhecimentos concernentes às múltiplas demandas da 
sociedade, focando apenas em objetos de estudo essenciais à área em questão. 
c) dispor de uma organização e planejamento que privilegiam as características e 
singularidades empregadas em processos educacionais de caráter tradicional, 
comumente pautados pela modalidade de ensino presencial. 
d) dispor de planejamento, organização e uma intencionalidade previamente 
determinadas, com a finalidade de atender às exigências do mercado 
educacional e, por consequência, do mercado de trabalho. 
e) fomentar pouca reflexão crítica, visando se ater aos conhecimentos específicos 
que englobam aspectos específicos acerca de determinada área do 
conhecimento. 
 
2. Conforme Maia e Mattar (2008) apontam, o professor em Educação a Distância, 
diferentemente de uma visão mais tradicional, deixa de ser uma entidade 
individual e torna-se uma entidade coletiva. Isto denota a ele novos papéis, o que 
o transforma em mais que um docente, oportunizando a ele novas possibilidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
de atuação. Diante dessas afirmações, assinale a alternativa que descreve parte 
das conjunturas que permeiam as estruturas profissionais de um professor em EaD. 
 
a) O professor em EaD é dotado de novas atribuições que o afastam dos estigmas 
tradicionais, nos quais todo conhecimento se concentrava em suas mãos. 
b) O professor em EaD possui diversas funcionalidades, contudo, seu papel como 
orador ainda é sua principal ação docente nesses espaços. 
c) Apesar dos avanços vislumbrados pela Educação a Distância, o professor, neste 
contexto, continua a ser o agente central no processo ensino-aprendizagem, 
sendo o único responsável por difundir o saber. 
d) Mesmo em um ambiente no qual as tecnologias são dominantes, o professor deve 
se ater exclusivamente ao ato de ensinar. 
e) Em Educação a Distância, o professor deve estar ciente de sua importância no 
processo ensino-aprendizagem, preparado para fazer uso dos avanços 
tecnológicos, por meio de uma comunicação unilateral com os discentes. 
 
3. Atualmente, devido aos inúmeros avanços e especificidades que norteiam a 
Educação a Distância, cabe ao professor e/ou tutor ater-se às novas requisições 
impostas pelo mercado. Logo, é necessário que se esteja preparado para atuar 
em diferentes contextos e com diversas demandas. 
 
Dentre as novas demandas dispostas na EaD para os professores ou tutores 
destacam-se: 
a) Gerenciar seu tempo virtual e não mais o tempo presencial, no qual, on-line, 
pode-se comunicar com destreza e realizar novas experiências profissionais. 
b) Estabelecer diretrizes de trabalho que enfatizem a importância do crescimento 
intelectual e profissional para os alunos, em detrimento de aspectos sociais e 
culturais. 
c) Suas ações educacionais concentram-se no fazer aprender discente e na 
construção, gestão e regulação de cenários de aprendizagem limitados, que 
abarquem apenas aspectos profissionais a serem vivenciados pelos aprendizes no 
mercado de trabalho. 
d) Apesar das múltiplas funções direcionadas aos professores e tutores, é preciso que 
tais profissionais se atenham às suas funções primárias, pautadas pela transmissão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
de conhecimentos tradicionalmente aplicada no ensino presencial. 
e) Um professor ou tutor bem preparado e capacitado não necessita de bagagem 
profissional e educacional condizentes com os desafios a serem dirimidos na EaD. 
 
4. Leia o fragmento de texto a seguir. 
 
Educação a distância é a atividade específica de uma instituição com finalidade 
única. Todo o corpo docente e os colaboradores da instituição se dedicam 
exclusivamente à educação a distância; as funções que exercem são diferentes 
daquelas em uma faculdade, universidade, sistema escolar ou departamento de 
treinamento tradicional. 
 
Diante das afirmações acima apresentadas, evidencia-se que a EaD 
a) busca estabelecer uma relação estreita com o ensino de cunho tradicional. 
b) tem como principal objetivo impactar um público especial. 
c) busca democratizar o ensino e atingir diferentes públicos. 
d) preza por uma educação que visa atender ao público do interior, em detrimento 
de estudantes dos grandes centros. 
e) visa atingir públicos variados, de forma a priorizar certas minorias. 
 
5. Com base nos estudos realizados, acerca do que é Educação a Distância e seus 
elementos essenciais, julgue as afirmativas abaixo: 
 
I - Na EAD, o aprendizado acontece de forma planejada e as experiências de 
aprendizagem são unicamente individuais. 
II – Se comparada àmodalidade de ensino presencial, pode-se afirmar que a 
Educação a Distância tem um caráter mais flexível, uma vez que permite aos 
estudantes se adequarem à vida de estudos, estabelecendo seus próprios 
horários e prioridades. 
III – Pode-se afirmar que uma característica marcante da EaD, desde seus 
primórdios, envolve a facilidade para se estabelecer uma comunicação de “mão 
dupla” com os docentes, visto que em seu início, há décadas atrás, as tecnologias 
já eram ostensivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
Diante das afirmativas propostas, assinale a alternativa correta. 
a) Somente I e II. 
b) Somente II e III. 
c) Somente I e III. 
d) Somente I. 
e) Somente II. 
 
6. No mundo contemporâneo, como Ribeiro (2019) demonstra, a busca constante 
pelo conhecimento deve apontar para inúmeras inovações, que visem ampliar 
significado das coisas, levantar novas discussões, fomentar atividades 
colaborativas e soluções para os problemas diversos que acometem a sociedade 
como um todo. Para que isto aconteça, é fundamental uma interação estreita 
entre as figuras partícipes do processo de construção do conhecimento. 
 
PORQUE 
as instituições de ensino devem estar devidamente prontas para atender as 
demandas que englobam não apenas as premissas discentes, mas, também, as 
exigências dispostas pelo mercado de trabalho. 
 
Após a análise das afirmativas apresentadas, julgue a resposta correta. 
a) As asserções I e II são verdadeiras e a II é uma justificativa correta da primeira. 
b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta 
da primeira. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a asserção II é uma asserção falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa e a asserção II é uma asserção verdadeira. 
e) As asserções I e II são asserções falsas. 
 
7. A concepção de ensino que o professor adota, independentemente da 
modalidade de ensino, repercute positivamente ou negativamente sobre os 
discentes. No livro didático, foram apresentados os conceitos de educação 
bancária e libertadora. Sobre essas conceituações, julgue as afirmativas. 
 
I- A educação bancária é uma metodologia de ensino na qual a curiosidade do 
aluno é reprimida, o que desestimula sua capacidade de instigar-se, tornando-o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
um sujeito passivo. 
II- A educação bancária permite ao discente aprimorar sua capacidade de se 
informar devido ao grande aporte de informações que recebe. 
III- A educação libertadora visa oportunizar aos discente uma aprendizagem 
pautada pela humanização. 
 
A sequência está correta em 
a) V- V- F. 
b) V- F- F. 
c) V- V- V. 
d) V- F- V. 
e) F- V- V. 
 
8. Em vistas a discernir os papéis de professores e tutores, tratados nesta unidade, 
julgue as afirmativas a seguir. 
 
I- O professor é o profissional responsável por delinear as estratégias pedagógicas 
e por construir os conteúdos a serem utilizados pelos alunos durante os processos. 
II- Já o tutor é o agente que acompanha os discentes em seu processo de 
aprendizagem, que ocorre por meio da mediação tecnológica. Assim, seu 
trabalho concentra-se no fazer aprender discente e na construção, gestão e 
regulação de diversos cenários de aprendizagem. 
III- Professores e tutores são mediadores de reflexões, capazes de gerar novos 
conhecimentos e sujeitos. 
 
Estão corretas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I, II e II. 
d) Apenas a I. 
e) Apenas a 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
SISTEMAS TUTORIAIS: TUTORIA ON-
LINE E PRESENCIAL 
 
 
 
2.1 INTRODUÇÃO 
Após analisar alguns componentes que constituem a formação de um 
professor/tutor na modalidade de Educação a Distância, nesta unidade, serão 
analisados elementos que fomentam os sistemas tutoriais utilizados por estes 
profissionais em cursos de EaD, em plataforma on-line e presencial. 
Tendo em vista que a tutoria é um tema fundante nos processos de ensino-
aprendizagem dispostos nos cursos na modalidade a distância, serão abordados 
quais são os procedimentos e metodologias que permeiam a atuação dos 
professores/tutores neste segmento, com o intuito de atender as demandas 
apresentadas pelos alunos, mediar os conhecimentos produzidos e reconstruídos, 
bem como realizar o acompanhamento e avaliação discente. 
Nesta perspectiva, nesta unidade, serão discutidas as práticas tutoriais em 
cursos EAD que devem potencializar a interação e o diálogo entre os agentes 
envolvidos nesse processo, que, como abordam Guarezi e Matos (2012) engloba 
alunos, professores/tutores, coordenadores, monitores, editores, entre outros 
profissionais. 
Como principais objetivos, ao final desta unidade você deverá apresentar os 
seguintes conhecimentos: 
 Indicar as atribuições referentes às práticas de tutoria on-line e presencial. 
 Identificar ferramentas que podem contribuir nos processos de tutoria. 
 
2.2 SISTEMA TUTORIAL: O QUE É? 
A Educação a Distância, principal temática tratada neste livro didático, é 
permeada por inúmeros componentes, que, como salientam Guarezi e Matos (2012), 
têm como principal finalidade fomentar canais abertos que levem os alunos a 
interagir, definir e redefinir com os professores e demais aprendizes os processos 
educacionais desenvolvidos. 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Nesta conjuntura, em consonância com as ideias dos autores supracitados, 
subentende-se que as instituições de ensino devem primar por uma estrutura de 
aprendizagem em que o aluno possa participar ativamente de todos os processos 
que envolvem sua formação. Dessa forma, para as instituições que buscam promover 
a EAD, torna-se essencial estabelecer diretrizes que contemplem a interlocução e a 
interação. 
Conforme aponta Cortelazzo (2013)existem diversos suportes e mídias que 
contribuem significativamente para as ações educacionais desenvolvidas nas 
instituições, que podem abarcar linguagens verbais, sonoras, audiovisuais e digitais. 
Nesta linha de pensamento, segundo Guarezi e Matos (2012)consolida-se a 
ideia de que sem o diálogo não há a possibilidade de falar sobre interação, 
colaboração e relações cooperativas entre diferentes agentes envolvidos com as 
práticas educacionais. 
E é nesta perspectiva que os sistemas de tutoria tornam-se imprescindíveis em 
cursos EAD, que, como demonstra Cortelazzo (2013)em grande parte, possuem a 
tutoria a distância e a tutoria presencial em seus polos. Conforme afirmam Valente e 
Moran (2011), estes são os dois modelos de tutoria EAD mais difundidos no Brasil, que 
apresentam diversas variáveis. 
O conceito de tutoria, apresentado por Arredondo, González e González 
(2012)compreende os sistemas personalizados de educação que têm como 
propósito apoiar os processos educacionais, não apenas inter-relacionado com os 
exercícios didáticos convencionais, mas também no que se refere a uma abordagem 
mais ampla dos estudantes, em seus diversos aspectos. 
A tutoria consiste em um processo de ajuda e acompanhamento 
durante a formação de estudantes (ou de aprendizes profissionais, 
quando for o caso), que se concretiza mediante a atenção 
personalizada a um indivíduo, ou a um grupo reduzido, por parte de 
professores ou mestres competentes formados para a função tutorial. 
(ARREDONDO; GONZÁLES; GONZÁLES, 2012, p. 29) 
Assim sendo, como já apontado previamente, Ribeiro (2019) pontua que o 
professor/tutor pode assumir diferentes funcionalidades, que englobam desde 
funções gerenciais até funções sociais, com o intuito de promover competências de 
cunho pedagógico, didático, social, tecnológico e de trabalho colaborativo. 
A fomentação destas competências, conforme demonstram Guarezi e Matos 
(2012)evidencia a importância do professor/tutor no processo que envolve a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
mediação entre os discentes e os conhecimentos ainda não apropriados. Nesta 
perspectiva, segundo Ribeiro (2019), oprofessor/tutor tem como principal desígnio 
fazer com que os discentes se interessem pelos objetos de estudo disponibilizados e 
sejam ativos acerca do desenvolvimento de seus processos de aprendizagem. 
Diante desta conjuntura, os sistemas de tutoria ganham uma ampla 
importância, pois podem viabilizar a relação direta entre instituição, equipe docente 
e os alunos. Como citado neste livro didático, há dois modelos de tutoria amplamente 
disseminados no mercado EAD, que abrangem a tutoria on-line e a tutoria presencial. 
A partir de agora, cada um destes modelos será abordado, contemplando as 
singularidades que os permeiam. 
 
2.3 TUTORIA ON-LINE 
De acordo com Guarezi e Matos (2012), por muito tempo, imaginou-se que 
estudar a distância era sinônimo de estudar de maneira isolada, distante de outros 
espaços ou tempos. Pensava-se que a credibilidade dos cursos a distância pautava-
se apenas por um material didático de boa qualidade, que poderia ser impresso, 
desenvolvido por vídeo, rádio ou internet, o que facilitaria o processo de ensino-
aprendizagem por parte dos estudantes. Nesta ótica, pouca importância era dada 
à comunicação entre os envolvidos. 
Porém, no que tange ao mundo contemporâneo, esta realidade tem sido 
alterada. Atualmente, conforme aborda Ribeiro (2019), a qualidade dos processos 
educacionais vincula-se diretamente ao envolvimento dos alunos, das propostas 
pedagógicas dispostas, dos materiais disponibilizados e da atuação das equipes 
técnicas e grupos formados pelos docentes. 
Segundo Guarezi e Matos (2012), nesta conjuntura, potencializar o vínculo com 
os alunos presentes em diferentes cursos EaD é um grande desafio posto para as 
instituições de ensino, que necessitam fomentar um processo de comunicação que 
seja mediatizado. 
Este processo mediatizado, como expõem Maia e Mattar (2008), perpassa 
cada vez mais pelos campos do saber que envolvem as tecnologias e a ciência. 
Em consonância com os autores supracitados, Guarezi e Matos (2012) afirmam 
que isto evidencia novos caminhos para a aprendizagem, que estão alicerçados na 
utilização das tecnologias, que se constituem de diferentes possibilidades de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
comunicação, compartilhamento, colaboração e interação. 
É nesta perspectiva que a tutoria on-line ganha relevância imensurável, pois, 
como Arredondo, González e González (2012) explicitam, é o momento em que se 
estabelece a relação entre o tutor e os discentes, fazendo-se uso de diferentes 
sistemas de comunicação de informática, sem que haja a presença física dos 
agentes envolvidos, o que destoa das estruturas tradicionais de tempo e espaço. 
Conforme apontam Guarezi e Matos (2012)diversos meios podem ser utilizados 
para potencializar esta comunicação entre os tutores e seus alunos, que englobam 
meios síncronos (chats, web conferências, audioconferências, telefone, etc.) e meios 
assíncronos (fórum, correspondências eletrônicas e postais, entre outros recursos). 
Neste contexto, cabe ao tutor on-line exercer algumas tarefas essenciais à 
modalidade a distância. 
O tutor em si tem o papel de orientar e avaliar a aprendizagem a 
distância. Para tanto, também é necessário que ele tenha perfil 
formador, sendo aquele que auxilia e estimula a formação 
continuada e de qualidade, principalmente por meio das interações 
e motivações extrínsecas. (FARIA; LOPES, 2014, p. 97) 
Isto indica, como abordam Arredondo, González e González (2012) que o tutor 
apoia o processo de aprendizagem do estudante, com o intento de produzir nele 
novas expectativas, que lhe deem a possibilidade de evoluir e aprofundar seus 
conhecimentos. 
Contudo, para que os processos de tutoria ocorram de maneira positiva, torna-
se necessário um suporte constituído por diferentes ferramentas. Dentre estas 
ferramentas essenciais, Ribeiro (2019) pontua as seguintes: 
O conteúdo didático, que engloba as referências das informações dispostas 
de diferentes maneiras, seja por meio websites, apostilas, livros, arquivos de vídeo, 
entre outros. 
Os ambientes virtuais de aprendizagem, que são módulos nos quais podem-se 
controlar o acesso dos alunos ao curso, gerenciar as matrículas, registrar o acesso dos 
alunos aos conteúdos disponibilizados, realizar o suporte à comunicação, o que 
envolve troca de mensagens, chats e fóruns e possibilita a interação docente-aluno 
e aluno-aluno. 
Os tipos de mídia, que abarcam os meios de comunicação utilizados na troca 
de informações entre os professores e os discentes e também entre os próprios 
discentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
Em conformidade com as ideias de Guarezi e Matos (2012)tais ferramentas 
propiciam a utilização de outros recursos, que possibilitam ao professor/tutor 
diagnosticar e acompanhar o desenvolvimento dos discentes. 
Em virtude disso, Ribeiro (2019) aponta alguns destes recursos que podem ser 
utilizados no processo de tutoria, tais como: 
 
 E-mail- recurso que propicia o envio e recebimento de mensagens e 
arquivos em qualquer formato (planilhas, documentos, etc.). Permite que 
haja uma interação assíncrona entre professores e discentes, já que cada 
um lê e envia mensagens de acordo com sua disponibilidade. 
 Lista de discussão- constitui-se uma listagem que apresenta o endereço 
eletrônico dos participantes do curso. Esta lista dispõe de endereço 
identificador, de maneira que, ao enviar uma mensagem direcionada a 
este endereço, todos os participantes recebem as mesmas informações. 
 Bate-papo on-line- conhecido como chat, é o meio de comunicação 
síncrono em que os membros, de forma simultânea, escrevem seus textos 
em um campo de acesso coletivo. 
 Web- meio em que se encontram disponíveis instrumentos como textos, 
atividades, filmes, figuras, etc. 
 Vídeo on-line- denominado vide-o on demand, é a realização de aulas 
pela internet. 
 Webconferência- reunião virtual entre professores e discentes por meio de 
aplicativos ou serviços, que permite compartilhamento de apresentações, 
vozes, vídeos, textos e arquivos. 
 
Estas ferramentas, como abordam Faria e Lopes (2014)demonstram como a 
utilização de diferentes meios tecnológicos e a existência de uma estrutura 
organizacional são indispensáveis na EAD. 
Dessa forma, como afirmam Faria e Lopes (2014)denota-se ao tutor um perfil 
de tecnólogo educacional, que envolve o domínio das tecnologias da educação. 
É importante ainda ser monitor da exploração de materiais didáticos 
em grupos de aprendizagem e também dar respostas aos alunos 
quanto às plataformas de ensino, sendo ainda capaz de responder a 
qualquer dúvida que possa surgir a respeito dos recursos didáticos. 
(FARIA; LOPES, 2014, p. 97) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
Além desse conjunto de demandas tecnológicas, conforme demonstram 
Arredondo, González e González (2012) é imprescindível também que o 
professor/tutor seja dotado de qualidades que permeiem uma atuação formativa e 
um perfil adequado para a função. 
Posto isto, o profissional docente, no contexto da EaD, como apontam Guarezi 
e Matos (2012) deve, além de apresentar habilidades relativas ao domínio das 
tecnologias, possuir conhecimentos pertinentes acerca dos conteúdos 
programáticos e exibir uma conduta profissional calcada em atitudes que 
compreendam flexibilidade, facilidade para se relacionar interpessoalmente e uma 
postura ética. Nessa perspectiva, Faria e Lopes (2014) corroboram com esta 
afirmação, demonstrando que, dessa maneira, o professor/tutor pode orientar e 
analisar a aprendizagem dos discentes com maior destreza. 
Neste cenário, com todos os elementos apontados aliados, como concluem 
Valente e Moran (2011)as instituições de ensino poderão garantir uma educação 
significativa e de qualidade. 
 
 
 
2.4 TUTORIA PRESENCIAL 
Conforme Guarezi e Matos (2012)explanam, durante o trajeto percorrido até 
aqui, evidenciou-se que a EaD é um modelo educacional que se caracterizafortemente por uma separação física entre os docentes e os discentes. Contudo, 
quando se levantam discussões acerca de sistemas educacionais, percebe-se, cada 
vez mais, que as limitações que diferenciam as modalidades presenciais e a distância 
têm sido reduzidas. 
Como os mesmos autores suscitam, esta realidade pode ser observada partir 
de modelos educacionais que visam misturar aulas presenciais e a distância. Alguns 
destes modelos são denominados como bimodais ou semipresenciais, sendo 
delimitados pelo tempo médio que cada aluno dedica a uma das modalidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
Os modelos semipresenciais, como expõem Arredondo, González e González 
(2012)propiciam uma maior inter-relação entre os discentes e os professores/tutores, 
mantendo um sistema de educação mista. Segundo Ribeiro (2019), este modelo 
promove um local de interação e troca de conhecimentos entre os agentes 
envolvidos no processo educacional. 
De acordo com Guarezi e Matos (2012)o modelo semipresencial permite aos 
discentes se reunirem presencialmente, face a face e, em seguida, utilizar meios de 
comunicação em ambientes virtuais para trocarem experiências e fomentar debates 
relevantes acerca das temáticas tratadas em seus cursos. 
Diante deste contexto, Arredondo, González e González (2012)afirmam que as 
reuniões presenciais podem potencializar a formação dos alunos em diversos 
aspectos, bem como favorecer suas Inter- relações sociais, acadêmicas e culturais. 
 
 
 
Guarezi e Matos (2012)afirmam que a aprendizagem deve ocorrer de forma 
interativa, levando-se em conta as demandas e interesses individuais, com o intuito 
de conectar os conteúdos tratados à realidade. 
Nesse sentido, como abordam os mesmos autores, o professor ganha um 
papel preponderante em todos os processos educacionais que envolvem a tutoria 
presencial. Consequentemente, precisa dispor das competências requeridas para 
tutorear neste modelo educacional. Isto denota a exigência de planejamento 
complementar, de materiais didáticos que atendam a proposta bimodal, bem como 
outros cuidados que devem ser delineados previamente. 
Neste cenário de encontros presenciais nos cursos EaD, conforme expõem 
Valente e Moran (2011)os professores/tutores atuam intercalando a utilização de 
materiais didáticos digitais, a tutoria virtual e a tutoria presencial em polos. Neste 
momento presencial, o professor/tutor tem como incumbência tirar as dúvidas dos 
discentes e conduzir atividades solicitadas previamente. 
Em tal contexto, como explicitam Arredondo, González e González (2012), a 
missão fundamental do tutor presencial é, como na tutoria virtual, acompanhar o 
aluno por seu percurso de aprendizagem, o que compreende uma nova relação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
com este sujeito, que é diretamente influenciada pelo uso das tecnologias, que 
possibilitam aos discentes um grau maior de autonomia, fazendo com que o ensino 
seja centrado em suas diversidades e necessidades. 
Dentro desta realidade pautada pela tutoria presencial aliada à modalidade 
EaD, conforme dispõem Carlini e Tarcia (2010)faz-se necessário que o professor/tutor 
conduza os processos educacionais de forma criativa, atraente e envolvente. Neste 
ajuste entre as duas modalidades, pode-se usar, de forma pedagógica, séria, 
competente e crítica, diversos recursos que já se fazem presentes na vida dos alunos, 
com o objetivo de auxiliá-los na fomentação de uma nova relação com as 
tecnologias das quais já têm ciência. Como demonstra Ribeiro (2019), os alunos 
podem ter acesso rápido a estas tecnologias, por meio de tablets e celulares, que 
comportam vários sistemas de gerenciamento de aprendizagem, tais como o 
Moodle, o Blackboard e o TeleEduc. 
Assim sendo, Carlini e Tarcia (2010)afirmam que a inter-relação entre a 
educação presencial e a Educação a Distância é de complementaridade e esta 
relação pode potencializar consideravelmente o avanço, a inovação e a qualidade 
da educação proposta. 
Essa relação de aula semipresencial, também denominada de e-
blended (ensino misto), é ministrada com atividades docentes virtuais 
e presenciais. Diminuem-se os custos, posto que muitas tarefas podem 
ser realizadas a distância, por meios eletrônicos e, por outro lado, 
estabelecem-se situações nas quais o grupo de alunos e seu professor 
se reúnem para se conhecer, compartilhar experiências e dar 
continuidade aos trabalhos encomendados. (ARREDONDO; 
GONZÁLES; GONZÁLES, 2012, p. 58) 
À vista disso, Valente e Moran (2011) afirmam que a complementaridade entre 
os ambientes virtuais e presenciais flexibiliza a necessidade de experiências físicas e 
reorganiza os espaços, o tempo, a utilização das mídias, de linguagens e os 
processos. 
Em consonância com esta ideia de mescla entre EAD e educação presencial, 
Faria e Lopes (2014) explicam que a chave do sucesso materializa-se, então, na 
palavra acessibilidade, uma vez que por meio dela pode-se alcançar localidades 
antes inimagináveis, que podem abranger pequenas salas de aula ou grandes 
auditórios com total ocupação, democratizando o acesso para todos. Neste sentido, 
a palavra acessibilidade também remete a uma preparação especial da instituição 
e de suas equipes para atender alunos que apresentam necessidades educacionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
especiais. Perante esta realidade, torna-se imprescindível que as instituições de 
ensino possuam polos com espaços físicos adequados para que o trabalho seja 
desenvolvido. 
 Nessa perspectiva, evidencia-se que além de um espaço físico apropriado, 
como apontam Faria e Lopes (2014) é fundamental a boa comunicação e a 
interação entre os agentes presentes nestes espaços e processos. 
Logo, a tutoria presencial interpolada à EAD, tal qual colocam Arredondo, 
González e González (2012)exige uma boa preparação dos docentes, que precisam 
estar devidamente capacitados para levar à prática, de forma eficiente, as 
atividades formativas orientadas e a ação tutorial singularmente. 
Tendo em vista esta questão, como abordam Valente e Moran (2011)cabe às 
instituições de ensino realizar a escolha dos professores/tutores de maneira criteriosa 
para atuar nos cursos, pautada por uma política de capacitação continua e 
também pela valorização profissional. 
É nesta conjuntura, como demonstram Faria e Lopes (2014)que cabe ao 
professor/tutor mostrar suas competências no que tange à sociabilização e 
mediação, com o intuito de desempenhar um papel social e motivacional. Assim 
sendo, este profissional pode atuar conduzindo reflexões constantes e fomentando a 
busca pelo conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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35 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. A Educação a Distância, principal tema retratado no livro didático, constitui-se de 
diversos componentes, que, como salientam Guarezi e Matos (2012), têm como 
principal objetivo fomentar canais abertos que levem os alunos a interagir, definir 
e redefinir os processos educacionais a serem desenvolvidos. Diante desta 
realidade que compõe os ambientes EaD, torna-se necessário que 
 
a) as instituições de ensino primem por uma estrutura de aprendizagem em que 
o aluno possa participar circunstancialmente dos processos que envolvem sua 
formação. 
b) as instituições de ensino busquem promover a EaD, de forma a contemplar a 
interlocução e a interação na construção de suas diretrizes. 
c) as instituições de ensino busquem produzir suportes e mídias que contribuam 
significativamente para suas ações educacionais desenvolvidas, priorizando 
apenas as linguagens verbais. 
d) as instituições de ensino estabeleçam com professores e demais componentes 
da equipe as diretrizes a serem seguidas durante a oferta dos cursos, visando 
uniformizar os processos de ensino. 
e) as instituições de ensino busquem promover a EaD, de forma a considerar ainterlocução e a interação na construção de suas diretrizes, determinando as 
demandas discentes como algo secundário no processo de sua construção. 
 
2. No livro didático, evidencia-se que os sistemas tutoriais são essenciais para o 
desenvolvimento e oferta de cursos EaD, no intuito de intensificar a relação 
entre os diferentes agentes envolvidos nesses espaços. 
 
Com base nessa afirmação, analise as asserções abaixo: 
 
I. O conceito de tutoria, apresentado por Arredondo, González e González 
(2012), compreende os sistemas personalizados de educação que têm 
como propósito apoiar os processos educacionais, não apenas inter-
relacionados com os exercícios didáticos convencionais, mas também no 
que se refere a uma abordagem mais ampla dos estudantes, em seus 
diversos aspectos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
II. Ao assumir um sistema tutorial, o professor/tutor pode assumir variadas 
funcionalidades, que englobam funções gerenciais e funções sociais, com o 
intuito de promover competências que se limitam ao cunho pedagógico. 
III. O professor/tutor tem como principal desígnio buscar que os discentes se 
interessem pelos objetos de estudo disponibilizados e sejam ativos acerca de 
seu desenvolvimento. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas o item I está correto. 
b) Os itens I e II estão corretos. 
c) Os itens II e III estão incorretos. 
d) Os itens I e III estão corretos. 
e) Todas as alternativas estão incorretas. 
 
3. Leia o fragmento de texto abaixo, acerca dos processos de tutoria em EaD. 
No sistema de EaD, o tutor, vale frisar, tem papel fundamental, pois garante a 
inter-relação personalizada e contínua do aluno no sistema e se viabiliza a 
articulação necessária entre os elementos do processo e execução dos objetivos 
propostos. Cada instituição que desenvolve EaD busca construir seu modelo 
tutorial, visando o atendimento das especificidades locais e regionais, 
incorporando, como complemento, as TICs. 
 
I. Considerando-se o texto e os estudos realizados, afirma-se que: 
II. Os sistemas de tutoria devem propiciar uma relação direta entre 
instituição, equipe docente e os alunos. 
III. O processo de tutoria na Educação a Distância deve viabilizar a 
autoaprendizagem dos alunos, tornando-os capazes de definir seu 
próprio caminho de aprendizagem, sem a necessidade de aportes 
extrínsecos. 
IV. Durante o processo de construção dos saberes, a comunicação 
dialógica é um fator secundário, que interfere de forma parcial na 
aprendizagem discente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
De acordo com sua análise: 
a) Apenas os itens I e II estão corretos. 
b) Apenas itens II e III estão corretos. 
c) Apenas os itens I e III estão corretos. 
d) Todos os itens estão corretos. 
e) Apenas o item I está correto. 
 
4. Faria e Lopes (2014) afirmam que o tutor, responsável por qualquer tipo de 
sistema tutorial, tem como incumbência orientar e avaliar a aprendizagem a 
distância dos discentes. Para isso, torna-se necessário que ele possua um perfil, 
perfil formador, sendo um profissional que auxilia e instiga a formação 
continuada e de qualidade, fazendo uso de interações e estímulos extrínsecos. 
Sobre essa perspectiva acerca do tutor, assinale a alternativa correta. 
a) O tutor online deve ser aquele que aponta os erros e acertos dos alunos, 
apresentando-lhes respostas prontas e previamente definidas. 
b) Cabe ao tutor ser um agente mediatizador, que busca estabelecer o contato 
com os discentes, utilizando-se de diferentes sistemas de comunicação de 
informática. 
c) É papel do tutor oferecer aos alunos feedbacks apenas quando estritamente 
necessário, pois o aluno deve se adequar ao processo de autoaprendizagem 
desacompanhado, o que estimula o autodidatismo. 
d) Pensando que os alunos apresentam diferentes estilos de aprendizagem, é 
importante que um sistema de tutoria seja capaz de criar um modelo único, 
de forma a atender apenas as especificidades de estudantes mais aplicados. 
e) Ao tutor, cabe ser um agente capaz de mediar os conhecimentos, 
comunicando-se com os alunos por meio de diferentes meios de 
comunicação e apontando-lhes respostas prontas e previamente definidas 
acerca das atividades planejadas. 
 
5. Para que os processos de tutoria sejam, efetivamente, profícuos e apresentem 
resultados positivos, é extremamente necessário que sejam construídos 
suportes capazes de facilitar o processo de aprendizagem dos alunos. Isto 
torna o sistema tutorial um elemento instigador para o aluno, que pode facilitar 
seu percurso de busca pelo saber. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
A respeito dessas afirmações, analise as afirmações abaixo. 
I- O conteúdo didático de um sistema tutorial, visando gerar economia em 
sua construção, necessita de poucos elementos para incentivar os estudantes. 
II- De maneira semelhante às salas de aula presenciais, os ambientes 
virtuais de aprendizagem são espaços nos quais se realizam as ações 
educacionais em EaD. 
III- Os tipos de mídia a serem utilizados em um curso EaD são essenciais para 
uma empreitada de sucesso ou fracasso. 
É correto apenas o que se afirma em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) I, II e III. 
e) Nenhuma das alternativas. 
 
6. O processo de tutoria, seja online ou presencial, compreende os sistemas 
personalizados de educação que têm como principal objetivo apoiar as 
ações educacionais postas em prática nas instituições de ensino que ofertam 
Educação a Distância. Esses sistemas, além de oferecerem exercícios 
didáticos convencionais, têm como função também empregar uma 
abordagem mais ampla aos estudantes, de forma a auxiliá-los em diversos 
aspectos. 
 
A partir das afirmações expostas, avalie as asserções a seguir e a relação 
existente entre elas. 
 
I- O tutor, ao realizar o processo de tutoria em um curso EaD, assume papéis 
diversificados, que vão de funções gerenciais até funções sociais, objetivando 
alavancar competências de cunho pedagógico, didático, social, tecnológico e 
de trabalho colaborativo. 
PORQUE 
II- O tutor tem como principal função fazer com que os discentes se 
interessem pelos objetos de estudo disponibilizados e sejam ativos acerca do 
desenvolvimento de seus processos de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
A respeito das asserções dispostas, assinale a alternativa correta. 
a) As asserções I e II são verdadeiras e a II é uma justificativa correta da primeira. 
b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa 
correta da primeira. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a asserção II é uma asserção 
falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa e a asserção II é uma asserção 
verdadeira. 
e) As asserções I e II são asserções falsas. 
 
7. Os sistemas de tutoria online remetem aos espaços em que os tutores e os 
discentes, utilizando-se de variados recursos de comunicação de informática, 
estabelecem uma relação dialógica, sem que haja a presença física dos 
agentes envolvidos, o que destoa das estruturas tradicionais de tempo e 
espaço. 
 
Esse cenário pressupõe a utilização de sistemas que 
a) privilegiem a utilização de ferramentas assíncronas, em detrimento de recursos 
síncronos. 
b) deem ao tutor a posição de elemento central no processo de construção do 
conhecimento. 
c) deem ao o tutor o papel de apoiar o processo de aprendizagem dos 
estudantes, propiciando a eles novas expectativas durante o percurso de 
aprendizagem. 
d) utilizam-se de ferramentas síncronas e assíncronas, o que denota aos tutores 
um papel secundário no processo de ensino- aprendizagem. 
e) propiciem ao tutor ferramentas de aprendizagem capazes de suprir suas 
ações educacionais. 
 
8. Cada vez mais, as limitações que distinguem as modalidades de ensino 
presenciais e a distância têm sido consideravelmente reduzidas. Estarealidade suscita reflexões acerca dos modelos educacionais que visam 
mesclar aulas presenciais e a distância. Alguns destes modelos são 
denominados como bimodais ou semipresenciais, sendo delimitados pelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
tempo médio que cada aluno dedica a uma das modalidades. 
 
A respeito das proposições acima, é correto afirmar que 
a) no modelo bimodal de educação, é papel do tutor acompanhar os 
estudantes durante suas trajetórias de estudo, concedendo-lhes feedbacks 
exclusivamente em seus encontros presenciais. 
b) no que se refere ao modelo semipresencial, o tutor deve fornecer aos alunos 
feedbacks rápidos e precisos, sem a necessidade de potencializar a utilização 
das ferramentas tecnológicas disponíveis. 
c) em sistemas bimodais, o tutor atua de forma a priorizar a utilização de 
ferramentas tecnológicas, dando valor secundário aos momentos de 
encontros presenciais. 
d) os modelos semipresenciais propiciam uma maior inter-relação entre os 
discentes e os professores/tutores, mantendo um sistema de educação mista 
e) os modelos bimodais dificultam o acesso dos estudantes aos ambientes virtuais 
de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
INCENTIVANDO O PROTAGONISMO 
DISCENTE: PERCEPÇÕES DO PERFIL 
DO ALUNO EAD 
 
 
 
3.1 INTRODUÇÃO 
No mundo contemporâneo, como já foi apresentado neste livro didático e 
aborda Ribeiro (2019), o aluno é tratado como o principal protagonista de sua própria 
aprendizagem. Esta concepção educacional, consequentemente, implica em uma 
relação diferente entre discentes e professores e também nas metodologias de 
aprendizagem que conduzem as ações destas duas figuras. 
Nesta perspectiva, conforme apontam Faria e Lopes (2014) quaisquer ações 
educacionais a serem fomentadas precisam ser delineadas por propostas 
pedagógicas que facilitem e potencializem os processos educacionais discentes. 
Pensando nisto, nesta unidade, a temática a ser tratada será pautada pelos 
princípios que norteiam a interação entre os agentes presentes na EAD, que visam 
contribuir e intensificar o processo ensino-aprendizagem dos discentes que estudam 
na modalidade de Educação a Distância, bem como atender suas necessidades 
educativas. Tendo em vista este tema, durante o caminho percorrido nesta unidade, 
o ponto problematizador se dará pelo enfoque nas práticas que permeiam os cursos 
EAD e a atuação docente. 
Como principais objetivos, ao final desta unidade você deverá apresentar os 
seguintes conhecimentos: 
 
 Definir diferentes abordagens de aprendizagem que remetem aos 
princípios da autoaprendizagem; 
 Identificar atividades e ações educacionais que atendem aos 
conceitos referentes ao protagonismo doa aprendizes; 
 Identificar os diferentes perfis de alunos existentes na EAD. 
 
 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
3.2 PROTAGONISMO DISCENTE 
Segundo Aquino (2007)o conceito de aprendizagem remete à aquisição 
cognitiva, emocional e física e ao processamento de conhecimentos e 
competências em diversas esferas. Isto indica qual é a capacidade que um indivíduo 
possui de comunicar, manipular, aplicar e manusear estes conhecimentos por meio 
de suas habilidades. 
Tendo como base estas colocações, como aponta Mattar (2009)evidencia-se 
que o ser humano, dentro de suas idiossincrasias, possui tipos de aprendizagem 
distintos, que se ramificam em inteligências múltiplas. Nesta perspectiva, alguns seres 
humanos já trazem consigo, desde sua infância, partes destas inteligências já 
estimuladas e desenvolvidas, que podem consolidar sua capacidade de aprender e 
defini-los como indivíduos. 
Assim sendo, conforme expõe Aquino (2007)a aprendizagem pode ser 
compreendida em duas esferas específicas, que podem envolver um processo 
reflexivo ou não. 
Dentre vários pesquisadores do tema, Jarvis afirma que “a 
aprendizagem pode ser distinguida em termos de haver ou não 
reflexão no processo”. A aprendizagem não reflexiva exige pouca 
atividade intelectual de nossa parte, como na situação que 
decoramos alguma coisa ou desempenhamos uma tarefa simples, 
sem acrescentarmos um significado pessoal. A aprendizagem 
reflexiva, por outro lado, requer muito mais competência cognitiva, 
por exemplo, se procurarmos entender o porquê de estarmos 
desempenhando determinada tarefa, se procurarmos questionar a 
aplicabilidade de um conhecimento que nos é ensinado etc. 
(AQUINO, 2007, p. 7) 
Nesta ótica, o autor supracitado afirma que a aprendizagem está intimamente 
ligada à capacidade que um sujeito possui de pensar e compreender o que se está 
aprendendo. Dessa forma, como abordam Guarezi e Matos (2012) por meio das 
ideias de Skinner, este é um processo cognitivo, que abarca questões 
comportamentais, ambientais, neurológicas e fisiológicas. 
No que tange à educação, todas estas ideias apontam para novas 
experiências de aprendizagem que, como demonstram Guarezi e Matos (2012) 
refutam a ideia ultrapassada de um aluno que apenas recebe conteúdos de 
maneira passiva e que repete informações quantas vezes se faz necessário. Dentro 
deste cenário, conforme abordam Mello, Neto e Petrillo (2019)na sociedade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
contemporânea, denominada sociedade do conhecimento, vigoram novas 
estruturas e formas de socialização, que têm a capacidade de modificar também os 
meios educacionais. 
Estas novas estruturas e sociabilidades, tal qual aponta Cortelazzo (2013) 
indicam que a sociedade do conhecimento requer uma educação permanente, 
pautada por processos interativos. 
Pensando nisto, como destaca Aquino (2007)em outrora, havia-se a crença 
de que a aprendizagem acontecia apenas por meio das ações docentes, isto é, a 
partir de contextos que tinham o professor como principal agente do processo 
ensino-aprendizagem. 
No que concerne aos tempos atuais, como expõem novamente Mello, Neto e 
Petrillo (2019)o processo de aprendizagem não se concentra exclusivamente no 
papel docente, que tenta transmitir repetitivamente conteúdos aos alunos, mas, sim, 
no ato de inventar, descobrir e construir saberes por parte dos próprios aprendizes. 
Neste processo, conforme os autores supracitados exprimem, o professor 
assume uma nova função, que engloba a ação de guia, capaz de substanciar 
movimentos que instiguem o aluno a trocar e buscar informações e experiências, 
com o intuito de intensificar suas potencialidades cognitivas. 
Sendo assim, em consonância com os pensamentos de Faria e Lopes 
(2014)consolida-se uma nova conjuntura, na qual o discente se vê capaz de construir 
seus caminhos e conhecimentos de maneira independente, adquirindo sua própria 
autonomia e fomentando suas práticas e reflexões de forma segura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
3.3 PRÁTICAS E ABORDAGENS DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
Segundo Ribeiro (2019), as metodologias de ensino-aprendizagem 
desenvolvidas em cursos EAD são fomentadas a partir da utilização de diferentes 
ferramentas tecnológicas que exigem ativa participação e envolvimento por parte 
do discente, com a finalidade de permitir que sua aprendizagem ocorra de maneira 
autônoma e significativa. 
Para isto, como a mesma autora discorre, torna-se preponderante que o aluno 
tenha ciência de seu papel como discente, passando de uma atitude passiva para 
ativa, tornando-se um sujeito proativo no processo de busca pelo conhecimento. 
Isto posto, como demonstram Maia e Mattar (2008)esta é uma conjuntura que 
está em constante evolução e que tem representado mudanças radicais no campo 
educacional. 
Conforme aborda Aquino (2007)durante décadas, enfatizou-se que a 
aprendizagem poderia acontecer apenas ante a responsabilidade e controle do 
professor sobre os processos educacionais. Esta é uma realidade que caracterizava 
a Pedagogia, confundida como sinônimo do ato de ensinar. 
Segundo Cortelazzo (2013)o que se busca na educação

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