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16 Tratamento de operações de arrendamento mercantil

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Aula 16
Contabilidade Geral e Avançada p/ Receita Federal (Auditor Fiscal)
Com videoaulas - 2019
Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa
#rumo a posse
 
 
 
 
 
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CPC 06 (R2) に OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
1. CONTINUAÇÃO ............................................................................................................................................ 2 
2. CPC 06 (R2) に OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ......................................................................... 2 
2.1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 2 
2.2 - OBJETIVO .............................................................................................................................................................. 5 
2.3 - ALCANCE ............................................................................................................................................................... 6 
2.4 ʹ ISENÇÕES DE RECONHECIMENTO ........................................................................................................................ 7 
2.5 ʹ IDENTIFICAÇÃO DE ARRENDAMENTO. ................................................................................................................. 9 
2.6 -PRAZO DO ARRENDAMENTO ............................................................................................................................... 10 
2.7 - ARRENDATÁRIO - RECONHECIMENTO ................................................................................................................ 11 
2.8 -MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE DO ATIVO DE DIREITO DE USO ........................................................................... 13 
2.9 -APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................... 14 
2.10 -DIVULGAÇÃO ..................................................................................................................................................... 15 
3. ARRENDADOR ............................................................................................................................................ 16 
4. RESUMO GERAL ......................................................................................................................................... 27 
5. QUESTÕES COMENTADAS........................................................................................................................... 30 
6. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ...................................................................................... 39 
7. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .............................................................................. 43 
 
 
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1. CONTINUAÇÃO 
Olá, meus amigos. Como estão?! 
Prazer revê-los novamente em mais uma aula de Contabilidade Geral. 
Hoje falaremos sobre o Pronunciamento CPC 06 (R2) - Operações De Arrendamento Mercantil, o 
qual entrou em vigor a partir de 01/01/2019. 
O plantão de dúvidas do site já está funcionando. Pedimos que seja usado, preferencialmente. 
Vamos à aula?! Então, aos estudos! 
Um abraço. 
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa 
Instagram: @contabilidadefacilitada 
2. CPC 06 (R2) に OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL 
2.1 - INTRODUÇÃO 
Esta nova versão do pronunciamento CPC 06 estabelece que o arrendamento mercantil é o 
contrato, ou parte do contrato, que transfere o direito de usar um ativo por um período de tempo 
em troca de contraprestação. 
Mas vale ressaltar que o novo pronunciamento é muito amplo. Não se refere apenas aos 
arrendamentos, mas inclui todos os tipo de contrato em que se transfere o direito de uso de um 
ativo, como aluguéis, direitos de franquia, e outros. 
Os arrendamentos continuam sendo divididos em arrendamentos financeiros e operacionais. Mas, 
para o arrendatário, mudou drasticamente a contabilização do arrendamento operacional. 
Agora, no arrendamento operacional, o arrendatário reconhece (contabiliza) o ativo, e passa a ter 
despesa de depreciação e despesa financeira. 
Essa alteração foi motivada pelo fato de que, na contabilização anterior do arrendamento 
operacional, a empresa não reconhecia (não contabilizava) um ativo e um passivo que de fato 
existiam. Há o direito de usar o ativo (que deve ser registrado no Ativo) e uma obrigação de pagar 
as prestações do contrato (um Passivo). 
Além disso, as duas formas de contabilização do arrendamento (financeiro e operacional) 
possibilitavam manipulações nas demonstrações financeiras e dificultavam a comparabilidade. 
Assim, com as alterações, o arrendamento operacional, no arrendatário, passa a ser 
contabilizado como os arrendamentos financeiros. 
Para o arrendador, não houve alterações significativas. 
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2.2 - ARRENDAMENTO NA LEI 6.404/76: 
Segundo a Lei 6.404/76: 
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que 
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da 
companhia. 
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos 
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
II に ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, 
imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
Ainda, continua... 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
IV に no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e 
controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas 
e equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível. 
E o que isso tem a ver com arrendamento? No trecho destacado acimaぎ さOゲ SキヴWキデラゲ ケ┌W デWミエ;マ 
por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa, 
ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à 
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens, devem ser classificados no grupo de 
Iラミデ;ゲ ふくくくぶざ 
Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa juridicamente, como os 
bens objetos de arrendamento mercantil (leasing). 
As operações de arrendamento mercantil dividem-se em operacionais e financeiras. 
 
 
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Conforme o CPC 06 に (R2), a separação entre arrendamento financeiro e operacional é importante 
apenas para o Arrendador. 
Para o arrendatário, todos os contratos que transferem o direito de usar um ativo por um período 
de tempo em troca de contraprestação devem ser contabilizados reconhecendo o ativo, com 
exceções dos contratos de curto prazo ou de pequeno valor. 
 
 
Nas operações de arrendamento mercantil financeiro (também chamada de leasing financeiro),┌マ; WマヮヴWゲ; さ;ノ┌ェ;ざ ┌マ SWデWヴマキミ;Sラ HWマが ヮ;gando várias prestações e com a opção de compra 
do bem ao final do contrato, geralmente por um valor pequeno. 
Por exemplo: Leasing de um veículo, a ser pago em 60 prestações de R$ 520, e com opção de 
compra ao final do contrato por R$ 2.000. O valor presente das prestações é de $ 30.000,00. 
Informações 
Valor do veículo R$ 30.000,00 
Prestações (60 x 520) R$ 31.200,00 
Opção de compra R$ 2.000,00 
Contabilização no Arrendatário: 
D に Veículo (ativo) 30.000 
D に Juros a transcorrer (retificadora do Passivo) 3.200 
C に Leasing a pagar (passivo) 33.200 {( 520 x 60) + 2000} 
Arrendamento 
Operacional Aluguel 
Financeiro 
"Compra" 
parcelada 
Contabilização do 
Arrendamento 
Arrendatário 
Direito de uso 
(exceto curto 
prazo ou pequeno 
valor ) 
Contabiliza o ativo 
Arrendador 
Arrendamento 
financeiro 
Arrendamento a 
receber 
Arrendamento 
operacional 
Receita ao longo 
do tempo 
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Repare que o contrato transfere o direito de usar um ativo por um período de tempo em troca de 
contraprestação. 
Razonetes: 
30.000,00R$ 3.200,00R$ 33.200,00R$ 
Veículos (Ativo) Juros a transc. (Ret. Passivo) Leas. a pagar (Passivo)
 
 
 
(FUNCAB/Contador/Cariacica/2015 - adaptada) Marque a alternativa que apresenta como 
deve ser contabilizado, no arrendatário, os encargos financeiros a incorrer, embutidos em um 
contrato de arrendamento que transfere o direito de usar um ativo por um período de tempo 
em troca de contraprestação, por ocasião do seu reconhecimento inicial. 
a) Despesa antecipada 
b) Diretamente no resultado 
c) Redutora de passivo 
d) Redutora de ativo 
e) Receita antecipada 
Comentários: 
A conta encargos a transcorrer é redutora do passivo! 
Gabarito  C. 
Muito bem, vamos ao pronunciamento! 
2.2 - OBJETIVO 
 Este pronunciamento estabelece os princípios para o reconhecimento, mensuração, apresentação 
e divulgação de arrendamentos. 
 
O objetivo é garantir que arrendatários e arrendadores forneçam informações relevantes, de modo 
que representem fielmente essas transações. Essas informações fornecem a base para que 
usuários de demonstrações contábeis avaliem o efeito que os arrendamentos têm sobre a posição 
financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade. 
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2.3 - ALCANCE 
O pronunciamento deve ser aplicado a todos os arrendamentos, incluindo arrendamentos de 
ativos de direito de uso em subarrendamento, exceto para: 
(a) arrendamentos para explorar ou usar minerais, petróleo, gás natural e recursos não renováveis 
similares; 
(b) arrendamentos de ativos biológicos dentro do alcance do CPC 29 に Ativo Biológico e Produto 
Agrícola mantidos por arrendatário; 
(c) acordos de concessão de serviço dentro do alcance da ICPC 01 に Contratos de Concessão; 
(d) licenças de propriedade intelectual concedidas por arrendador dentro do alcance do CPC 47 に 
Receita de Contrato com Cliente; e 
(e) direitos detidos por arrendatário previstos em contratos de licenciamento dentro do alcance do 
CPC 04 に Ativo Intangível para itens como: filmes, gravações de vídeo, reproduções, manuscritos, 
patentes e direitos autorais. 
O arrendatário pode aplicar este pronunciamento a arrendamentos de outros ativos intangíveis 
que não sejam filmes, gravações de vídeo, reproduções, manuscritos, patentes e direitos autorais. 
Repare que é uma opção da entidade: pode aplicar, se entender conveniente. 
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2.4 に ISENÇÕES DE RECONHECIMENTO 
O pronunciamento permite duas exceções, para as quais o arrendatário pode decidir não aplicar a 
nova contabilização para os arrendamentos operacionais: 
 
(a) arrendamentos de curto prazo (até 12 meses); e 
(b) arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo valor. 
Arrendamento de curto prazo é o arrendamento que, na data de início, possui o prazo de 12 
meses ou menos. O arrendamento que contém opção de compra não é arrendamento de curto 
prazo. 
Os arrendamentos de curto prazo serão considerados como novo arrendamento para as 
finalidades deste pronunciamento se: 
(a) houver modificação do arrendamento; ou 
(b) houver qualquer alteração no prazo do arrendamento (por exemplo, o arrendatário exercer 
uma opção não incluída anteriormente em sua determinação do prazo do arrendamento). 
A escolha de arrendamentos de curto prazo deve ser feita por classe de ativo subjacente ao qual 
se refere o direito de uso. Uma classe de ativo subjacente é o agrupamento de ativos subjacentes 
de natureza e uso similares nas operações da entidade. 
 
Quanto ao arrendamento para ativos de baixo valor, o pronunciamento não estabelece qual seria 
ラ さH;キ┝ラ ┗;ノラヴざく 
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Mas determina que seja considerado o valor do ativo quando este é novo, independentemente da 
idade do ativo que está sendo arrendado. Por exemplo, arrendamentos de veículos não são 
incluídos, porque o veículo novo normalmente não é de baixo valor. 
Se o arrendatário subarrenda o ativo, ou espera subarrendar o ativo, o arrendamento principal não 
se qualifica como arredamento de ativo de baixo valor. 
Exemplos de ativos subjacentes de baixo valor podem incluir computadores pessoais, tablets, 
pequenos itens de mobiliário de escritório e telefones. 
Se o arrendatário decidir não aplicar a nova contabilização aos arrendamentos de curto prazo ou a 
arrendamentos de baixo valor, deve reconhecer os pagamentos como despesa em base linear ao 
longo do prazo do arrendamento. O arrendatário deve aplicar outra base sistemática se essa base 
representar melhor o padrão do benefício do arrendatário. 
A escolha de arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo valor pode ser feita na 
base de arrendamento por arrendamento. 
 
 
 
 
(Autores) Uma empresa tem os seguintes contratos de arrendamento: 
1 に Uso de um veículo, com prazo de 10 meses, sem opção de compra; 
2 に Uso de um computador com baixa capacidade de processamento e pequeno valor; 
3 に Uso de um veiculo, com prazo de 6 meses, com opção de compra; 
 4 に Uso de um veículo usado. 
Indique quais devem ser obrigatoriamente contabilizados como arrendamentos que transferem 
direito de uso de um ativo. 
A) Apenas 1 e 2 
B) Apenas 2 e 3 
C) Apenas 3 e 4 
D) 1, 2 e 3 
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E) 1, 2 e 4 
Comentário: 
Para os arrendatários, os contratos de curto prazo (até 12 meses) e de pequeno valor não precisam 
ser contabilizados como arrendamentos que transferem direitos de uso (similar à antiga 
contabilização dos arrendamentos financeiros). Podem, à opção da empresa, ser contabilizado 
como eram os arrendamentos operacionais, ou seja, só reconhecendo a despesa do mês. 
Vamos analisar: 
1 に Uso de um veículo, com prazo de 10 meses, sem opção de compra: é arrendamento de curto 
prazo, a empresa tem a opção de contabilizar ou não . 
2 に Uso de um computador com baixa capacidade de processamento e pequeno valor: Contratos 
de baixo valornão precisam ser contabilizados, à opção da empresa. Deve ser considerado o valor 
do bem quando novo, e não apenas o valor do contrato. 
3 に Uso de um veiculo, com prazo de 6 meses, com opção de compra: é contrato curto prazo 
(menos que 12 meses), mas, como tem opção de compra, deve ser contabilizado como os 
arrendamentos financeiros. 
 4 に Uso de um veículo usado: para a definição de contrato de pequeno valor, deve ser considerado 
o preço do ativo quando novo. Assim, um veículo, mesmo usado, não pode ser considerado de 
pequeno valor. Deve ser contabilizado obrigatoriamente como contrato de arrendamento 
financeiro. 
Gabarito  C 
 
2.5 に IDENTIFICAÇÃO DE ARRENDAMENTO. 
Na celebração de contrato, a entidade deve avaliar se o contrato é, ou contém, um arrendamento. 
O contrato é um arrendamento se ele transmite o direito de controlar o uso de ativo identificado 
por um período de tempo em troca de contraprestação. 
 
 
 
Contrato de 
Arrendamento 
Controlar o 
uso 
De um Ativo 
identificado 
Por um período 
de tempo 
mediante 
contraprestação 
(pagamento) 
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O período de tempo pode ser descrito em termos da quantidade de uso do ativo identificado (por 
exemplo, o número de unidades de produção que o item do equipamento será utilizado para 
produzir). 
 
A entidade deve reavaliar se o contrato é, ou contém, um arrendamento somente se os termos e 
condições do contrato forem alterados. 
Abaixo, copiamos um quadro que consta no CPC 6 (R2), sobre a avaliação se m contrato é ou não 
um contrato de arrendamento. 
 
2.6 -PRAZO DO ARRENDAMENTO 
A entidade deve determinar o prazo do arrendamento como o prazo não cancelável do 
arrendamento, juntamente com: 
(a) períodos cobertos por opção de prorrogar o arrendamento, se o arrendatário estiver 
razoavelmente certo de exercer essa opção; e 
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(b) períodos cobertos por opção de rescindir o arrendamento, se o arrendatário estiver 
razoavelmente certo de não exercer essa opção. 
Na verdade, o que prevalece é a intenção da empresa. Vamos supor que determinada empresa 
tenha um contrato de aluguel de um imóvel por 5 anos, com opção de prorrogar por mais 3 anos. 
Devemos considerar o prazo do contrato de 5 ou de 8 anos? 
Ou que tenha um contrato de 10 anos, com opção de rescindir o contrato após o 5º ano. 
O prazo será de 5 ou de 10 anos? 
Nas duas situações, no início do contrato, a empresa usa a melhor estimativa que tiver sobre o 
tempo em que vai usar o imóvel. 
2.7 - ARRENDATÁRIO - RECONHECIMENTO 
Na data de início, o arrendatário deve reconhecer o ativo de direito de uso e o passivo de 
arrendamento. 
O ativo deve ser mensurado ao custo, que deve compreender: 
(a) o valor da mensuração inicial do passivo de arrendamento; 
(b) quaisquer pagamentos de arrendamento efetuados até a data de início, menos quaisquer 
incentivos de arrendamento recebidos; 
(c) quaisquer custos diretos iniciais incorridos pelo arrendatário; e 
(d) a estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário na desmontagem e remoção do 
ativo subjacente, restaurando o local em que está localizado ou restaurando o ativo subjacente à 
condição requerida pelos termos e condições do arrendamento, salvo se esses custos forem 
incorridos para produzir estoques. O arrendatário incorre na obrigação por esses custos seja na 
data de início ou como consequência de ter usado o ativo subjacente durante um período 
específico. 
 
 
Arrendatário 
reconhece 
Ativo 
inicialmente ao 
custo, que 
inclui 
Mensuração inicial do passivo de arrendamento (pagamentos 
trazidos a valor presente). 
Pagamentos de arrendamento efetuados até a data de início 
Custos diretos iniciais incorridos pelo arrendatário 
Estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário na 
desmontagem e remoção do ativo subjacente, restaurando o 
local em que está localizado ou restaurando o ativo 
subjacente à condição requerida pelos termos e condições do 
arrendamento 
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(Questão inédita) Considerando as informações abaixo, efetue a 
contabilização do arrendatário no momento inicial. 
--- Arrendamento de um veículo por 24 meses, com pagamento 
mensal de $ 2.000. 
--- O valor presente dos pagamentos é de $ $ 42.487 e o valor justo do ativo é de $ 40.000. 
--- A empresa já gastou $1.500, devido a uma revisão adicional preventiva que efetuou no veículo. 
O pagamento à oficina já foi realizado. 
--- A empresa estima que irá gastar $ 3.809 junto com o último pagamento, com valor presente de 
$3.000, para efetuar a revisão final, prevista no contrato, antes de devolver o veículo. 
--- A taxa de juros é de 1% ao mês. 
Comentário: 
Atenção: até 2018, a regra para mensuração inicial era valor presente 
das prestações ou o valor justo, dos dois o menor. 
Agora isso mudou! A partir de 2019, usamos o valor presente. 
 
Valor presente dos pagamentos: $42.487 + gastos já efetuados $ 1500 + estimativa de custos para 
restauração do ativo a valor presente $ 3.000 = $46.987 
Total dos pagamentos: prestações + restauração 
Prestações = $ 2.000 x 24 prestações = $ 48.000 
Total dos pagamentos: $ 48.000 + $ 3.809 
 
Encargos financeiros a transcorrer: 
Contabilização: 
D に Arrendamento に Veículos (Ativo) 46.987 
D に Encargos a transcorrer (ret. Passivo) 6.322 
C に Arrendamento a pagar (Passivo) 51.809 
C に Caixa (Ativo) 1.500 
Observação: usamos essa contabilização simplificada para fins didáticos, mas o correto é separar 
o passivo entre Passivo Circulante e Passivo Não Circulante. 
Muito bem. Vamos em frente. 
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2.8 -MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE DO ATIVO DE DIREITO DE USO 
Após a data de início, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito de uso, utilizando o método 
de custo. 
Para aplicar o método de custo, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito de uso ao custo: 
(a) menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas acumuladas por redução ao valor 
recuperável; e 
(b) corrigido por qualquer remensuração do passivo de arrendamento. 
 
Se o arrendatário vai adquirir a propriedade do ativo, então deve depreciar pelo tempo da vida útil 
do ativo. 
Se não for adquirir o ativo, deve usar a vida útil ou o prazo do arrendamento, o que ocorrer 
primeiro. 
 
 
O arrendatário deve efetuar o teste de recuperabilidade para os ativos arrendados. 
Muito bem. O ativo arrendado fica mensurado pelo custo, menos a depreciação acumulada e 
eventuais perdas de recuperabilidade. 
Mas, se o ativo for uma Propriedade para Investimento, e a empresa usar o valor justo para as 
propriedades para Investimentos, o ativo fica avaliado a valor justo. 
O arrendamento origina duas despesas para o arrendatário: despesa de depreciação e despesa 
financeira (juros). 
Vamos calcular as duas despesas para o primeiro mês, usando o exemplo do arrendamento do 
veículo, que detalhamos acima. 
Depreciação: O prazo de arrendamento é de 2 anos e a vida útil do veículo é de , digamos, 5 anos. 
Portanto, para a depreciação, vamos usar o prazo do arrendamento (é o menor). 
Valor do ativo: $ 46.978 / 24 meses = $ 1958 
Arrendatário 
Vai adquirir o 
ativo 
arrendado ? 
NÃO 
Deprecia pelavida útil ou pelo 
prazo do 
arrendamento, 
o que for menor 
SIM Deprecia pela 
vida útil 
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Contabilização: 
D に Despesa de depreciação (Resultado) 1.958 
C に Depreciação acumulada に arrendamento (Ret. Ativo) 1.958 
 
Vejamos agora a despesa de juros, incluindo o gasto com a revisão veículo: 
Valor original do passivo: $ 42.487 + $ 3.000 = $ 45.487 
Juros: $ 45.487 x 1% = $ 454,87 
 
Contabilização: 
D に Despesa de Juros (resultado) 454,87 
C に Arrendamento a pagar (Passivo) 424,87 
C - Restauração do ativo (Passivo) 30,00 
O passivo poderia também ser indicado pelo total, ao invés de dividir em duas contas, como 
fizemos (Arrendamento a pagar e Restauração do Ativo). 
A forma de contabilização é semelhante ao arrendamento financeiro, na versão anterior do 
pronunciamento. 
A diferença é que agora esta contabilização se aplica a todos os arrendamentos, financeiro ou 
operacional. 
A W┝IWN?ラ ゲ?ラ ラゲ さキゲWミデラゲざ (arrendamento de curto prazo ou de pequeno valor), para os quais o 
locatário decide se irá aplicar a contabilização acima ou não. 
 
 
2.9 -APRESENTAÇÃO 
47. O arrendatário deve apresentar no balanço patrimonial ou divulgar nas notas explicativas: 
(a) ativos de direito de uso separadamente de outros ativos. Se o arrendatário não apresentar 
ativos de direito de uso separadamente no balanço patrimonial, o arrendatário deve: 
(i) incluir ativos de direito de uso na mesma rubrica que aquela em que os ativos subjacentes 
correspondentes seriam apresentados se fossem próprios; e 
(ii) divulgar quais rubricas no balanço patrimonial incluem esses ativos de direito de uso; 
(b) passivos de arrendamento separadamente de outros passivos. 
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Se o arrendatário não apresentar passivos de arrendamento separadamente no balanço 
patrimonial, o arrendatário deve divulgar quais rubricas no balanço patrimonial incluem esses 
passivos. 
48. O requisito do item 47(a) não se aplica a ativos de direito de uso que atendem à definição de 
propriedade para investimento, que devem ser apresentados no balanço patrimonial como 
propriedade para investimento. 
49. Na demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes, o arrendatário deve 
apresentar despesas de juros sobre o passivo de arrendamento separadamente do encargo de 
depreciação para o ativo de direito de uso. Despesas de juros sobre o passivo de arrendamento 
são um componente de despesas financeiras, em que o item 82(b) do CPC 26 に Apresentação de 
Demonstrações Contábeis requer que seja apresentado separadamente na demonstração do 
resultado e de outros resultados abrangentes. 
50. Na demonstração dos fluxos de caixa, o arrendatário deve classificar: 
(a) pagamentos à vista para a parcela do principal do passivo de arrendamento dentro de 
atividades de financiamento; 
(b) pagamentos à vista para a parcela dos juros do passivo de arrendamento, aplicando os 
requisitos do CPC 03 に Demonstração dos Fluxos de Caixa para juros pagos; e 
(c) pagamentos do arrendamento de curto prazo, pagamentos de arrendamentos de ativos de 
baixo valor e pagamentos variáveis de arrendamento não incluídos na mensuração do passivo de 
arrendamento dentro de atividades operacionais. 
 
2.10 -DIVULGAÇÃO 
51. O objetivo da divulgação é que os arrendatários divulguem informações nas notas explicativas 
que, juntamente com as informações fornecidas no balanço patrimonial, na demonstração do 
resultado e na demonstração dos fluxos de caixa, forneçam uma base para os usuários de 
demonstrações contábeis avaliarem o efeito que os arrendamentos têm sobre a posição 
financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa do arrendatário. Os itens 52 a 60 
especificam os requisitos sobre como atender a esse objetivo. 
52. O arrendatário deve divulgar informações sobre seus arrendamentos nos quais é arrendatário 
em uma única nota explicativa ou em seção separada em suas demonstrações contábeis. Contudo, 
o arrendatário não precisa repetir informações, que já sejam apresentadas em outro lugar nas 
demonstrações contábeis, desde que as informações sejam incorporadas por referência cruzada na 
única nota explicativa ou na seção separada sobre arrendamentos. 
53. O arrendatário deve divulgar os seguintes valores para o período de relatório: 
(a) encargos de depreciação para ativos de direito de uso por classe de ativo subjacente; 
(b) despesas de juros sobre passivos de arrendamento; 
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(c) despesa referente a arrendamentos de curto prazo contabilizada, aplicando o item 6. Essa 
despesa não precisa incluir a despesa referente a arrendamentos com prazo do arrendamento de 
um mês ou menos; 
(d) despesa referente a arrendamentos de ativos de baixo valor contabilizada, aplicando o item 6. 
Essa despesa não deve incluir a despesa referente a arrendamentos de curto prazo de ativos de 
baixo valor incluída no item 53(c); 
(e) despesa referente a pagamentos variáveis de arrendamento não incluída na mensuração de 
passivos de arrendamento; 
(f) receita decorrente de subarrendamento de ativos de direito de uso; 
(g) saídas de caixa totais para arrendamentos; 
(h) adições a ativos de direito de uso; 
(i) ganhos ou perdas resultantes de transações de venda e retroarrendamento; e 
(j) valor contábil de ativos de direito de uso ao final do período de relatório por classe de ativo 
subjacente. 
 
O arrendatário deve divulgar informações qualitativas e quantitativas adicionais sobre suas 
atividades de arrendamento necessárias para atingir o objetivo de divulgação. Essas informações 
adicionais podem incluir, entre outras, informações que ajudem os usuários das demonstrações 
contábeis a avaliar: 
 (a) a natureza das atividades de arrendamento do arrendatário; 
(b) os fluxos de saída de caixa futuros, aos quais o arrendatário está potencialmente exposto, que 
não estão refletidos na mensuração de passivos de arrendamento. Isso inclui exposição decorrente 
de: (i) pagamentos variáveis de arrendamento (conforme descrito no item B49); (ii) opções de 
prorrogação e opções de rescisão (conforme descrito no item B50); (iii) garantias de valor residual 
(conforme descrito no item B51); e (iv) arrendamentos ainda não iniciados com os quais o 
arrendatário está comprometido; 
(c) restrições ou acordos impostos por arrendamentos; e 
(d) transações de venda e retroarrendamento (conforme descrito no item B52). 
O arrendatário que contabiliza arrendamentos de curto prazo ou arrendamentos de ativos de 
baixo valor deve divulgar esse fato. 
3. ARRENDADOR 
 
Arrendador - Classificação de arrendamento. 
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61. O arrendador deve classificar cada um de seus arrendamentos como arrendamento 
operacional ou arrendamento financeiro. 
62. O arrendamento é classificado como arrendamento financeiro se transferir substancialmente 
todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. O arrendamento é 
classificado como arrendamento operacional se não transferir substancialmente todos os riscos e 
benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. 
 
Atenção: a forma de classificação do arrendamento é diferente para o arrendatário e para oarrendador. 
Para o arrendatário, o arrendamento mercantil é o contrato, ou parte do contrato, que transfere o 
direito de usar um ativo por um período de tempo. A contabilização independe de ser 
arrendamento financeiro ou operacional. 
Já o arrendador deve classificar cada um de seus arrendamentos como arrendamento operacional 
ou arrendamento financeiro. 
O arrendamento é classificado como arrendamento financeiro se transferir substancialmente 
todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. O arrendamento é 
classificado como arrendamento operacional se não transferir substancialmente todos os riscos e 
benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. 
 
63. O fato de o arrendamento ser arrendamento financeiro ou arrendamento operacional depende 
da essência da transação, em vez da forma do contrato. A seguir, exemplos de situações que, 
individualmente ou em combinação, normalmente levariam o arredamento a ser classificado como 
arrendamento financeiro: 
(a) o arrendamento transfere a propriedade do ativo subjacente ao arrendatário ao final do prazo 
do arrendamento; 
(b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo subjacente a preço que se espera que seja 
suficientemente mais baixo do que o valor justo na data em que a opção se tornar exercível, para 
que seja razoavelmente certo, na data de celebração do arrendamento, que a opção será exercida; 
(c) o prazo do arrendamento é equivalente à maior parte da vida econômica do ativo subjacente, 
mesmo se a propriedade não for transferida; 
(d) na data da celebração do arrendamento, o valor presente dos recebimentos do arrendamento 
equivale substancialmente à totalidade do valor justo do ativo subjacente; e 
(e) o ativo subjacente é de natureza tão especializada que somente o arrendatário pode usá-lo 
sem modificações importantes. 
Esquematizemos: 
 
Características - Arrendamento Mercantil Financeiro 
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Transfere a propriedade do ativo 
Opção de comprar o ativo por valor mais baixo que o justo (no final do contrato) 
Prazo = Maior parte da vida útil 
Valor dos pagamentos = Substancialmente todo o valor justo (mercado) 
Ativo tem natureza especializada 
 
 
 
Memorize os 5 itens acima. 
Não são difíceis, e uma questão pode não mencionar se o arrendamento é operacional ou financeiro, mas 
indicar uma ou mais das características acima. 
Por exemplo: 
 
 
 
さA Cキ; ABC Iラミデヴ;デラ┌ ラ ;ヴヴWミS;マWミデラ SW ┌マ; マ=ケ┌キミ; Iラミゲデヴ┌ケS; WゲヮWIキ;ノマWミデW ヮ;ヴ; ゲWヴ ┌ゲ;S; 
ミ;ゲ ゲ┌;ゲ ラヮWヴ;NロWゲざ 
Arrendamento financeiro に キデWマ さWざ ;Iキマ;ぎ ラゲ ;デキvos arrendados são de natureza especializada de 
tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações. 
 
 
 
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さUマ ┗WケI┌ノラ aラキ ;ヴヴWミS;Sラ ヮラヴ Sラキゲ ;ミラゲが Iラマ ┗;ノラヴ ヴWゲキS┌;ノ ゲWェ┌ミSラ ; デ;HWノ; S; RW┗キゲデ; ヴ RラS;ゲ 
Sラ aキミ;ノ Sラ Iラミデヴ;デラざく 
Supondo que a tabela da Revista 4 Rodas represente o valor justo do veículo, será arrendamento 
operacional (Não atende o item b). Ela pagará mais caro ao final do contrato do que pagaria se 
fosse um arrendamento mercantil financeiro. 
さUマ ┗WケI┌ノラ aラキ ;ヴヴWミS;Sラ ヮラヴ Sラキゲ ;ミラゲが Iラマ ┗;ノラヴ ヴWゲキS┌;ノ SW ヵヰヰ ヴW;キゲざく 
Nesse caso, teremos arrendamento financeiro, pois o valor residual é mais baixo que o valor justo 
(nenhum veículo com dois anos de uso custa apenas 500 reais). 
Bem, já é notória a importância deste item, não é? 
Assim, vamos repetir resumidamente as condições para um arrendamento ser classificado como 
financeiro: 
1) Transfere a propriedade ao final do contrato; 
2) Valor residual mais baixo que o valor justo 
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo 
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o valor justo do ativo 
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário pode usá-lo sem 
grandes modificações. 
 
Lembramos que a classificação entre arrendamento operacional e arrendamento financeiro, 
atualmente, só é relevante para o Arrendador. 
Vamos em frente. 
 
64. Indicadores de situações que, individualmente ou em combinação, também poderiam levar o 
arredamento a ser classificado como arrendamento financeiro são: 
(a) se o arrendatário puder cancelar o arrendamento, as perdas do arrendador associadas ao 
cancelamento são arcadas pelo arrendatário; 
(b) ganhos ou perdas provenientes da flutuação no valor justo do residual são gerados para o 
arrendatário (por exemplo, na forma de desconto no aluguel que seja equivalente à maior parte 
dos rendimentos de venda no final do arrendamento); e 
(c) se o arrendatário tiver a capacidade de continuar o arrendamento por período secundário, com 
aluguel que seja substancialmente menor que o aluguel de mercado. 
Mais três indícios de que o arrendamento é financeiro. 
Resumidamente: 
1) Se o arrendatário puder cancelar o arrendamento, deve suportar as perdas do arrendador; 
 
2) Os ganhos ou perdas na flutuação do valor justo do valor residual são do arrendatário; 
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3) O arrendatário pode continuar com o arrendamento, com pagamentos substancialmente 
inferiores ao valor de mercado 
 
65. Os exemplos e indicadores nos itens 63 e 64 nem sempre são conclusivos. Se ficar claro, a 
partir de outras características, que o arrendamento não transfere, substancialmente, todos os 
riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente, o arrendamento deve ser 
classificado como arrendamento operacional. Por exemplo, esse pode ser o caso se a propriedade 
do ativo subjacente for transferida, no final do arrendamento, por recebimento variável 
equivalente ao seu então valor justo, ou se houver recebimentos variáveis de arrendamento, como 
resultado dos quais o arrendador não transfere, substancialmente, todos esses riscos e benefícios. 
 
Voltamos ao principal e mais conclusivo critério para definir um arrendamento como operacional 
ou financeiro: se o arrendamento transfere ou não os riscos e benefícios inerentes à propriedade. 
Se existir um ou mais indícios descritos nos itens 63 e 64, mas ficar claro que não há transferência 
de riscos e benefícios, o arrendamento será classificado como operacional. 
 
 (CESPE/Contador/TJ RR/2015) O arrendamento mercantil é classificado como financeiro ou 
operacional. No arrendamento operacional, há transferência substancial de todos os riscos e 
benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no financeiro, não há transferência 
substancial de riscos e benefícios inerentes à propriedade. 
Comentários: 
Os itens estão invertidos. 
Gabarito  Errado. 
 
 
66. A classificação do arrendamento é feita na data de celebração do arrendamento e é reavaliada 
somente se houver modificação do arrendamento. Alterações nas estimativas (por exemplo, 
alterações nas estimativas da vida econômica ou do valor residual do ativo subjacente) ou 
alterações nas circunstâncias (por exemplo, inadimplência por parte do arrendatário) não originam 
nova classificação do arrendamento para fins contábeis. 
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Vamos supor que uma determinada empresa faça um arrendamento operacional. Durante a 
vigência do arrendamento, as partes concordam em alterá-lo para arrendamentofinanceiro. Nesse 
caso, o antigo arrendamento operacional passa a ser considerado um novo arrendamento, agora 
financeiro, para fins contábeis. Naturalmente, a contabilização deve ser alterada, para ficar 
adequada a um arrendamento financeiro. 
As alterações nas estimativas ou nas circunstâncias não alteram a classificação contábil. 
 
Arrendamento financeiro Reconhecimento e mensuração 
Na data de início, o arrendador deve reconhecer os ativos mantidos em arrendamento financeiro 
em seu balanço patrimonial e deve apresentá-los como recebível ao valor equivalente ao 
investimento líquido no arrendamento. 
Investimento líquido no arrendamento é o investimento bruto descontado à taxa de juros 
implícita no arrendamento 
Taxa de juros implícita no arrendamento é a taxa de juros que faz com que o valor presente (a) 
dos pagamentos do arrendamento e (b) do valor residual não garantido seja igual à soma (i) do 
valor justo do ativo subjacente e (ii) de quaisquer custos diretos iniciais do arrendador. 
 
Mensuração inicial dos recebimentos de arrendamento incluídos no investimento líquido no 
arrendamento 
Na data de início, os recebimentos de arrendamento incluídos na mensuração do investimento 
líquido compreendem os seguintes recebimentos durante o prazo do arrendamento: 
(a) recebimentos fixos; 
(b) recebimentos variáveis de arrendamento que dependem de índice ou de taxa, inicialmente 
mensurados, utilizando o índice ou a taxa da data de início; 
(c) quaisquer garantias de valor residual fornecidas ao arrendador; 
(d) o preço de exercício da opção de compra, se o arrendatário estiver razoavelmente certo de 
exercer essa opção; e 
(e) recebimentos de multas por rescisão do arrendamento, se o prazo do arrendamento refletir o 
arrendatário exercendo a opção de rescindir o arrendamento. 
 
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Arrendador fabricante ou revendedor 
Na data de início, para cada um de seus arrendamentos financeiros, o arrendador fabricante ou 
revendedor deve reconhecer o seguinte: 
(a) a receita que é o valor justo do ativo subjacente ou, se for inferior, o valor presente dos 
recebimentos de arrendamento de responsabilidade do arrendador, descontado, utilizando a taxa 
de juros de mercado; 
(b) o custo de venda, que é o custo, ou valor contábil, caso seja diferente, do ativo subjacente 
menos o valor presente do valor residual não garantido; e 
(c) o resultado na venda (que é a diferença entre a receita e o custo da venda), de acordo com sua 
política para vendas diretas à qual se aplica o CPC 47. O arrendador fabricante ou revendedor deve 
reconhecer o resultado na venda em arrendamento financeiro na data de início, 
independentemente de se o arrendador transfere o ativo subjacente. 
Os fabricantes ou revendedores frequentemente oferecem aos clientes a escolha de comprar ou 
arrendar o ativo. O arrendamento financeiro de ativo por arrendador fabricante ou revendedor dá 
origem ao resultado equivalente ao resultado decorrente da venda direta do ativo subjacente, a 
preços de venda normais, refletindo quaisquer descontos comerciais ou por volume aplicáveis. 
 
Os arrendadores fabricantes ou revendedores, algumas vezes, cotam taxas de juro artificialmente 
baixas para atrair os clientes. 
O uso dessa taxa resulta no reconhecimento pelo arrendador de uma parcela excessiva da receita 
total da transação na data de início. Se forem cotadas taxas de juros artificialmente baixas, o 
arrendador fabricante ou revendedor deve restringir o ganho na venda àquele que seria aplicável 
se fosse cobrada taxa de juros de mercado. 
Mensuração subsequente 
O arrendador deve reconhecer a receita financeira ao longo do prazo do arrendamento, com base 
em padrão que reflita a taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido do 
arrendador no arrendamento. 
 
Arrendamento operacional Reconhecimento e mensuração 
O arrendador deve reconhecer os recebimentos de arrendamentos operacionais como receita pelo 
método linear ou em outra base sistemática. 
Vamos supor que determinada empresa contrate, como arrendadora, um arrendamento 
operacional no valor de $ 1.000 por mês, durante 24 meses. O arrendamento será pago no dia 05 
do mês seguinte à utilização do ativo. 
No momento inicial: não há nenhuma contabilização. 
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Após o primeiro mês, a arrendadora contabiliza a receita do mês: 
D に Arrendamento operacional a receber (ativo) 1.000 
C に Receita de Arrendamento (Resultado) 1.000 
No dia 05, ocorre o pagamento: 
D に Caixa (Ativo) 1.000 
C に Arrendamento operacional a receber (ativo) 1.000 
 
 O arrendador deve reconhecer os custos, incluindo a depreciação, incorridos na realização da 
receita de arrendamento. A depreciação dos ativos usados para arrendamento operacionais deve 
ser consistente com a política de depreciação normal do arrendador. 
Os custos diretos iniciais incorridos na obtenção do arrendamento operacional devem ser 
adicionados ao valor do ativo, e devem ser reconhecidos como despesa ao longo do prazo do 
arrendamento na mesma base que a receita. 
O arrendador deve aplicar o CPC 01 para determinar se o ativo sujeito a arrendamento operacional 
apresentar problemas de redução ao valor recuperável e deve contabilizar qualquer perda por 
redução ao valor recuperável identificada. 
 
 
Apêndice A に Definição de termos 
Este apêndice é parte integrante do pronunciamento. 
Arrendador é a entidade que fornece o direito de usar o ativo subjacente por um período de 
tempo em troca de contraprestação. 
Arrendamento é o contrato, ou parte do contrato, que transfere o direito de usar um ativo (ativo 
subjacente) por um período de tempo em troca de contraprestação. 
Arrendamento de curto prazo é o arrendamento que, na data de início, possui o prazo de 
arrendamento de 12 meses ou menos. O arrendamento que contém opção de compra não é 
arrendamento de curto prazo. 
Arrendamento financeiro é o arrendamento que transfere substancialmente todos os riscos e 
benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. 
Arrendamento operacional é o arrendamento que não transfere substancialmente todos os riscos 
e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. 
Arrendatário é a entidade que obtém o direito de usar o ativo subjacente por um período de 
tempo em troca de contraprestação. 
Ativo de direito de uso é o ativo que representa o direito do arrendatário de usar o ativo 
subjacente durante o prazo do arrendamento. 
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Ativo subjacente é o ativo que é o objeto de arrendamento, para o qual o direito de usar esse 
ativo foi fornecido pelo arrendador ao arrendatário. 
Custo direto inicial é o custo incremental de obtenção do arrendamento que não teria sido 
incorrido se o arrendamento não tivesse sido obtido, exceto para os custos incorridos por 
arrendador fabricante ou revendedor associados ao arrendamento financeiro. 
 
Data de celebração do arrendamento é a data que ocorrer antes, entre a data do contrato de 
arrendamento e a data em que as partes se comprometerem aos principais termos e condições do 
arrendamento. 
Data de início do arrendamento é a data em que o arrendador disponibiliza o ativo subjacente 
para uso pelo arrendatário. 
Data de vigência da modificação é a data em que ambas as partes concordam com a modificação 
do arrendamento. 
Garantia de valor residual é a garantiafeita ao arrendador por uma parte não relacionada ao 
arrendador de que o valor (ou parte do valor) do ativo subjacente ao final do arrendamento será, 
no mínimo, o valor especificado. 
Incentivos de arrendamento são os pagamentos efetuados pelo arrendador ao arrendatário 
associados ao arrendamento, ou reembolso ou assunção, pelo arrendador, dos custos do 
arrendatário. 
Investimento bruto no arrendamento é a soma: (a) dos pagamentos do arrendamento a receber 
pelo arrendador em arrendamento financeiro; e (b) de qualquer valor residual não garantido de 
responsabilidade do arrendador. 
Investimento líquido no arrendamento é o investimento bruto no arrendamento descontado à 
taxa de juros implícita no arrendamento. 
Modificação do arrendamento é a alteração no alcance do arrendamento, ou a contraprestação 
pelo arrendamento, que não era parte dos termos e condições originais do arrendamento (por 
exemplo, acrescentar ou rescindir o direito de usar um ou mais ativos subjacentes, ou prorrogar ou 
reduzir o prazo do arrendamento contratual). 
Pagamento de arrendamento opcional é o pagamento a ser efetuado pelo arrendatário ao 
arrendador pelo direito de usar o ativo subjacente durante os períodos cobertos por opção de 
prorrogar ou rescindir o arrendamento, os quais não estão incluídos no prazo do arrendamento. 
Pagamento do arrendamento é o pagamento efetuado pelo arrendatário ao arrendador referente 
ao direito de usar o ativo subjacente durante o prazo do arrendamento, o qual compreende o 
seguinte: (a) pagamentos fixos (incluindo pagamentos fixos em essência), menos quaisquer 
incentivos de arrendamento; (b) pagamentos variáveis de arrendamento, que dependem de índice 
ou de taxa; (c) preço de exercício da opção de compra se o arrendatário estiver razoavelmente 
certo de exercer essa opção; e (d) pagamentos de multas por rescisão do arrendamento, se o prazo 
do arrendamento refletir o arrendatário exercendo a opção de rescindir o arrendamento. Para o 
arrendatário, os pagamentos do arrendamento também incluem os valores que se espera que 
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==117c2b==
 
 
 
 
 
 
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sejam pagos pelo arrendatário de acordo com as garantias de valor residual. Os pagamentos do 
arrendamento não incluem os pagamentos alocados a componentes de não arrendamento do 
contrato, salvo se o arrendatário decidir combinar componentes de não arrendamento com o 
componente de arrendamento e contabilizá-los como um único componente de arrendamento. 
Para o arrendador, os recebimentos de arrendamento também incluem quaisquer garantias de 
valor residual fornecidas ao arrendador pelo arrendatário, pela parte relacionada ao arrendatário 
ou por terceiro não relacionado ao arrendador que seja financeiramente capaz de liquidar as 
obrigações decorrentes da garantia. Os recebimentos de arrendamento não incluem recebimentos 
alocados a componentes de não arrendamento. 
Pagamento fixo é o pagamento efetuado pelo arrendatário ao arrendador pelo direito de usar o 
ativo subjacente durante o prazo do arrendamento, excluindo pagamentos variáveis de 
arrendamento. 
Pagamento variável de arrendamento é a parcela de pagamento efetuado pelo arrendatário ao 
arrendador pelo direito de usar o ativo subjacente durante o prazo do arrendamento que varia 
devido a alterações em fatos ou circunstâncias ocorridas após a data de início, além da passagem 
do tempo. 
Período de uso é o período total de tempo em que o ativo é utilizado para cumprir o contrato com 
o cliente (incluindo quaisquer períodos de tempo não consecutivos). 
Prazo do arrendamento é o prazo não cancelável durante o qual o arrendatário tem o direito de 
usar o ativo subjacente, juntamente com: (a) períodos cobertos por opção de prorrogar o 
arrendamento, se o arrendatário estiver razoavelmente certo de exercer essa opção; e (b) períodos 
cobertos por opção de rescindir o arrendamento, se o arrendatário estiver razoavelmente certo de 
não exercer essa opção. 
Receita financeira não auferida é a diferença entre: (a) o investimento bruto no arrendamento; e 
(b) o investimento líquido no arrendamento. 
Subarrendamento é a transação na qual o ativo subjacente é novamente arrendado pelo 
arrendatário (arrendador intermediário) a um terceiro, e o arrendamento (arrendamento 
principal) entre o arrendador principal e o arrendatário permanece vigente. 
Taxa de juros implícita no arrendamento é a taxa de juros que faz com que o valor presente (a) 
dos pagamentos do arrendamento e (b) do valor residual não garantido seja igual à soma (i) do 
valor justo do ativo subjacente e (ii) de quaisquer custos diretos iniciais do arrendador. 
Taxa incremental sobre empréstimo do arrendatário é a taxa de juros que o arrendatário teria 
que pagar ao pedir emprestado, por prazo semelhante e com garantia semelhante, os recursos 
necessários para obter o ativo com valor similar ao ativo de direito de uso em ambiente econômico 
similar. 
Valor justo, para fins de aplicação dos requisitos de contabilização do arrendador neste 
pronunciamento, é o valor pelo qual o ativo poderia ser trocado, ou o passivo liquidado, entre 
partes conhecedoras e interessadas em uma transação em bases usuais de mercado. 
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Valor residual não garantido é a parcela do valor residual do ativo subjacente cuja realização, pelo 
arrendador, não está garantida ou está garantida exclusivamente pela parte relacionada ao 
arrendador. 
Vida econômica é o período ao longo do qual se espera que o ativo seja economicamente utilizável 
por um ou mais usuários ou o número de unidades de produção ou similares que se espera obter a 
partir do ativo por um ou mais usuários. 
Termos definidos em outros pronunciamentos e utilizados neste pronunciamento com o mesmo 
significado: 
Contrato é o acordo entre duas ou mais partes que cria direitos e obrigações executáveis. 
Vida útil é o período ao longo do qual se espera que o ativo esteja disponível para uso pela 
entidade, ou o número de unidades de produção ou similares que a entidade espera obter do 
ativo. 
 
(FUNCAB/Contador/Cariacica/ES/2015 - adaptada) De acordo com a NBC TG 06 に Operações 
de Arrendamento Mercantil, a soma dos pagamentos do arrendamento a receber pelo 
arrendador em arrendamento financeiro e de qualquer valor residual não garantido de 
responsabilidade do arrendador, é denominada: 
a) custos diretos iniciais. 
b) receita financeira não realizada. 
c) investimento bruto no arrendamento mercantil. 
d) pagamento contingente. 
e) investimento líquido no arrendamento mercantil. 
Comentários: 
A definição acima é a de investimento bruto no arrendamento mercantil. 
Gabarito  C. 
 
 
 
 
 
 
 
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4. RESUMO GERAL 
 
 
 
Arrendamento mercantil é o contrato, ou parte do contrato, que transfere o direito de usar um 
ativo por um período de tempo em troca de contraprestação. 
O arrendamento mercantil pode ser Financeiro (quando transfere os riscos e benefícios) ou 
Operacional (quando não transfere os riscos e benefícios do ativo). 
 
 
 
 
Arrendament
o 
Operacional Aluguel 
Financeiro 
"Compra" 
parcelada 
Contabilização 
do 
Arrendamento 
Arrendatário 
Direito de uso 
(exceto curto 
prazo ou 
pequeno valor ) 
Contabiliza o 
ativo 
Arrendador 
Arrendamento 
financeiro 
Arrendamento a 
receber 
Arrendamento 
operacional 
Receita ao longo 
do tempo 
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O pronunciamento permite duas exceções, para as quais o arrendatário pode decidir não aplicar a 
nova contabilização para os arrendamentos operacionais: 
 
(a) arrendamentos de curto prazo (até 12 meses); e 
(b) arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo valor. 
 
Na celebração de contrato, a entidade deve avaliar se o contrato é, ou contém, um arrendamento. 
O contrato é um arrendamento se ele transmite o direito de controlar o uso de ativo identificado 
por um período de tempo em troca de contraprestação. 
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Após a data de início, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito de uso, utilizando o método 
de custo. 
Para aplicar o método de custo, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito de uso ao custo: 
(a) menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas acumuladas por redução ao valor 
recuperável; e 
(b) corrigido por qualquer remensuração do passivo de arrendamento. 
 
Contrato de 
Arrendamento 
Controlar o 
uso 
De um Ativo 
identificado 
Por um período 
de tempo 
mediante 
contraprestação 
(pagamento) 
Arrendatário 
reconhece 
Ativo 
inicialmente 
ao custo, que 
inclui 
Mensuração inicial do passivo de arrendamento 
(pagamentos trazidos a valor presente). 
Pagamentos de arrendamento efetuados até a data de 
início 
Custos diretos iniciais incorridos pelo arrendatário 
Estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário 
na desmontagem e remoção do ativo subjacente, 
restaurando o local em que está localizado ou restaurando 
o ativo subjacente à condição requerida pelos termos e 
condições do arrendamento 
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O arrendatário deve efetuar o teste de recuperabilidade para os ativos arrendados. 
 
 
5. QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
1. (Autores/2019) 
Um empreendedor resolveu alugar uma loja, num shopping. O espaço estava vazio há 2 anos. O 
administrador do shopping mencionou que a locação anterior era de 10.000 por mês. O futuro 
locatário reclamou, dizendo que a situação estava difícil para todo mundo, que esse valor estava 
muito alto, e acertaram o seguinte: o contrato seria de 36 meses, com valor inicial de $7.000 por 
mês; após 12 meses, o contrato seria reajustado pelo INPC; nos meses em que o faturamento da 
loja fosse maior que $150.000, haveria um pagamento extra do aluguel de $3.000. O aumento do 
aluguel pelo reajuste pelo INPC e o pagamento extra nos meses em que o faturamento ultrapasse 
150.000, quando ocorrerem, devem ser contabilizados como aumento do passivo e, 
respectivamente: 
Arrendatário 
Vai adquirir o 
ativo 
arrendado ? 
NÃO 
Deprecia pela 
vida útil ou 
pelo prazo do 
arrendamento, 
o que for menor 
SIM Deprecia pela 
vida útil 
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A) como aumento do ativo e aumento do ativo 
B) como aumento do ativo e na demonstração do resultado 
C) na demonstração do resultado e como aumento do ativo 
D) ambos na demonstração do resultado como despesa de aluguel. 
E) Por serem cláusulas eventuais, não devem ser contabilizados. 
Comentário: 
O aumento ocorrido em função de variação na taxa prevista pelo contrato deve ser contabilizado 
como aumento do Ativo e do Passivo. Trata-se de uma remensuração do contrato. 
42. O arrendatário deve remensurar o passivo de arrendamento, descontando os pagamentos de 
arrendamento revisados, se: ... (b) houver alteração nos pagamentos futuros de arrendamento 
resultante de alteração em índice ou em taxa utilizada para determinar esses pagamentos 
A contabilização fica assim: 
D に Ativo 
C に Passivo 
Já o pagamento variável devido ao faturamento da loja vai para o resultado quando ocorre. 
38. Após a data de início, o arrendatário deve reconhecer no resultado, salvo se os custos forem 
incluídos no valor contábil de outro ativo mediante utilização de outros pronunciamentos 
aplicáveis: (a) juros sobre o passivo de arrendamento; e (b) pagamentos variáveis de 
arrendamento não incluídos na mensuração do passivo de arrendamento no período em que 
ocorre o evento ou a condição que gera esses pagamentos. 
Contabilização: 
D に Resultado (Despesa) 
C に Passivo 
Gabarito  B 
2. (Autores/2019) 
Uma empresa tem os seguintes contratos de arrendamento: 
1 に Uso de um veículo, com prazo de 10 meses, sem opção de compra; 
2 に Uso de um computador com baixa capacidade de processamento e pequeno valor; 
3 に Uso de um veiculo, com prazo de 6 meses, com opção de compra; 
 4 に Uso de um veículo usado. 
Indique quais devem ser obrigatoriamente contabilizados como arrendamentos que transferem 
direito de uso de um ativo. 
A) Apenas 1 e 2 
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B) Apenas 2 e 3 
C) Apenas 3 e 4 
D) 1, 2 e 3 
E) 1, 2 e 4 
Comentário: 
Para os arrendatários, os contratos de curto prazo (até 12 meses) e de pequeno valor não precisam 
ser contabilizados como arrendamentos que transferem direitos de uso (similar à antiga 
contabilização dos arrendamentos financeiros). Podem, à opção da empresa, ser contabilizado 
como eram os arrendamentos operacionais, ou seja, só reconhecendo a despesa do mês. 
Vamos analisar: 
1 に Uso de um veículo, com prazo de 10 meses, sem opção de compra: é arrendamento de curto 
prazo, a empresa tem a opção de contabilizar ou não . 
2 に Uso de um computador com baixa capacidade de processamento e pequeno valor: Contratos 
de baixo valor não precisam ser contabilizados, à opção da empresa. Deve ser considerado o valor 
do bem quando novo, e não apenas o valor do contrato. 
3 に Uso de um veiculo, com prazo de 6 meses, com opção de compra: é contrato curto prazo 
(menos que 12 meses), mas, como tem opção de compra, deve ser contabilizado como os 
arrendamentos financeiros. 
 4 に Uso de um veículo usado: para a definição de contrato de pequeno valor, deve ser considerado 
o preço do ativo quando novo. Assim, um veículo, mesmo usado, não pode ser considerado de 
pequeno valor. Deve ser contabilizado obrigatoriamente como contrato de arrendamento 
financeiro. 
Gabarito  C 
 
 
3. FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PE/2015 - adaptada) 
Em 31/12/2013, a Cia. Transportadora adquiriu um caminhão por meio de um contrato de 
arrendamento mercantil. O contrato será pago em 5 parcelas anuais, iguais e consecutivas de 
R$ 80.000,00, vencendo a primeira parcela em 31/12/2014. Sabe-se que o valor presente das 
prestações, na data de início do contrato de arrendamento, era R$ 288.000,00 e que, se a Cia. 
Transportadora tivesse adquirido o caminhão à vista, teria pagado R$ 300.000,00 (valor 
justo). A vida útil do caminhão é 5 anos, o valor residual esperado no final deste prazo será 
zero e a empresa utiliza o método das cotas constantes para cálculo da depreciação. 
Com base nestas informações, a Cia. Transportadora reconheceu 
a) um ativo no valor de R$ 300.000,00 em 31/12/2013. 
b) um passivo no valor de R$ 400.000,00 em 31/12/2013. 
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c) um ativo no valor de R$ 288.000,00 em 31/12/2013. 
d) despesa no valor de R$ 80.000,00 em 2014. 
e) receita financeira no valor de R$ 12.000,00 em 31/12/2013. 
 
Comentários: 
A única alteração nesta questão é que, antigamente, o reconhecimento inicial era pelo Valor 
Justo ou pelo Valor Presente das prestações, dos dois o menor. 
Agora, devemos usar o Valor Presente das prestações do arrendamento. Ignore o valor justo. 
Vamos lá: 
Parcelas: 5 x 80.000 = 400.000,00 
Valor presente das prestações = 288.000,00 
Valor justo = 300.000,00 
Vida útil = 5 anos 
Valor residual = 0 
Reconhecimento inicial (pelo valor presente). 
Lançamento: 
D に Ativo imobilizado 288.000,00 
D に Encargos financeiros a transcorrer (ret. passivo) 112.000,00 
C に Financiamentos a pagar (passivo) 400.000,00 
Nosso gabarito, portanto, é a letra C, reconhecendo um ativo no valor de R$ 288.000,00, em 
31.12.2013. 
A despesa de depreciação será de 20% x 288.000,00 = 57.600,00 (valor da despesa em 2014). 
Gabarito  C. 
 
4. FCC/Analista Judiciário/TRF 4/2014 - adaptada) 
Uma empresa efetuou um contrato de arrendamento mercantil de um equipamento 
industrial nas seguintes condições: 
Ъ Data da aquisição: 01/12/2010. 
Ъ 24 parcelas mensais de R$ 30.000,00. 
Ъ Uma parcela de R$ 52.406,48 a título de valor residual garantido que deverá ser paga junto 
com a última parcela mensal. 
Ъ A taxa de juros incluída no contrato é 2% a.m. e a empresa pretende ficar com o bem ao 
final do prazo do contrato de arrendamento. 
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O valor presente das parcelas do contrato de leasing, em 01/12/2010, era R$ 600.000,00 e o 
valor justo da máquina na data de início do contrato era R$ 630.000,00. Sabendo-se que a 
empresa pretende utilizar a máquina por 8 anos, que, ao final deste prazo, a máquina não 
terá valor de mercado e a empresa adota o método das quotas constantes para depreciação 
de todos os seus ativos, o resultado do mês de dezembro de 2010, será: 
a) Despesa de arrendamento = R$ 30.000,00. 
b) Despesa de depreciação = R$ 6.250,00 e Despesa financeira = R$ 12.000,00. 
c) Despesa de depreciação = R$ 6.562,50 e Despesa financeira = R$ 12.600,00. 
d) Despesa de depreciação = R$ 6.250,00 e Despesa financeira = R$ 5.000,00. 
e) Despesa de depreciação = R$ 25.000,00 e Despesa financeira = R$ 12.000,00. 
Comentários: 
Vamos lá! 
A primeira coisa que temos de saber é a contabilização inicial, que será pelo valor presente 
(600.000,00). 
A questão só quer o primeiro mês, mas vamos apresentar o quadro completo! 
Vejam se vocês entenderam a sistemática. 
 
Mês Valor do principal Juros (2%) Subtotal Pagamento Saldo 
1 R$ 600.000,00 R$ 12.000,00 R$ 612.000,00 R$ 30.000,00 R$ 582.000,00 
2 R$ 582.000,00 R$ 11.640,00 R$ 593.640,00 R$ 30.000,00 R$ 563.640,00 
3 R$ 563.640,00 R$ 11.272,80 R$ 574.912,80 R$ 30.000,00 R$ 544.912,80 
4 R$ 544.912,80 R$ 10.898,26 R$ 555.811,06 R$ 30.000,00 R$ 525.811,06 
5 R$ 525.811,06 R$ 10.516,22 R$ 536.327,28 R$ 30.000,00 R$ 506.327,28 
6 R$ 506.327,28 R$ 10.126,55 R$ 516.453,82 R$ 30.000,00 R$ 486.453,82 
7 R$ 486.453,82 R$ 9.729,08 R$ 496.182,90 R$ 30.000,00 R$ 466.182,90 
8 R$ 466.182,90 R$ 9.323,66 R$ 475.506,56 R$ 30.000,00 R$ 445.506,56 
9 R$ 445.506,56 R$ 8.910,13 R$ 454.416,69 R$ 30.000,00 R$ 424.416,69 
10 R$ 424.416,69 R$ 8.488,33 R$ 432.905,02 R$ 30.000,00 R$ 402.905,02 
11 R$ 402.905,02 R$ 8.058,10 R$ 410.963,12 R$ 30.000,00 R$ 380.963,12 
12 R$ 380.963,12 R$ 7.619,26 R$ 388.582,38 R$ 30.000,00 R$ 358.582,38 
13 R$ 358.582,38 R$ 7.171,65 R$ 365.754,03 R$ 30.000,00 R$ 335.754,03 
14 R$ 335.754,03 R$ 6.715,08 R$ 342.469,11 R$ 30.000,00 R$ 312.469,11 
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Mês Valor do principal Juros (2%) Subtotal Pagamento Saldo 
15 R$ 312.469,11 R$ 6.249,38 R$ 318.718,50 R$ 30.000,00 R$ 288.718,50 
16 R$ 288.718,50 R$ 5.774,37 R$ 294.492,87 R$ 30.000,00 R$ 264.492,87 
17 R$ 264.492,87 R$ 5.289,86 R$ 269.782,72 R$ 30.000,00 R$ 239.782,72 
18 R$ 239.782,72 R$ 4.795,65 R$ 244.578,38 R$ 30.000,00 R$ 214.578,38 
19 R$ 214.578,38 R$ 4.291,57 R$ 218.869,94 R$ 30.000,00 R$ 188.869,94 
20 R$ 188.869,94 R$ 3.777,40 R$ 192.647,34 R$ 30.000,00 R$ 162.647,34 
21 R$ 162.647,34 R$ 3.252,95 R$ 165.900,29 R$ 30.000,00 R$ 135.900,29 
22 R$ 135.900,29 R$ 2.718,01 R$ 138.618,30 R$ 30.000,00 R$ 108.618,30 
23 R$ 108.618,30 R$ 2.172,37 R$ 110.790,66 R$ 30.000,00 R$ 80.790,66 
24 R$ 80.790,66 R$ 1.615,81 R$ 82.406,48 R$ 30.000,00 R$ 52.406,48 
Vamos lá! 
 Cálculo do registro inicial (para fins didáticos, não separamos os valores em circulante e não 
circulante): 
D に Ativo imobilizado 600.000,00 
D に Encargos financeiros a transcorrer 172.406,48 
C に Financiamentos a pagar 772.406,48 
Pessoal, como encontramos o encargo a transcorrer? Simples, somamos todos os valores de juros 
da tabela juros. 
E como encontramos o valor do financiamentos a pagar? Somamos todas as parcelas (30.000 x 24) 
e acrescentamos o valor residual de 52.406,48. 
No primeiro mês, lançamos: 
Pelo pagamento da prestação: 
D に Financiamentos a pagar 30.000,00 
C に Caixa 30.000,00 
Pelo reconhecimento do juros: 
D に Despesa de juros 12.000,00 
C に Encargos financeiros a transcorrer 12.000,00 
Pela depreciação (600.000/8 = 75.000 ao ano/12 = 6.250/mês) 
D に Despesa de depreciação 6.250,00 
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C に Depreciação acumulada 6.250,00 
Gabarito  B. 
 
5. (FUNCAB/Contador/Cariacica/ES/2015 - adaptada) 
De acordo com a NBC TG 06 に Operações de Arrendamento Mercantil, a soma dos 
pagamentos do arrendamento a receber pelo arrendador em arrendamento financeiro e de 
qualquer valor residual não garantido de responsabilidade do arrendador, é denominada: 
a) custos diretos iniciais. 
b) receita financeira não auferida. 
c) investimento bruto no arrendamento mercantil. 
d) pagamento variável de arrendamento. 
e) investimento líquido no arrendamento mercantil. 
Comentários: 
A definição acima é a de investimento bruto no arrendamento mercantil, confira: 
Investimento bruto no arrendamento é a soma: (a) dos pagamentos do arrendamento a receber 
pelo arrendador em arrendamento financeiro; e (b) de qualquer valor residual não garantido de 
responsabilidade do arrendador. 
Vejamos também as outras definições que constam do CPC 06 (R2) に Arrendamentos: 
Custo direto inicial é o custo incremental de obtenção do arrendamento que não teria sido 
incorrido se o arrendamento não tivesse sido obtido. 
Receita financeira não auferida é a diferença entre: (a) o investimento bruto no arrendamento; e 
(b) o investimento líquido no arrendamento. 
Pagamento variável de arrendamento é a parcela dos pagamentos do arrendamento mercantil 
que não seja de quantia fixada, e sim baseada na quantia futura de um fator que se altera sem ser 
pela passagem do tempo (por exemplo, percentual de vendas futuras, quantidade de uso futuro, 
índices de preços futuros, taxas futuras de juros do mercado). 
Investimento líquidono arrendamento é o investimento bruto no arrendamento descontado à 
taxa de juros implícita no arrendamento. 
Gabarito  C. 
6. (FCC/Contador/SABESP/2018 - adaptada) 
A empresa Não Compro Nada S.A. realizou um contrato de arrendamento mercantil 
financeiro para a aquisição de um caminhão. O contrato será pago em 36 parcelas mensais de 
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R$ 16.067,50 e uma parcela adicional no valor de R$ 50.000,00 que deverá ser paga 
juntamente com a 24a parcela mensal. As demais informações sobre o contrato são as 
seguintes: 
Ъ Data do contrato: 01/12/2016 
Ъ Taxa implícita de juros do contrato: 1,2% ao mês 
Ъ Valor presente das parcelas em 01/12/2016: R$ 500.000,00 
Ъ Valor justo do caminhão em 01/12/2016: R$ 550.000,00 
Ъ Vida útil do caminhão para a empresa: 7 anos 
Ъ Valor residual esperado de venda do caminhão: R$ 164.000,00 
O valor total das despesas que afetaram o resultado de dezembro de 2016, decorrentes do 
contrato de arrendamento mercantil financeiro citado foi, em reais, 
(A) 64.600,00. 
(B) 10.600,00. 
(C) 16.067,50. 
(D) 6.000,00. 
(E) 10.000,00. 
Comentários: 
Temos duas despesas em dezembro: despesa de depreciação e despesa financeira. Vamos calcular. 
No momento inicial, o ativo deve ser contabilizado pelo valor presente das prestações. 
Assim, o valor inicial do caminhão é $500.000. 
Valor depreciável = 500.000 に valor residual 
Valor depreciável = 500.000 に 164.000 = 336.000 
Depreciação mensal = 336.000 / 84 meses = 4.000 
Vejamos agora a despesa financeira. É o valor inicial vezes a taxa de juros implícita. 
Juros = 500.000 x 1,2% = 6.000 
Total de despesas = 4.000 + 6.000 = 10.000 
Gabarito  E. 
7. (UEL/Auditor Fiscal/ICMS PR/2012 - adaptada) 
A resolução que trata de operações de arrendamento mercantil define o termo 
arrendamento como sendo o contrato, ou parte do contrato, que 
A) transfere, mediante um contrato de comodato sem uma contraprestação de remuneração, 
o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. 
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B) transfere, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo 
por um período de tempo acordado nunca inferior a um ano, nem superior a cinco anos. 
C) transfere o direito de usar um ativo (ativo subjacente) por um período de tempo em troca 
de contraprestação. 
D) transfere, mediante um contrato de comodato sem uma contraprestação de remuneração, 
o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. 
E) transfere, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo 
por um período de tempo acordado. 
Comentários: 
A resposta para esta questão pode ser extraída do Pronunciamento Contábil に CPC 06 (R2), que 
versa sobre o arrendamento mercantil. Com fulcro nessa norma: 
Arrendamento é o contrato, ou parte do contrato, que transfere o direito de usar um ativo (ativo 
subjacente) por um período de tempo em troca de contraprestação. 
Para a contabilização do Arrendatário, vale a transferência do direito de usar um ativo, 
independente do arrendamento ser financeiro ou operacional. 
Já para a contabilização do Arrendador, todo arrendamento deve ser classificado como financeiro 
ou operacional. A diferença é esta: 
Arrendamento mercantil financeiro é aquele em que há transferência substancial dos riscos e 
benefícios inerentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser 
transferido. 
Arrendamento mercantil operacional é um arrendamento mercantil diferente de um 
arrendamento mercantil financeiro. 
O critério acima, para diferenciar arrendamento mercantil financeiro do arrendamento mercantil 
operacional, é muito importante. Vamos reforçar: No arrendamento financeiro, os riscos e 
benefícios inerentes a um ativo são transferidos. No operacional, não são. 
Gabarito  C. 
8. (FCC/TRF 1ª/Analista Judiciário/2011 - adaptada) 
Uma operação de arrendamento mercantil efetuada no prazo de cinco anos, na qual não 
ocorre a transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes ao bem objeto do 
contrato, e cuja propriedade não será transferida ao arrendatário no final do contrato, deverá 
ser registrada na contabilidade do arrendatário: 
(A) no Realizável de Longo Prazo. 
(B) em conta de Ajustes Patrimoniais. 
(C) como item do Ativo Diferido. 
(D) em conta do Imobilizado. 
Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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(E) como uma Despesa Diferida. 
Comentários: 
Conforme o CPC 06 に (R2), Arrendamento é o contrato, ou parte do contrato, que transfere o 
direito de usar um ativo (ativo subjacente) por um período de tempo em troca de contraprestação. 
Como o direito de uso do ativo é transferido (por cinco anos), a contabilização será no ativo 
imobilizado, em contrapartida ao passivo. 
Pela nova versão do pronunciamento CPC 06 (R2), todo arrendamento é contabilizado pelo 
arrendatário com se fosse arrendamento financeiro, com exceção dos contratos de curto prazo ou 
de pequeno valor, nos quais a empresa pode optar como irá contabilizar (se como arrendamento 
financeiro ou arrendamento operacional). 
Assim, a operação deverá ser registrada em conta do ativo imobilizado. 
Gabarito  D. 
 
 
 
 
6. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
 
1. (Autores/2019) 
Um empreendedor resolveu alugar uma loja, num shopping. O espaço estava vazio há 2 anos. O 
administrador do shopping mencionou que a locação anterior era de 10.000 por mês. O futuro 
locatário reclamou, dizendo que a situação estava difícil para todo mundo, que esse valor estava 
muito alto, e acertaram o seguinte: o contrato seria de 36 meses, com valor inicial de $7.000 por 
mês; após 12 meses, o contrato seria reajustado pelo INPC; nos meses em que o faturamento da 
loja fosse maior que $150.000, haveria um pagamento extra do aluguel de $3.000. O aumento do 
aluguel pelo reajuste pelo INPC e o pagamento extra nos meses em que o faturamento ultrapasse 
150.000, quando ocorrerem, devem ser contabilizados como aumento do passivo e, 
respectivamente: 
A) como aumento do ativo e aumento do ativo 
B) como aumento do ativo e na demonstração do resultado 
C) na demonstração do resultado e como aumento do ativo 
D) ambos na demonstração do resultado como despesa de aluguel. 
E) Por serem cláusulas eventuais, não devem ser contabilizados. 
 
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2. (Autores/2019) 
Uma empresa tem os seguintes contratos de arrendamento: 
1 に Uso de um veículo, com prazo de 10 meses, sem opção de compra; 
2 に Uso de um computador com baixa capacidade de processamento e pequeno valor; 
3 に Uso de um veiculo, com prazo de 6 meses, com opção de compra; 
 4 に Uso de um veículo usado. 
Indique quais devem ser obrigatoriamente contabilizados como arrendamentos que transferem 
direito de uso de um ativo. 
A) Apenas 1 e 2 
B) Apenas 2 e 3 
C) Apenas 3 e 4 
D) 1, 2 e 3 
E) 1, 2 e 4 
 
 
3. FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PE/2015 - adaptada) 
Em 31/12/2013, a Cia. Transportadora adquiriu um caminhão por meio de um contrato de 
arrendamento mercantil. O contrato será pago em 5 parcelas anuais, iguais e consecutivas de 
R$ 80.000,00, vencendo a primeira parcela em 31/12/2014. Sabe-se que o valor presente das 
prestações, na data de início do contrato

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