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Direito Internacional: Sociedade e Características

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Aula 1 – Direito Internacional – Prof.: Jan Carlos
Data: 19/08/2017
Bibliografia: 
I - A SOCIEDADE INTERNACIONAL (plano de aula 1)
Direito Internacional: Conjunto de regras consideradas obrigatórias não apenas para os Estados, mas também para os demais atores internacionais.
Direito Internacional Público: Regula as relações entre Estados e as demais atores internacionais.
Direito Internacional Privada: Conjunto de regras utilizadas para disciplinar a solução de conflitos de leis no espaço, indicando a norma, nacional ou estrangeira, aplicável a uma situação concreta.
Situação - Problema
Na presente situação hipotética, suponha a assinatura de um tratado internacional, a respeito da delimitação de direitos e deveres entre diversos Estados-nações, no que tange ao turismo, facilitando a circulação de pessoas, entre seus territórios. A partir desse momento, esses Estados assumem que, sem abrir não de suas próprias soberanias, se submetem à autoridade de tratado, para alcançar os objetivos pretendidos.
Podemos afirmar que o tratado cria um sistema separado dos direitos individuais dos Estados ou são apenas extensão do poder jurídico de cada um deles?
Resposta: Dependendo do sistema monista o tratado não cria um conjunto de normas separada, (1h36 gravação) – aula 2 
Teorias: monista (um direito, direito interno) e dualista (direito interno e direito internacional).
1 – Entes da Sociedade Internacional
· São entes da Sociedade Internacional: os Estados, os serem humanos, as organizações internacionais.
· Os entes internacionais são sujeitos de direito no plano internacional: São possuidores de direito e deveres outorgados pela ordem jurídica internacional.
2 – O Direito Internacional e Comércio Internacional
· O comércio internacional é uma das bases sociológicas para a existência do Direito Internacional.
· Os interesses fundamentais em uma sociedade são de aspecto econômico.
3 – Sociedade X Comunidade Internacional
Sociedade 
• formação voluntária, vontade refletida e os indivíduos participam de maneira menos profunda na vida em comum; 
• É “histórica formada por grupos heterogêneos” que possuem entre si uma “tensão de domínio; 
• Estaria regida pelo contrato;
• É uma estrutura em que a união vem da existência de um poder dominante
Comunidade
• formação natural, vontade orgânica; participação mais profunda dos indivíduos, comum; 
• É criação de cooperação natural anterior a uma escolha consciente de seus membros; 
• É uma estrutura em que não há um poder de dominação; 
• Estaria regida pelo direito natural; 
• A comunidade é “extra histórica”, tendo apenas “permanência”, possuindo um aspecto eminentemente natural.
Existe uma sociedade e não uma comunidade internacional.
4 – Negadores Sociedade Internacional
A existência da Sociedade Internacional tem sido negada por diversos doutrinadores com base em diferentes afirmações:
a- O Estado é a forma mais elementar de vida social;
b- A Sociedade Internacional não possui uma autoridade superior aos membros que a compõem;
c- Entre os Estados só existe guerra.
Essas críticas não correspondem à realidade:
a- Guerra não é uma negação do DI;
b- Limitar a organização da vida social na figura do Estado é limitar a progresso humano e negar um dos ideais de nossa época, que é o da integração internacional;
c- A outra abjeção é também possível de crítica, como se todos as sociedades tivessem obrigação de ter a sociedade estatal como modelo.
5 – Fundamento da Sociedade Internacional
Principais concepções: a positivista e a jusnaturalista
· Positivista: a sociedade internacional se teria formado por meio de acordo de vontade dos Estados.
· Jusnaturalista: afirma que o ser humano, ser “ontologicamente social”, só se realiza em sociedade, a sociedade internacional sendo a sua forma mais ampla.
6 – Características da Sociedade Internacional
· É universal porque abrange todos os entes do globo terrestre;
· É paritária uma vez que nela existe igualdade jurídica;
· É aberto porque todo ente, ao reunir determinados elementos, se torna seu membro sem que haja necessidade de os membros existentes se manifestarem sobre o seu ingresso;
· É descentralizada, não tem uma organização institucional. Significa que ela não é um superestado.
· É originária porque o DIP não se fundamenta em outro ordenamento positivo.
7 – Características da Sociedade Internacional Contemporânea 
A sociedade internacional que surge a derrocada do mundo socialista apresenta as seguintes características:
· é “unipolar”, isto é, os Estados Unidos são a única superpotência, mas existem cinco potências importantes;
· na Guerra Fria havia “estabilidade e previsibilidade”, o que agora não existe; 
· a grande ameaça aos Estados Unidos é o poderio econômico da China. Pode-se dizer que a sociedade internacional é fechada, vez que não há mais espaço a serem ocupados e que existe uma interdependência universal. Segundo Sidney Guerra, pode-se afirmar que a sociedade internacional é universal, aberta, paritária e descentralizada.
O Sistema Internacional pode ser definido como uma totalidade que contém uma organização específica, constituído por unidades políticas, que mantêm relações regulares entre si. 
· Os integrantes do Sistema Internacional são os mesmo que compõem a Sociedade Internacional, e a estrutura do sistema pode ser unipolar, bipolar, multipolar. 
· Diferente do Sistema Internacional que é organizado a partir das relações de poder entre os seus integrantes, a Sociedade Internacional é formada pelas relações que as pessoas internacionais estabelecem entre si. 
· Duas características importantes da Sociedade Internacional são a diversidade e a unidade. 
· A Sociedade internacional, mais do que um Sistema de Estados, compartilha de valores e interesses que pautam a conduta dos atores no cenário internacional conforme algumas regras e instituições: o direito internacional, a diplomacia, as organizações internacionais e a balança de poder.
Até o final do século XV o mundo internacional possuía “vários sistemas internacionais regionais”: o chinês, o islâmico, o hindu, etc., que eram hegemônicos ou imperiais. O sistema de dominação europeu universalizou o Direito Internacional, mas não deixou de ser imperialista
8 – Forças Atuantes na Sociedade Internacional
· As forças econômicas, culturais, religiosas e políticas influenciam as múltiplas configurações que a sociedade internacional assumiu e assume ao longo dos séculos. (Celso de Albuquerque Mello, 2002)
· Forças culturais se manifestam na realização de acordos culturais e na criação de organismos internacionais de fomento e desenvolvimento da cultura (Unesco).
· Forças religiosas (catolicismo, protestantismo, islamismo) atuam .
· Forças econômicas sempre foram uma das mais fortes influências no desenho da sociedade internacional, principalmente por meio do comércio que fomenta o desenvolvimento econômico.
· Forças políticas
Aula 2 – Direito Internacional – Prof.: Jan Carlos
Data: 26/08/2017
9 – O papel do Direito Internacional
· O Direito Internacional surgido com a Paz de Vestefália considerava os Estados como os únicos sujeitos das relações internacionais, seus princípios são: 
• Igualdade soberana; Integridade territorial; Autodeterminação; Não-Intervenção.
· Objetivos do Direito Internacional Clássico:
a) Delimitação das competências dos Estados e sua base geográfica de atuação;
b) Determinação das obrigações negativas (deveres de abstenção) e as obrigações positivas (deveres de colaboração e de assistência) impostas aos Estados no exercício de suas competências; 
c) Regulação das competências das instituições tradicionais.
· O Direito Internacional Clássico vigorou até o final da Primeira Guerra Mundial, sendo o período entre as duas grandes guerras mundiais uma fase de transição do direito internacional. 
· O Direito Internacional sofreu enormes modificações ao longo do século XX, principalmente com a formação da Organização da Nações Unidas, do surgimento do Direito Internacional dos Direitos Humanose da Globalização da Economia.
10 – Elementos do Conceito de Direito Internacional Público 
a) Direito Internacional Clássico 
· Atores 
- Estados
- Organizações Internacionais 
· Matérias Regulada 
- Relações interinstitucionais, envolvendo Estados e organizações internacionais 
b) Direito Internacional Contemporâneo 
· Atores
- Estados 
- Organizações Internacionais (OI) 
- Pessoa humana 
- Empresas transnacionais ou aquelas com negócios internacionais 
- Organizações não governamentais (ONG) 
· Matéria Regulada 
- Relação entre Estados e Organizações Internacionais 
- Cooperação Internacional Relações entre qualquer ator internacional envolvendo temas de interesse global.
11 – Objetivos da Direito Internacional Público Contemporâneo
· Reduzir a anarquia na sociedade internacional e delimitar as competências de seus membros;
· Regular a cooperação internacional;
· Conferir tutela adicional a bens jurídicos aos quais a sociedade internacional decidiu atribuir importância;
· Satisfazer interesses comuns dos Estados.
12 – A relação entre o Direito Internacional Público e o Direito Interno
· O direito internacional e o direito interno são dois ordenamentos independentes, estanques, ou dois ramos de mesmo sistema jurídico?
· Havendo conflito entre o direito interno e o direito internacional, qual deles deve prevalecer?
- § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.  
· Duas tentam responder a esta questão:
- Teoria Monista – só existe um sistema jurídico;
- Teoria Dualista – existem dois sistemas jurídicos.
13 – Semelhanças entre o Direito Internacional e o Direito Interno
· a) ambos são uma ordem normativa;
· b) ambos são dotados de sanção;
· c) ambos têm idêntica noção de ato ilícito, isto é, que ele consiste na violação da norma
14 – Diferenças entre o Direito Internacional e o Direito Interno
a) Prevalência do Estado como sujeito de direito na ordem internacional, e dos seres humanos na ordem interna: diferença nas relações sociais; 
b) O direito interno é resultado da vontade do Estado, no plano internacional a fonte é a vontade coletiva dos Estados: diferença das fontes;
c) Na sociedade interna há uma relação de subordinação, na sociedade internacional, que é paritária, a relação é de coordenação.
15 – Teoria Monista e Teoria Dualista
Monista: A fonte do direito, quem produz o direito. Uma única finte de produção, os estados ou a sociedade internacional.
· Direito Interno
· Direito Internacional
Dualista: Dois direito, são independentes, o direito internacional e o direito interno (A vontade é estatal).
· Radical
· Mitigada
Conciliatória: Quando se resolve usando o Direito Interno ou o Direito Internacional.
· Moderadas
15.1 – Teoria Monista
· A teoria monista considera que o direito é um só, quer se apresente nas relações de um Estado, quer nas relações internacionais.
· Os defensores da doutrina monista enveredam por dois caminhos opostos:
- Prevalência do direito internacional: é a tese do primado do direito internacional;
- Prevalência do direito interno: é a tese do primado do direito interno.
D.I.
D.D.
D.D.
D.I.
a) Monismo Interno: primado do Direito Doméstico (Interno) ao Internacional;
b) Monismo Internacional: primado do Direito Internacional ao Interno.
· Teoria Monista no Brasil
· No sistema brasileiro, o monismo encontra, igualmente, duas vertentes: radical e moderado. • O radical prega a primazia do tratado sobre a ordem jurídica interna;
• O moderado prega a equiparação hierárquica do tratado à lei ordinária, subordinando-o à Constituição e à aplicação do critério cronológico, em caso de conflito com norma superveniente.
· Momentos distintos com relação a discussão entre fontes de origem internacional – tratados – e fontes de origem interna – as leis.
• O primeiro momento diz respeito à incorporação das fontes internacionais ao ordenamento jurídico interno.
• O segundo diz respeito a sua posição hierárquica nesse ordenamento.
15.2 – Teoria Dualista
· Segundo a teoria dualista, o direito interno e o direito internacional são dois ordenamentos distintos e independentes.
· O dualismo radical: há necessidade de edição de lei distinta para a incorporação do tratado à ordem jurídica nacional;
· Dualismo moderado: a incorporação do tratado prescindiria de lei, embora se faça mediante procedimento complexo, com aprovação congressional e promulgação executiva.
D.D.
D.I.
D.D.
D.I.
a) A teoria dualista pode ser dívida em:
· Teoria Dualista Radical ou Extremada
· Teoria Dualista Mitigada ou Moderada.
II - FUNDAMENTOS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO (plano de aula 2)
Situação - Problema
Na presente situação hipotética, suponha a existência de dois empresários de países diferentes, que estão enfrentar problemas com relação ao cumprimento de um contrato de venda e compra de materiais siderúrgicos, precisando porque aquele que receberá o produto encontrará problemas ambientais, segundo a legislação de seu país. Apesar de obedecerem a um contrato, eles não chegam a um consenso com relação a que legislação irão utilizar, bem como o lugar onde será tratada a questão.
Existe alguma alternativa ...
Resposta: 
1 – Fundamentos do Direito Internacional
O Direito Internacional Público, pressupõe a existência de determinados fatores que os doutrinadores denominam de bases sociológicas:
a) Pluralidade de Estado soberanos;
b) Comércio internacional;
c) Princípios jurídicos coincidentes. (princípio do Pact Sunt Servanda).
2 – Características da norma internacional
III – VIOLAÇÃO DO DIREITO INTERNACINAL PÚBLICO
1 – Várias hipóteses podem levar à violação do Direito Internacional Público
2 – Principais Característica do Processo de Internacionalização do Direito
· Anarquia Internacional:
· Direito Internacional Público como “instrumento de política”:
· Sanção diferenciada no DIP:
· O DIP também é um mecanismo das grandes potências conservarem o seu poder:
3 – Direito Internacional Privado
Aula 3 – Direito Internacional – Prof.: Jan Carlos
Data: 02/09/2017
CONTINUAÇÃO...
4 – Teorias sobre os Fundamentos do DIP
a) Teoria Voluntarista: 
· O direito internacional tem seu fundamento na vontade dos Estados; 
· A vontade por ser expressa ou tácita; 
· A legitimidade do Direito Internacional decorre da vontade comum dos Estados; 
· Da mesma forma, a obrigatoriedade do Direito Internacional decorre do consentimento dos Estados; 
· Na teoria Voluntarista predomina o elemento subjetivo.
b) Teoria Objetivista:
· As normas do Direito Internacional independem da vontade do Estado de criar um ordenamento jurídico internacional;
· Da realidade internacional, as relações entre os Estados na Sociedade Internacional, decorre a obrigatoriedade do Direito Internacional;
5 – Teorias Objetivista Temperada (não tinha slide)
IV – ORIGENS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICA
1 – Evolução do Direito Internacional
Antiguidade e Idade média DIP clássico paz de vestfália DIP contemporâneo Pós 2ª Guerra.
2 – Direito Internacional Clássico
Paz de Vestfália 1648 Congresso de Viena 1815 Tratado de Versalhes 1919.
V – AS FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
O sistema legislativo internacional é horizontal, não há nenhum órgão legislativo. Estados desenvolveram as regras sobre a elaboração dos tratados como uma alternativa ao congresso legislativo internacional: Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados em 1969. A ONU criou, como órgão auxiliar, a Comissão do Direito Internacional, em 1947, para codificar as regras internacionais existentes.
Aula 4 – Direito Internacional – Prof.: Jan Carlos
Data: 09/09/2017
CONTINUAÇÃO...
No direito interno quando falamos de fontes formal, as normas são emanadas pelo Estado, e por isso obtendo uma hierarquia dessas fontes, como a constituição, lei ordinária, leis, normas segundarias, decretos, entre outros. Mas de forma geral a norma inferior busca validade,fundamento na norma superior.
V – AS FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
Fonte é uma palavra de origem latina que tem o sentido de nascimento, de onde nasce/surge o direito. As fontes estão classificadas em: fontes materiais e fontes formais.
Fontes materiais:
Fontes formais: 
1 – O artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ)
· Aponta as quatro fontes a ser usadas para a solução das disputas internacionais:
(1) As convenções internacionais, que estabelecem regras expressamente reconhecidas pelos Estados;
(2) Os costumes internacionais relevantes de práticas internacionais reconhecidas como lei;
(3) Os princípios gerais de direito, assim reconhecidos pelas nações civilizadas; 
(4) A jurisprudência internacional na forma de decisões jurídicas internacionais (julgamento das cortes e corpos de arbitragem internacional) e escritos de juristas renomados. É preciso ressaltar a importância dos tratados como fonte primária do DIP, bem como resoluções definidas como obrigatórias e proferidas pelo Conselho de Segurança da ONU.
2 – Fontes do DIP
· Rol contemporâneo de fontes do DIP
Fontes Clássicas: Tratados internacionais, costumes e princípios gerais do direito
Fontes novas: Atos unilaterais dos estados, decisões das organizações internacionais, normas de Jus Cogens.
3 – Hierarquia das Fontes
· No Direito Internacional não há hierarquia das fontes, estando todas no mesmo plano;
· Mesmo que a Corte Internacional de Justiça considere os tratados e os costumes as fontes principais, a ordem de aplicação se dá no caso concreto;
· Como não há um único órgão produtor de Direito na Sistema Internacional, também não há hierarquia entre as fontes de produção.
· O artigo 103 da Carta das Nações Unidas – a carta das nações é superior aos demais tratados.
· O Direito Internacional é horizontal.
VI – A IMPORTANCIA DAS FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
VII – FONTES PRIMÁRIAS DO DIREITO INTERNACIONAL
· O sistema legislativo internacional é horizontal, não há nenhum órgão legislativo;
· Estados desenvolveram as regras sobre a elaboração dos tratados como uma alternativa ao congresso legislativo internacional;
· A ONU criou, como órgão auxiliar, a Comissão do Direito Internacional, em 1947, para codificar as regras internacionais existentes;
· O Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969 é o Tratado sobre tratados, regula a produção de tratados no plano internacional.
1 – O Tratado Internacional pode ter várias denominações
1) Tratados;
2) Convenção;
3) Acordo;
4) Cambio de notas;
5) Protocolo;
6) Carta, Constituição, Estatuto;
7) Modus Vivendi;
8) Procès-verbal ou Agreed Minutes;
9) Concord
2 – Convenções de Viena sobre Direito dos Tratados
· As convenções de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969, e de 1986, definem tratado como “um acordo internacional celebrado por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional”.
 
Um tratado é:
1) Acordo internacional, sendo diferente de ato unilateral;
2) Acordo entre sujeitos do Direito Internacional;
3) Gera obrigações legais;
4) Regido pelo Direito Internacional
5) Forma escrita.
3 – Condições de Validade dos Tratados
As condições de validade de um tratado são as seguintes:
· Capacidade das partes contratantes: é reconhecida aos “Estados soberanos, às organizações internacionais, aos beligerantes, à Santa Sé e a outros entes internacionais.
· Habilitação dos agentes signatários: “plenos poderes”, dão aos negociadores e “poder de negociar e concluir” o tratado. As pessoas que os recebem são denominadas plenipotenciários.
· Consentimento mútuo: o acordo de vontade entre as partes não deve sofrer nenhum vício como: erro, dolo e coação.
· Objeto lícito e possível.
4 – Princípios Gerais do Direito dos Tratados
1) Consensualismo: autonomia da vontade dos sujeitos de direito internacional;
2) Ausência de hierarquia: não há hierarquia entre os tratados. A exceção à regra é o jus cogens, considerado uma espécie de norma obrigatória a todos os Estados e que, portanto, coloca-se acima dos demais tratados, por exempli, a Carta da ONU;
3) Ausência de formalismo: os tratados devem ser realizados por escrito, no entanto, não existem procedimentos específicos, rígidos para a redação dos tratados.
5 – Fases de Elaboração do Tratado
As fases ou etapas de elaboração dos tratados internacionais podem ser apresentadas em negociação, redação do texto, assinatura, ratificação, promulgação, publicação e registro.
Negociação Assinatura Reserva Ratificação Registro
5.1 – Quem pode assinar um Tratado Internacional
1. Uma pessoa é considerada representante de um Estado para a adoção ou autenticação do texto de um tratado ou para expressar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado se: 
a) apresentar plenos poderes apropriados; ou 
b) a prática dos Estados interessados ou outras circunstâncias indicarem que a intenção do Estado era considerar essa pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderes. 
2. Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são considerados representantes do seu Estado: 
a) os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado; 
b) os Chefes de missão diplomática, para a adoção do texto de um tratado entre o Estado acreditante e o Estado junto ao qual estão acreditados; 
c) os representantes acreditados pelos Estados perante uma conferência ou organização internacional ou um de seus órgãos, para a adoção do texto de um tratado em tal conferência, organização ou órgão.
6 – Negociação, Assinatura, Adesão, Reserva e Registro
a) Negociação: A negociação é a fase na qual os Estados discutem seus interesses e estabelecem o conteúdo do tratado.]
b) Assinatura: é uma forma dos Estados expressarem consentimento na adesão dos Tratados Internacionais.
c) Adesão: Apenas os estados que assinaram qualquer tratado multilateral devem ratificá-la; no caso de países que posteriormente desejarem ser parte nele, o recurso é a adesão ou a aceitação.
d) Reserva: 
e) Registro: todo tratado ou acordo internacional concluído por qualquer Membro deverá, logo que possível, ser registrado no Secretariado e por este publicado, acrescentando que nenhuma parte num tratado...
Aula 5 – Direito Internacional – Prof.: Jan Carlos
Data: 16/09/2017
CONTINUAÇÃO...
Não existe hierarquia entre as fontes de direito internacional.
Ratificação: é o ato administrativo medido o qual o chefe de Estado confirma tratado firmado em seu nome em nome do estado, declarando aceito o que foi convencionado pelo agente signatário.
Geralmente, só ocorre a ratificação depois que o tratado foi aprovado pelo Parlamento, a exemplo do que acorre no Brasil, onde essa faculdade é do Congresso Nacional.
Internalização de Tratados Internacionais
SLIDE
7 – EXTINÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS 
1) Pelo comprimento do tratado;
2) Vicio/erro/dolo de consentimento, leva a nulificação do tratado;
3) 
4) Condição resolutiva;
5) Inexecução do tratado bilateral por uma das partes;
6) Caducidade;
7) Por guerra ou rompimento de relações internacionais;
8) Denúncia do tratado internacional.
IX – COSTUME INTERNACIONAL
slide
1) Formação dos Costumes (slide)
Consuetudinário: direito costumeiro.
X – PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO INTERNACIONAL
Princípios são abstrações originárias das práticas dos Estados que se consolidaram com o uso prolongado, estendendo-se por séculos, e objetos de ampla aceitação geral.
· O consentimento entre os Estados como pré-requisito essencial para a edificação de quaisquer normas internacionais; 
· A consagração do preceito de liberdade dos mares, ...
XI – MEIOS AUXILIARES DO DIREITO INTERNACIONAL
· Doutrina Internacional;
· Jurisprudência Internacional;
· Equidade;
· Analogia.
XII – NOVAS FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
· Atos Unilaterais dos Estado;
· Atos das Organizações Internacionais;
· Jus Cogens;
· Soft Law.
Aula 6 – Direito Internacional – Prof.: Jan Carlos
Data: 23/09/2017O CONCEITO DE PERSONALIDADE JURIDICA INTERNACIONAL
Teoria Natalista, Da concepção e 
· Personalidade: aptidão para a titularidade de direitos e obrigações;
· A personalidade está associada a capacidade jurídica;
· Capacidade Jurídica: é a possibilidade de que uma pessoa exerça seus direitos e cumpra suas obrigações;
· Personalidade Internacional: faculdade de atuar diretamente na sociedade internacional, criando normas internacionais; adquirindo direitos e obrigações, e; recorrendo aos mecanismos internacionais de solução de litígios. 
Personalidade Jurídica Internacional segundo a Doutrina
· Doutrina Clássica: somente os estados e as organizações internacionais são sujeitos de Direito Internacional;
· Doutrina Contemporânea: evolução da sociedade internacional e surgimento de novos sujeitos.
Quais são os novos sujeitos: individuo, empresas, organizações não governamentais (ONGs).
Sujeitos do Direito Internacional
· Os sujeitos clássicos do Direito Internacional são aqueles que possuem personalidade jurídica plena no sistema internacional.
Eles têm capacidade para: 
a) Criar normas internacionais;
b) Adquirir direitos e obrigações;
c) Recorrer aos mecanismos internacionais de solução de litígio. 
· Os novos sujeitos não possuem capacidade jurídica plena no sistema Internacional. 
Eles têm capacidade somente para:
a) Adquirir alguns direitos e obrigações;
b) Recorrer a certos foros internacionais de solução de litígio.
· Dos novos sujeitos, somente os blocos regionais têm capacidade plena.
Pessoas Internacionais
· As pessoas internacionais (sujeitos de direito internacional) podem ser pessoas de direito público e o direito privado.
Pessoas internacionais de direito público:
a) Estado;
b) Organizações internacionais;
c) Blocos regionais.
Pessoas internacionais de direito privado:
a) Indivíduos;
b) Empresas;
c) Comitê Internacionais da Crus Vermelha;
d) ONGs.
Sujeitos de Direito Público Externo
· Quase todos são aqueles tradicionalmente considerados sujeitos de Direito Internacional.
São os sujeitos clássicos, sendo apenas um deles novo sujeito:
......
O Estado
· O Estado é o ator mais importante e também considerado sujeito originário ou primário da Sociedade Internacional;
· Os Estados são os titulares plenos de direito de deveres na orbita jurídica internacional;
· Além de pessoas internacionais e sujeitos do DI, os Estados são também garantidores últimos para a eficiência de DIP;
· São providos de personalidade internacional plena e os únicos capazes de produzir e garantir a execução de normas e regras internacionais.
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Se apresentam como entes formados por um acordo concluído entre Estados e são dotados de personalidade jurídica própria, como, por exemplo, a Organização das Nações Unidas (ONU), a organização dos Estados Americanos (OEA), entre outros.
· Indivíduos: a pessoa humana, o reconhecimento do individuo como sujeito de Direito Internacional é recente, e deu após a 2ª Guerra Mundial, com a Carta da ONU, e outros documentos de proteção da pessoa humana.
Com a internacionalização dos Direitos Humanos....
As Empresas Transnacionais
O termo multinacional cria a falsa impressão de que as empresas que atuam em diversos Estados teriam “várias nacionalidades”.
No âmbito ONU, essas empresas foram definidas, em 1974, como empresas que são proprietárias de instalações de produção ou de serviços ou que as controlam fora do território do Estado onde elas têm a respectiva sede. As empresas transnacionais que figuram no campo das relações internacionais. 
As empresas transnacionais têm relevância para o estado do DIP em decorrência de seu poderio e econômico, que pode influências o comportamento dos Estados.
As empresas transnacionais são aquelas formadas por um centro de decisão localizada num Estado e centros de atividades, dotados ou não de personalidade jurídica própria, situados num ou em vários outros Estados.
Organizações NÃO Governamentais 
Apesar de terem personalidade jurídica de direito interno, o Direito Internacional lhes defere status jurídicos, e gozam de estatuto jurídicos..... (não copiei tudo)
A Santa Sé
A personalidade jurídica internacional da Santa Sé sempre foi reconhecida nas relações internacionais..... (não copiei tudo)
A Cruz Vermelha
Criada em Genebra (1863), como um movimento humanitário de assistência ..... (não copiei tudo)
Comitê Internacional da Cruz Vermelha
O comitê é responsável pela difusão das normas de DI humanitário ou dos indivíduos nos ..... (não copiei)

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