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UNIVERSIDADE ROVUMA FACULDADE DE DIREITO Licenciatura em Direito (Pós-laboral) Disciplina: Direito Administrativo - I Discentes: Ana Celestino Antônio Leva Cassamo Ismael Givá Dionísio Artur de Carlos Joaquim João Abel Pirilão Iahaia Ali Issofo Gangi Nelito dos Santos Feliciano Entidades descentralizadas em Moçambique (Governo provincial e autarquia local) Nampula, Agosto, de 2021 2 UNIVERSIDADE ROVUMA FACULDADE DE DIREITO Entidades descentralizadas em Moçambique (Governo provincial e autarquia local) Trabalho realizado na cadeira de Direito Administrativo no curso de Direito, 2 ano com carácter avaliativo. Docente Barbosa Morais 3 ÍNDICE APRESENTAÇÃO DO TEMA ................................................................................................. 5 METODOLOGIAS DO ESTUDO ............................................................................................ 6 1. ENTIDADES DESCENTRALIZADAS EM MOCAMBIQUE (GOVERNOS PROVINCIAIS E AUTARQUIAS). ......................................................................................... 7 1.1. Descentralização.......................................................................................................... 7 1.1.1. Descentralização no Estado unitário. ................................................................... 7 1.2. Governo provincial. ..................................................................................................... 8 1.3. Autarquias locais. ........................................................................................................ 8 2. Organização administrativa moçambicana ......................................................................... 8 3. Os órgãos de Governação descentralizada Provincial. ....................................................... 9 4. As autarquias locais. ......................................................................................................... 12 4.1. Categorias de autarquias locais. ................................................................................ 13 5. Conclusão. ........................................................................................................................ 14 6. Recomendações ................................................................. Erro! Marcador não definido. 7. Bibliografia. ...................................................................................................................... 16 4 LISTA DE ABREVIATURAS / SIGLAS/ACRÓNIMOS - Actos normativos e jurisprudenciais Al. - Alínea Art. (s) – Artigo (s) CRM – Constituição da República de Moçambique, actualizada pela Lei n°1/2018 de 12 de Junho. EUA – Estados Unidos da América. - Publicações periódicas (SIGLA) BR – Boletim da República (Publicação oficial da República de Moçambique). - Outras abreviaturas e acrónimos Cfr. – Confrontar Etc. – et caetera 5 APRESENTAÇÃO DO TEMA O tema do presente trabalho elaborado no contexto avaliativo na cadeira de Direito Administrativo é entidades descentralizadas em Moçambique (Governo provincial e autarquia local) tendo em conta a nova realidade resultante da revisão pontual da Constituição da Republica de Moçambique através da Lei n° 1/2018 de 12 de Junho e demais leis que visam materializa-lo. Como bem, foi dito inicialmente, o tema aparece num contexto novo sendo que será igualmente abordado dum ponto de vista ainda muito estranho, confuso e inseguro para muitos. Nos limitaremos a falar do governo provincial (descentralizado) e da autarquia local. A revisão pontual da CRM, aumentou o número de entidades descentralizadas, desde logo, os órgãos de governação descentralizada provincial e distrital e as autarquias locais, que gozam de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, nos termos da Lei. É no âmbito deste novo quadro jurídico-constitucional de 2018, que analisaremos o sistema de governo das entidades descentralizadas. 6 METODOLOGIAS DO ESTUDO O método é o caminho e os passos para se atingir um determinado objectivo, enquanto a técnica é a parte material (os instrumentos) que fornecem operacionalidade ao método. Fizemos uso da pesquisa bibliográfica e documental. Assim, no presente estudo, a pesquisa foi elaborada a partir de material já publicado, fonte secundária, constituído fundamentalmente, de livros, artigos publicados em portais científicos da internet. Igualmente, no presente trabalho, o método hermenêutico, foi privilegiado na interpretação das normas jurídicas que configuram o sistema de governo das entidades descentralizadas. 7 1. ENTIDADES DESCENTRALIZADAS EM MOCAMBIQUE (GOVERNOS PROVINCIAIS E AUTARQUIAS). Antes de entrar ao fundo ao tema em questão, importa conceituar o termo descentralização, Governo Provincial e Autarquia local. 1.1. Descentralização. Descentralização consiste literalmente no desfasamento do centro único que se dedica a coordenação e a realização das necessidade colectivas ou seja, a promoção do “descentro” podendo surgir ou ser criados outros vários, diversos e pequenos centros, podendo-se confundir entre si, o verdadeiro centro. Com a descentralização abre-se espaço para intervenção de outros actores, que se desdobram na actuação sob a condição de observância estrita de regras rígidas e semi-rígidas estadualmente impostas por se tratar de satisfação de necessidades da colectividade dos administradores e que, em principio, a sua satisfação nuca poderá ser posta em causa, nem cessar, sobre penas de se prejudicar o funcionalismo publico e legitimação da actuação do Estado. As reformas implementadas tanto em países em desenvolvimento como nos desenvolvidos vem procurando delegar os poderes administrativos e financeiros aos municípios e promover o emponderamento das comunidades através de estruturas de gestão colegiais e representativas. 1.1.1. Descentralização no Estado unitário. A descentralização é um dos contornos da nova administração pública que teve início nos anos 1980, na Inglaterra e nos EUA, e estendeu-se para os demais países. A descentralização constitui a maior preocupação dos Estados, porque nela esta embutida a questão de accountability democrática. A descentralização, possui um destaque especial na reforma de Estado, na medida em que abarca autonomia local; a forma democrática participativa; racionalização da provisão de serviços; maior liberdade; responsabilidade dos gestores públicos e desigualdades regionais, tornando-se um verdadeiro “caleidoscópio”. 8 1.2. Governo provincial. O governo provincial é composto pelos directores provinciais, que são nomeados pelo governador, sob proposta do ministro que tutela o respectivo pelouro. As províncias moçambicanas são, por sua vez, divididos em distritos, e estes em postos administrativos. 1.3. Autarquias locais. As autarquias locais são entidades públicas que desenvolvem a sua acção sobre uma parte definida do território, visando a prossecução de interesses próprios das populações aí residentes. São dotadas de órgãos representativos próprios. 2. Organização administrativa moçambicana Evolução da organização administrativa moçambicana A organização administrativa moçambicana pode ser dividida em quatro fase, a saber: a fase da centralização e concentração administrativa colonial (1498-1975); a fase da centralização e concentração administrativa monopartidária do Estado-administração (1975- 1990); a fase da introdução e implementação da descentralização administrativa autárquica (1990-2018); a fase da introdução e implementação da descentralização administrativa provincial, distrital e autárquica (2018-…) Para o presente trabalho importa debruçar sobre a 4ª fase – introduçãoe implementação administrativa provincial, distrital e autárquica (2018-…) Resultado da lei de revisão pontual da Constituição da República de Moçambique (Lei n° 1/2018 de 12 de Junho) teve como fundamento. A necessidade de rever a Constituição da República de Moçambique para ajusta-la ao processo de consolidação da reforma democrática do Estado, ao aprofundamento da democracia participativa e a garantia da paz, reiterando o respeito aos valores e princípios da soberania e unicidade do Estado. 9 Assim, ao nível da organização administrativa, a revisão pontual da Constituição da república de Moçambique de 2018, teve como implicações: o aumento do número de entidades descentralizadas territoriais, pois além das autarquias locais que já existiam, forma criados os órgãos de Governação descentralizada provincial e distrital; a aplicação de medidas tutelares sancionatórias de demissão pelo Presidente da República do Governados de Província e administrador do Distrito, sujeita a apreciação pelo Conselho de Ministro (art. 273° da CRM); a aplicação de medidas tutelares sancionatórias de dissolução da assembleia provincial ou autárquica pelo Governo, sujeita a apreciação pelo Conselho constitucional. Ao nível legislativo, a revisão pontual da CRM de 2018, implicou a revisão de todo pacote legislativo autárquico e a aprovação de novas leis sobre os órgãos de Governação descentralizada provincial e autárquica, com destaque para as seguintes leis; a) A Lei n° 6/2018 de 3 de Agosto que a prova o novo quadro jurídico-legal para a implantação das autarquias locais; b) A lei n°5/2019 de 31 de Maio, que estabelece o quadro legal de tutela do Estado sobre os Órgãos de Governação descentralizada Provincial e das autarquias locais; c) A Lei n°4/2019 de 31 de Maio, que estabelece o quadro legal dos órgãos executivos de Governação descentralizada provincial; 3. Os órgãos de Governação descentralizada Provincial. A descentralização compreende: os órgãos de governação descentralizada provincial e distrital e; as autarquias locais (art. 268° da CRM) A Província é a maior Unidade territorial da organização política, económica e social do Estado e é constituída por distritos, Postos administrativos, localidades e povoações. No território da província podem existir autarquias locais (art. 27° da Lei n° 4/2019 de 31 de Maio). Assim, os órgãos de governação descentraliza da provincial caracterizam-se por: a) possuírem três elementos: território, população e órgãos executivos e deliberativos; b) serem eleitos por sufrágio universal, igual, secreto, periódico e pessoal; c) gozarem de autonomia administrativa, patrimonial e financeira; d) terem personalidade jurídica e capacidade jurídica própria, distinta do Estado; e) disporem de um poder regulamentar próprio; f) estarem sujeitos a tutela administrativa e financeira do Estado; f) serem órgãos de representação 10 democrática (art. 20° da Lei n° 4/2019 de 31 de Maio) e; g) fazerem parte da administração autónoma. Por definição legais, os órgãos de governação descentralizada provincial, são pessoas colectivas de Direito Público com personalidade jurídica, dotados de autonomia administrativa, patrimonial e financeira, sem prejuízo dos interesses nacionais e da participação do Estado (art. 2 da Lei 4/2019 de 31 de Maio). A autonomia administrativa dos órgãos executivos de Governação descentralizada compreende os poderes de1: a) Praticar actos definitivos e executórios em matéria da sua competência, dentro da respectiva circunscrição territorial; b) Criar, organizar e fiscalizar serviços destinados a assegurar a prossecução das suas atribuições Quanto a prossecução das suas atribuições, importa referir que a Governação descentralizada exerce funções em áreas não atribuídas as autarquias locais e que não sejam da competência exclusiva dos órgãos centrais, nomeadamente: (a) agricultura, pesca, pecuária, silvicultura, segurança alimentar e nutricional; (b) gestão de terra, na medida a determinar por lei; (c) transportes públicos; na área não atribuída as autarquias; (d) gestão e protecção do meio ambiente; (e) florestas, fauna bravia e área de conservação; (f) habitação, cultura e desporto; (g) saúde no âmbito dos cuidados primários; (h) educação, no âmbito do ensino primário, do ensino geral e da formação técnico profissional; (i) turismo, folclore, artesanato e feiras locais; (j) hotelaria, não podendo ultrapassar o nível de três estrelas; (k) promoção do investimento local; (l) água e saneamento; (m) indústria e comércio; (n) estradas e pontes, que correspondam ao interesse local, provincial e distrital; (o) prevenção e combate a calamidades naturais; (p) promoção de desenvolvimento local; (q) planeamento e ordenamento Territorial; (s) outras a serem determinadas por lei (art. 18 n°1 alíneas a) até s) da Lei n° 4/2019 de 31 de Maio.). A autonomia financeira, compreende os poderes de: (a) elaborar e executar programa de actividades e de orçamento próprio; (b) elaborar as contas de gerência; (c) dispor de receitas próprias; (d) ordenar e processar as despesas; (e) arrecadar receitas, que por lei forem 1 Cfr. Art. 20 n°2 da Lei n° 4/2019 de 31 de Maio 11 destinadas aos órgãos de Governação descentralizada (n°3 do art. 20° da Lei n°4/2019 de 31 de Maio). A autonomia patrimonial, compreende o poder de gerir o património do Estado, bem como criar património próprio (n° 4 do art. 20° da Lei n°4/2019 de 31 de Maio). A autonomia administrativa, financeira e patrimonial dos órgãos de Governação descentralizada Provincial, não pode prejudicar os interesses nacionais e a participação do Estado nos assuntos locais. Como feito, “realização das atribuições da governação descentralizada deve respeitar a política Governamental traçada a nível central, no âmbito da política unitária do Estado e as demais leis” (n° 2 do art. 18° da Lei n°4/2019 de 31 de Maio), devendo existir uma articulação e coordenação entre os órgãos centrais do Estado e os órgãos de governação provincial descentralizada. Com efeito, existem mecanismo legais de articulação e coordenação entre os órgãos da Administração directa do Estado e os órgãos de governação descentralizada provincial, (n°1, 2, 3, 6, 7, do art. 24° da Lei n° 4/2019 de 31 de Maio): desde logo (a) os órgãos de soberania e outras instituições centrais do Estado, auscultam os órgãos executivos de governação descentralizada provincial, relativamente às matérias da sua competência respeitantes à província; (b) a prossecução das atribuições dos órgãos executivos de governação descentralizada provincial é feita no quadro da articulação permanente, com os órgãos competentes da administração central e de representação do Estado na Província; (c) para efeitos de coordenação entre os órgãos executivos de governação descentralizada provincial e os sectores de nível central, realizam-se Conselhos nacionais de coordenação nos termos a regulamentar; (d) os órgãos centrais do Estado enviam, no princípio de cada ano, ao Governador de Província instruções técnico metodológicas que possibilitem uma planificação e acção coordenadas das actividades sectoriais a realizar na Província, cuja implementação é da responsabilidade do Estado. Os órgãos de governação descentralizada provincial fazem parte da administração autónoma, uma vez que prossegue interesses públicos próprios das pessoas que a constituem, e por isso, se dirige a si mesma, definindo com independência, a orientação das suas actividades, sem sujeição a hierarquia ou a superintendência do governo. Discute-se a diferença entre os órgãos de governação descentralizada e as autarquias locais. Sobre este assunto, alguns autores aponta as diferenças entre as autarquias locais e os órgãos de governação descentralizada Provincial nos seguintes termos: a esferade actuação das autarquias locais limita-se ao que é considerado como assuntos de interesse comum das 12 comunidades locais. Enquanto a esfera de actuação dos órgãos de governação descentralizada provincial e distrital, vai para além das questões consideradas de interesse das respectivas populações, podendo a luz do princípio da subsidiariedade receber mais atribuições e competências do Estado. As autarquias são governos de vizinhos, tem uma jurisdição territorial reduzida, enquanto os órgãos de governação descentralizada provincial e distrital tem uma jurisdição territorial maior. Para o professor GILLES CISTAC, os órgãos de governação descentralizada Provincial e Distrital são autarquias locais superiores à circunscrição territorial do Município ou da povoação, pois sobre as “categorias das autarquias locais”, que determina que “a lei pode estabelecer outras categorias autárquica superiores ou inferiores à circunscrição territorial do município ou da povoação”(n° 4 art. 287° da CRM de 2004, actualizada pela Lei n°1/2018de 12 de Junho). 4. As autarquias locais. Noção e elementos do conceito de autarquias locais. Embora sejam doutrinariamente possíveis outras definições, vamos aceitar e partir da definição Constitucional, segundo a qual “as autarquias locais são pessoas colectivas públicas, dotadas de órgãos representativos próprios, que visam a prossecução de interesses das populações respectivas, sem prejuízo de interesses nacionais e da participação do Estado”2 Nesta definição constitucional não se menciona especificamente o território como elemento do conceito de autarquia local, pelo que trazemos um outro conceito doutrinal, segundo o qual, as autarquias locais, “são pessoas colectivas territoriais, dotadas de órgãos representativos próprios, que visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas”. 2 Cfr. artigo 286° da CRM de 2004, actualizada pela Lei n°1/2018 de 12 de Junho. 13 Assim, o conceito de autarquia comporta quatro elementos essenciais, desde logo: (a) O território: o território da autarquia permite determinar o conjunto da população que vai ser gerida pelos respectivos órgãos autárquicos, ou seja, a população cujos interesses vão ser prosseguidos por uma determinada autarquia. (b) O agregado populacional: a população é a razão de ser da existência da própria autarquia, pois a autarquia existe para prosseguir interesses que tem como destinatários a população aí residente. (c) Os interesses comuns: as especificidades locais geram um tipo de interesses comuns às populações, diverso dos interesses estaduais, originando assim a necessidade de serem também administrados por órgãos diferentes dos estaduais. (d) Os órgãos representativos: as autarquias locais têm órgãos representativos das respectivas populações e são eleitos por essas mesmas populações. A nossa constituição optou pela eleição directa do órgão deliberativo (Assembleia autárquica) e do órgão executivo singular (o Presidente do Conselho autárquico)3. 4.1. Categorias de autarquias locais. As autarquias locais são os Municípios e as Povoações, sendo que os municípios correspondem a circunscrição territorial das cidades e vilas e as povoações correspondem à circunscrição territorial da sede dos postos administrativos4. A lei pode estabelecer outras categorias autárquicas superiores ou inferiores à circunscrição territorial do Município ou da povoação. Seguindo de perto o pensamento do professor GILLES CISTAC, pode afirmar-se que os órgãos de governação descentralizada Provincial e Distrital são autarquias locais superiores à circunscrição territorial do Município e da povoação respectivamente. 3 Artigo 289 n°2 e 3 da CRM de 2004, actualizada pela Lei n°1/2018 de 12 de Junho. 4 Artigo 287 n°1, 2, 3 da CRM de 2004, actualizada pela Lei n°1/2018 de 12 de Junho 14 5. Conclusão. Finalmente como jeito de fecho, o grupo pensa que a revisão pontual da Constituição da República de Moçambique foi um marco histórico na política assim como na organização administrativa do País. As inovações provenientes desta tornaram cada vez mas possível a satisfação das necessidades da colectividade na actuação do Governo (também descentralizado). Por outro lado, dá rosto a uma democracia cada vez mas larga, a medida em que torna possível a eleição dos governadores provinciais e administradores distritais (com inicio em 2024). 15 6. Recomendações O trabalho trouxe conceitos novos e uma organização administrativa totalmente diferente da que o país estava habituado daí que, torna-se cada vez mas necessário a correcta divulgação e aplicação dos novos dizeres legais para que o atropelo das novas leis não resulte de ignorância. Outro ponto não amplamente falado no trabalho mas que merece breve consideração é em relação ao poder tutelar e em grande escala ao poder sancionatório, existem varias lacunas e preceitos legais inaplicáveis que devem ser analisados. 16 7. Bibliografia. Artigos de internet Tese apresentada, ao programa de Doutoramento em Direito por Zacarias Filipe Zinocacassa disponível em http://repositorio.ucm.ac.mz/handle/123456789/143 consultado em 24 de Julho de 2021; Enciclopédia wikipedia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo) Consultado em 24 de Julho de 2021; http://www.repositorio.uem.mz/bitstream/123456789/587/1/2019%20- %20Benzane%2C%20Fernando%20Gelado.pdf consultado em 25 de Julho de 2021; https://www.direitosedeveres.pt/q/o-cidadao-o-estado-e-as-instituicoes- internacionais/poder-local/como-se-organiza-actualmente-o-poder-local consultado em 25 de Julho de 2021; https://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/11/VConfIese_Jombe-Catique.pdf consultado em 25 de Julho de 2021; Legislação Constituição da República de Moçambique actualizada em 2018, in Boletim da República, I Série n° 115 de 12 de Junho de 2018. Lei nº 6/2018 de 3 de Agosto, que estabelece o quadro jurídico-legal de implantação de autarquias locais, in Boletim da República, I Série número 152 de 03 de Agosto de 2018.Lei nº 4/2019 de 31 de Maio, que estabelece o quadro jurídico-legal de órgãos executivos de governação descentralizada Provincial, in Boletim da República, I Série n° 105 de 31 de Maio de 2019. Lei n° 5/2019 de 31 de Maio, Lei que estabelece o quadro legal da tutela do Estado sobre os órgãos de governação descentralizada provincial e das autarquias locais, in Boletim da República, I Série, n° 105 de 31 de Maio.