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ANÁLISE DO FILME ESCRITORES DAA LIBERDADE

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O Filme ESCRITORES DA LIBERDADE  é um drama norte-americano lançado em 2007. Dirigido por Richard LaGravenese e produzido por Danny DeVito, Michael Shamberg e Stacey Sher, o filme é inspirado nos eventos reais relatados pelo livro “The Freedom Writers Diaries”, baseado nos relatos da professora Erin Gruwell e seus diversos alunos. 
O filme “Escritores da Liberdade” logo de início, aborda os ideais de uma professora recém-formada a procura de fazer a diferença em suaprofissão. Motivada por seus ideais, aceita o cargo de professora de então titulada “turma problema”, com a tarefa de ensinar adolescentes rebeldes, intolerantes e de primeira vista, indomáveis e desacreditados por um sistema educacional deficiente.
Estruturalmente, o filme Escritores da Liberdade se divide em três momentos básicos: o primeiro momento mostra a alegria de Erin Gruwell em, finalmente,poder se dedicar a atividade de docência, que era um de seus sonhos. O segundo momento destaca todas as frustrações e desafios nos quais ela passa na tentativa de realizar um trabalho docente significativo. O terceiro momento enfatiza as conquistas alcançadas com a turma, os frutos colhidos, diante do seu esforço.
A professora enfrentou diversas barreiras, começando pelos próprios colegas que não acreditavam no potencial dos alunos, além de serem violentos e participar de gangues. Mas, ela rompeu estes desafios e lutou sozinha, como o salário não era muito significativo, teve que buscar outras alternativas, como trabalhos extras para arrecadar dinheiro para comprar materiais e fazer atividades diferentes com seus alunos, pois a instituição não fornecia verba para estas atividades,por não acreditar no potencial dos alunos.
No decorrer do filme ela percebe que a sala é dividida e tenta de maneira extracurricular fazer com que estes alunos se interajam. Dessa maneira a professora começa a conquistar a turma, fazendo com que eles se apaixonem pela escrita e pela leitura. 
Com toda essa paixão pelos alunos no decorrer do filme seu marido não aceitou ver o sucesso e a dedicação que Erin tinha com o ensino, e preferiu se divorciar a ajudá-la, mas isso não fez com que ela desistisse, lutou e conseguiu acompanhar seus alunos até o 4º ano, quando terminaram o ensino médio e alguns passaram para a universidade.
A análise foi feita a partir dos textos estudados em psicologia social e, como ainda não estudamos as outras grandes forças da psicologia, nos embasamos na comportamental
A primeira cena do filme mostra a violência entre as gangues e a tensão racial existente e continua com a leitura de uma parte do diário de Eva, uma das personagens, relatando o preconceito racial sofrido e um espisódio em que estava na porta de casa, esperando o pai para leva-la ao onibus, quando viu seu vizinho ser assassinado por um grupo que passava de carro, em seguida a polícia invade sua casa e leva seu pai, que era inocente, por retaliação, apenas por ser respeitado pelo seu povo e continua com a menina relatando que eram chamados de gangues por serem de outra etnia e que na cidade de Long Beach não importa sua aparência, que se fosse negro, hispânico ou asiático, poderia levar um tiro sempre que saisse de casa. Eva termina o relato contando que quando teve a iniciação na vida de gangues apanhava e que isso era para que ela aprendesse a não se dobrar e termina o relato dizendo que eles são sua família.
Analisando do ponto de vista da psicologia social, sabemos que é impossível conceber o ser humano desprovido de seu caráter histórico, social, cultural, político, religioso, famíliar, laboral, ou seja, para entender o indivíduo é preciso que se estude o grupo ou a sociedade onde ele está inserido.
02
Na segunda cena, aparece uma jovem professora, recem formada e entusiasmada tendo o primeiro contato com a diretora da escola, que conta que os jovens não tem preparo, moram longe, alguns sairam de reformatórios e que ela deve refazer o plano de aula, e que é uma pena ela não ter chego há 2 anos, antes que fosse criada a integração voluntária que prejudicou a escola, que tinham uma das médias mais alta e depois da integração voluntária perderam 75% dos alunos, mas logo a professora rebate e conta que a escolha da escola foi justamente por ter esta integração que acha muito empolgante e que o pai havia participado da integração dos direitos civis e que na época pensava em fazer direito, mas que pensou que quando estivesse defendendo um jovem no tribunal a luta estaria perdida e foi então que percebeu que a luta deveria acontecer na sala de aula. 
Pelo relatado até agora, é possível enxergar três grupos diferentes que se comportam conforme o ambiente em que estão inseridos, a professora Erin Gruwel, filha de um grande defensor dos direitos civis, vindo de uma família que já lutava pelos direitos dos jovens e acreditava na integração e mudança através do conhecimento; a diretora que estava inserida no ambiente, junto com outros professores, onde se sentiam obrigados a receber aquela turma que nunca quiseram; os alunos da sala 203 que viviam o preconceito, a pobreza e a violência constante. Nota-se que todos tem seu comportamento moldados pela sua história.
De acordo com Guilhardi (2002), “para entender as ações das pessoas e os sentimentos que acompanham tais ações, é necessário voltar um pouco atrás e localizar os eventos antecedentes que produziram simultaneamente os comportamentos e os sentimentos.” 
03 
No primeiro encontro da professora Erin com seus alunos, o ambiente é de hostilidade, ela é vista como uma representante do domínio branco e não é bem aceita por eles. Também existe uma hostilidade entre os alunos, pois a classe 203 é composta por brancos, negros, hispânicos e asiáticos, todos considerados alunos problemas, todos considerados a escória da sociedade e neste ambiente eram obrigados a conviver juntos, no mesmo espaço, porém criam-se pequenos guetos, com fronteiras bem estabelecidas. 
Fazendo uma análise com base na psicologia comportamental, observamos que o comportamento hostil são reflexos das contingências coercitivas presentes em suas vidas. A história daqueles alunos era isenta de reforço positivo, constituída por punição e coerção.
A direção da escola não se importava e nem acreditava que os alunos tivessem algum potencial, consideravam uma turma marginalizada que foi aceita compulsoriamente após uma criação de uma lei de integração racial e não investem nada neles, mostrando o quanto o preconceito exclui. A sala de aula tinha péssima estrutura, os livros da biblioteca não eram disponibilizados para aqueles alunos, nenhum investimento era feito para aquela turma.
A professora Erin era recém formada e cheia de sonhos, e diante do panorama encontrado chegou a questionar sua vocação, pois encontrou uma realidade muito diferente da que imaginava. No lugar de alunos empenhados ela encontra um grupo totalmente marginalizado, e ao invés de professores engajados com a causa, encontra um universo completamente resistente e preconceituoso.
04
No primeiro dia de aula, Erin já começa a ter uma ideia do universo caótico e violento que terá que enfrentar. A escola, no passado já havia sido considerada um centro de excelência, mas depois da entrada desses alunos, a escola perdeu seus melhores alunos e passou a ser vista como a escória da sociedade, transformando-se em um lugar de constantes confrontos de gangues.
Diante deste panorama e sem apoio da direção, a professora Erin poderia ter desistido, mas ela acreditava que poderia transformar aquela realidade e utilizou várias formas para tentar uma aproximação com os alunos, desde pintar a sala de aula, comprar livros para leitura, utilizar-se de músicas que os alunos gostavam para promover reflexões.
Conforme aprendemos na psicologia comportamental, uma mudança no ambiente promove uma mudança no comportamento e aos poucos se incia uma interação entre professor e alunos, mas ainda cheia de ressalvas. 
A grande mudança ocorre quando uma caricatura que tinha o objetivo humilhar um estudante negro vai parar em suas mãos,e ela tem a chance de fazer um paralelo entre o holocausto e o atual contexto racial tão presente na vida daqueles alunos, a maioria nem sabia o que era o holocausto e aqui a professora teve a chance não somente de ensinar a história mas também de passar noções sobre respeito, convivência pacífica, tolerância e aceitação das diferenças. Ela os leva a um passeio no museu do holocausto onde eles podem ver de perto tudo que aconteceu e logo após, ela cria um projeto de escrita e leitura, iniciado com o livro “O diário de Anne Frank” onde os alunos passam a contar suas vivências, inseguranças, medos e aflições.
Neste momento do filme, os alunos já aceitam o olhar e apoio da professora, pela primeira vez eles se sentem vistos, apoiados e incentivados. A professora começa a fazer uma valorização intensa do potencial de cada um, reforçando positivamente, com eleogios, apoio e incentivos. O reforçamento positivo dado aos alunos transforma o comportamento dos mesmos e inicia-se um compromentimento e empenho dos alunos no aprendizado.
05
A professora Erin sabia que cada um enfrentava grandes problemas diários em sua vida pessoal e qua ainda existia uma separação por etnias entre os alunos, e visando mostrar o quanto são iguais, ela entrega aos alunos cadernos, para que eles possam escrever sobre os conflitos e emocões existentes em suas vidas e avisa que vai deixar o armário aberto no decorrer da aula para quem quiser que ela leia deixe o caderno lá e que trancará e levará a chave consigo no termino de cada aula. Aqui a professora estabelece uma relação de confiança com seus alunos e surpreendetemente quando foi olhar no armário todos os cadernos lá estavam.
Na verdade, tudo que o ser humano deseja é ser ouvido e aqui foi quebrada a última barreira existente entre a professora e seus alunos.
Com a prática do diário, inicia-se um processo de observação de sí mesmo, das suas emoções e eles passam a entender melhor sobre suas próprias vidas e sentimentos. Logo os alunos começam a ler seus diários em classe e aqui começam a perceber que não existe diferença entre eles e passam a se respeitar e se apoiar, quebrando as separações existentes até aquele momento.
Guilhardi (2002, p.96), escreve sobre a importância do papel desse sentimento:
“É fundamental que a pessoa aprenda a observar seus comportamentos e o contexto em que eles ocorrem: os antecedentes e as conseqüências que eles produzem. Só desta maneira a pessoa pode se tornar um agente ativo de sua própria vida, utilizando o potencial de poder se comportar como instrumento de ação para a transformação do ambiente. Os comportamentos de observar precisam ser aprendidos e essa tarefa cabe à comunidade verbal em que o indivíduo se desenvolveu e está inserido.” 
A professora ajuda o desenvolvimento de auto estima entre seus alunos, com reforço positivo quando propõe que transformem seus diários em um livro, ela apoia, incentiva e reforça o comportamento deles de escrever, principalmente por valorizar o que escrevem. Até estOe momento os alunos nunca haviam sido valorizados em nenhum comportamento, eram cercados de contingências negativas e punitivas, com a mudança neste ambiente e com o reforço positivo encontrado o comportamento dos alunos se modificou assim como suas vidas.
Guilhardi (2002) explica, que “a auto-estima é o produto de contingências de reforçamento positivo de origem social”. 
01
Como a família e o ambiente social da maioria dos adolescentes não conseguiram desenvolver esse sentimento de auto-estima, coube a professora Erin Gruwell essa tarefa, que ela realizou com brilhantismo.
Aqui já não cabe mais cita-los como os alunos da sala 203 e sim como “ Os escritores da Liberdade”. ELES ADQUIRIRAM UMA IDENTIDADE, TIVERAM A OPORTUNIDADE E O CAMPO FÉRTIL PARA SEREM MELHORES.
A professora Erin os acompanhou no terceiro e quarto ano, muitos foram os primeiros de sua família a se formarem no segundo grau e irem para a faculdade.
O filme Escritores da Liberdade, merece ser visto, tras muito aprendizado. Aos analistas de comportamento, o filme oferece possibilidades e ilustra como se dá a promoção de reforçamentos positivos, ao invés da utilização de punição e coerção. Dentro da psicologia social verificamos que não é possível manter padrões estabelecidos para que o sistema funcione e é importante que haja inovações obeservando o grupo em que o indivíduo está inserido para que os métodos realmente funcionem.
Vamos ver em todas as apresentações que tudo é moldado, nos vivemos em caixas, em sistemas e somos consequência destes sistemas... a onda mostra como se implanta um regime autoritário enquanto os escritores da liberdade mostra como se recupera auto estima e cria pessoas de valores....ou seja....
O QUANTO A CAIXINHA ONDE ESTAMOS INSERIDOS REFLETE QUEM SOMOS.
O Filme 
E
SCRITORE
S
 
DA
 
LIBERDAD
E
 
 
é um
 
drama
 
norte
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americano
 
lançado em
 
2007. Dirigido por
 
Richard 
LaGravenese
 
e produzido por
 
Danny DeVito,
 
Michael Shamberg
 
e
 
Stacey Sher, o
 
film
e
 
é inspirado nos eventos reais 
relatados pelo livro
 
“The Freedom Writers Diaries”, baseado nos relatos da professora Erin Gruwell e seus diversos alunos. 
 
O filme “Escritores da Liberdade” logo de início, aborda os ideais de uma professora recém
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formada a procura de fazer a 
diferença em suaprofissão. Motivada por seus ideais, aceita o cargo d
e
 
professora de então titulada “turm
a problema”, com 
a tarefa de ensinar adolescentes rebeldes, intolerantes e de primeira vista, indomáveis e
 
desacreditados por um sistema 
educacional deficiente.
 
Estruturalmente, o filme Escritores da Liberdade se divide em três momentos básicos: o primeiro 
momento mostra a alegria 
de Erin Gruwell em, finalmente,poder se dedicar a atividade de docência, que era um de seus sonhos. O segundo momento 
destaca todas as frustrações e desafios nos quais ela passa na tentativa de realizar um trabalho docente
 
significa
tivo. O 
terceiro momento enfatiza as conquistas alcançadas com a turma, os frutos colhidos, diante do seu esforço.
 
A professora enfrentou diversas barreiras, começando pelos próprios colegas que
 
não acreditavam no potencial dos al
unos
, 
além de serem 
violentos 
e participa
r
 
de gangues. Mas, ela rompeu estes desafios e lutou sozinha, como o salário não era 
muito significativo, teve que buscar outras
 
alternativas, como trabalhos extras para arrecadar dinheiro 
para comprar 
materiais e fazer atividades dife
rentes com seus alunos, pois a instituição não fornecia verba para estas atividades,por não 
acreditar no potencial dos alunos.
 
No decorrer do filme ela percebe que a sala é dividida e tenta de maneira extracurricular fazer com que estes alunos se 
interajam.
 
Dessa maneira a professora
 
começa a conquistar a turma, fazendo com que eles se apaixonem pela
 
escrita e pela
 
leitura. 
 
Com toda essa paixão pelos alunos no decorrer do filme seu marido não aceitou ver o sucesso e a dedicação que Erin tinha 
com
 
o ensino, e preferiu se divo
rciar a ajudá
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la, mas isso não fez com que ela desistisse, lutou e conseguiu acompanhar seus 
alunos até o 4º ano, quando terminaram o ensino médio e alguns passaram
 
para a universidade.
 
A análise 
foi
 
feita a partir dos textos estudados em psicologia social e, como ainda não estudamos as outras 
grandes forças da psicologia, nos embasa
mos na 
comportamental
 
A primeira cena do filme mostra a violência entre as gangues e a 
tensão racial existente e continua com a leitura 
de uma parte do diário de Eva, uma das personagens, relatando o preconceito racial sofrido e um espisódio em 
que estava na porta de casa, esperando o pai para leva
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la ao onibus, quando viu seu vizinho ser as
sassinado por 
um grupo que passava de carro, em seguida a polícia invade sua casa e leva seu pai, que era inocente, por 
retaliação, apenas por ser respeitado pelo seu povo e continua com a menina relatando que eram chamadosde 
gangues por serem de outra et
nia e que na cidade de Long Beach não importa sua aparência, que se fosse negro, 
hispânico ou asiático, poderia levar um tiro sempre que saisse de casa. Eva termina o relato contando que quando 
teve a iniciação na vida de gangues apanhava e que isso era pa
ra que ela aprendesse a não se dobrar e termina o 
relato dizendo que eles são sua família.
 
Analisando do ponto de vista da psicologia social, sabemos que é impossível conceber o ser humano desprovido 
de seu caráter histórico, social, cultural, político, re
ligioso, famíliar, laboral, ou seja, para entender o indivíduo é 
preciso que se estude o grupo ou a sociedade onde ele está inserido.
 
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Na segunda cena, aparece uma jovem professora, recem form
ada e entusiasmada tendo o primeiro contato com a diretora da escola, que conta que os 
jovens não tem preparo, moram longe, alguns sairam de reformatórios e que ela deve refazer o plano de aula, e que é uma pena 
ela não ter chego há 2 
anos, antes que fosse
 
criada a integração voluntária que prejudicou a escola, que tinham uma das médias mais alta e depois da integração voluntária
 
perderam 75% dos alunos, mas logo a professora rebate e conta que a escolha da escola foi justamente por ter esta integração 
que 
acha muito empolgante 
e que o pai havia participado da integração dos direitos civis e que na época pensava em fazer direito, mas que pensou que qu
ando estivesse defendendo 
um jovem no tribunal a luta estaria perdida e foi então que percebeu que a luta dev
eria acontecer na sala de aula. 
 
Pelo relatado até agora, é possível enxergar três grupos diferentes que se comportam conforme o ambiente em que estão inserid
os, a professora 
Erin 
Gruwel, 
filha de um grande
 
defensor
 
dos
 
direitos
 
civis,
 
vindo
 
de uma 
família que já lutava pelos direitos dos jovens e acreditava na integração e 
O Filme ESCRITORES DA LIBERDADE é um drama norte-americano lançado em 2007. Dirigido por Richard 
LaGravenese e produzido por Danny DeVito, Michael Shamberg e Stacey Sher, o filme é inspirado nos eventos reais 
relatados pelo livro “The Freedom Writers Diaries”, baseado nos relatos da professora Erin Gruwell e seus diversos alunos. 
O filme “Escritores da Liberdade” logo de início, aborda os ideais de uma professora recém-formada a procura de fazer a 
diferença em suaprofissão. Motivada por seus ideais, aceita o cargo de professora de então titulada “turma problema”, com 
a tarefa de ensinar adolescentes rebeldes, intolerantes e de primeira vista, indomáveis e desacreditados por um sistema 
educacional deficiente. 
Estruturalmente, o filme Escritores da Liberdade se divide em três momentos básicos: o primeiro momento mostra a alegria 
de Erin Gruwell em, finalmente,poder se dedicar a atividade de docência, que era um de seus sonhos. O segundo momento 
destaca todas as frustrações e desafios nos quais ela passa na tentativa de realizar um trabalho docente significativo. O 
terceiro momento enfatiza as conquistas alcançadas com a turma, os frutos colhidos, diante do seu esforço. 
A professora enfrentou diversas barreiras, começando pelos próprios colegas que não acreditavam no potencial dos alunos, 
além de serem violentos e participar de gangues. Mas, ela rompeu estes desafios e lutou sozinha, como o salário não era 
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acreditar no potencial dos alunos. 
No decorrer do filme ela percebe que a sala é dividida e tenta de maneira extracurricular fazer com que estes alunos se 
interajam. Dessa maneira a professora começa a conquistar a turma, fazendo com que eles se apaixonem pela escrita e pela 
leitura. 
Com toda essa paixão pelos alunos no decorrer do filme seu marido não aceitou ver o sucesso e a dedicação que Erin tinha 
com o ensino, e preferiu se divorciar a ajudá-la, mas isso não fez com que ela desistisse, lutou e conseguiu acompanhar seus 
alunos até o 4º ano, quando terminaram o ensino médio e alguns passaram para a universidade. 
A análise foi feita a partir dos textos estudados em psicologia social e, como ainda não estudamos as outras 
grandes forças da psicologia, nos embasamos na comportamental 
A primeira cena do filme mostra a violência entre as gangues e a tensão racial existente e continua com a leitura 
de uma parte do diário de Eva, uma das personagens, relatando o preconceito racial sofrido e um espisódio em 
que estava na porta de casa, esperando o pai para leva-la ao onibus, quando viu seu vizinho ser assassinado por 
um grupo que passava de carro, em seguida a polícia invade sua casa e leva seu pai, que era inocente, por 
retaliação, apenas por ser respeitado pelo seu povo e continua com a menina relatando que eram chamados de 
gangues por serem de outra etnia e que na cidade de Long Beach não importa sua aparência, que se fosse negro, 
hispânico ou asiático, poderia levar um tiro sempre que saisse de casa. Eva termina o relato contando que quando 
teve a iniciação na vida de gangues apanhava e que isso era para que ela aprendesse a não se dobrar e termina o 
relato dizendo que eles são sua família. 
Analisando do ponto de vista da psicologia social, sabemos que é impossível conceber o ser humano desprovido 
de seu caráter histórico, social, cultural, político, religioso, famíliar, laboral, ou seja, para entender o indivíduo é 
preciso que se estude o grupo ou a sociedade onde ele está inserido. 
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Na segunda cena, aparece uma jovem professora, recem formada e entusiasmada tendo o primeiro contato com a diretora da escola, que conta que os 
jovens não tem preparo, moram longe, alguns sairam de reformatórios e que ela deve refazer o plano de aula, e que é uma pena ela não ter chego há 2 
anos, antes que fosse criada a integração voluntária que prejudicou a escola, que tinham uma das médias mais alta e depois da integração voluntária 
perderam 75% dos alunos, mas logo a professora rebate e conta que a escolha da escola foi justamente por ter esta integração que acha muito empolgante 
e que o pai havia participado da integração dos direitos civis e que na época pensava em fazer direito, mas que pensou que quando estivesse defendendo 
um jovem no tribunal a luta estaria perdida e foi então que percebeu que a luta deveria acontecer na sala de aula. 
Pelo relatado até agora, é possível enxergar três grupos diferentes que se comportam conforme o ambiente em que estão inseridos, a professora Erin 
Gruwel, filha de um grande defensor dos direitos civis, vindo de uma família que já lutava pelos direitos dos jovens e acreditava na integração e

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