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Leitura de lâminas Analise de leucócitos O hemograma é um dos exames mais solicitados, avalia as células sanguíneas e se torna mais complexo quando requer análise de lâminas. São 2 os principais tipos de alterações: : alteração na qualidade dos linfócitos : alterações de números O laudo vem com dois valores diferentes: o relativo e o absoluto. Os valore absolutos são os que mostram a realidade do paciente. As contagens são feitas por contadores automatizados. Alguns equipamentos são de 3 partes e outros de 5 partes. Os equipamentos de 3 partes, nos obrigam a realizar uma leitura de lâminas mais apurada. Todos os equipamentos emitem “flags”, ou seja, uma sinalização caso ocorra alguma anormalidade, e embora não seja muito preciso, o ideal é sempre verificar fazendo a leitura da lâmina. Os flags podem sinalizar: fragmentos? Populações dimórficas? Hemácias nucleadas? granulócitos imaturos? Variantes atípicas? Linfocitose? Linfocitoblastos anormais? Desvios à esquerda? Linfócitos atípicos? plaquetas anormais? A automação não revela, nos leucócitos, alterações morfológicas qualitativas reacionais, granulações tóxicas. Para o aparelho de 5 partes, devemos criar critérios para a verificação e para a avaliação das lâminas, já para o de 3 partes, todas as lâminas devem ser revisadas. Se o trabalho for feito em um laboratório específico de análises oncológicas, ou em uma UTI, todas as lâminas devem ser revisadas, independente do tipo de automação. A lâmina deve, inicial mente, ser analisada macroscopicamente (franja, coloração). Para a análise microscópica, deve-se iniciar com o aumento de 40X e se for necessário, deve-se ir para o aumento de 100X, porém a literatura recomenda o aumento de 100X, sempre. As lâminas devem ser lidas em zigue - zague, desta forma, melhora a avaliação. confirmação de linhagem só com exames mais específicos; muito jovens, são células de médio a grande porte, com núcleo muito grande, pouco citoplasma e basófilo (alta relação citoplasma/núcleo); nucléolo grande; cromatina frouxa (núcleo bem claro), e sem granulações. citoplasma azul, grânulos grandes primários inespecíficos, pois não se sabe qual célula ele irá originar, cromatina frouxa, Zona de Golgi visível. se origina do prómielócito, sem nucléolo, cromatina condensada. : diferenças no núcleo sem sinais de segmentação nuclear ou lóbulos sedimentares ou núcleo em “S”; citoplasma rosado e abundante; a contagem é feita junto com os neutrófilos e podem ser feito um comentário no laudo, caso esteja abundante. : citoplasma claro, rosado e homogêneo, pela presença de granulação secundária específica; apresentam de 3 a 4 lóbulos e cromatina muito condensada. maturação parecida com os neutrófilos; o que muda são os grânulos, que são redondos e alaranjados. diferenças nas granulações; a células imaturas, possui poucos grânulos; difícil observar os imaturos. Os precursores monocíticos são de cor azul acinzentada, possuem granulações finas deixando a célula com “aspecto empoeirado”. Os monoblastos são células grandes, com citoplasma abundante e que podem conter alguns vacúolos ou grânulos finos. Possuem um núcleo grande, com cromatina rendada e um ou mais nucléolos proeminentes. Os promonócitos têm núcleos irregulares, delicadamente dobrados e cromatina fina, nucléolos pequenos e indistintos e citoplasma finamente granulado. São contados como blastos. Os monócitos são células pleomórficas, tem cromatina mais condensada que a de seus precursores. Seu citoplasma é acinzentado, com granulações finas. Vacúolos são comumente observados. : a maturação ocorre pelo mesmo processo, tanto para a linhagem B como T. Os linfócitos têm uma maturação bem rápida. Os linfoblastos são células de tamanho variado, alta relação citoplasma/núcleo, cromatina variável, e nucléolos evidentes ou não. Os pró linfócitos possuem o núcleo muito evidente, um citoplasma maior e a cromatina mais condensada. Nucléolo não aparece. E esta célula só aparece em casos bem específicos. Os linfócitos são células com pouco citoplasma, cromatina bem densa. Os linfócitos granulares, NK ou citotóxicos , possuem grânulos e devem ser contados juntos dos linfócitos e devem representar 20 % dos mesmos. Não devem ser confundidos com os linfócitos reativos. Alterações morfológicas ou quantitativas: observado em pacientes com anemia megaloblástica ou que fizeram uso de G-SCF (estimulador de colônias de granulócitos) ou ainda em SMD ou quadros infecciosos. : comum na anomalia de Pelger-Huet , SMD, LMA, após o uso de G-SCF, e ocasionalmente na LMC. SMD, LMA, após a administração de G-SCF. deficiência de grânulos específicos. frequente na LMC, LND, mas podem aparecer também na SMD e LMA; ocasionalmente ocorrem em indivíduos saudáveis. : podem ocorrer em casos de queimaduras, infecção e gestação. infecções bacterianas, em casos de alta ingestão de álcool. : em casos de queimaduras, gestação e infecção, granulopoiese displásica, HIV, SMD, uso de medicamentos imunossupressores, intivirais e quimioterápicos. : na anemia megaloblástica, síndrome mielodisplásica e leucemia eosinofílica. anomalia de Pelger Huet, deficiência de grânulos específicos, SMD, mielofibrose, entre outras. são classificados em tipo I, II e III. Esta classificação não deve ser colocado no laudo. blastos de relação e tamanho variáveis, ou seja, tamanhos variados e relação citoplasma/núcleo também. Grânulos ausentes no citoplasma. Cromatina delicada e nucléolos proeminentes. Não possuem bastonete de Auer. Ocorrem nas leucemias agudas. relação núcleo/citoplasma maior que o blasto tipo I; apresentam poucos grânulos; ocasionalmente observam-se os Bastonetes de Auer. presença de grânulos azurófilos: não tem Zona de Golgi e podem apresentam Bastonetes de Auer. : aparecem nas leucemias mais agressivas. A notificação deve ser urgente, pois a Leucemia Progranulocítica Aguda Hipergranular(LMA-3/LPA) causa muita hemorragia. Possuem granulações grosseiras, sobrepondo o núcleo e dificultando a visualização da cromatina. algumas células podem ter grânulos; raros granulócitos hipergranulares; biovulação nuclear; a maioria são hipoglanulares. Ocorre em Leucemias Prógranulocíticas Agudas Hipogranulares. células de médio porte, com citoplasma moderado, podendo ter grânulos azulófilos. Núcleo com invaginação nuclear proeminente. : derivam de grânulos contendo catalase, sendo distintos dos bastonetes de Auer, que derivam da peroxidase. células de pequeno porte, com alta relação núcleo/citoplasma. Nucléolos pouco evidentes ou ausentes. Citoplasma escasso, basofílico. Raramente podem apresentar vacuolização. células com relação núcleo/citoplasma variável. Núcleo irregular, podendo ter endentações ou ser clivado. Cromatina frouxa e nucléolos visíveis. Raramente o citoplasma apresenta vacúolo. : são células linfoides de médio a grande porte, com cromatina homogêneau nucléolos evidentes. Citoplasma intensamente basófilo. Presença de vacuolização. células pleomórficas, variando no tamanho e na relação núcleo/citoplasma. Núcleo irregular. Nucléolos podem ser observados. Algumas células podem parecer blastos. células linfoides pleomórficas com núcleo irregular, multilobulado com formato semelhante a uma folha de trevo. Algumas células podem apresentar nucléolos. Citoplasma com basofilia variável. células maiores que o linfócito normal. Citoplasma basofílico com projeções citoplasmáticas finas e uniformes, semelhantes a fios de cabelo (Hairy cell) : células linfódes pequenas, com citoplasma escasso, cromatina condensada, núcleo crivado, nucléolos geralmente, ausentes. : células variando de pequeno a grande porte.Apresentam núcleo convoluto ou com aspecto recebriforme. Citoplasma basofílico, podendo ou não ter vacúolos. Este linfoma é considerado uma variante agressiva da micose fungóide, sendo capazes de infiltrar na pele. A coloração é primordial para o bom diagnóstico. Colorações mal feitas, podem induzir a diagnósticos errados. Eritrócitos: rosados Cromatina: púrpura Citoplasma dos linfócitos: Azul Citoplasma dos monócitos: azul acinzentado Grânulos específicos dos neutrófilos, grânulos das plaquetas: púrpura claro ou cor de rosa. Coloração muito ácida: os eritrócitos ficam muito alaranjados ou avermelhados; os leucócitos com cromatina de tonalidade pálida; o citoplasma de monócitos e llinfócitos não se coram adequadamente e os grânulos dos neutrófilos ficam pouco corados ou não se coram. Coloração muito básica: os eritrócitos ficam esverdeados; os leucócitos ficam corados excessivamente, dando aspecto de granulações tóxicas. Os linfócitos e monócitos apresentam coloração azul escura, gerando dificuldade de diferenciação. Características morfológicas: tamanho, relação núcleo/citoplasma. saber o histórico e características individuais do paciente, como idade, sexo, sintomas, código internacional da doença (CID), motivo da solicitação do exame. Exames complementares.
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