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Introdução à Hematologia - O que é o sangue? É um tecido conjuntivo especializado constituído por uma mistura de plasma e elementos figurados (glóbulos vermelhos, plaquetas, glóbulos brancos). É fluído. Que elementos figurados estão no sangue? Eritrócitos, plaquetas, leucócitos (linfócitos, monócitos, neutrófilo, basófilo, eosinófilo). Macrófagos, células dendríticas, plasmócito geralmente não são encontradas no sangue. Estão no tecido conjuntivo propriamente dito ou nos órgãos linfoides secundários. 90% do plasma é constituído por água. 10% são íons orgânicos (glicose, albumina) e íons inorgânicos (sódio, cloreto). Albumina é responsável pela pressão osmótica/pressão osmótica coloidal, que mantém a água dentro do vaso. O meio intracelular é diferente do meio extracelular. Exame hematológico é feito através dos elementos figurados, então é um hemograma. É uma análise quantitativa e qualitativa dos elementos. Todos os elementos figurados tem fosfolipídios, proteínas, açúcares (glicolipídios) e tem o núcleo. O meio extracelular é diferente do ambiente intracelular. Os elementos da membrana plasmática é diferente entre as células (morfologicamente e molecularmente diferentes). Comparando das pessoas, as hemácias são parecidas morfologicamente mas molecularmente são diferentes. - Tipos de tecidos São 4 tipos de tecidos: muscular, epitelial, nervoso e conjuntivo (propriamente dito e o especializado). • Classificação do tecido conjuntivo Temos o tecido sanguíneo ou hematopoiético. As hemácias são produzidas na medula óssea vermelha, que os ossos chatos produzem mas só a partir dos 18 anos. Ossos chatos = crânio, costelas, coluna, quadril. As hemácias saem dos ossos, passam pelos capilares e vão para a periferia. Depois dos 18 anos, nos ossos longos a medula óssea vermelha vira medula óssea amarela (tecido adiposo). No meio do tecido adiposo tem um pouco de CTH, então pode voltar a produzir sangue, se necessário. Dentro do tecido conjuntivo especializado temos o tecido adiposo, tecido ósseo, tecido cartilaginoso. Na doação de medula óssea cirúrgico, vai ser feito no quadril. - Células estudas Monócitos, linfócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, macrófagos (monócitos), eritrócito e plaquetas. - Composição do sangue Coleta de sangue de sangue total com anticoagulante, vamos ter plasma (55%), temos uma camada leucoplaquetária (células brancas e plaquetas, 5%), o restante são células vermelhas (40 a 45%). Lipêmico: um pouco de gordura no plasma. Sangue venoso: vermelho escuro Sangue arterial: vermelho mais vivo. A alteração da cor do plasma pode ser por conta de medicamentos, o que a pessoa comeu ou alguma doença. • Exames de sangue VS partes do sangue O plasma é obtido através de uma amostra com anticoagulante. O objetivo é analisar os elementos figurados mas é mais barato usar o soro. O soro é uma amostra coletada sem anticoagulante. No sobrante temos o soro. A composição do plasma e do sangue é basicamente o mesmo. Quando formar o coágulo algumas proteínas da coagulação vão ser consumidas, então é isento das proteínas da coagulação. Com isso, podemos dizer que o soro é um material mais limpo. Para quase tudo é utilizado o soro. Normalmente, é utilizado o anticoagulante para fazer o hemograma. A albumina (manutenção da pressão osmótica coloidal), imunoglobulinas, fatores da coagulação, enzimas, lipoproteínas, glicose. Para que serve a plaqueta? (pesquisar) • Cálculo do volume de sangue Volume de sangue total – VST de 6% a 8% do peso corporal do indivíduo. Homens: 62,4ml/kg (exemplo: 70kg seria 5000ml). Mulheres: 61,9ml/kg (exemplo 55kg seria 3500ml) Uma bolsa de doação de sangue tem 450ml (cerca de 10% do nosso sangue). Hematopoese e Hemocaterese Poese ou poiese: produção. Hemato: sangue Caterese: destruição - Hematopoiese Todas as células sanguíneas são produzidas pelas CTH, que vão receber estímulos para se proliferar ou se diferenciar, posteriormente vai amadurecer e vai cair na circulação periférica. Proliferação, diferenciação e maturação (maduras). Na circulação periférica, temos neutrófilos, eosinófilos, hemácias, basófilos, monócitos, plaquetas e linfócitos. As células precursoras estão na medula óssea e não estão maduras. Em questões fisiológicas, estão na medula óssea mas podem ter questões patológicas que vão estar na circulação periférica. Quando ela se divide, é a divisão exponencial. Por dia, produzimos cerca de 200 bilhões de hemácias. Existem dois pontos de vistas que podemos estudar: ponto de vista morfológico, colocar no microscópio, mas células precursoras não tem característica morfológica definidas pois são parecidas. Conseguimos diferenciar através das proteínas de membrana, proteínas CD, mas para ver as proteínas, temos a citometria de fluxo. Utiliza anticorpos monoclonais para detectar as proteínas da célula. As proteínas mudam de acordo com a sua maturação. As células indiferenciadas se chamam Blasto. Os blastos, morfologicamente, são parecidos. São células grandes, alta relação núcleo-citoplasma, o núcleo é grande, ocupa quase toda a célula. Essa célula tem a cromatina frouxa, pois precisa copiar o DNA, tem nucléolos visíveis, citoplasma em azul escuro (citoplasma é basofílico). Para saber qual célula é, só sabendo o marcador. Normalmente, o que é encontrado na medula é 1% das células pois elas se maturam rapidamente. • Célula-tronco São vários tipos: totipotente, mutipotente, pluripotente e células-tronco hematopoiéticas (CTH). São encontradas no mesmo local mas muda o nível de maturação. As pluripotentes são resultantes da divisão das células totipotentes, que são mais limitadas em sua diferenciação. O seu objetivo é fazer cópias dela e se diferenciar em mutipotente. A mutipotente é resultante da divisão das células pluripotentes, tem a função de reparação e a manutenção tecidual. Totipotente é resultante da divisão celular do óvulo fertilizado. Podem dar origem a qualquer tipo de célula ou de tecido que compõe o embrião. As células-tronco hematopoiética são células que possuem a capacidade de se autorenovar e se diferenciar em células especializados do tecido sanguíneo e células do sistema imune. São encontrados em medula óssea e no cordão umbilical. Pode ser originado a partir das células pluripotentes (uma parte das cópias dão origem as células mutipotente) e das células mutipotente (não se divide e sim só se diferencia). O CTH mutipotente vai formar glóbulos vermelhos e glóbulos brancos. A célula-tronco mesenquimal pode ser pluripotente ou mutipotente (pode se diferenciar em músculos, nervos, ossos, outros tecidos). Essas células vem das células de dente de leite (congelar em criopreservaçao, teoricamente tem capacidade de se diferenciar em outros tecidos), célula proveniente do tecido adiposo ou célula do cordão umbilical (tecido, célula mesenquimal). O congelamento da célula do cordão umbilical, serve para termos uma cópia das CTH novas. Caso, a pessoa tenha uma doença imune, ela pode utilizar para fazer um transplante. Pode ser utilizado para transplante autólogo ou para transplante alogênico (mais utilizado, porque as vezes tem casos de congelar o cordão do segundo filho para usar no primeiro). Sangue do cordão umbilical é rico em CTH mutipotente. • Sistema hematopoiético Fígado, Baço, Medula óssea Linfonodos; Timo Esses órgãos são chamados de sistema hematopoiético. Os primeiros vasos sanguíneos, se originam do mesoderma embrionário que reveste o saco vitelino. Porção periférica da origem ao endotélio. Porção central dá origem ao megaloblastos (precursoras, dá origem as célula sanguíneas).A hematopoese tem um período intra uterino, são três etapas: 1. 0-1 meses: fase pré-hepática (saco vitelino) 2. 2 a 7 meses: fase hepato-esplênica (acontece no fígado e no baço) 3. 5 a 9 meses: fase mieloide (Medula Óssea). Se nascer prematuro, vai se ter essas fases mesmo assim mas tem um impacto. Após o nascimento, o fígado e o baço perdem função produtiva e passa a participar do processo de destruição pelo SMF. Pós-natal, temos o período extra uterino. 1. 0 a 4 anos: fase criança. Faz em todas as medulas ósseas, quanto maior o osso, mais fácil vai ocorrer a hematopoese. Depende do espaço do osso, por isso as vértebras não fazem hematopoese. 2. 4 a 18 anos: convergência troncular (ossos do tronco) da hematopoese. Os ossos longos param de produzir aos poucos e são substituídos por medula amarela (tecido adiposo) e só os ossos chatos vão produzir. Os ossos longos podem voltar a fazer hematopoese, então a medula amarela vira medula vermelha. Mas quando o problema se resolva, volta a ficar com a medula amarela. 3. Fase adulta: produção restrita aos ossos chatos. 4. Mais de 50 anos: fase senil Os ossos longos vão se substituir pela medula cinza, que é outro tecido conjuntivo (tecido fibroblastos). Não volta mais para medula vermelha. Caso precise, acontece a Metaplasia mieloide ou hematopoese extra medular. Tem diferenças de medula. Pode voltar a fazer hematopoese no fígado e no baço. A medula pode ser coletada através do esterno e no quadril para análise para transfusão ou biópsia. Pode ser coletada na crista ilíaca. - Hemocaterese Hemocaterese é o processo pelo qual eritrócitos senescentes ou lesionados são destruídos pelos macrófagos. Vida média dos eritrócitos: 120 dias (4 meses). Não é por apoptose, e sim por sinalização. A hemácia tem membrana que é constituído por fosfolípides, proteínas e carboidratos. O tipo de fosfolípide tem diferença na extracelular e intracelular. Na extracelular, temos fosfatidilcolina (PC) e esfingomielina (SM). No intracelular, temos o fosfatidiletanolamina (PE) e o fosfatidilserina (PS). A PS vai sofrer um flip, ela é exposta no extracelular e a PC vai para dentro. Isso acontece quando a hemácia fica velha. • Membrana eritrocitária Composição: 52% proteínas, 42% lipídeos, 8% carboidratos. Na porção intramembranar encontram-se proteínas integrais que ancoram-se a um citoesqueleto. A espectrina, anquirina e actina são responsáveis pela integridade e elasticidade da membrana permitindo a passagem do eritrócito através de capilares de 3 micrômetro de diâmetro. As proteínas (extracelular e intracelular) são produtos da transcrição e da tradução. Não tem mais núcleo. Durante o processo de maturação, ela descarta o núcleo. Com isso, não faz mais transcrição e tradução, assim, não repara as proteínas da membrana. Dentro da hemácia, temos hemoglobina, água, íons orgânicos e inorgânicos. Conforme o seu envelhecimento estas células passam a sofrer certas modificações de membrana, incluindo: Peroxidação de lipoproteínas. Redução de resíduos de ácido siálico (sialoglicoproteinas, faz com que a carga seja negativa para manter espaço), os quais auxiliam na eletronegatividade da célula. Ficam mais próximas das outras quando ficam velhas. Alterações da Banda 3 que participam da manutenção da integridade da membrana e do transporte de ânions (bicarbonato e cloreto, só conseguem sair da hemácia através da banda 3). Com a diminuição, tem comprometimento da saída dos ânions. Exposição de fosfatidilserina. O macrófago tem o receptor da fosfatidilserina, com isso, o macrófago vai fagocitar. Essas alterações de membrana sinalizam para uma morte programada mediada pelos macrófagos presentes no SMF (sistema mononuclear fagocitária) do baço, assim como os presentes na medula óssea e também pelas células de Küpffer no fígado, que são sinalizados pelas modificações citadas acima. As células senescentes se retraem e a fosfatidilserina fica exposta, permitindo que a CD36, presente nos macrófagos, reconheça o antígeno e fagocite a célula. • SMF/SRE É um sistema constituído por células com capacidade fagocitária, pode estar situado em diferentes lugares do organismo. O SMF do baço está relacionado ao processo de homocaterese. Esse sistema têm por função a defesa contra antígenos incluindo os micro-organismos, bem como na remoção de células velha e mortas, entre outros. - Hematopoese – Eritropoese A formação das hemácias se chama eritropoese. • CTH 1 a cada 30.000 células nucleadas da medula óssea: residem na MO em nichos formados por células do estroma. A célula pluripotente vai fazer cópias dela mesma e já vão começar a se diferenciar, então está no 1 a cada 30.000 células. Para o processo de diferenciação, tem que ter estímulos, como macrófago e o fibroblasto. Dependendo do estímulo, vira a diferenciação de CTH multipotente e em seguida vai formar duas unidades formadoras. A proliferação, diferenciação e maturação são medidas por: interleucinas (IL) e por CSF (fatores estimulantes de colônias). Vão agir diretamente nos receptores de membrana estimulando ou inibindo o crescimento celular. Dependendo do conjunto de citocinas, vamos ter 2 linhagens diferentes: linhagem mieloide e linhagem linfoide. Se a CTH multipotente recebeu o IL-3 e GM- CSF, esse primeiro estímulo vai nos dar uma conjunto de células muito imaturas que são as UFC-GEMM. Essa unidade formadora de colônia são as linhagens mieloide. Vamos ter um segundo estímulo específico para cada célula. Se UFC-E for estimulada pelo EPO, essa UFC vai formar as eritropoeses. Se a UFC-G for estimulada por G-CSF vai formar os granulopoeses. Tem estímulo para neutrófilos, cariócitos, eosinófilos, basófilos e linfócitos. Se a CTH multipotente for estimulada por IL-1,6, 7 vai se diferenciar em UFC-L. Esse conjunto vai formar a linhagem linfoide, se o segundo estímulo for para formar o linfopoese, podemos ter linfócitos T (IL2, 4) e B (IL 1, 2, 4 5). Mas é um processo mais complexo, pois tem linfócitos que estão há anos com a gente. • EPO – Eritropoetina A eritropoetina é um hormônio produzido no rim. EPO é produzida por: Células de revestimento capilar peritubulares do córtex renal. Fibroblastos intersticiais no rim em estreita associação com o peritubular capilar e túbulo epitelial tubular. Células mesangiais produzem componentes estruturais dos glomérulos, agentes vasoativos, fatores de crescimentos, citocinas, quimiocinas, eritropoetina e elementos do sistema de complemento. Essas células percebem a hipóxia e aumentam a EPO, assim, aumentando a oferta de oxigênio. Sabemos que o gatilho para a síntese de EPO é a hipóxia. Dessa forma, responda: Quais situações podem levar à hipóxia? Altitudes, insuficiências respiratórias (doenças pulmonares, asma, COVID, enfisema), anemias, intoxicação de CO2. Em casos de altitudes: Há aumento da síntese de EPO? Sim. Diminui o2 e aumenta a EPO. A eritropoiese demora 7 dias para acontecer quando precisa. Na hemoglobina de quem vive em locais altos, vai ter aumento de +2g/dL. Quem mora perto do mar, vão produzir menos EPO. Se sim, a partir de qual altitude? A partir de 3000 metros começamos a perceber um mal estar mas fica mais acentuado em 3600 metros. Existe mais alguma alteração fisiológica nessas condições? Sim, aumento da Eritropoetina e retenção de líquido. Hematócrito é a porção entre a quantidade de glóbulos vermelhos em relação sangue total. • Fases e nutrientes importantes (eritropoiese) Quando a UFC-GEMM receber o segundo estímulo vai produzir o UFC-E (eritropoetina). É um pró-eritroblasto, que é um blasto. Vai se diferenciando,mudando morfologicamente e mudando de nome. A fase de reprodução, é onde ocorre as mitoses, de um pró-eritroblasto dá 16 eritrócitos. Fazem parte o pró-eritroblasto, eritoblastos basófilo e eritroblastos policromático. Fases das mitoses, tem dois nutrientes essenciais para acontecer a replicação do DNA, que é o ácido fólico e vitamina B12. A base nitrogenada que depende dessas vitaminas é a timina para ocorrer a sua síntese. Se tiver falta dos nutrientes, o pró-eritoblasto não consegue dar origem a 16 eritrócitos. O próximo passo é a hemoglobinazação que forma a hemoglobina. Precisa dos nutrientes: ferro, que pode vir da alimentação e da hemocaterese, que recicla o ferro, e vitamina B6. Vai desde o eritoblasto policromático, eritroblasto ortocromático e reticulócito. O reticulócito tem resíduo em RNAm e de organelas mas não tem mais núcleo. Com o resíduo, tem uma coloração diferente e é capaz de produzir a hemoglobina. A maturação pega o eritroblasto basófilo até o eritrócito. Hemoglobina Estrutura e função da hemoglobina A hemoglobina é divida em Heme e Globina. O ferro está na parte Heme. O grupo Heme é constituído por 4 átomos de Fe2+. Cada HEME é formado por um anel protoporfirínico contendo um átomo de ferro na forma ferroso, Fe++. Globina com 2 cadeias alfa (141aa) e 2 cadeias beta (146aa), é chamado de HbA. O sangue do adulto também contém pequena quantidade de: HbF(fetal), é constituída por 2alfa2y. aos poucos é trocado pela HbA. HbA (adulto), é constituído por 2alfa2gama. Cada molécula de hemoglobina (heme) consegue carregar 4 moléculas de oxigênio, que se liga ao ferro. Ao lado do ferro, temos uma histidina. A hemoglobina oxigenada é chamada de oxihemoglobina. Sem o oxigênio é chamado de desoxihemoglobina, ela está voltando para o pulmão. Quando tem monóxido de carbono associado é chamado de carboxihemoglina. O CO2 não reage com a hemoglobina mas reage para formar o monóxido de carbono, que vai bloquear a região do ferro. A 2,3 BPG é um metabolito que diminui a afinidade da HB pelo O2. - vitamina B6 A gente sintetiza a protoporfina, que é pelos precursores de eritrócito. Acontece nas etapas de hemoglobina. Na mitocôndria, temos a succinil CoA + glicina começa a ALA sintetase. São 8 etapas para ocorrer. A enzima é a ALA sintetase e a coenzima é a Vitamina B6. - Síntese da hemoglobina O grupo Heme vai ser sintetizado na eriprotese, mais específico em EP, EO, Ret. O ferro chega nas células precursoras através da proteína transferrina. O ferro que vem dos macrófagos e do SMF do baço, vai se associar na transferrina + Fe. Na hemoglobina tem receptor de transferrina, com isso vai se ligar. Caso o ferro chegue antes da hora, ele vai ficar guardado no depósito intracelular, que é a ferritina. Se a célula já está pronta, na mitocôndria na etapa 8, a protoporfirrina II vai se associar ao Ferro e forma o grupo Heme. No núcleo, está acontecendo a transcrição e a tradução. Cromossomo 16 e 11 estão relacionados a produção de globinas (alfa, beta, gama e delta), os genes vão ser transcritos pelos RNAm e vão ser traduzidos pelos ribossomos, as globinas vão se juntar formando pares. Assim, forma as hemoglobinas. A quantidade de ferro é controlada pela absorção intestinal. - Metabolismo de ferro Absorção: duodeno e jejuno Podemos absorver o ferro Heme (animal) e não Heme (vegetal). Vias: Heme: ferro ferroso (Fe2+) Não heme: ferro férrico (Fe3+) Ao ser ingerido, ele está no estado férrico mas para ser absorvido tem que estar no estado ferroso. Contribuem para esta transformação redutores gástricos, pH gástrico e a vitamina C. O nome da proteína que permite o ferro2 entrar no enterócito é o DMT-1. Se tiver outros metais voláteis, pode atrapalhar a entrada do ferro pelo DMT-1. O ferro Heme entra pela proteína HCP-1. O ferro só é absorvido quando passa pela basolateral, tem uma proteína chamada ferroportina para passar o ferro para o plasma. Tem outras proteínas na membrana basal que são os TFR e HFR que regula o aparecimento da ferroportina. Toda vez que o ferro for atravessar uma membrana, vai estar na forma reduzida (Fe2+) mas nem sempre o ferro está atravessando membranas. Para não sofrer oxidação, ele vai ser reoxidado (Fe3+) e vai se associar a apoferritina (ferro estocado dentro da célula). Ferro junto a uma proteína, forma de estoque ou para ser transportado, vai estar na forma oxidada, ferritina e transferrina. Ferritina é o ferro intracelular e a transferrina é o ferro transportado para a medula óssea. Após a absorção pode ser armazenado na forma ferritina (Fe3+ + apoferritina) no citoplasma do enterócito. As células podem descamar devolvendo o ferro ao lúmen intestinal Depois de absorvido para o plasma, o ferro é oxidado e se liga à transferrina (proteína que transporta o ferro ate a MO). - globinas As globinas são codificadas por 2 genes que vem de 2 cromossomos, que são o cromossomo 16 e 11 O cromossomo 16 codifica alfa e é principal, está presente em todas as globinas de adultos. Se a pessoa tiver uma alfa talassemia, pode falecer logo no começo da vida. Isso é a hidropsia fetal. Não faz a troca de zeta por alfa. A beta é codificada pelo cromossomo 11. A beta constituído a Hba, a épsilon forma HbA2 e a gama faz a HbF. Toda mutação em alfa e beta podem ser importantes Existem mutações em betaglobina que pode gerar a anemia falciforme. As porcentagens podem mudar conforme a pessoa tiver doenças na hemoglobina (hemoglobinopatias). Dentro da alfatalessima e a betatalessima temos mais de 100 subtipos. • Tipos de hemoglobina A alfa se mantém mas a gama (hemoglobina fetal) se diminui e aumenta a beta (hemoglobina A). As mutações em beta são assintomáticas nos 6 primeiros meses de vida. • Hemoglobinopatias Mutação do tipo missense ou mutação pontual. É decorrente através de 1 único nucleotídeo, que altera o aminoácido. As regiões que acontecem no sul da Europa (mediterrâneo) são diferentes das mutaõoes que ocorrem na África. No Brasil, veio imigrantes das duas regiões, então temos os dois alelos. • Anemia falciforme – hemoglobina Hereditariedade: Os estados falciformes são classificados em traço falciforme: Heterozigose: assintomático Homozigose: doença falciforme Doença falciforme é quando a pessoa tem um alelo S associado a outro com mutação, não necessariamente é outro S. Por isso, é diferente de anemia falciforme. A proteína é diferente, pois tem uma mutação no beta por ter uma valina mutado. Se tivermos um único nucleotídeo, muda o códon e na hora de traduzir, muda o formato da hemácia. Na normal, as hemoglobinas não tem afinidade e ficam espalhadas. Na falciforme, as hemoglobinas tem afinidade, vão empurrando a membrana e fica na forma de foice. Com isso, acontece uma vaso oclusão, pois não circula direito o sangue. - Degradação da hemoglobina Como uma hemácia dura em média 120 dias, após a destruição destas hemácias velhas, o ferro é reaproveitado para compor a hemoglobina de novas hemácias. 2/3 do ferro necessário para a produção de hemoglobina vem da degradação do eritrócito (hemácia) envelhecido. 1/3 deste vem de alimentos ricos em ferro. Metabolismo eritrocitário - Conteúdo do glóbulo vermelho Hemoglobina, enzimas, íons, água e glicose Desprovido de núcleo e mitocôndria Produção de energia pela degradação anaeróbica da glicose. Vias metabólicas: Via de Embden-Meyerhof ou via de glicolítica, via das pentoses, ciclo de Rapaport-Luebering (intermediários glicolíticos) 1ª via metabólica: Vai Embden-Meyerhof (lactato glicose anaeróbia – fermentação láctica): 90% da degradação da glicose. NADH diminuio ferro. O ferro está na forma Fe3+ e o NADH transforme em FE2+. O ATP é consumido para o funcionar as bombaa (Na/K e Ca). Ciclo de Rapaport-Luebering (intermediários glicolíticos). 2,3BPG vai diminuir a afinidade da Hb pelo O2. Ocorre a parte da via. 2ª via metabólica: Via das pentoses: NADPH (coenzima da glutationa – impede a lesão oxidativa da Hb). Por meio da ação da G6PD (redução do NADP em NADPH) Existem pessoas que tem deficiência na G6PD, vai diminuir a produção de NADPH, aumenta a oxidação e aumenta a fenólise. • 2,3DPG Ela se encaixa no meio da hemoglobina. Oxiemoglobina: no pulmão Desoxiemoglobina: tecido 2,3DPG: metabolito que diminui a afinidade da HB pelo O2. Quando entra o CO2 na hemácia, não vai reagir com a hemoglobina. Vai reagir com água formando o acido carbônico. Origina bicarbonato e hidrogênio. Sai bicarbonato e cloreto entra. O H+ livre deixa a hemácia neutra (diminui pH), por volta de pH 7,2. A hemácia é importante para fazer a microambiente para a hemoglobina. Entra bicarbonato, consome o H+, vai formar o H2CO3 e o CO2 sai. O pH fica mais básica (7,6), aumenta a afinidade da Hb pelo O2. • Afinidade pelo O2 A afinidade com oxigênio é, geralmente, designada pelo P50: pressão parcial do oxigênio na qual a hemoglobina é 50% saturada. A afinidade do oxigênio é modulada por: pH, CO2, 2,3-BPG, temperatura. pH e Co2 = 1 fator. O deslocamento para a direita (em vermelho) na curva de associação/dissociação hemoglobina- oxigênio, com P50 mais alto, indica que é necessário uma pressão parcial maior de oxigênio para saturar a hemoglobina em 50%. O deslocamento para a esquerda (em azul), com um P50 mais baixo, indica que é necessária uma pressão parcial mais baixa de oxigênio para saturar a hemoglobina (isto é, maior afinidade por oxigênio). • Curva de cooperatividade É a cooperação que existem entre as moléculas de hemoglobina. O fenômeno da cooperatividade se deve ao fato a forma T (tensa), forma desoxigenada e no primeiro momento (menos afinidade) para entrar O2. Conforme vai entrando O2, temos a facilitação da entrada, fica na forma R (relaxada) após o oxigênio entrar. O fenômeno da cooperatividade se deve ao fato de a forma T (tensa) da hemoglobina ter uma afinidade menor por ligantes como oxigênio e monóxido de carbono (CO) do que a forma R (relaxada). A interação heme-heme, uma função da natureza tetramérica da hemoglobina, implica que os quatro grupos heme não sofrem oxigenação ou desoxigenação simultânea; em vez disso, o estado de cada heme individual em relação ao oxigênio associado influencia a ligação do oxigênio aos outros grupos heme. O tetrâmero de hemoglobina totalmente desoxigenado é lento para ligar a primeira molécula de oxigênio, mas a reação com o oxigênio acelera à medida que a oxigenação prossegue. Em algum momento durante a adição sequencial de oxigênio os quatro hemes da molécula, ocorre uma transição da conformação T para a R. Neste ponto, a afinidade de oxigênio da molécula parcialmente ligante aumenta acentuadamente. Quando 2 ou 3 moléculas de oxigênio são ligadas, a interface alfa1/beta2 é suficientemente desestabilizada para inverter a estrutura quaternária de T para R, aumentando assim, a afinidade dos hemes restantes pelo oxigênio. No pulmão, o pH mais alto, a temperatura é mais baixa, o DPG tem menos interação com a Hb, menos CO2. Deslocação para esquerda: aumento da afinidade. Deslocação para direita: diminuição da afinidade. Menor pH (7,2), maior é o 2,3BPG = diminuição da afinidade Maior pH (7,6) , menos o 2,3BPG = aumento da afinidade. Varia de acordo com a altitude. Hemostasia É o processo em que o sangue permanece fluido. Megacariócito são plaquetas que tem segmentos dele. É encontrado na medula óssea. Células da linhagem mielóide -IL11-> Megacarioblasto -> promegacariócito -> megacariócito -> plaquetas O IL11 é produzido no fígado, trombopoetina (TPO) O citoplasma é cheio de grânulos. AAS interfere nos grânulos da plaqueta. A plaqueta é um fragmento do megacariócito. Agregação: plaquetas juntos na lâmina. Vida média de 9 a 10 dias. Tem grânulos em seu interior. Primária (plaquetária): formação de trombo plaquetária. Secundária (plasmática): formação do coágulo de fibrina. Coagulação plasmática: formação de uma rede de fibrina. - Etapas da hemostasia 1. Vasoconstrição; 2. Agregação plaquetária 3. coagulação sanguínea Hemostasia primária: Adesão: plaqueta + vaso = proteínas GPIb/Ix Agregação: plaquetária + plaqueta = proteínas: GPIIb/IIIa Lesão no endotélio: colágeno fica exposto Fatores de Wolner Willebrand (FVW) se liga ao colágeno permitindo a ação plaquetária --A Partir do GPIb/Ix: adesão Plaqueta se adere ao vaso - - Fibrinogênio: GPIIBIIIa Plaquetas se conectam (agregação) FVW: ADAM + S13 vai “cortar” o fator. TXA2, 5-HT, ADP: plaqueta ativada secreta agentes que ativa as outras plaquetas para fazer agregação. No tecido subendotelial, que é a matriz subendotelial, vai ter a exposiçaão de colágeno que é o gatilho para a hemostasia primária. Para a hemostasia secundária, temos a fator tecidual, é uma proteína. Fator tecidual exposição por lesão, vai estimular as proteínas da coagulação (hemostasia secundária), é chamado de coagulação plasmática. - Coagulação plasmática Mecanismos bioquímicos com finalidade de consolidar o tamponamento do vaso por meio da deposição de redes de fibrinas. As proteínas de coagulação estão no plasma inativas. Fibroblastos e células que expõe o fator tecidual. As proteínas de coagulação são produzidas no fígado e secretadas no plasma. Fator de exposição vai ativar o fator 10 e 9 (proteínas) quando o fator 7 estiver ativado. O fator 10 vai ativar o 5 e vai formar outro complexo, que é chamado de complexo pró- trombinase (enzima que converte a trombinase em trombina). A trombina é utilizada para produzir outras enzimas, essa é etapa é chamada de amplificação. A trombina ativa a fator 8, 5 e 11. O 11 ativa um pouco mais na 9 para caso não seja ativado corretamente o fator 9. A propagação vai formar dois complexos de proteínas, um deles é a junção do fator 9 com o fator 8 (complexo tenase), que vai ativar o fator 10 que vai se juntar com o fator 5 (complexo protombinase). O complexo protombinase vai formar a trombina que vai converter a fibrinogênio em fibrina, só vai ser secretadas no plasma A finalização serve para desligar a cascata. • Inibidores da coagulação O sistema de coagulação é contido e inibido por anticoagulantes específicos: TPI, proteína C, proteína S e antitrombina (interrompe a cascata de ativação). O TFPI vai bloquear a iniciação. A proteína C + S vai atuar na fase amplicação, vão bloquear a proteína 8 e 5. A antitrombina vai bloquear o fator 10, a trombina e a 9. • Fibrinólise De 24 a 48h, as células vão se regenerar. A plaqueta consegue regenerar a célula. O coágulo precisa ser quebrado antes de se soltar, pois pode causar trombo. Quem retira o trombo é a plasmina. Temos a quebra da fibrina em fragmentos solúveis pela plasmina para a recanalização do vaso. A plasmina, proteína que lisa a rede de fibrina, é derivada do plasminogênio que está ligado internamente à rede de fibrina. A antiplasmina, presente no plasma, combina-se com o excesso de plasmina liberada, impedindo o aparecimento de fibrinólise generalizada. Esta proteína está presente na circulação em concentração plasmática 10x maior do que a plasmina. Os produtos de degradação da fibrina (PDF) são fagocitados por macrófagos e eosinófilos. É com o PDF que sabemos se teve trombo. • Dímero D É um produto da degradação da fibrina queé usado pra medição de coágulo Quando é produzido? Quando é dosado? O que significa o aumento do dímero D? Risco de trombose. - Doenças relacionadas à plaqueta Baixo nível ou problemas de plaquetas, é chamado de plaquetopenia ou trombocitopenia. - Tríade de Virchow Depende da lesão endotelial, fluxo sanguíneo anormal e hipercoagulabilidade causa a trombose. Muita plaqueta, Fator II, FVL, deficiência PC, OS, aumenta o FVW levam aumento de risco de trombose.
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