Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisiologia do sistema gastrointestinal Funções: Para que o corpo consiga se abastecer de água eletrólitos vitaminas e nutrientes reque 6 processos: • 1. Movimentação do alimento pelo trato alimentar. (peristaltismos) • 2. Secreção de soluções digestivas e digestão de alimentos. (cel -cel paracriana, cel –sangue (hormônios), cel- lumem) • 3. digestão. • 4.Absorção de água, diversos eletrólitos, vitaminas e produtos da digestão. • 5. Circulação de sangue pelos órgãos gastrointestinais para transporte das substâncias absorvidas. • 6. Controle de todas essas funções pelo sistema nervoso, hormonal e local. Anatomia: • Boca: mastigação e deglutição • Esôfago: transporte • Estomago: digestão e armazenamento (quimo) • Intestino delgado(duodeno): secreções do pâncreas e fígado • Jejuno e íleo: absorção • Intestino delgado Estomago= Quimo Intestino jejuno íleo= Quilo Trato Digestivo: ➔ Vísceras ocas: • Tubos compostos por 4 ou 5 camadas • Se estendem da boca aos anus 1. Serosa 2. Muscular longitudinal 3. Muscular circular 4. Submucosa 5. Mucosa Histologia: • Após a cavidade oral, o tubo digestório se diferencia em quatro órgãos principais: esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. Cada um destes órgãos é formado por quatro camadas concêntricas: (1) a mucosa, (2) a submucosa, (3) a túnica muscular, e (4) a adventícia ou serosa. 1. Mucosa • Mucosa esofágica é formada por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado • Submucosa existem grupos de pequenas glândulas secretoras de muco, as glândulas esofágicas, cuja secreção facilita o transporte de alimentos e protege a mucosa • Muscular: No terço superior do esôfago, ambas as camadas são formadas por músculo estriado esquelético. No terço médio, fibras musculares lisas podem ser observadas misturadas às fibras musculares estriadas esqueléticas. No terço inferior, ambas as camadas contêm células musculares lisas. • O epitélio que cilíndrico simples com células secretoras de muco • Ele reveste o interior do estômago como células mucosas superficiais e forma numerosas invaginações minúsculas, ou foveolar , que aparecem como milhões de buracos por todo o revestimento do estômago e esta0 ligadas as glândulas • Há 3 tipos de glândulas que são encontradas no estômago: cárdicas, gástricas e pilóricas • Região cárdia: glândulas da cárdia tem células secretoras produzem muco e lisozima • As glândulas pilóricas e cárdicas não têm células parietais e principais, mas possuem abundantes células mucosas do colo. • Fundo e corpo: As glândulas gástricas do fundo / corpo têm o importante papel de produzir suco gástrico • As glândulas gástricas são constituídas pelos mesmos 5 tipos celulares: células mucosas do colo, células-tronco (estaminais), células parietais (oxínticas), células principais (zimogênicas) e células enteroendócrinas. Células mucosas de superfície: Secreções mucosas ácidas. Núcleos redondos e grânulos de secreção apicais. Mais curtas do que as células mucosas de superfície Células tronco (estaminais): Substituem células lesadas Células parietais (oxínticas): Produção de fator intrínseco. Secreção de ácido clorídrico (HCl). Grandes células redondas ou piramidais. Altamente acidófilas (coloração rosa). Núcleos arredondados centrais Células principais (zimogênicas): Secreção de pepsinogênio e de lipase gástrica. Encontradas nas regiões inferiores das glândulas gástricas. Basofilias (coloração azul) Células enteroendócrinas: Gastrina (libertada no sangue). células individuais (não formam grupos) • É um tubo bastante longo, com cerca de 6m e é dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25cm), jejuno (cerca de 2,5m) e íleo (cerca de 3,5m). Nele a digestão é finalizada, e ocorre a absorção de nutrientes eletrólitos e água. • A digestão é realizada pelas enzimas provenientes do pâncreas, que são despejadas no duodeno, e pelas enzimas presentes na membrana das células intestinais. • Assim, os peptídeos, os polissacarídeos e os triglicerídeos são degradados em suas unidades • O epitélio envagina-se nos vilos e invagina-se em glândulas tubulares simples retas, as glândulas intestinais (ou de Lieberkühn). • O epitélio do intestino é simples colunar com Microvilos e células caliciformes. • Há ainda as células enteroendócrinas e, na base das glândulas, as células de Paneth e as células-tronco. • As células epiteliais com microvilos são chamados enterócitos. Essa contém várias enzimas, como peptidases, dissacarídeos (lactase, sacarase e maltase), lipases e fosfatase alcalina. Essas células finalizam a digestão e realizam a absorção dos nutrientes • Células enterócitos: são as mais numerosas do epitélio intestinal e sua função primária é absorção e transporte dos componentes absorvidos para a lâmina própria. • Células caliciformes: são glândulas unicelulares, que produzem muco. Aumentam em número conforme se vai do duodeno em direção à porção terminal do íleo. • Células de Paneth: são encontradas na parte inferior das criptas de Lieberkühn. Produzem e secretam a enzima antibacteriana lisozima, α- defensinas e outras glicoproteínas. Também são encontradas proteínas ricas em arginina, o que provavelmente explica a acidófila, e zinco. Além disso, são capazes de fagocitar algumas bactérias e protozoários, o que sugere uma participação desse tipo celular na regulação da microbiota intestinal.[9] • Células enteroendócrinas: produzem hormônios peptídicos, como colecistocinina, secretina, PIG e motilina , importantes na regulação fisiológica do trato gastrointestinal, seja no controle da função secretória de outras glândulas ou na regulação da motilidade. Células M: são células epiteliais com microdobras e aspecto pavimentoso associadas às placas de Peyer e aos nódulos linfáticos. Os micro-organismos e macromoléculas que passam pela luz intestinal e penetram por essas células são liberados pelas vesículas endolíticas próximos a linfócitos T CD4+, podendo estimular uma • A doença celíaca é uma inflamação imunomediada devido à sensibilidade ao glúten, a proteína do trigo. Há a destruição dos vilos, e a não absorção dos nutrientes provoca diarreia e perda de peso. Quando o glúten é excluído da dieta, os vilos são refeitos https://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%A2ndula https://pt.wikipedia.org/wiki/Muco https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisozima https://pt.wikipedia.org/wiki/Defensina https://pt.wikipedia.org/wiki/Defensina https://pt.wikipedia.org/wiki/Defensina https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicoprote%C3%ADna https://pt.wikipedia.org/wiki/Arginina https://pt.wikipedia.org/wiki/Zinco https://pt.wikipedia.org/wiki/Fagocitose https://pt.wikipedia.org/wiki/Flora_intestinal https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_delgado https://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Pept%C3%ADdeo https://pt.wikipedia.org/wiki/Colecistocinina https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretina https://pt.wikipedia.org/wiki/Pept%C3%ADdeo_inibidor_g%C3%A1strico https://pt.wikipedia.org/wiki/Motilina https://pt.wikipedia.org/wiki/Motilina https://pt.wikipedia.org/wiki/Motilidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_Peyer https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_Peyer https://pt.wikipedia.org/wiki/Linfonodo https://pt.wikipedia.org/wiki/Endocitose https://pt.wikipedia.org/wiki/Endocitose https://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito_T_auxiliar https://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito_T_auxiliar https://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito_T_auxiliar • Mucosa: • A mucosa do intestino grosso é revestida por um epitélio cilíndrico simples formado por enterócitos e muitas células caliciformes, produtoras de muco. • Os enterócitos tem microvilos apicais curtos. Uma das principais funções dos enterócitosno intestino grosso é o transporte de água e íons. • Os produtos secretados pelas células caliciformes lubrificam a superfície da mucosa. • Abaixo do epitélio de revestimento observa-se uma lâmina própria constituída de tecido conjuntivo frouxo, nessa região estão presentes glândulas tubulares simples denominadas de glândulas intestinais ou criptas de Lieberkunh. Elas contêm células enteroendócrinas e células-tronco. As células de Paneth não estão presentes. Elas podem estar presentes no ceco. Regeneração celular no trato gastrointestinal: • As células epiteliais de todo o trato gastrointestinal são constantemente descamadas e repostas por novas células formadas por meio de divisão das células- tronco. Células-tronco estão localizadas na camada basal do epitélio esofágico, istmo e colo das glândulas gástricas, porção inferior das glândulas do intestino delgado e intestino grosso • Os enterócitos são substituídos a cada cinco a seis dias. As células caliciformes sobrevivem dois a quatro dias, apresentando um ou dois ciclos de secreção. As células de Paneth e as células enteroendócrinas duram cerca de 30 dias.1 • Na submucosa: do duodeno e do jejuno, pode haver alguns nódulos linfáticos, mas, no íleo, no lado do tubo oposto à fixação do mesentério, eles são abundantes, e o seu conjunto foi denominado placas de Peyer • submucosa do duodeno, há as glândulas duodenais (ou de Brünner), que são glândulas tubulares ramificadas mucosas 3-Camada muscular: Consiste em duas camadas finas de músculo liso. A camada interna da muscular mucosa consiste de fibras circulares, enquanto as fibras da camada externa se encontram dispostas longitudinalmente. • É constituído por neurônios e células gliais que agrupados formam os gânglios entéricos que se conectam por meio de fibras nervosas. • localizado: tubo gastrointestinal (segundo terço do esôfago, em todo o estômago, intestino grosso e delgado) • A maioria das células nervosas presentes no SNE está localizada em dois plexos gangliomas: miontérico e submucoso • SNE é composto neurônios sensoriais, interneurônios e neurônios motores, sendo estes inibitórios (inibem a contração das camadas de músculo liso da parede do digestório) e excitatórios (ativam a contração das camadas de músculo liso da parede do digestório) Função: • motilidade (peristaltismo) • controle da secreção de ácido gástrico, regulação do movimento de fluidos através do epitélio • renovação do epitélio • interação com os sistemas imune e endócrino dos intestinos, manutenção da barreira epitelial entre o lúmen e a parede do intestino • Diferente de qualquer outro órgão do corpo, nosso intestino pode funcionar sozinho. Tem sua própria autonomia para tomar decisões, não precisa que o cérebro lhe diga o que fazer • O que "governa" o intestino é o chamado sistema nervoso entérico (SNE), que é uma "sucursal" do sistema nervoso autônomo do corpo - o responsável por controlar diretamente o sistema digestivo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_perist%C3%A1ltico https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_g%C3%A1strico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_end%C3%B3crino • Esse sistema nervoso se estende pelo tecido que reveste o estômago e o sistema digestivo, e possui seus próprios circuitos neurais. • Embora funcione de forma independente, ele se comunica com o Sistema Nervoso Central (SNC) através dos sistemas simpático e parassimpático. Motilidade: A motilidade no trato gastrointestinal tem dois propósitos: 1 (transportar o alimento da boca até o anus) e 2 (mistura-lo mecanicamente para quebra-lo uniformemente em particular pequenas. Essa mistura maximiza a exposição das partículas as enzimas digestórias, uma vez que aumenta a sua área de superfície. Controle via: Sistema nervoso entérico (SNE) Sistema nervoso autônomo (SNA) Secreções endócrinas Tubo digestório e suas principais estruturas: SNE: • SNE pode agir de maneira isolada (pois tem ligação entre si e recebem informação dos neurônios sensoriais) ou sofrer ação do SNA e de hormônios. Mesmo que haja denervação do simpático e parassimpático ele ainda continua funcionando • SNA: Parassimpático: vago TGI superior e pélvico TGI inferior • SPS e SS tem fibras aferente e eferentes SNA: Parassimpático: Nervo vago TGI superior e Nervo pélvico TGI inferior. Ação: Estimula motilidade e secreção Simpático: Gânglios celíacos e mesentéricos superior e inferior. Ação: Inibe motilidade e secreção SPS e SS: Possuem fibras eferentes e aferentes Neurotransmissores e sua função no trato gástrico: • Acetilcolina: excitatório, estimula a motilidade e secreção gástrica • VIP: inibitório, diminui a motilidade gástrica • Noradrenalina: Diminui a motilidade e secreções gástricas (inibitório) e no piloro promove sua contração (estimulatório) • O nervo vago (parassimpático) inerva o trato gastrointestinal. • 90% de suas fibras nervosas são aferentes, transmitindo informação sensorial ao cérebro • 10% de suas fibras são eferentes, levando impulsos ao trato gastrointestinal. • Há um fluxo contínuo de mensagens sendo transmitidas entre o trato gastrointestinal e o cérebro, intermediado pelo nervo vago. Porém, a quantidade de mensagens vindas do trato gastrointestinal é muito maior do que as vindas do cérebro. Princípios gerais da motilidade gastrointestinal: • As paredes do trato GI é composto, basicamente, por 5 camadas, sendo elas, de fora para dentro (luz): • Serosa • camada muscular longitudinal • camada muscular circular (plexo miontérico) • submucosa (possui uma parte nervosa: plexo de Meissner) • mucosa. • Essas paredes tem funções motoras bem como função de sincício, isto é, quando um potencial de ação é desencadeado em qualquer parte no interior da massa muscular, percorre, geralmente, todas as direções pelo músculo. Musculo liso: • A musculatura lisa é encontrada no TGI com exceção da cavidade oral, faringe, terço superior do e esôfago e esfíncter anal externo. • É pelas gap-junctions que as células musculares se comunicam. • Os neurotransmissores ativam as células musculares próximas aos neurônios, e através das gap-juctions, esses neurotransmissores passam para todas as fibras para a contração seja simultânea. • As fibras musculares circulares são mais ricamente inervadas e apresentam um maior número de gap-junctions do que as longitudinais. • A motilidade é determinada por propriedades do músculo liso do trato e modificada por sinais químicos provenientes de das fibras nervosas, por hormônios e pelas substâncias parácrinas. Características das células musculares lisas: • Músculo liso no TGI – camadas musculares longitudinal e circular formam um ângulo de 90º entre si. O músculo liso é organizado principalmente como um “sincício funcional” (...) • Muitas vezes, as fibras musculares lisas estão acopladas eletricamente através dos nexus (ou junções tipo gap) para formar uma ou mais unidades funcionais (as áreas escuras em cada célula muscular indica a presença das junções gap, ligando-a às células) Motilidade (musculo liso) • Diferentes regiões do trato possuem diferentes tipos de contrações. Estas podem ser divididas em duas: • Contrações tônicas: mantidas por minutos ou horas, ocorrem em alguns esfíncteres e na porção proximal do estômago; • Contrações fáscias: ciclos de contração- relaxamento que duram alguns segundos. Presentes na porção distal do estômago e no intestino delgado. Função da atividade elétrica do Musculo Liso: • O aparelho digestivopossui uma certa atividade elétrica intrínseca, ou seja, seu potencial de ação é gerado por si próprio, como ocorre no automatismo do coração . • Essa atividade apresenta dois tipos básicos de ondas elétricas: 1-ondas lentas (3/min) 2-ondas em ponta. 1- Ondas lentas (3/min): A contração do másculo liso ocorre em resposta a entrada de cálcio na fibra muscular. • As ondas lentas não são responsáveis pela entrada de cálcio na fibra muscular lisa (apenas a entrada de íons sódio). • Em contrapartida, é durante os potenciais de ponta gerados nos picos das ondas lentas, que grande quantidade de íons cálcio penetra nas fibras, causando a maior parte de sua contração. • As ondas lentas não se tratam de potencial de ação, mas sim, alterações lentas ondulantes no potencial de repouso da membrana. As ondas lentas são originas em uma rede de células chamadas de células intersticiais de Cajal. Essas células musculares lisas estão localizadas entre as camadas de músculo liso e os plexos nervosos intrínsecos, e podem atuar como intermediárias entre os neurônios e o músculo liso. 2- Ondas em pontas: • As ondas em ponta são verdadeiros potenciais de ação , que se dá pela abertura de canais lentos de calcio-sódio, o que explica a longa duração dos potenciais . Para que haja a contração , é necessário que aconteca uma alteração mínima na voltagem do potencial de repouso da membrana, como uma distensão muscular (chegada do alimento) ou estímulos parassimpáticos (acetilcolina) e simpáticos (norepinefrina) Musculo liso: • Ondas lentas são mudanças ondulatórias discretas no potencial de repouso, não sendo capazes de gerar potencial de ação (não fazem contração), exceto no estômago. • É importante lembrar que todo potencial de ação tem uma fase de despolarização, repolarização e repouso, sendo a última proporcionada pela ação das bombas de Na - K. • A despolarização é a fase em que a membra torna- se mais positiva, porém, as ondas lentas não conseguem deixa-la positiva o suficiente para que o corra contração do músculo, mas desencadeiam as ondas pontas, que de fato, promovem o potencial de ação. Obs.: as ondas lentas também determinam o ritmo das contrações gastrointestinais. Características das células musculares: As contrações musculares ocorrem em três padrões gerais: • Complexo motor migratório: Entre as refeições, quando o trato está em grande parte vazio, tem função “limpeza” que varre as sobras do bolo alimentar bactérias do trato GI superior para o intestino grosso; • Peristalse :são ondas progressivas de contração que se movem de uma porção do trato GI para a próxima como “ondas”. O músculo circular se contrai atrás de uma massa, ou bolo, alimentar. Esta contração empurra o bolo para adiante para um segmento receptor, onde os músculos circulares estão relaxados. O segmento receptor então contrai levando o bolo adiante. Contribui para a mistura do bolo no estômago mas no intestino as ondas peristálticas são limitadas a curtas distâncias. Hormônios, sinais parácrinos e o sistema nervoso autônomo influenciam na peristalse em todo o TGI; • Contrações segmentares, segmentos curtos (1 a 5 cm) de intestino contraem e relaxam alternadamente. Nos segmentos contraídos o músculo circular contrai e o longitudinal relaxa. Podem ocorrer aleatoriamente ou em intervalos regulares. Tem as funções de agitar o conteúdo intestinal, misturando-o e mantendo-o em contato com o epitélio intestinal absortivo. Exemplo de reflexos intrínsecos do sistema nervoso entérico: movimento peristáltico Neurotransmissores funções: • Acetilcolina: Estimula a motilidade e as células secretoras • Noradrenalina: Inibe a motilidade e as células secretoras • Peptídeo vasoativo intestinal (VIP): Inibe as fibras musculares lisas; estimula as células secretoras, vasodilatador • Óxido nítrico: Inibe as fibras musculares lisas • Encefalinas (Opiáceos): Inibem as fibras musculares lisas e as secreções • Gastrina Células G do estômago Estimula a secreção gástrica e o crescimento da mucosa gástrica • Colecistocinina (CCK) Células I do duodeno e jejuno Estimula a contração da vesícula biliar; a secreção pancreática de enzimas e de HCO3 - ; o crescimento do pâncreas exócrino e da vesícula biliar. Inibe o esvaziamento gástrico • Secretina Células S do duodeno ou jejuno Estimula a secreção pancreática e biliar de HCO3 - e inibe a secreção gástrica de H+; • Peptídeo inibitório gástrico (GIP) Células K do duodeno ou jejuno Inibe a secreção gástrica de H+ e estimula a secreção de insulina • Somatostatina Ilhotas pancreáticas, estômago, duodeno, jejuno, colo Inibe a secreção dos outros hormônios e a secreção de H+ no estômago • Motilina Células M do duodeno ou jejuno Aumenta a motilidade gastrointestinal Insulina Células β (beta) nas ilhotas pancreáticas Estimula a captação de glicose e a glicogênese no músculo esquelético. Estimula a captação de glicose e a lipogênese no tecido adiposo. Tem ação hipoglicemiante • Polipeptídeo pancreático Células P nas ilhotas pancreáticas Inibe a secreção do suco pancreático. Tem ação hiperglicemiante Glucagon Células α (alfa) nas ilhotas pancreáticas Estimula a glicogenólise e a gliconeogênese hepática • Enteroglucagon Células L no íleo e colo Efeitos similares ao do glucagon • O processo digestivo se inicia na boca (cavidade oral). • processo de digestão mecânica, realizado pelo movimento da língua (músculo) e a ação dos dentes (trituração e maceração) • processo de digestão química por conta da ação enzimática contida na saliva (amilase salivar) • Órgão muscular recoberto por mucosa, de participação ativa na gustação, deglutição e na fala. • Observam-se as papilas linguais, onde se localizam os receptores gustativos. • Através desses receptores que informações sobre o sabor dos alimentos são repassadas aos nervos facial (via nervo lingual), glossofaríngeo e vago (nervos cranianos relacionados com a gustação. • O paladar é uma função desses botões gustativos com contribuição da olfação, uma vez que o centro do olfato e do paladar no SNC são próximos e interligados (isto justifica o fato de que nas gripes e resfriados ocorre uma diminuição da apreciação do gosto dos alimentos). • O gosto é perceptível aos botões devido aos seus receptores químicos, ou seja, receptores de sodio, potássio, cloro, adenosina e enosina • Os estímulos captados pelas papilas gustativas passam, primeiramente, pelo nervo lingual, depois pela corda do tímpano, e alcançam o nervo facial, para por fim, chegar ao núcleo do trato solitário, localizado no bulbo (estrutura do tronco cerebral). tronco encefálico e, dai , ao talamo e cortex cerebral. • Qualquer lesão em nível das estruturas nervosas relacionadas com a gustação (nervos facial, glossofaringeo e vago; núcleo do trato solitário; tálamo; córtex gustativo), pode haver uma parada na percepção dos gostos. • O volume diário de saliva produzida é cerca de 1000ml, com pH entre 6,0 a 7,0 • A saliva contém dois tipos principais de secreção proteica: ➔ Secreção serosa: • Contem ptialina (α-amilase): uma enzima responsável pela digestão de amidos. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). ➔ Secreção mucosa: • Contém mucina para lubrificação e proteção de superfícies. • As glândulas parótidas secretam exclusivamente o tipo seroso • As glândulas submandibular e sublingual secretam tanto seroso quanto mucoso Função da saliva: • O fluxo de saliva ajuda a remover as bactérias, bem como partículas alimentares. • Contém diversos fatorescapazes de destruir bactérias: íons tiocianato, lisozinas e anticorpos (combatem, inclusive, bactérias que causam cáries). • Participa no processo conhecido como clareamento do esôfago, que consiste na lubrificação e limpeza da mucosa esofágica a partir da saliva deglutida. Resumindo: • A digestão química do alimento se inicia na cavidade oral, onde a amilase secretada pelas glândulas salivares hidrolisa moléculas de amido em oligossacarídeos como maltose e maltotriose • O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, Regulação nervosa da secreção salivar: • A regulação é feita por sinais nervosos parassimpáticos dos núcleos salivatório superior e inferior no tronco cerebral (na ponte e no bulbo, respectivamente). • Pode ser estimulada ou inibida por sinais nervosos que chegam aos núcleos salivatório provenientes dos centros superiores do SNC. • O núcleo salivatório superior envia fibras via nervo facial e nervo lingual para inervar as glandulas submandibular e sublingual; • o núcleo salivatório inferior envia fibras para inervar a glândula parótida via nervo glossofarangeo. • Os sinais nervosos parassimpáticos que induzem a salivação copiosa também dilatam moderadamente os vasos sanguíneos. Por esta razão, o suprimento sanguíneo das glândulas afeta a secreção salivar, já que a secreção sempre requer uma nutrição adequada. • A escassez de saliva pode estar associada a lesões no sistema nervoso periférico ou lesões vasculares. • Mastigação (diminui o tamanho, mistura com amilase para destruir carboidratos e saliva para formar o bolo e facilitar deglutição) • Voluntario e involuntário reflexo • A presença de alimento na boca ativa mecanorreceptores que vão ativar o processo rítmico da mastigacao Músculos que elevam a mandíbula: • Masseter • Pterigoide médio Músculos que abaixam a mandíbula: • Digastrico • Pterigoide lateral Mastigação: • Controle voluntário • Grande parte pelo reflexo da mastigação • Abertura: relaxa os músculos levantadores e contrai os abaixadores com isso a mandíbula abaixa • Fecha: Contrai os levantadores e relaxa os abaixadores Maioria da inervação dos músculos da mastigação é pelo V par (trigêmeo) , ramo mandibular e o controle está no tronco encefálico • Embora a deglutição se inicie voluntariamente, após o seu início deflagra-se uma sequência rígida de eventos que arrastam o bolo alimentar da boca ao estômago. O reflexo inibe a respiração impedindo a entrada do alimento nas vias aéreas. • Oral: voluntaria. Ação da língua que empurra alimento até a faringe que tem receptores sensoriais. Esses receptores enviam informações ao bulbo que tem centro da deglutição que inicia a ação involuntária. • Faríngea: elevação do palato mole e abertura do esfíncter esofágico superior Deglutição: • Fase voluntária: quando o alimento está pronto para ser deglutido, é voluntariamente empurrado pela língua para a faringe. • Fase faríngea da deglutição: o alimento é empurrado involuntariamente para o esófago. Nesse processo, uma série de músculos ativada para o fechamento das vias aéreas e abertura do esfíncter superior do esôfago (másculo cricofaríngeo). Esta estimulação é intermediada por receptores na faringe para os nervos glossofaríngeo, vago e acessório, controlado pelo centro da deglutição no bulbo (núcleo ambíguo). 1. Fase oral ou voluntária e faringeal. • Aferentes levam informações de receptores táteis para o SNC. Centros da deglutição: medula oblonga e ponte. Eferentes para a faringe e porções superiores do esôfago nos vários nervos craniais. As porções distais do esôfago são inervadas pelo vago. 2. Fase esofágica. • A onda peristáltica, que se inicia junto do esfíncter esofágico superior percorre o esôfago a uma velocidade de 3 a 5 cm/s. Em 5 a 10 s atinge o estômago. • Se a peristalse primária não for suficiente para a completa propulsão do quimo, a distensão do esôfago promove peristalse secundária. Está depende parcialmente da inervação extrínseca, pois a desnervação reduz a força da peristalse secundária. A musculatura do terço superior do esôfago é do tipo esquelética. A inervação somática dela é por fibras que compõem o vago. Função dos esfíncteres: • Superior: músculo estriado. É formado pelo músculo cricofaríngea e fibras do constritor faringeal inferior. Pressão no repouso de 40 mmHg. • Inferior: Impede o refluxo do conteúdo gástrico. Fração significante do tônus basal é dada pelo vago, colinérgico, mas a desenervação não elimina o tônus, o que demonstra a função do plexo intrínseco. A relaxação é promovida pela própria peristalse (plexo intrínseco) e por fibras vagais inibitórias (VIP, NO). Um decréscimo no tônus vagal colinérgico já provoca relaxação.
Compartilhar