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Fisiologia do sistema gastrointestinal

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Fisiologia do sistema gastrointestinal 
 
Funções: 
Para que o corpo consiga se abastecer de água 
eletrólitos vitaminas e nutrientes reque 6 processos: 
• 1. Movimentação do alimento pelo trato 
alimentar. (peristaltismos) 
• 2. Secreção de soluções digestivas e digestão 
de alimentos. (cel -cel paracriana, cel –sangue 
(hormônios), cel- lumem) 
• 3. digestão. 
• 4.Absorção de água, diversos eletrólitos, 
vitaminas e produtos da digestão. 
• 5. Circulação de sangue pelos órgãos 
gastrointestinais para transporte das 
substâncias absorvidas. 
• 6. Controle de todas essas funções pelo 
sistema nervoso, hormonal e local. 
 
Anatomia: 
 
• Boca: mastigação e deglutição 
• Esôfago: transporte 
• Estomago: digestão e armazenamento (quimo) 
• Intestino delgado(duodeno): secreções do 
pâncreas e fígado 
• Jejuno e íleo: absorção 
• Intestino delgado 
 
Estomago= Quimo 
Intestino jejuno íleo= Quilo 
Trato Digestivo: 
➔ Vísceras ocas: 
• Tubos compostos por 4 ou 5 camadas 
• Se estendem da boca aos anus 
1. Serosa 
2. Muscular longitudinal 
3. Muscular circular 
4. Submucosa 
5. Mucosa 
 
Histologia: 
• Após a cavidade oral, o tubo digestório se 
diferencia em quatro órgãos principais: 
esôfago, estômago, intestino delgado e 
intestino grosso. Cada um destes órgãos é 
formado por quatro camadas concêntricas: (1) 
a mucosa, (2) a submucosa, (3) a túnica 
muscular, e (4) a adventícia ou serosa. 
 
 
1. Mucosa 
• Mucosa esofágica é formada por epitélio 
pavimentoso estratificado não queratinizado 
• Submucosa existem grupos de pequenas 
glândulas secretoras de muco, as glândulas 
esofágicas, cuja secreção facilita o transporte 
de alimentos e protege a mucosa 
• Muscular: No terço superior do esôfago, 
ambas as camadas são formadas por músculo 
estriado esquelético. No terço médio, fibras 
musculares lisas podem ser observadas 
misturadas às fibras musculares estriadas 
esqueléticas. No terço inferior, ambas as 
camadas contêm células musculares lisas. 
• O epitélio que cilíndrico simples com células 
secretoras de muco 
• Ele reveste o interior do estômago como 
células mucosas superficiais e forma 
numerosas invaginações minúsculas, 
ou foveolar , que aparecem como milhões de 
buracos por todo o revestimento do estômago 
e esta0 ligadas as glândulas 
• Há 3 tipos de glândulas que são encontradas 
no estômago: cárdicas, gástricas e pilóricas 
• Região cárdia: glândulas da cárdia tem células 
secretoras produzem muco e lisozima 
• As glândulas pilóricas e cárdicas não têm 
células parietais e principais, mas possuem 
abundantes células mucosas do colo. 
• Fundo e corpo: As glândulas gástricas do fundo 
/ corpo têm o importante papel de produzir 
suco gástrico 
• As glândulas gástricas são constituídas pelos 
mesmos 5 tipos celulares: células mucosas do 
colo, células-tronco (estaminais), células 
parietais (oxínticas), células principais 
(zimogênicas) e células enteroendócrinas. 
 
Células mucosas de superfície: Secreções mucosas 
ácidas. Núcleos redondos e grânulos de secreção 
apicais. Mais curtas do que as células mucosas de 
superfície 
Células tronco (estaminais): Substituem células lesadas 
Células parietais (oxínticas): Produção de fator 
intrínseco. Secreção de ácido clorídrico (HCl). Grandes 
células redondas ou piramidais. Altamente acidófilas 
(coloração rosa). Núcleos arredondados centrais 
Células principais (zimogênicas): Secreção de 
pepsinogênio e de lipase gástrica. Encontradas nas 
regiões inferiores das glândulas gástricas. Basofilias 
(coloração azul) 
Células enteroendócrinas: Gastrina (libertada no 
sangue). células individuais (não formam grupos) 
• É um tubo bastante longo, com cerca de 6m e 
é dividido em três regiões: duodeno (cerca de 
25cm), jejuno (cerca de 2,5m) e íleo (cerca de 
3,5m). Nele a digestão é finalizada, e ocorre a 
absorção de nutrientes eletrólitos e água. 
• A digestão é realizada pelas enzimas 
provenientes do pâncreas, que são despejadas 
no duodeno, e pelas enzimas presentes na 
membrana das células intestinais. 
• Assim, os peptídeos, os polissacarídeos e os 
triglicerídeos são degradados em suas 
unidades 
• O epitélio envagina-se nos vilos e invagina-se 
em glândulas tubulares simples retas, as 
glândulas intestinais (ou de Lieberkühn). 
• O epitélio do intestino é simples colunar com 
Microvilos e células caliciformes. 
• Há ainda as células enteroendócrinas e, na 
base das glândulas, as células de Paneth e as 
células-tronco. 
• As células epiteliais com microvilos são 
chamados enterócitos. Essa contém várias 
enzimas, como peptidases, dissacarídeos 
(lactase, sacarase e maltase), lipases e 
fosfatase alcalina. Essas células finalizam a 
digestão e realizam a absorção dos nutrientes 
 
• Células enterócitos: são as mais numerosas do 
epitélio intestinal e sua função primária é 
absorção e transporte dos componentes 
absorvidos para a lâmina própria. 
• Células caliciformes: 
são glândulas unicelulares, que 
produzem muco. Aumentam em número 
conforme se vai do duodeno em direção à 
porção terminal do íleo. 
• Células de Paneth: são encontradas na parte 
inferior das criptas de Lieberkühn. Produzem e 
secretam a enzima antibacteriana lisozima, α-
defensinas e outras glicoproteínas. Também 
são encontradas proteínas ricas em arginina, o 
que provavelmente explica a acidófila, e zinco. 
Além disso, são capazes de fagocitar algumas 
bactérias e protozoários, o que sugere uma 
participação desse tipo celular na regulação 
da microbiota intestinal.[9] 
• Células enteroendócrinas: 
produzem hormônios peptídicos, 
como colecistocinina, secretina, PIG e motilina
, importantes na regulação fisiológica do trato 
gastrointestinal, seja no controle da função 
secretória de outras glândulas ou na regulação 
da motilidade. 
Células M: são células epiteliais com microdobras e 
aspecto pavimentoso associadas às placas de Peyer e 
aos nódulos linfáticos. Os micro-organismos e 
macromoléculas que passam pela luz intestinal e 
penetram por essas células são liberados 
pelas vesículas endolíticas próximos a linfócitos T 
CD4+, podendo estimular uma 
• A doença celíaca é uma inflamação 
imunomediada devido à sensibilidade ao 
glúten, a proteína do trigo. Há a destruição dos 
vilos, e a não absorção dos nutrientes provoca 
diarreia e perda de peso. Quando o glúten é 
excluído da dieta, os vilos são refeitos 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%A2ndula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Muco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisozima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defensina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defensina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defensina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicoprote%C3%ADna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arginina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zinco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fagocitose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Flora_intestinal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_delgado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4nio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pept%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Colecistocinina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pept%C3%ADdeo_inibidor_g%C3%A1strico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Motilina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Motilina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Motilidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_Peyer
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_Peyer
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linfonodo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endocitose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endocitose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito_T_auxiliar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito_T_auxiliar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito_T_auxiliar
 
• Mucosa: 
• A mucosa do intestino grosso é revestida por 
um epitélio cilíndrico simples formado por 
enterócitos e muitas células caliciformes, 
produtoras de muco. 
• Os enterócitos tem microvilos apicais curtos. 
Uma das principais funções dos enterócitosno 
intestino grosso é o transporte de água e íons. 
• Os produtos secretados pelas células 
caliciformes lubrificam a superfície da mucosa. 
• Abaixo do epitélio de revestimento observa-se 
uma lâmina própria constituída de tecido 
conjuntivo frouxo, nessa região estão 
presentes glândulas tubulares simples 
denominadas de glândulas intestinais ou 
criptas de Lieberkunh. Elas contêm células 
enteroendócrinas e células-tronco. As células 
de Paneth não estão presentes. Elas podem 
estar presentes no ceco. 
 
 
 
 
 
 
 
Regeneração celular no trato gastrointestinal: 
• As células epiteliais de todo o trato 
gastrointestinal são constantemente 
descamadas e repostas por novas células 
formadas por meio de divisão das células-
tronco. Células-tronco estão localizadas na 
camada basal do epitélio esofágico, istmo e 
colo das glândulas gástricas, porção inferior 
das glândulas do intestino delgado e intestino 
grosso 
• Os enterócitos são substituídos a cada cinco a 
seis dias. As células caliciformes sobrevivem 
dois a quatro dias, apresentando um ou dois 
ciclos de secreção. As células de Paneth e as 
células enteroendócrinas duram cerca de 30 
dias.1 
• Na submucosa: do duodeno e do jejuno, pode 
haver alguns nódulos linfáticos, mas, no íleo, 
no lado do tubo oposto à fixação do 
mesentério, eles são abundantes, e o seu 
conjunto foi denominado placas de Peyer 
• submucosa do duodeno, há as glândulas 
duodenais (ou de Brünner), que são glândulas 
tubulares ramificadas mucosas 
 
3-Camada muscular: 
Consiste em duas camadas finas de músculo liso. A 
camada interna da muscular mucosa consiste de fibras 
circulares, enquanto as fibras da camada externa se 
encontram dispostas longitudinalmente. 
• É constituído por neurônios e células gliais que 
agrupados formam os gânglios entéricos que 
se conectam por meio de fibras nervosas. 
• localizado: tubo gastrointestinal (segundo 
terço do esôfago, em todo 
o estômago, intestino grosso e delgado) 
• A maioria das células nervosas presentes no 
SNE está localizada em dois plexos gangliomas: 
miontérico e submucoso 
 
• SNE é composto neurônios sensoriais, 
interneurônios e neurônios motores, sendo 
estes inibitórios (inibem a contração das 
camadas de músculo liso da parede do 
digestório) e excitatórios (ativam a contração 
das camadas de músculo liso da parede do 
digestório) 
Função: 
• motilidade (peristaltismo) 
• controle da secreção de ácido gástrico, 
regulação do movimento de fluidos através do 
epitélio 
• renovação do epitélio 
• interação com os sistemas 
imune e endócrino dos intestinos, 
manutenção da barreira epitelial entre o 
lúmen e a parede do intestino 
 
• Diferente de qualquer outro órgão do corpo, 
nosso intestino pode funcionar sozinho. Tem 
sua própria autonomia para tomar decisões, 
não precisa que o cérebro lhe diga o que fazer 
• O que "governa" o intestino é o chamado 
sistema nervoso entérico (SNE), que é uma 
"sucursal" do sistema nervoso autônomo do 
corpo - o responsável por controlar 
diretamente o sistema digestivo. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_perist%C3%A1ltico
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_g%C3%A1strico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_end%C3%B3crino
• Esse sistema nervoso se estende pelo tecido 
que reveste o estômago e o sistema digestivo, 
e possui seus próprios circuitos neurais. 
• Embora funcione de forma independente, ele 
se comunica com o Sistema Nervoso Central 
(SNC) através dos sistemas simpático e 
parassimpático. 
Motilidade: 
A motilidade no trato gastrointestinal tem dois 
propósitos: 1 (transportar o alimento da boca até o 
anus) e 2 (mistura-lo mecanicamente para quebra-lo 
uniformemente em particular pequenas. Essa mistura 
maximiza a exposição das partículas as enzimas 
digestórias, uma vez que aumenta a sua área de 
superfície. 
Controle via: 
Sistema nervoso entérico (SNE) 
Sistema nervoso autônomo (SNA) 
Secreções endócrinas 
 
Tubo digestório e suas principais estruturas: 
 
SNE: 
• SNE pode agir de maneira isolada (pois tem 
ligação entre si e recebem informação dos 
neurônios sensoriais) ou sofrer ação do SNA e 
de hormônios. Mesmo que haja denervação do 
simpático e parassimpático ele ainda continua 
funcionando 
• SNA: Parassimpático: vago TGI superior e 
pélvico TGI inferior 
• SPS e SS tem fibras aferente e eferentes 
 
 
 
SNA: 
Parassimpático: Nervo vago TGI superior e Nervo 
pélvico TGI inferior. Ação: Estimula motilidade e 
secreção 
Simpático: Gânglios celíacos e mesentéricos superior e 
inferior. Ação: Inibe motilidade e secreção 
SPS e SS: Possuem fibras eferentes e aferentes 
 
Neurotransmissores e sua função no trato gástrico: 
• Acetilcolina: excitatório, estimula a motilidade 
e secreção gástrica 
• VIP: inibitório, diminui a motilidade gástrica 
• Noradrenalina: Diminui a motilidade e 
secreções gástricas (inibitório) e no piloro 
promove sua contração (estimulatório) 
• O nervo vago (parassimpático) inerva o trato 
gastrointestinal. 
• 90% de suas fibras nervosas são aferentes, 
transmitindo informação sensorial ao cérebro 
• 10% de suas fibras são eferentes, levando 
impulsos ao trato gastrointestinal. 
• Há um fluxo contínuo de mensagens sendo 
transmitidas entre o trato gastrointestinal e o 
cérebro, intermediado pelo nervo vago. 
Porém, a quantidade de mensagens vindas do 
trato gastrointestinal é muito maior do que as 
vindas do cérebro. 
 
 
 
 
 
 
Princípios gerais da motilidade gastrointestinal: 
• As paredes do trato GI é composto, 
basicamente, por 5 camadas, sendo elas, de 
fora para dentro (luz): 
• Serosa 
• camada muscular longitudinal 
• camada muscular circular (plexo miontérico) 
• submucosa (possui uma parte nervosa: plexo 
de Meissner) 
• mucosa. 
• Essas paredes tem funções motoras bem como 
função de sincício, isto é, quando um potencial 
de ação é desencadeado em qualquer parte no 
interior da massa muscular, percorre, 
geralmente, todas as direções pelo músculo. 
Musculo liso: 
• A musculatura lisa é encontrada no TGI com 
exceção da cavidade oral, faringe, terço 
superior do e esôfago e esfíncter anal externo. 
• É pelas gap-junctions que as células 
musculares se comunicam. 
• Os neurotransmissores ativam as células 
musculares próximas aos neurônios, e 
através das gap-juctions, esses 
neurotransmissores passam para todas as 
fibras para a contração seja simultânea. 
• As fibras musculares circulares são mais 
ricamente inervadas e apresentam um maior 
número de gap-junctions do que as 
longitudinais. 
 
• A motilidade é determinada por propriedades 
do músculo liso do trato e modificada por 
sinais químicos provenientes de das fibras 
nervosas, por hormônios e pelas substâncias 
parácrinas. 
Características das células musculares lisas: 
• Músculo liso no TGI – camadas musculares 
longitudinal e circular formam um ângulo de 
90º entre si. O músculo liso é organizado 
principalmente como um “sincício funcional” 
(...) 
• Muitas vezes, as fibras musculares lisas estão 
acopladas eletricamente através dos nexus (ou 
junções tipo gap) para formar uma ou mais 
unidades funcionais (as áreas escuras em cada 
célula muscular indica a presença das junções 
gap, ligando-a às células) 
 
Motilidade (musculo liso) 
• Diferentes regiões do trato possuem 
diferentes tipos de contrações. Estas podem 
ser divididas em duas: 
• Contrações tônicas: mantidas por minutos ou 
horas, ocorrem em alguns esfíncteres e na 
porção proximal do estômago; 
• Contrações fáscias: ciclos de contração-
relaxamento que duram alguns segundos. 
Presentes na porção distal do estômago e no 
intestino delgado. 
 
Função da atividade elétrica do Musculo Liso: 
• O aparelho digestivopossui uma certa 
atividade elétrica intrínseca, ou seja, seu 
potencial de ação é gerado por si próprio, 
como ocorre no automatismo do coração . 
• Essa atividade apresenta dois tipos básicos de 
ondas elétricas: 
1-ondas lentas (3/min) 
2-ondas em ponta. 
1- Ondas lentas (3/min): 
A contração do másculo liso ocorre em resposta a 
entrada de cálcio na fibra muscular. 
• As ondas lentas não são responsáveis pela 
entrada de cálcio na fibra muscular lisa 
(apenas a entrada de íons sódio). 
• Em contrapartida, é durante os potenciais de 
ponta gerados nos picos das ondas lentas, que 
grande quantidade de íons cálcio penetra nas 
fibras, causando a maior parte de sua 
contração. 
• As ondas lentas não se tratam de potencial de 
ação, mas sim, alterações lentas ondulantes no 
potencial de repouso da membrana. As ondas 
lentas são originas em uma rede de células 
chamadas de células intersticiais de Cajal. 
Essas células musculares lisas estão localizadas 
entre as camadas de músculo liso e os plexos 
nervosos intrínsecos, e podem atuar como 
intermediárias entre os neurônios e o músculo 
liso. 
2- Ondas em pontas: 
• As ondas em ponta são verdadeiros potenciais 
de ação , que se dá pela abertura de canais 
lentos de calcio-sódio, o que explica a longa 
duração dos potenciais . Para que haja a 
contração , é necessário que aconteca uma 
alteração mínima na voltagem do potencial de 
repouso da membrana, como uma distensão 
muscular (chegada do alimento) ou estímulos 
parassimpáticos (acetilcolina) e simpáticos 
(norepinefrina) 
Musculo liso: 
• Ondas lentas são mudanças ondulatórias discretas no 
potencial de repouso, não sendo capazes de gerar 
potencial de ação (não fazem contração), exceto no 
estômago. 
• É importante lembrar que todo potencial de 
ação tem uma fase de despolarização, 
repolarização e repouso, sendo a última 
proporcionada pela ação das bombas de Na -
K. 
• A despolarização é a fase em que a membra 
torna- se mais positiva, porém, as ondas 
lentas não conseguem deixa-la positiva o 
suficiente para que o corra contração do 
músculo, mas desencadeiam as ondas pontas, 
que de fato, promovem o potencial de ação. 
Obs.: as ondas lentas também determinam o 
ritmo das contrações gastrointestinais. 
Características das células musculares: 
 
As contrações musculares ocorrem em três padrões 
gerais: 
• Complexo motor migratório: Entre as 
refeições, quando o trato está em grande parte 
vazio, tem função “limpeza” que varre as 
sobras do bolo alimentar bactérias do trato GI 
superior para o intestino grosso; 
• Peristalse :são ondas progressivas de 
contração que se movem de uma porção do 
trato GI para a próxima como “ondas”. O 
músculo circular se contrai atrás de uma 
massa, ou bolo, alimentar. Esta contração 
empurra o bolo para adiante para um 
segmento receptor, onde os músculos 
circulares estão relaxados. O segmento 
receptor então contrai levando o bolo adiante. 
Contribui para a mistura do bolo no estômago 
mas no intestino as ondas peristálticas são 
limitadas a curtas distâncias. Hormônios, sinais 
parácrinos e o sistema nervoso autônomo 
influenciam na peristalse em todo o TGI; 
• Contrações segmentares, segmentos curtos (1 
a 5 cm) de intestino contraem e relaxam 
alternadamente. Nos segmentos contraídos o 
músculo circular contrai e o longitudinal relaxa. 
Podem ocorrer aleatoriamente ou em 
intervalos regulares. Tem as funções de agitar 
o conteúdo intestinal, misturando-o e 
mantendo-o em contato com o epitélio 
intestinal absortivo. 
 
Exemplo de reflexos intrínsecos do sistema nervoso 
entérico: movimento peristáltico 
 
Neurotransmissores funções: 
• Acetilcolina: Estimula a motilidade e as células 
secretoras 
• Noradrenalina: Inibe a motilidade e as células 
secretoras 
• Peptídeo vasoativo intestinal (VIP): Inibe as 
fibras musculares lisas; estimula as células 
secretoras, vasodilatador 
• Óxido nítrico: Inibe as fibras musculares lisas 
• Encefalinas (Opiáceos): Inibem as fibras 
musculares lisas e as secreções 
• Gastrina Células G do estômago Estimula a 
secreção gástrica e o crescimento da mucosa 
gástrica 
• Colecistocinina (CCK) Células I do duodeno e 
jejuno Estimula a contração da vesícula biliar; 
a secreção pancreática de enzimas e de HCO3 
- ; o crescimento do pâncreas exócrino e da 
vesícula biliar. Inibe o esvaziamento gástrico 
• Secretina Células S do duodeno ou jejuno 
Estimula a secreção pancreática e biliar de 
HCO3 - e inibe a secreção gástrica de H+; 
• Peptídeo inibitório gástrico (GIP) Células K do 
duodeno ou jejuno Inibe a secreção gástrica de 
H+ e estimula a secreção de insulina 
• Somatostatina Ilhotas pancreáticas, estômago, 
duodeno, jejuno, colo Inibe a secreção dos 
outros hormônios e a secreção de H+ no 
estômago 
• Motilina Células M do duodeno ou jejuno 
Aumenta a motilidade gastrointestinal Insulina 
Células β (beta) nas ilhotas pancreáticas 
Estimula a captação de glicose e a glicogênese 
no músculo esquelético. Estimula a captação 
de glicose e a lipogênese no tecido adiposo. 
Tem ação hipoglicemiante 
• Polipeptídeo pancreático Células P nas ilhotas 
pancreáticas Inibe a secreção do suco 
pancreático. Tem ação hiperglicemiante 
Glucagon Células α (alfa) nas ilhotas 
pancreáticas Estimula a glicogenólise e a 
gliconeogênese hepática 
• Enteroglucagon Células L no íleo e colo Efeitos 
similares ao do glucagon 
• O processo digestivo se inicia na boca 
(cavidade oral). 
• processo de digestão mecânica, realizado pelo 
movimento da língua (músculo) e a ação dos 
dentes (trituração e maceração) 
• processo de digestão química por conta da 
ação enzimática contida na saliva (amilase 
salivar) 
 
• Órgão muscular recoberto por mucosa, de 
participação ativa na gustação, deglutição e na 
fala. 
• Observam-se as papilas linguais, onde se 
localizam os receptores gustativos. 
• Através desses receptores que informações 
sobre o sabor dos alimentos são repassadas 
aos nervos facial (via nervo lingual), 
glossofaríngeo e vago (nervos cranianos 
relacionados com a gustação. 
• O paladar é uma função desses botões 
gustativos com contribuição da olfação, uma 
vez que o centro do olfato e do paladar no SNC 
são próximos e interligados (isto justifica o fato 
de que nas gripes e resfriados ocorre uma 
diminuição da apreciação do gosto dos 
alimentos). 
• O gosto é perceptível aos botões devido aos 
seus receptores químicos, ou seja, receptores 
de sodio, potássio, cloro, adenosina e enosina 
• Os estímulos captados pelas papilas gustativas 
passam, primeiramente, pelo nervo lingual, 
depois pela corda do tímpano, e alcançam o 
nervo facial, para por fim, chegar ao núcleo do 
trato solitário, localizado no bulbo (estrutura 
do tronco cerebral). tronco encefálico e, dai , 
ao talamo e cortex cerebral. 
 
 
 
• Qualquer lesão em nível das estruturas 
nervosas relacionadas com a gustação (nervos 
facial, glossofaringeo e vago; núcleo do trato 
solitário; tálamo; córtex gustativo), pode haver 
uma parada na percepção dos gostos. 
 
 
 
 
 
 
• O volume diário de saliva produzida é cerca de 
1000ml, com pH entre 6,0 a 7,0 
• A saliva contém dois tipos principais de 
secreção proteica: 
➔ Secreção serosa: 
• Contem ptialina (α-amilase): uma enzima 
responsável pela digestão de amidos. A 
amilase salivar digere o amido e outros 
polissacarídeos (como o glicogênio), 
reduzindo-os em moléculas de maltose 
(dissacarídeo). 
➔ Secreção mucosa: 
• Contém mucina para lubrificação e proteção 
de superfícies. 
• As glândulas parótidas secretam 
exclusivamente o tipo seroso 
• As glândulas submandibular e sublingual 
secretam tanto seroso quanto mucoso 
Função da saliva: 
• O fluxo de saliva ajuda a remover as bactérias, 
bem como partículas alimentares. 
• Contém diversos fatorescapazes de destruir 
bactérias: íons tiocianato, lisozinas e 
anticorpos (combatem, inclusive, bactérias 
que causam cáries). 
• Participa no processo conhecido como 
clareamento do esôfago, que consiste na 
lubrificação e limpeza da mucosa esofágica a 
partir da saliva deglutida. 
 
Resumindo: 
• A digestão química do alimento se inicia na 
cavidade oral, onde a amilase secretada pelas 
glândulas salivares hidrolisa moléculas de 
amido em oligossacarídeos como maltose e 
maltotriose 
• O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas 
e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a 
levemente ácido (6,7), ideal para a ação da 
ptialina. O alimento, que se transforma em 
bolo alimentar, é empurrado pela língua para 
o fundo da faringe, sendo encaminhado para o 
esôfago, 
Regulação nervosa da secreção salivar: 
• A regulação é feita por sinais nervosos 
parassimpáticos dos núcleos salivatório 
superior e inferior no tronco cerebral (na ponte 
e no bulbo, respectivamente). 
• Pode ser estimulada ou inibida por sinais 
nervosos que chegam aos núcleos salivatório 
provenientes dos centros superiores do SNC. 
• O núcleo salivatório superior envia fibras via 
nervo facial e nervo lingual para inervar as 
glandulas submandibular e sublingual; 
• o núcleo salivatório inferior envia fibras para 
inervar a glândula parótida via nervo 
glossofarangeo. 
• Os sinais nervosos parassimpáticos que 
induzem a salivação copiosa também dilatam 
moderadamente os vasos sanguíneos. Por esta 
razão, o suprimento sanguíneo das glândulas 
afeta a secreção salivar, já que a secreção 
sempre requer uma nutrição adequada. 
• A escassez de saliva pode estar associada a 
lesões no sistema nervoso periférico ou lesões 
vasculares. 
 
• Mastigação (diminui o tamanho, mistura com 
amilase para destruir carboidratos e saliva para 
formar o bolo e facilitar deglutição) 
• Voluntario e involuntário reflexo 
• A presença de alimento na boca ativa 
mecanorreceptores que vão ativar o processo 
rítmico da mastigacao 
Músculos que elevam a mandíbula: 
• Masseter 
• Pterigoide médio 
Músculos que abaixam a mandíbula: 
• Digastrico 
• Pterigoide lateral 
 
 
 
Mastigação: 
• Controle voluntário 
• Grande parte pelo reflexo da mastigação 
• Abertura: relaxa os músculos levantadores e 
contrai os abaixadores com isso a mandíbula 
abaixa 
• Fecha: Contrai os levantadores e relaxa os 
abaixadores 
Maioria da inervação dos músculos da mastigação é 
pelo V par (trigêmeo) , ramo mandibular e o controle 
está no tronco encefálico 
 
• Embora a deglutição se inicie voluntariamente, 
após o seu início deflagra-se uma sequência 
rígida de eventos que arrastam o bolo 
alimentar da boca ao estômago. O reflexo inibe 
a respiração impedindo a entrada do alimento 
nas vias aéreas. 
• Oral: voluntaria. Ação da língua que empurra 
alimento até a faringe que tem receptores 
sensoriais. Esses receptores enviam 
informações ao bulbo que tem centro da 
deglutição que inicia a ação involuntária. 
• Faríngea: elevação do palato mole e abertura 
do esfíncter esofágico superior 
 
 
 
 
 
 
Deglutição: 
• Fase voluntária: quando o alimento está 
pronto para ser deglutido, é voluntariamente 
empurrado pela língua para a faringe. 
• Fase faríngea da deglutição: o alimento é 
empurrado involuntariamente para o esófago. 
Nesse processo, uma série de músculos ativada 
para o fechamento das vias aéreas e abertura 
do esfíncter superior do esôfago (másculo 
cricofaríngeo). Esta estimulação é 
intermediada por receptores na faringe para os 
nervos glossofaríngeo, vago e acessório, 
controlado pelo centro da deglutição no bulbo 
(núcleo ambíguo). 
 
 
1. Fase oral ou voluntária e faringeal. 
• Aferentes levam informações de receptores 
táteis para o SNC. Centros da deglutição: 
medula oblonga e ponte. Eferentes para a 
faringe e porções superiores do esôfago nos 
vários nervos craniais. As porções distais do 
esôfago são inervadas pelo vago. 
2. Fase esofágica. 
• A onda peristáltica, que se inicia junto do 
esfíncter esofágico superior percorre o esôfago 
a uma velocidade de 3 a 5 cm/s. Em 5 a 10 s 
atinge o estômago. 
• Se a peristalse primária não for suficiente para 
a completa propulsão do quimo, a distensão do 
esôfago promove peristalse secundária. Está 
depende parcialmente da inervação 
extrínseca, pois a desnervação reduz a força da 
peristalse secundária. A musculatura do terço 
superior do esôfago é do tipo esquelética. A 
inervação somática dela é por fibras que 
compõem o vago. 
 
 
Função dos esfíncteres: 
• Superior: músculo estriado. É formado pelo 
músculo cricofaríngea e fibras do constritor 
faringeal inferior. Pressão no repouso de 40 
mmHg. 
• Inferior: Impede o refluxo do conteúdo 
gástrico. Fração significante do tônus basal é 
dada pelo vago, colinérgico, mas a 
desenervação não elimina o tônus, o que 
demonstra a função do plexo intrínseco. A 
relaxação é promovida pela própria peristalse 
(plexo intrínseco) e por fibras vagais inibitórias 
(VIP, NO). Um decréscimo no tônus vagal 
colinérgico já provoca relaxação.

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