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PRINCIPIOS RECURSAIS - DIANA DREIZE

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PRINCIPIOS RECURSAIS
Diana Dreize
RESUMO- O Presente trabalho trata sobre princípios recursais , o objetivo é mostrar sua eficácia na norma e respectiva importância.
1 – INTRODUÇÃO
Os princípios podem ser tanto de natureza constitucional ou de natureza constitucional, eles são de valores que ligam a interpretação daqueles que aplicam o Direito, garantindo sua uniformidade quando aplicada as normas.
Estão portanto previstos na nossa Constituição e são aplicáveis a todas as áreas do Direito, o primeiro de natureza infraconstitucional previsto no nosso novo CPC, ele protege o nosso Direito fundamental do Direito Brasileiro e garante a todos acesso a justiça , em outras palavras ele garante de que todos terão seus Direitos tutelados. Juridicamente falando entendemos recurso como um termo empregado em sentido amplo , ou seja ele identifica o meio empregado por quem irá defender o seu direito. Tendo inúmeros princípios , para não perdemos tempo , iremos analisar alguns desses princípios e suas aplicabilidades.
2 – PRINCIPIOS RECURSAIS
2.1 Duplo grau de jurisdição
Este princípio processual não é previsto de forma expressa na Constituição da República de 1988, mas de forma implícita como um direito fundamental do cidadão .O cidadão diante de um procedimento jurisdicional ou administrativo, tem a prerrogativa de ter acesso a um tribunal hierarquicamente superior para que a decisão que o envolva seja revista.
Segundo Fredie Didier (2016, p. 91) O duplo grau assegura à parte ao menos um recurso, qualquer que seja a posição hierárquica do órgão jurisdicional no qual teve inicio o processo. O sistema confere à parte vencida o direito de provocar outra avaliação do seu alegado direito, em regra perante órgão jurisdicional diferente, com outra composição e de hierarquia superior. Há casos, todavia, em que a reapreciação ocorre perante o mesmo órgão jurisdicional, alterada ou não sua composição originária.
O duplo grau confere o direito a um duplo julgamento. Não se trata de direito absoluto ou irrestrito, podendo ser limitado. Tanto que há causas de competência originária do STF (art. 102, 1, CF/1988), em que não há duplo grau de jurisdição. Há,porém, recursos garantidos constitucionalmente, e que não podem ser eliminados por lei infraconstitucional (p. ex.: o recurso ordinário para o STF, art. 102, II, e para o STJ, art. 105, II, ambos da Constituição Federal). Os recursos não previstos constitucionalmente podem ser limitados pela legislação infraconstitucional.
2.2 Principio da Taxatividade
Tal principio cuida de todo o sistema recursal no Processo Civil brasileiro, ele não permite que os litigantes inovem no mecanismo recursal, devido ao inconformismo diante de decisão de órgão judiciário não favorável a uma das partes. 
Segundo Humberto Theodoro Júnior (2019, p. 1.474) O cabimento e a forma do recurso não dependem de arbítrio da parte. “É indispensável que a lei processual haja instituído o recurso que se interpõe como meio normal de impugnação das decisões gravosas. Pelo sistema atual do Código, os recursos existentes são os que estão consignados no art. 994 do NCPC, não sendo possível, pois, cogitar de alguma impugnação, a título de recurso, que não se amolde a qualquer deles. Por outro lado, não basta que exista o recurso, para que ele seja admissível. Faz-se mister, igualmente, que ele seja o recurso adequado para a impugnação pretendida.” Embora se tenha o art. 994 como taxativo, o certo é que outras leis também cuidam de recursos, no âmbito de sua incidência especial, criando modalidades recursais diferentes daquelas codificadas. É, por exemplo, o caso do recurso inominado da Lei dos Juizados Especiais Civis (art. 41).
2.3 . Principio da Unirrecorribilidade
Esse princípio é também denominado princípio da unicidade ou da unirrecorribilidade. Ou seja as decisões judiciais só podem ser impugnadas por meio de um único instrumento, isto é, não se admite, ao mesmo tempo, a interposição de mais de um recurso contra uma mesma decisão. Este principio prevê que para cada decisão, será cabível um único recurso”, ou, mais precisamente (e esse nos parece um conceito mais preciso), “a parte inconformada não poderá ingressar com dois recursos simultâneos versando sobre a mesma matéria”[. Assim, “o princípio, na verdade, busca atender às exigências de operacionalidade do sistema recursal, evitando a acumulação de impugnações sob o mesmo fundamento”
2.4 Principio da Fungibilidade
O princípio da fungibilidade pode ser aplicado aos recursos, substituindo-se um instrumento por outro, naqueles casos em que haja dúvida objetiva sobre qual recurso cabe de determinada decisão, quando não existir erro grosseiro ou má-fé e o prazo do recurso for o daquele cabível na hipótese. Tal principio tem foco na segurança jurídica e na celeridade processual. Em sede recursal, a fungibilidade consiste na possibilidade do julgador aproveitar um recurso interposto de forma equivocada pelo recurso adequado, ou seja, a substituição de um recurso por outro para evitar a sua inadmissibilidade
2.5 Principio da Proibição da reformatio in pejus
Este principio significa que não pode haver reforma da decisão para pior. Em outras palavras, havendo apenas recurso da defesa, o juízo ad quem não poderá agravar a situação do réu. No sistema recursal do processo civil significa o agravamento qualitativo ou quantitativo de qualquer posição jurídica de vantagem (processual ou material) que teria sido assegurada ao recorrente, caso não houvesse interposto sua inconformidade.
Segundo luiz Marinoni (2020, p.633) Este princípio é importante para o sistema processual brasileiro diz respeito à proibição de que o julgamento do recurso, interposto exclusivamente por um dos sujeitos, venha a tornar sua situação pior do que aquela existente antes da insurgência. Ora, se o recurso é mecanismo previsto para que se possa obter a revisão de decisão judicial, é intuitivo que sua finalidade deve cingir-se a melhorar (ou pelo menos manter idêntica) a situação vivida pelo recorrente. Como remédio voluntário, o recurso é interposto no interesse do recorrente. Não pode, por isso, a interposição do recurso piorar a condição da parte, trazendo para ela situação mais prejudicial do que aquela existente antes do oferecimento do recurso. Tal é a formulação do princípio em exame, que proíbe a reformatio in pejus.
2.6 Principio da Colegialidade
É portanto a ligação de dois princípios o princípio do juiz natural e do devido processo legal,o qual possibilita a ampla recorribilidade das decisões monocráticas dos relatores. Segundo o princípio da colegialidade, as decisões monocráticas dos relatores nos tribunais podem ser enfrentadas por meio de agravo interno, com supedâneo nos princípios constitucionais do devido processo legal e do juiz natural, a competência delegada pelo tribunal ao relator sempre deverá ser preservada, sob pena de violação aos princípios citados, bem como conforme reza o art. 1.021 e 1.070 do novo Código de Processo Civil.
REFERÊNCIAS – 
DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Volume 3. 13. Ed. Salvador:JusPodivm.2016.
DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Volume 1. 13. Ed. Salvador:JusPodivm. 2016
SOUZA, Bernardo Pimentel. Introdução aos recursos cíveis e ação rescisória. 6. Ed. São Paulo: Editora Saraiva. 2009.

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