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Aula 02 - Mercados Financeiro e de Capitais

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Por onde o dinheiro circula 
na economia 
• Conceito: 
É o conjunto de instituições de direito público e privado, voltados 
para a gestão da política monetária federal; 
Art. 192 da CF: O SFN, estruturado de forma a prover o 
desenvolvimento equilibrado do País e ao servir aos interesses da 
coletividade, em todas as partes que o compõe, abrangendo as 
cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares 
que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro 
nas instituições que o integram. 
 
• Constituição: 
Órgãos normativos: CMN, CNSP e CNPC; 
Órgãos supervisores: BCB, CVM, SUSEP e PREVIC; 
Operadores: instituições públicas, privadas e de economia mista. 
• Conselho Monetário Nacional (CMN): 
Órgão normativo dos mercados financeiro e de capitais; 
Sob sua égide estão a B3 (BM&F Bovespa e Cetip), BCB e 
CVM. 
 
• Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): 
Órgão normativo das entidades ligadas a seguros e resseguros 
(IRB), bem como corretoras, sociedade de capitalização e de 
previdência aberta. 
 
• Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC): 
Órgão normativo do mercado de previdência complementar e 
entidades fechadas de previdência e fundos de pensão. 
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• Banco Central do Brasil (BCB): 
Órgão normativo e fiscalizador do mercado financeiro; 
Objetivo: controlar da inflação; 
Comitê de Política Monetária (COPOM) e a taxa SELIC; 
 Instituições financeiras: 
Bancos (comerciais, de investimentos e múltiplos; 
Leasing; 
Financeiras; 
Corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários; 
Consórcios. 
• Operações com títulos e valores mobiliários ligados a 
instituições financeiras: 
Caderneta de poupança; 
Certificado de depósito bancário (CDB); 
Recibo de depósito bancário (RDB); 
Letra de câmbio (LC); 
Certificado de operação estruturada (COE); 
Outros... 
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM): 
Órgão normativo e fiscalizador do mercado de capitais; 
Objetivo: fiscalizar o mercado de ações e de operações entre 
empresas abertas; 
 Instituições do mercado aberto: 
B3: bolsa de valores, de mercadorias e Cetip; 
S/A abertas (bolsa de valores e mercado de balcão); 
Fundos; 
Instituições emissoras de debêntures. 
• Títulos e valores mobiliários ligados ao mercado de capitais: 
Ações: 
Fração de participação do capital de uma empresa, podendo ser 
ordinárias (ON), com direito a voto, ou preferenciais (PN), sem direito 
a voto, mas com preferência nos dividendos. 
 
Units: 
Agrupamento de ações (ONs e PNs), em busca de maior liquidez. 
 
Debêntures: 
Títulos da dívida de S/As abertas, de longo prazo, que pagam juros. 
 
 Índices: 
Contratos futuros vinculados a moedas ou índices. 
 
Mercadorias: 
Contrato futuros vinculados a commodities. 
 
Derivativos financeiros: 
Negociação de termo, futuro e opção com ativos financeiros. 
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• Termo constitutivo: Estatuto social; 
• Responsabilidade dos sócios: limitada ao capital integralizado; 
 OBS.: quando não integralizado, a responsabilidade é ilimitada. 
• Fração do capital social: ações; 
• Tipos de ações: Ordinárias (ON): com direito a voto; 
 Preferenciais (PN): 
 – sem direito a voto; 
 – preferência no pagamento de dividendos. 
• Códigos na B3: XXX3 (ON) e XXX4 ou XXX5 (PN) 
 XXX11 ou XXX12 (Units) 
• Tipos: Aberta: com ações em bolsa de valores; 
 Fechada: nº fechado de sócios. 
• Assembleia Geral: 
Órgão gestor maior, em que os acionistas se reúnem para 
deliberar fatores relevantes da estratégia da empresa. 
Tipos: 
Ordinária (AGO): ocorre uma vez por ano, para aprovar as DFs 
do ano anterior, deliberar sobre a destinação dos lucros 
(dividendos, transferência para reservas ou incorporação ao 
capital social); 
Extraordinária (AGE): ocorre apenas quando convocada, para 
fins específicos. 
• Conselho de Administração: 
Formado por acionistas e não acionistas. 
Objetivo: rever e deliberar sobre a estratégia da empresa. 
• Conselho Fiscal: 
Emite parecer sobre todos os trabalhos efetuados; 
Objetivo de rever todos os trabalhos das auditorias interna e 
externa, bem como dos consultores, quando houver, e das atas 
de reuniões de AGE/AGO, do Conselho de Administração e 
dos diferentes comitês formados na organização; 
Opina sobre os compliances da empresa e pode deliberar 
sobre diretrizes a serem seguidas, visando o aumento da 
confiabilidade sobre o ambiente de controles da empresa, 
fiscalização dos procedimentos do Conselho de Administração 
e Diretoria, bem como sobre as práticas de governança 
corporativa da empresa. 
•Relação com Investidores (R.I.): 
• Área de assessoria estratégia responsável pela relação de 
documentos e informações para a CVM e os acionistas, ao 
mercado e a outros stakeholders – organiza os roadshows. 
• Auditoria Interna: 
Colaboradores selecionados por notória formação acadêmica e 
profissional, os quais realizarão diferentes trabalhos de revisão 
de processo e procedimentos internos, opinando sobre o 
ambiente de controles da empresa e compliances; 
 
• Auditoria Externa: 
Empresa externa e independente, contratada pela empresa 
para realizar procedimentos de revisão dos procedimentos e 
rotinas contábeis, com especial atenção para os controles-
chave da empresa, e cujo objetivo é emitir um parecer sobre as 
práticas da contabilidade da empresa que emitiram as 
demonstrações financeiras e notas explicativas. 
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• Conceito: 
 Índice criado para representar variação do mercado (RM) de 
ações – serve de benchmark para o desempenho de carteiras 
pessoas ou até de fundos de ações. 
 
• Composição: 
Variação média ponderada dos preços de ações de uma 
carteira teórica montada a cada quatro meses civis; 
Essa carteira teórica é composta ações de empresas, que 
apresentem movimentação em pelo menos 95% dos pregões e 
representem, juntas, pelo menos 85% do volume e valor 
negociados em todos esses pregões; 
Excluem-se da carteira: ações que representem mais de 20% 
do volume total negociado no período, as chamadas penny 
stocks (preço < R$ 1) e ações de empresas em recuperação 
judicial. 
• Taxa de câmbio é o preço da moeda estrangeira em moeda 
nacional – mais adequadamente chamada de cotação; 
• Atualmente, o regime cambial praticado pelo governo é o de 
câmbio flutuante, segundo o qual a demanda pela moeda é 
que determina a sua cotação; 
• Regra geral: 
Quando as cotações são elevadas, favorece os exportadores, 
mas prejudica os importadores e devedores em moeda 
estrangeira; 
Quando as cotações são baixas, favorece os importadores e 
devedores em moeda estrangeira, mas prejudica os 
exportadores; 
• O pior cenário é a volatilidade das cotações, que podem 
derrubar negócios estruturados em um certo nível de taxa e 
impossibilita planejamentos financeiros e longo prazo; 
• Conceito: 
É o preço que se cobra a terceiro, por este usar seu capital, por 
um certo tempo; 
É o serviço de uma dívida; 
É o que torna um passivo, oneroso; 
É o que caracteriza um passivo financeiros. 
 
• Taxa de juros: 
É uma expressão matemática, aplicada sobre o capital e o 
tempo da operação, para calcular o valor do serviço de uma 
dívida (juros). 
• Taxa livre de risco (RLR): 
É a taxa básica de juros de uma economia, que serve para 
precificar os títulos da dívida pública de um país; 
No mercado financeiro internacional: T-Bond; 
No mercado brasileiro: Taxa SELIC, que é estabelecida pelo 
Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central. 
 
• Taxa Referencia (TR): 
Ciada em 1991, é a média ponderada das taxas diárias do 
Certificados de Depósito Bancário (CDB), aplicado sobre um 
fator redutor; 
Serve para corrigir a remuneração da caderneta de poupança, 
para quando a SELIC estiver abaixo de 7,5% ao ano e os 
contratos de financiamento habitacional; 
É calculada e divulgada diariamentepelo Banco Central. 
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• Taxa Financeira Básica (TFB): 
Criada em 1995, é uma taxa futura de juros, que o mercado 
precifica as expectativas futuras do comportamento dos juros 
na economia. 
 
• Taxa SELIC: 
É a taxa básica de juros da economia brasileira e precifica 
alguns títulos da dívida pública. 
 
• Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP): 
É uma taxa estipulada pelo Banco Central, que serve para 
atualizar benefícios pagos pelo PIS e PASEP, além do Fundo 
de Amparo ao Trabalhador (FAT) e, mais comumente, às linhas 
de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 
e Social (BNDES). 
• Taxas interbancárias: 
É a taxa de juros básica cobrada entre os bancos, para zerar 
suas posições; 
Serve de referência para remunerar outros papéis privados da 
economia, de emissão dos bancos ou até mesmo de 
empresas; 
No mundo: 
No Brasil: é o Certificado de Depósito Interbancário (CDI ou DI); 
Nos EUA: é a Prime rate; 
Na Grã-Bretanha: é a Libor rate. 
• Conceito: 
É a probabilidade de algo dar errado. 
 
• Risco de crédito: 
Risco do papel não ser resgatado no vencimento ou não ter mais 
ativos que o assegure. 
 
• Risco da empresa: 
É aquele associado às decisões financeiras, em que são 
avaliados os aspectos de atratividade econômica do negócio e a 
capacidade financeira em resgatar os compromissos assumidos. 
Risco econômico: inerente à própria atividade da empresa; 
Risco financeiro: associado ao nível de endividamento da empresa; 
Risco de mercado: variações imprevistas no comportamento do mer- 
 cado e na economia. 
• Risco País: 
Conhecido pela sigla EMBI (Emerging Market Bond Index), é 
calculado pelo JP Mogran Bank e é usado para medir o prêmio 
de risco (medida de retorno) de um país no contexto 
internacional, acima dos títulos do tesouro norte-americano (T-
Bond); 
É medido em pontos sobre o T-Bond de longo prazo; 
Ex.: Se o T-Bond de 30 anos estiver em 3% ao ano e os papéis 
do tesouro brasileiro pagarem 4,5% ao ano, em dólar, é porque 
o risco Brasil é de 150 pontos. 
Serve como um termômetro para avaliar a percepção 
internacional do nível de risco para investidores institucionais, 
quando destinarem seus recursos para o Brasil. 
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• Conceito: 
É a decisão que se toma, no sentido de ampliar o número de 
operações que se faz, com o intuito de reduzir o risco de 
perdas, na hipótese de uma das operações dar errado. 
 
• Exemplos: 
Diversificação de exposição: 
Captar empréstimos com diferentes indexadores (dólar, CDI, 
IPCA etc.), como forma de evitar exposição concentrada; 
Diversificação de investimento: 
Aumentar o número de ativos que compõe a carteira, como 
alternativa à exposição de um tipo de ativo; 
Diversificação de produtos: 
Ampliar o mix de produtos oferecidos como forma que trabalhar 
com ciclos operacionais e financeiros complementares ou ficar 
exposto ao risco de um só mercado ou produto. 
• Conceito: 
Conjunto de instituições e de instrumentos que negociam com 
títulos e valores mobiliários, objetivando a canalização dos 
recursos dos agentes compradores para os agentes vendedores. 
Assim, promove a liquidez aos títulos emitidos por empresas, que 
buscam a sua capitalização (Pinheiro, 2018, p. 180). 
 
• Objetivos: 
Contribuir para o desenvolvimento econômico, atuando como 
estimulador para investimentos e criação de poupança privada; 
Permitir e orientar a estruturação de uma sociedade pluralista, 
baseada em economia de mercado. 
• Títulos e ativos financeiros negociados: 
Ações (bolsa e balcão): 
Debêntures; 
Mercadorias (café, boi, algodão); 
Metais preciosos (outro, prata, cobre); 
Moedas estrangeiras (dólar, euro); 
Cotas de fundos; 
Certificados de operação estruturada (COE); 
Exchange-traded funds (ETF); 
B3 
• A B3 é a empresa que nasceu da fusão de três outras, 
consolidando a gestão de todas as bolsas de valores do 
Brasil e de custódia: 
Bolsa de Valores (Bovespa): 
Bolsa de negociação de ações. 
Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa) 
Bolsa de negociação de ações. 
Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos - CETIP; 
Serviços de registro, central depositária e negociação e liquidação 
de ativos financeiros e títulos. 
BM&F 
Bovespa 
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Bolsa de 
Valores 
• Mercado Primário: 
É o segmento do mercado em que se dá a criação dos títulos e 
a capitalização da empresa. 
 
• Mercado Secundário: 
É quando os agentes, adquirentes dos papéis, negociam seus 
ativos e há a troca de propriedade livremente, gerando liquidez. 
• Mercado Primário: 
A empresa contrata um agente colocador para colocar seus 
papéis (ações, debêntures), que nomeia outros agentes; 
A empresa faz o anúncio público e estabelece sua meta de 
captação e a finalidade para a qual deseja levantar os recursos; 
Os agentes (banco de investimentos e corretoras) recebem os 
pedidos de reserva, através dos quais os compradores do 
mercado primário fazem a oferta de preços; 
No dia final, priorizam-se as ofertas com maior preço e vai 
descendo o preço até que todo o lote colocado à venda seja 
integralmente quitado; 
Os recursos arrecadados vão para a empresa, já descontados da 
corretagem dos respectivos agentes; 
Os compradores (participantes do leilão que arremataram seus 
lotes do papel) recebem o ativo e já podem negociá-los no 
mercado secundário. 
• Mercado Secundário: 
É a própria bolsa de valores, onde se faz a troca de propriedade 
dos papeis adquiridos no mercado primário ou mesmo no 
mercado secundário; 
É onde se dá a liquidez do papel; 
Nesse mercado, a troca de dinheiro ocorre entre o comprador e o 
vendedor do papel, nada recebendo a empresa por isso; 
As operações no mercado secundário são feitas peça Bolsa de 
Valores, a B3, com intermediação de corretoras de títulos e 
valores mobiliários (instituição financeira), e os papéis são 
virtuais, custodiados e controlados pela Cetip, também, da B3; 
Todas as entidades envolvidas na negociação entre comprador e 
vendedor são remunerados por uma comissão cobrada por cada 
transação formalizada; 
O valor de todos os serviços são cobrados na nota de 
corretagem, emitida pela Corretora e somente a corretagem desta 
é que pode variar de valor, dependendo da Corretora. 
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• Mercado Secundário: 
Os mercados secundários devem ser caracterizados por: 
Transparência; 
Liquidez; 
Eficiência. 
É onde se dá a liquidez do papel; 
O mercado secundário se dá em dois locais distintos, ambos 
operados por meio de CTVM: 
Bolsa de Valores: 
Operações por meio de pregão eletrônico, negociando ações de 
empresas registradas na B3 e transferências CETIPadas; 
Mercado de Balcão ou OTC (over the counter): 
Títulos de empresas autorregulados, com sob a fiscalização da 
CVM, não registradas em bolsa e cujas operações ocorrem fora do 
pregão eletrônico, geralmente por telefone. 
• Mercado Secundário: 
Características do mercado da bolsa de valores: 
Livre concorrência e pluralidade de participantes; 
Homogeneidade de produto; 
Transparência na fixação de preços e amplo acesso às ofertas 
de compra e venda; 
Operações formalizadas por pregão eletrônico e transferências 
feitas com registro na CETIP. 
• Mercado Secundário: 
Características do mercado de balcão: 
Ausência de um local de negociação centralizado fisicamente, 
dependente de meios de comunicação (telefone, e-mail etc.); 
Operações realizadas com pouca influência nas negociações 
seguintes, em termos de preço, em face da falta de uma ampla 
divulgação das transações; 
Não há homogeneidade em termo de participantes e operações; 
Geralmente, abordam empresas de menor porte ou de baixa 
liquidez – mais comum para mercados de capitais mais 
desenvolvidos. 
• Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM): 
 Instituições financeiras, autorizadas a funcionar pelo Banco 
Central, sendo que boa parte delasé vinculada direta ou 
indiretamente a um grande banco; 
Cada corretora tem a sua carteira de serviços oferecidos, que 
pode cobrir venda produtos do mercado de capitais ou do 
mercado financeiro; 
Algumas operam só com a B3, outras com a intermediação de 
captação de fundos, outras com a intermediação de produtos 
bancários e algumas com todas os tipos de produtos; 
As CTVM são remuneradas exclusivamente por corretagem, 
cujos preços variam por cada corretora: 
Por transação feita na B3, cobrada dos clientes; 
Por captação para fundos ou produtos bancários, cobrada dos 
próprios fundos e dos bancos. 
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• Liquidez: 
É no mercado secundário que se dá liquidez os papéis 
emitidos pelas empresas; 
Quanto maior for a empresa, mais conhecida for suas 
atividades, melhor for a sua situação econômico e financeira e 
menor for o seu nível de risco, a tendência é que seus papéis 
tenham maior volume de transações no mercado (liquidez); 
O preço dessas transações no mercado secundário seguem 
algumas diretrizes econômicas: 
Quanto maior a pressão de compra, a tendência é que o preço 
do ativo suba; 
Quanto maior a pressão de venda, a tendência é que o preço do 
ativo caia; 
O cenário econômico e notícias sobre a empresa podem fazer 
seu preço movimentar. 
• O mercado de capitais é um sistema de regulação, 
distribuição, negociação e liquidação de valores mobiliários; 
• Os títulos e valores mobiliários são frações de propriedade de 
uma empresa (ação) ou representativos de um título de 
crédito (dívida), que conferem o pagamento de juros, emitidos 
por uma entidade pública ou privada, geralmente transferíveis 
a terceiros, com características e direito semelhantes entre si 
e com um valor intrínseco em si e outro atribuído pelo 
mercado, para fins de negociação – no Brasil, não existem 
TVM ao portador, todos são nominativos; 
• Ex.: Ações, debêntures, bônus de subscrição, cupom cambial, 
títulos de crédito, certificados e recibos de depósito, cotas de 
fundos, contratos futuros, opções, termos e outros derivativos 
etc. 
• Bancos: 
Instituições financeiras que podem abrir agências, captar 
recursos para as suas operações e conceder empréstimos a 
terceiros. 
• Corretoras: 
Instituições financeiras que recebem a atribuição de 
intermediar negócios entre clientes e o mercado de capitais. 
• Semelhanças entre bancos = corretoras: 
Ambos abrem conta correte, mas somente os bancos podem 
ceder cheque especial e permite saques em espécie; 
Ambos podem agenciar negócios de seguros, previdência e 
fundos de investimento; 
 
• Diferenças entre bancos X corretoras: 
Somente bancos podem ter carteira de crédito (conceder 
empréstimos e financiamentos); 
Somente as corretoras podem ter plataformas (homebroker) 
que te permite negociar diretamente operações na bolsa de 
valores e futuros; 
Em geral, banco só oferecem produtos ligados ao seu grupo 
econômico e corretoras têm maior flexibilidade para oferecer 
produtos de terceiros. 
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• Fintechs: 
Tipo de instituições que conciliam as facilidades dos bancos com 
alta tecnologia, baseando-se essencialmente em contas virtuais, 
que não precisam fisicamente de uma agência. Por não manter 
uma estrutura fixa cara de atendimento em diferentes 
logradouros, possui uma gestão mais centralizada, que flexibiliza 
a oferta de serviços e tem uma estrutura de custos bem 
menores. 
• Contas digitais: 
São bancos de internet, que não possuem agências e oferecem 
produtos mais baratos. Todavia, elas têm ainda uma limitação de 
oferta de produtos, em relação aos grandes bancos do mercado. 
• Concentração: 
No Brasil, os 5 maiores bancos (Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e 
Santander) mantém mais de 80% da carteira de crédito e de 
captação de recursos do Brasil. Juntos, produzem mais lucros 
do que as 20 maiores empresas nacionais; 
No Brasil, as 2 maiores corretoras (XP e Rico) respondem por 
mais de 60% de toda a movimentação de compra e venda de 
ações. 
Tais concentrações, em tese, deveriam ser bom para o cliente 
– maior volume de transações, permitindo reduzir custos e 
oferecer maior leque de produtos; 
Todavia, não se observa, pelo menos na esfera dos bancos, 
uma redução voluntária de tarifas ou taxas de administração; 
Já, no lado das corretoras, isso é bem evidente. 
• E para você? 
Bancos grandes têm custos baixos de captação, ou seja, 
podem se dar o luxo de oferecer pouco por um CDB, LCI ou 
LCA; 
Bancos médios e pequenos, por outro lado, para captar 
grandes volumes, precisam ser mais agressivos, oferecendo 
taxas mais atrativas; 
Os gerentes são os coordenados de front de vendas, 
carregados de metas para bater e por elas são medidos; 
Então, quando um gerente te oferece um produto, pode ficar 
tranquilo: é o melhor para ele! 
• E para você? 
As corretoras funcionam como canais ou plataforma de 
negócios administrados por terceiros, ou seja: o risco é sempre 
do outro, elas vivem tão-somente de corretagens por transação 
– o que merece cuidados; 
Logo, uma corretora vai brigar para que você fique 
constantemente fazendo novas operações, pois, quando mais 
você vender ou comprar ações, trocar de fundo, fazer um COE 
ou renovar um CDB ou título do governo, fique tranquilo: eles 
estão olhando o lado deles! 
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Se ambas procuram apenas o que é melhor para si, tendo o 
interesse de seu cliente em segundo plano, para mim, cliente, 
qual a diferença? 
 
Você só conseguirá obter o melhor de um e de outro se 
adquirir conhecimento suficiente para discernir o que pode ser 
melhor para os seus investimentos, à luz das suas estratégias 
e aí sim, ver se é melhor operar pelo banco ou pela corretora. 
 
Mas, em geral, tudo que você pode fazer pelo banco, você faz 
pela corretora; mas tudo que você faz pela corretora, quase 
nunca consegue fazer pelo banco. 
 
Então, abra já uma conta numa corretora! 
• Para selecionar uma corretora, existem 4 critérios básicos 
para servir de base: 
Variedade de produtos que se pode usar pela corretora: 
Fundos, Tesouro Direto, títulos privados, ações, moedas etc. 
Custo das operações: 
Dependendo do seu perfil de investidor e do volume de transações 
que fará ao longo do ano, estime o custo total que vai gastar; 
Nenhuma corretora é mais barata em todos os produtos. 
 Interface amigável: 
Como é o homebroker; tem atendimento por e-mail e telefone; 
plataforma de renda fixa etc. 
Assessoria de investimentos: 
Oferece cartas públicas e gratuitas com análises de cenários, 
recomendações de investimentos etc. 
• Atenção: 
Não precisa morar na mesma cidade da corretora, pois todo o 
atendimento é virtual, até o envio e recebimento de 
documentos, notas de corretagens e posição de investimentos; 
Não existe envio ou recebimento de cautelas, títulos ou ações: 
tudo é eletrônico; 
Quanto maior a corretora, mais confiável ela é; 
Não se cobra tarifas por abrir ou manter conta corrente, nem 
existe necessidade de saldo mínimo ou médio na c/c; 
Pode-se ter várias contas em diferentes corretoras, adequando 
o tipo de operação ao respectivo custo de tarifa, visando 
minimizar seus custos totais das operações. 
 
Suitability: 
• As corretoras são obrigadas a fazer um teste para identificar 
o perfil de investidor de todos os seus clientes; 
• Seja o mais honesto possível, para que a corretora possa te 
enquadrar numa lista de produtos que melhor atenda aos 
seus interesses; 
• Uma vez enquadrado, por questões de segurança, o 
investidor poderá ter acesso restrito a áreas de negócios ou a 
produtos que não estejam alinhados com o seu perfil. 
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• Conservador: 
Avesso ao risco, não admite perdas e foge da renda variável. Tem 
como benchmark a variação do CDI. 
• Moderado: 
Não é amante do risco, mas até admite correr algum. Sua carteira 
de investimentos permite ter alguma coisa em renda variável,mas 
com percentuais baixos – não mais que uns 15% ou 20%. 
• Arrojado: 
Viciado em adrenalina ou fixado em ganhos elevados, coloca 
como meta retornos bem acima do CDI, quem sabe acima do 
IBOVESPA. Admite investir uma proporção elevada em 
ações, moeda estrangeira e criptomoeda. Alguns se arriscam 
em operações extremamente especulativas, como day trade 
e até no exterior. 
Como vimos, a gestão financeira de uma empresa se dá por 
três diretrizes essenciais: 
• Investimentos corporativos: 
Investimentos estratégicos para sustentação da posição de 
mercado, expansão orgânica e exploração de novas soluções. 
 
• Estrutura de financiamento: 
Como financiar esses investimentos, a um custo mínimo, a 
ponto de viabilizar economicamente o projeto, sem correr riscos 
excessivos e garantido a solvência do negócio. 
 
• Gestão do capital de giro: 
Como manter as contas do dia-a-dia pagas, assegurar 
disponibilidade de estoques para servir o cliente e garantir o 
recebimento de suas vendas a crédito. 
• Em sua expansão, a empresa precisa capitais... 
Fontes 
de 
captação 
Internas 
Externas 
Lucros retidos (lucros não distribuídos) 
Capital de giro 
Otimização de custos (planejamento tributário 
Desmobilização (desfazendo-se de ativos fixos) 
Outros 
Recursos de terceiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recursos próprios 
Debêntures 
Commercial papers 
Empréstimos bancários 
Crédito subsidiado 
Fornecedores 
Outros 
Ações 
Necessidade de capitais: 
• Uma empresa só opera na existência de ativos; 
• Ativos só existem quando se tem capitais levantados; 
• Parte pode vir como recursos dos acionistas... 
• .... parte pode ser levantado com terceiros; 
• À medida que a dívida com terceiros aumenta, aumenta o risco 
de prejuízo, não renovação de créditos, inadimplência e falência. 
ATIVO CAPITAIS 
CAPITAL 
PRÓPRIO 
CAPITAL DE 
TERCEIROS 
CAPITAL DE 
TERCEIROS 
CAPITAL DE 
TERCEIROS 
CAPITAL 
PRÓPRIO 
CAPITAL DE 
TERCEIROS 
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• O que é? 
 Initial public offering ou IPO é a colocação primária de ações 
no mercado, isto é, quando a empresa abre pela primeira vez o 
seu capital. 
 
• Por que fazer IPO? 
Levantar recursos para expansão do negócio, formação de 
capital de giro, redução do nível de endividamento, financiar a 
pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou soluções e 
outros motivos. 
• Vantagens para a empresa: 
Não tem prazo de resgate, ou seja, é um capital fixo; 
Reduz naturalmente o nível de endividamento da empresa; 
Num primeiro momento, aumenta a liquidez; 
Aumentam as garantias junto a credores; 
Favorece uma imagem de seriedade e até de criação de valor, 
dependendo do grade de governança da empresa. 
• Desvantagens para a empresa: 
Estende o direito de votos a novos compradores; 
Dependendo do grau de diluição do capital, facilita o take over; 
Conferem aos novos proprietários direitos de JCP e dividendos; 
A formação de capital próprio não gera benefício fiscal, como, 
p.ex., o pagamento de dividendos, do invés de juros; 
Tende a aumentar o custo de capital da empresa; 
 Implica em várias outras obrigações societárias. 
• Antes de se fazer um IPO, a empresa deve: 
 Ter um volume tal de operações que compense o custo de se 
transformar em uma S/A de capital aberto; 
Criar uma visão e um planejamento de longo prazo, cobrindo os 
próximos 10 anos de investimento e modelando o melhor momento, 
para a empresa, para fazer o IPO, valor desejado e as necessidades 
de investimento e seus prováveis retornos; 
Criar o Conselho de Administração e um Conselho Fiscal; 
Recomendável criar uma Auditoria Interna; 
Publicar DFs de 3 anos consecutivos, com o parecer “limpo” de 
auditores externos independentes; 
Rever seus compliances, de forma a assegurar confiabilidade nos 
processos e procedimentos que cercam as informações para a 
contabilidade; 
Criar um setor especializado em Relação com Investidores; 
Acompanhar o cenário econômico-mercadológico para entender qual 
será o melhor comento para abrir o capital, qual o volume de 
recursos e para quais projetos serão destinados na empresa. 
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• Capital levantado: 
O capital é apurado por meio de leilão do mercado primário, no 
sistema de bookbuilding, pelo qual se prioriza as maiores 
ofertas; 
O total levantado é a soma dos lotes fechados. 
 
• Riscos do IPO: 
Erro na modelagem e estruturação da operação, como ao 
estabelecer o preço e o público-alvo; 
Mudança brusca e negativa do cenário econômico e mercado; 
Vazamento de informações prévia, o que pode suspender a 
operação ou provocar especulação indevida; 
Despreparo no trato com os analistas do mercado e 
investidores, com sérios prejuízo na formação de preço e à 
negociação em bolsa. 
Oferta pública de aquisição de ações (take over bid): 
• Ocorre quando uma empresa de capital aberto faz uma oferta 
pública de compra das ações de uma empresa, visando deter 
o controle acionário ou uma participação relevante para seus 
interesses (Instrução CVM nº 361/2002); 
• Através de um OPA, uma empresa pode recomprar suas 
própria ações no mercado, fechando o capital – isso 
normalmente ocorre quando o preço está em baixa (barato); 
OPA Amigável; 
OPA Hostil (hostile take over); 
 
 
• Tipos: 
Ordinária nominativa (ON): 
Conferem ao dono o direito de votar em assembleia geral de 
acionistas (AGO ou AGE); 
Código das ON: quatro letras e o número 3: XXXX3; 
Preferencial nominativa (PN): 
Conferem ao dono um valor maior de dividendos e a garantia 
de, em caso de falência, o resgate prioritário em relação ao 
dono das ON, mas apenas depois do pagamento de todos os 
outros credores; 
Código: quatro letras e o número 4 ou 5: XXXX4 ou XXXX5. 
• Liquidez: 
No Brasil, como quase todas as empresas têm um ou poucos 
donos do capital majoritário, há pouco interesse por ações ON 
e mais por ações PN, conjugando com maior dividendos. 
• Classes de ações: 
Com direitos definidos pelo estatuto, a empresa poderá ter 
diferentes classes de ações (PNA, PNB etc.), como o direito a 
recebe dividendos diferenciados; 
Classes: 
“A” Classe (A, B etc.) 
“B” Cupom 
“DIR ORD” Direitos à ON 
“DIR PRE” Direitos à PN 
“EB” Ex-bonificação 
“ED” Ex-dividendos 
“ES” Ex-subscrição 
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• Valor de mercado (VMA): 
É o valor de negociação da bolsa de valores: valor que os 
compradores estão dispostos a pagar e que os vendedores 
aceitam entregar; 
 
• Valor de liquidação (VL): 
Valor avaliado em caso de encerramento das atividades ; 
 
• Valor intrínseco (VI): 
Valor real avaliado no processo de análise fundamentalista; 
 
• Valor de subscrição (VS): 
É o valor de emissão fixado em subscrições para aumento de 
capital, não podendo ser inferior ao valor nominal. 
• “Com”: 
São ações “cheias”, ou seja, que oferecem ao titular o direito 
de proventos distribuídos pela empresa, já aprovados e não 
pagos. 
 
• “Ex”: 
São ações “vazias”, cujo o direito ao provento já foi exercício 
pelo acionista. 
• Depositary Receipt (DR): 
Recibos lastreados por ações, negociados livremente nos 
mercados do exterior – as ações ou ativos são custodiados em 
uma instituição financeira local e, com base nesse depósito, são 
emitidos os DR para negociação no exterior. 
 
• Amercian Depositary Receipt (ADR): 
Recibos negociados nos EUA, representativos de ações de 
empresa estrangeira, depositadas em banco no país de origem, 
podendo ser de nível “I”, “II”, “III” e “144-A”, mas só o nível “III” se 
permite levantamento de recursos, mediante registro na SEC. 
 
• Brazil Depoistary Receipt (BDR): 
Certificados representativos de valores mobiliários de emissão de 
empresas abertas ou assemelhadas, com sede no exterior e 
emitidos por instituição depositária no Brasil (Resolução CVM nº 
2.318/96). 
• Fluxo de um ADR (Pinheiro, 2018, p. 231): 
PRIMÁRIO 
Empresa emissora 
das ações 
Ações 
SECUNDÁRIOCorretora compra 
ações da empresa 
Ações 
Banco Custodiante local 
Brasil 
EUA 
CVM 
• Emite o ADR; 
• Mantém registro dos investidores; 
• Presta informações a investidores e autoridades; 
• Cancela e transfere o DR. 
Banco Depositário americano 
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• Conceito: 
Títulos de dívida emitidos pelas empresas abertas, quando 
precisam captar recursos, para financiar projetos de investimento. 
 
• Vantagens: 
Conciliar o mix de dívidas com os bancos; 
Tomada de empréstimo de longo prazo, a custo financeiro e prazo 
superior ao disponível no mercado bancário local; 
Não dilui a participação por um número maior de sócios; 
Pode dar as ações como garantia aos credores; 
Reduz o custo médio do capital que financia o ativo. 
 
• Desvantagens: 
Aumenta o endividamento geral e financeiro; 
Aumenta o risco da empresa. 
Características 
• Emissor da debênture é uma empresa aberta; 
• O banco estruturador ou coordenador modela a operação, 
apresenta ao mercado e nomeia os demais agentes 
intermediários que farão a venda no mercado primário; 
• Protocolo e fiscalização pela CVM; 
• Necessidade um agente fiduciário, representando os 
debenturistas e fiscaliza o cumprimento das cláusulas 
especiais (convenants) e uma instituição depositária, que 
registra a emissão para distribuição no mercado primário e 
negociação no mercado secundário; 
• Normalmente, contrata-se uma agência de rating para a 
classificação do risco do papel; 
• A emissão é publica é feita com intermediação financeira; 
• O papel pode ou não ser convertido em ações. 
• Conceito: 
São notas promissórias de curto prazo, emitido por uma 
sociedade anônima, com valor de face e vencimento 
previamente estabelecidos, e negociados com desconto no 
mercado. 
 
• Características: 
Em geral, com prazo mínimo de 30 dias e máximo de 180 dias 
(S/A fechada) ou 360 dias (S/A aberta); 
A garantia é o desempenho da própria empresa; 
Tem a vantagem de custo inferior ao de linha bancária; 
Os títulos são custodiados em nome de seus titulares junto ao 
banco emissor com emissão de recibos na emissão. 
• Conceito: 
É uma operação de distribuição pública primária ou secundária 
de títulos que são lançadas novas ações no mercado. 
 
• Tipos: 
Firme (straight): 
 Emissão integral dos papéis; 
Residual (stand-by): 
 Emissão de sobras ao público; 
Melhores esforços (best-efforts): 
 Emissão, sem responsabilidade de colocar todos os papéis. 
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• Identifique uma empresa que tenha feito um “IPO” nos últimos 
meses: 
Obtenha o prospecto do IPO, que a empresa emitiu (pode ser 
obtido no site da empresa ou em uma corretora); 
Obtenha o histórico do preço dos papéis, desde a emissão até 
hoje; 
Tente obter um relatório de análise do IPO, emitido por uma 
corretora ou consultoria financeira independente (Empiricus, 
Suno etc.), com a recomendação ou não de entrada; 
Confronte o relatório com o histórico do preço das ações e faça 
as suas conclusões. 
• Conceito: 
É uma empresa que, por solicitação de terceiros, qualifica 
determinados produtos financeiros internacionais, de emissão 
pública ou privada, corporativa ou bancária, avaliando, atribuindo 
notas (ratings) e classifica esses papéis e países segundo o grau 
de risco de inadimplência (crédito); 
Quando esse risco é atribuído a um Estado ou ao Banco Central 
de um Estado, esse é denominado risco soberano; 
Quando esse risco se refere a contratos de crédito firmados com 
a totalidade dos agentes, públicos ou privados (inclusive 
soberanos) de um país, usa-se a expressão risco país. 
• The big three (cerca de 95% do mercado): 
Standard & Poors (S&P) e Moody´s: EUA – 40% cada; 
Fitch Ratings: Londres e Nova York (francesa: Fimalac) – 15%; 
ACR Rating: agrupamento de 5 agências globais – 4%. 
• As agências de classificação de risco são financiadas por 
instituições financeiras e governos interessados em ter seus 
papéis classificados quanto ao risco de default, dentro de 
estritas políticas de gerenciamento de carteira; 
 
• Críticas: 
Financiados pelos próprios avaliados ou por instituições 
interessadas em manter ativos bem classificados; 
 
• Exemplo de crises de credibilidade: 
Caso Enron (1999): criação de recebíveis não realizáveis e 
Arthur Andersen; 
Crise dos Subprimes (2008): títulos tóxicos, Lehman Brothers, 
Fanie Mae e Freddie Mac. 
• Funcionamento: 
Atribuem notas a Estados e a títulos e valores mobiliários, 
especialmente os emitidos pelos bancos; 
Também classifica operações estruturadas; 
Objetivo é demonstrar a capacidade de pagamento dos títulos 
(default), dentro do prazo prometido – cumprimento do contrato 
ou obrigação; 
Pode classificar tanto do devedor, quanto o título em si; 
Dependendo das garantias, um papel pode ter uma 
classificação maior do que a empresa emissora. 
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• Taxa livre de risco internacional (RLR): 
U.S. Treasury Bond (T-Bond): risco “AAA” = 1,75% aa; 
 
• Categorias e consequências: 
Grau de investimento (alto e médio): 
Taxa próxima à taxa livre de risco; 
Grau especulativo: 
Exige um prêmio de risco sobre o T-Bond: 
Grau de alto risco de inadimplência; 
 Os prêmios de risco são elevadíssimos. 
 
 
• Classificação de alguns países: 
 
 
Países Fitch S&P Moody´s 
Estados Unidos AAA AAA Aaa 
Alemanha AAA AAA Aaa 
Chile A A+ A2 
México BBB+ BBB+ Baa1 
Brasil BB- BB- Ba2 
Argentina B+ B+ B1 
Bolívia B+ BB- Ba3 
Venezuela CC C Ca 
• Credit Default Swap (CDS): 
Derivativo financeiro internacional que serve como seguro 
quanto ao risco de calote soberano de um país...

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